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PLANEJAMENTO OPERACIONAL PORTUÁRIO

• O planejamento operacional é essencial para todas as actividades de


um terminal portuário, e demanda uma compreensão aprofundada e
sistemática dos procedimentos operacionais. O planejamento
detalhado é fundamental para o gerenciamento das operações de um
terminal, e tem como princípios assegurar a utilização adequada dos
recursos e a coordenação efectiva das actividades, do início ao fim
da operação principal e operações secundárias, principalmente
aquelas envolvendo outras entidades fora do porto.
• As responsabilidades de planejamento da operação portuária são
atribuídas em diferentes esferas organizacionais do porto com base na
escala de tempo das actividades operacionais, por meio de um
planejamento em curto, médio e longo prazo.

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A principal tarefa e o grande desafio de um gestor da operação
portuária, é realizar o planejamento integrado nos seguintes níveis:
• Planejamento em nível estratégico visando investimentos em
melhorias na infraestrutura para atender demandas futuras, longo prazo;
• Planejamento em nível tático visando o aperfeiçoamento de um
processo, como aquisição de novos equipamentos, médio prazo;
• Planejamento em nível operacional visando manter o desempenho
dos processos e rotinas diárias do porto, curto prazo.

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• É fundamental para boa de gestão da operação que o planejamento
seja compatível com o desempenho médio dos procedimentos
operacionais de cada berço. Deste modo, para obtenção de uma coleta
de dados precisa e acurada sobre o desempenho operacional, é
essencial uma estrita cooperação de informações entre os gestores e as
equipes que trabalham diretamente com a movimentação das cargas no
navio, no cais e no pátio. É de extrema importância a apreciação desta
troca de informações relatada pelos trabalhadores que vivenciam os
desafios diárias da execução da operação, identificando falhas e
ociosidade nos procedimentos. O processo de planejamento pode ser
divido em grupos de actividades conforme as etapas de gerenciamento
dos recursos operacionais.

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• Com base neste conceito, a UNCTAD (1985), sugere que o planejamento
operacional seja realizado em três etapas, destacando a operação do navio
no porto como operação principal. O primeiro passo deste processo de
planejamento é feito para preparação dos recursos anterior a chegada do
navio, que inclui as actividades de alocação do berço, selecção dos
equipamentos e mão-de-obra, com base na estimativa do tempo das
operações utilizando indicadores de desempenho. Em seguida, o
planejamento é feito para a programação das actividades operacionais que
ocorrem quando o navio está atracado no berço. Por último, o processo de
planejamento representa as actividades após a desatracação, saído do navio
e preparação para a operação do próximo navio.
• Para realização deste planejamento das operações portuárias de maneira
efetiva, é fundamental o conhecimento detalhado e sistemático dos
principais elementos da operação, como as particularidades de cada tipo
de terminal, relacionado com os tipos de carga movimentadas, métodos
de armazenagem, especificações técnicas dos equipamentos chave da
operação e as informações pertinentes ao navio. (UNCTAD, 1985).
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ESPECIFICAÇÕES DOS TIPOS DE TERMINAIS, CARGAS, EQUIPAMENTOS E NAVIOS
• O gerenciamento logístico envolve muitas decisões e escolhas para
realização do transporte de cargas, em que o porto representa um
importante elo desta cadeia. O estudo da carga a ser transportada,
como tipo e natureza, determina a forma que o processo deve ser
gerenciado. Na gestão desta cadeia, é necessário um conhecimento
detalhado das especificações dos equipamentos e modais de
transporte. De modo que, estas especificações são importantes para
que as empresa transportadoras possam selecionar qual porto ideal
para realizar sua função logística no fluxo de transporte e transferência
das cargas. (SILVA, 2016).
• Deste modo, para fins de planejamento operacional portuário, foram
apresentados neste capítulo as principais informações pertinentes as
especificações técnicas e descritivas das cargas, dos navios, e dos
equipamentos chave. Estes componentes influenciam diretamente no
fluxo logístico, capacidade e desempenho do porto, conforme
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• os principais tipos de terminais de cargas, como: Terminal de contentores
(Container Terminal), Terminal de Carga Geral (Break Bulk Terminal),
Terminal Neogranel (Neo Bulk Terminal), Terminais de Graneis Sólidos
(Dry Bulk Terminals) e Terminais de Granel Liquido (Liquid Bulk
Terminal).
Terminais de contentores.
Os terminais de contentores (TECONs) são terminais especializados para
movimentação de cargas unitizadas, principalmente em contentores. A
unitizarão das cargas facilita a movimentação e transporte, em que é possível
adotar uma padronização dos processos operacionais, com equipamentos de
movimentação e transporte com dimensões unificadas, sendo que nos
terminais são utilizados os mesmos equipamentos para embarque e
desembarque das cargas unitizadas.

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• O processo de conteinerização, modificou a logística mundial do
transporte de cargas e industrialização, possibilitando o
acondicionamento de cargas variadas, com dimensões diferentes e
produtos de alto valor agregado. Com isso, tem-se uma tendência
mundial de adaptação dos meios de transporte para dimensão
padrão do contentores, sendo a evolução para navios especializados
em contentores cada vez maiores.

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• Os navios full-conteiner encontram-se totalmente estabelecido no
cenário mundial. Esta condição se reflete em melhor utilização do
espaço dos navios, redução da estadia dos navios nos portos, redução
no custo e no tempo de trânsito dos navios além de conferir uma
maior segurança às cargas.
• O Plano de Carga e Descarga do porto é um instrumento fundamental
de planejamento da movimentação de contentores com base no Bay
Plan. Este contempla alocação do berço, definição dos equipamentos,
mão de obra, rotas do início ao fim da operação. No Bylan do navio
são representados graficamente a secção da embarcação cobrindo o
deck e o under-deck enumerando as baias (bays) linhas (rows) e
colunas (thiers), especificando a posição e descrição de cada
contentores.

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Especificações das cargas unitizadas e tipos de
contêiner/ contentores
• Os contentores podem ser definidos como cofre de carga ou caixas metálicas
para transporte unitizado de mercadorias, em que suas dimensões características
são padronizadas pela ISO (International Organization of Standarization). Suas
dimensões são fixas na largura e variam na altura e no comprimento, sendo
classificadas em TEU (Twenty Foot Equivalent Unit) equivalentes a 20 pés de
comprimento e FEU (Fouth Feet Equivalente Unit) ou 2 TEUS equivalentes a 40
pés de comprimento. (SILVA, 2016).
• A capacidade volumétrica, assim como peso máximo admitido nos contentores
variam entre 28.000 e 31.000 kg de carga (payload). Entretanto é importante
observar que em razão da capacidade de peso dos equipamentos portuários,
alguns portos têm restrição de peso liquido máximo em torno de 25 toneladas.
Assim como é importante observar a carga máxima permitida nas estradas,
ferrovias para evitar problemas na operação logística.

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Os tipos de contentores variam de acordo com a natureza da mercadoria e
suas dimensões, com base nos equipamentos específicos para cada
segmento. Dentre eles os principais modelos são:
• Dry ou General Purpose, de 20’ (1 TEU) ou de 40’ (1 FEU),
respectivamente, que acomoda caga seca, podendo ser isotérmico.
• Open top, com teto aberto geralmente utilizado para transporte de carga
pesadas com máquinas, ou que excedem as dimensões de altura padrão.
• Platform, são desmontáveis quando vazios, otimizando o espaço quando
são retornados sem mercadoria.
• Flatrack, com teto e laterais aberto utilizados para transporte de cargas
que excedem a altura e largura padrão.
• Refrigerated ou Reefer são contentores com cargas aquecidas ou
refrigeradas, são pintados de branco no exterior e são devidos em self
sustained e insulado, que respectivamente possuem equipamento com
motor próprio de refrigeração ou é suprido com ar refrigerado por um
orifício alimentador.
• Tank são tanques utilizados para transporte de cargas líquidas.
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• Exemplos

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• O serviço de peação consiste na fixação e amarração dos contentore e
das cargas no convés acima do convés principal, com o objetivo de
evitar movimentações e avarias ao longo do transporte, garantindo a
qualidade do serviço.

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EQUIPAMENTOS DE CAIS E PÁTIO
• É importante ressaltar que boa operacionalidade nos terminais de
contentores, depende da dimensão da área requerida para acomodar certa
previsão de contentores desembarcados e embarcados. Assim como o
desempenho dos equipamentos utilizados para transporte, empilhamento
e transferências das cargas, influenciam diretamente na capacidade deste
terminal. As áreas de estocagem para carga, descarga e transito interno,
como áreas pulmão (buffer), permitem agilizar a movimentação e contribui
para redução do tempo do navio no porto.
• O sistema de equipamentos de pátio nos grandes terminais de
contentores, visam maximizar os movimentos de embarque e
desembarque, sendo vantajoso a utilização dos mesmos equipamentos de
pátio para movimentação das cargas no sentido de importação e
exportação. A selecção dos equipamentos adequados, conforme o layout
do terminal, influenciam no fluxo logística optimizado de movimentação e
redução dos ciclos operacionais. Deste modo os principais equipamentos
utilizados nos pátios e cais de terminais de contentores são:
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• Terminal Tracktors com semirreboque e automated guided vehicles:
equipamentos de transporte e movimentação de cargas, equipados
com semirreboque. Nos terminais modernos são utilizados veículos
automáticos.

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Reachstacker: equipamentos de empilhadeiras utilizadas para
movimentação de contentores.

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• Straddle Carrier: equipamento utilizado para movimentação de
contentores.

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Transteiner - Rubber Tired Gantry Cranes (RTG), pórtico movido por
rodas. equipamento utilizado para movimentação de contentores.

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Transteiner - Rail Mounted Gantry Crane (RMG): pórtico movido por
trilhos, equipamento utilizado para movimentação de contentores.

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Porteiner – Ship-to-shore (STS) Granty Crane: A capacidade dos
portêineres evoluíram conforme o aumento do tamanho dos navios.

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Mobile Harbour Crane (MHC): Equipamento de guindaste com
capacidade de carregamento variável conforme o alcance da lança,
(momento fletor máximo) Existem diferentes tipos e modelos
recomendados de acordo com a classe de carga, utilizado no cais.

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Terminais Break Bulk e Neo Bulk
• Apesar da especialização e evolução nos processos de embalagem das
mercadorias (paletização, unitização e conteinerização), no transporte
e no manuseio destas cargas embaladas. O porto ainda deve manter
um trecho da sua área para o atendimento eficiente e flexível, às
diversas parcelas de carga que não se apresentam em quantidades
tais que justifiquem investimentos em terminais com elevado grau de
especialização.
• A flexibilidade é a característica mais relevante destes terminais, que
proporcionam o atendimento de cargas e navios com características
diversas, no implica na movimentação de um mix de cargas

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• Os terminais de carga geral fracionada (Break Bulk) requerem uma
área adjacente ao cais, uma vez que a movimentação horizontal das
mercadorias deve ocorrer ao longo e perpendicular a embarcação, de
maneira optimizada e flexível, como por exemplo, a carga
movimentada por guindastes das embarcações (paus de carga), ou
pelos guindastes do porto.

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• Nos terminais neograneis (Neo Bulks) as instalações necessitam de
um certo grau de especialização, como nos terminais e pátios Roll-on
Roll-off, exemplo, as unidades são movimentadas em pontos bem
definidos, requeridos com rampas de acesso as embarcações.

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• Os navios de carga geral têm grande flexibilidade em relação a
natureza da carga transportada. A carga é carregada e descarregada
por suspensão, em que neste processo podem ser utilizados
equipamentos da própria embarcação (self-loading) ou equipamentos
portuários.

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• Logo, os navios RO-RO, possuem um grau de especialização para
transporte de veículos (cargas rolantes), em que são equipados com
rampas na parte traseira da embarcação, e grande parte destas
embarcações possuem guindastes LO-LO (lift-on/lift-off), garantindo a
flexibilidade.

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Especificações das cargas fracionadas e neograneis
• As cargas gerais são dispostas em embalagens, paletes, pré-lingadas,
sacarias, caixotes, big bags ou não unitizadas por volumes
acondicionados em diversas dimensões. A forma de unitização pode
variar de acordo com os diferentes modais dentro da Logística
Integrada, de modo a facilitar o manuseio. As embalagens é um
componente muito importante na logística internacional, em que tem
a função básica de minimizar danos, manter a integridade do
produto, facilitar o transporte, identificação e agregar valor ao
produto. A integridade do produto a embalagem serve como
indicador de qualidade e nível de serviço das empresas exportadoras,
pois possíveis danos a mercadoria ou embalagens com dimensões e
design mal formatados, podem prejudicar os negócios e as relações
comerciais. Pela integração do fluxo logístico, os custos com
embalagem tendem a diminuir, em que variam com a finalidade para
consumo, transporte ou industrial.
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• A embalagem de consumo diferencia pelo design e estratégias de
mercado. Logo a embalagem de transporte e industrial têm a
finalidade essencialmente logística com a finalidade de facilitar o
manuseio e identificação dos produtos no fluxo.

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• Os paletes são estrutura de madeira ou de outro material, que
servem como base para utilização de equipamentos de
movimentação de forma padronizada, como as empilhadeiras. As
cargas pré-lingadas são um modelo de unitização por amarração, com
cintas e redes especiais que facilitem a suspenção. O Big Bag tem a
finalidade de proteger e facilitar a manipulação das cargas em sacos,
a granel ou caixas, podendo ser reutilizado após a desunitização.

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Equipamentos de cais e pátio
• O sistema de equipamento de cais e pátios de terminais de carga
geral, visam a versatilidade de operação. Assim um maior número
unidade de equipamentos para uso múltiplo é frequentemente uma
melhor solução que equipamentos especializados, quando se
considera a capacidade, disponibilidade, operacionalidade e
manutenção.
• Nos terminais de carga fracionada é ideal que os galpões de
armazenagem estejam próximo do cais, para aumentar a eficiência da
movimentação das cargas. Deste modo os principais equipamentos
utilizados nos pátios e cais destes terminais, são adaptados a forma
de manuseio e embalagem das cargas.

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Empilhadeira (Fork Lift): equipamentos de empilhadeiras utilizadas
para manuseio de cargas gerais.

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Guindaste móvel de bordo-Telescopic Mobile Crane: equipamentos de
bordo do navio, conhecido com pau de carga, utilizados para manuseio
de cargas.

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Terminais de Granel Sólido
• Os terminais de graneis sólidos (Dry Bulk) são dedicados a
movimentação de cargas secas em grande volume, sendo as principais
cargas de origem agrícola e mineral. Destacam-se em Moçambique
principalmente no porto da Beira a movimentação das seguintes
commodities em granel agrícola como: grão de soja, farelo de soja,
milho, trigo, açúcar e outros cereais. Granel mineral como :minério de
ferro, carvão, cimento, sal, adubos e fertilizantes, alumina. ilustramos
principais commodities transportas em granel.

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• Estes terminais se diferenciam entre terminais de embarque e
desembarque. Dependendo do volume movimentado em cada
instalação portuária, um ou mais berço podem se dedicados
exclusivamente para movimentação de um tipo de carga granel.
• Geralmente, em berço especializados em graneis sólidos é possível
empregar equipamentos de alta capacidade de transferência para
acelerar a operação de movimentação de carga, logo a rotatividade
das embarcações. Entretanto, quando o berço é utilizado por uma
diversidade de cargas, somente é possível empregar equipamentos
moveis de transferência de baixa capacidade.

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• O granel solido é transferido do equipamento carregador ou
descarregador para estocagem convencionalmente por esteiras
transportadoras, em que é desejável que área de estocagem esteja
próxima dos berços. Dependendo do tipo de carga, a estocagem por
ser enquadrada nos seguintes tipos básicos:
• Pátio: estocagem a céu aberto utilizados para cargas que não sofrem
com exposição à intempéries
• Cobertas: utilizados para cargas que sofrem com a degradação ao
serem expostas.
• Silos: utilizados para a estocagem de grãos, cimento e outras cargas
que devem estar protegidas das intempéries e do contato com
roedores.
• Geralmente, os silos possuem equipamentos eficientes de
movimentação de cargas. São preferidos quando o tempo de
estocagem é curto, e também, para cargas que se constituem em pó
fino, por razões e controle de poeira.
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• Os graneis sólidos de maneira geral apresentam grande variação de
factor de estiva (stowage factor) em que o acondicionamento
adequado é ideal para reduzir os riscos de contaminação, toxicidade,
corrosividade abrasividade e combustão espontânea. A capacidade
estática de armazenagem é a quantidade de carga que comporta uma
unidade armazenadora de granéis. A capacidade dinâmica de
armazenagem corresponde à quantidade de carga que entrou e saiu
de uma unidade de armazenagem no período de um ano.

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• os principais tipos de navios graneleiros e as dimensões típicas.

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• Existem vários tipos de arranjos e equipamentos de movimentação de
carga em granel e se diferenciam conforme o produto movimentado e
tipo de cais usado. De uma maneira geral a taxa de carregamento
depende do equipamento e da compatibilização com o plano de carga
do navio, em que na maioria dos terminais de exportação a taxa de
carregamento é maior que taxa de descarregamento nos terminais de
importação.

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Terminal convencional de exportação e
importação de minérios
• Considerando os terminais com grande volume de exportação, com
um ou mais berços dedicados exclusivamente aos graneis sólidos
(major bulks), os terminais mineraleiros situam-se geralmente
próximos as jazidas e conectados ao terminal por ferrovias ou
minerodutos. O fluxo de movimentação de minérios nestes terminais
com grandes volumes de exportação se inicia no sistema de recepção
da carga. Para o transbordo de minério via ferrovia, são utilizados
viradores de vagões, em que o sistema de pera ferroviária auxilia na
organização dos vagões e contribui para optimizar o processo de
retorno dos vagões.

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• O minério que chega no terminal é transportado do sistema de
recepção aos pátios de estocagem via correias transportadoras, em
que a produtividade é relativa a capacidade e velocidade de
transporte das esteiras, onde o minério é empilhado por diferentes
métodos operacionais. A formação das pilhas é relativa ao tipo e
propriedades físicas de cada minério, atendendo o controlo de
qualidade, assim como depende do tipo de equipamento empregado
para empilhamento e posterior recuperação.

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• Para o carregamento nos navios são utilizados shiploaders, com
carregamento radial ou linear para atender o lançamento directo de
minérios nos porões conforme o plano de carregamento. Para alguns
produtos, é necessária a operação de rechego para distribuir melhor a
carga no porão do navio.
• No caso do sistema operacional de embarque radial ou quadrante, o
carregador pivota em torno de um ponto fixo apoiado na estrutura. No
carregador linear (travelling) a estrutura de suporte move-se
paralelamente ao costado da embarcação podendo realiza movimentos
de rotação.
Os berços de terminais de importação de minérios, são
tipicamente associados a projetos de usinas para recebimento do
carvão e do minério de ferro como as usinas siderúrgicas e
termoelétricas. Geralmente os terminais de importação tem
menor taxa de movimentação de carga, pois o processo
operacional de descarga exige mais cuidado e controle com a
produção de resíduos.
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Equipamentos de cais e pátio

Virador de vagões acoplado com moega: equipamento utilizado para


realizar a descarga de vagões ferroviários. Podendo realizar descarga
simultâneas.

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Sistema de esteira transportadora (conveyor system): Sistema de
equipamentos de transporte horizontal contínuo por rolamentos.

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Empilhadeira (Stacker): equipamento de empilhamento de graneis por
métodos variados.

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Empilhadeira e Recuperadora (Stacker -Reclaimer): Equipamento
misto com empilhadeira e recuperadora.

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Carregador de Navios (Shiploader): equipamento utilizado para
carregamento de navios no cais, com capacidade variável conforme a
densidade do material e produtividade requerida de embarque.

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Descarregador de navios com caçamba (Grab Type Shipunloader):
equipamento utilizado para descarregar o minério de navios de
maneira fracionada e mecanizada via caçamba

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Descarregador de Navios contínuo (Continuous Shipunloader):
equipamento utilizado para descarregar minério de navios de maneira
contínua.

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Terminal de convencionais de exportação e
importação de grãos
• De maneira semelhante, o fluxo de movimentação de grãos em terminais
com grandes volumes de exportação se inicia no sistema de recepção da
carga. Comumente as produções de grãos ocorrem sazonalmente, nos
períodos de colheita tem-se o trânsito de grandes volumes destas cargas
em sentido aos portos. Outra parte da produção é estocada e
comercializada conforme as negociações sobre a valorização do preço
destas commodities. O transportado de grão pode ser feito via ferrovias, e
são utilizadas tulhas ferroviárias para o transbordo desta carga nos
terminais. Porém no Brasil pela falta de integração do sistema ferroviários
com as principais regiões produtoras de grãos, boa parte desta produção é
escoada por rodovias, em que o transbordo desta carga é feito por
tombadores de carretas para uma moega

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• Os grãos que chegam no terminal são transportados do sistema de
recepção aos silos de armazenagem e estocagem via correias
transportadoras, em que a produtividade é relativa a capacidade de
transporte das esteiras, onde os grãos são estocados sem silos
horizontais ou verticais. A estocagem é relativa ao tipo e propriedades
físicas de cada granel, especificações de controle de qualidade, assim
como depende do tipo de equipamento empregado para
empilhamento e posterior recuperação.
O sistema de recuperação da carga para embarque é feito por moegas
até o cais de embarque via correia transportadora, para um ponto
elevado ao longo da embarcação e descarga no porão por meio de uma
série de bocais, ou tubos telescópicos com lanças nas extremidades.
Sendo necessária a operação de rechego.

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Os berços de terminais de importação e desembarque de grãos podem possuir sistemas
mecânicos ou pneumáticos de descarregamento. Os equipamentos pneumáticos (sugadores)
proporcionam um bom controle da poeira e possuem boa produtividade, enquanto o sistema
mecânico com guindaste de caçambas é feito o tombamento diretamente na moega que alimenta
a esteira ou carregamento direto em vagões ou caminhões.

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• Os berços de terminais de importação e desembarque de grãos
podem possuir sistemas mecânicos ou pneumáticos de
descarregamento. Os equipamentos pneumáticos (sugadores)
proporcionam um bom controle da poeira e possuem boa
produtividade, enquanto o sistema mecânico com guindaste de
caçambas é feito o tombamento diretamente na moega que alimenta
a esteira ou carregamento direto em vagões ou caminhões.

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Equipamentos de cais e pátio
Tulha ferroviária: equipamento utilizado para transbordo de grãos do
vagão o para os silos.

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planeamento e desenvolvimento do porto
Tombador de carreta: equipamento utilizado para transbordo de grãos
de carretas para moega e silos.

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Silos horizontais e verticais: equipamento utilizado para transbordo de
grãos de carretas para moega e silos.

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Carregador de grão (Grain Handling Shiploader): equipamento
utilizado para carregamento de grãos nos navios, acoplado com bocal
telescópico.

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Descarregador de grãos pneumático (Pneumatic Grain Shipunloader)
equipamento utilizado para descarregamento pneumático contínuo por
meio de um sugador de grãos nos navios.

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Descarregador de grãos mecânico contínuo (Grain shipunloader
continuous): equipamento utilizado para descarregamento mecânico
contínuo de grãos nos navios.

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planeamento e desenvolvimento do porto
Terminal de Granel Líquido
• No comercio mundial a maior movimentação de carga é feita em
navios especializados de graneis líquidos (Liquid Bulks). Os principais
produtos movimentados nos portos Brasileiros em forma de granéis
líquidos de origem vegetal são: óleo de soja, produtos alimentícios e
sucos, e graneis líquidos combustíveis e químicos, como: petróleo
bruto, derivados de petróleo, gás natural (LNG) e industrializado (LPG)
e produtos químicos.

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planeamento e desenvolvimento do porto
• Os granéis líquidos apresentam uma característica própria no seu
manuseio, uma vez que a movimentação de transbordo entre o navio
e cais é feita através de tubulação, o que acarreta em altos índices de
produtividade, reduzida a necessidade de mão de obra se refletindo
na pouca influência desta sobre os rendimentos das operações de
manuseio.
• A operação de descarregamento se inicia com a preparação dos
tanques de recebimento, em que cada tanque deve ser esvaziado e
drenado adequadamente. Geralmente o procedimento de
bombeamento de embarque do produto nos navios é feito por meio
de instalações de bombeamento do terminal, e o desembarque do
produto do navio para terra é feito pelas bombas do navio.

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A área de estocagem tem a função de armazenamento e controle das variações de velocidade das operações
de carga e descarga, mas também admitir a possibilidade de manter um estoque estratégico na área do
terminal. Aspectos relevantes de atenção para todos os envolvidos são os quesitos de segurança e meio
ambiente, uma vez que a maioria dos produtos é inflamável ou de manuseio perigoso e sempre apresenta
risco de desastres ambientais, tanto no transbordo quanto na armazenagem.

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• O gás natural liquefeito (GLN ou LNG- Liquid Natural Gas) é resfriado
em condições ambientes (-162°C, Patm), por um sistema de
processamento em terminais de liquefação, para transporte, onde a
distribuição é feita após a regaseificação. Em alguns terminais
importadores este processo de regaseificação é realiza por meio de
navios especializados. Logo o gás liquefeito de petróleo (GLP) é obtido
como subproduto de refino de petróleo e armazenado sob pressão
moderada.

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Equipamento de cais e de pátio
Braço de movimentação de óleo (Loading Arms): equipamento
utilizado para carregamento e descarregamento de granel liquido.

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Dutos (Pipelines): equipamento utilizado para transporte de líquidos e
gases.

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Manifold: conjunto de válvulas e acessórios utilizados para direcionar o
granel liquido para o duto coletor.

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• Tanques de armazenamento de líquidos (tanks): podem ser com
cobertura fixa ou flutuante.

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• Tanques de armazenamento de gás (tanks): tanques esféricos para
armazenamento de gás

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• Navio regaiseficador LNG: Utilizado para regaiseficar gás natural.

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Fim!!!
muito obrigado pelo o tempo
Acklass isctac 2020

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