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16 de

Abril
de 2020

Auxílio à navegação:
sinalização e
balizamento

Prof (a): Lara Péres


Engenharia Civil
Auxílio à navegação
 Sinalização náutica é fator essencial para a

Sinalização
segurança da navegação.
 Definição: conjunto de sistemas e recursos visuais,
sonoros, radioelétricos, eletrônicos ou
náutica combinados, que proporcionam ao navegante
informações para dirigir a embarcação, com
segurança e economia.
 Expressão auxílio à navegação:
 Inicialmente englobava apenas os sinais visuais:
lunetas e binóculos.
 Evolução dos sistemas de auxílio à navegação:
 Sinais dotaram de equipamentos sonoros:
orientam o navegante em condições de má
visibilidade.
 Surgiram auxílios utilizando ondas
eletromagnéticas: receptores usados a bordo
2
recebiam, mediam e interpretavam essas emissões.
Auxílio à navegação
Definição
 Termo auxílio à navegação também evoluiu:
 Conceito original: sinal externo ao navio, cuja percepção
e dependia de observações visuais e acústicas.
 Conceito atual: compreende os sistemas eletrônicos, cuja
configuração completa abrange os segmentos de bordo e os
externos ao navio.

 De acordo com as Normas da Autoridade Marítima


para Auxílios à Navegação – NORMAM 17/DHN:
 “Auxílio à navegação é um dispositivo, sistema ou serviço
externo à embarcação, estabelecidos para auxiliar o
navegante a determinar sua posição e rumo, alertar sobre
os eventuais perigos à navegação existentes na sua derrota
e demarcar os limites dos canais de navegação.”

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Auxílio à navegação
 “Mesmo com os equipamentos de navegação disponíveis e com as

Funções Cartas Náuticas cada vez mais confiáveis e detalhadas, o navegante


não pode prescindir dos sinais de auxílio à navegação”.

 Funções principais dos auxílios à navegação:


◦ Determinar a posição do navio;
◦ Indicar uma aterragem;
◦ Alertar sobre a existência e a posição de perigos à navegação;
◦ Orientar os movimentos do navio;
◦ Demarcar os limites dos canais de navegação.

 Também contribui para:


◦ Evitar a perda de navios, vidas humanas e mercadorias;
◦ Proteção ao meio ambiente (auxiliando a evitar desastres
ecológicos);
◦ Economia de tempo e combustível (uma criteriosa rede de
sinalização náutica permitirá ao navegante o traçado seguro e
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mais curto).
Auxílio à navegação
 Classificam quanto ao tipo de
Classificação informação fornecida em:

◦ Auxílios visuais

◦ Auxílios sonoros

◦ Auxílios radioelétricos ou eletrônicos.

◦ Auxílios combinados.
5

◦ Auxílios especiais
Auxílio à navegação
Classificam quanto ao tipo de informações
Classificação

fornecidas em:

◦ Auxílios visuais:
◦ Possibilita a orientação ou o posicionamento
do navegante;
◦ Transmite determinada informação, por sua
forma, cor ou luz emitida.
◦ São luminosos ou cegos: se orientam o
navegante de dia e de noite (luminosos) ou
orientam apenas durante o dia (cegos).

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Auxílio à navegação
 Classificam quanto ao tipo de informações
Classificação fornecidas em:

◦ Auxílios sonoros:
◦ São dotados de equipamento acústico (apito, sino,
gongo, sirene ou buzina de cerração).
◦ Orientam o navegante mediante a emissão de sons
especiais.
◦ Usados quando a visibilidade é restrita: sinais
cegos e luminosos, devido à cerração, nevoeiro ou
bruma, não são vistos, mesmo em distâncias muito
curtas.
◦ No Brasil estão em desuso: devido ao uso do radar
e devido à meteorologia normalmente benigna que
predomina em nossas costas, onde condições de má
visibilidade não são comumente observadas. 7
◦ No exterior são bastante empregados.
Auxílio à navegação
 Classificam quanto ao tipo de informações
Classificação fornecidas em:

◦ Auxílios radioelétricos ou eletrônicos:


◦ Denominados auxílios–rádio à navegação.
◦ Possibilitam a orientação ou o posicionamento do
navio mediante o emprego de ondas–rádio.

◦ Auxílios combinados:
◦ Reúnem duas ou mais modalidades.
◦ Ex.: luminosos–sonoros, cegos–sonoros e
luminosos–radioelétricos.

◦ Auxílios especiais:
◦ Prestam outras informações de interesse para o 8

navegante: previsão de tempo, prático, socorro e


Auxílio à navegação
 Conhecer os fatores que afetam a visibilidade no
mar permite a melhor aplicação dos sinais
Auxílio visual visuais:

 Fatores que afetam a visibilidade no mar:


◦ Altitudes do observador e do objeto;
◦ Refração atmosférica:
◦ Transparência da atmosfera;
◦ Condições inerentes ao objeto;
◦ Capacidade visual do observador

 Sinais que emitem luz (faróis): visibilidade


também é função da intensidade da luz emitida.

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Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio ◦ 1) Altitudes do observador e do objeto;

visual ◦ Em condições atmosféricas idênticas,


observador avistará objetos a distâncias
maiores
quanto maior for a altitude do observador
e do objeto visado.
◦ Distância que o observador, situado a uma
altitude H poderá avistar um objeto de
altitude h é chamada de ALCANCE
GEOGRÁFICO ABSOLUTO (D).
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Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual ◦ 2) Refração atmosférica:


◦ A propagação dos raios luminosos pelas camadas
atmosféricas próximas à superfície da Terra pela
refração eleva os objetos aumentando o alcance
geográfico.
◦ A DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação) inclui
na Lista de Faróis a tabela de Alcance Geográfico
que já considera o valor da refração.
◦ Tabela fornece o alcance geográfico em milhas
Fazer interpolação náuticas em função:
aritmética quando os ◦ Altitude do observador em m
elementos de entrada ◦ Altitude do objeto visado em m.
não estão tabulados.
◦ No cálculo da Tabela foi usada a Equação:
11
Auxílio à
navegação
Auxílio visual
 Fatores que afetam a visibilidade no
mar:

◦ 2) Refração atmosférica:
◦ Tabela fornece o alcance
geográfico em milhas náuticas em
função:

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Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual ◦ 2) Refração atmosférica:


◦ Exemplo:
◦ Seja a altitude do observador (H) igual a 9 m e a
altitude do objeto visado (h) igual a 16 m. Determine o
alcance geográfico.
◦ Resolução:
◦ Pela tabela: D = 14,2 milhas.
◦ Pela equação:
◦ Portanto a utilização da fórmula conduz a um erro de
pouca significância para o conhecimento rápido do
alcance geográfico.

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Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual ◦ 3) Transparência da atmosfera:


◦ Camadas mais baixas da atmosfera: frequentes garoas,
chuvas, névoas secas e cerração, brumas ou nevoeiros.
Exemplo: difusão
◦ Ocorrem variações da transparência devido à ação
devido nevoeiro é maior
que a da chuva e esta é difusora das partículas d’água e de poeiras em suspensão.
mais prejudicial quanto ◦ Transparência atmosférica é função:
mais fina.  Estado higrométrico do ar.
 Número e dimensões das poeiras que flutuam.
◦ Coeficiente de transparência atmosférica (T): relação
entre a quantidade de luz recebida (Q’) e a quantidade
emitida (Q) após ter–se propagado por 1 milha náutica.
◦ T sempre é < 1,0.
◦ Um fator (T) = 0,85 significa que o raio luminoso, ao
percorrer 1 milha náutica, tem sua intensidade reduzida
14
para 85%, havendo de 15% pela atmosfera.
Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual ◦

3) Transparência da atmosfera:
Adota-se:
◦ Atlântico Norte: T = 0,74.
◦ Áreas Tropicais: T = 0,85.
◦ Visibilidade meteorológica (V): é a maior
distância da qual um objeto negro pode ser
visto.
◦ Valores do Fator T e da visibilidade
meteorológica (V) conforme Equação.

• T e V em milhas
náuticas 15
Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual ◦ 4) Condições inerentes ao objeto: dimensões, natureza e


cor.
◦ Dimensões:
Cor Capacidade de ◦ Distância que o objeto é visível varia em relação à superfície
refletir a luz em que o objeto é visado.
Branco 70 a 80% ◦ No mar há preponderância das dimensões verticais:
Amarelo 50 a 75% facilidade de avistar colunas de faróis, chaminés, mastros e
torres.
Cinza claro 50 a 70%
◦ Natureza:
Azul 30 a 50%
◦ Objetos podem ser refletivos ou difusores: capacidade de
Verde 15 a 40% enviar maior ou menor quantidade da luz recebida.
Encarnado 20 a 30% ◦ Cor:
Cores escuras 5 a 10%
◦ Capacidade de refletir a luz varia com a cor: maior nas
cores claras e menor nas escuras (tabela).
Preto 0%
◦ Contraste do objeto com o fundo: estudo da cor da 16
estrutura de um farol.
Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual ◦ 5) Capacidade visual do observador:


◦ Acuidade visual: menor distância angular que devem ter
dois pontos para que o olho possa distinguí–los.

◦ Um observador “O” distinguirá a imagem AB quando o


ângulo AÔB for igual ou superior à sua acuidade visual.
◦ Imagens vistas sob ângulos menores apresentam
caráter pontual: deixa de ser percebida a relação entre as
dimensões.

◦ Acuidade visual de um olho normal ou acuidade visual


padrão possui os seguintes valores:
 Afastamento angular vertical 1' = 1/60º
17
 Afastamento angular horizontal 5‘ = 5/60º
Auxílio à navegação
 Fatores que afetam a visibilidade no mar:

Auxílio visual◦ 5) Capacidade visual do observador:


◦ Da Figura pode–se concluir que:
 AB = AO tg AÔB
 AO = AB cotg AÔB
◦ Substituindo os valores do afastamento angular vertical e
horizontal do olho normal:
Poderão ser distinguidos dois pontos verticalmente afastados
Dois pontos afastados Distância
De 1 m 3438 m
Poderão ser distinguidos dois pontos verticalmente afastados
Dois pontos afastados Distância
De 1 m 688 m
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Auxílio à navegação
 Definição:
Auxílio visual à navegação;
Sinal Náutico

 Construído pelo homem;


 Externo à embarcação;
 Transmite informações ao navegante, de forma a
possibilitar-lhe um posicionamento seguro.
 Pode ser uma estrutura fixa ou flutuante;
 Possui formas e cores legalmente definidas;
 Pode ou não ser dotada de equipamento luminoso e de
artefatos visuais, destinados a indicar uma posição
geográfica e transmitir uma informação específica ao
navegante.

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Auxílio à navegação
 Definição:
Sinalização  Conjunto de sinais náuticos visuais;

Náutica 


Fixos ou flutuantes;
Externos à embarcação;
 Estabelecidos com o propósito de garantir uma
navegação segura e econômica nas vias
navegáveis.
 São placas colocadas nas margens dos rios, pontes e
fixadas em bóias para orientação dos navegantes.
 Os termos “sinal náutico” e “sinalização náutica”
são de uso consagrado no Brasil para indicar os
auxílios visuais à navegação externos à
embarcação, providos por uma autoridade
responsável pela sinalização náutica de uma
determinada região, área ou porto.
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Auxílio à navegação
 Definição:
Definição: conjunto de sinais fixos e flutuantes,
Balizamento

cegos e luminosos, que demarcam os canais de


acesso, áreas de manobra, bacias de evolução
indicam os perigos à navegação, nos portos e seus
acessos, baías, rios, lagos e lagoas.
 Constituído pelos sinais: faroletes, sinais de
alinhamento, balizas, bóias luminosas e bóias cegas.
 São de responsabilidade da Marinha do Brasil.
 Eventualmente inclui faróis: balizamento é a
sinalização de menor porte, instalada para garantir
segurança da navegação no canal de acesso e bacia
de evolução de portos.
 Podem dispor de equipamentos sonoros.
 Podem ter auxílios radioelétricos: radiofaróis e
respondedores–radar (RACON). 21
Auxílio à navegação
 Classificação:
Balizamento fixo: faroletes e balizas.
Balizamento

 Balizamento flutuante: bóias luminosas e bóias


cegas.
 Balizamento marítimo: instalado em baías,
enseadas e no canal de acesso e bacia de
evolução de portos.
 Balizamento fluvial: instalado ao longo de rios
como auxílio à navegação interior.
 Existem dois sistemas de balizamento:
 Balizamento lateral: sinais indicam os lados de
bombordo e boreste de uma rota.
 Balizamento cardinal: perigos são indicados
por bóias ou balizas posicionadas em relação aos
4 quadrantes. Importante ao longo de costas onde
o balizamento lateral não é facilmente 22

discernível.
Auxílio à navegação
 Tipos:

Sinal Náutico  Luminosos: faróis, faroletes, luzes de alinhamento, bóias


luminosas e barcas–faróis.
 Cegos: bóias cegas e balizas.

 FARÓIS:
 Definição: Auxílios à navegação constituídos por uma
estrutura fixa, de forma e cores distintas, montados em
pontos de coordenadas conhecidas, dotados de
equipamento luminoso com alcance noturno MAIOR
que 10 milhas náuticas.
 Componentes: estrutura e aparelho de luz.
 Estrutura: resistente às intempéries e fácil de ser vista.
 Equipamento luminoso: constituído pela luz, aparelho
ótico que concentra a luz e pelo acessório que dê ritmo à
luz.
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Auxílio à navegação
 FARÓIS:
 Podem ser classificados:
Sinal Náutico ◦ Quanto à sua finalidade;
◦ Quanto ao regime de funcionamento;
◦ Quanto a fonte de energia.

 Classificação dos faróis quanto à finalidade:


 Faróis de aterragem:
 Reconhecimento de portos e correção da posição dos
navios que vêm de alto–mar.
 Situados em pontos salientes da costa ou em ilhas.
 Possuem alcance geográfico e luminoso para serem
vistos a uma distância > 20 milhas.
 Possuem equipamentos eletrônicos que auxiliam na
identificação.
24

Exemplo: Farol de Olinda.


Auxílio à navegação
 FARÓIS:
 Classificação dos faróis quanto à finalidade:
Sinal Náutico  Faróis de cabotagem:
 Destinados à navegação de cabotagem.
 Distribuídos na costa permitindo que a navegação de
cabotagem verifique sua posição.

 Classificação dos faróis quanto ao regime de


funcionamento:
 Faróis guarnecidos:
 Faróis de maior importância para a navegação.
Exemplo: Farol Santo Alberto
 São dotados de pessoal especializado que garantem
seu funcionamento.
 Faróis automáticos:
 Operam automaticamente, sem guarnição (SG em 25
cartas náuticas).
Auxílio à navegação
 FARÓIS:
 Classificação dos faróis quanto à fonte de
Sinal Náutico energia:
 Faróis a querosene.
 Faróis a gás (acetileno ou butano).
 Faróis elétricos: energia proveniente de rede
elétrica comercial, diesel–gerador, baterias ou
fontes alternativas (solar ou eólica).

 FAROLETES:
 Definição: auxílios à navegação providos de
estrutura fixa, montada em pontos de
coordenadas conhecidas, dotados de equipamento
luminoso com alcance noturno MENOR OU
IGUAL a 10 milhas náuticas. 26
Auxílio à navegação
 LUZES DE ALINHAMENTO:
 Conjunto composto por dois sinais fixos.
Sinal Náutico 


De coordenadas conhecidas.
Luminosos: com luzes de mesma cor.
 Dotados ou não de placas de visibilidade.
 Definem a direção que coincide com o eixo do canal,
um rumo a ser seguido ou uma referência para
manobra.
 Alinhamento contém 2 sinais no prolongamento do
eixo de um canal:
◦ Farolete mais afastado possui maior altitude que o
mais próximo e está localizado a uma distância
considerável.
 Navegante estima quanto está afastado do eixo do canal
observando o deslocamento vertical entre os dois sinais.
 Tipos de sinais fixos que compõem um alinhamento:
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farol, farolete ou baliza.
Auxílio à navegação
 BÓIAS:
 Definição: corpos flutuantes, de dimensões, formas e cores

Sinal Náutico definidas, fundeados por amarras e ferros (âncoras) em locais


previamente determinados.
 Finalidade:
◦ Indicam o caminho a ser seguido;
◦ Indicam os limites de um canal navegável, seu início e fim,
ou a bifurcação de canais;
◦ Alertam quanto à existência de um perigo à navegação;
◦ Indicam a existência de águas seguras;
◦ Indicam a existência e a rota de cabos ou tubulações
submarinas.
 Podem portar dispositivos sonoros, luminosos, refletor– radar e
outros acessórios.
 Encimado ou não de marca de tope.
 Elevado custo de manutenção: empregadas apenas onde for
impossível o estabelecimento de um sinal fixo (farolete ou 28
baliza).
Auxílio à navegação
 BÓIAS:
 Podem ser luminosas ou cegas: orientam de

Sinal Náutico 
dia e de noite.
Bóia luminosa:
 Corpo flutuante livre.
 Dotado de contrapeso para equilíbrio e
estrutura vertical em forma de treliça,
denominada mangrulho.
 Mangrulho: sustenta o aparelho de luz,
refletor–radar e marca de tope.
 Equipamento de fundeio: consiste de uma
corrente (amarra), ligada a um corpo morto
que repousa no fundo (poita), ou a um ferro
(âncora), na posição determinada para a bóia.
 Forma da bóia, cor, marca de tope, o ritmo
e a cor da luz: permitem a identificação e a
determinação do propósito da bóia luminosa. 29
Auxílio à navegação
 BÓIAS:
Sinal  Podem ser luminosas ou cegas: orientam de dia e de
noite.
Náutico  Bóia cegas:
 São identificadas pelo formato, cor e marca de tope.
 Possuem dispositivos sonoros, marcas de tope e os
refletores–radar:
 Dispositivos sonoros (apito, sino ou gongo):.
encontrados em bóias em locais onde são frequentes
nevoeiro, bruma ou cerração. Balanço e arfagem das
bóias acionam esses artefatos, que emitem sons de
advertência.
 Marcas de tope: figuras geométricas colocadas no topo
das bóias, que, por sua forma, cor e combinação,
identificam, durante o dia, o propósito do sinal.
30
 Refletores–radar: reforçam os ecos das bóias.
Auxílio à navegação
BALIZAS:
Sinal

 Definição: sinais visuais fixo cegos (orientam de dia),


constituídos por hastes de ferro, concreto ou madeira,
Náutico fixadas sobre pedras isoladas, bancos, ou recifes.
 Hastes: pintura distintiva e são encimadas por marca de tope
em função da indicação transmitem.
 É o auxílio à navegação mais simples e barato.
◦ Em águas rasas: sobre pedras, bancos ou recifes ou
fixados em terra.
◦ Em rios, lagoas e lagos: são fixadas em terra.
 Balizas no Brasil:
 Possuem placas com símbolos especiais retrorefletivos
(identificação noturna): indicam a ação a empreender para
manter–se no canal, a bifurcação de canais e a existência de
perigo isolado.
 Possuem placas de quilometragem/milhagem: com o
quilômetro/milha do rio em que estão instaladas auxiliando no 31
posicionamento.
Auxílio à navegação
BALIZAS:
Sinal

 BALIZA ARTICULADA:
Náutico  Definição: constituído por haste fixa (como a de
uma baliza) mas articulada e fundeada (como
uma bóia).
 Finalidade:
 Limitam ou definem as margens de um canal
ESTREITO ou de uma área de manobra
delicada.
 Mudança de posição de uma bóia luminosa
(que gira pela ação do vento ou, principalmente,
da corrente) poderia levar a situações perigosas,
principalmente por navios de grande porte.

32
Auxílio à navegação
 Navegante que avista um farol, farolete, bóia,
Identificação baliza, mesmo distante do sinal, deve ser capaz
de identificá–lo rapidamente.
dos sinais 


Identificação dos sinais:
Durante o dia:
 Forma e cor (padrão de pintura) de sua
estrutura;
 Forma e cor da marca de tope (bóias e
balizas);
 Som emitido ou pelo sinal radioelétrico;
 Luzes de alta intensidade que permitem sua
identificação.
 Durante a noite:
 Luzes (cor e ritmo);
33
 Som emitido ou sinal radioelétrico.
Auxílio à navegação
Identificação dos sinais: placas.

34
Auxílio à navegação

Identificação dos
sinais: placas.

35
Auxílio à navegação

Identificação
dos sinais: luzes.
Sinalização diurna de pontes

Sinalização noturna de pontes

36
Auxílio à navegação
Identificação dos sinais:

37
Auxílio à navegação
 Luzes de auxílio à navegação:
Identificação 


CARACTERÍSTICA:
Característica da luz é composta pelo seu ritmo
dos sinais e sua cor.
◦ Ritmo: sequência de emissões de luz,
durações específicas e repetições.
◦ Cor: luzes são brancas ou encarnada, verde
ou âmbar.
 LUZ FIXA: luz contínua e uniformeme. Não
deve ser aplicada em sinais náuticos pois pode
não ser reconhecida como luz de auxílio.
 LUZ RÍTMICA: luz intermitente com
periodicidade regular (luz de lampejo).
 LUZ ALTERNADA: luz em diferentes cores
alternadamente. 38
Auxílio à navegação
Auxílio  1) RADIOFAROL:
 Estação emissora de sinal de rádio
radioelétrico à característico.
navegação:  Estação emissora de radiofonia que permite
que o navio provido de radiogoniômetro
(receptor de rádio especial) siga a rota prevista.

 2) RESPONDEDOR RADAR ou RACON


(Radar Beacon):
 Equipamento eletrônico instalado no sinal
náutico.
 Amplifica os pulsos recebidos de um radar
(dos navios) e oferece ao navegante a distância
que está o sinal em que foi instalado.
39
Auxílio à navegação
Auxílio  3) SISTEMA
AUTOMÁTICO
DE
COMO
IDENTIFICAÇÃO
AUXÍLIO À
radioelétrico à NAVEGAÇÃO:
 Transmissor-receptor que transmite ao
navegação: navegante informações para segurança da
navegação:
◦ Nome e o tipo do sinal náutico.
◦ Número de ordem do sinal náutico.
◦ Posição do sinal.
◦ Condição operacional do sinal.
 Esse tipo de equipamento é conhecido como
Automatic Identification System - Aid to
Navigation (AIS AtoN).
 AIS por satélite: sistema de identificação de
embarcações para uso na prevenção de colisões,
identificação e informações de localização.
40
Sinalização e balizamento de Hidrovias

Resumo:
 Balizamento: é entendido como sendo as bóias de auxílio à
navegação, que demarcam o canal de navegação.

 Sinalização: são as placas colocadas nas margens dos rios para


orientação dos navegantes.

41
Sinalização e balizamento de Hidrovias
Balizamento das hidrovias:
Analogia:

 Faixas que são longitudinalmente


hidrovias x pintadas nos pavimentos das rodovias.
 Sinalização de margem das
rodovias hidrovias:
 Placas que são colocadas às margens
das rodovias (sinais de trânsito).
 Canais de navegação não são
materializáveis como as pistas de
rolamento das rodovias: hidrovias
requerem cartas de navegação para
proporcionar segurança às
embarcações.
42
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 Definição: mapas delimitadores das rotas de

Cartas de 
navegação.
Resultam de levantamentos de áreas oceânicas,
mares, rios e canais que destinam à navegação.
navegação  São construídas na Projeção de Mercator.
 Representam acidentes terrestres e submarinos,
fornecendo informações sobre:
◦ Profundidades.
◦ Perigos à navegação (bancos, pedras, cascos
soçobrados).
◦ Natureza do fundo.
◦ Auxílios à navegação (faróis, faroletes, bóias,
balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis, etc.).
◦ Linha de costa e contorno das ilhas.
◦ Elementos de marés, correntes e magnetismo
◦ Outras indicações necessárias à segurança da43
navegação.
Sinalização e balizamento de Hidrovias
Brasil é país membro da Associação Internacional de
Sistema de

Autoridades em Auxílios à Navegação Marítima e


Faróis (AISM/IALA).
balizamento no  Adotou para as águas brasileiras o Sistema de
Brasil Balizamento Marítimo da Região B.

44
Sinalização e balizamento de Hidrovias
Sistema de Balizamento IALA possui 5 tipos de sinais.
Sistema de

 Navegante distingue-os facilmente pelas características


específicas.
balizamento no ◦ Sinais Laterais;
◦ Sinais Cardinais;
Brasil ◦ Sinais de Perigo Isolado;
◦ Sinais de Águas Seguras;
◦ Sinais Especiais.

 SINAIS LATERAIS:
 Define as margens do canal ou da via navegável.
◦ Sinal lateral de bombordo: cor verde.
◦ Sinal lateral de boreste: cor encarnada.
◦ Sinal lateral de canal preferencial a bombordo: em
uma bifurcação o canal preferencial está a bombordo;
◦ Sinal lateral de canal preferencial a boreste: em uma
bifurcação o canal preferencial está a boreste.
45
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS LATERAIS:
Sistema de  Sinal lateral de bombordo:
balizamento no 


Características:
Quando fixo:
Brasil ◦ Marca de tope cilíndrica;
◦ Estrutura na cor verde;
◦ Numeração com números pares, se
houver, na cor branca;
◦ Luz verde, se houver, exibida com
qualquer ritmo.
 Quando flutuante:
◦ Diferença: Formato cilíndrico, pilar ou
charuto.

46
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS LATERAIS:
Sistema de  Sinal lateral de boreste:
balizamento no 


Características:
Quando fixo:
Brasil ◦ Marca de tope cônica;
◦ Estrutura na cor encarnada;
◦ Numeração com números ímpares, se
houver, na cor branca;
◦ Luz encarnada, se houver, exibida com
qualquer ritmo.
 Quando flutuante:
◦ Diferença: Formato cônico, pilar ou
charuto.

47
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS LATERAIS:
Sistema de  Sinal lateral de canal preferencial a
balizamento no 
bombordo:
Características:
Brasil  Marca de tope cônica;
 Estrutura na cor encarnada com uma faixa
horizontal verde.

 Sinal lateral de canal preferencial a


boreste:
 Características:
 Marca de tope cilíndrica;
 Estrutura na cor verde com uma faixa larga
horizontal encarnada.
48
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS LATERAIS:
Sistema de
balizamento no
Brasil

49
Sinalização e balizamento de Hidrovias

Sistema de  SINAIS CARDINAL:


balizamento no  Indicam que as águas mais profundas
encontram–se no quadrante designado
Brasil pelo sinal.
 Não possuem formato específico:
adotam forma de pilar ou charuto.
 Pintados com faixas horizontais
amarelas e pretas.
 Marcas de tope com cones duplos pretos.
 Possuem um sistema de luzes de
lampejos brancos.

50
Sinalização e balizamento de Hidrovias

Sistema de  SINAIS DE PERIGO ISOLADO:

balizamento no  Colocado sobre um perigo de


Brasil pequena área.
 Marcas de tope de duas esferas
pretas.
 Cor preta com uma ou mais faixas
horizontais encarnadas.
 Luzes brancas em lampejos.

51
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS DE ÁGUAS SEGURAS:
Sistema de
balizamento no  Indica águas navegáveis em torno dele,
porém não sinaliza um perigo.
Brasil  Configuração difere das bóias que
sinalizam perigos.
 Possuem formato esférico, pilar, charuto
com tope esférico encarnado.
 Único tipo de sinal com faixas verticais
(encarnadas e brancas).
 Luzes brancas.

52
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS ESPECIAIS:
Sistema de
balizamento no  Indicam uma área ou característica
especial.
Brasil  Natureza é verificada consultando a
carta náutica.
 Estrutura na cor amarela.
 Marca de tope amarela em forma de
“X”.
 Possuem luz amarela.

53
Sinalização e balizamento de Hidrovias
 SINAIS NOVOS PERIGOS:
Sistema de
balizamento no  Novo perigo: perigo ainda não mostrado
em documentos náuticos.
Brasil  São obstruções como: bancos de areia,
rochas, cascos soçobrados e outros
resultantes da ação do homem.
 Novo perigo deve ser sinalizado por
iniciativa do responsável pelo
balizamento local.

54
Próxima
aula
Embaraços
oferecidos pelos rios
em seu estado natural

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Referências
ALMEIDA, C.E. Portos, rios e canais. São Paulo: USP,
1974.

 SALES, C. M. Rios e Canais. Florianópolis, Elbert,


1993.

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