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SUMÁRIO

UNIDADE 1 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NAS


PLATAFORMAS DE PETRÓLEO ............................................................................. 4

1.1 MEIOS E PROCEDIMENTOS DE ACESSO À PLATAFORMA .................... 4

1.2 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO ................................... 10


UNIDADE 1 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NAS
PLATAFORMAS DE PETRÓLEO

Objetivo:

• Apontar os meios e procedimentos de acesso à plataforma;

• Abordar as condições e meio ambiente de trabalho.

Conteúdo abordado:

• Meios e procedimentos de acesso à plataforma;

• Condições e meio ambiente de trabalho.

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UNIDADE 1 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NAS
PLATAFORMAS DE PETRÓLEO

Plataformas de petróleo são instalações bastante complexas e algumas,


principalmente as grandes plataformas, podem incluir a produção e armazenagem
de óleo e gás à alta pressão, a perfuração de poços e obras de construção e
manutenção (Booth & Butler, 1992).

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) entende que, por operarem distantes


da costa e de socorros imediatos, as sondas de perfuração e plataformas de
petróleo offshore necessitam de certo grau de autonomia, exigindo-se um conjunto
de serviços tais como alimentação e alojamento das tripulações, fornecimento de
energia elétrica, compressores e bombas, água, transportes para a costa (barcos ou
helicópteros), meios para carga e descargas, telecomunicações, serviços médicos e
bote salva-vidas, além de outros meios de salvamento, o que requer um elevado
nível de coordenação (OIT, 1993).

O trabalho em unidades de processo como as plataformas de petróleo pode ser


compreendido por quatro aspectos que se inter-relacionam e o caracterizam. Ele é
simultaneamente contínuo, complexo, coletivo e perigoso (Ferreira & Iguti, 1996):

• Contínuo – já que a produção flui durante às 24 horas do dia ao longo do


ano, para realizar seu acompanhamento, é exigindo o revezamento de vários
grupos de trabalhadores;
• Complexo - porque as diversas partes do sistema tecnológico se encontram
interligadas numa estrutura de rede que impede que se possua um controle
total do sistema, sempre sujeito a certo grau de imprevisibilidade e de
desencadeamento de efeitos do tipo dominó em caso de incidentes e
acidentes;
• Coletivo - porque o funcionamento da unidade só é possível pelo trabalho de
equipes em que as atividades são altamente interdependentes;
• Perigoso - porque está relacionado ao processamento de hidrocarbonetos
que evaporam, incendeiam ou explodem, ao uso de compostos químicos
tóxicos para os homens e para o ambiente e à operação de máquinas e
equipamentos que podem desencadear acidentes poderosos, com o potencial
de causar múltiplos óbitos e lesões. (Sevá Filho, 2000).

1.1 MEIOS E PROCEDIMENTOS DE ACESSO À PLATAFORMA

Para acesso às instalações offshore existem meios e procedimentos


regulamentados que devem ser seguidos pela operadora da concessão visando
garantir a segurança das pessoas e dos processos. O fato de ser um ambiente de
trabalho no mar, e alguns deles a centenas de quilômetros da costa, faz com que
tudo precise ser pensado nos mínimos detalhes.

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1.1.1 Transporte aéreo: acesso por meio de helicópteros

Segundo a NR-37, os deslocamentos dos trabalhadores entre o continente e a


plataforma offshore ou entre plataformas não interligadas, e vice-versa, devem ser
realizados por meio de helicópteros. As aeronaves, os heliportos e os procedimentos
de transporte aéreo devem obedecer aos requisitos de segurança exigidos pelas
autoridades competentes.

Este é o meio mais comum de transporte de trabalhadores entre a plataforma e o


continente, sendo os modelos Sikorsky S-92, Airbus EC225 e AgustaWestland
AW139 os mais usados para voar grandes distâncias.

Figura 1: Helicóptero Sikorsky S-92

Em geral, o operador da concessão limita o horário de operação das aeronaves


entre o nascer do sol e 1 hora antes do pôr-do-sol, com a finalidade de prover tempo
suficiente para as manutenções.

Essa limitação para pouso final poderá ser dispensada desde que a empresa
prestadora de serviço de transporte aéreo comprove, junto à ANAC, sua capacidade
em pessoal e instalações apropriadas para a execução dos trabalhos de
manutenção no período noturno.

1.1.2 Transporte marítimo: acesso por meio de embarcações

A NR-37 permite o transporte dos trabalhadores por meio de embarcações, desde


que:

• Sejam certificadas pela Autoridade Marítima;


• A distância a ser percorrida entre o continente e a plataforma seja inferior ou
igual a 35 milhas náuticas;
• Sejam atendidas as condições adequadas de conforto para o trabalhador
durante a navegação;
• As condições de mar e vento sejam inferiores ou iguais aos valores
abrangidos até o grau 5 da escala Beaufort.

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Figura 2: Transporte marítimo

Entretanto, o modal marítimo, além de ser mais lento no trajeto, apresenta


problemas no transbordo da embarcação para a plataforma, que deve ser realizado
com a utilização de uma cesta de transferência de pessoas, homologada e
certificada para este fim, içadas pelo guindaste da plataforma, ou por meio de
atracadouro especial para a lancha do tipo surfer.

A transferência de pessoal via lancha do tipo surfer é realizada a partir do processo


em que a tripulação, transportada por esse tipo de embarcação, se aproxima e faz o
contato entre a proa e o atracadouro dessa estrutura.

Figura 3 - Transferência de pessoal utilizando uma lancha do tipo Surfer (SAIPEM, 2010)

Estes sistemas de transbordo apresentam limitações de operação de acordo com


condição de mar e vento, tendo janela operacional menor que a do modal aéreo.

Para plataformas flutuantes, posicionadas em águas interiores, o acesso e o


desembarque dos trabalhadores também podem ser realizados por meio de escadas
fixas da própria plataforma.

1.1.3 Terminais terrestres de embarque e desembarque aéreo ou marítimo

Terminais terrestres de embarque ou desembarque, aéreo ou marítimo, são os


aeroportos e portos pelos quais os trabalhadores e visitantes embarcam ou
desembarcam dos helicópteros ou navios que realizam o transporte de pessoas
entre a plataforma e a costa.

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Eles devem ser climatizados e ter condições sanitárias de higiene e de conforto para
os trabalhadores em trânsito de acordo com os critérios previstos na NR-24
(Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho).

Os terminais devem dispor, ainda, de assentos em número suficiente para acomodar


todos os trabalhadores em trânsito, previstos no horário de maior fluxo de
passageiros, atendendo a programação normal e excetuando as superposições por
atrasos.

Figura 4: Aeroporto de Cabo Frio/RJ

Figura 5: Aeroporto de Macaé/RJ

Figura 6: Terminal de embarque e desembarque marítimo: Pier Petrobras Imbetiba - Macaé/RJ

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Segundo a NR-37, os deslocamentos dos
trabalhadores entre o continente e a plataforma
Saiba Mais offshore ou entre plataformas não interligadas,
e vice-versa, devem ser realizados por meio de
helicópteros.

1.1.4 Operações de transferência de trabalhadores: cesta de transbordo e


passarela (gangway)

Segundo a NBR 10876 (2016), a cesta de transporte de pessoal é “um dispositivo


movimentado por meio de içamento compatível, capaz de transportar pessoas de
uma unidade marítima para uma embarcação e vice-versa”.

As operações de transferência de trabalhadores só podem ser realizadas durante o


período diurno e com boa visibilidade, com exceção das situações de emergência. É
proibida a realização de operações simultâneas ou outras atividades na área de
transferência de pessoal enquanto ela ocorre.

Todos os trabalhadores que serão transferidos devem receber treinamentos de


segurança e instruções preliminares de segurança antes de cada transporte e
transferência. Além disso, devem usar colete salva-vidas (Classe I – NORMAM
01/DPC), sendo proibido o carregamento de materiais, inclusive mochilas, durante a
transferência, para que tenham as suas mãos livres. A bagagem dos trabalhadores
transportados deve ser conduzida no centro da cesta.

Um tripulante capacitado da embarcação deve dar orientação prática acerca do


processo de transferência, devendo o trabalhador seguir estritamente as suas
determinações.

O trabalhador não pode ser submetido à operação de transferência sem o seu


consentimento, podendo se recusar a qualquer momento, mediante justificativa,
conforme estabelecido no item 37.13.3.1. item f.

Em relação aos tipos de cestas disponíveis no mercado e mais comumente


utilizadas na indústria do petróleo, é possível elencar cestas do tipo:

• Billy Pugh;
• Esvagt;
• Personnel Transfer Capsule.

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Figura 7 – Cesta de transporte de pessoas do tipo Billy Pugh (Saipem ,2010)

Figura 8 - Cesta de transporte de pessoas do tipo Esvagt (SAIPEM, 2010)

Figura 9 - Cesta de transporte de pessoas do tipo Personnel transfer capsule (SAIPEM, 2010).

Em plataformas fixas ou flutuantes, a movimentação de trabalhadores para ou a


partir da unidade marítima de apoio adjacente deve ser feita por meio de gangway,
que é uma passarela de transferência de pessoas. Ela deve obedecer aos requisitos
mínimos de segurança estabelecidos na NR-37, como por exemplo:

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• A via desobstruída, dotada de corrimãos e piso antiderrapante;
• Ângulo de inclinação seguro para o deslocamento dos trabalhadores;
• Passarela dotada de fechamento lateral;
• Redes de proteção contra quedas no entorno da base da passarela nas
plataformas, quando requerida nas análises de riscos.

A utilização de soluções alternativas para outros tipos de acesso às plataformas


deve ser precedida de aprovação tripartite.

1.2 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO

Uma plataforma, por ser um ambiente em que um grande contingente de


trabalhadores permanece confinado por longos períodos, apresenta diversos riscos
a saúde, relacionados aos sistemas de abastecimento e distribuição de água para
consumo, armazenagem e manipulação de alimentos, além da possibilidade de
disseminação de doenças infectocontagiosas.

Durante o período de embarque, diariamente, o profissional do offshore possui 12


horas para a realização de suas atividades laborais e as outras 12 horas destinadas
a folga. Após a passagem do serviço, o trabalhador pode gozar das 12 horas de
folga nas áreas da plataforma destinadas ao descanso e socialização.

As práticas para a integração dos trabalhadores a bordo são limitadas ao espaço


destinado à tripulação fora do ambiente da operação. As relações interpessoais
podem ser favorecidas durante o uso de salas com projetores de filmes, som,
saunas, academia de ginástica, refeitório e sala de jogos. A oferta de lazer é
diferente em cada plataforma, mas o propósito continua sendo a melhoria da saúde
e da interação interpessoal.

Sendo assim, a NR-37 estabelece que a operadora da instalação deve assegurar


áreas de vivência compostas por alojamentos, instalações sanitárias, refeitório,
cozinha, lavanderia, sala de recreação, sala de leitura, sala para o uso de Internet e
outros serviços, em condições de segurança, saúde, conforto, higiênico-sanitárias e
perfeito estado de funcionamento e conservação.

Essas áreas de vivência ficam concentradas em uma ala chamada de casario em


que não é necessário usar os equipamentos de proteção individual. Em geral, o
casario fica isolado na popa e o heliponto fica logo acima, na extrema popa da
plataforma, por razões de logística e segurança, em local com fluxo de ar que
permita a decolagem e o pouso, e acesso à recepção do casario de forma facilitada.

1.2.1 Instalações sanitárias

Instalações sanitárias são os locais destinados ao asseio corporal e/ou ao


atendimento das necessidades fisiológicas de excreção.

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O dimensionamento das instalações sanitárias de uso coletivo para cada sexo, deve
levar em conta a quantidade de homens e mulheres a bordo e os postos de trabalho.
A plataforma deve possuir instalações sanitárias para uso coletivo distribuídos pelos
diferentes pisos ou decks, na proporção de, no mínimo, 1 vaso sanitário e 1 lavatório
para cada 15 trabalhadores, considerando o turno de trabalho com maior quantidade
de pessoas.

Próximo aos locais de retirada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou


de onde são realizadas atividades com exposição a substâncias tóxicas, irritantes,
infectantes, alergizantes ou que causem sujeira, devem ser disponibilizados, no
mínimo, 2 lavatórios para o uso coletivo.
As plataformas devem possuir instalações sanitárias adicionais, exclusivas para o
uso coletivo dos trabalhadores da cozinha, atendendo ao disposto no subitem
37.14.3.2, na proporção de 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada 10
(dez) trabalhadores ou fração, considerando o sexo e o turno de trabalho do pessoal
da cozinha com maior efetivo.

1.2.2 Higiene, segurança e conforto por ocasião das refeições

A exposição dos trabalhadores a uma alimentação restrita, oferta de água única e


longos períodos de confinamento reforça a necessidade de se estabelecer e verificar
periodicamente as condições de higiene, segurança e conforto durante as refeições
a bordo de plataformas. Todos esses fatores aumentam a probabilidade de
exposição e disseminação de doença, tornando o ambiente extremamente
suscetível a riscos biológicos.

Nas plataformas offshore habitadas é obrigatória a existência de refeitório para os


trabalhadores. Ele não pode ter comunicação direta com os locais de trabalho,
instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos. Deve ser dimensionado
adequadamente, conforme a NR-37, levando em consideração o turno com maior
efetivo a bordo, além de dispor de água potável e álcool gel ou outro saneante na
área de acesso aos balcões de autosserviço.

Refeitórios são os locais onde as refeições são servidas em horários pré-


determinados, sendo as principais por um período de duas horas e os lanches, trinta
minutos. Usualmente são fornecidas de 6 a 8 refeições/dia (café da manhã, lanche
da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, lanche da noite, ceia e lanche da
madrugada). Para frequentar o refeitório cada plataforma tem sua própria regra,
porém o que é comum a todas é a de estar vestido com roupas limpas.

As plataformas offshore desabitadas também devem dispor de condições sanitárias,


higiene e conforto suficientes para as refeições dos trabalhadores, conforme
estabelecido na NR-37. Dentre as exigências mínimas estão: dispor de equipamento
para aquecer a refeição ou de dispositivo térmico que a mantenha aquecida em
condições de higiene, conservação e consumo até o final do horário da refeição;
fornecer refeições que atendam às exigências de conservação da alimentação em
recipientes apropriados, adequados aos equipamentos de aquecimento disponíveis,

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disponibilizar pratos, talheres e copos individuais higienizados, podendo ser
descartáveis; e possuir compartimento para guarda e proteção dos utensílios.

Na plataforma offshore desabitada, que não ofereça ambiente com condições para
as refeições, o tempo de permanência dos trabalhadores a bordo deve ser de, no
máximo, 4 horas. E são proibidas refeições fora dos locais citados na norma.

É proibido o consumo de qualquer alimento em ambientes com exposição a agentes


químicos, físicos ou biológicos.

Segundo a NBR 10876 (2016), a cesta de


transporte de pessoal é “um dispositivo
movimentado por meio de içamento Importante
compatível, capaz de transportar pessoas de
uma unidade marítima para uma embarcação e
vice-versa”.

1.2.3 Cozinha

Em uma plataforma que possua cozinha, a operadora da instalação deve seguir


todas as medidas para garantir a higiene e a qualidade da alimentação produzida,
de acordo com as normas da vigilância sanitária.

Ela deve ficar interligada ao refeitório através de aberturas do tipo passa-pratos ou


portas distintas, uma para servir as refeições e a outra para a devolução dos
utensílios.

A cozinha deve, entre outras coisas, dispor de:

• Sistema de exaustão para a captação de fumaças, vapores e odores, dotada


de coifa em aço inoxidável;
• Bancadas de trabalho e pias para lavagem de utensílios em aço inoxidável;
• Locais distintos para a instalação de equipamentos de refrigeração de
alimentos, de lavagem de utensílios e de preparo de refeições;
• Áreas independentes para higienização dos alimentos, para o manuseio de
massas e para a cocção;
• Áreas distintas ou separadas por barreiras físicas para preparação de carnes,
de peixes, de aves e de saladas;
• Lixeira confeccionada em material de fácil higienização, dotada de tampa,
com abertura sem contato manual;

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• Dispositivo para abafamento de fogo do tipo manta, confeccionado em
material antichamas, não contaminante e não alergênico.

Na cozinha atuam os manipuladores de alimentos (p. ex. ajudante de cozinha,


cozinheiro, chefe de cozinha) e o pessoal da limpeza.

1.2.4 Alojamentos

Os alojamentos variam de acordo com a plataforma, porém muitos são semelhantes


às acomodações em hotéis. Além de espaço para descanso do corpo um bom
alojamento deve oferecer oportunidade de privacidade para o trabalhador.

Ele deve ser adequadamente isolado, não podendo haver qualquer tipo de abertura
direta para a praça de máquinas, compartimento de carga, cozinha, paiol,
lavanderias, poço de elevador ou instalações sanitárias de uso coletivo.

A operadora da plataforma offshore deve garantir o cumprimento das seguintes


regras de uso dos alojamentos:

• Limpeza diária e manutenção das condições higiênico-sanitárias;


• Retirada diária do lixo e disposição em local adequado;
• Substituição, a cada três dias, da roupa de cama e banho para proceder à
sua lavagem e secagem;
• Proibição da permanência de pessoas com suspeitas de doenças
infectocontagiosas, que possam comprometer a saúde da população
embarcada;
• Desinfecção de qualquer acomodação utilizada por trabalhador portador de
doença infectocontagiosa.

Módulos de Acomodação Temporária

Módulos de acomodação temporária são navios ou plataformas de apoio para


acomodação extra de trabalhadores e prestação de serviços de manutenção.
Também costumam ser chamados de floatel (hotel flutuante).

Um exemplo é a UMS (Unidade de Manutenção e Segurança) que é uma plataforma


de serviço que se conecta às plataformas de produção, através de uma rampa de
acesso. Essa plataforma de serviço costuma ser equipada com oficinas mecânicas e
elétricas, guindastes, almoxarifados, áreas de pintura e manutenção de peças e
equipamentos, além de alojamentos para todos os profissionais que executarão os
serviços.

O módulo de acomodação temporária só pode ser instalado, com o intuito de


aumentar a capacidade de acomodação da plataforma, durante a execução de
campanhas de manutenção, reparação, montagem, comissionamento,
descomissionamento, desmonte ou intervenções de sondas em plataformas fixas.

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Figura 10 - Posh Xanadu, floatel conectada a plataforma TLP Big Foot da Chevron, Golfo do México

1.2.5 Lavanderia

A plataforma offshore habitada deve possuir lavanderia para a lavagem e a secagem


das roupas de trabalho, de cama, de banho e de uso pessoal.

Ela deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de turnos e a lotação total
de trabalhadores embarcados, possuir sistema de exaustão e ventilação, ser
abastecida com água tratada, ter facilidades para passagem de roupas entre outras
coisas.

As roupas de trabalho devem ser lavadas e secas separadamente das demais


(roupas de cama, de banho e de uso pessoal), em máquinas de lavar e secar
distintas e devidamente identificadas.

Quem quiser manter os macacões limpos e livres de manchas de óleo pode mandar
para a lavanderia em horários previamente estipulados. O taifeiro é responsável por
manter a limpeza e arrumação do casario, incluindo a limpeza das roupas da
tripulação.

1.2.6 Serviços de bem-estar a bordo

Conforme mencionado anteriormente, na plataforma habitada devem existir meios e


instalações para proporcionar condições de bem-estar a todos os trabalhadores a
bordo.

Dentre as instalações mínimas, a norma exige que a plataforma tenha sala de


ginástica ou aparelhos para exercícios físicos instalados em locais destinados para
esta finalidade; salas de recreação com música, rádio, televisão, exibição de vídeos
com conteúdo variados e renovados em intervalos regulares, além de jogos de mesa
com seus acessórios; sala de leitura dotada de uma biblioteca, cujo acervo
contenha periódicos e livros de conteúdos variados, em quantidade suficiente e
renováveis; e sala de internet recreativa e para comunicação interpessoal, dotada
de computadores de uso individual, conectados à rede.

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A operadora da instalação deve manter os meios de comunicação da sala de
internet com os computadores pessoais ou similares e os sistemas operacionais
atualizados, de forma a garantir o seu perfeito funcionamento.

Além disso, a plataforma deve dispor de acesso viável a internet, do tipo sem fio, ao
menos nas áreas de vivência e alojamentos, para utilização recreativa e de
comunicação interpessoal, de acesso reservado a correio eletrônico, redes sociais e
outros sistemas privativos, dimensionada de modo a atender ao quantitativo de
trabalhadores no período folga, permanentemente.

Os alojamentos variam de acordo com a


plataforma, porém muitos são semelhantes às
Dicas acomodações em hotéis. Além de espaço para
descanso do corpo um bom alojamento deve
oferecer oportunidade de privacidade para o
trabalhador.

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