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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TRANSPORTES
FORTALEZA
2021
Guilherme de Oliveira Parente - 471496
João Vitor Ramos Nogueira Ventura – 473190
Luan Pablo de Holanda Barros - 471051
FORTALEZA
2021
1. INTRODUÇÃO
É indiscutível que a mobilidade por meio de transportes motorizados foi
fundamental para o desenvolvimento social e físico das regiões do Brasil, é
fundamental que para uma rodovia ser criada, deve-se possuir um projeto
devidamente feito e que sigam as normas de regulamentação, condições de
pavimentação, sinalização, geometria e cronograma temporal e financeiro da
obra, pois muitas vezes a pista a ser criada será o principal meio de subsistência
de uma comunidade ou integração entre demais regiões. Portanto para garantir a
segurança e otimização dos recursos para construção da pista favorecendo os
condutores de veículos motorizados, torna-se essencial o estudo da infraestrutura
viária.
Sob a ótica do processo construtivo, uma rodovia para ser construída conta com
cortes do terreno e aterro, no qual irão nivelar da forma ideal o substrato em que
ocorrerá a inserção da camada de asfalto, diante disso, a parte fundamental da
obra é aquela que ocorre fora dela, no projeto feito por engenheiros que será
dimensionado a altura dos cortes, a superelevação da estrutura, a camada da
supra estrutura e infraestrutura a ser realizada, a logística da entrega dos
materiais que poderá ser no canteiro ou in loco, onde será o despejo de resíduos,
entre outros pontos que compõe o estudo para execução.
Após isso será feito o lançamento das tangentes, definições das curvas
horizontais e desenho do projeto em planta, assim como a tabela de corte e
aterro, o cálculo de superelevação e superlargura, as análises também das curvas
verticais e por fim o contexto que irá referenciar o feito, com perfis
longitudinais, plantas e desenhos, obedecendo todos os limites concedidos.
2. OBJETIVOS
Obter através do estudo de traçados e com domínio do software utilizado,
Civil 3D e juntamente com planilhas no Excel, por meio de cálculos, gráficos e
desenhos, a elaboração do projeto geométrico, contemplando todos os pontos
abordados no conteúdo da disciplina de Projeto e Construção de Infraestrutura
Viária, com fito de entregar a melhor solução para as características técnicas
empregues, para assim evoluir na execução de projetos rodoviários.
Tendo: emáx = 0,08; fmáx = 0,13 e Vp = 100 km/h. Com isso, será calculado o raio
mínimo:
100²
𝑅𝑚𝑖𝑛 = = 374,95 𝑚
127(0,08 + 0,13)
5. MEMORIAL DE CÁLCULO
- Curva horizontal simples:
Para o cálculo dos elementos da curva horizontal simples, são necessárias três
informações inicias: o valor do raio da curva, o ângulo central e a estaca do PI.
Já é conhecido o raio da curva de 765 metros; o ângulo central e a estaca do PI
são obtidos pela utilização do software AutoCAD Civil 3D. Com isso, temos o
AC = 44,95º e a estaca do PI = [78 + 14,29m] = 1574,29 metros.
Dessa maneira, é possível determinar o comprimento da curva(D), a tangente da
curva(T) e as estacas dos pontos PC e PT.
𝜋 𝑥 𝑅𝑐 𝑥 𝐴𝐶 𝜋 𝑥 765 𝑥 44,95
𝐷= = = 600,18 𝑚
180 180
𝐴𝐶 44,95
𝑇 = 𝑅𝑐 𝑥 𝑡𝑔 ( ) = 765 𝑥 𝑡𝑔 ( ) = 316,48 𝑚 = [15 + 16,48𝑚]
2 2
1145,916 1145,916
𝐺= = = 1,5°
𝑅𝑐 765
Estaca PC:
𝑃𝐶 = 𝑃𝐼 − 𝑇 = 1574,29 − 316,48 = 1257,81 𝑚 = [62 + 17,81𝑚]
Estaca PT:
𝑃𝑇 = 𝑃𝐶 + 𝐷 = 1257,81 + 600,18 = 1857,99 𝑚 = [92 + 17,99𝑚]
- Superelevação:
A superelevação é importante de ser implementada nas rodovias para garantir a
segurança e o conforto dos usuários no percurso da curva com transição; a
superelevação busca reduzir os efeitos das forças laterais nas cargas dos
semirreboques e seus motoristas no decorrer da via. A superelevação empregada
na via deste relatório foi de 6%, como já dito no momento de definir o raio das
curvas horizontais, abaixo do máximo permitido de 8%.
Com isso, é possível calcular o coeficiente de atrito transversal que será
efetivamente utilizado na via:
𝑉𝑝² 1002
𝑓= −𝑒 = − 0,06 = 0,04
127 𝑥 𝑅𝑐 127 𝑥 765
Como o valor é inferior ao coeficiente máximo de 0,13; temos um coeficiente
possível para a situação projetada.
É necessário definir o valor de Lt, sabendo que: os =-2%; e = 6% e Ls = 120 m;
é feito o seguinte cálculo:
𝑒𝑛 0,02
𝐿𝑡 = 𝐿𝑠 ( ) = 120 ( ) = 40 𝑚 = [2 + 0,00𝑚]
𝑒 0,06
Com isso, é possível determinar as estacas dos pontos SN, SP, OS e NS:
𝑆𝑁 = 𝑇𝑆 − 𝐿𝑡 = [105 + 10,15𝑚]
𝑆𝑃 = 𝑇𝑆 + 𝐿𝑡 = [109 + 10,15𝑚]
𝑃𝑆 = 𝑆𝑇 − 𝐿𝑡 = [160 + 17,66𝑚]
𝑁𝑆 = 𝑆𝑇 + 𝐿𝑡 = [164 + 17,66𝑚]
- Cálculo da superlargura:
Para determinar a superlargura da rodovia, devemos calcular inicialmente os
valores de GC, GL, GBD e FD. A fim de determinar esses parâmetros, já são
conhecidos os valores do raio de 765 metros e a largura da faixa de 3,6 metros;
além disso, sabemos que o veículo de projeto é um semirreboque, que possui
distância entre eixos(E) igual a 7,9 metros, balanço dianterio(BD) igual a 0,9
metros e sua largura(Lv) é igual a 2,6 metros:
𝐺𝑐 = 𝐿𝑣 + (𝑅 − √𝑅2 − 𝐸 2 ) = 2,64 𝑚
Figura 8 – Valores de GL
- Curvas verticais:
Foram projetadas três curvas verticais na rodovia, sendo duas côncavas e uma
convexa. Calcularemos as estacas e as cotas do pontos PCV e PTV das curvas,
mas será calculado de início a distância de visibilidade de parada(Df) o qual é o
mesmo para as considerações das três curvas. O coeficiente de atrito longitudinal
para uma velocidade de projeto de 100 km/h é igual a 0,29, segundo a tabela a
seguir:
Cálculos da curva 1:
i1 = -1,99%; i2 = 1,19%; i = i2 – i1 = 3,18% (curva côncava)
0,0318 𝑥 204,48²
Se Lv > Df: 𝐿𝑣 = 1,2+0,035 𝑥 204,48 = 159,11 𝑚 (hipótese falsa)
1,2+0,035 𝑥 204,48
Se Lv < Df: 𝐿𝑣 = 2 𝑥 204,48 − = 146,17 (hipótese verdadeira)
0,0318
Cálculos da curva 2:
i1 = -1,60%; i2 = 0,86%; i = i2 – i1 = 2,46% (curva côncava)
0,0246 𝑥 204,48²
Se Lv > Df: 𝐿𝑣 = 1,2+0,035 𝑥 204,48 = 123,08 𝑚 (hipótese falsa)
1,2+0,035 𝑥 204,48
Se Lv < Df: 𝐿𝑣 = 2 𝑥 204,48 − = 69,25 (hipótese verdadeira)
0,0246
Greide
x Greide
Estaca x(m) Flecha de
acumulado(m) Reto
Projeto
PCV=8+7,33 0 0 20,95 0 20,95
-
9 12,67 12,67 20,69787 20,69913
0,00126
-
10 20 32,67 20,29987 20,30311
0,00325
-
11 20 52,67 19,90187 19,9071
0,00523
-
12 20 72,67 19,50387 19,51109
0,00722
-
PIV=12+7,33 7,33 80 19,36 19,36595
0,00795
-
13 12,67 92,67 19,50877 19,51599
0,00722
-
14 20 112,67 19,74677 19,75201
0,00523
-
15 20 132,67 19,98477 19,98802
0,00325
-
16 20 152,67 20,22277 20,22403
0,00126
PTV=16+7,33 7,33 160 20,31 0 20,31
Tabela 5 – Locação da curva vertical 2
Greide
x Greide
Estaca x(m) Flecha de
acumulado(m) Reto
Projeto
PCV=47+10,0 0 0 16,64 0 16,64
-
48 10 10 16,48 16,48154
0,00154
-
49 20 30 16,16 16,16461
0,00461
-
PIV=49+10,0 10 40 16 16,00615
0,00615
-
50 10 50 16,086 16,09061
0,00461
-
51 20 70 16,258 16,25954
0,00154
PTV=51+10,00 10 80 16,34 0 16,344
Greide
x Greide
Estaca x(m) Flecha de
acumulado(m) Reto
Projeto
PCV=186+15,0 0 0 30,77 0 30,77
187 5 5 30,8085 0,000241 30,80826
188 20 25 30,9625 0,001203 30,9613
189 20 45 31,1165 0,002166 31,11433
190 20 65 31,2705 0,003128 31,26737
191 20 85 31,42 0,004091 31,42041
192 20 105 31,58 0,005053 31,57345
193 20 125 31,73 0,006016 31,72648
194 20 145 31,89 0,006978 31,87952
PIV=194+15,0 15 160 32,00 0,0077 31,9943
195 5 165 31,89 0,006978 31,87952
196 20 185 31,42 0,006016 31,41848
197 20 205 30,96 0,005053 30,95745
198 20 225 30,50 0,004091 30,49641
199 20 245 30,04 0,003128 30,03537
200 20 265 29,58 0,002166 29,57433
201 20 285 29,11 0,001203 29,1133
202 20 305 28,65 0,000241 28,65226
PTV=202+15,0 15 320 28,31 0 28,31
6. CONCLUSÃO
Portanto, foi possível aprovar o projeto detalhado acima, uma vez que,
seus resultados foram obtidos através de cálculos parametrizados e confirmados
a partir das respostas obtidas pelo Civil 3D, quando necessárias dadas as
cabíveis alterações ou explicações sobre os valores.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE
TRANSPORTES (DNIT). Manual de Projeto de Interseções.