Você está na página 1de 25

EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

1
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

OPERAÇÃO DE CARGA E
DESCARGA PORTUARIA

2
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Sumário
1. Introdução ................................................................................................................................................... 4
2. Definição ..................................................................................................................................................... 5
2.1 NR 29 ............................................................................................................................................................. 5
2.2 Carga e Descarga ........................................................................................................................................... 6
3. Medidas Preventivas .................................................................................................................................. 8
4. Carga e descarga com contêineres ................................................................................................................. 9
4.1 Medidas de Segurança................................................................................................................................ 10
4.2 (CPATP) ........................................................................................................................................................ 12
PCE ........................................................................................................................................................... 13
PAM .......................................................................................................................................................... 13
4.3 EPI´S ............................................................................................................................................................. 13
4.4 Importância dos EPI´S na Operação de Carga e Descarga ........................................................ 14
4.5 Sinalização ................................................................................................................................................... 15
4.6 Sinalização das cargas ................................................................................................................................. 16
4.7 Equipamentos e Acessórios para a Movimentação de Carga ................................................................... 21
5. Referência ................................................................................................................................................. 23

3
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

1. Introdução

Atualmente a falta de qualificação é uma das maiores


dificuldades enfrentadas pelo desempregado ou por quem está
empregado e deseja mudar o setor de trabalho. Entretanto os que
estão trabalhando precisam de capacitação regular ou reciclagem,
para se manterem atualizados ou até mesmo poder exercer novas
profissões. Ser operador de máquinas pesadas vai muito além do que
simplesmente operar, está ligado a compreender a importância da
segurança do trabalho e dos riscos a qual o trabalhador está exposto.
Os operadores devem ser dotados de informações as quais os
consciencializará a ter a conduta correta no ambiente de trabalho,
evitando futuras perdas, danos físicos, materiais e psicológico.
(CATTINO, 2002; LLORY, 1999; DWYER, 2000) o acidente
é considerado culpa do trabalhador, evento simples, unicausal,
produto do azar ou do acaso, fatalidade, evento negativo, produto do
erro humano decorrente do desrespeito às normas ou de decisões
conscientes dos operadores.

A partir desse paradigma a empresa (EPHOS) Saúde, Segurança e


Meio Ambiente, procura proporcionar a melhor experiência e
qualificação profissional para aqueles que optam pela vida e pelo
ambiente de trabalho seguro.

4
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

2. Definição

As operações portuárias são atividades logísticas complexas que tratam


de armazenagem, carregamento, administração e gerenciamento de estoque de
mercadorias e que necessitam utilizar transporte aquaviário dentro de um porto
organizado.

2.1 NR 29

Esta Norma Regulamentadora – NR-29 tem por objetivo estabelecer as


medidas de prevenção em Segurança e Saúde no trabalho portuário e as diretrizes
para a implementação do gerenciamento dos riscos ocupacionais nos ambientes
de trabalho alcançados por esta NR.

As disposições contidas na NR 29 se aplicam aos trabalhadores portuários em


operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores
que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso
privativo e retroportuárias, situados dentro ou fora da área do porto organizado.
Em resumo, compete aos operadores portuários, empregadores, tomadores de
serviço e Órgão de Gestão da Mão de Obra do Trabalho Portuário Avulso.
 Cumprir e fazer cumprir a NR 29;
 Fornecer instalações, equipamentos, maquinários e acessórios em bom estado e
condições de segurança, responsabilizando-se pelo correto uso;
Proporcionar a formação sobre segurança, saúde e higiene ocupacional no
trabalho portuário, conforme o previsto na NR 29;

 Responsabilizar-se pela compra, manutenção, distribuição, higienização,


treinamento e zelo pelo uso correto dos Equipamentos de Proteção

5
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), observado o


disposto na NR6;
 Elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –
PPRA no ambiente de trabalho portuário, observado o disposto na NR-9.
 Elaborar e implementar o Programa de Controle Médico em Saúde
Ocupacional – PCMSO abrangendo todos os trabalhadores portuários,
observado o disposto na NR-7.

Ao Trabalhadores:

 Cumprir a NR 29, bem como as demais disposições legais de segurança e saúde


do trabalhador;
 Informar ao responsável pela operação de que esteja participando, as avarias ou
deficiências observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a
operação;
 Utilizar corretamente os dispositivos de segurança – EPI e EPC, que lhes sejam
fornecidos, bem como as instalações que lhes forem destinadas.

2.2 Carga e Descarga

Em uma operação portuária, diversas atividades são executadas, incluindo a


de carga e a descarga dos navios.

Capatazia:

Consiste na movimentação das cargas realizada dentro do porto. Envolvem


rotinas como recebimento, conferência, abertura dos volumes para o processo
aduaneiro, transporte interno, movimentação, entrega da carga e descarga dos
navios.

6
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Estiva:

Trata-se da movimentação das cargas que ocorre nos porões ou nos


conveses dos navios. Aqui, estão envolvidas atividades de arrumação, transbordo,
peação, despeação, carga e descarga (realizados com equipamentos de bordo).

Conferência das cargas:

Etapa em que é feita a contagem dos volumes e o registro de informações


relacionadas a eles (características, procedência e destino, por exemplo).
Também se realiza a análise do estado de conservação das cargas, a conferência
do manifesto e assistência à pesagem nas operações de carga e descarga dos
navios.

Conserto de carga:

Ocorre quando é necessário realizar o reparo nas embalagens que


acondicionam as cargas. Envolve operações de carga e descarga dos navios,
reembalagem, carimbagem, vistoria dos volumes abertos, etiquetagem e
recomposição.

Vigilância das embarcações:

Consiste na fiscalização da entrada e da saída de profissionais a bordo dos


navios atracados e da movimentação das mercadorias que ocorre dentro da
embarcação.

Bloco:

É a rotina de limpeza e conservação dos navios e suas instalações. Também


é o tratamento de ferrugem, da pintura, reparos e outros serviços referentes à
manutenção das embarcações.

7
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Processos de carga e descarga:

A movimentação da carga é feita em diferentes pontos do porto. Para otimizar a


rotina, busca-se planejar a atracação das embarcações nos locais mais próximos
da descarga e armazenagem.

Essas operações envolvem trabalhos com equipamentos de bordo, empilhadeiras,


transporte local e armazenamento (no pátio ou em local coberto). Também podem
ser realizadas diretamente da embarcação, o que dispensa a movimentação
dentro do porto.

3. Medidas Preventivas

Em todas as operações de atracação, desatracação e manobras, devem ser


adotadas medidas preventivas, tomando os devidos cuidados para mitigar os
riscos de batidas, prensagem ou qualquer outro incidente que possa envolver os
trabalhadores e sua segurança.

Sistema de comunicação:

A norma demanda o uso de alguma forma de comunicação entre os trabalhadores


que estão no navio e os responsáveis (em terra) pela atracação da embarcação.

Segurança do trabalhador:

Todos os trabalhadores responsáveis pelas atividades devem usar coletes salva-


vidas, desde que sejam aprovados pela Diretoria de Portos e Costas.

Acesso às embarcações:

Todos os acessos às embarcações — como rampas e escadas, entre outros —


devem ser mantidos em bom estado de limpeza e conservação, além de ser
necessário contar com (e manter) superfícies antiderrapantes.

8
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Além disso, todas as rampas e escadas devem contar com guarda-corpos (para
proteção contra quedas) e corrimãos com boa resistência, oferecendo apoio
adequado e evitando movimentações que comprometam o equilíbrio dos
trabalhadores.

Os trabalhadores não podem acessar as embarcações em equipamentos como


grua e guindastes, exceto quando houver situações de salvamento e resgate.
Nesses casos, os equipamentos devem apresentar condições de segurança
(como cestos especiais).

As áreas devem estar desobstruídas e os espaços abertos devem ser protegidos,


de forma a evitar quedas de pessoas e objetos. Além disso, deve-se investir em
sinaleiros, iluminação e outros equipamentos que ajudem a garantir boa
visibilidade aos operadores — de forma a evitar o prejuízo na movimentação das
cargas.

Resgate:

Em locais situados próximos à água, devem existir boias e outros


equipamentos de resgate para o salvamento de trabalhadores que sofrerem
queda.

4. Carga e descarga com contêineres

Em operações que envolvam contêineres e outros dispositivos com alturas


equivalentes, o uso de escadas se torna obrigatório. Quando elas forem portáteis,
devem ter uma altura superior a um metro da altura do contêiner — além de contar
com sinalização reflexiva, ser de material resistente e leve, além de não
ultrapassar os 7 metros de comprimento.

9
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

As cargas devem estar estivadas com segurança, de forma que não haja o risco
de cair sobre os trabalhadores. As áreas devem conter iluminação adequada e
com medidas de segurança que contribuam para evitar atropelamentos e colisões.

A utilização dos equipamentos de movimentação deve observar a capacidade


máxima e o peso bruto, e essas informações devem estar legíveis e em local
visível nas máquinas. Dito isso, vale ressaltar que esse limite não deve ser
ultrapassado e essa operação só deve ser feita por colaboradores devidamente
habilitados e identificados.

Quando os pisos apresentarem superfície irregular, a operação com


empilhadeiras não será permitida, assim como o transporte de trabalhadores
nesses equipamentos, exceto quando se tratar de casos como salvamentos e
resgates.

4.1 Medidas de Segurança

 Movimentar os contêineres somente quando não houver algum trabalhador


sobre eles;

 Alertar os colaboradores a respeito da ergonomia e medidas de segurança


nos processos de estivagem, desestivagem, movimentação e fixação;

 Obedecer a sinalização referente aos riscos que a movimentação


apresenta;

 Instruir os colaboradores a respeito dos significados das sinalizações do


contêiner e os cuidados necessários referentes à prevenção.

Assim como outros aspectos ligados à segurança do trabalho (como a elaboração


de PPRA e PCMSO e a distribuição de EPIs), a NR 29 também requer a criação
do SESSTP.
10
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Assim como é o caso do SESMT, o SESSTP é responsável por identificar as


condições de segurança e os riscos envolvidos nas operações, só que, nesse
caso, essas ações são realizadas nos portos.

O SESSTP também deve fazer a análise dos acidentes decorrentes da execução


das atividades — em situações em que haja perda de membros, de funções ou
outros problemas, além do caso de falecimento.

Além de tudo isso, também deve exercer todas as atribuições descritas na NR 4,


que trata dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho (SESMT), que envolvem, entre outras coisas:

 Promover a conscientização e a educação dos colaboradores em relação


à segurança do trabalho;

 Registrar dados relacionados a acidentes no trabalho;

 Colaborar nos projetos de implantação de novas instalações;

 Aplicar conhecimentos em engenharia, medicina e segurança do trabalho


a fim de eliminar (ou reduzir) o risco de acidentes.

Também deve ser analisado por essa equipe os acidentes de trabalho que
possam acontecer e que tenham como consequência óbitos, perdas de membros
ou prejuízos graves. Porém, devem atuar em conjunto com os fiscais responsáveis
do Ministério do Trabalho, de forma imediata e obrigatória. Ou seja, em caso de
problemas, a equipe deve acionar os órgãos responsáveis imediatamente.

O número de integrantes do SESSTP será proporcional ao número de funcionários


totais do porto. Deve ser considerando nessa conta também a necessidade de ser
composta por profissionais, como engenheiros e técnicos de segurança do
trabalho, médico do trabalho, enfermeiro e auxiliar do trabalho. Ela também
necessita ser registrada no órgão regional do Ministério do Trabalho.

11
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

A presença desses profissionais é fundamental para que possa ser feita uma
avaliação precisa na área monitorada, identificando as condições básicas de
segurança nas operações realizadas no porto em todos os ambientes, incluindo
não só as embarcações, mas também pontos de atracação, armazéns e pátios.

4.2 (CPATP)

A CPATP é como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), mas


voltada para as atividades portuárias. É por meio dela que se observa e registra
os riscos, além de definir as medidas necessárias para eliminar (ou minimizar)
os riscos existentes nos locais de trabalho.

Além dessas, outras atribuições que fazem parte da comissão são:

 Promover a segurança e a saúde no trabalho;

 Realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidente no Trabalho


Portuário (SIPATP);

 Elaborar o mapa de riscos;

 Elaborar e promover treinamentos, campanhas e cursos voltados à


conscientização dos trabalhadores sobre a importância da segurança e
do uso adequado dos EPIs.

Ela deve também discutir acidentes que tenham ocorrido e encaminhar as análises
para o SESSTP e ao OGMA, que serão responsáveis por apurar o caso ocorrido.

A Comissão deverá ser formada com composição paritária, por representantes


dos funcionários e, por outro lado, dos representantes dos operadores portuários,
empregadores, ou então OGMO.

A comissão é eleita para um mandato de dois anos, passível de reeleição. A


votação deverá ser secreta por parte dos trabalhadores.

12
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

1. Plano de Controle de Emergência (PCE);


2. o Plano de Ajuda Mútua (PAM).
PCE
Estabelece a diretiva necessária para o trabalho em situações emergenciais — e
que possam gerar impactos internos e externos ao porto. O objetivo é definir
medidas necessárias para preservar a integridade e a saúde dos colaboradores e
também da população vizinha.

Além disso, também visa diminuir os impactos ambientais e prevenir danos (ao
patrimônio público e privado) decorrentes das operações de emergência nas
instalações.

PAM

Deve ser elaborado pela administração do porto, pelos empregadores e pelo


Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). O objetivo é prever os recursos
necessários para tratar situações como:

 Queda de trabalhador no mar;

 Socorro e resgate a acidentados;

 Incêndios ou explosões;

 Vazamento de produtos perigosos;

 Poluição;

 Acidentes ambientais;

 Condições adversas de clima e tempo que afetam a segurança das


operações.

4.3 EPI´S

13
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Em uma operação portuária existem diversas atividades distintas, e cada uma


delas demanda equipamentos específicos para aquele tipo de trabalho. Entre os
principais EPIs necessários, podemos citar:

 Calçado de segurança;

 luvas de segurança;

 Óculos de segurança;

 Capacete de segurança;

 Protetor auricular;

 Abafador de ruídos;

 Respirador;

 Proteção respiratória;

 Proteção contra queda;

 Protetor solar;

 Creme de proteção

 Vestimentas especiais (para eletricistas, manuseio de produtos


químicos e soldadores).

4.4 Importância dos EPI´S na Operação de Carga e Descarga

O trabalho portuário apresenta um agravante em sua execução: o risco de quedas


no mar, além dos riscos inerentes do uso do maquinário pesado para carga e
descarga em portos. Por isso, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual é
essencial para garantir a integridade física dos colaboradores, sem colocá-los em
risco em suas próprias atividades ou causar danos a terceiros.

14
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Dentro de um ambiente portuário são executados diversos tipos de serviços com


graus diferentes de riscos: soldas, trabalhos elétricos, transporte de cargas,
exposição prolongada ao sol, entre outros pontos.

Por isso o uso do EPI é fundamental, já que qualquer erro ou descuido que possa
acontecer pode levar ao óbito do colaborador. Por isso, a NR 29 é bastante clara
no que concerne a esse ponto, complementando a exigência já elaborada na
Norma Reguladora 6 (NR 6), responsável por regulamentar o uso do EPI no
ambiente de trabalho, independentemente da área.

4.5 Sinalização

Todas as instalações do porto devem contar com sinalização adequada,


envolvendo:

 Sinalização vertical;

 Sinalização horizontal;

 Dispositivos auxiliares;

 Sinalização semafórica;

 Sinalização por gestos;

 Sinalização sonora.

O objetivo é otimizar e tornar seguro o trânsito de pedestres, o tráfego de veículos


e outras atividades, como o armazenamento das cargas e a utilização de
equipamentos. O objetivo é garantir a segurança e a integridade física de todos
os envolvidos nas atividades portuárias.

A localização delas deve ser visível para todos os trabalhadores e apresentar


informações sobre os tipos de produtos movimentados, os cuidados que devem
ser tomados na operação, os riscos que precisam ser evitados, os EPIs

15
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

obrigatórios, telefones úteis e de emergência e outras questões relacionadas à


segurança do ambiente.

Além disso, as instituições devem identificar os locais mais estratégicos para


instalar a sinalização, e isso envolve locais de acesso. Isso é fundamental para
que os trabalhadores tomem conhecimento de situações de perigo e os
procedimentos que devem ser adotados em cada local.

Vale lembrar que placas, faixas e cartazes devem seguir o padrão da ABNT,
serem confeccionados em alta resolução e serem fotoluminescentes. Entre os
principais exemplos dos tipos de sinalizações que devem ser adotadas, podemos
citar:

 Placas de aviso;

 Placas de segurança;

 Placas de atenção;

 Placas de extintor;

 Placas de proibido estacionar.

4.6 Sinalização das cargas

Assim como nas instalações, as cargas movimentadas nos portos devem ser
sinalizadas caso apresentem algum risco aos colaboradores, ao ambiente, à
população ou ao meio ambiente. Por meio delas, sabe-se que o cuidado deve ser
redobrado e quais procedimentos são necessários para garantir a integridade das
pessoas, das cargas e das instalações.

Classe 1: substâncias ou artigos explosivos

Placa em forma de losango, em cor laranja e escrita preta. Deve conter o símbolo
de uma bomba explodindo. O número 1 deve constar na parte inferior.

16
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Classe 2: gases

A placa deve ter formato de losango, com o fundo vermelho e a escrita em preto
ou branco. O símbolo é uma chama e o número 2 deve constar na parte inferior.

Classe 2.2: gases não inflamáveis e não tóxicos

A sinalização deve ter o formato de losango, com o fundo verde e a escrita em


preto ou branco. O símbolo é um cilindro de gás e o número 2 deve constar na
parte inferior.

Classe 2.3: gases tóxicos

Sinalização em formato de losango, com o fundo branco e as inscrições em preto.


O símbolo é uma caveira e o número 2 deve constar na parte inferior.

Classe 3: líquidos inflamáveis

A placa deve ter formato de losango, com o fundo vermelho e a inscrição em preto
ou branco. O símbolo é uma chama e o número 3 deve constar na parte inferior.

Classe 4.1: sólidos inflamáveis

Sinalização com formato de losango, com o fundo branco e 7 listras vermelhas


verticais. O símbolo deve ser na cor preta e o número 4 consta na parte inferior.

Classe 4.2: substâncias sujeitas a combustão espontânea

Sinalização em formato de losango, com o fundo branco na metade superior e


vermelho na metade inferior. As inscrições devem estar em preto ou branco. O
número 4 deve constar na parte inferior.

Classe 4.3: substâncias que em contato com a água emitem gases


inflamáveis

17
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

A sinalização deve ter o formato de losango, com o fundo azul e as inscrições em


preto ou branco. O número 4 deve constar na parte inferior.

Classe 5: substâncias oxidantes

Placa em formato de losango, com o fundo amarelo e as inscrições em preto. O


símbolo é uma chama sobre um círculo. O número 5.1 deve constar na parte
inferior.

Classe 5.2: peróxidos orgânicos

Placa em formato de losango, com o fundo amarelo e inscrições em preto. O


símbolo deve ser uma chama sobre um círculo e o número 5.2 deve constar na
parte inferior.

Classe 6.1: substâncias tóxicas

Sinalização em formato de losango, com o fundo branco e inscrições em preto. O


símbolo é uma caveira e o número 6 deve constar na parte inferior.

Classe 6.2: substâncias infectantes

Sinalização em formato de losango, com o fundo branco e inscrições em preto. O


símbolo é formado por três luas crescentes superpostas em um círculo. O número
6 deve constar na parte inferior e acima dele os dizeres “SUBSTÂNCIA
INFECTANTE”.

Caso haja algum dano ou vazamento em materiais sinalizados com esse símbolo,
a autoridade responsável pela saúde pública deve ser acionada imediatamente.

Classe 7: material radioativo

18
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Sinalização em formato de losango, com o fundo branco e inscrições em preto. O


símbolo é um trifólio. Logo abaixo dele deve conter o texto “RADIOATIVO” (com
uma barra vertical vermelha depois da inscrição), abaixo dele “Conteúdo” e em
seguida “Atividade”. O número 7 deve constar na parte inferior.

Classe 7B: categoria 2

Sinalização em formato de losango, com a metade superior na cor amarela e a


metade inferior na cor branca. As inscrições devem estar na cor preta. O símbolo
é um trifólio e logo abaixo deve conter o texto “RADIOATIVO” (com duas barras
verticais vermelhas depois dele).

O texto obrigatório na metade inferior deve conter:

 Radioativo;

 Conteúdo;

 Atividade;

 Índice de transporte (dentro de um retângulo com linhas pretas).

Classe 7C: categoria 3

Sinalização em losango com a metade superior na cor amarela e a metade inferior


na cor branca. O símbolo é um trifólio e logo abaixo deve conter o texto
“RADIOATIVO” (com 3 barras verticais vermelhas depois dele).

O texto obrigatório na metade inferior deve conter:

 Radioativo;

 Conteúdo;

 Atividade;

 Índice de transporte (dentro de um retângulo com linhas pretas).

19
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Classe 7E: material físsil

Sinalização em formato de losango com o fundo branco e texto preto obrigatório


na metade superior escrito “FÍSSIL”. Na metade inferior, deve conter os dizeres
“ÍNDICE DE SEGURANÇA CRÍTICA”. O número 7 deve constar na parte inferior.

Classe 8: substâncias corrosivas

Sinalização em formato de losango, com a parte superior em branco e a parte


inferior em preto. O símbolo é o desenho (em preto) de líquidos pingando de dois
recipientes de vidro. Em um deles, atinge um pedaço de metal e, no outro, uma
mão. O número 8 deve constar em branco na parte inferior.

Classe 9: mistura de substâncias e artigos perigosos

Sinalização em formato de losango, com o fundo branco e 7 listras pretas apenas


na parte superior. O número 9 deve aparecer sublinhado na parte inferior.

Outro ponto fundamental a ser observado é identificar quais são os atores


envolvidos no trabalho de carga e descarga em portos brasileiros, segundo a
Norma Regulamentadora 29, bem como o que compete de responsabilidade a
cada um deles.

Estão envolvidos com o trabalho os seguintes atores:

 Prestadores de serviços;

 Empregadores;

 OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra);

 Operadores portuários;

 Administradores do porto.

20
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Consta, nas especificações da NR 29, que os trabalhadores do setor devem ser


treinados para o uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPI),
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e para operações com produtos
perigosos. O sinaleiro também deve ser treinado para adquirir conhecimento do
código de sinais de mão nas operações de guindar.

4.7 Equipamentos e Acessórios para a Movimentação de Carga

Os equipamentos portuários podem ser divididos conforme sua função e


característica. Podendo ser equipamentos para movimentação vertical entre o
porto e o navio e localizados na faixa do caís e os equipamentos de movimentação
horizontal, para movimentação de carga entre os pátios e armazéns para o berço
de atracação.

Tipos de equipamentos para a movimentação de Carga (Guindaste de pórtico,


torre sugadora, spreader e porteiner, respectivamente).

A movimentação horizontal de carga pode ser efetuada de forma


convencional com o uso de esteiras, veículos rodoviários (como os caminhões) e,
empilhadeiras (muito comum para a movimentação de pallet) como as do Fork-
Lift, Reachstacker, Top Side, Front Side, o transtainer e o stradlle Carrier. As
empilhadeiras do tipo Fork-Lift Frontais ou Laterais são equipamentos utilizados
em pequenos terminais ou em operações específicas, podendo empilhar até cinco
contêineres de altura. Já a empilhadeira do tipo Reachstacker é uma empilhadeira
de alcance e é utilizada em pátios de terminais de médio a grande porte de
movimentação. Têm como vantagem o baixo custo e a flexibilidade podendo ir a
qualquer ponto do terminal e com maior capacidade de empilhamento. Pode
trabalhar empilhando até oito contêineres de altura. Todavia necessita de trailers
para a movimentação do contêiner entre as áreas do porto. Além disto, possui
uma velocidade menor que o Transtainer e o Stradlle Carrie nas operações de
carga e decarga. O Transtainer é uma grua de pátio montado sobre pneus ou em
linhas férreas que transferem os contêineres dos caminhões ou trailers e vice-

21
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

versas, podendo empilhar até quatro contêineres de altura. Move-se somente em


linha reta. Todavia, permite uma melhor utilização do espaço já que pode alinhar
os contêineres lado a lado. O Stradlle Carrier é um equipamento que possui alta
flexibilidade e maior velocidade que as empilhadeiras. Pode mover-se em curva e
levar os contêineres a qualquer lugar, eliminando a necessidade do uso de
caminhões e/ou trailers. Todavia não pode transferir o contêiner diretamente para
o embarque no portainer sendo necessário colocá-lo no chão para posterior
embarque. Para a movimentação vertical de carga geral são utilizados os
guindastes dos navios ou os guindastes de pórtico elétricos. Estes equipamentos
quando movimentam cargas soltas ou cargas paletizadas se utilizam de ganchos
ou redes para suspender a carga até o navio. Para cargas a granel utilizam
equipamentos como esteiras, tubulões, encanamentos, torre sugadora
(equipamento que suga a carga dentro do porão do navio jogando-a para dentro
de uma tubulação para a armazenagem em silos) e a moega 63 (equipamento
acessório utilizado junto com guindaste de pórtico na descarga e estiva de
caminhões quando da utilização das grabs). Para cargas conteinerizadas, usam-
se os guindastes de bordo ou o porteiner que é um equipamento especial e próprio
para este tipo de movimentação. Em ambos os casos se utilizam de um
equipamento acoplado, de nome spreader, que é um quadro responsável por
segurar as quatro pontas do contêiner e o suspender até o navio ou vice-versa.

22
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

5. Referência

NORMA REGULAMENTADORA 29 - NR 29 - Guia


Trabalhistahttps://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rj
a&uact=8&ved=2ahUKEwjvv6rT_Yf5AhWZuZUCHcK9AxMQFnoECCUQAQ&url=http%3A%2F%
2Fwww.guiatrabalhista.com.br%2Flegislacao%2Fnr%2Fnr29.htm&usg=AOvVaw07eO7BK2Ib8
gdqgN8GS922

LLORY, M. Acidentes industriais: o custo do silêncio. Rio de Janeiro: MultiMais Editorial, 1999.

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9451/9451_5.PDF

https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/maria-cristina-dutra-pdf

DWYER, T. A study on safety and health management at work: a multidimensional view from
a developing country. In: FRICK, K., et al. Systematic occupational health and safety
management. Amsterdam: Pergamon, 2000, p. 149-74.

CATTINO, M. Da Chermobyl a Linate Incicenti tecnologia o errori organizzative? Roma:

(Microsoft Word - APNT 2011 - OPERA\307\325ES DE CARGA E... - F\301BIA DE


CARVALHO.doc) (mar.mil.br)

23
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

24
EPHOS/SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

25

Você também pode gostar