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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
LABORATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL
Acadêmicos:
Enio Picolo Andrade RA-122939
João Ricardo de Souza RA-108479
Laís Greschechen Ponchio RA-122556
Pedro Olivio Furlan dos Santos RA-110559
Renan Pereira Mari RA-105048
Turma: Professor:
Engenharia Civil 2587/04 Paulo Fernando Soares
1. OBJETIVOS;
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA;
3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS;
4. RESULTADOS OBTIDOS;
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS;
6. QUESTÕES;
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES;
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. OBJETIVOS
O objetivo principal do relatório é discutir e analisar,através da leitura, monitoramento
e análise do Ruído Ambiental, durante seu monitoramento, caracterizando o ruído de tráfego
no entorno da Universidade Estadual de Maringá, cujos dados levantados servirão de
referência para a análise a ser efetuada.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Entendemos ruído por uma manifestação de sons indesejáveis, sendo assim são
considerados ruídos o que conhecemos como vibrações irregulares. Desta forma o tráfego de
veículos, também pode ser um gerador de ruído, isso por que durante a passagem de veículos
é perceptível uma vasta gama de ruídos decorrentes da trepidação dos veículos, ou então dos
próprios escapamentos, no caso dos motociclistas.
Ao analisar as vibrações sonoras, é possível detectarmos ruídos de fundo, sendo
assim, iremos considerar ruídos de fundo quando o ruído possui intensidade suficiente para
interferir no ruído emitido pela fonte. Como forma de avaliar o ruído de fundo, iremos
utilizar o 𝐿90, sendo ele definido pelo nível em que o ruído é superado em 90% do tempo,
outro importante parâmetro é o 𝐿10, sendo que ele representa um ruído maior em 10% do
tempo de análise.
O monitoramento dos ruídos de tráfego devem ser analisados de acordo com alguns
requisitos, considerando algumas variações existentes na fonte geradora do ruído, desta forma
iremos considerar o mínimo de três variações, além do passo que deve coincidir ao período
de geração do ruído e por fim o tempo mínimo de monitoramento.
197136
𝑇𝑚 = 𝑁*(𝐿𝑒∆𝑞)²
(1)
𝐿𝑡𝑟á𝑓𝑒𝑔𝑜 = 52 + 10 * 𝑙𝑜𝑔 ( )
𝑄
𝑑
(2)
𝑄 = Representa o volume de veículos por hora;
𝑑 = Distância do ponto de medição ao eixo da via;
Correção [d/B] 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7
De acordo com Mestre e Wooten (1980), adaptado de Bistafa (2018), podemos utilizar
um método de equações para obter o NIS x Velocidade de tráfego, com um distância de
referência de 15 metros para automóveis, caminhões leves e caminhões pesados,
respectivamente:
𝑁𝐼𝑆 (𝑑𝐵𝐴) = 1, 1758 + 15, 75 𝑙𝑛 [𝑣(𝑘𝑚/ℎ)] (3)
𝑁𝐼𝑆 (𝑑𝐵𝐴) = 9, 69 + 16, 233 𝑙𝑛 [𝑣(𝑘𝑚/ℎ)] (4)
𝑁𝐼𝑆 (𝑑𝐵𝐴) = 43, 543 + 9, 5152 𝑙𝑛 [𝑣(𝑘𝑚/ℎ)] (5)
4. RESULTADOS OBTIDOS
Nesses 3 pontos, foram aferidos os dados do fluxo veicular, a fim de ter uma
estimativa do ruído. Desse modo, foi feita uma contagem simples dos veículos que passavam
pelos pontos por 15 minutos, de modo em que foram distinguidos os veículos pesados
(caminhões leves e pesados), veículos leves e motocicletas. Os dados das aferições estão
dispostos a seguir.
Após a realização do procedimento de coleta dos resultados, deu-se início aos cálculos
para obtenção dos valores de ruído de tráfego nos pontos de contagem.
● Modelo de Burgess
Para o cálculo do ruído de tráfego utilizando-se o modelo de Burgess, conforme
descrito na equação (1), foram considerados o volume 𝑄 de tráfego, medido em
veículos/hora, e a distância 𝑑 entre o ponto de medição e o centro da via (distância entre fonte
e receptor), medida em metros. Desta forma, como o volume de tráfego coletado foi em um
intervalo de 15 minutos, foi feita uma equivalência direta para cálculo do volume por hora
(multiplicação por 4). A distância 𝑑 considerada foi de 4 metros. Os resultados obtidos foram
dispostos na tabela a seguir:
● Planilha de Bolzano
O modelo de cálculo do ruído de tráfego proposto por Bolzano é feito utilizando-se
um cálculo relativamente complexo, no qual além das características de volume 𝑄 de tráfego
(medidos em veículos/dia) e da distância 𝑑 entre fonte e receptor (medida em metros), são
consideradas outras características do entorno, como as velocidades desenvolvidas pelos
veículos e diferença de altura entre emissor e receptor do ruído.
Desta forma, a distância 𝑑 utilizada foi de 4 metros, e os valores calculados de
veículos por dia foram dispostos na tabela a seguir:
● Tempo de monitoramento
Com o volume de veículos de cada ponto obtido, torna-se possível a realização do
estudo inicial para realização de uma outra análise de ruído de tráfego: a coleta de ruídos por
meio de aparelho de detecção. Nesse sentido, é necessário que seja feito o cálculo do tempo
de monitoramento, que diz respeito ao período mínimo em que deve ser realizada a coleta de
dados no local de interesse. Para o cálculo dessa grandeza, utilizou-se a equação (1), com erro
estimado de ±2,5 dB e calculada para cada ponto de interesse. Os resultados obtidos foram
dispostos na tabela a seguir:
6. QUESTÕES
Questão 01: Quais indicadores de ruído são utilizados neste caso (caso 01)?
Figura 3 - Caso 01
Questão 02: Quais indicadores de ruído são representativos neste caso (caso 02)?
Figura 4 - Caso 02
Os indicadores de ruído representados no segundo caso, figura 2, são flutuação sonora
expressiva da passagem de veículos na Avenida Colombo, possui também a influência do
fechamento e abertura do sinaleiro e dos automóveis, pesados e leves. É necessário realizar 3
situações temporais, três fechamentos e aberturas do sinaleiro, para obter um resultado mais
preciso. Dessa forma, o indicador de Nível de Intensidade Equivalente Sonora seria o ideal
para o caso, sendo que ele representa o nível médio de energia do ruído encontrado,
integrando-se os níveis individuais de energia ao longo de determinado período de tempo e
dividindo-se pelo período, em dB.
Questão 03: Como se pode fazer para proteger a área edificada da poluição
sonora?
Questão 04: Qual deve ser a altura a ser tomada como referência para
representar o centro de emissão dos veículos que trafegam pela via considerada?
A geração de ruído no tráfego pode ocorrer tanto do motor em baixas velocidades,
como a dos pneus em velocidades mais altas, além das variações de altura das diferentes
partes em diferentes tipos de veículos, levando em conta que o emissor está em uma altura
diferente, utiliza-se uma altura mais representativa do receptor em potencial, entre 1,2 e 1,5m.
Questão 05: Quais fatores são mais relevantes na mitigação (atenuação) do ruído
de tráfego?
Limitação de tráfego de tipos específicos de veículos em alguns horários, uso de
elementos que favoreçam a diminuição de velocidade, como lombadas, semáforos, radares e
a atualização do material das vias e aerodinâmica dos carros, a fim de reduzir o ruído gerado
pelos pneus e atrito com o ar, que acabam gerando um ruído mais intenso do que o próprio
motor do veículo.
Questão 06: A partir de qual valor a velocidade do veículo o ruído dos pneus
sobrepõem o ruído do motor?
De acordo com o gráfico abaixo, podemos estimar que o ruído dos pneus sobrepõe o
ruído do motor na velocidade de 35km/h.
Figura 6 - Gráfico velocidade do veículo x nível sonoro a 7,5m de distância.
Questão 07: Quantos veículos leves se equivalem aos veículos pesados em termos
de ruído?
Seguindo o estudo de Mestre e Wooten (1980) para cálculo do ruído emitido por
veículos de pequeno porte e caminhões pesados com uma distância de 15 metros como
referência, são utilizadas as seguintes expressões, respectivamente:
𝑁𝐼𝑆 𝐴[𝑑𝐵] = 1, 1758 + 15, 75 𝑙𝑛(60)
𝑁𝐼𝑆 𝐴[𝑑𝐵] = 65, 662
Questão 10: Quais Normas a Lei 218/1998 se refere? Quando uma norma possui
força de lei?
Analisando a Lei Complementar 218/1998 de Maringá, que dispõe sobre o controle e
a fiscalização das atividades que gerem poluição sonora, impõe penalidades e dá outras
providências, podemos concluir que ela tem como base as NBR 10151/2019 e NBR
10152/2017, além das normas do CONAMA. Pode-se ressaltar que uma norma possui força
de lei quando uma norma técnica específica é imposta de maneira definida pela lei, como é o
caso de estudo, a poluição sonora, descrita no item II da Resolução CONAMA 01/90.
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O nível de ruído quando acima do permitido, além de infringir a legislação vigente,
também causa diversos transtornos para a população que ali reside, bem como dificuldades
para dormir, problemas psicológicos, sociais e até mesmo traumas acústicos–principal causa
de perda auditiva irreversível–gerando uma perda de audição no decorrer do tempo.
Desse modo, através do modelo matemático de Burgess podemos estimar o nível de
ruído gerado por meio da contagem de veículos, o que tornou evidente a influência negativa
do ruído no local de aferição, visto que, perante a Lei Complementar nº 218 de 09 de janeiro
de 1998 da câmara municipal de Maringá, nos dias de semana, das 09 às 20 horas, os níveis
de ruído não podem ser superiores a 55 dB no período diurno e 45 dB no período noturno, o
que foi superado facilmente diante dos resultados obtidos.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS