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TREINAMENTO DE ESCAPE DE HELICÓPTEROS SUBMERSOS EM ÁGUAS

TROPICAIS

T HUET

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Regras da empresa

1. Respeite todos os sinais de advertência, avisos de segurança e instruções;

2. Durante os exercícios práticos do HUET, deverá ser usado o EPI adequado


(macacão, capacete e chinelo), e não permitido o uso de relógios, anéis, cordões,
piercings etc;

3. Não e permitido circular nas dependências do Centro de shorts ou minissaias,


camisetas sem mangas, sendo obrigatório o uso de calça comprida e de calçados
fechados.

4. Não transite pelas áreas de treinamento sem previa autorização. Use o EPI nas
áreas recomendadas;

5. Os alunos são responsáveis por seus objetos de valores. Armários com cadeado e
chaves estarão disponíveis. A ICN não se responsabiliza por quaisquer perdas ou
danos;

6. Só e permitido o fumo em áreas externas;

7. O indivíduo considerado sob efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas, será


desligado do treinamento;

8. Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados ou mantidos no


modo silencioso. Se necessário, use-o fora da sala de aula;

9. Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, como empurrões, discussões e


discriminação de qualquer natureza;

10. Os alunos devem seguir instruções dos funcionários do ICN durante todo o tempo;

11. Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa, somente


poderá ser obtida com previa autorização;

12. Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios práticos;

13. Se, por motivo de forca maior, for necessário ausentar-se durante o período de
treinamento. Seu período de ausência não poderá extrapolar o limite da carga horaria
da Disciplina, será motivo para desligamento;

14. A ICN garante a segurança do transporte dos alunos durante a permanência na


Empresa em veículos por ela designados, não podendo ser responsabilizada em caso
de transporte em veiculo particular;

15. Os Certificados/Carteiras serão entregues a Empresa contratante. A entrega ao


portador somente mediante previa autorização do responsável pela contratante. Alunos
particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e, quando aprovados,
recebem a Carteira do Treinamento;
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16. Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que intencionalmente
subtraírem ou danificarem equipamentos serão responsabilizados e tomadas as
providencias que o caso venha a exigir.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1.0 HISTÓRICO.......................................................................................................08

2.0 DEFINIÇÃO DE HELICÓPTERO ....................................................................09

3.0 FUNCIONAMENTO DO HELICÓPTERO.......................................................10


3.1 Explicação comum ou caminho mais longo......................................................11
3.2 Principais partes do helicóptero.........................................................................11
3.3 Rotor Principal....................................................................................................11
3.4 Sistema de transmissão.....................................................................................12
3.5 Comandos de Voo..............................................................................................12
3.5.1 Coletivo...............................................................................................................13
3.5.2 Cíclico ................................................................................................................13
3.5.3 Pedais ................................................................................................................14
3.5.4 Efeito anti-torque ................................................................................................14

4.0 SEGURANÇA NAS AERONAVES...................................................................16


4.1 Característica de segurança dos helicópteros.....................................................16
4.2 Procedimentos no check-in.................................................................................18
4.3 Itens que são proibidos a bordo.da aeronave.....................................................19
4.4 Brifing...................................................................................................................20
4.4.1 Brifing sobre segurança.......................................................................................20
4.4.2 Tópicos que devem ser tratados no brifing..........................................................22
4.4.3 Procedimentos antes do embarque.....................................................................26
4.4.4 Procedimentos embarcado/Durante a viajem.....................................................26
4.4.5 Instruções de segurança contida no cartão da aeronave....................................26
4.5.6 Procedimentos de desembarque da aeronave....................................................28

5.0 RISCOS EM OPERAÇÕES SOBRE A ÁGUA ................................................29


5.1 Riscos ambientais ................................................................................................29
5.2 Tipos de emergência com helicópteros ..............................................................29
5.3 Fatores causadores de fatalidades pessoais ......................................................30

6.0 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ...........................................................30


6.1 Queda com aviso .................................................................................................30
6.2 Abandono na superfície .......................................................................................32
6.2.1 Procedimentos de evacuação .............................................................................32
.

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7.0 BOTE / BALSA-SALVA-VIDAS INFLÁVEL ......................................................34
7.1 Palamenta ...........................................................................................................35
7.2 Lançamento e embarque na balsa .....................................................................36

8.0 EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA AERONAUTICA A BORDO .....................37


8.1 Equipamento de localização................................................................................38
8.2 Pirotécnico...........................................................................................................40
8.2.1 Foguete de sinalização........................................................................................40
8.2.2 Facho iluminativo manual luz vermelha (light stick)............................................41

9.0 TECNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR .....................................................42


9.1 Náufrago na água................................................................................................44

10.0 RESGATE NA ÁGUA .........................................................................................44


10.1 Recurso para resgate .........................................................................................44
10.1.2 Resgate por embarcação (FRB)..........................................................................44
10.1.3 Resgate por helicóptero.......................................................................................45

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INTRODUÇÃO

Atualmente os helicópteros são considerados um meio de transporte seguro. Os pilotos


são bem preparados para o trabalho. Fazem intensivo curso de formação e todos
realizam treinamento periódico em situação de emergência.

E reconhecido o fator humano prevalece na maioria dos episódios de acidentes


aeronáuticos. Com o aperfeiçoamento do helicóptero o fator material cada vez está
menos presente em resultados de investigações.

A experiência mostra que não há dois acidentes iguais envolvendo aeronaves, dessa
forma é impossível planejar cada contingência. No entanto o treinamento é de suma
importância para aumentar as chances de sobrevivência no caso de um sinistro,
embora não garanta completamente a sobrevivência das pessoas se houver queda do
helicóptero.

Estudos de acidentes ocorridos demonstram que os seguintes fatores agravam a


situação dos envolvidos:

- Desorientação;

- Pânico;

- Ignorância ou falta de conhecimento do equipamento de segurança a bordo e do


procedimento de emergência; e

- Falta de entendimento dos procedimentos de evacuação submersa.

Sobreviver ao impacto da queda não garante sobrevivência até a chegada do resgate.


As ações e respostas do acidentado é que vão determinar as chances pessoais de
sobrevivência.

Sobrevivência depende de:

- Conhecimento;

- Treinamento;

- Preparação; e

- Atitude.

“A sua sobrevivência dependerá de sua própria Atitude.”

“Esteja preparado e tenha o seu próprio plano de sobrevivência.”

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OBJETIVO DO CURSO

Este curso tem como propósito fornecer conhecimento para que os passageiros e
tripulação saibam como proceder na queda do helicóptero no mar e estejam aptos de
cuidar de si e de outros sobreviventes até a chegada do resgate.

PÚBLICO ALVO

Passageiros e tripulantes de helicópteros que trabalham em regime offshore.

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1. HISTÓRICO

A primeira ideia pouco prática de um helicóptero foi concebida por Leonardo da Vinci
no século XV, mas esquecida até a invenção do avião no século XX

Helixpetron

Desenvolvedores como Louis Breguet, Paul Cornu, Juan de La Cierva y Codorniu,


Émile Berliner, e Igor Sikorsky abriram caminho para este tipo de aeronave.

Em 1922 o engenheiro espanhol Juan de La Cierva projetou e testou com sucesso o


primeiro autogiro. Ao contrário do helicóptero que conhecemos hoje, o autogiro
necessita se deslocar, como um avião, que impulsiona o rotor ou asas rotativas livres.

A sustentação é obtida pelo deslocamento relativo com a massa de ar que aciona o


motor livre como um cata-vento. O rotor possui pás com o perfíl de aerofólios, ou seja,
com uma curvatura específica para obter a sustentação tal qual a asa fixa de um avião.
O deslocamento é obtido por meio de uma hélice, acionada por um motor com em um
avião convencional. O autogiro pode decolar e pousar em pistas bastantes curtas.

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Mas em 1938, o governo americano financia Igor Sikorsky – Inventor russo que fugiu
da Revolução Comunista (1917) – para desenvolver um modelo viável de aeronave
com asas rotatórias – o primeiro helicóptero funcional.

VS-300
Tripulantes: 01
Motor: Franklin 90Hp
Peso: 522 Kg
No início da década de 1940 Igor Sikorsky esteve na base do aparecimento do
Sikorsky R4. Em 1946, foi lançada a produção do Bell 47B, que atingia uma velocidade
de 140km/h, com duas pessoas a bordo.

Desta forma, o helicóptero é um meio de transporte que tem evoluído. Depois de ter
sido usado ora em termos civis, ora para fins militares, adquiriu um estatuto especial
entre outras formas de transporte. Acaba, assim, por se revelar fundamental para
situações de salvamento, de guerra ou mesmo como meio de transporte de luxo, bem
como o principal meio de transporte para indústria offshore.

2. DEFINIÇÃO DE HELICÓPTERO

Do grego hélix (espiral) e ptéryks (asa) — é uma aeronave de asas rotativas, mais
pesada que o ar, propulsada por um ou mais rotores horizontais maiores (propulsores)
que, quando girados pelo motor, criam sustentação e propulsão necessárias para o
vôo.

2.1 Vantagens e desvantagens

Comparando com os aviões, os helicópteros são muito mais complexos, mais caros na
compra e na manutenção e operam com reduzida velocidade, com pouca autonomia e
com pouca capacidade de carga. A vantagem obtém-se na capacidade de manobra:
helicópteros, pois eles podem parar, inverter a trajetória e, acima de tudo, podem
decolar e pousar com voo vertical. Dependendo do reabastecimento e da quantidade
de carga, um helicóptero pode viajar para qualquer lugar desde que haja espaço no
local de aterrissagem.
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3. FUNCIONAMENTO DO HELICÓPTERO

3.1 Explicação comum ou caminho mais longo

A explicação comum, ou do caminho mais longo, diz que a parte superior de uma asa
é mais curva que a parte inferior. As partículas de ar que se aproximam do bordo de
ataque da asa devem percorrer o caminho por cima ou por baixo da asa. Suponhamos
que duas partículas próximas se separem no bordo de ataque e se reagrupem depois,
no bordo de fuga da asa. Visto que as partículas que se deslocam na parte superior
percorrem uma distância maior em igual tempo, elas devem se mover mais
velozmente.

O princípio de Bernoulli, um fundamento da dinâmica dos fluidos, define que, conforme


aumenta a velocidade de fluxo do fluido, diminui sua pressão. A explicação do
caminho mais longo (igual tempo de trânsito) deduz que esse ar que se desloca mais
rápido desenvolve menor pressão na parte superior, ao passo que o ar com
deslocamento mais lento mantém maior pressão na parte inferior da asa. Essa
diferença de pressão basicamente “empurra" a asa para cima.

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3.2 Principais Partes do Helicóptero

3.3 Rotor Principal

O rotor principal é a parte mais importante do helicóptero. Ele fornece a sustentação


que faz o helicóptero voar e também é o controle que permite mover o helicóptero
lateralmente, fazer curvas e mudar de altitude.

Para lidar com todas essas tarefas, o rotor precisa ser muito forte. Ele deve ser capaz
de ajustar o ângulo das pás do rotor a cada giro do cubo do rotor. A ajustabilidade é
fornecida por um dispositivo chamado conjunto do prato oscilante, como mostrado
nesta fotografia:

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O conjunto do prato oscilante tem duas funções principais:

Quando o comando coletivo é acionado, o conjunto do prato coletivo pode mudar o


ângulo das pás simultaneamente. Isto aumenta ou diminui a sustentação que o rotor
principal fornece ao helicóptero, permitindo que ele ganhe ou perca altitude.

Quando o comando cíclico é acionado, o conjunto do prato oscilante pode mudar o


ângulo das pás individualmente. Isso permite que o helicóptero se mova em qualquer
direção em um círculo de 360º, incluindo movimentos para frente, para trás, para a
esquerda e para a direita.

3.4 Sistema de Transmissão

Está montada na seção central do helicóptero sobre uma placa adaptadora,


entre o motor e o rotor principal, tendo como principal finalidade reduzir a
RPM para os seus diversos acessórios, tais como: rotor principal e rotor de
cauda, ventoinha (que também pode ser acionada por um motor elétrico),
geradores principal e do taquímetro (conta-giros). Usa o mesmo óleo do motor com
uma temperatura mais elevada. É composta basicamente por: Embreagem,
Unidade de roda livre, Conjunto planetário de redução (caixa redutora) e
Parafusos de cisalhamento.

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3.5 Comandos de Voo

3.5.1 Coletivo

Localizado do lado esquerdo dos pilotos, tem por finalidade aumentar de uma só vez,
isto é, coletivamente o passo das pás do rotor principal, provocando um aumento na
força de sustentação em todas as pás simultaneamente.

3.5.2 Cíclico

Funcionamento semelhante ao manche, seu congênere no avião, o cíclico pode se


mover em todas as direções. Seu acionamento, no entanto, determina a alteração, de
forma diferente, do passo das pás durante cada volta.

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3.5.3 Pedais

Os pedais de direção, ou pedais anti-torque, são comandados pelos pés do piloto para
mudar o passo das pás do rotor de cauda, com a finalidade de controlar o efeito do
torque do rotor principal e dar direção à aeronave.

3.5.4 Efeito Anti-Torque

Quando se aplica a potência sobre o rotor para fazê-lo girar, constata-se que a
fuselagem tende a girar "em torno do rotor" no outro sentido: é a lei física da ação e da
reação, cujas principais manifestações são:

- Quando um fusível dispara um projétil, ele o empurra para frente por força dos gases
liberados pela pólvora, mas sofre um esforço igualem sentido contrário, "o recuo".

- Uma turbina de avião empurra para trás grande quantidade de gases o que provoca
sobre ele próprio um empuxo para frente: é a propulsão a jato.

- Os pilotos sabem que nos aviões à hélice com motor possante, é preciso ter cuidado
com a tendência do avião a girar em torno da hélice quando se libera a potência: é o
torque que é compensado pela ação dos ailerons.

Do mesmo modo, o Helicóptero tende a girar em torno de seu rotor, em sentindo


contrário, quando se aplica a potência: é preciso pois, aplicar medidas especiais para
estabilizar a aeronave em guinada.

Diversas fórmulas foram adotadas: utilização de dois rotores girando em sentido


contrário, o que neutraliza os torques de reação. Existem também os modelos com
rotores coaxiais, em tandem, lado a lado etc.

Mas a solução mais comumente utilizada, em virtude de sua simplicidade, é a fórmula


da hélice anti-torque na traseira (rotor de cauda).

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Comandos de Vôo

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4. SEGURÂNÇA NAS AERONAVES

4.1 Características de Segurança dos Helicópteros.

Com grande frequência, o primeiro contato que uma pessoa tem com a atividade
offshore, envolve voar de helicóptero.

Existem muitos tipos helicópteros diferentes em operação na indústria offshore e o tipo


usado em uma circunstância particular, será determinado pela sua capacidade de
carga, trabalho que está envolvida e o seu alcance.

Exemplos de helicópteros em uso: Sikorsky, Westland, Bell, Tiger, Puma, Dauphin e


Bolkow .

Sikorsky - S-76A/C SUPER PUMA

Eurocopter DAUPHIN AgustaWestland AW 139

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O alcance da operação dependerá diretamente da capacidade de combustível do
helicóptero, mas também será afetado pelas condições meteorológicas, pelo peso de
sua carga e a disponibilidade de reabastecimento, quando aplicável.

Para os helicópteros que operam no meio offshore, são exigidos que possuam dois
motores e se não possuírem um design anfíbio com flutuabilidade, que sejam providos
com flutuadores infláveis ou fixos.

As aeronaves que fazem vôos transoceânicos são operadas pelo piloto e o co-piloto
devidamente habilitados pela autoridade aeronáutica.

Todo piloto, necessita obter Licenças e Certificados de Habilitação Técnica específicos,


para poder atuar na respectiva atividade, no âmbito da Aviação Civil. Para isso, são
elaboradas provas que avaliam o conhecimento teórico dos profissionais, com o
objetivo de certificá-los para o mercado de trabalho.

O helicóptero é um dos meios de transporte de pessoal e de carga para instalação


offshore. Ele é a maneira mais rápida e eficiente de transporte e sem ele a vida
offshore seria difícil e substancialmente menos eficiente.

É vital, e um requerimento legal e da companhia, que passageiros que viajam a bordo


de um helicóptero tenham briefing antes de casa voo.

A segurança de voo é responsabilidade de todos envolvidos no voo, desde o pessoal


das empresas operadoras, equipes de manutenção, tripulação da aeronave, pessoal de
apoio nos aeroportos e nos helipontos das unidades marítimas bem como dos
passageiros.

Todos nós temos limites que não podem ser superados. Conhecendo-os e respeitando-
os certamente estaremos reduzindo a contribuição do fator humano no acidente.

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4.2 Procedimentos no Check-in

- Esteja no aeroporto no horário recomendado;

- Traga os documentos corretos;

- Use mochilas ou bolsas macias de preferência;

- Obedeça os limites de dimensões de peso e medida da bagagem;

- Evite ou minimize artigos soltos dentro do helicóptero (livros, revistas,


eletrônicos etc)

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4.3 Itens que são proibidos a bordo da aeronave:

Durante o procedimento de chek-in é explicado que certos itens são proibidos a bordo
da aeronave ou da instalação offshore.

Itens que não devem ser carregados a bordo da aeronave:

• Arma de fogo

• Drogas

• Ácidos e substâncias corrosivas

• Líquidos ou sólidos inflamáveis

• Garrafas de gás

• Explosivos

• Material radioativo

• Material magnético

• Materiais tóxicos e venenosos

• Equipamento rádio transmissor

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Materiais necessários para o trabalho especializado a bordo devem ser transportados
de modo apropriado.

Em caso de dúvida, perguntas serão dirigidas ao chefe de equipe, controlador de


materiais, a administração e ao encarregado da decolagem e pouso da aeronave.

Antes do embarque o passageiro deve se assegurar que o mesmo se encontra em


boas condições físicas e mentais. Tenha em mente que a ingestão excessiva de álcool
poderá resultar na proibição do embarque. Isto não é somente para o benefício próprio,
mas também para a segurança dos demais que estarão voando. A conduta de um
indivíduo pode afetar a segurança e o bem-estar dos demais.

4.4 Briefing

O vocábulo de origem inglesa significa curto relatório ou instrução. Na linguagem


offshore, refere-se à pequena reunião que precede o transporte aéreo, marítimo, ou
realizada na chegada à unidade marítima.

4.4.1 Briefing sobre segurança:

Antes da decolagem, os passageiros assistem a um vídeo, na forma de uma palestra,


de uma explanação ou de um briefing de pré-vôo no próprio helicóptero, no qual são
explicados os procedimentos para o embarque, o transporte e o desembarque na
plataforma. São fornecidas informações sobre os procedimentos e equipamentos de
emergência.

O briefing pode ser realizado de várias formas:

- Vídeos,

- Cartões;

- Piloto;

- Técnico de Segurança (da unidade de terra).

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Vídeos Briefing do Piloto

Cartões

Objetivo: Conscientizar de que a segurança no transporte não pode se negligenciada.

Lembre-se:

“O que está em jogo é a sua vida e a de seus companheiros.”

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4.4.2 Tópicos que devem ser tratados no briefing:

- Aproximação/Afastamento – Autorização;

- Áreas perigosas em torno do helicóptero;

- Acionamento de saídas de emergência;

- Utilização dos Cintos de Segurança;

- Utilização e Operação dos Equipamentos de Emergência;

- Utilização de Proteção Auricular;

- Utilização dos coletes salva vidas;

- Ações de Emergência;

- Carregamento de cargas perigosas;

- Fumo;

- Restrições Médicas.



PERIGO





 Aproximação Aproximação
 Segura Segura




PERIGO





 PERIGO


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Aproximação/Afastamento – Autorização

Áreas perigosas em torno do helicóptero

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Utilização de Proteção Auricular

Utilização dos coletes salva vidas

IMPORTANTE

“Não infle o colete a bordo para que não haja obstrução em caso de fuga”.

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Acionamento de saídas de emergência Cintos de Segurança

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4.4.3 Procedimentos antes do embarque:

• Aproximar-se do helicóptero, quando for autorizado (braço estendido e polegar


para cima).

• Na aproximação, se abaixe levemente enquanto se desloca, se o rotor principal


estiver funcionando.

• Os maiores perigos se encontram no rotor da cauda, pela sucção e na parte de


vante e de ré, por causa da inclinação do rotor principal.

• Tomar cuidado com a descarga dos motores do helicóptero.

• Não deixe objetos soltos durante o embarque: casacos, bonés, cachecol e etc.

• Se embarcar com objetos compridos, fazê-lo na horizontal.

4.4.4 Procedimento embarcado / Durante a viagem:

• Sentar-se e ajustar os cintos de segurança.

• Manter os aparelhos eletrônicos desligados, até segunda orientação.

• Usar o protetor auricular se for o caso.

• Não fumar.

• Manter o cinto de segurança afivelado, durante todo o vôo.

Durante a viagem, o passageiro vai completar as informações de segurança, com a


leitura do cartão de instrução do assento, localizando visualmente e observando os
itens listados no cartão.

4.4.5 Instruções de segurança contidas no cartão da aeronave:

• O tipo do helicóptero.

• A forma da aeronave.

• A posição e o método da operação de todas as saídas de emergência.

• A rota a ser utilizada do seu assento até a saída de emergência.

• A posição e operação das balsas salva-vidas infláveis.

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• A posição do kit de primeiros socorros.

• Os procedimentos que devem ser seguidos em caso de emergência.

• A localização dos equipamentos de emergência a bordo.

• A posição de impacto, recomendada para o tipo de helicóptero.

O Piloto ou co-piloto poderá transmitir para os passageiros, via fones de ouvido,


informações sobre o tempo de vôo, sobre as condições meteorológicas, sobre a rota e
instruções de emergência.

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4.4.6 Procedimentos desembarcando da aeronave:

• Aguardar a ordem para desembarcar.

• Retirar o cinto de segurança.

• Se deslocar conforme orientação do piloto/co-piloto.

• Se deslocar levemente abaixado.

• Tomar os mesmos cuidados com objetos soltos e a bagagem pessoal.

• Tomar cuidado com a corrente de vento do helicóptero, quando desembarcar.

Um perigo real que existe durante a operação de pouso e decolagem, é a corrente de


vento criada pelo rotor principal e que aumenta com a aproximação do helicóptero com
o solo.

Em algumas instalações, os passageiros permanecem no interior da estrutura até que


a aeronave tenha pousado. Entretanto em algumas instalações, os passageiros
aguardam nas escadas que levam ao heliponto e neste caso esta corrente de vento
pode significar perigo, soprando na direção de casacos que estão parcialmente abertos
e sobre a superfície de objetos que estão sendo transportados no sentido transversal
(maior área de exposição) e objetos como parafusos e porcas que podem ser impelidos
pelo vento na direção de uma pessoa.

Em ambos os casos de embarque e desembarque do helicóptero, as instruções dos


encarregados dos helipontos, dos membros da tripulação deverão ser seguidas.

Em alguns casos, após o pouso, o passageiro não deve abrir as portas do helicóptero,
este é o trabalho do encarregado local pelo pouso. Não remova o cinto de segurança
ou deixe a aeronave até ser instruído. Uma vez fora da aeronave, não fique
divagando,recolha a sua bagagem, se necessário e se afaste da área de pouso
imediatamente e de maneira ordenada.

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5. RISCOS EM OPERAÇÕES SOBRE A ÁGUA

5.1 Riscos Ambientais

Há dois tipos de riscos ambientais que precisam estar atentos:

- Tempo; e

- Condições marítimas.

Os instrumentos meteorológicos sofisticados atuais reduzem substancialmente uma


das causas diretas de quedas. A baixa visibilidade é uma causa potencial que pode
causar dificuldade ao piloto.

Ao entrar em um helicóptero é necessário familiarizar-se diretamente com a localizão


das saídas, formas de chegar até elas e o que fazer caso surja uma emergência.

O Estado do mar que prevalece no momento da queda pode afetar a estabilidade do


helicóptero. O peso do motor, da transmissão e do rotor principal, localizados na parte
alta da aeronave, elevará o seu centro de gravidade antecipando a probabilidade de
inversão do helicóptero.

5.2 Tipos de Emergências com Helicóptero.

A operação de um helicóptero é hermeticamente controlada, por esta razão que voar


de helicóptero é considerado uma forma muito segura de transporte. Se durante um
vôo acontecer uma emergência, geralmente vai ser muito tarde para que as pessoas se
preparem para esta emergência.

Então as responsabilidades dos passageiros dizem respeito à familiarização com as


informações contidas nas instruções do cartão de emergência e o correto procedimento
para escapar do helicóptero.

As principais emergências que podem acontecer durante um vôo de helicóptero são as


seguintes:

• Falha no motor.

• Falha no sistema elétrico, mecânico e de lubrificação.

• Vibração anormal por falha mecânica

• Fogo no interior do helicóptero

• Fogo no motor

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5.3 Fatores Causadores de Fatalidades Pessoais

Em muitos acidentes as pessoas sobrevivem ao impacto da colisão, mas depois


algumas fatalidades pessoais acontecem por razões que poderiam ser evitadas:

- Cinto fora da posição;

- Evacuação desordenada – aguardar as instruções da tripulação;

- Desorientação embaixo d`água – visibilidade, equilíbrio, gravidade, orientação


e fôlego; e

- Exposição – elementos naturais.

6. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

A partir do momento em que o piloto de helicóptero declara “Emergência no


Helicóptero” até que você tenha adotado a posição de impacto, lembre-se do seu
cheque list e aja de acordo.

Há dois cenários possíveis:

- Queda com aviso: notícia com mais de 60 segundos; e

- Queda sem aviso: preparar para impacto.

6.1 Queda com Aviso

A preparação para a queda com aviso consiste de 5 passos. Eles são designados para
prevenir problemas e eliminar riscos a você e outros passageiros, preparando-os
mentalmente para o impacto.

Os passos são:

- Cintos de segurança;

- Identificar saídas;

- Itens soltos;

- Colete salva-vidas; e

- Posição do corpo (preparar para o impacto).

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Em todas as situações, as ações tomadas para preparar para o impacto são similares e
o piloto pode não ter tempo para instruir os passageiros, então:

• Permaneça calmo e controlado.

• Retire objetos pontiagudos (canetas, prótese dentária, óculos e etc.) e coloque


no bolso do assento a sua frente.

• Certifique que o cinto de segurança está bem preso.

• Prepare o colete inflável para ser utilizado. Dependendo do modelo de colete


inflável que você está vestindo, vai haver a necessidade que você retire o
mesmo da pochete que está presa a cintura e passe a sua gola pelo pescoço.

• Nunca infle o colete salva-vidas inflável no interior do helicóptero.

• Se certifique que os seus pés não estão embaixo do seu assento e nem do
assento da frente (os assentos podem colapsar no impacto).

• Adote a posição de impacto, prescrita para esse helicóptero na instrução do


cartão de segurança, para proteger a cabeça, face, tórax e pernas.

• Se o tempo não permite realizar totalmente as tarefas descritas anteriormente


então, mantenha o cinto de segurança afixado e tome a posição de impacto.

• Não abra as saídas de emergência até que seja instruído pelo piloto/co-piloto, na
ausência das instruções do piloto ou por iniciativa própria, mesmo quando o
helicóptero estiver seguramente flutuando. As portas e janelas quando ejetadas
muito cedo, podem transformar um pouso forçado controlado na água em um
desastre.

• Após o impacto, tome a posição anterior no assento com o tórax estendido e


libere o cinto de segurança, na sequência se dirija para a saída de emergência
indicada.

• No caso do helicóptero virar, use as pernas para dar um suporte adicional.


Aguarde e obedeça as instruções do piloto/co-piloto.

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6.2 Abandono na Superfície

Uma vez que a saída de emergência designada tenha sido aberta, a balsa salva-vidas
pode ser deflagrada. Em alguns casos, este procedimento pode acontecer
automaticamente e se o lançamento for manual, deverá ser executado pelo piloto/co-
piloto ou pelo passageiro.

Uma vez deflagrada, a balsa será mantida próxima a porta de emergência pelo cabo de
acionamento, com a finalidade de facilitar o embarque. Os passageiros que estão no
interior, devem seguir as instruções emanadas e se moverem para a porta de saída, de
maneira ordenada para não comprometer a estabilidade do helicóptero.

6.2.1 Procedimentos de Evacuação

- Determinado pela tripulação;

- Parada da aeronave - Mantenha-se sentado;

- Aguardar instruções da tripulação – aeronave estabilizada;

- Checar se os rotores pararam;

- Liberar o cinto e dirigir-se para a saída quando determinado;

- Soltar e lançar a porta de saída;

- Lançar e ocupar as balsas – remover equipamento de emergência e


sobrevivência;

- Retire e leve os equipamentos eletrônicos de emergência (EPIRB, ELT);

- Sair ordenadamente para as balsas;

- Iniciar as ações primárias na balsa inflável;

- Reunir sobreviventes;

- Procurar equipamentos que flutuem; e

- Na água adotar procedimentos de sobrevivência.

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6.3 Escape submerso

Se possível a saída de emergência deverá ser ejetada anteriormente ao


emborcamento. Na impossibilidade de um membro da tripulação abrir as saídas de
emergência, os passageiros deverão realizar esta de baixo d’água, com a inundação
da aeronave, a pressão interna d’água irá se igualar a externa. Esta não é a melhor
hora para ler as instruções de como abrir as saídas de emergência, então com os olhos
abertos, poderão ser vistas as fileiras de luzes ativadas pela água, que indicam a
saída.

Uma vez embaixo da água e de cabeça para baixo, as pessoas irão experimentar uma
desorientação e por isso é importante que previamente o passageiro se familiarize com
o sentido de liberação do cinto de segurança (para direita ou esquerda) e o sentido de
liberação das saídas de emergência.

As atitudes que se deve adotar para a realização de um escape submerso são as


seguintes:

 Posicione uma das mãos no mecanismo de liberação do cinto de segurança.

 Se posicione com o outro braço, apoiado no caminho da saída.

 Endireite o seu corpo.

 Tome uma respiração profunda, antes da submersão das vias respiratórias.


 Permaneça na posição até que o movimento do helicóptero cessar.
 Abra a saída de emergência, aguardem alguns segundo se tiver alguém na sua
frente abrindo a mesma.
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 Soltar o cinto de segurança (cuidado com a cabeça, pescoço, lesões na parte
posterior do tórax, se a cabine não estiver totalmente submersa).
 Use as duas mãos para se impelir no sentido e através da saída. Não nade e
nem dê pontapés. É mais fácil a pessoa se puxar através do compartimento no
sentido e através da saída do que nadar.
 Proteja a cabeça e a face, e infle o colete na superfície.
 Adote a posição de flutuação apropriada ou nade para embarcar na balsa salva-
vidas.

7. BOTE/BALSA SALVA-VIDAS INFLÁVEL

As balsas salva-vidas dos helicópteros são similares na construção às balsas em uso


nas plataformas, sendo na cor amarela. Estas balsas são bem mais leves na
construção e são estocadas em bolsas de PVC. A sua estivagem no interior do
helicóptero, pode variar dependendo do tipo de helicóptero. Os passageiros devem se
certificar da sua localização, conforme explicado anteriormente pela leitura do cartão de
segurança do helicóptero.

O seu piso está localizado entre as duas câmaras de flutuação e algumas balsas
podem ser deflagradas em qualquer posição, já que a cobertura é acondicionada em
volta da balsa e pode ser levantada em qualquer direção (para cima/baixo). Os
equipamentos podem ser recuperados por um cabo (palamenta, cilindro de CO2 ).

Balsa salva-vidas Balsa estivada no helicóptero

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7.1 Palamenta

O equipamento a seguir esta disposto nas balsas de bordo para uso em situação de
emergência. Esse equipamento deve estar disponível conforme determinado pelas
exigências dos organismos internacionais.

- Água potável para sobrevivência; - Saco para coleta d´água;

- Ração Sólida; - Tira de reboque;

- Âncora Flutuante; - Tiras retro-reflectivas.

- Apito;

- Aro Flutuante;

- Bomba Manual;

- Bússola;

- Canivete Flutuante;

- Toldo;

- Foguetes de Sinalização;

- Cilindro de CO2;

- Espelho Sinal / Metal / Vidro;

- Estojo de pesca;

- Estojo de reparos;

- Esponja;

- Lanterna de mão;

- Lâmpada para lanterna;

- Livreto de instrução;

- Luz de localização;

- Manual de sobrevivência;

- Pilhas;

- Pó marcador de mar;

- Remo;

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7.2 Lançamento e embarque na balsa

1. A balsa pode ser deflagrada automaticamente, por um membro da tripulação ou


por um passageiro;

2. Retire a balsa do seu local;

3. Retire a proteção do cabo de acionamento;

4. Prenda o cabo de acionamento e lance a balsa para fora do helicóptero;

5. Puxe o cabo de acionamento, na sequência a balsa irá se deflagrar;

6. Reunir o pessoal perto da balsa salva-vidas;

7. Com a balsa na proximidade, embarque diretamente no seu interior (tenha em


mente que este tipo de balsa é menos resistente);

8. Corte o cabo de acionamento e se afaste uma distância segura do helicóptero.

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8. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA AERONÁUTICA A BORDO

Os helicópteros comerciais que fazem vôo sobre a superfície do mar carregam certos
equipamentos de emergência, que na ocorrência de emergências, são empregados
para contingenciar as emergências e para a segurança dos passageiros e tripulantes.

Extintor de incêndio:

O uso segue os mesmos parâmetros, do que é ministrado


nos cursos básicos, ressaltando que o seu uso deve ser o
mais eficiente possível, em função das circunstâncias

Kit de primeiros socorros:

Importante conhecer como usar e a sua


localização

8.1 Equipamento de localização

Os helicópteros possuem um equipamento que emite sinais para os satélites COSPAS-


SARSAT, de modo similar a EPIRB. O ELT fica acondicionado em local especifico no
interior do helicóptero. Quando os integrantes de um helicóptero se encontram em
jornada de sobrevivência, uma das tarefas é justamente acionar o elt para que os
náufragos sejam detectados via satélite e sejam resgatados com a maior brevidade

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Rádio baliza de Localização da Posição em Emergência

TLE (ELT) – 406 MHz (de uso aeronáutico)

EPIRB – 406 MHz (de uso marítimo)

COSPAS – SARSAT

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8.2 Pirotécnicos

Os pirotécnicos devem ser manuseados com cuidado, pois eles podem ser muitos
perigosos se usados fora da instrução ou por brincadeiras de mau gosto.

Leia sempre as instruções cuidadosamente e trate-os com respeito.

8.2.1 Foguete de sinalização

Para situação que exijam que um sinal seja visto a média e longa distância, o foguete
paraquedas deve ser usado. A cerca de 300m de altura, ele libera um artefato que
desce aceso suspenso por um paraquedas e queima durante, no mínimo, 40 segundos
produzindo luz vermelha intensa (30.000 cd). A vantagem da altura é que ela aumenta
a distância e o sinal pode ser visto em boas condições de visibilidade até uma distância
de 45 milhas. Entretanto uma parte da precisão fica sacrificada uma vez que o artefato
é colocado pelo vento. Um foguete paraquedas nunca pode ser usado se aeronaves
estiverem nas proximidades, pois são uma ameaça a segurança das mesmas. Eles
poderão, no entanto, permitir que qualquer embarcação na área da busca se oriente no
rumo a seguir, aproximando-se dos sobreviventes que podem, então, usar outros
meios de atrair atenção. Apropriado para o uso noturno, mas durante o dia em
condições especiais, tais como dia nublado ou ao anoitecer, esse pirotécnico poderá
também ser utilizado.

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8.2.2 Facho Iluminativo Manual Luz Vermelha (light stick)

Esse tipo de sinal pode ser usado também de dia em condições especiais ou
propriamente à noite para indicar posição a qualquer unidade que possa prestar apoio
de resgate que estiver razoavelmente próximo aos sobreviventes.

O artefato queima como uma luz vermelha extremamente brilhante que dura no mínimo
60 segundos, podendo ser vista, em boas condições de visibilidade, até uma distância
de 5 milhas.

Produz, além da luz, fumaça e fagulha incandescentes, portanto, quando usá-lo em


uma balsa inflável, faça-o a sota-vento evitando o risco de furá-la com as fagulhas e em
todos os casos, afaste-o do rosto e evite olhar diretamente para chama que pode ser
prejudicial aos olhos e levar a uma cegueira temporária.

Se o regate proceder de outra embarcação no mar, a eficiência de qualquer artefato


manual sobre longas distâncias fica muito dependente da altura das ondas e condições
de visibilidade.

As chances de resgate pelo ar, entretanto, aumentam com o uso desses recursos.

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9. TECNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR

9.1 Náufrago na água

A maior causa de morte em sobrevivência no mar é a hipotermia por imersão.


Hipotermia pode ser definida como a diminuição da temperatura do corpo causada pela
exposição do naufrago a ambientes frios, principalmente no caso de imersão em água
fria.

Antes mesmo de o náufrago enfrenta os problemas decorrentes da hipotermia, poderá


sofrer o choque térmico inicial, que pode ocasionar a morte da pessoa que tenha que
se lançar na água. As roupas adicionais reduzirão este efeito.

A roupa, portanto, representa o primeiro elemento da proteção do náufrago. Assim,


deve-se abandonar a unidade apropriadamente vestido.

A velocidade de resposta é a chave para o resgate com vida de uma pessoa que esteja
na água. Dependendo da temperatura da água, a imersão de alguns minutos pode ser
suficiente para matar uma pessoa por hipotermia. Para se ter uma estimativa do tempo
de sobrevivência de uma pessoa imersa na água, sem proteção adequada, de acordo
com a temperatura do meio aquático, podemos consultar o quadro que se segue.

ESTIMATIVA DO TEMPO DE
TEMPERATURA DA ÁGUA (˚C) SOBREVIVÊNCIA DE UMA PESSOA
IMERSA NO MAR (HORAS/MINUTOS)
ABAIXO DE 1,6 MENOS DE 15 MINUTOS
1,6 a 4,4 MENOS DE 1h 30min
4,4 a 10 MENOS DE 3h
10 a 15,6 MENOS DE 6h
15,6 a 21,1 MENOS DE 12h (DEPENDENDO DA
RESISTÊNCIA INDIVIDUAL)
ACIMA DE 21,1 INDEFINIDO (DEPENDENDO DA
FADIGA DO HOMEM)

A pessoa que estiver dentro da água também de adotar os procedimentos adequados


com o objetivo de reduzir a perda de calor do seu corpo. Ao contrário do que a maioria
das pessoas acham, quanto mais atividade física alguém fizer dentro da água, como
por exemplo nadar, mais calor irá perder e, consequentemente, menor será seu tempo
de sobrevivência.

Assim, a atitude correta para a pessoa que estiver dentro da água é reduzir os
movimentos, procurando proteger as áreas onde ocorre maior perda de calor do corpo,
ou seja, cabeça, pescoço, axilas e virilha.
Havendo algum objeto com flutuabilidade nas proximidades, a pessoa deve procurar
utilizá-lo como uma boia, a fim de retirar a maior parte do corpo possível de dentro da
água.
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Lembre-se, a água rouba calor cerca de vinte e quatro vezes mais intensamente que o
ar na mesma temperatura, em decorrência de sua condutividade térmica.
A pessoa dentro da água não deve retirar as roupas, pois a água que fica contida entre
as vestimentas e o corpo rapidamente adquire a temperatura corporal, funcionando
como um isolamento térmico.

A melhor atitude da pessoa dentro da água é não nadar e aguardar que a embarcação
venha até seu encontro e faça o salvamento. Para reduzir a perda de calor, é
importante que a pessoa adote a posição HELP (figura 01). No caso de um grupo de
pessoas na água, a melhor posição para ser adotada é a posição agrupada (figura 02).

HELP HUDDLE

Figura 01 Figura 02

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10. RESGATE DA ÁGUA

10.1 Recurso para Resgate

O resgate da tripulação de unidades aéreas sinistradas será definido por aquele


recurso que melhor e mais rápido possa atender, não obstante as condições do tempo
e do mar, considerando-se, nessa avaliação, a distância de unidades marítimas de
onde o recurso de resgate deverá ser requisitado.
A coordenação do resgate poderá definir por um dos seguintes recursos:

- Resgate por embarcação; e


- Resgate por helicóptero.

10.1.2 Resgate por Embarcação (FRB)

As instalações offshore possuem equipes e embarcações de resgate rápidas que


estarão prontas para serem acionadas podendo prover:

- Resgate de homem ao mar;


- Resgate de pessoal que caiu de uma instalação;
- Reboque da balsa inflável;
- Tarefas múltiplas de resgate;
- Resgate de pessoal de um helicóptero que sofreu uma queda.

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10.1.3 Resgate por Helicóptero

Quando empregado o helicóptero nas operações de resgate, utiliza-se dispositivo


especial para içar ou descer pessoas. Para o resgate a extremidade do cabo do
guincho poderá ser provida de um dos seguintes dispositivos:

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Cinta ou Sling de Resgate Cesta de Salvamento

Cesta de Salvamento Padiola de Salvamento – Maca Offshore

Assento de Salvamento

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Existem 4 importantes regras durante o processo de içamento por helicóptero:

1. Deixar o cabo aterrar (descarregar a eletricidade estática);

2. Não sentar no cabo;

3. Manter o cinto e o cabo do guincho a sua frente;

4. Não tentar ajudar o tripulante durante o embarque no helicóptero, pois isso pode
causar a sua queda do cinto.

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