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Prática como Componente

Curricular - Proposta de
Desenvolvimento
PCC IV
Todas as licenciaturas
Sumário
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 3

2. OBJETIVOS DA PCC................................................................................................................... 9
Curso: Todas as licenciaturas
Tema: O professor e as esferas de interação
PCC: IV
Carga horária: 50 horas

1. INTRODUÇÃO

Este documento tem o propósito de orientá-lo na realização da Prática como Componente


Curricular (PCC), que é obrigatória em todos os cursos de licenciatura, nos termos da
legislação vigente. É fundamental que você faça uma leitura atenta de todo o texto, que traz
informações detalhadas sobre os procedimentos e as regras para a realização da atividade.
Se após a leitura persistir alguma dúvida, utilize os diferentes canais de comunicação para
que você possa ser orientado, mas lembre-se de que o desenvolvimento da autonomia faz
parte do seu processo formativo. Sendo assim, faça uso das tecnologias colocando-as a
favor do seu próprio percurso de aprendizagem.

1.1 INFORMAÇÕES SOBRE A PCC


A Prática como Componente Curricular (PCC) é uma atividade prática obrigatória a ser
realizada presencialmente em escola de educação básica ao longo de todos os semestres
do curso. O cumprimento da PCC, para além da formação profissional, constitui-se numa
exigência prevista na Resolução do Conselho Nacional de Educação – Resolução CNE/CP
n. 2/2019 que define as Diretrizes Nacionais para formação inicial de professores para o
exercício da educação básica, assim como institui a BNCC-Formação (BRASIL, 2019).

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Em termos gerais, a PCC se constitui num conjunto de atividades formativas que
proporcionam experiências reais de aplicação do conhecimento apreendido no percurso
formativo em espaços educativos (escolas, organizações do terceiro setor, empresas,
clubes esportivos, instituições governamentais, dentre outros) ou desenvolvimento de
procedimentos relativos ao exercício da docência e da gestão (BRASIL, 2005). A carga horária
total da PCC é de 400 horas distribuídas ao longo do curso desde seu início, conforme o
preconizado no artigo 11, da Deliberação CEE/CP n. 2/2019. De modo mais efetivo, são
50 horas em cada semestre, constituindo-se em componentes curriculares, passíveis de
promoção ou reprovação.
As atividades práticas estão relacionadas às disciplinas dos semestres e se constituem
numa proposta pedagógica importante para a formação docente, mediante a unidade teoria
e prática e sua articulação com os conteúdos integrados aos componentes curriculares
acadêmicos, a partir da vivência e da simulação da prática profissional desde o início da
vida universitária. Na PCC IV, o estudante de licenciatura realizará uma atividade prática
que terá como título: “O professor e as esferas de interação”. Essa atividade corresponde à
carga horária de 50 horas.

1.2 TEXTO BASE DA PCC IV: O PROFESSOR E AS ESFERAS DE INTERAÇÃO


As múltiplas esferas de interação social: um conhecimento profissional docente
Nos últimos anos, a noção da docência como uma profissão (em contraponto às crenças
de senso comum de que a docência é uma missão, um “dom natural”, uma arte, ou uma
vocação) vem ganhando força no campo das Ciências da Educação e das Ciências Sociais
Aplicadas.
Essa ideia, que vem sendo integrada aos processos de formação inicial e continuada
de professores, ainda é um grande desafio, pois de um modo geral pouco se fala sobre
as especialidades que são típicas da docência. Por isso, é fundamental que partamos do
princípio de que o que caracteriza a profissão docente é o fato de que este profissional

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precisa tornar-se especialista em fazer com que outros seres humanos aprendam coisas
que não conhecem (ROLDÃO, 2015).
Considerando a função social da escola que, primordialmente, deve compartilhar
com as novas gerações os conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos produzidos
e acumulados pela humanidade ao longo do tempo, um especialista em ensino precisa
levar em conta o sujeito da aprendizagem (o estudante), o currículo (o que ensinar) e a
didática (como ensinar). É essa tríade que constitui o núcleo central da profissionalidade
dos professores, conforme indicado na figura a seguir:

Contudo, o trabalho docente possui uma dimensão que perpassa a sala de aula, pois se
trata de uma ação profissional de grande complexidade, de um trabalho secular e pouco
se detalha sobre suas minudências (ou se tem consciência delas). Por exemplo, pouco nos
questionamos sobre as razões das aulas e das ações de ensino, a organização dos tempos,
espaços e ambientes das salas de aula e da escola, a seleção de materiais didático-pedagógicos
serem como são, quais são e os porquês de serem assim ou de serem estes ou aqueles. E
refletir criticamente a respeito disso é fundamental para que nos profissionalizemos cada
vez mais, ainda mais no seu caso, que será um(a) futuro(a) professor(a).

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E para isso, é fundamental que tenha consciência daquilo que, pouco a pouco, você deve
saber, fazer, compreender e comunicar, o que é nosso grande objetivo com as atividades
de PCC.
Sem dúvida alguma, são muitas as especificidades da profissão, e não é em um passe de
mágica que você (futuro professor) desenvolverá todos os conhecimentos profissionais que
precisará acionar em sua atuação futura, até porque eles são muitos.
De todo modo, deverá conhecer, por exemplo, os conteúdos que precisará ensinar,
como ensinar esses conteúdos, ter bons conhecimentos sobre o currículo… Precisará, ainda,
conhecer didática geral, as estratégias de ensino, que abordam tudo o que está para além
das matrizes curriculares, referindo-se aos cenários em que o ensino acontece, saber como
os estudantes se desenvolvem e aprendem… Precisará conhecer muito bem as finalidades
educativas, a legislação educacional, as políticas educacionais, os processos de gestão e
financiamento da educação, os modos de funcionamento dos sistemas de ensino, mas
também precisará ter bons conhecimentos sobre as características das comunidades, das
famílias e das culturas dos diferentes territórios dos quais as escolas são parte.
Por falar nisso, fica evidente que o professor é um profissional que precisa interagir com
muitas pessoas (dentro e fora da escola) pertencentes a diferentes esferas de interação
social. O docente deve comprometer-se com o trabalho da escola junto às famílias, à
comunidade, aos parceiros com os quais a escola realiza seus projetos e às instâncias de
gestão da educação. É preciso, portanto, aprender como se colocar e se relacionar nessas
diferentes esferas.
Denominamos esferas de interação cada um dos núcleos relacionais (que se constituem
de diferentes campos da vida social) com os quais os professores interagem, a fim de
cumprir com as finalidades da escola.

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Neste sentido, devem ser consideradas esferas de interação:
ƒ Família.
ƒ Secretaria de Educação.
ƒ Redes de apoio intersetorial: [1] da assistência social (assistentes sociais, psicólogos,
educadores, que atuam nos mais diversos equipamentos que compõem o Sistema Único
de Assistência Social (Suas); [2] da saúde (médicos, enfermeiros, agentes de saúde,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos etc); [3] do sistema
de justiça e de outras pastas que compõem os direitos das crianças e dos adolescentes,
nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um importantíssimo e
relevante documento, que é uma referência positiva para outros países do mundo e que
em 2020 completou 30 anos.
ƒ Comunidade do entorno escolar.
ƒ Universidades.
ƒ Institutos de Pesquisa /ou outros parceiros
ƒ Organizações da Sociedade Civil e/ou Filantrópicas.
ƒ Entre outros, a depender de cada caso.
Embora as esferas de interação que envolvem o trabalho docente sejam muitas, na
prática essa atividade de PCC envolverá a observação de uma das duas esferas com as
quais o professor mais interage: interação dos professores com a equipe escolar (gestão/
professores/funcionários) e a interação do professor com a família/comunidade.
Essa observação é importante, pois o professor precisa desenvolver a capacidade de
estabelecer uma relação profissional e amistosa com cada uma dessas esferas, tendo em
vista, sempre, o desenvolvimento e a aprendizagem de seus estudantes. Quanto mais
dialógicas, democráticas e empáticas forem as relações entre essas diferentes esferas, mais
positivamente essas relações repercutirão na ação educativa voltadas àqueles que são a
prioridade da instituição escolar, ou seja, bebês, crianças, jovens e adultos.

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A depender do segmento no qual o professor atua, as interações com uma ou outra
esfera serão mais frequentes. Por exemplo, na educação infantil com as famílias e ou/
responsáveis a interação é mais próxima. No caso de atendimento a crianças em situação
de vulnerabilidade, outras esferas de atuação estarão mais presentes, como por exemplo o
Conselho Tutelar ou o sistema de saúde.
Se a escola desenvolve projetos em parceria, muito provavelmente estabelecerá uma
relação mais próxima com universidades, ONG ou institutos parceiros. Assim como uma
escola indígena ou quilombola pode ter relações mais frequentes com agentes de políticas
públicas mais específicos, como as secretarias de direitos humanos e entidades afins, outra
escola que tenha estudantes refugiados também pode ter relações mais frequentes com
instituições e agentes especializados no apoio a essas populações.
Enfim, é importante destacar que o trabalho docente traz uma dimensão compulsória
a todo profissional que demanda o estabelecimento de interações com as mais variadas
esferas que envolvem a vida pública. Neste sentido, é importante que o futuro professor
mantenha-se bem informado acerca das políticas públicas de atendimento à população,
como um todo.
Como afirma Bernard Charlot (2000, 2005), um professor necessariamente deve
desenvolver a simpatia antropológica, ou seja, deve se preocupar em atender bem e se
relacionar bem com todas as pessoas com as quais se relaciona no exercício de sua profissão,
sobretudo, mantendo o compromisso político-pedagógico que tal atividade exige.
Sendo assim, é preciso se preocupar em manter uma postura ativa diante das questões
que envolvem os estudantes, bem como seu processo de aprendizagem e desenvolvimento,
contribuindo para uma educação integral, que não envolve somente a dimensão intelectual,
mas também as dimensões cultural, social, física e emocional.
Como dito anteriormente, nesta atividade você deverá escolher apenas uma esfera de
interação dentre as duas propostas: interação dos professores com a equipe escolar (gestão/

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professores/funcionários) e a interação do professor com a família/comunidade, a partir de
um evento previsto no calendário escolar1 para o semestre letivo.
Nestas interações podemos identificar se as relações são tensas, amistosas, burocráticas,
se há uma relação verdadeiramente dialógica, se as pessoas se sentem à vontade para se
colocar, propor, participar, ou se ocorre o contrário, se apenas ouvem e acatam orientações,
em uma via de mão única, se há disponibilidade da equipe escolar em ouvir ativamente as
pessoas com as quais se relaciona.
Não se esqueça de que essa prática de observação contribuirá para a sua formação
como futuro professor, independentemente de você se deparar com situações positivas ou
negativas, sempre há o que aprender.

2. OBJETIVOS DA PCC

Considerando a leitura do texto “As múltiplas esferas de interação social: um


conhecimento profissional docente”, foi possível identificar que o trabalho docente não se
limita às atividades de planejamento e ensino em sala de aula. Sendo assim, a partir dos
pressupostos apresentados, são objetivos desta PCC:
ƒ Mapear os eventos previstos no calendário escolar, para o ano letivo.
ƒ Escolher e observar um evento previsto no calendário escolar no semestre em que a
PCC será realizada.
ƒ Analisar o evento observado e produzir um relatório reflexivo.

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O calendário escolar é um documento oficial proposto pelo Ministério da Educação e de envio obrigatório à Secretaria de
Educação ou Diretoria de Ensino da região na qual a instituição está estabelecida. Portanto, um documento que é planejado
e no qual são definidas as ações/interações que serão realizadas no decorrer do ano, sempre alinhadas ao Projeto Político-
Pedagógico da escola.
De acordo com o art. 23 § 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9394/1996), o calendário escolar deverá
adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso
reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.

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2.1 DESENVOLVIMENTO
Preferencialmente, a atividade deve ser realizada em grupo, de acordo com a modalidade
do curso.
Curso EaD: grupos com até 10 (dez) participantes matriculados no mesmo polo, curso
e semestre.
Curso presencial: os grupos não poderão exceder o número de 5 (cinco) participantes
da mesma turma.

Observação: caso não consiga cumprir a atividade em grupo,


excepcionalmente, ela poderá ser realizada individualmente.

Para essa atividade, será necessário fazer uma visita (de dois dias) em uma escola e, na
sequência, elaborar um relatório reflexivo para compor o portfólio de acordo com o passo
a passo a seguir. Além disso, será necessário comprovar a visita junto à unidade escolar
escolhida, por meio de fotos suas - se a atividade for realizada individualmente - e/ou de
todos os componentes do grupo, no local da visita e de declaração de presença obrigatória
assinada e carimbada por um responsável pela escola (diretor escolar, vice-diretor, supervisor
ou coordenador pedagógico) para validação da atividade em cumprimento ao contido no §
6º, artigo 15, da Resolução CNE/CP n. 2/2019.

PASSO A PASSO PARA O DESENVOLVIMENTO DA PCC

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2.1.1 PASSO 1: ESCOLHER A ESCOLA
Como já informado, a atividade deve ser realizada presencialmente em uma escola da
Educação Básica (pública ou privada).

2.1.2 PASSO 2: LEVAR A CARTA DE APRESENTAÇÃO À GESTÃO ESCOLAR


A carta de apresentação é um documento que deve ser apresentado ao diretor da
escola, na qual consta a proposta da PCC que será desenvolvida. Esse documento deverá
ficar na escola com o gestor, caso aceite e autorize o desenvolvimento da atividade na
instituição. O modelo está disponível no final desse arquivo.

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2.1.3 PASSO 3: APRESENTAR A PROPOSTA DA PCC E SOLICITAR À GESTÃO UMA
CÓPIA DO CALENDÁRIO ESCOLAR
Explicar à gestão da escola a proposta da PCC, que consiste em analisar o calendário
escolar para mapear os eventos previstos dentro do semestre letivo considerando as
seguintes esferas de interação:
a) Interação dos professores com a equipe escolar (gestão/professores/
funcionários):

ƒ Reuniões de Conselho de classe.


ƒ Reuniões de APM
ƒ Reuniões pedagógicas (organização e planejamento/replanejamento; formação de
professores, jornadas pedagógicas).

b) Interação do professor com a família/comunidade:


ƒ Reuniões de pais/responsáveis.
ƒ Reuniões de APM (Associação de Pais e Mestres).
ƒ Reuniões de Conselho Escolar.
ƒ Eventos (Festas e comemorações escolares com a participação das famílias/
comunidade); festa junina, dia da família na escola, festa da primavera, festa das nações,
mostras culturais...).

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Importante! Solicitar uma cópia do calendário escolar para compor o portfólio.

2.1.4 PASSO 4: ANALISAR O CALENDÁRIO E COMBINAR COM A GESTÃO UM DIA


PARA OBSERVAÇÃO DE UM EVENTO
Identificar os eventos do calendário escolar previstos para o mesmo semestre
de desenvolvimento da PCC. Em seguida, juntamente à gestão, escolher um
evento que seja relacionado à interação dos professores com a equipe
escolar (gestão/professores/funcionários) OU à interação do professor
com a família/comunidade para observação, e solicitar a autorização
para o acompanhamento.

2.1.5 PASSO 5: COMPARECER NOVAMENTE À ESCOLA PARA OBSERVAR E


REGISTRAR O EVENTO ESCOLHIDO
No dia combinado com a gestão, comparecer à escola para acompanhar, observar e
registar por escrito o evento escolhido. A observação e o registro deverão ser realizados
a partir das questões norteadoras, apresentadas no quadro a seguir indicadas para cada
esfera de interação.

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Quadro 1. Esferas de interação
Esferas de interação para observação O que observar?
ƒ Como e por quem os participantes da reunião são
recepcionados?
ƒ A reunião tem uma pauta de planejamento? A
Interação dos professores com a pauta foi compartilhada?
equipe escolar (gestão/professores/ ƒ Quem conduziu a reunião? De que forma ela
transcorreu (o clima foi amistoso, participativo,
funcionários)
centralizador ou autoritário)?
ƒ Como foi o comportamento dos professores
ƒ Reuniões de Conselho de classe.
durante a reunião? Eles participaram, se envolveram,
ƒ Reuniões pedagógicas (organiza- questionaram, apresentaram sugestões, se posicionaram
ção e planejamento; formação de ou não?
professores, jornadas pedagógicas). ƒ Foi redigida uma ata durante a reunião? Quem foi
o responsável?
ƒ Entre os temas discutidos na reunião observada,
algum chamou a sua atenção? Por quê?

ƒ Como e por quem os participantes da reunião são


recepcionados?
ƒ A reunião tem uma pauta de planejamento? A
Interação do professor com a família/
pauta foi compartilhada?
comunidade: ƒ Quem conduziu a reunião? De que forma ela
ƒ Reuniões de pais/responsáveis transcorreu (o clima foi amistoso, participativo,
ƒ Reuniões de APM (Associação de centralizador ou autoritário)?
Pais e Mestres). ƒ Como foi o comportamento do(s) professor(s)
ƒ Reuniões de Conselho Escolar. durante a reunião? Ele participou, se envolveu,
questionou, apresentou sugestões, se posicionou ou
não?
ƒ Entre os temas discutidos na reunião
observada, algum chamou a sua atenção?
Por quê?

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ƒ Como e por quem os participantes do
evento são recepcionados?
ƒ Como o espaço da escola foi organizado para o
evento?
ƒ Durante o evento, como você qualifica
ƒ Eventos (Festas e comemo- a participação dos envolvidos: alegre/triste,
respeitoso/desrespeitoso, inclusivo/discriminatório,
rações escolares com a partici-
harmonioso/conflituoso?
pação das famílias/comunidade;
ƒ Qual foi o papel do(s) professor(es) durante a o
festa junina, dia da família na
evento?
escola, festa da primavera, festa das ƒ O evento foi registrado? De que forma (vídeo,
nações, mostras culturais...). imagens, áudio)?
ƒ As famílias e/ou comunidade participaram
colaborando durante o evento ou ficaram
somente como convidados?
ƒ O que chamou sua atenção no evento
observado?

IMPORTANTE!
Não se esqueça de tomar nota de todas as observações, pois facilitará a produção do
seu relatório reflexivo.

ATENÇÃO! NÃO REGISTRE O EVENTO OBSERVADO POR MEIO DE FOTOS OU VÍDEOS.

2.1.6 PASSO 6: PREENCHER A DECLARAÇÃO DE PRESENÇA


A declaração, cujo modelo está disponível no final deste arquivo, deverá ser assinada
por um dos responsáveis da instituição (supervisor, diretor, vice-diretor ou coordenador

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pedagógico), constando o carimbo da escola e o carimbo com o nome e função do
profissional responsável.

NÃO SERÃO ACEITAS DECLARAÇÕES SEM CARIMBOS, ASSINATURAS E DATAS


DA VISITA ÀS ESCOLAS.

2.1.7 PASSO 7: ELABORAR O RELATÓRIO REFLEXIVO


Uma vez que a esfera de interação foi observada durante o evento escolhido, chegou o
momento de elaborar o relatório reflexivo, que deverá ser estruturado em três partes:
a) Parte 1: caracterização da escola e do calendário escolar.
Informações sobre a escola: a parte inicial do relato deve contemplar as informações
gerais da escola, como: nome, endereço completo, quantidade de estudantes, de
professores(as), de funcionários e outras informações que sejam pertinentes sobre a
localização/território do entorno da instituição, ou seja, características do bairro (residencial
ou comercial, central ou periférico, rural ou urbano).
Informações sobre o calendário escolar: apresentar uma cópia (se possível) e descrever
informações importantes e os eventos previstos no calendário: quantidade de dias letivos;
períodos de recesso escolar e férias; reuniões de organização e planejamento da escola;
reuniões de pais e responsáveis; reuniões pedagógicas; reuniões que envolvem a APM;
reuniões de conselho de escola; de classe e eventos comemorativos e outros que sejam
específicos da escola.

b) Parte 2: Análise do evento observado.


Retomar a leitura do texto “As múltiplas esferas de interação social: um conhecimento
profissional docente” para fundamentar a escrita do relatório reflexivo.

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Nesta parte do relatório, será preciso indicar a esfera de interação e o evento escolhido
para observação. Em seguida, analisar as questões norteadoras apresentadas no quadro 1.
Agora é o momento de utilizar todos os registros feitos e construir um texto reflexivo
explicitando os acontecimentos observados. Procure produzir um relatório detalhado
e cuidadoso.
Atenção! As questões norteadoras não devem ser respondidas em forma de
questionário, no entanto elas vão ajudar a construir o texto junto com as observações e
registros realizados.
A seguir, indicamos um exemplo para redação do relatório levando em consideração as
duas primeiras questões norteadoras do quadro 1.
Esfera de interação: interação do professor com a família/comunidade:
Evento observado: reunião do Conselho Escolar.

No dia 12/08/23 foi possível acompanhar a reunião dos integrantes do Conselho Escolar
do CEI Ana Maria Costa. O diretor informou que o Conselho escolar foi instituído pela
Secretaria de Educação de Potiguar no ano de 2022, portanto os pais ou responsáveis pelos
estudantes estão com uma oportunidade bem recente para participar das discussões que
envolvem questões pedagógicas e administrativas da instituição. As reuniões acontecem
aos sábados para facilitar a participação das famílias.
A reunião estava marcada para iniciar às 8h30 e a gestão da escola organizou uma mesa
com café, chá e algumas bolachas para criar um clima acolhedor. O diretor da escola e o
presidente do Conselho Escolar iniciaram a reunião às 9h, com 35 participantes presentes.
O presidente do Conselho leu a pauta da reunião, que foi divulgada com antecedência
e estava afixada na porta da sala em que ocorreu o evento. Solicitou aos presentes a
inclusão de algum tema de interesse que não estava na pauta. Uma mãe solicitou que se
incluísse o seguinte assunto: a segurança da escola...

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c) Parte 3: Reflexões finais
Conclua o relatório com a análise do papel do professor na esfera de interação observada
e descreva quais foram suas aprendizagens com a atividade (análise do calendário e
observação do evento).

Observação
O relatório deve conter, OBRIGATORIAMENTE, no mínimo 3 e no máximo 5 páginas,
sem contar capa, folhas em branco e declaração de presença.

Formatação do relatório

O relatório deverá ser digitado respeitando a seguinte formatação: Tamanho da letra:


12; fonte: Times New Roman ou Arial; espaçamento entrelinhas: 1,5; alinhamento do
texto: justificado (margens alinhadas à esquerda e à direita).
Para este relatório reflexivo não é necessário fazer sumário e nem numerar as páginas.

ATENÇÃO!
Lembre-se de que o texto do relatório deve conter coesão e coerência, não pode ser
uma lista de itens e nem pode ser elaborado em forma de perguntas e respostas. Não se
esqueça também de revisar o relatório antes da postagem, não só quanto à formatação
solicitada, mas também quanto às questões textuais (ortografia, concordância, pontuação
e paragrafação), pois esses aspectos também serão avaliados.

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2.1.8 PASSO 8: ORGANIZAR O ARQUIVO DO PORTFÓLIO (RELATÓRIO + CALENDÁRIO
ESCOLAR + DECLARAÇÃO DE PRESENÇA)
Chama-se de portfólio o conjunto de documentos que deverão ser entregues para
comprovar o desenvolvimento da PCC. O portfólio será composto por:
ƒ Relatório reflexivo
ƒ Calendário escolar (se possível)
ƒ Declaração de presença devidamente preenchida com nome(s) e RA(s) do(s)
estudante(s), com data, assinatura e carimbo (com nome e função) do responsável pela
escola, e ainda o carimbo da escola.

2.1.9 PASSO 9: REALIZAR A POSTAGEM NO SISTEMA


Local de Postagem:
Área do aluno >Trabalhos Acadêmicos (Estágio, PCC, PIM, Práticas) > PRÁTICA COMO
COMPONENTE CURRICULAR IV – 7980-50> Nova Postagem
Tipo de arquivo (PDF - formato obrigatório)

Período de postagem: Fique atento(a) aos avisos postados no AVA, na comunidade do


seu curso.

Para saber mais...


CASTRO, J. M; REGATTIERI, M. Interação família-escola subsídios para as práticas
escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009, 104p.

BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Fortalecimento de Conselhos Escolares.


Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação pública.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_gen.pdf. Acesso em:
10 out. 2022.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Parecer CNE/CES n. 15/2005: aprovado em 2 de fevereiro de 2005, Solicitação de


esclarecimento sobre as Resoluções CNE/CP n. 1/2002, que institui Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena, e 2/2002, que institui a duração e a carga horária dos
cursos de licenciatura, de graduação plena, de Formação de Professores da Educação Básica,
em nível superior. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/view/
CNE_pces001505.pdf?query=M%C3%89DIO. Acesso em: 26 fev. 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2/2019: define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum
para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file. Acesso
em: 26 fev. 2022.

CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre:
Artmed, 2000.

CHARLOT, Bernard. Relação com o saber, formação dos professores e globalização:


questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2005.

ROLDÃO, Maria do Céu. Formação em contexto e desenvolvimento de profissional


docente. Palestra. PUC-SP, São Paulo. 04 ago. 2015.

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