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Escola Técnica de Maracanaú

Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

Trabalho no Convés

José Cristiano Almeida


Maria Samara Teófilo
Monalisa Almeida
Rouse Abreu

Maracanaú/2013
Introdução
Este trabalho terá como tema, Trabalho no Convés, que é o trabalho realizado por
profissionais que se encontram em portos e são responsáveis por carregar, descarregar
e armazenar os contêineres que se encontram nos navios que estão atracados no porto.

Também apresentará o levantamento dos riscos existentes no trabalho no convés,


ações preventivas e procedimentos param se evitar os possíveis acidentes e a Norma
Regulamentadora N°29 – NR29 que é a norma que estabelece procedimentos
regulamentares relacionados à segurança, saúde e condições gerais para os
trabalhadores que atuam em portos e navios portuários.
Trabalho Portuário
Histórico
A atividade ou trabalho portuário advém do transporte marítimo. Este último serviu para
o desenvolvimento dos povos litorâneos, que, por intermédio do mar, puderam
locomover-se transportando pessoas e cargas, dando inicio ao comercio exterior.

O porto, dentro desse contexto, serviu de auxilio logístico para a atividade mercantil.

E, nesta perspectiva em 28 de Janeiro de 1808 D. João VI, rei de Portugal, assinou a


Carta Régia (Decreto) abrindo os portos brasileiros ás Nações amigas. Essa abertura foi
o impulso que o nosso incipiente comercio exterior necessitava para melhor se
desenvolver. O Brasil deu um importante passo á globalização que já se iniciava. Com a
abertura dos portos brasileiros, intensificou-se a necessidade de trabalho portuário, pois,
até então, os serviços de carga e descarga de mercadorias eram efetuados pela própria
tripulação das embarcações.

O intenso movimento nos portos brasileiros fez com que fossem necessários vários
trabalhadores especializados neste tipo de segmento. Foi o inicio das atividades de
estivagem, concerto de cargas, entre outras atividades.

A globalização trouxe a modernização dos modelos de produção, sempre visando o


aperfeiçoamento da atividade produtiva e a maximização dos lucros, com forte nível de
concorrência entre os produtores. Para o atingimento de tal meta a tecnologia foi um
fator muito importante.

Assim novas tecnologias foram sendo introduzidas também no ambiente portuário. Os


trabalhos até então eram desenvolvidos, com a exclusiva participação dos Sindicatos na
intermediação da mão-de-obra a ser utilizada nas cargas e descargas de navios.

A utilização de novos equipamentos nos portos foi modificando aos poucos a


configuração do labor portuário, onde os trabalhadores, agora passaram a ter a máquina
como parceira. Isto trouxe modificações quanto ao modo de efetuar a carga e descarga
das mercadorias aportadas.
Norma Regulamentadora Nº 29 – NR 29
A Nr 29 tem como principal objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e
doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as
melhores condições possíveis de segurança e saúde dos trabalhadores portuários.

As disposições contidas nessa norma aplicam-se aos trabalhadores portuários em


operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que
exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privado e
retro portuárias, situados dentro e fora da área do porto organizado.

Competem aos operadores portuários, empregadores, tomadores de serviço e OGMO,


conforme o caso:

 Cumprir e fazer cumprir esta NR no que tange à prevenção de riscos de acidentes


do trabalho e doenças profissionais nos serviços portuários;
 Fornecer instalações, equipamentos, maquinários e acessórios em bom estado e
condições de segurança, responsabilizando-se pelo correto uso;
 Zelar pelo cumprimento da norma de segurança e saúde nos trabalhos portuários.

Compete ao OGMO ou ao empregador:

 Proporcionar a todos os trabalhadores formação sobre segurança, saúde e


higiene ocupacional no trabalho portuário, conforme o previsto nesta NR;
 Responsabilizar-se pela compra, manutenção, distribuição, higienização,
treinamento e zelo pelo uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual -
EPI e Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, observado o disposto na NR-6;
 Elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
no ambiente de trabalho portuário, observado o disposto na NR-9;
 Elaborar e implementar o Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional -
PCMSO abrangendo todos os trabalhadores portuários, observado o disposto na
NR-7.

Compete aos trabalhadores:

 Cumprir a presente NR, bem como as demais disposições legais de segurança e


saúde do trabalhador;
 Informar ao responsável pela operação de que esteja participando, as avarias ou
deficiências observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a
operação;
 Utilizar corretamente os dispositivos de segurança - EPI e EPC, que lhes sejam
fornecidos, bem como as instalações que lhes forem destinadas.
Trabalho no Convés
O que é Convés
Convés é o piso de circulação, é utilizado pelos trabalhadores como via de trânsito para
acesso aos porões e aos equipamentos de guindar o navio e pode ter várias utilizações.
Em algumas situações poderá ocorrer a estivagem de cargas sobre o convés, fato
comum em navios especializados em contêineres ou de mercadorias que podem ficar a
céu aberto.

Quem trabalha no convés


Estivador: é a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões
das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e
desapeação, bem como a operação de carregamento e a descarga, quando realizados
com guindastes de bordo.

De acordo com o trabalho que executam, os estivadores recebem uma das seguintes
denominações funcionais:

Contramestre-geral ou do navio: A maior autoridade da estiva a bordo, dirige e orienta


todos os serviços de estiva realizados no navio.

Contramestre de terno ou de porão: O que dirige e orienta o serviço no porão de


acordo com as ordens.

Operador de Equipamentos: Estivador habilitado a operar empilhadeira, pá-


carregadeira ou outro equipamento de movimentação de carga a bordo.

Com o que trabalham os profissionais do convés


Trabalham com carga, descarga, transporte e armazenamento dos contêineres que se
encontram nos portos e em navios que estão atracados no porto.

Levantamento dos Riscos


Riscos de se trabalhar em converses de navios portuários
 Área exposta á carga suspensa;
 Tombamento ou deslizamento de cargas;
 Iluminação inadequada;
 Falta de limpeza ou derrame de materiais oleosos e escorregadios;
 Abertura em pisos dos quarteis sem proteção ou sinalização;
 Ressaltos no piso não sinalizado podendo provocar; Tropeções, escorregões e
quedas;
 Corredores para trânsito de pessoas insuficiente

Procedimentos para evitar esses riscos


 Com relação á cargas suspensas, não se pode operar o guindauto enquanto tiver
pessoas debaixo ou próximas da carga.
 Cargas muito grandes tem que ficar amarradas no convés para evitar
tombamentos ou deslizamentos.
 A iluminação tem que está adequada, permitindo que o profissional que trabalha
no convés possa ver tudo a sua volta e assim evitar acidentes.
 No caso de falta de limpeza, abertura de pisos ou ressaltos no piso, deve haver
sinalização avisando o risco de acidente.
 Os corredores tem que ter a largura adequada para a passagem de pessoas e
serem livres de obstáculos.

Ações Preventivas
 Organização e manutenção dos locais de trabalho e dos materiais bem como a
utilização de métodos de trabalho que ofereçam garantias de segurança e
salubridade;
 A organização e a manutenção, em todos os locais de trabalho, de meios de
acesso que garantam a segurança dos trabalhadores;
 A informação, formação e controle indispensáveis para garantir a proteção dos
trabalhadores contra os riscos de acidente ou de prejuízos para a saúde que
resultem de seu emprego ou que sobrevenham no exercício desse;
 O fornecimento, aos trabalhadores, de todo equipamento de proteção individual,
de todo o vestuário de proteção e de todos os meios de salvamento que poderão
ser, no limite do razoável, exigidos quando não tiver sido possível prevenir, de
outra maneira, os riscos de acidente ou prejuízos para a saúde;
 A organização e manutenção dos meios adequados e suficientes de primeiros
socorros e salvamentos;
 A elaboração e estabelecimento de procedimentos adequados destinados a fazer
frente a todas as situações de emergência que possam advir.
Referencias Bibliográficas
http://www.oab.org.br/editora/revista/revista_08/anexos/o_trabalho_portuario.pdf

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr29.htm

http://www.oitbrasil.org.br/node/502
Conclusão
Portanto, podemos concluir que os trabalhos em conveses de navios portuários e em
portos são de extremo risco, pois estamos lhe dando com cargas muito grandes. Deste
modo tanto os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC´s quanto os Equipamentos de
Proteção Individual – EPI’s são de inteira importância para que os trabalhos sejam
realizados, sem deixar de fora o treinamento e a atenção dos profissionais que
trabalham no convés para que não aconteçam acidentes.

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