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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Em 1989 eu tive uma das experiências mais ricas da minha vida profissional. Foi uma
viagem de negócios a Taiwan assessorando um cliente. Na época, o Brasil amargava a
chamada “década perdida” e os “tigres asiáticos”, na expressão em moda naquele
momento, haviam superado em poucas décadas o trauma da industrialização com uma
política econômica centrada no comércio internacional. Justamente o contrário do nosso
país que, durante anos, apostara na política de substituição de importações e numa
economia fechada. Visitar Taiwan naquele momento era a chance de conhecer de perto
um país onde o comércio internacional era a motivação dos negócios, da economia e das
pessoas. A oportunidade havia surgido por meio de um cliente de São Paulo que estava
investindo em uma fábrica de montagem de aparelhos de fax. Nesta época, vigorava no
Brasil a reserva de mercado para a informática. Assim, a importação de bens de
informática acabados, passava por um regime de exceção rigoroso e somente era
permitida a importação de partes e componentes por indústrias previamente autorizadas
pela Secretaria Especial de Informática (SEI). O espírito da lei de informática era estimular
o desenvolvimento de uma indústria de informática nacional. Para se conseguir estas
autorizações de i mportação de partes e peças era necessário um longo e burocrático
processo que culminava com uma licença de funcionamento da montadora. O meu
trabalho inicial para este cliente foi fazer e acompanhar este processo junto a SEI em
Brasília. Depois de alguns meses, finalmente conseguimos a autorização para funcionar
como fabricante de fac -símiles e a correspondente licença para importar as partes e
peças que não tivessem similar nacional. Para se ter uma idéia da dificuldade, apenas
sete empresas fabricantes d e fac-símiles obtiveram esta autorização na época. Mas, para
que o processo tivesse aprovação, era necessária a formação de uma parceria com uma
empresa detentora da tecnologia. Para tanto, meu cliente assinou uma carta de intenção
com um fabricante de Tai wan e, caso o processo fosse deferido, fecharíamos com ele um
contrato de fornecimento de longo prazo para montagem dos aparelhos no Brasil. Quando
o processo foi aprovado, meu cliente decidiu ir a Taiwan para acertar os detalhes da
parceria e da operação.
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Uma das primeiras lições que qualquer estudante de economia aprende é a diferença
entre uma variável de fluxo e uma variável de estoque, que compõem equações micro e
macro econômicas. O que diferencia uma da outra é também uma variável: o tempo. Por
exemplo, quando se fala em taxa de juros devemos mencionar a periodicidade desta
variável para que ela faça sentido. Nada significa dizer que uma taxa de juros é dez por
cento se eu não sei para qual intervalo de tempo este valor se refere. Assim, é precis o
dizer dez por cento ao mês, ao ano, ou qualquer outro período. Já uma variável de
estoque independe do tempo. Ela é pontual. Por exemplo, um quilo de arroz. Um quilo de
arroz será sempre um quilo de arroz independentemente do período considerado. Alguém
poderia argumentar que, no longo prazo, o quilo de arroz, mesmo não sendo comido,
também desaparecerá pela ação do tempo e da natureza e, portanto, no longo prazo,
tudo é fluxo, como concluiu Heródoto na Grécia Antiga, em termos filosóficos. Para fins de
análise econômica, no entanto, é mais adequada a arquiconhecida frase de John
Maynard Keynes: “no longo prazo todos estaremos mortos”. A logística é, neste sentido, a
gestão de fluxos e estoques de bens e informações dentro de um ou mais ambientes
tecnológ ico, mercadológico, cultural e regulatório. Conceitualmente ela faz parte do
marketing e está incluída no componente “local” ( place) ou distribuição do composto de
marketing. (Vantine, 26). Em Marketing Internacional vemos que a essência moderna de
uma em presa é o marketing e, quando este permeia toda a organização temos uma
empresa filósofa de marketing isto é, aquela que tem no marketing não apenas uma
função organizacional , mas uma abordagem de negócios que visa criar valor, por meio de
inovações de pro dutos e processos, e satisfazer as necessidades dos clientes. Visto
também que a concorrência se realiza na conquista de um posicionamento único na
cabeça das pessoas, clientes e concorrentes. Se o marketing sistêmico é a verdadeira
engrenagem de uma empre sa, porque possibilita a ela satisfazer as necessidades dos
seus clientes e, com isso, efetivar vendas, nacionais ou internacionais, que realizam
lucros que por sua vez possibilitam a sua sobrevivência no longo prazo, a logística é a
graxa, porque azeita o mecanismo no qual uma empresa produz algo e o entrega ao seu
cliente no local e no momento certo . Nas grandes empresas, em geral, a logística é uma
função distinta que faz interface com praticamente todas as demais atividades funcionais
da organização. Na s pequenas empresas, em muitos casos, a logística é uma função
acumulada pela área de vendas ou “expedição” ou sob controle direto do dono da
empresa. Todas as organizações, cientes ou não disso, cuidam de alguma forma da
logística porque é por meio dela q ue o produto e/ou serviço chega até o cliente ou retorna
deste por algum motivo.
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Marketing
Vamos imaginar alguém que está numa sala de bate -papo na Internet. Com seu
computador antigo e conexão discada, a irritação é permanente com a demora em enviar
e receber as mensagens com a outra pessoa que conhe ceu há dois dias na sala e agora
está acertando um encontro “ao vivo’”. Quando pediu o telefone, a conexão cai. Ao
retornar à sala, quinze minutos depois, não a encontra mais. Um desencontro virtual e
uma insatisfação real. No dia seguinte, esta pessoa lig a para uma empresa de
computadores para adquirir um novo e mais potente. Ela entra em alguns sites da Internet
e descobre algumas opções interessantes. Numa das empresas, ela mesma pode
configurar o computador conforme as suas necessidades. Como ela usa pa ra trabalhar a
noite e pesquisar na Internet, um modem de alta velocidade é conveniente. Acessórios de
vídeo e som são interessantes também porque pode usá-los como aparelhos de som. Ela
faz o pedido e confirma o pagamento parcelado na Internet. Imediatamente, recebe um e-
mail dizendo que o computador será entregue em no máximo 07 dias e que ela pode
acompanhar o pedido em um canal de rastreamento seguro da produção. Com pressa,
dois dias depois ela entra no site do fabricante, digita o número do pedido e descobre que
o seu computador já foi solicitado á produção e deve ficar pronto em dois dias. Dois dias
depois, ela recebe outro e-mail dizendo que a mercadoria foi coletada pela transportadora
indicada. No dia seguinte, recebe uma ligação da transportadora agendando a hora em
que o computador poderá ser entregue. Como nosso cliente trabalha fora durante o dia,
avisa a transportadora que o computador será recebido pelo porteiro do prédio. Ela
informa o porteiro que, no dia seguinte recebe a mercadoria e pede aos carregadores que
a transportem até o apartamento da moradora porque está com as chaves. Há noite, sete
dias depois da compra de um computador que
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não estava em estoque no fabricante, estava em suas mãos. O início foi uma necessidade
de um cliente e o final foi a satisfação dessa necessidade pelo fabricante. Puro marketing.
Figura - Interfaces da Logística Internacional
Logística Internacional
Armazéns Alfandegados
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Mas, para que o marketing pudesse ser efetivado com precisão, entre a necessidade de
um computador e a sua entrega ao cliente, tivemos a logística, que tornou o marketing
possível. Visto que o marketing não é apenas uma função dentro da empresa , mas uma
verdadeira abordagem dos negócios. A logística é a função empresarial que viabiliza o
marketing enquanto maneira de criar e manter clientes atendendo as suas necessidades
no momento certo, no local certo. Neste sentido, a logística exerce na atualidade vários
papéis fundamentais na abordagem de marketing de uma empresa. Em primeiro lugar ela
está presente em todos os processos da organização podendo ser tanto um fator de
aglutinador de valor como dispersor deste. Em segundo lugar, ela pode exercer papel
estratégico quando diferencia um produto ou a empresa e, em terceiro lugar, exerce
possui papel fundament al no controle e redução dos custos de colocação dos bens junto
aos clientes podendo ser o fator crítico de sucesso em outro elemento do composto de
marketing: o preço. Do ponto de vista operacional, a logística é o estudo e a prática da
gestão de fluxos d e bens e informações e do estoque e da armazenagem de bens que
afetam diretamente os custos totais da empresa e, portanto as variáveis preço (price) e
distribuição (place) do composto de marketing. A função elementar da logística é agregar
valor ao produto ou serviço fazendo com que ele esteja disponível ao cliente no local
certo, no momento certo, ao custo certo. De nada adianta o jornal do dia chegar à casa do
assinante depois de amanhã ou encharcado, embora isto seja comum aos assinantes de
jornais no B rasil. As operações logísticas proporcionam a possibilidade de ligação entre a
produção e as necessidades dos consumidores quando localizados em pontos diferentes.
Organizacional
Operacional
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
É por esta razão que as práticas do comércio internacional que mais evolue m em termos
de padronização e consolidações internacionais são aquelas relacionadas à logística
internacional o que torna esta matéria, aliada às práticas bancárias internacionais que
veremos no em Finanças Internacionais, uma das maiores fontes da lex mercatoria. Esta
busca pela harmonização das práticas logísticas entre as diversas regiões do mundo vem
sendo incrementada pelas novas tecnologias de comunicação e de transporte assim
como da gestão da logística que, no seu início, estava concentrada na parte externa da
empresa e nos transportes e, nos dias de hoje abrange desde o interior da fábrica e toda
a cadeia de produção de uma mercadoria.
A palavra logística é de origem francesa – do verbo loger, que significa alojar – e teve sua
origem na Segunda Guerra Mundial, quando estava relacionada à movimentação e
coordenação de tropas, armamentos e munições para os locais necessários. Agia na
retaguarda, um setor estratégico, cuja finalidade consistia em fazer o planejamento militar,
que compunha o estudo do adversário - pontos fortes e vulneráveis -, a definição das
frentes de batalha, movimentação e deslocamento de tropas e equipamentos e
programação das equipes de apoio. Depois, a adaptação desta ideia nas organizações,
trouxe um novo conceito: “a arte de administrar o fluxo de materiais e produtos, da fonte
para o usuário.” (MAGEE, 1977); ou ainda, como define BALLOU (1995):
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de
rentabilidade os serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através do
planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação que
visam facilitar o fluxo de produtos.
Já CHRISTOPHER (1997), tem um conceito mais amplo, ou até mais estratégico de
logística. Para ele, “a logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição,
movimentação e armazenamento de materiais, peças e produtos acabados (e o fluxo de
informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing de modo a
poder maximizar a lucratividade presente e futura através do atendimento dos pedidos a
baixo custo.”
Por outro lado, SLACK et al (1996), considera que a logística dá mais ênfase à
distribuição física, tratando a manufatura como uma “caixa preta” e separa a manufatura
da gestão de materiais por considerar que a gestão de materiais não se concentra na
distribuição física dos produtos finais, mas sim no planejamento e controle dos processos
internos à empresa. Seja qual for o conceito mais adequado, o fato é que a logística está
se tornando um diferencial competitivo, aliado a conceitos modernos de gestão. Para
PORTER (1992), “a logística tanto interna quanto externa é vital para a vantagem
competitiva, juntamente com as operações, o marketing e vendas e com os serviços.”
PARTE ADENILSON CORREA
Seguro internacional deve cobrir acidentes que podem ocorrer desde o momento em que
a mercadoria é embarcada, até a chegada ao estabelecimento do importador.
Para cobrir eventuais riscos que poderão ocorrer durante a movimentação dos
produtos, o exportador tem que se atentar para algumas questões antes de firmar o
contrato com a transportadora. A escolha do Incoterm definirá as regras do seguro, se
ocorrer à operação em CIF ou CIP a responsabilidade cabe ao exportador. No caso de
exportação na modalidade FOB, o seguro é de responsabilidade do importador. O
exportador deverá se prevenir firmando um contrato de seguro de transporte.
O seguro é um contrato que envolve seguradora, empresa que vai assumir os
riscos; a corretora que é a intermediaria das negociações; e o contratante o proprietário
da carga. A seguradora tem o direito de recorrer contra o causador dos danos para reaver
parte ou todo o valor indenizando o segurado.
TIPOS DE SEGURO
* EXW - Ex Works – Na Origem (local de entrega nomeado)
* FCA – Free Carrier – Livre no transporte (local de entrega nomeado)
* FAS - Free Along Ship – Livre ao lado do navio (poro de embarque nomeado)
* FOB - Free on Board – Livre a bordo (porto de embarque nomeado)
* CIF - Cost, Insurance and Freight – Custo, seguro e frete (porto de destino nomeado)
* CPT - Carriage Paid to - Transporter Pago ate (local de destino nomeado)
* CIP - Carriage and Insurance Paid to - Transporte e seguro pagos ate (local de destino
nomeado)
* DAT - Delivered at Terminal – Entregue no terminal( terminal nomeado no porto ou
local de destino)
* DAP – Delivered at Place – Entregue no local (local de destino nomeado)
* DDP - Delivered Duty Paid – Entregue com direitos pagos (local de destino nomeado)
GRUPO C
O transporte internacional pode ser realizado pelos meios aéreo, marítimo e terrestre, ou
pela combinação dos mesmos em uma mesma remessa que denominamos
multimodalidade.
Cada um possui custos e características operacionais próprias, que os tornam mais
adequados para certos tipos de operações e produtos.
AÉREO
FERROVIÁRIO
CONHECIMENTO DE TRANSPORTE
MARÍTIMO
O transporte marítimo é aquele realizado por navios em oceanos e mares. Pode ser
utilizado para todos os tipos de carga e para qualquer porto do globo, sendo o único meio
de transporte que possibilita a remessa de milhares de toneladas ou de metros cúbicos de
qualquer produto de uma só vez. O transporte marítimo é dividido em:
* Navegação de longo curso: faz a ligação entre países próximos ou distantes
(navegação internacional);
* Navegação de cabotagem: realiza a conexão entre os portos de um mesmo país
(navegação nacional).
A tarifa do frete marítimo é composta basicamente dos seguintes itens: - frete básico:
valor cobrado segundo o peso ou o volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo
sempre o que propiciar maior receita ao armador; - ad-valorem: percentual que incide
sobre o valor FOB da mercadoria. Aplicado normalmente quando esse valor corresponder
a mais de US$ 1000 por tonelada. Pode substituir o frete básico ou complementar seu
valor; - sobretaxa de combustível (bunker surchage): percentual aplicado sobre o frete
básico destinado a cobrir custos com combustível; - taxa para volumes pesados (heavy lift
charge): valor de moeda atribuído às cargas cujos volumes individuais, excessivamente
pesados (normalmente acima de 1500 kg), exijam condições especiais para
embarque/desembarque ou acomodação no navio; - taxa para volumes com grandes
dimensões (extra length charge): aplicada geralmente a mercadorias com comprimento
superior a 12 metros; - sobretaxa de congestionamento (port congestion surchage): incide
sobre o frete básico, para portos onde existe demora para atracação dos navios; - fator de
ajuste cambial - CAF (currency adjustment factor): utilizado para moedas que se
desvalorizam sistematicamente em relação ao dólar norte-americano; - adicional de porto:
taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto secundário
ou fora da rota.
O Transporte Marítimo possui diversos órgãos controladores. Internacionalmente, é
controlado pela IMO (International Maritime Organization), responsável por promover a
segurança e eficiência da navegação, tomando medidas preventivas para coibir a
poluição marítima resultante de acidentes ou má conservação das embarcações. Para
executar este gerenciamento ambiental e das embarcações, é responsável pela criação
do ISM (International Safety Management).
No Brasil, o Departamento de Marinha Mercante, órgão vinculado à Secretaria dos
Transportes Aquaviários do Ministério dos Transportes, é o órgão governamental
responsável pelo acompanhamento dessa modalidade de transporte, editando a
regulamentação necessária para atuação das companhias de navegação, controlando
seus registros, fretes, acordos bilaterais, entre outros assuntos.
Cargueiros - são navios construídos para o transporte de carga geral, ou seja, carga
acondicionada. Normalmente, seus porões são divididos horizontalmente, formando o que
poderíamos chamar de prateleiras (conveses), onde diversos tipos de cargas podem ser
estivados ou acomodados para o transporte. A fim de diferenciá-los dos navios destinados
ao transporte de mercadorias específicas, são também chamados de navios
convencionais.
Porta-Container- são navios especializados, utilizados exclusivamente para transportar
contêineres, dispondo de espaços celulares. Os contêineres são movimentados com
equipamento de bordo ou de terra. As unidades são transportadas tanto nas células como
no convés.
Roll-on/Roll-off (Ro-Ro) - são navios especiais para o transporte de veículos, carretas ou
trailers. Dispõem de rampas na proa, popa e/ou na lateral, por onde a carga sobre rodas
se desloca para entrar ou sair da embarcação. Internamente possuem rampas e
elevadores que interligam os diversos conveses.
Multipurpose - são navios projetados para linhas regulares para transportarem cargas
diversas como: neo-granéis(aço, tubos etc.) e contêineres, embora também possam ser
projetados para o transporte de granéis líquidos em adição a outras formas de
acondicionamento como granéis sólidos e contêineres.
Graneleiros - são navios destinados apenas ao transporte de granéis sólidos. Seus
porões, além de não possuírem divisões, têm cantos arredondados, o que facilita a estiva
da carga. A maioria desses navios opera como “tramp”, isto é, sem linhas regulares.
Considerando que transportam mercadorias de baixo valor, devem ter baixo custo
operacional. A sua velocidade é inferior à dos cargueiros.
CABOTAGEM
A cabotagem inclui todo o transporte marítimo realizado ao longo da costa brasileira. No
meio marítimo ouve-se falar também em “grande cabotagem” o que se refere ao
transporte marítimo realizado ao longo da costa até os países vizinhos, mas em termos
oficiais, sempre quando se fala de cabotagem refere-se ao transporte realizado ao longo
da costa brasileira do Rio Grande do Sul até Manaus. Segundo armadores e usuários, o
maior problema da cabotagem está na regulamentação, nos impostos e na infra-estrutura
portuária. Atualmente três empresas realizam o transporte de cabotagem: Aliança,
Docenave e Mercosul Line.
RODOVIÁRIO
TRANSPORTE MULTIMODAL
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Esse trabalho visa a posição que o Brasil hoje na economia mundial e sua
importância para a exportação e importação, bem como os principais produtos exportados
e importados, as dificuldades e tributos que o governo cobra em cima dos produtos e
incentivos que o governo criou para que as facilitar as exportações para que as empresas
consigam competir com o mercado externo.
Ainda neste, um case sobre a logística completa da extração e exportação de
petróleo.
2. Dificuldades
"O Brasil é um país que faz tudo pela metade." A expressão é usada pelo presidente da
Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, quando observa os
avanços do setor portuário brasileiro nos últimos anos e o que ainda falta fazer para dar
ao país melhores condições para exportar. Ele afirma que a questão portuária é uma das
barreiras internas que dificulta, quando não impede, a competitividade dos produtores nos
mercados internacionais.
O diretor geral da Agência Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), Sérgio
Mendes, indica que a burocracia sempre cria filas de navios e caminhões. No processo de
dificuldade estão:
* Riscos econômicos
* Burocracia
* Congestionamento
* Condições de pavimentação das rodovias de acesso
* Área de estacionamento
* Sinalização
* Acidentes em rodovias
* Roubos em rodovias e portos
* Insolvência do comprador;
* Atraso no pagamento - a falha do comprador em pagar o total em até seis
meses;
* Flutuações cambiais;
* Relacionados à soberania econômica.
Riscos Políticos
* De cancelamento ou não renovação de licenças de exportação ou
importação;
* Relacionados a conflitos armados;
* Expropriação ou confisco por companhias importadoras;
* De imposição de um banimento de algum bem após o embarque;
* De transferência: A imposição de controle de transferência de valores pelo
país importador devido a crises de liquidez;
* Relacionados à soberania política.
IMPORTADOS
* Plataformas de exploração de petróleo
* Máquinas e tratores
* Lentes e aparelhos óticos
* Fertilizantes
* Gás natural
* Produtos químicos
* Trigo
* Componentes eletrônicos
* Fibras óticas
* Aparelhagem médica para diagnósticos.
5. Custos na Importação
Na importação podemos dividir os custos em:
- Custo mercadoria
- Custo logístico
- Custo tributário
A) Custo da mercadoria:
E o custo da mercadoria que deverá ser pago para o Fabricante no exterior, mediante
operação bancária (contrato de câmbio).
São previstas as negociações:
- Pagamento antecipado
- Pagamento a vista
- Pagamento a prazo
- Financiamento
B) Custo logístico
Custo logístico é o custo que incide sobre toda a remoção da carga do domicílio do
fabricante no exterior, até a colocação da mercadoria em sua empresa.
Compõe o custo logístico:
- Frete Internacional,
- Seguro Internacional
- Capatazia
- Armazenagem
- Transporte Nacional Terrestre
- Transporte Nacional por Cabotagem
- Despacho aduaneiro.
C) Custo tributário
Essa matéria previsse de um fundamental estudo, pois são diversos os incentivos e
reduções de tributos existentes hoje no cenário.
Compõe o custo tributário:
* II - Imposto de Importação:
* Imposto Federal, tendo alíquota variável, base de cálculo (CIF).
* IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados: base de cálculo (CIF+II), imposto
cumulativo.
* PIS/PASEP
* COFINS – Contribuição Federal, tendo alíquota variável, base de cálculo
(CIF+II+IPI+ICMS+PIS+COFINS).
* Taxa Siscomex - Taxa paga pela utilização do sistema da Receita Federal, R$ 40,00,
com variável por NCM - Adição.
* ICMS – Tributo estadual, variando legislação em cada estado da federação, no
Paraná existe vários incentivos, desde exoneração do recolhimento ao crédito presumido.
* AFRMM – Imposto Federal, incidente somente nas importações marítimas, sendo
considerados 25% sobre o valor do frete internacional.
6. CUSTO DE EXPORTAÇÃO
FOB/CIF: dependem dos fretes, juro e tarifas internacionais.
Fazenda – FOB:
Cambio
Infraestrutura
Eficiência
Reduzir a burocracia
7. INCENTIVOS
* Financiamento às exportações, para tornar o produto brasileiro mais competitivo no
mercado internacional. O financiamento à exportação pode ser concedido na fase de
produção da mercadoria, é o chamado crédito pré-embarque ou após o embarque da
mercadoria, chamado pós-embarque. Toda exportação financiada acarreta cobrança de
juros. Usualmente os juros são cobrados com base na taxa Libor (taxa interbancária de
Londres). A amortização da exportação financiada se dá pelo pagamento do principal e
dos juros em parcelas iguais e consecutivas, sempre com a mesma periodicidade. A
carência (vencimento da primeira parcela), geralmente, é limitada há 180 dias a partir da
data de embarque do produto. Existem vários tipos de financiamento, tanto pré-embarque
quanto pós-embarque. Abaixo estão os mais utilizados:
* Adiantamento sobre Contrato de Câmbio – ACC: o ACC é um adiantamento feito por
uma instituição financeira ao exportador antes da exportação (pré-embarque). O baixo
custo de captação representa um diferencial dos adiantamentos e um dos principais
fatores de estímulo à busca desses mecanismos pelo exportador. Outra vantagem é que a
alíquota de IOF é reduzida a zero.
* BNDES – Pré-Embarque de Curto Prazo: financiamento ao exportador, com prazo de
pagamento de até 180 dias, na fase pré-embarque da produção de bens que apresentem
índice de nacionalização, em valor, igual ou superior a 60%.
* BNDES-Exim Pré-Embarque Especial: financiamento ao exportador para parte dos
recursos necessários à produção de bens a serem exportados, sem vinculação de
embarques específicos. A parcela financiada pelo BNDES levará em conta o acréscimo
estimado das exportações em relação aos 12 meses anteriores. O prazo é de até 12
meses, podendo ser estendido para 30 meses, em determinados casos. É destinado a
empresas de qualquer porte exportadoras de bens.
* Adiantamento sobre Cambiais Entregues – ACE: adiantamento feito por uma
instituição financeira ao exportador, por conta do efetivo embarque de mercadorias
exportadas (pós-embarque). Reduz os custos financeiros para o exportador brasileiro,
possibilitando competitividade, porque dá melhores prazos de pagamento com custos
menores ao importador. O ACE tem prazo máximo em 210 dias, limitado ao prazo de
pagamento dos saques de exportação.
* Programa de financiamento às Exportações – Proex: criado pelo governo federal para
proporcionar às exportações brasileiras condições de financiamento equivalentes às do
mercado internacional. Apoia a exportação de bens e de serviços, como, por exemplo,
serviços de engenharia. Os bens financiáveis são os listados no anexo à Portaria MDIC nº
58, de 10 de abril de 2002, além de serviços de instalação, montagem e funcionamento,
no exterior, de máquinas e equipamentos de fabricação nacional. Atualmente, mais de
90% dos itens da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM são financiáveis pelo Proex.
O prazo de pagamento do pacote de exportação é ditado pela mercadoria ou conjunto de
mercadorias de maior prazo, quando o valor a um deles atribuído representa parcela igual
ou superior a 60% do valor da exportação. Para os demais casos, prevalece a média
ponderada dos prazos, em função do valor de cada mercadoria. O Proex não financia
nem paga equalização de taxas de juros sobre valor de comissão de agente.
8. TRIBUTOS IMPORTAÇÃO
Os tributos que incidem sobre a importação de produtos e serviços no Brasil
II (Imposto sobre Importação)
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados
ICMS (Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços.
PIS - Importação (Lei nº 10.865/2004) - alíquota geral de 1,65%, existindo alíquotas
específicas para determinados produtos.
COFINS - Importação (Lei nº 10.865/2004) - alíquota geral de 7,6%, existindo alíquotas
específicas para determinados produtos.
ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) - alíquota de 5% sobre a importação
de serviço proveniente do exterior do País especificadas na Lei Complementar 116/2003.
IOF - Imposto sobre Operações de Câmbio - devido sobre a compra de moeda
estrangeira, na liquidação da operação de câmbio para pagamento da importação de
serviços, devido à alíquota de 0,38%.
Além dos tributos acima citados, há incidências de taxas, como o Adicional de Frete para
Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004 e tarifas aduaneiras.
9. TRIBUTOS EXPORTAÇÃO
* Imposto de Exportação (IE): tem como fato gerador a saída de produto nacional ou
nacionalizado do território nacional. Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da
expedição da Guia de Exportação ou documento equivalente. O Poder Executivo
relaciona os produtos sujeitos ao imposto.
9.1 Base de Cálculo
A base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria,
ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado
internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, mediante ato do
Conselho Monetário Nacional.
O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.
9.2 Alíquotas
A alíquota do imposto é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la,
para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 150%.
9.3 Contribuinte
Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar, considerada
qualquer pessoa que promova a saída de produtos do território nacional, podendo
também a lei equipar terceiro ao exportador. (art. 27 do CTN e art. 5º do Decreto-Lei nº.
1.578/77).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO ST DE GESTÃO EM LOGÍSTICA
POLO GUAICURU
TURMA N40
Há alguns dias atras eu postei a respeito da importância do segundo idioma para o profissional de
logística no artigo POR QUE FALAR INGLÊS?. Hoje, na série Profissões vamos entrevistar
Dennys Guerrero, Analista de Logística Internacional e bem familiarizado com essa questão.
O Analista de Logística Internacional faz o acompanhamendo de recebimento e entrega de pedidos
nacionais e processos de importação e exportação. É o responsável pelo cumprimento dos prazos,
acuracidade do pedido, integridade das peças e pela interface entre transportadores, clientes e
distribuidores.
1. Qual é o maior desafio enfrentado pelo Analista de Logística Internacional?
Resp: No caso da Logistica crítica (na qual eu trabalho) acredito que sejam os problemas “não
controlaveis” do tipo: Clima, trânsito, disponibilidade de aeroportos. Fazer com que o cliente
entenda o motivo pelo qual um produto que ele necessita urgente, pode tardar a chegar. Outro
desafio para um analista que tem que rastrear seus produtos até que chegue em seu cliente final, é
criar um vínculo de simpatia com seus agentes, transportadoras e etc, tratando-os como parceiros,
para que sempre tenha a informação real do status daquela entrega, ou para quando precisar do
esforço maximo de todos envolvidos.
2. Qual é a importância da fluência em inglês e espanhol nessa profissão?
Resp: No caso da logistica internacional, temos clientes ao redor do mundo, na minha empresa, nós
analistas tratamos apenas com America Latina, outras pessoas tratam de exportações com o resto do
mundo, porém atendemos telefonemas, damos informações e ajudamos a sanar problemas e dúvidas
de todos os países aonde nossos clientes estão instalados, Uma vez que você tem um cliente
internacional, é necessario que toda equipe conheça outro idioma, quase sempre inglês e/ou
espanhol.
3. Possuir um perfil dinâmico e pro ativo é importante? Que outras características são desejáveis
para essa atividade?
Resp: Dinamismo e Pro atividade eu diria que são as qualidades mais importantes que um Analista
de Logística deve ter. Em uma mesma ordem de entrega de um produto, tratamos pelo menos com 3
pessoas distintas (Requisitor, entregador, receptor) no caso da logística crítica, este tempo é
reduzido para entregas de até 2 horas no cliente final, portanto o dinamismo é indispensável. Não
menos importantes são: Paciência, facilidade para lidar com pessoas e estratégia de trabalho.
4. O que você considera mais gratificante?
Resp: é muito gratificante quando o processo é cumprido sem nenhuma falha, sem erros
controláveis ou não controláveis, e percebemos a satisfação do cliente. Não menos gratificante são
as possibilidades e oportunidades de desenvolvimento profissional dessa área.
O profissional de Comércio Exterior tem suas peculiaridades e seu perfil que poderá ter uma
ascendência muito rápida ou demorar um bom tempo para conseguir se estabelecer como tal. Irá
depender basicamente da formação e vocação para negócios, pois nada mais é do que atuar como
vendedor e comprador e em muitas vezes para terceiros, atendendo às necessidades do momento,
tendo em vista escassez de mercado ou oportunidade comercial e financeira com o aumento ou
queda do dólar em relação ao Real.
Este tipo de profissional tem que atuar com parceiros dos mais diversos, seja interno ou
internacional, ter noções de comércio exterior, tanto da legislação vigente quanto da parte
documental. O conhecimento de outros idiomas é de extrema importância, principalmente o inglês
que é a língua universal em comércio exterior, o conhecimento do espanhol é muito bem vindo.
Os formandos em administração, economia, comércio exterior entre outras, têm que
obrigatoriamente ter noção de importação e exportação, pois a qualquer momento poderá estar de
frente com uma operação de comércio exterior, da qual poderá surgir uma grande oportunidade de
trabalho ou mesmo ascendência dentro da empresa que atua.
É sabido que entre a teoria e a prática existe uma distância muito grande, por vezes, em comércio
exterior, a prática aliada ao conhecimento é mais importante que a formação propriamente dita, no
entanto quando se reúne os três elementos, formação superior, conhecimento e prática dificilmente
este encontrará dificuldade de colocação no mercado de trabalho, mesmo que de início não seja
diretamente ligado à importação ou exportação.
Abaixo algumas das atividades e colocação do profissional para atuar com o comércio exterior:
- Departamento de exportação ou importação de uma empresa;
- Compras e suprimentos / vendas;
- Agente;
- Trader;
- Consultor;
- Professor de Comex;
- Despachante Aduaneiro, autônomo, Comissária de despachos;
- Ajudante de despachante aduaneiro;
- Vendedor de serviços: fretes – Internacional/Nacional;
- Terceirização de serviços;
- Oportunidade aliada ao conhecimento, área específica;
- Comercial Exportadora e Importadora;
- Comissária de despachos.
- Dentre os requisitos necessários destaco os principais:
- Noção da legislação de comércio exterior, documentação e operacionalidade;
- Fluência em inglês e espanhol;
- Ser usuário de computador (Windows, Internet, Excel);
- Estar atualizado com a economia internacional;
- Conhecimento de marketing;
- Conhecimento das estatísticas de importação e exportação tanto interna quanto externa.
O conhecimento de informática é uma ferramenta que auxilia sobremaneira o profissional de
comércio exterior, pois a agilidade faz com que os negócios aconteçam muito rapidamente se o
profissional estiver no caminho certo. Desde 1993 e 1997 as exportações e importações
respectivamente são elaboradas por via eletrônica através do Sistema de Comércio Exterior –
SISCOMEX e em breve outros controles estarão entrando em operação para garantir a boa ordem e
evitar sonegação e evasão de divisas. Em janeiro de 2007, toda empresa que importa e exporta,
através de seu responsável legal terá que obrigatoriamente possuir o certificado digital e-CPF para
realizar todas as transações relativas ao Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex,
através da Internet.
Atuar com o comércio exterior é uma profissão como outra qualquer e só irá conseguir conquistar
uma posição privilegiada aquele que se destacar e propagar seu trabalho, que pode se dar pelo
conhecimento, disposição e muita persistência, o comércio internacional aumenta a todo dia seja
com novas empresas ou com empresas em novos mercados exportando e importando e que
certamente precisará a cada vez mais desta mão de obra especializada. E é recomendado a todo e
qualquer profissional que atue na parte operacional, financeira, contábil, compras, vendas, etc., o
conhecimento básico sobre comércio exterior.
Depto. Exportação – Depto.Importação de uma empresa – Compras e suprimentos / vendas
Dentre as atividades da empresa, a qualquer momento poderá surgir à oportunidade de exportar ou a
necessidade de importar matéria prima ou mesmo máquinas e equipamentos para melhorar a
qualidade e competitividade da empresa. Neste momento a direção terá que encontrar alguém com
conhecimentos para gerir esta atividade e certamente irá procurar estas qualidades em seu quadro,
daí por surgir um departamento de importação ou exportação.
Agente
Nesta atividade, todo aquele que reunir conhecimentos sobre comércio exterior poderá estar
atuando como agente, seja atendendo ao um pedido de uma empresa para buscar produtos ou
mesmo colocar em outros mercados, ligando as pontas entre importador/exportador e vice versa,
pelo que será remunerado de acordo com as tratativas entre as partes.
Trader
O Trader, diferentemente da figura do agente, mas com muitas atividades em comum procura
identificar as oportunidades para intermediar negócios na esfera internacional, planejando todo o
processo desde o primeiro contato, analisando custos e legislação pertinente, seja na importação ou
na exportação, preparando toda logística para viabilizar as transações.
O Trader está sempre participando de eventos nacionais e internacionais levando e buscando os
produtos para seus clientes, participando diretamente das negociações em nome do seu representado
agindo com se tal fosse. Muitos Traders procuram se especializar em um determinado segmento,
confecções, móveis, carne, entre tantos outros, de acordo com o conhecimento do mesmo do
produto em questão.
Consultor
Atuar como consultor de comércio exterior requer conhecimento amplo dos mais diversos
segmentos, pois terão que preparar dados estatísticos, relatórios de comportamento do produto a
nível internacional, comportamento da concorrência no mercado interno e externo, levar sugestões
de como a empresa poderá estar exportando ou importando. É imprescindível nesta condição, assim
como nas demais o conhecimento da legislação pertinente ao comércio exterior bem como sua
atualização constante.
Professor de Comex
Existe uma carência nesta área de atuação, principalmente fora dos grandes centros, aquele que se
propõe em ser professor de comércio exterior deve ter amplo conhecimento dedicando-se a uma
atividade específica ou num todo. Poderá desenvolver aulas como por exemplo:
- Práticas cambiais;
- Incoterms – Termos de Comércio Internacional;
- Legislação aduaneira;
- Teoria do comércio exterior;
- Relações internacionais;
- Logística Internacional
Despachante Aduaneiro/Ajudante de despachante aduaneiro
Os Despachantes Aduaneiros preparam e assinam os documentos que servem de base ao despacho
aduaneiro, na importação e exportação, verificando o enquadramento tarifário da mercadoria
respectiva e providenciando o pagamento dos impostos de importação e sobre produtos
industrializados (atualmente mediante débito automático), bem como o do imposto sobre circulação
de mercadorias, do frete marítimo, rodoviário e ferroviário, da demurrage, da taxa de armazenagem
e de capatazias, do adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante, etc.. Atuam perante
vários órgãos públicos vinculados a inúmeros Ministérios do Governo (da Saúde, da Agricultura, da
Indústria e do Comércio, da Fazenda, e de outros), finalizando a obtenção de documentos ou
informações via Siscomex necessários ao procedimento fiscal aqui referido (licenças de importação,
registros de exportação, certificados de origem e de tipo, certificados fitossanitários, fechamentos
de câmbio, entre outros).
O procedimento fiscal de despacho aduaneiro envolve uma série de conhecimentos de natureza
técnica, tais como o pleno domínio da Tarifa Externa Comum (TEC) e suas Regras, das negociações
tarifárias firmadas pelo Brasil, notadamente as que dizem respeito à ALADI, ao MERCOSUL e ao
GATT (OMC), dos vários regimes isencionais e suspensivos de tributação, na área da importação e
exportação (drawback, etc.), das normas que regem o Licenciamento e tantas outras. Trata-se,
assim, de uma atividade que exige conhecimentos não só na área aduaneira, mas igualmente na do
direito tributário, administrativo, comercial, marítimo, etc.
Para se tornar um despachante aduaneiro o interessado terá que trabalhar por dois anos como
ajudante de despachante aduaneiro, requerer junto à Receita Federal o seu registro de ajudante de
despachante e após dois anos poderá requer seu registro como Despachante Aduaneiro e filiar-se a
um sindicato de classe na região onde irá operar.
O despachante aduaneiro poderá atuar como profissional autônomo ou ter uma empresa prestadora
de serviços em comércio exterior, no caso, uma comissária de despachos aduaneiros, a qual irá
precisar de ajudante de despachante aduaneiro, este poderá representar o despachante aduaneiro em
todos os atos funcionais, sendo vedado assinar autos de infração e termos de responsabilidades entre
outros documentos da alfândega.
Vendedor se serviços – Frete internacional
Regional com atuação global, uma tendência que está dando oportunidades para aqueles que estão
longe dos grandes centros e próximo das empresas locais, oferecendo um serviço de cotação de
fretes, marítimos principalmente, pois o rodoviário ainda é muito pequena a sua presença no
interior, estando mais centralizados na capital, Informa aos clientes uma diversificada programação
de saídas dos principais portos brasileiros para o destino final pretendido que poderá ser um
NVOCC ou representante comum do mesmo.
NVOCC é a sigla em inglês de Non Vessel Operating Common Carrier, que podemos traduzir como
uma transportadora não proprietária de navios para operação compartilhada.
NVOCC operar, ele precisa ter um correspondente no porto de destino, que faz o desmembramento
do embarque, descarrega o container e o devolve ao armador, além de outros trabalhos relativos aos
controles aduaneiros demandados.
No caso de um representante comum, pessoa física ou jurídica que providência as cotações de frete,
informando também as previsões de saídas e chegadas de navios para o transporte marítimo de
carga, mediante remuneração, normalmente um percentual sobre o valor de frete pago.
Terceirização de serviços
Existem muitas empresas, seja de grande ou pequeno porte, que terceirizam as atividades de
importação e exportação, preferem delegar esta tarefa a ter que contratar e/ou se envolver-se
diretamente nas operações, desta forma pode ser uma oportunidade ao prestador de serviços visando
oferecer toda informação necessária ao interessado.
Oportunidade aliada ao conhecimento, área específica
É grande o número de empresas que buscam investimentos e outros interesses no Brasil e sempre
procuram por uma mão de obra especializada em determinado segmento. As oportunidades podem
estar ligadas simplesmente com ser um contratado para prestar serviços dentro da área de atuação
específica onde reúne conhecimentos necessários e o domínio da língua do país, este poderá ser
contratado como colaborador, prestador de serviços ou até mesmo receber um convite para uma
sociedade de interesse de ambas as partes.
No caso de ser uma empresa, já constituída e com atuação em determinada área, esta poderá receber
um convite de parceria, Joint-Ventures, cuja definição do termo em português é, fusão e/ou
associação de capitais, participação acionária, transação ou operação conjunta, com aporte de
capital ou não, neste caso poderia ser de bens ou conhecimentos tecnológicos.
Comercial Exportadora e Importadora
Trata-se de uma empresa como outra qualquer na prestação de serviços, tendo com atividade fim
comprar e vender ou mesmo atuar com intermediário em operações de comércio exterior. Uma
empresa que necessite importar determinado produto ou exportar e não reúna as condições
necessárias para tanto poderá fazer uso de uma comercial exportadora para receber ou mandar suas
mercadorias.
Atualmente empresas com esta denominação e atuação têm aumentado visando atender às
necessidades e aproveitar-se da deficiência de outras, pois para poder atuar com importação e
exportação a empresa terá que ter a Habilitação/Radar, junto à Receita Federal da jurisdição da
matriz e em muitos casos encontra-se impedida devido a débitos federais e/ou processos
administrativos, logo se aparece uma operação, seja de importação ou exportação, faz uso de uma
comercial exportadora.
Trading Company & Comercial Exportadora Comum
Como já mencionado acima, uma empresa comercial exportadora comum é uma empresa como
outra qualquer, já a Trading Company é uma empresa comercial exportadora, constituída de acordo
com as especificações elencadas no Decreto-lei nº. 1.248, de 29 de novembro de 1972.
A Trading Company deve ser constituída sob a forma de sociedade por ações, as quais devem ser
nominativas e com direito a voto e possuir um capital mínimo equivalente a 703.380 UFIRs.
Possuir o Certificado de Registro Especial, concedido pelo DECEX, em conjunto com a Secretaria
da Receita Federal .
Basicamente a diferença entre uma e outra estará na própria razão social, a comercial exportadora
comum será sempre uma Ltda., e a Trading Company será sempre uma S/A, a venda de mercadorias
para uma Ltda., ambos ficam solidários no recolhimento de impostos até que se efetive de fato a
exportação obtendo assim a isenção, já a venda para uma Trading Company os impostos são
automaticamente isentos.
Comissária de despachos aduaneiros
Empresa que atua nos processos de importação e exportação, oferecendo assessoria, consultoria,
liberação de mercadorias no porto, aeroporto, fronteira e correios, bem como em recintos
alfandegados como Eadi, (Porto Seco), normalmente este tipo de empresa, quando não dispõe em
seu quadro societário a figura do despachante aduaneiro, ou ainda quando se faz necessário contrata
o mesmo como autônomo para exercer as funções dentro da empresa como prestador de serviços.
A Comissária prepara toda documentação necessária, elabora planilhas de custos e outras
informações inerentes ao comércio exterior e dispõe de estrutura física para desenvolver as
atividades.
Somente poderão ser credenciadas para exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro,
as seguintes pessoas:
1 – despachante aduaneiro;
2 – dirigente ou empregado de pessoa jurídica representada
Existem empresas que prestam esses serviços e não tem em seu quadro social a figura do
despachante aduaneiro, sendo este profissional um contratado para estar à frente da fiscalização
quando da liberação das mercadorias.
Hoje e já há algum tempo o governo disponibiliza informações que auxiliam na busca de
informações para realização de pesquisa de dados nacionais e internacionais, dos quais destaco os
sites:
http://www.braziltradenet.gov.br – Ministério das Relações Exteriores
http://www.desenvolvimento.gov.br – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior
http://www.portaldoexportador.gov.br – MDIC
https://www.exportadoresbrasileiros.gov.br – MDIC
http://www.aprendendoaexportar.gov.br – MDIC
http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br – Estatísticas de Comércio Exterior
http://www.apexbrasil.com.br – Agência de Promoção de Exportação
www.bb.com.br – Banco do Brasil – Negócios Internacionais – Revista Comércio Exterior BB
www.funcex.com.br – Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior
www.aeb.org.br – Associação de Comércio Exterior do Brasil
* Paulo Narcizo é formado em Relações Internacionais, Comércio Exterior e Marketing. Atua como
Diretor de uma empresa de importação e exportação, a Caribbean Express. Escreveu vários livros,
dentre eles, “Importação & Exportação Sem Complicação”. Além disso, também é professor,
consultor e palestrante de comércio exterior.