BRASIL, NORUEGA E GOLFO DO MÉXICO” de Regina Branski e Ramiro Leite Esteves.
Disciplina: Logística Integrada
Acadêmico: Eduardo Abel Coral INTRODUÇÃO
Descoberta em 2006, a reserva de óleo e gás
no pré-sal apresentou desafios técnicos e logísticos para o Brasil. O estudo compara práticas logísticas entre Brasil, Noruega e EUA, destacando-se como as melhores práticas. CADEIA DO PETRÓLEO OFFSHORE O segmento upstream da cadeia do petróleo offshore envolve atividades de exploração, desenvolvimento e produção. A exploração inclui levantamentos sísmicos e perfuração de poços exploratórios. No desenvolvimento, é feito o planejamento e preparação dos poços. Na produção, ocorre a garantia, manutenção e tratamento dos fluídos produzidos. Os desafios logísticos incluem abastecimento, transporte eficiente e escoamento da produção em plataformas distantes da costa. LOGÍSTICA DA CADEIA DE PETRÓLEO OFFSHORE
A logística offshore abrange plataformas, bases
logísticas, frota terrestre e marítima, dutos e terminais. Os FPSO (Unidade flutuante de armazenamento e transferência) são usados como unidades industriais. Diversos itens são necessários nas etapas de negociação e produção, exigindo cuidados de planejamento. O transporte é realizado por navios ou dutos, enfrentando desafios como distâncias, demandas incertas e restrições. A logística offshore apresenta complexidades e restrições, embora alto nível de serviço. LOGÍSTICA OFFSHORE NO BRASIL
No Brasil, as áreas de exploração offshore estão concentradas
nas bacias de Campos e Santos. A Petrobras utiliza a cidade de Macaé como base de apoio, onde são monitoradas as operações submarinas, embarcações de apoio e as condições do óleo e gás produzido nas plataformas. O transporte de materiais e equipamentos é realizado por meio de caminhões dos terminais portuários, sendo o Porto de Imbetiba o principal, porém, enfrentando congestionamentos e limitações devido à saturação. Opções consideradas são o Porto de Açu, no norte fluminense, e o litoral sul do Rio de Janeiro ou de São Paulo. LOGÍSTICA OFFSHORE NO BRASIL A Petrobras utiliza 190 Platform Supply Vessels (PSV) para o transporte de carga, além de helicópteros de grande porte que transportam passageiros para as plataformas. O transporte do óleo e gás é realizado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, por meio de oleodutos, gasodutos, terminais terrestres e aquaviários, e tanques de navios. Em 2012, a Petrobras criou a PB-LOG (Petrobras Logística) para otimizar a gestão integrada da cadeia logística, custódia, custos e eficiência das operações. A PB-LOG é especializada em óleo e gás e oferece seus serviços para outras operadoras. LOGÍSTICA OFFSHORE NO GOLFO DO MÉXICO
O Golfo do México possui uma vasta reserva de
petróleo e gás, com mais de 19 bilhões de barris e 183 trilhões de pés cúbicos de gás natural produzidos até 2014. As atividades ocorrem em águas profundas, com uma complexa rede de dutos em crescimento. A Shell é a maior operadora da região, com 30 poços e uma ampla frota de sondas de perfuração. LOGÍSTICA OFFSHORE NO GOLFO DO MÉXICO
A empresa chega as suas plataformas a partir
dos portos de Fourchon e Galveston, realizando cerca de 200 viagens por mês. A Shell implementou uma solução logística integrada em parceria com a Accenture, resultando em maior controle da cadeia de suprimentos, redução de custos e melhor nível de serviço. LOGÍSTICA OFFSHORE NA NORUEGA
A Noruega possui grandes reservas de petróleo e
gás, com produção principalmente offshore. A Statoil é responsável por 70% da produção e possui várias plataformas e embarcações de apoio. As operações logísticas são realizadas por três empresas, com ênfase na proximidade geográfica. LOGÍSTICA OFFSHORE NA NORUEGA A Statoil busca maximizar o tempo dos materiais nas bases e utilizar a roteirização eficiente. A Noruega possui extensa rede de oleodutos e gasodutos, e está focada no desenvolvimento de campos submarinos, buscando padronização e parcerias para redução de custos COMPARANDO AS TRÊS REGIÕES COMPARANDO AS TRÊS REGIÕES
O estudo compara as práticas logísticas de três
países, destacando as melhores práticas. A Petrobrás tem produção superior, mas menos bases de apoio em comparação com Statoil e Shell. A Noruega e o Golfo do México possuem infraestrutura de dutos mais avançados. As empresas buscam aprimorar constantemente a gestão da cadeia de apoio offshore. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As práticas logísticas dos três países são
semelhantes, com ações contínuas para melhorar o transporte e garantir o nível de serviço. Portos offshore desempenham um papel estratégico, oferecendo diversas atividades que agregam valor e aumentam a competitividade dos operadores. REFERÊNCIAS BRANSKI, Regina; ESTEVES, Ramiro Leite. Logística na cadeia de petróleo offshore: Brasil, Noruega e Golfo do México. XXXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Alagoas, 2018.