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NAVEGAÇÃO

Navegação

O deslocamento de um ponto de partida até um ponto de destino é denominado navegação. Navega-


dores são aqueles cujo trabalho é realizar esse trajeto. Para isso, eles precisam determinar a posição
em que se encontram e o melhor caminho a percorrer.

Navegação Marítima

Comandantes de navios e de outros tipos de embarcação utilizam diversos métodos de navegação há


centenas de anos. Um deles, muito simples, é o visual, usado na navegação costeira ou de cabotagem.
Os navegadores que usam esse método estabelecem uma rota avistando pontos ou objetos de refe-
rência situados no litoral. Pontos de sinalização como faróis e boias os ajudam a se orientar, para que
se mantenham longe de rochas perigosas e sigam por caminhos seguros.

Quando viajam longe da costa, os navegadores marítimos usam o método de navegação estimada.
Esse método consiste em calcular cuidadosamente a distância percorrida pela embarcação, tendo
como referência o ponto de partida. Para isso, é preciso saber a velocidade do barco e a duração da
viagem.

A bússola, os mapas e o cronômetro são ferramentas essenciais para esses dois métodos de navega-
ção. A bússola indica em que direção a embarcação está seguindo. As cartas náuticas são mapas
especiais que contêm informações importantes para os navegadores, como a profundidade da água
em determinada região ou pontos onde pode haver rochas e outros perigos submersos.

A observação dos astros — o Sol, a Lua, planetas e estrelas — também é usada como referência pelos
navegadores. Esse método é o da navegação astronômica. Nele, são empregados instrumentos espe-
ciais para obter distâncias precisas entre os astros e elaborar mapas do céu noturno.

No século XX, surgiram novos equipamentos de orientação, como o radar, o rádio e outros dispositivos
eletrônicos. Os sistemas de radar emitem ondas eletromagnéticas; quando um objeto nas proximidades
da embarcação reflete essas ondas, é possível saber a que distância ele está. Algumas embarcações
também contam com instrumentos que medem distâncias usando sinais de rádio vindos da costa.

Atualmente, muitos navegadores usam o GPS (sigla da expressão inglesa global positioning system,
que significa “sistema de posicionamento global”). Esse sistema utiliza satélites artificiais que orbitam
a Terra e equipamentos especiais que se comunicam com esses satélites, enviando e recebendo sinais
de rádio. Com o GPS, os navegadores ficam sabendo em que ponto exato da Terra eles se encontram.

Navegação Submarina

Os navegadores submarinos não conseguem ver as estrelas ou os objetos de referência terrestre


quando estão submersos, nem podem usar ondas de rádio comuns. Eles navegam usando ondas de
baixa frequência. Além disso, contam com mapas do fundo do mar e com instrumentos que registram
a profundidade do submarino.

O Que é Preciso Ter a Bordo?

Durante os 29 anos que já lido com a navegação de lazer sempre sou questionado pelos amigos na-
vegantes sobre os equipamentos de comunicações, salvatagem e demais acessórios que um barco
deve possuir. E a pergunta é quase sempre a mesma: Tal produto é obrigatório, opcional ou dispensá-
vel?

A resposta para esta questão precisa ser dada à luz da lei em vigor. Assim, é necessário inicialmente
esclarecer que as normas para equipamentos de salvatagem, comunicações e demais acessórios es-
tão previstas no capítulo 4 da NORMAM-03 (Norma da Autoridade Marítima para navegação de esporte
e recreio), publicada pela Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil (DPC), órgão que segundo
a Lei Federal 9.537/97, tem poderes para regulamentar a navegação de lazer. Para entender os equi-
pamentos necessários a bordo de um barco é necessário primeiramente entendermos que existem três
áreas de navegação que um barco pode freqüentar. Estas áreas são as seguintes:

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- Area interior: são as chamadas áreas abrigadas ou parcialmente abrigadas de mau tempo e tempes-
tades. Pode-se assim dizer que são as baías, enseadas, lagoas, lagos, rios, canais, etc. Se você só
navega em águas abrigadas de mau tempo você pratica navegação interior.

- Área costeira: são aquelas áreas em alto mar, regiões desabrigadas de mau tempo, porém ainda
dentro do limite visual da costa, ou seja, você está em alto mar, em área desabrigada, porém está
sempre avistando o litoral. Máximo de 20 milhas náuticas da costa.

- Área oceânica: são as áreas totalmente desabrigadas, fora do alcance visual da costa, normalmente
a mais de 20 milhas da costa. Lá onde só se avista céu e água. Diz-se também que é lá onde o filho
chora e a mãe não ouve...

Agora que vimos as áreas de navegação que um barco de lazer pode freqüentar, para sabermos o que
precisamos ter a bordo é necessário também saber que as embarcações são divididas por lei da se-
guinte forma:

- Embarcações miúdas: são os barcos com menos de 5 metros de comprimento. Segundo a lei estes
barcos somente podem navegar em áreas abrigadas (área interior);

- Embarcações de médio porte: são os barcos com comprimento variando entre 5 e 23,99m de compri-
mento;

- Embarcações de grande porte: são os barcos com comprimento igual ou superior a 24m. As embar-
cações miúdas só poderão navegar em área interior.

As embarcações médias ou grandes podem navegar em qualquer área, desde que seu proprietário
tenha feito esta opção por ocasião do registro do barco na Marinha e desde que seu Comandante tenha
uma carteira compatível com a área desejada.

Cartas Náuticas

À DHN, na qualidade de Serviço Hidrográfico Brasileiro, cabe manter, por meio do Centro de Hidrografia
da Marinha (CHM), todas as Cartas Náuticas em Águas Jurisdicionais Brasileiras atualizadas. Além das
cartas náuticas em papel, o CHM produz, também, Cartas Raster e cartas náuticas eletrônicas (Elec-
tronic Navigational Chart – ENC).

As Cartas Náuticas são documentos cartográficos que resultam de levantamentos de áreas oceânicas,
mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra massa d’água navegável e que se destinam
a servir de base à navegação; são geralmente construídas na Projeção de Mercator e representam os
acidentes terrestres e submarinos, fornecendo informações sobre profundidades, perigos à navegação
(bancos, pedras submersas, cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à navegação), natureza
do fundo, fundeadouros e áreas de fundeio, auxílios à navegação (faróis, faroletes, bóias, balizas, luzes

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de alinhamento, radiofaróis, etc.), altitudes e pontos notáveis aos navegantes, linha de costa e decon-
torno das ilhas, elementos de marés, correntes e magnetismo e outras indicações necessárias à segu-
rança da navegação.

As Normas Técnicas para construção das cartas náuticas são ditadas pela Organização Hidrográfica
Internacional (OHI).

No que concerne às cartas náuticas em papel, a Base de Hidrografia da Marinha em Niterói (BHMN) é
responsável pela sua impressão. Já a venda e distribuição são realizadas pela Empresa Gerencial de
Projetos Navais (EMGEPRON) . Atualmente não existe mais a reimpressão da carta em grandes tira-
gens, mas sim, trabalha-se com o processo de impressão sob demanda. Quando o cliente realiza a
compra de uma carta, a mesma é impressa e entregue atualizada, até o último aviso aos navegantes
naquela data.

As cartas náuticas raster estão disponibilizadas gratuitamente para download no formato NOAA-BSB
versão 3.0. A sua utilização não dispensa o uso concomitante das cartas náuticas em papel, atualizadas
até o último aviso aos navegantes. Recomenda-se especial atenção para a necessidade de adoção do
datum WGS-84, tanto no receptor GPS quando no programa de visualização utilizado.

Licença para Navegar

Para conduzir barcos e lanchas de esporte e recreio ou moto aquática é obrigatório ter a habilitação
náutica.

Todo condutor de barco de lazer deve estar habilitado com a documentação que comprove a capaci-
dade de conduzir embarcações em caráter não profissional. Essa é uma exigência da Autoridade Ma-
rítima por meio da Normam-03 (Normas da Autoridade Marítima), visando a segurança da navegação
e da vida humana e, também, à preservação da poluição do meio ambiente marinho.

Os condutores amadores são habilitados por meio da Carteira de Habilitação de Amador (CHA) nas
diferentes categorias que são: Arrais Amador, Veleiro Amador, Motonauta, Mestre Amador ou Capitão
Amador.

A habilitação de Arrais Amador é a mais comum e usada por todos que iniciam a condução de lanchas
ou veleiros (embarcações a vela ou motor) em águas interiores (rios, represas, baías, etc.). A habilita-
ção de motonauta também é bem procurada para quem deseja pilotar moto aquática (jet ski).

Tipos de Navegação

• Navegação de cabotagem: é aquela realizada entre os portos ou pontos do território brasileiro, utili-
zando a via marítima ou estas e as vias navegáveis interiores;

• Navegação de longo curso: navegação realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;

• Navegação interior: é aquela realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional;

• Navegação de apoio marítimo: é realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em


águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de
minerais e hidrocarbonetos.

• Navegação de apoio portuário: realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para
atendimento a embarcações e instalações portuárias.

Navegação é a ciência, arte, prática ou tecnologia, de planejar e executar uma viagem de um ponto de
partida até seu ponto de destino.

A principal atividade da navegação é a determinação da posição atual, para possível comparação com
posições previstas ou desejadas.

A invenção de aparelhos que permitem a determinação exata dessa posição, como a bússola, o sex-
tante, o cronômetro, o radar, o rádio, e o GPS estão entre os maiores avanços científicos da humani-
dade.

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Outro fator crucial na navegação é a existência de mapas ou modelos similares.

Histórico

A navegação em terra, apesar de importante, nunca ofereceu os desafios e os perigos da navegação


marítima. A ausência de pontos de referência e os vários riscos envolvidos na navegação marítima,
levaram várias civilizações, separadas no tempo e no espaço, a desenvolverem várias técnicas de
navegação, adequadas às suas embarcações e áreas de navegação.

As primeiras técnicas de navegação eram visuais, baseadas em pontos conspícuos; no que se pode
levantar historicamente, pelos navegantes da Fenícia (habitantes de Tiro, cidade nomeada na Bíblia)
e Egito, também nomeado na Bíblia; posteriormente, foram introduzidas as direções dos ventos domi-
nantes. Quando se juntavam estas informações com destinos, obtinha-se um primeiro, e rudimentar,
conjunto de informações com os quais era possível traçar uma rota, aperfeiçoamento dos vikings.

A transmissão destas informações de um piloto para outro, ou de geração em geração, levaram à cria-
ção de Roteiros, Regimentos e mapas. As primeiras cartas náuticas foram os portulanos, nos quais
estão indicados rotas entre portos, herança viking, desenvolvidas na histórica Escola de Sagres.

A navegação nos períodos grego e romano, e durante a maior parte da Idade Média, era uma navega-
ção de cabotagem, também chamada de costeira. Seriam os vikings os primeiros a aventurar-se para
além do horizonte, com a ajuda de um aparelho de navegação baseado no Sol(uma espécie de reló-
gio de ponteiros que somente marcassem os minutos, que é utilizado nos dias de hoje) e na bússola,
para determinar os pontos cardeais e a rota, com base em portulanos. Contudo, esta era ainda uma
rudimentar navegação astronómica.

Na época das Cruzadas, com a introdução da bússola no Mediterrâneo, desconhecida pelos árabes de
então e da Baixa Idade Média, os navegadores podiam agora realizar travessias maiores, sem a ne-
cessidade de recorrer à ajuda de pontos em terra, ao seguirem uma direcção (rumo) constante obtida
da bússola, e de algumas constelações que já conheciam e que se encontravam sobre cidades que se
denominavam pelas próprias, identificadas pelos seus sábios.

Durante todo este período, foram desenvolvidas técnicas de navegação com base nas estrelas, princi-
palmente o Sol; os primeiros trabalhos verdadeiramente científicos sobre o tema surgiram no mundo
com base em cálculos mais complexos desenvolvido pelos árabe, principalmente com o acréscimo
da álgebra.

Apesar da diminuição substancial do comércio marítimo com o fim do Império Romano, este não desa-
pareceu. No Mediterrâneo a conquista do Norte de África pelos muçulmanos trouxe novas técnicas de
navegação, que rapidamente se disseminaram, e foram completadas pela sabedoria local, quando os
mercadores de ambos os lados criaram rotas comerciais regulares.

No século XIII o rei Afonso X de Castela publica os Libros del Saber de Astronomia, uma compilação
de textos, bem como as Tabelas Afonsinas, nas quais indica a posição de vários astros ao longo do
ano, em ambos contou com, e utilizou, o trabalho de sábios judeus e árabes, sobre constelações e as-
tros.

Portugal, situado na convergência entre o Mediterrâneo e o Atlântico tinha mantido as ligações maríti-
mas entre a Europa do Norte e do Sul, e recém saído da esfera muçulmana, tinha na época uma situ-
ação privilegiada para fazer a fusão das várias escolas e conhecimentos regionais, numa teoria geral
e unificada sobre a navegação.

Com o estudo e o desenvolvimento da navegação patrocinada pelo infante Dom Henrique, na conhe-
cida Escola de Sagres, no século XVI, que pela primeira vez juntou as diversas fontes e as sistemati-
zou, surgiram os conhecimentos que permitiram o início das Grandes Navegações.

Se a adopção do leme axial e do timão ou roda do Leme, juntamente com a descobertas científicas
sobre rudimentos já conhecidos da navegação astronómica, criou as condições para as primeiras gran-
des viagens trans-oceânicas, ou transatlânticas(de princípio), sem referências terrestres; estas criaram
por sua vez novos conjuntos de problemas, tais como calcular a longitude e latitude, ou ao navegarem
para Sul do Equador, reconhecendo a importância do Zodíaco e das estrelas conhecidas, surgindo dai

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descobertas de novas constelações, nunca dantes estudadas, que possibilitavam a melhora da locali-
zação, surgindo a chamada navegação astronômica.

Com a continuação dos estudos já no reino da Grã-Bretanha, vamos nos deparar com a continuação
dos trabalhos iniciados pelos vikings, naquele instrumento que usava o Sol como referência, seme-
lhante ao relógio de ponteiros utilizado atualmente com o nome de cronômetro e sextante, e com esses
instrumentos rudimentares e aperfeiçoados, vamos concordar a extensão da longitude do Equa-
dor com o tempo dos 21.600 minutos(léguas ou nós, essa última medida relacionada com a velocidade,
modernamente); do dia, com os 24 "fusos horários"(de 15 graus do planeta Terra), inaugurando dessa
forma a chamada navegação estimada.Descobre-se o rádio e o radar como aperfeiçoamentos durante
as duas guerras mundiais e finalmente, com o desenvolvimento tecnológico atual, temos a navegação
por GPS.Navegação marítima é a atividade de deslocamento de veículos aquáticos sobre
a água do mar (náutica). Pode referir-se também à atividade de localização da posição geográfica des-
ses veículos no mar (posicionamento).

Atividade De Navegação

Há duas modalidades de navegação marítima:

• Navegação costeira: está relacionada com as atividades no mar para a qual, em princípio, não é
necessário a utilização de instrumentos de orientação, pois navega-se observando a terra.

• Navegação oceânica, de alto-mar ou sem restrições: é a realizada entre portos nacionais e estrangei-
ros, fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos. Requer a utilização de
instrumentos de localização e orientação, sejam eles analógicos ou digitais.

O radar, tendo-se generalizado, é utilizado nestes dois tipos de navegação.

Atividade de Posicionamento

É o conjunto de técnicas que permitem deslocar-se pelo mar, quer para determinar uma posição (para
o qual se pode "fazer o ponto" com um sextante e marcá-lo em uma carta náutica), quer para calcular
a rota a ser seguida para se chegar ao ponto de destino.

Assim:

• Na navegação de cabotagem, o posicionamento é feito a partir de conhecenças: pontos conspícuos


na costa e também marcados nas cartas (mapas náuticos), tais como faróis, igrejas, torres, acidentes
geográficos etc.

• Na navegação por estimativa, calcula-se onde está a embarcação.

• Na navegação astronómica, o posicionamento é feito com uma carta e um sextante, ou ainda (mais
recentemente) com auxílio de instrumentos eletrônicos (GPS, por exemplo).

Rota

Navegar baseia-se na determinação da rota que nos vai levar o mais rapidamente possível de um ponto
geográfico a outro, eventualmente tirando proveito do ventos e das marés e evitando todos os perigos
existentes durante esse trajeto. Num globo terrestre, esse trajeto é a linha que une dois pontos sobre
a superfície da Terra, chamada de linha ortodrómica. Numa carta de Mercator, essa linha não é
uma reta: é chamada de linha loxodrómica.

Navegação de Longo Curso

Navegação de longo curso é o nome dado ao transporte de pessoas ou bens entre portos de diferentes
nações. Além do longo curso, a navegação apresenta as seguintes categorias:

• Cabotagem: A realizada entre portos ou pontos do território brasileiro (portos fluviais), utilizando a via
marítima ou esta, e as vias navegáveis interiores;

• Navegação interior: A realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional;

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• Navegação de apoio portuário: A realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para
atendimento a embarcações e instalações portuárias;

• Navegação de apoio marítimo: A realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em


águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de
minerais e hidrocarbonetos.

Cabotagem é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país, sem perder a costa de vista. A
cabotagem contrapõe-se à navegação de longo curso, ou seja, aquela realizada entre portos de dife-
rentes nações. Há, também, a expressão "cabotagem internacional", que é utilizada para designar a na-
vegação costeira envolvendo dois ou mais países − por exemplo, Brasil e Uruguai. O transporte por
cabotagem foi muito utilizado no Brasil na década de 1930 no transporte de carga a granel, tendo sido
o principal modelo de transporte utilizado no país quando as malhas ferroviária e rodoviária apresenta-
vam condições precárias.

Etimologia

O termo "cabotagem" é derivado do nome Sebastião Caboto, um navegador Veneziano do século


XVI que explorou a costa da América do Norte. Ele adentrou o Rio da Prata em busca da mítica Serra
da Prata durante dois anos.

Vantagens da Navegação por Cabotagem

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo Federal do Brasil, a nave-


gação por cabotagem apresenta as seguintes vantagensː

• Menor custo unitário;

• Menor índice de avarias;

• Menor índice de sinistros;

• Redução do desgaste das malhas rodoviárias;

• Redução de acidentes nas estradas;

• Menor consumo de combustíveis;

• Menor índice de poluição.

Dentre as principais desvantagens, pode-se citar:

• Baixa frequência;

• Concentração de volumes em embarque único;

• Aumento dos estoques.

Cabotagem No Mundo

Em cada país, a cabotagem segue leis próprias. Como exemplo, nos Estados Unidos ela deve ser re-
alizada por embarcações construídas e documentadas no próprio país, sendo que tanto seu proprietário
quanto 75% da tripulação devem ser cidadãos estadunidenses.

Já na Comunidade Económica Europeia, havia liberdade para operar na cabotagem de qualquer Es-
tado-Parte, condicionados aos navios registrados em pelo menos um dos Estados-Parte, navegando
com sua bandeira, sob regulamentação específica.

Cabotagem No Brasil

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo Federal, cabotagem é "o


transporte de cargas realizado entre os portos ou cidades do território brasileiro, utilizando a via marí-
tima ou vias navegáveis interiores".

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O litoral do Brasil, por possuir uma costa de grande extensão (próximo aos 8 500 quilômetros), favorece
a navegação marítima e principalmente a utilização da cabotagem entre portos. Ainda segundo o Mi-
nistério da Agricultura, entre 2003 e 2008 houve um aumento de mais de 350% no transporte por ca-
botagem no país.

Conceito E Histórico Da Cabotagem

Cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país utilizando as vias marítimas ou vias navegá-
veis interiores. Ela se contrapõe a navegação de longo curso. Logo, nesse trajeto, não se perde a
costa de vista.O termo cabotagem é derivado do nome Caboto, um navegador Veneziano do século
XVI, que explorou a costa da America do Norte, cujo nome era Sebastião Caboto. Ele adentrou o Rio
Prata em busca da Mística Serra da Prata por um período de dois anos. Em função desse feito na
navegação, esse deslocamento costeando o litoral recebeu o nome de Cabotagem.

Cabotagem No Brasil

Atualmente 2/3 das cargas são transportadas pelo modal rodoviário no Brasil. Historicamente o país
foi favorecido com incentivos para a construção de rodovias. A partir de 1920, por intermédio dos
Estados Unidos, maior produtor de veículos automotores, houve um grande financiamento para a aber-
tura de estradas. Sendo assim, não houve espaço para o desenvolvimento de outras modalidades. O
sistema ferroviário, da época, entrou em decadência por falta de investimento.Após a crise de 1929 a
indústria automobilística norte-americana viu no mercado brasileiro um grande potencial. Começou a
introduzir as montadoras e importadoras no final da década de 50. Ao longo dos anos os governos
continuaram dando prioridade ao modal rodoviário que sempre recebeu mais incentivo em detrimentos
a outras modalidades.

Vantagens

O Brasil é um País favorecido para a navegação por suas condições naturais de costa navegável. São
cerca de oito mil quilômetros de costa, mais de 40 mil quilômetros de vias potencialmente navegáveis.
Existem 34 portos, e desse total 08 portos estão na Região Sul, 05 na Norte, 10 na Sudeste e 11 na
Nordeste.Além disso, existe uma grande concentração da população no litoral em detrimento ao inte-
rior do País. Cerca de 80% da população brasileira vive em até 200 km da costa litorânea.

A cabotagem é um dos meios de transportes menos poluentes além da baixa ocorrência de acidentes,
consolidação do contêiner como facilitador do transporte de carga e uma maior capacidade de trans-
porte. Além de maior segurança, pois a bordo a carga esta menos sujeita a roubos e assaltos como
acontece nas rodovias.

A figura 1 mostra a extensão das linhas navegáveis, por cabotagem, no território brasileiro.

Figura 2 – Mapa com as linhas de cabotagem no litoral brasileiro

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Desvantagens

Muitos são os entraves que afetam o desenvolvimento do transporte de cabotagem no país. A buro-
cracia, pois embora o transporte seja de carga domestica, de porto a porto, o setor é tratado como se
fosse de comercio exterior, com inspeção da Anvisa e da Policia Federal.

A falta de integração dos modais, o elevado tempo do transporte, a baixa frequência dos navios, a
pouca confiabilidade nos prazos e a indisponibilidade de rotas.

Outro fator que impede o crescimento da cabotagem é o preço do bunker (combustível), pois tem
incidência de impostos. Enquanto o diesel tem preço subsidiado pelo governo, o combustível da ca-
botagem sofre todas as interferências do mercado internacional. Representa entre 20 e 30 por cento
do custo operacional

A cabotagem requer navios com bandeiras brasileiras e a produção nos atuais estaleiros está aten-
dendo a demanda do setor de petróleo e gás do pré-sal.

No Brasil só é permitida para empresas brasileiras de navegação autorizadas pela agencia de Nacional
de Transporte Aquaviários (Antaq), ou navio estrangeiros fretados por essa empresa, a tripulação deve
ser composta por no mínimo 2/3 de brasileiros. A figura 2 mostra o crescimento da cabotagem nos
anos de 2010 a 2012. Esse tipo de transporte ainda representa menos de 10% da matriz brasileira.

Figura 2 – Mostra o comparativo entre o percentual do transporte por cabotagem e outras modalidades

Futuro Da Cabotagem

No Brasil, os números de transportes por cabotagem, ainda estão aquém do esperado, tendo em vista
seu potencial geográfico para explorar essa modalidade de transporte. Nos últimos anos houve um
crescimento médio de 8% em volumes movimentados e um crescimento estimado de 7,6% até 2021.
Esse número só poderá ser atingido até 2021 se os principais obstáculos forem atacados.

Segundo analise feita pela ILOS, de 100 empresas entrevistadas, 68% pretendem aumentar a utiliza-
ção da cabotagem em sua participação total do volume movimentado. Dentre essas empresas estão
o segmento de maior valor agregado como higiene e limpeza, cosmético e farmacêutico.

O mercado de cabotagem ainda está em grande parte concentrados nos produtos tipo granel (sólido
e líquido), que é viabilizado e operacionalizado por empresas bem especificas.

De maneira geral, existem vários estudos que indicam a cabotagem como uma forma muito viável de
transporte de longa distância por todas as vantagens já apresentadas, tem potencial para ser 6,5
vezes maior do que é hoje.

Com o desenvolvimento das regiões norte e nordeste, pois antes não tinha uma demanda muito
grande, a cabotagem para longa distância vem ganhando mais espaço.

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Nos últimos anos os portos do Suape (PE) e Vila do Conde (PA) foram os que apresentaram o maior
percentual na tonelagem movimentada por cabotagem. Entretanto Manaus, Santos (SP) e Paranaguá
(PR) são apontados como os portos com maior potencial de envio de cargas de cabotagem.

Figura 3 – Portos com maior potencial para envio de cargas por cabotagem

Existe uma grande demanda por mão de obra marítima. De acordo com a ANTAQ (Agencia Nacional
de Transporte Aquaviários), essa é uma responsabilidade da marinha, que esta tomando providencia
para aumentar o numero de profissionais marítimos a cada ano.

Com investimento para diminuir as limitações que estão atrapalhando o desenvolvimento desse modal,
o Brasil terá um grande desenvolvimento, uma vez que as empresas beneficiadas se tornarão mais
competitivas. Isso consequentemente refletirá no desenvolvimento do país.

Quais São Os Tipos De Navegação Marítima?

▪ Navegação de cabotagem: é aquela realizada entre os portos ou pontos do território brasileiro, utili-
zando a via marítima ou estas e as vias navegáveis interiores;

▪ Navegação de longo curso: navegação realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;

▪ Navegação de apoio marítimo: é a realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em


águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de
minerais e hidrocarbonetos.

▪ Navegação de apoio portuário: realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para
atendimento a embarcações e instalações portuárias.

Quais São As Atividades Executadas Pelas Empresas Brasileiras De Apoio Portuário?

De acordo com a Resolução nº 1.766 – ANTAQ, dentre as atividades executadas, tem-se o reboque
portuário, quando executado por rebocador portuário classificado pela Autoridade Marítima para a na-
vegação de apoio portuário, para a realização das seguintes manobras: atracação e desatracação,
assistência, reboque e mudança de atracação. Também se enquadram como atividades executadas o
transporte de passageiros; transporte de passageiros e carga; amarração e desamarração de embar-
cação; coleta de resíduos sólidos; transporte de derivados de petróleo; coleta de óleos, resíduos líqui-
dos e resíduos orgânicos de embarcação; transporte de: óleos vegetais, produtos químicos, água po-
tável, carga seca, e sal para o Terminal Salineiro de Areia Branca, no Estado do Rio Grande do Norte;
transbordo de carga; prevenção, monitoramento ou resposta a incidente de poluição por óleo ou outras
substâncias em águas jurisdicionais brasileiras, originadas em portos e terminais aquaviários; apoio a
reparo e manutenção e apoio a monoboias.

O Que É O AFRMM E Quem Responde Por Ele?

O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM é um adicional que incide
sobre o frete cobrado pelas empresas brasileiras e estrangeiras de navegação que operam em porto
brasileiro, de acordo com o conhecimento de embarque e o manifesto de carga. Incide sobre a nave-

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gação de longo curso, cabotagem e fluvial e lacustre, essa quando se tratar, exclusivamente, de trans-
porte de cargas de granéis líquidos transportadas no âmbito das regiões Norte e Nordeste. O AFRMM
incide na entrada do porto de descarga e deve ser recolhido pelo consignatário da mercadoria trans-
portada ou por seu representante legal.

Com Quais Países O Brasil Possui Acordos De Reserva De Cargas?

No que se refere à navegação marítima, o Brasil possui acordos bilaterais de reserva de carga somente
com Argentina, Uruguai e Chile.

Cumpre ressaltar que embora tais acordos tenham essa previsão de reserva de carga, existem meca-
nismos que garantem a prestação do serviço de transporte quando da indisponibilidade ou inexistência
da frota nacional de ambas as partes diante de certas premissas, inclusive por meio de embarcações
de terceiras bandeiras.

Vale a pena mencionar que o Brasil também possui acordos bilaterais de preferência de carga com a
China, Polônia e Rússia.

Quais são os dispositivos normativos que regulamentam o afretamento de embarcações?

O conteúdo relativo ao afretamento de embarcações pode ser encontrado na Lei nº 9.432/97 e na Re-
solução Normativa nº 01-ANTAQ

O Que É O SAMA?

O Sistema De Gerenciamento De Afretamento Na Navegação

Marítima e de Apoio – SAMA, é o sistema informatizado disponibilizado pela ANTAQ em sua página na
internet, com o propósito de agilizar a comunicação entre as empresas brasileiras de navegação e a
ANTAQ nas operações de afretamento de embarcações, bem como aprimorar seu gerenciamento nas
diversas etapas dos processos correlatos.

O Que É A Circularização No Afretamento De Embarcações?

R: Circularização é o procedimento de consulta formulada por empresa brasileira de navegação a ou-


tras empresas brasileiras de navegação sobre a disponibilidade de embarcação de bandeira brasileira
para obtenção de autorização da ANTAQ para afretar embarcação estrangeira.

O Que É O Bloqueio No Afretamento De Embarcações?

O bloqueio é o procedimento, com validade temporal limitada, pelo qual uma empresa brasileira de
navegação oferece uma embarcação de bandeira brasileira para realizar determinado tipo de navega-
ção marítima, conforme requisitos previamente especificados, em atendimento a uma circularização. O
bloqueio pode se dar também na forma firme ou reduzida.

Bloqueio firme é o procedimento de bloqueio reconhecido como válido pela ANTAQ para o atendimento
da circularização, comunicando formalmente às partes envolvidas e informando as razões da decisão.
Já o bloqueio parcial ocorre quando o bloqueio se faz com parte da capacidade em tonelagem reque-
rida, ou por parte do tempo requerido, diante da indisponibilidade de embarcações brasileiras para o
bloqueio completo.

O Que É Carga Prescrita?

Carga prescrita é a carga obrigatoriamente transportada em navios de bandeira brasileira, respeitado


o princípio da reciprocidade, incluindo o transporte de mercadorias importadas por qualquer órgão ou
entidade da administração pública federal, estadual e municipal, direta ou indireta, inclusive empresas
públicas e sociedades de economia mista, bem como as importadas com quaisquer favores governa-
mentais e, ainda, as adquiridas com financiamento total ou parcial, de estabelecimento oficial de cré-
dito, assim também com financiamentos externos concedidos a órgãos da administração pública fede-
ral, direta ou indireta, podendo ser estendida às mercadorias cujo transporte esteja regulado em acor-
dos ou convênios firmados ou reconhecidos pelas autoridades brasileiras, obedecidas as condições
nele fixadas.

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NAVEGAÇÃO

Quais São As Modalidades De Afretamento?

O afretamento de embarcações pode ocorrer a casco nu, por espaço, por tempo ou por viagem.

Quem pode receber autorização para operar na navegação marítima e apoio?

A autorização para operar nas navegações de apoio marítimo, apoio portuário, cabotagem e longo
curso, somente poderá ser outorgada a pessoa jurídica constituída nos termos da legislação brasileira,
com sede e administração no País, que tenha por objeto realizar o transporte aquaviário ou apoio na
navegação pretendida, e que atenda aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos na
Resolução Normativa nº 05 – ANTAQ, na legislação complementar e nas normas regulamentares per-
tinentes e, quando for o caso, nos Tratados, Convenções e Acordos Internacionais, enquanto vincula-
rem a República Federativa do Brasil.

A autorização terá vigência a partir da data de publicação do correspondente Termo de Autorização e


é vedada a transferência da titularidade de sua outorga.

Como Se Deve Solicitar A Outorga De Autorização?

O pedido de autorização deverá ser formalizado pela empresa requerente em requerimento cujo mo-
delo se encontra disponível no sítio da ANTAQ, nos termos dos ANEXOS A e B desta Norma, o qual
deverá ser enviado à ANTAQ juntamente com os documentos relacionados nos ANEXOS C e D.

Descrição Dos Tipos De Embarcações

Alvarenga
(ou Pontão)

Os dois nomes podem se referir à uma plataforma flutuante sem propulsão.

Batelão

São embarcações robustas, construídas em madeira ou em aço com fundo chato, empregadas para
desembarque ou transbordo de carga nos portos.

Barca

No século XX, este termo é utilizado para classificar embarcações de convés chato e propulsão à má-
quinas.

No passado, pode ter sido usado para designar embarcação à vela com três mastros.

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NAVEGAÇÃO

Barcaça

Barco motorizado com convés amplo e pouco casario.

Também é classificado como barcaça, um barco à vela utilizado largamente no transporte de passa-
geiros e sal entre os estados do Nordeste e região Sudeste.

Bergantim

Pequeno veleiro utilizado nos séculos XVIII e XIX, principalmente para o comércio e transporte em rotas
pequenas. Possuía dois mastros e gurupés.

Com a necessidade de navios maiores, no final do século XVIII, surgiram Bergatins com três mastros.

Brigue

Veleiro de dois mastros e gurupés, muito utilizado no comércio.

Também era utilizado como embarcação armada, podendo carregar até vinte canhões.

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NAVEGAÇÃO

Caravela

A partir do século XV, foi o navio preferido entre os exploradores espanhóis e portugueses. As primeiras
caravelas eram pequenas, pesando em média entre 35 e 90 toneladas, podendo-se chegar à 180 to-
neladas na sua maior versão.

Utilizava três mastros, tinha casco arrendondado e popa alta. Por volta de 1575, foram substituídas
gradualmente por Naus e Patachos.

Cargueiro

Navio utilizado no transporte de carga variada, podendo possuir de um a quatro porões, localizados à
proa e popa da embarcação.

Nos cargueiros mais novos, como o Victory 8B, os porões se situam da proa à meia-nau.

Chata

Barco de serviço, utilizado em águas tranquilas por ter pouca navegabilidade, podendo ou não ser
motorizado.

Clíper

Muito utilizado no século XIX em longas rotas de comércio. Navios longos e com mastros muito altos,
tendo sido seus representantes mais famosos os Tea Clippers ingleses.

Foram substituídos por navios à vapor no final do século XIX.

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Corveta

Desenvolvido por volta de 1800 como navio de escolta leve, carregava cerca de vinte canhões. Eram
construídos em cima das características das Fragatas.

Algumas Corvetas espanholas as vezes transportavam tesouros.

Cúter

Muito utilizado pela Guarda Costeira Americana no serviço de patrulha, por se tratar de embarcação
rápida e de fácil manobra.

Apareceu no século XVII, sendo um veleiro de pequeno porte e com só um mastro.

Draga

Tipo de embarcação própria para retirar material e sedimentos do fundo de rios, lagos, mares e espe-
cialmente no aprofundamento de canais.

Iate Navio à vela, de mastreação constituída de gurupés e 2 (dois) mastros, em geral inteiriços, com
velas latinas quadrangulares e gafefetopes. Embarcação a vela ou a motor destinada a recreio ou re-
gata. Embarcação luxuosa, para transporte de pessoas em recreio.

Encouraçado

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Possuía as maiores armas e os mais resistentes cascos, o que possibilitava maior poder de fogo e
resistência ao ataque inimigo. Devido as suas características, era um navio lento, podendo chegar a
70.000 toneladas.

Após as duas grandes guerras onde exercera enorme influência, foi gradualmente substituído pelo
Porta Aviões como principal item da frota.

Escuna

Introduzida no começo do século XVIII, com diversas funções e utilizadas até hoje.

É um pequeno veleiro de casco de madeira com dois mastros e dotados de motorização.

Fragata

Navio de guerra ágil e de fácil manobra. Seu desenvolvimento iniciou no fim do século XVI e tornou-se
popular na metade do séculoXVII. Variava de tamanho entre 900 à 1700 toneladas, transportando de
36 a 72 canhões.

A partir de 1700, foi utilizado no transporte de grandes cargas de tesouro (ex : HMS Thetys em Arraial
do Cabo).

Galeão

Idêntico em construção à Nau, a única diferença está em ser ou não armados. Possuiam de três a
quatro mastros e não atingiam grandes velocidades.

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NAVEGAÇÃO

Em alguns casos, eram proibidos de carregarem carga com exceção à tesouros registrados. Eram
também utilizados como escolta para as Naus.

Galera

Combinava propulsão à vela com remos e foi utilizada por volta de 1450 A.C.

Iate

Navio a vela, de mastreação constituída de gurupés e 2 (dois) mastros, em geral inteiriços, com velas
latinas quadrangulares e gafefetopes.

Embarcação a vela ou a motor destinada a recreio ou regata. Embarcação luxuosa, para transporte de
pessoas em recreio.

Lancha

Embarcação de pequeno porte de propulsão a motor usada para navegação costeira de recreio, ou no
transporte de pessoas e/ou objetos e para outros serviços dentro dos portos. A maior das embarcações
miúdas empregadas em serviços a bordo dos grandes navios, usada para transportar objetos e pessoal
do navio para o porto e vice-versa, espiar os ferros e outras atividades. Qualquer embarcação miúda
com propulsão à motor.

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Lúgar

Antigo barco de pesca costeira movido por velas de casco de madeira. A configuração de suas velas
era realizada de acordo com a regionalidade.

Nau

Navio à vela desenvolvido no século XVI. Variava de tamanho entre 300 à 600 toneladas. Era utilizado
como transporte, tendo pouca ou nenhuma peça de artilharia.

Adicionando armamento, podia ser classificado como Galeão.

Navio de Desembarque

Tipo de embarcação largamente utilizada durante a segunda guerra. Possuia cabine de comando na
popa e toda a extensão do navio ficava destinada ao transporte de tropas e tanques. De pouco calado,
conseguia navegar em locais de baixissima profundidade até aportar em praias, onde as portas que se
situavam à proa eram abertas e a tropa ou os tanques desembarcavam. Após o fim do conflito várias
destas embarcações foram vendidas para uso no serviço civil. O naufrágio Rio Anil, afundado em Cabo
Frio, é um exemplo deste tipo de navio.

Palhabote

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Era utilizado no transporte de mercadorias na navegação de cabotagem.

Pequena embarcação de dois mastros.

Paquete

Costuma designar navios que faziam rotas regulares entre portos, carregando correspondência e mer-
cadorias. Em algumas ocasiões, também transportavam passageiros. Evoluiu do veleiro ao navio à
vapor, chegando atingir 150 metros de comprimento.

Em alguns casos, possuía duas formas de propulsão: hélice e vela. Foi utilizado até o início do século
XX.

Patacho

Variava de tamanho entre 40 e 100 toneladas.

Eram utilizados de diversas maneiras: transporte de pequenas cargas, reconhecimento, etc.

Começou à ser utilizado no fim do século XVI e possuía dois mastros.

Pesqueiro

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Embarcação de pequenas dimensões.

Normalmente de casco de madeira, utilizada em pescas costeiras.

Pesqueiro de Alto Mar

Navio equipado com equipamentos adequados para uma pesca mais longa e industrial.

Pontão (ou Alvarenga)

Os dois nomes podem se referir à uma plataforma flutuante sem propulsão.

Rebocador

Equipado com motor muito potente, é utilizado para dar assistência à navios em dificuldades, guiar e
auxiliar na atracagem.

São construídos em vários tamanhos.

Saveiro

Originário da região nordeste do Brasil, possui casco de madeira e dois mastros. Similar à Escuna.

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Submarino

Conhecidos como a "Arma Oculta", os submarinos foram largamente utilizados durante as duas guerras
mundiais.

Os submarinos alemães foram responsáveis por um grande número de perdas dos navios aliados e
por este motivo foram caçados em todos os mares.

Sumaca

De origem holandesa, foi bastante utilizada entre os seculos 16 e 17 na costa norte da Alemanha e nos
Mares Bálticos. Seu desenho espalhou-se por outros países, adquirindo características específicas.
Embarcação de uma vela, podia carregar de 20 a 100 toneladas de carga.

Transatlântico

Navio luxuoso, de grande dimensão, destinado ao transporte de carga e passageiros.

No fim do século 19 e inicio do século 20 também era responsável pelo transporte de mala postal.
Encontrado em diversos tamanhos e tipo de motorização.

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Vapor

Classificação genérica de navio com motorização movida à vapor. Pode ter casco de madeira, os mais
antigos, ou metálicos. A motorização à vapor possui uma diversidade muito grande de tipos, sendo os
mais comuns os Oscillating Engine, Double Expansion e Triple Expansion Engine. São os principais
tipos de naufrágios encontrados em nosso litoral.

Vapor de Rodas

Primeiro tipo de navio à vapor, sua propulsão era feita através de rodas de pás, localizadas em ambos
os bordos do navio: bombordo e boreste à meia nau.

Também eram equipados com velas devido à falta de confiança nas máquinas e dificuldade em se
conseguir carvão para alimentar as caldeiras.

Veleiro

Nome utilizado para designar, de forma geral, navios dotados de propulsão à vela.

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