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Abril
de 2020
Auxílio à navegação:
sinalização e
balizamento
Sinalização
segurança da navegação.
Definição: conjunto de sistemas e recursos visuais,
sonoros, radioelétricos, eletrônicos ou
náutica combinados, que proporcionam ao navegante
informações para dirigir a embarcação, com
segurança e economia.
Expressão auxílio à navegação:
Inicialmente englobava apenas os sinais visuais:
lunetas e binóculos.
Evolução dos sistemas de auxílio à navegação:
Sinais dotaram de equipamentos sonoros:
orientam o navegante em condições de má
visibilidade.
Surgiram auxílios utilizando ondas
eletromagnéticas: receptores usados a bordo
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recebiam, mediam e interpretavam essas emissões.
Auxílio à navegação
Definição
Termo auxílio à navegação também evoluiu:
Conceito original: sinal externo ao navio, cuja percepção
e dependia de observações visuais e acústicas.
Conceito atual: compreende os sistemas eletrônicos, cuja
configuração completa abrange os segmentos de bordo e os
externos ao navio.
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Auxílio à navegação
“Mesmo com os equipamentos de navegação disponíveis e com as
◦ Auxílios visuais
◦ Auxílios sonoros
◦ Auxílios combinados.
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◦ Auxílios especiais
Auxílio à navegação
Classificam quanto ao tipo de informações
Classificação
fornecidas em:
◦ Auxílios visuais:
◦ Possibilita a orientação ou o posicionamento
do navegante;
◦ Transmite determinada informação, por sua
forma, cor ou luz emitida.
◦ São luminosos ou cegos: se orientam o
navegante de dia e de noite (luminosos) ou
orientam apenas durante o dia (cegos).
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Auxílio à navegação
Classificam quanto ao tipo de informações
Classificação fornecidas em:
◦ Auxílios sonoros:
◦ São dotados de equipamento acústico (apito, sino,
gongo, sirene ou buzina de cerração).
◦ Orientam o navegante mediante a emissão de sons
especiais.
◦ Usados quando a visibilidade é restrita: sinais
cegos e luminosos, devido à cerração, nevoeiro ou
bruma, não são vistos, mesmo em distâncias muito
curtas.
◦ No Brasil estão em desuso: devido ao uso do radar
e devido à meteorologia normalmente benigna que
predomina em nossas costas, onde condições de má
visibilidade não são comumente observadas. 7
◦ No exterior são bastante empregados.
Auxílio à navegação
Classificam quanto ao tipo de informações
Classificação fornecidas em:
◦ Auxílios combinados:
◦ Reúnem duas ou mais modalidades.
◦ Ex.: luminosos–sonoros, cegos–sonoros e
luminosos–radioelétricos.
◦ Auxílios especiais:
◦ Prestam outras informações de interesse para o 8
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Auxílio à navegação
Fatores que afetam a visibilidade no mar:
◦ 2) Refração atmosférica:
◦ Tabela fornece o alcance
geográfico em milhas náuticas em
função:
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Auxílio à navegação
Fatores que afetam a visibilidade no mar:
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Auxílio à navegação
Fatores que afetam a visibilidade no mar:
Auxílio visual ◦
◦
3) Transparência da atmosfera:
Adota-se:
◦ Atlântico Norte: T = 0,74.
◦ Áreas Tropicais: T = 0,85.
◦ Visibilidade meteorológica (V): é a maior
distância da qual um objeto negro pode ser
visto.
◦ Valores do Fator T e da visibilidade
meteorológica (V) conforme Equação.
• T e V em milhas
náuticas 15
Auxílio à navegação
Fatores que afetam a visibilidade no mar:
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Auxílio à navegação
Definição:
Sinalização Conjunto de sinais náuticos visuais;
Náutica
Fixos ou flutuantes;
Externos à embarcação;
Estabelecidos com o propósito de garantir uma
navegação segura e econômica nas vias
navegáveis.
São placas colocadas nas margens dos rios, pontes e
fixadas em bóias para orientação dos navegantes.
Os termos “sinal náutico” e “sinalização náutica”
são de uso consagrado no Brasil para indicar os
auxílios visuais à navegação externos à
embarcação, providos por uma autoridade
responsável pela sinalização náutica de uma
determinada região, área ou porto.
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Auxílio à navegação
Definição:
Definição: conjunto de sinais fixos e flutuantes,
Balizamento
discernível.
Auxílio à navegação
Tipos:
FARÓIS:
Definição: Auxílios à navegação constituídos por uma
estrutura fixa, de forma e cores distintas, montados em
pontos de coordenadas conhecidas, dotados de
equipamento luminoso com alcance noturno MAIOR
que 10 milhas náuticas.
Componentes: estrutura e aparelho de luz.
Estrutura: resistente às intempéries e fácil de ser vista.
Equipamento luminoso: constituído pela luz, aparelho
ótico que concentra a luz e pelo acessório que dê ritmo à
luz.
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Auxílio à navegação
FARÓIS:
Podem ser classificados:
Sinal Náutico ◦ Quanto à sua finalidade;
◦ Quanto ao regime de funcionamento;
◦ Quanto a fonte de energia.
FAROLETES:
Definição: auxílios à navegação providos de
estrutura fixa, montada em pontos de
coordenadas conhecidas, dotados de equipamento
luminoso com alcance noturno MENOR OU
IGUAL a 10 milhas náuticas. 26
Auxílio à navegação
LUZES DE ALINHAMENTO:
Conjunto composto por dois sinais fixos.
Sinal Náutico
De coordenadas conhecidas.
Luminosos: com luzes de mesma cor.
Dotados ou não de placas de visibilidade.
Definem a direção que coincide com o eixo do canal,
um rumo a ser seguido ou uma referência para
manobra.
Alinhamento contém 2 sinais no prolongamento do
eixo de um canal:
◦ Farolete mais afastado possui maior altitude que o
mais próximo e está localizado a uma distância
considerável.
Navegante estima quanto está afastado do eixo do canal
observando o deslocamento vertical entre os dois sinais.
Tipos de sinais fixos que compõem um alinhamento:
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farol, farolete ou baliza.
Auxílio à navegação
BÓIAS:
Definição: corpos flutuantes, de dimensões, formas e cores
Sinal Náutico
dia e de noite.
Bóia luminosa:
Corpo flutuante livre.
Dotado de contrapeso para equilíbrio e
estrutura vertical em forma de treliça,
denominada mangrulho.
Mangrulho: sustenta o aparelho de luz,
refletor–radar e marca de tope.
Equipamento de fundeio: consiste de uma
corrente (amarra), ligada a um corpo morto
que repousa no fundo (poita), ou a um ferro
(âncora), na posição determinada para a bóia.
Forma da bóia, cor, marca de tope, o ritmo
e a cor da luz: permitem a identificação e a
determinação do propósito da bóia luminosa. 29
Auxílio à navegação
BÓIAS:
Sinal Podem ser luminosas ou cegas: orientam de dia e de
noite.
Náutico Bóia cegas:
São identificadas pelo formato, cor e marca de tope.
Possuem dispositivos sonoros, marcas de tope e os
refletores–radar:
Dispositivos sonoros (apito, sino ou gongo):.
encontrados em bóias em locais onde são frequentes
nevoeiro, bruma ou cerração. Balanço e arfagem das
bóias acionam esses artefatos, que emitem sons de
advertência.
Marcas de tope: figuras geométricas colocadas no topo
das bóias, que, por sua forma, cor e combinação,
identificam, durante o dia, o propósito do sinal.
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Refletores–radar: reforçam os ecos das bóias.
Auxílio à navegação
BALIZAS:
Sinal
BALIZA ARTICULADA:
Náutico Definição: constituído por haste fixa (como a de
uma baliza) mas articulada e fundeada (como
uma bóia).
Finalidade:
Limitam ou definem as margens de um canal
ESTREITO ou de uma área de manobra
delicada.
Mudança de posição de uma bóia luminosa
(que gira pela ação do vento ou, principalmente,
da corrente) poderia levar a situações perigosas,
principalmente por navios de grande porte.
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Auxílio à navegação
Navegante que avista um farol, farolete, bóia,
Identificação baliza, mesmo distante do sinal, deve ser capaz
de identificá–lo rapidamente.
dos sinais
Identificação dos sinais:
Durante o dia:
Forma e cor (padrão de pintura) de sua
estrutura;
Forma e cor da marca de tope (bóias e
balizas);
Som emitido ou pelo sinal radioelétrico;
Luzes de alta intensidade que permitem sua
identificação.
Durante a noite:
Luzes (cor e ritmo);
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Som emitido ou sinal radioelétrico.
Auxílio à navegação
Identificação dos sinais: placas.
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Auxílio à navegação
Identificação dos
sinais: placas.
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Auxílio à navegação
Identificação
dos sinais: luzes.
Sinalização diurna de pontes
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Auxílio à navegação
Identificação dos sinais:
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Auxílio à navegação
Luzes de auxílio à navegação:
Identificação
CARACTERÍSTICA:
Característica da luz é composta pelo seu ritmo
dos sinais e sua cor.
◦ Ritmo: sequência de emissões de luz,
durações específicas e repetições.
◦ Cor: luzes são brancas ou encarnada, verde
ou âmbar.
LUZ FIXA: luz contínua e uniformeme. Não
deve ser aplicada em sinais náuticos pois pode
não ser reconhecida como luz de auxílio.
LUZ RÍTMICA: luz intermitente com
periodicidade regular (luz de lampejo).
LUZ ALTERNADA: luz em diferentes cores
alternadamente. 38
Auxílio à navegação
Auxílio 1) RADIOFAROL:
Estação emissora de sinal de rádio
radioelétrico à característico.
navegação: Estação emissora de radiofonia que permite
que o navio provido de radiogoniômetro
(receptor de rádio especial) siga a rota prevista.
Resumo:
Balizamento: é entendido como sendo as bóias de auxílio à
navegação, que demarcam o canal de navegação.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
Balizamento das hidrovias:
Analogia:
Cartas de
navegação.
Resultam de levantamentos de áreas oceânicas,
mares, rios e canais que destinam à navegação.
navegação São construídas na Projeção de Mercator.
Representam acidentes terrestres e submarinos,
fornecendo informações sobre:
◦ Profundidades.
◦ Perigos à navegação (bancos, pedras, cascos
soçobrados).
◦ Natureza do fundo.
◦ Auxílios à navegação (faróis, faroletes, bóias,
balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis, etc.).
◦ Linha de costa e contorno das ilhas.
◦ Elementos de marés, correntes e magnetismo
◦ Outras indicações necessárias à segurança da43
navegação.
Sinalização e balizamento de Hidrovias
Brasil é país membro da Associação Internacional de
Sistema de
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
Sistema de Balizamento IALA possui 5 tipos de sinais.
Sistema de
SINAIS LATERAIS:
Define as margens do canal ou da via navegável.
◦ Sinal lateral de bombordo: cor verde.
◦ Sinal lateral de boreste: cor encarnada.
◦ Sinal lateral de canal preferencial a bombordo: em
uma bifurcação o canal preferencial está a bombordo;
◦ Sinal lateral de canal preferencial a boreste: em uma
bifurcação o canal preferencial está a boreste.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
SINAIS LATERAIS:
Sistema de Sinal lateral de bombordo:
balizamento no
Características:
Quando fixo:
Brasil ◦ Marca de tope cilíndrica;
◦ Estrutura na cor verde;
◦ Numeração com números pares, se
houver, na cor branca;
◦ Luz verde, se houver, exibida com
qualquer ritmo.
Quando flutuante:
◦ Diferença: Formato cilíndrico, pilar ou
charuto.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
SINAIS LATERAIS:
Sistema de Sinal lateral de boreste:
balizamento no
Características:
Quando fixo:
Brasil ◦ Marca de tope cônica;
◦ Estrutura na cor encarnada;
◦ Numeração com números ímpares, se
houver, na cor branca;
◦ Luz encarnada, se houver, exibida com
qualquer ritmo.
Quando flutuante:
◦ Diferença: Formato cônico, pilar ou
charuto.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
SINAIS LATERAIS:
Sistema de Sinal lateral de canal preferencial a
balizamento no
bombordo:
Características:
Brasil Marca de tope cônica;
Estrutura na cor encarnada com uma faixa
horizontal verde.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
SINAIS DE ÁGUAS SEGURAS:
Sistema de
balizamento no Indica águas navegáveis em torno dele,
porém não sinaliza um perigo.
Brasil Configuração difere das bóias que
sinalizam perigos.
Possuem formato esférico, pilar, charuto
com tope esférico encarnado.
Único tipo de sinal com faixas verticais
(encarnadas e brancas).
Luzes brancas.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
SINAIS ESPECIAIS:
Sistema de
balizamento no Indicam uma área ou característica
especial.
Brasil Natureza é verificada consultando a
carta náutica.
Estrutura na cor amarela.
Marca de tope amarela em forma de
“X”.
Possuem luz amarela.
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Sinalização e balizamento de Hidrovias
SINAIS NOVOS PERIGOS:
Sistema de
balizamento no Novo perigo: perigo ainda não mostrado
em documentos náuticos.
Brasil São obstruções como: bancos de areia,
rochas, cascos soçobrados e outros
resultantes da ação do homem.
Novo perigo deve ser sinalizado por
iniciativa do responsável pelo
balizamento local.
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Próxima
aula
Embaraços
oferecidos pelos rios
em seu estado natural
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Referências
ALMEIDA, C.E. Portos, rios e canais. São Paulo: USP,
1974.
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