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Cargas e embarcações

PORTOS DE MAR, RIOS E CANAIS

Prof. Antônio Nélson Rodrigues da Silva


Prof. Adalberto Leandro Faxina

Universidade de São Paulo


Escola de Engenharia de São Carlos
Departamento de Engenharia de Transportes
Estrutura do capítulo

 Introdução
 Tipos de carga
 Dimensões características
dos navios
 Embarcações fluviais
 Embarcações marítimas

2
Introdução
 Operação do transporte
hidroviário
 Veículos
 Objetos transportados
 Características
 Embarcações
 Cargas mais comuns
 Processos de manuseio
3
Tipos de cargas
 Carga geral
 Carga a granel
 seca
minérios, grãos, açúcar
 Líquida
 petróleo, combustíveis, sucos

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TIPOS DE EMBARCAÇÕES

CORTE
BARCO FLUVIAL

Bombordo

Popa Proa
Boreste/estibordo CORTE

BARCO MARÍTIMO
BARCAÇAS

https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy:3.1494:155193
9859/263855.jpg?f=3x2&q=0.9&w=700&$p$f$q$w=aa7ae68
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BARCAÇAS

Barcaça bate em ponte no Rio Moju (PA) – abril/2019

https://f.i.uol.com.br/fotografia/2019/04/06/15545666755ca8ce13d66c9_1554566675_3x2
_md.jpg

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BARCAÇAS

http://www.dh.sp.gov.br/frota/ 8
NAVIOS MARÍTIMOS

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NAVIOS MARÍTIMOS – bulk carrier

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TERMINOLOGIA NAVAL

A Superestrutura

Borda livre
Linha d'água
Calado Pontal
A
Boca
Comprimento entre perpendiculares
Comprimento total
CORTE A-A

A ESTIBORDO/BORESTE

PROA
POPA

A BOMBORDO
TERMINOLOGIA NAVAL

CHATA OU
EMPURRADOR
BARCAÇA

BORDA LIVRE PONTAL


CALADO
PÉ DE PILOTO

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Embarcações fluviais

Características gerais desejáveis:

• calado compatível com a hidrovia;


• dimensões adequadas aos raios de curvatura da hidrovia;
• proteção para os apêndices do casco (lemes, hélices, etc);
• boa manobrabilidade;
• ampla visibilidade;
• recursos próprios para desencalhe;
• capacidade de combustível;
• tratamento da água do rio para consumo;
• radar;
• holofote com foco direcional;
• ecobatimento (levantamento das profundidades ao longo do trajeto).

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Embarcações fluviais

AUTOMOTORES

COM PROPULSÃO REBOCADORES

EMBARCAÇÕES EMPURRADORES

FLUVIAIS
JANGADAS
SEM PROPULSÃO
CHATAS

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TIPOS DE EMBARCAÇÕES

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TIPOS DE EMBARCAÇÕES

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BARCAÇAS

https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy:3.1494:1551939859/263855.jpg
?f=3x2&q=0.9&w=700&$p$f$q$w=aa7ae68

http://www.dh.sp.gov.br/frota/

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EMBARCAÇÃO

COMBOIO TIPO TIETÊ

11 m

137 m

COMBOIO TIPO PARANÁ

16 m

200,50 m
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CAPACIDADE DE CARGA

Barcaça Tietê Comboio Tietê


1.100 t 4 barcaças = 4.400 t

Vagão Hopper Comboio Hopper


55 t 50 vagões = 2.750 t

Caminhão Semi-Reboque
27 t

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UNIDADES EQUIVALENTES

1 Barcaça Tietê
1.100 t 20 Vagões Hopper 41 Caminhões

1 Comboio
4.400 t 80 Vagões Hopper 163 Caminhões
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TIPOS DE BARCAÇAS

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TIPOS DE BARCAÇAS

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TIPOS DE BARCAÇAS

http://www.perfilnews.com.br/noticias/bolsao/estiagem-baixa-nivel-de-reservatorios-e-pode-complicar-hidrovia-tiete-parana 23
TIPOS DE BARCAÇAS

24
http://tyba.com.br/br/registro/cd336_304.JPG/-Barcaca-transportando-cana-de-acucar-na-eclusa-da-Usina-
Hidreletrica-A%20lvaro-de-Souza-Lima---Hidrovia-Tiete-Parana----Bariri---Sao-Paulo-SP---Brasil
RIO TIETÊ - PARANÁ

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RIO PARANÁ - PARAGUAI

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RIO MADEIRA

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RIO AMAZONAS

https://farm5.staticflickr.com/4319/36292898536_4e657ac8b7_b.jpg

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RIO AMAZONAS

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Navios para carga geral

Tramp
- transporta cargas cujo frete é baixo (minerais, carvão, etc.)
- navios com baixa potência e baixa velocidade
- normalmente apresentam porões pouco divididos e não possuem
equipamentos para carga/descarga

Liner
- serviço regular
- transporta produtos com maior valor agregado
- maior potência e maior velocidade
- melhor divisão de porões e equipamentos próprios para
carga/descarga 30
Navio tipo tramp

31
Navio tipo tramp

32
Navio tipo liner

33
Navio para pallet

34
Navio tipo RO-RO (roll-on/roll-off)

35
Navio tipo RO-RO (roll-on/roll-off)

36
Navio tipo RO-RO (roll-on/roll-off)

37
Navio tipo RO-RO (roll-on/roll-off)

38
Navio tipo porta-contêiner

39
Navio tipo porta-contêiner

40
Navio tipo tramp

41
Navio tipo porta-barcaça

42
Navio tipo porta-barcaça

43
Navio tipo porta-barcaça - SEABEE

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Navio tipo porta-barcaça - LASH

45
Navio tipo porta-barcaça - LASH

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Navio tipo conteiner-feeder

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Navio tipo petroleiro – VLCC

48
Navio tipo petroleiro – VLCC
(Very Large Crude Carrier)

49
Navio para transporte de gás

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Navio para exploração de petróleo

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Navio dique

https://i.dailymail.co.uk/i/pix/2012/06/13/article-2158305-13936DB6000005DC-615_964x722.jpg
52
Navio dique

53
Navio dique

Transporte de uma plataforma radar do sistema anti-mísseis balísticos norte-americano.


54
Navio graneleiro – bulk carrier

Também conhecido como bulk


freighter, ou coloquialmente, bulker.

Navio mercante especialmente projetado


para transportar carga a granel, como
grãos, carvão, minério e cimento.

Os bulk carriers modernos são projetados


para maximizar capacidade, segurança,
eficiência e durabilidade.

Fonte: Wilipedia

55
Navio graneleiro – bulk carrier

56
Navio graneleiro – bulk carrier

Bulk carrier no canal do Panamá.


57
Navio mineraleiro – ore carrier

Navio específico para


transporte de minérios

58
Navio ore-bulk-oil

59
Navio ore-bulk-oil

Um navio ore-bulk-oil carrier, também conhecido como combination carrier ou OBO, é uma
embarcação projetada para ser capaz de transportar carga seca e líquida. A ideia é reduzir o número
de viagens vazias, nas quais uma embarcação grande vai cheia e retorna vazia. Ex.: petróleo do
Oriente Médio e minério de ferro e carvão da Austrália, África do Sul e Brasil.

60
Fonte: Wikipedia (foto e texto)
comparativos

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4b/Bateaux_comparaison3.png/400px-Bateaux_comparaison3.png
61
Para descontrair…

Tradução (tentativa): este é um navio porta-navios transportando navios de transporte


62
https://i1.wp.com/www.sycmu.com/wp-content/uploads/2017/05/Shipping-Ships.jpg?fit=700%2C597
EVOLUÇÃO DAS HIDROVIAS

Os rios, salvo raras exceções, descem do interior do continente


para o mar.

Teve grande importância nas áreas:


• econômica
• política
• militar
• social

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HIDROVIA NA EUROPA

Do total de 26.000 km de vias navegáveis, hoje existentes, 10.535


km correspondem a canais artificiais.

As hidrovias atendem 11% da demanda de transporte de carga na


Europa Ocidental.

Europa 370.000.000 ton/ano 26.000 km

EUA 1.500.000.000 ton/ano 40.000 km

Brasil (2019) 306.000.000 ton/ano 28.000 km


http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Anu%C3%A1rio-2019-vFinal-revisado.pdf

64
HIDROVIA X COMÉRCIO EXTERIOR

A produção de grãos brasileira deslocou-se para as regiões


mais interiores, longe dos portos.

O transporte tem se tornado um item importante na


composição dos custos deste produto.

A utilização do transporte rodoviário para longas distâncias é


inadequada.

Essa opção repercute na competição do produto interno, nos


preços internacionais de commodities e no abastecimento local.

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HIDROVIA X COMÉRCIO EXTERIOR

O transporte rodoviário tende a piorar as condições das estradas


do país, além de aumentar o custo dos produtos no mercado
externo;

A ferrovia, a rodovia e a aerovia possuem suas vias por


onde planejamos e as executamos, na hidrovia, ao contrário,
sua via já está traçada pela própria natureza.

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HIDROVIA X COMÉRCIO EXTERIOR

O traçado natural da hidrovia motiva os demais modos de


transporte.

Em síntese:

A hidrovia é um fator atuante, da multimodalidade.

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CARACTERÍSTICA

A hidrovia é um meio de transporte indicado para o transporte de


grandes quantidades de cargas e com baixo valor agregado.

Proporcionando:
• custos de transportes menores
• rodovias são poupadas para outros usuários
• novas regiões se tornam foco de investimentos e
desenvolvimento

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HIDROVIA X COMÉRCIO EXTERIOR

Também para o transportador rodoviário é mais interessante


ocupar-se de distâncias menores, contanto que seja mantida uma
ocupação mínima aceitável de sua frota.

Nas longas distâncias, estes transportadores são geralmente


obrigados a se sujeitarem a fretes baixos que proporcionam uma
relação receita/km muito menor.

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HIDROVIAS BRASILEIRAS

https://logisticaeomundo.
wordpress.com/2017/09/3
0/modal-hidroviario/

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HIDROVIAS BRASILEIRAS

Estimativa do total de cargas transportadas (2010-2014)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf

TKU é uma unidade física que mede esforço. Pode ser entendida como as toneladas úteis (ou seja, apenas o peso da carga,
sem considerar a tara dos equipamentos empregados) transportadas por quilômetro [https://pt.wikipedia.org/wiki/TKU].
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HIDROVIAS BRASILEIRAS

Fluxo no transporte aquaviário (2014)


[inclui o transporte de cargas na navegação interior e na cabotagem e longo curso que passaram pelas vias interiores]

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf
72
HIDROVIAS BRASILEIRAS

Distribuição percentual do TKU por corredor hidroviário (2014)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf 73
HIDROVIAS BRASILEIRAS

Transporte de cargas (em t) e TKU por corredor hidroviário (2014)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf

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HIDROVIAS BRASILEIRAS

Distribuição do TKU produzido nas vias interiores (2014)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf 75
HIDROVIAS BRASILEIRAS

Distribuição percentual do TKU na cabotagem (2010-2014)


De 2010 a 2014, cerca de 16% do transporte de cabotagem utilizou as hidrovias. Em termos de TKU, as
vias interiores representaram 32% do total transportado por cabotagem.

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-
Brasileiras-2015-TKU.pdf
76
HIDROVIAS BRASILEIRAS

Simulação do transporte de madeira por cabotagem (2014)


Cem por cento da madeira (1,8 milhões de
toneladas/ano) transportada pela cabotagem
está na rota Caravelas/BA – Aracruz/ES.

A madeira é embarcada no Terminal de Caravelas


e transportada pelo modo marítimo até o
Terminal de Barra do Riacho, em Aracruz/ES.

O terminal fica em área anexa ao TUP Portocel,


localizado a 1,7 km da fábrica de celulose.

Essa iniciativa logística contribui para a retirada


de cerca de 100 viagens de caminhões tipo tri-
trem por dia da BR 101.
http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-
nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf
O percurso rodoviário seria de cerca de 340 km,
contra 313 km pelo modo marítimo.
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HIDROVIAS BRASILEIRAS

Intensidade do transporte de cargas na cabotagem (2014)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-
TKU.pdf
78
HIDROVIAS BRASILEIRAS

As hidrovias apresentam diferentes tendências de transporte segundo sua localização.

A hidrovia do rio Madeira, por exemplo, é muito utilizada para o escoamento de


granéis sólidos agrícolas como a soja e o milho, produzidos no centro-norte mato-
grossense. Essas mercadorias percorrem o trajeto de Porto Velho/RO a Itacoatiara/AM
ou Santarém/PA, de onde a maior parte é exportada.

Em 2014, entrou em operação uma nova rota de transporte de milho e soja, que
parte de Itaituba/PA, no rio Tapajós (hidrovia Solimões-Amazonas), para Vila do
Conde/PA, na hidrovia Tocantins-Araguaia. Quase 600 mil toneladas dessas
mercadorias foram transportadas nesse trajeto em 2014. Esse resultado é reflexo
do início da operação de terminais autorizados pela ANTAQ nessas duas localidades.
A perspectiva é de que parte do transporte de granéis oriundos do centro-oeste
brasileiro migre para essa nova alternativa logística.

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf 79
HIDROVIAS BRASILEIRAS

Hidrovia Solimões-Amazonas

Em termos de volume transportado e TKU produzido, a hidrovia Solimões-Amazonas é o


principal corredor hidroviário brasileiro.

O perfil hidrológico da hidrovia, a conexão com as hidrovias do Madeira e do Tocantins-


Araguaia e o acesso para o mar contribuíram para o transporte de mais de 10,5 milhões
de toneladas de mercadorias em 2014.

Nos cinco anos do acompanhamento, o volume total transportado não parou de crescer,
apresentando um incremento médio de 7% ao ano.

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf 80
HIDROVIAS BRASILEIRAS

http://portal.antaq.gov.br/wp-
content/uploads/2020/02/Anu%C3
%A1rio-2019-vFinal-revisado.pdf

2019
• 28% das cargas movimentadas nos portos brasileiros correspondem a cabotagem + navegação interior
• 6% das cargas movimentadas nos portos brasileiros foram transportadas por hidrovia

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HIDROVIAS BRASILEIRAS

Principais mercadorias movimentadas nas hidrovias (1º trim 2019)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2019/08/Boletim-Aquavi%C3%A1rio-1%C2%B0_2019-02.pdf

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CUSTO BRASIL

Principais componentes do Custo Brasil

• distorções do sistema tributário


• legislação trabalhista rígida e dispendiosa
• obsolescência da infra-estrutura do transporte
• elevados custos portuários
• sistema energético no limite da capacidade
• custo do financiamento oneroso
• regulamentação excessiva da atividade econômica
• custos de frete elevados

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CUSTO BRASIL

Principais componentes do Custo Brasil

• a frota é antiga
• as rodovias são mal-conservadas
• os pontos de fronteira congestionados criam filas de espera
• a via ferroviária é descontínua
• os portos marítimos têm altos custos, greves, etc.

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HIDROVIA DO MERCOSUL

Por que a hidrovia ainda não funciona ?

• Desconhecimento e descrédito sobre a eficiência e capacidade da


hidrovia
• Medo de perder-se em documentos necessários ao transporte
multimodal
• Falta de oferta e regularidade
• Acreditar que Itaipu é intransponível

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HIDROVIAS BRASILEIRAS

Hidrovia Tietê-Paraná (panorama em 2014-2015)


A hidrovia Paraná-Tietê é outro corredor hidroviário estratégico para o escoamento de granéis sólidos agrícolas do
Centro-oeste. Pela rota de exportação, a soja e o milho partem de São Simão/GO, no rio Paranaíba, e transbordam para
a ferrovia em terminais intermodais (Pederneiras, Anhembi e Santa Maria da Serra) no rio Tietê para serem exportados
pelo Porto de Santos. Em 2013, mais de 2,4 milhões de toneladas de soja e milho utilizaram essa logística.

Em 2014, ocorreu uma queda significativa no volume transportado dessas mercadorias para cerca de 880 mil
toneladas. Isso ocorreu a partir de maio quando a operação de transporte no rio Tietê foi praticamente paralisada por
conta da estiagem prolongada na região, associada à prioridade dada para geração de energia nas usinas hidrelétricas,
o que reduziu a profundidade da via a ponto de interromper a navegação dos comboios dos granéis agrícolas.

Ainda persiste o transporte de areia e cana-de-açúcar na via, mas em volume muito inferior aos anos anteriores.
Essas mercadorias realizam percursos de curta distância entre os polos de produção e beneficiamento ao longo
da hidrovia. O transporte da soja e do milho foi redirecionado para a rodovia, aumentando os custos logísticos e
sócio-ambientais do transporte.

Apesar da redução verificada, as estimativas da projeção de demanda desses produtos para a Hidrovia Paraná-
Tietê, apresentadas no Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH), prevêem o transporte hidroviário de mais
de 3,1 milhões de toneladas de granéis agrícolas no ano de 2015, chegando a 11 milhões de toneladas em 2030.

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf 86
HIDROVIAS BRASILEIRAS

Distribuição do TKU por grupo de mercadoria na hidrovia Tietê-Paraná (2014)

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2015-TKU.pdf 87
ÁREA DE INFLUÊNCIA – HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

A hidrovia Paraná-Tietê exerce influência em uma área de 1,5 milhão de km², com 75 milhões de habitantes, que
responde por 73% do PIB brasileiro.
São 1.653 km de vias fluviais navegáveis, interligando cinco estados (GO, MG, MS, PR e SP), sendo 970 km de
responsabilidade da Administração da Hidrovia do Paraná (AHRANA) e 683 km administrados pelo Departamento
Hidroviário, subordinado à Secretaria Estadual de Transportes de São Paulo (DH/SEST).
http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
88
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Nos últimos 50 anos, foram implantadas diversas barragens para instalação de usinas hidrelétricas com eclusas,
promovida a abertura de canais de melhoria das condições de navegação e a sinalização da rota de todo o trecho.

O resultado deste esforço foi a consolidação de um sistema integrado de transporte hidroviário, associado uma malha
de transporte rodoviário e ferroviário em processo de integração e modernização.

http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
89
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Eclusas da Hidrovia Tietê-Paraná

A hidrovia dispõe de 6 usinas hidrelétricas e 8 eclusas no Rio Tietê e mais 4 usinas e 2 eclusas no Rio Paraná,
totalizando 10 eclusas, 2 na barragem de Três Irmãos e 2 na de Nova Avanhandava.

As eclusas têm em média 142 m de comprimento, 12 m de largura e profundidade mínima de 3,5 m


http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
90
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Percentuais de TKU por tipo de navegação interior (2010)

http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
91
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Navegação interior estadual (2010)

Apenas dois tipos de carga foram observados na navegação estadual: areia (58%) e cana-de-açúcar (42%).

Toda a cana-de-açúcar teve como destino a Usina Diamante, no interior do Estado, e parte significativa da areia (36%)
foi transportada por apenas 20 km (transporte local), típico da atividade de lavra de minerais de baixo valor agregado.

http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
92
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Navegação interior interestadual (2010)

As linhas com origem em São Simão (GO) foram as mais representativas em volume de carga, sendo que a linha
São Simão (GO) – Pederneiras (SP) ocupou 45,5% do total de toneladas transportadas, seguida da linha São
Simão (G) – Anhembi (SP) com 16% das cargas.
As três linhas com origem em São Simão representam a quase totalidade da navegação interestadual.
http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
93
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Quantidade de carga transportada por tipo de carga e linha na


navegação interestadual (2010)

Todo o transporte de cargas pela navegação interior interestadual ocorreu no sentido do rio Paraná para o Rio Tietê.

http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
94
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Navegação interior internacional por linha e tipo de carga (2010)

A navegação interior no percurso internacional se deu exclusivamente entre o Terminal Santa Helena (PR) e terminais
paraguaios (Puerto Itaipú Porã e outros), movimentando pouco mais de 250 mil toneladas.

A linha Santa Helena – Puerto Itaipú Porã (sentido 1) foi utilizada somente para exportação (adubo e bagacinho) e as
linhas de Santa Helena para outros terminais paraguaios realizaram o movimento inverso, ou seja, a totalidade das
cargas (sentido 2) foi importada pelo Brasil (milho, trigo e mandioca).
http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
95
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Transporte de soja na Hidrovia Tietê-Paraná

96
http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-nas-Hidrovias-Brasileiras-2011-
%E2%80%93-Indicadores-do-Transporte-de-Cargas-T-e-TKU.pdf
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Instalação portuária com acessos ferroviário e rodoviário

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http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

98
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

99
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

100
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

101
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

102
COMBOIO TIPO - ACIMA DE ITAIPU

103
COMBOIO TIPO – ABAIXO DE ITAIPU

104
COMBOIOS HIDROVIÁRIOS

Comboio tipo do trecho Porto Velho (RO) – Itacoatiara (AM)

105
COMBOIOS HIDROVIÁRIOS

Comboios na hidrovia do São Francisco no trecho Pirapora – Juazeiro/Petrolina

106
COMBOIOS HIDROVIÁRIOS

Comboios na hidrovia do Amazonas-Madeira trecho


Santarém-Porto Velho via Manaus (Bertolini)

107
COMBOIOS HIDROVIÁRIOS

Comboios na hidrovia Paraguai-Paraná no trecho


Corumbá-San Nicolás (AR) – Rio Tinto

108
HIDROVIA

Embarcações porta-contêiner e de transporte misto no Rio Amazonas

109
http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Estat%C3%ADsticas-da-Navega%C3%A7%C3%A3o-Interior-%E2%80%93-2010.pdf
COMBOIOS HIDROVIÁRIOS

Conjunto empurrador-barcaça na Hidrovia do Amazonas (2008)

110
http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Estat%C3%ADsticas-da-Navega%C3%A7%C3%A3o-Interior-%E2%80%93-2010.pdf
PORTOS FLUVIAIS

Porto de Porto Velho (RO)

111
PORTOS FLUVIAIS

Porto de Itacoatiara (Hermasa) – Rio Amazonas

112
PORTOS FLUVIAIS

Terminal Cargill/Bertolini - Santarém

113
PORTOS FLUVIAIS

Porto de Belém – Terminal Bertolini

114
PORTOS FLUVIAIS

Porto de Belém – Terminal Bertolini

115
PORTOS FLUVIAIS

Transporte de granel líquido na Hidrovia Solimões-Amazonas

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Transporte-de-Cargas-
nas-Hidrovias-Brasileiras-2012-TKU.pdf

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Estat%C3%ADsticas-da-
Navega%C3%A7%C3%A3o-Interior-%E2%80%93-2011.pdf

116
PORTOS FLUVIAIS

Intra-modalidade na hidrovia Paraguai-Paraná

117
ECLUSAS

Embarcação eclusada na hidrovia Tietê-Paraná

http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/EstatisticaNavInterior/HidroviaParanaTiete.pdf 118
ECLUSAS

http://www.jornalbeiradorio.ufpa.br/novo/index.php/2010/119-edicao-88-novembro/1117-eclusas-ja-sao-realidade

Vídeo ilustrativo: https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=sGCA3XymiFc


119
ECLUSAS

Eclusa superior de Tucuruí – inaugurada em dez/10

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/Estat%C3%ADsticas-da-Navega%C3%A7%C3%A3o-Interior-%E2%80%93-
2010.pdf

https://www.dnit.gov.br/hidrovias/hidrovias-

120
interiores/hidrovia-do-
tocantins/Hidrovia%20do%20Tocantins%20-
%20Tramo%202.jpg/@@images/image.jpeg
ECLUSAS NO CANAL DO PANAMÁ

Sistema de eclusas – canal do Panamá

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjSjq6j-
I3LAhXLFJAKHThwD_IQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.ancruzeiros.pt%2Fancdrp%2Fo-canal-do-
panam%25C3%25A1&bvm=bv.114733917,d.Y2I&psig=AFQjCNGUXFCwb3bHgyxAPMx73cbAJhlM2g&ust=1456318654763701

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/91/Panama_Canal_Map_EN.png/800px-Panama_Canal_Map_EN.png
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CANAL DO PANAMÁ

Sistema de eclusas do canal do Panamá (lado Atlântico)


https://ep01.epimg.net/economia/imagenes/2016/06/26/actualidad/146
6913941_375424_1466959022_noticia_fotograma.jpg

https://revistacargo.pt/wp-
content/uploads/2017/06/canaldopanamaalargado-690x377.jpg

https://1.bp.blogspot.com/-meqGEWHMMaM/Wl32WeC1RjI/AAAAAAAABtM/CHEa8Iv3s6g8B5pNkCC0BZm0T-
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CANAL DO PANAMÁ

Sistema de eclusas do canal do Panamá (lado Pacífico)

https://1.bp.blogspot.com/-
meqGEWHMMaM/Wl32WeC1RjI/AAAAAAAABtM/CHEa8Iv3s6g8B5pNkCC0
BZm0T-arOa6iwCLcBGAs/s1600/canal%2BPanam%25C3%25A1%2B2%2B.jpg

https://i2.wp.com/globalfarmernetwork.org/wp-content/uploads/2016/09/Panama-
Canal-2014-Expansion-Aerial.jpg?fit=816%2C498&ssl%20=%201

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EMBARCAÇÕES NO CANAL DO PANAMÁ

Panamax vs Post-Panamax

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https://i.pinimg.com/originals/c6/2c/50/c62c5002ab01d8295704613fd166d2b9.jpg
HISTÓRIA DO CANAL DO PANAMÁ EM 1 TELA

Canal artificial de 80 km de extensão constituído de um sistema de eclusas (lado Atlântico),


dois sistemas de eclusas (lado Pacifico) e um lago artificial (Lago Gatún).
Em 1878, o governo colombiano autoriza a obra de Ferdinand de Lesseps (engenheiro francês),
cuja primeira abordagem era abrir um canal ao nível do mar. A construção foi interrompida por
conta dos desafios do relevo, do clima e doenças (malária e febre amarela). Em 1885, a ideia foi posta
de lado e substituída por um projeto de comportas, interrompido após quatro anos.

Em 1903, o Panamá declara independência, com apoio dos EUA (Theodore Roosevelt) e dá aos
EUA o controle da obra, retomada em 1904. O engenheiro John F. Stevens propõe um canal com
eclusas e um grande lago artificial. A obra é inaugurada em 1914 (Woodrow Wilson).

Em 1977, o tratado foi revisto (Jimmy Carter). O Panamá passou a ter controle do canal em 2000.

Anualmente, atravessam o canal cerca de 15.000 navios (4% do comércio mundial).

Em 3 de setembro de 2007, iniciaram-se as obras para a construção de uma nova hidrovia,


concluída em 26 de junho de 2016, com eclusas para comportar embarcações maiores.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Panam%C3%A1 125


Eclusas e Canal do Panamá - vídeos

Eclusas de Tucuruí
https://www.youtube.com/watch?v=a2d-OVZGkfs

Esquema de funcionamento de eclusas


https://www.youtube.com/watch?v=sGCA3XymiFc

Canal do Panamá – Domingo Espetacular (TV Record)


https://www.youtube.com/watch?v=zok7qBflRPE

História do Canal do Panamá


https://www.youtube.com/watch?v=eW6nr6ZtDYY

História do Canal do Panamá (wikipedia)


https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Panam%C3%A1

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