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Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2016 - 1º sem

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 1


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2016 - 1º sem

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 2


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Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Barras comprimidas

1.Definições:
1.1. Elementos de uma seção:
São considerados elementos de uma seção, as suas partes componentes, tais como as mesas,
almas e abas.
1.2. Elementos comprimidos não enrijecidos = elementos AL (apoiados-livres)
São aqueles que apresentam uma borda livre , paralela a direção da tensão normal de
compressão, tais como: mesas de perfis I , H e U, abas de cantoneiras e enrijecedores
(nervuras).
A L

1.3. Elementos comprimidos enrijecidos = elementos AA (apoiados-apoiados)


São aqueles que apresentam duas bordas suportadas lateralmente em toda a sua extensão,
paralelamente a direção da tensão normal de compressão, tais como: almas de perfis I, U e H,
mesas de perfil caixão.
A A

1.4. Elementos comprimidos esbeltos e não esbeltos (Tabela F.1 da NBR 8800:2008):
Em função do valor da sua relação largura / espessura (b / t)lim , o elemento componente da
seção será considerado esbelto ou não esbelto.
Elementos com relações (b / t), iguais ou inferiores aos valores (b / t) lim da tabela F.1 da
NBR 8800:2008, são ditos não esbeltos ,
Elementos com relações (b/t) superiores aos valores (b/t) lim da tabela F.1 da NBR 8800:2008, são
ditos esbeltos.

2. Força axial resistente de cálculo (segundo 5.3.2 da NBR 8800:2008):


 Q Ag f y
N C , Rd  , onde:
 a1
Q = fator de redução total associado a flambagem local, definido no Anexo F da NBR
8800:2008;
Ag = área bruta da seção transversal da barra;
fy = tensão de escoamento do aço;
 = fator de redução associado à resistência à compressão, associado a flambagem elástica.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 3


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3.Determinação dos valores de Q para elementos comprimidos esbeltos e não esbeltos:


Q = fator de redução total associado a flambagem local dos elementos componentes da seção
transversal do perfil, sendo:
Q = Qs .Qa , onde:
Qs = fator de redução para elementos comprimidos AL;
Qa = fator de redução para elementos comprimidos AA;

3.1.Determinação dos valores de Q para elementos comprimidos não esbeltos:


Elementos com relações (b / t), iguais ou inferiores aos valores (b / t) lim da tabela F.1 da
NBR 8800:2008, são ditos não esbeltos e atingem a flambagem elástica sem sofrer flambagem
local (Q=1).

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 4


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4
Segundo F.2. : kc  , com 0,35  kc  0,76
h
tw

3.2.Determinação dos valores de Q para elementos comprimidos esbeltos:

Elementos com relações (b/t) superiores aos valores (b/t) lim da tabela F.1 , são ditos esbeltos e
atingem a flambagem local antes de atingir a flambagem elástica (Q < 1). Nestes casos, os
valores de Q são determinados no Anexo F da NBR 8800:2008, a saber:
Anexo F2 para elementos comprimidos esbeltos AL;
Anexo F3 para elementos comprimidos esbeltos AA e
Anexo F4 para paredes de elementos circulares comprimidos esbeltos.

4. Determinação dos valores do fator de redução associado à resistência à compressão (  ).

O fator de redução associado à resistência à compressão (  ), definido em 5.3.3 da NBR


8800:2008, é definido em função do índice e esbeltez reduzido 0 , definido em 5.3.3.2 da

referida norma, a saber:


Q . Ag . f y
0 
Ne

Onde:
Q, Ag e fy definidos em 2 e 3 deste capitulo;
Ne = força axial de flambagem elástica, especifica para cada tipo de simetria apresentada
pela seção do perfil e inversamente proporcional ao comprimento de flambagem por
flexão ( Kx lx ou Ky ly) e/ou ao comprimento de flambagem por torção ( Kz lz),
definidos em E.2.2 da NBR 8800:2008.

Para 0  1,5 :   0,658 


2
0
e

0,877
Para 0  1,5 :  , ou
0 2

Empregando a tabela 4 NBR8800:2008, a seguir.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 5


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TABELA 4: Valores de  em função do índice de esbeltez 0 (transcrita da NBR 8.800:2008)

0 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0
0,0 1,000 1,000 1,000 1,000 0,999 0,999 0,998 0,998 0,997 0,997 0,0
0,1 0,996 0,995 0,994 0,993 0,992 0,991 0,989 0,988 0,987 0,985 0,1
0,2 0,983 0,982 0,980 0,978 0,976 0,974 0,972 0,970 0,968 0,965 0,2
0,3 0,963 0,961 0,958 0,955 0,953 0,950 0,947 0,944 0,941 0,938 0,3
0,4 0,935 0,932 0,929 0,926 0,922 0,919 0,915 0,912 0,908 0,904 0,4
0,5 0,901 0,897 0,893 0,889 0,885 0,881 0,877 0,873 0,869 0,864 0,5
0,6 0,860 0,856 0,851 0,847 0,842 0,838 0,833 0,829 0,824 0,819 0,6
0,7 0,815 0,810 0,805 0,800 0,795 0,790 0,785 0,780 0,775 0,770 0,7
0,8 0,765 0,760 0,755 0,750 0,744 0,739 0,734 0,728 0,723 0,718 0,8
0,9 0,712 0,707 0,702 0,696 0,691 0,685 0,680 0,674 0,669 0,664 0,9
1,0 0,658 0,652 0,647 0,641 0,636 0,630 0,625 0,619 0,614 0,608 1,0
1,1 0,603 0,597 0,592 0,586 0,580 0,575 0,569 0,564 0,558 0,553 1,1
1,2 0,547 0,542 0,536 0,531 0,525 0,520 0,515 0,509 0,504 0,498 1,2
1,3 0,493 0,488 0,482 0,477 0,472 0,466 0,461 0,456 0,451 0,445 1,3
1,4 0,440 0,435 0,430 0,425 0,420 0,415 0,410 0,405 0,400 0,395 1,4
1,5 0,390 0,385 0,380 0,375 0,370 0,365 0,360 0,356 0,351 0,347 1,5
1,6 0,343 0,338 0,334 0,330 0,326 0,322 0,318 0,314 0,311 0,307 1,6
1,7 0,303 0,300 0,296 0,293 0,290 0,286 0,283 0,280 0,277 0,274 1,7
1,8 0,271 0,268 0,265 0,262 0,259 0,256 0,253 0,251 0,248 0,246 1,8
1,9 0,243 0,240 0,238 0,235 0,233 0,231 0,228 0,226 0,224 0,221 1,9
2,0 0,219 0,217 0,215 0,213 0,211 0,209 0,207 0,205 0,203 0,201 2,0
2,1 0,199 0,197 0,195 0,193 0,192 0,190 0,188 0,186 0,185 0,183 2,1
2,2 0,181 0,180 0,178 0,176 0,175 0,173 0,172 0,170 0,169 0,167 2,2
2,3 0,166 0,164 0,163 0,162 0,160 0,159 0,157 0,156 0,155 0,154 2,3
2,4 0,152 0,151 0,150 0,149 0,147 0,146 0,145 0,144 0,143 0,141 2,4
2,5 0,140 0,139 0,138 0,137 0,136 0,135 0,134 0,133 0,132 0,131 2,5
2,6 0,130 0,129 0,128 0,127 0,126 0,125 0,124 0,123 0,122 0,121 2,6
2,7 0,120 0,119 0,119 0,118 0,117 0,116 0,115 0,114 0,113 0,113 2,7
2,8 0,112 0,111 0,110 0,110 0,109 0,108 0,107 0,106 0,106 0,105 2,8
2,9 0,104 0,104 0,103 0,102 0,101 0,101 0,100 0,099 0,099 0,099 2,9
3,0 0,097 - - - - - - - - - 3,0

4.1 Determinação do força axial de flambagem elástica (Ne) (segundo o Anexo E da NBR 8800:2008).

a) Para seções com dupla simetria ou simétricas em relação a um ponto:

Adota-se para Ne, o menor dos valores dentre Nex, Ney ou Nez definidos em E.1.1;

b) Para seções monossimétricas, exceto o de cantoneiras simples previsto em E.1.4:

b-1) Para uma barra com seção transversal monossimétrica, cujo eixo y é o eixo de simetria:
Adota-se para Ne, o menor dos valores dentre Nex definido em E.1.2 a) ou Neyz definido em
E.1.2 b) da NBR 8800:2008.

b-2) Para uma barra com seção transversal monossimétrica, cujo eixo x é o eixo de simetria:
Adota-se para Ne, o menor dos valores dentre Ney e Nexz , obtidos conforme nota no item
E.1.2 b) da NBR 8800:2008.

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c) Para seções assimétricas, exceto o de cantoneiras simples previsto em E.1.4:

Adota-se para Ne, a menor das raízes da equação cúbica definida em E.1.3.

d) Para cantoneiras simples de abas iguais ou desiguais, conectadas por uma aba:

Adota-se para Ne, os valores calculados conforme E.1.4.1, E.1.4.2, E.1.4.3 ou E.1.4.4 da NBR
8800:2008.

4.2 Determinação dos valores dos coeficientes de flambagem por flexão (K x ou Ky)
(segundo E.2.1 da NBR 8800:2008).

Os valores teóricos dos coeficientes de flambagem por flexão (Kx ou Ky) de elementos isolados,
são dados na tabela E.1 abaixo, para condições ideais de contorno, ou seja, rotações ou
translações totalmente livres ou totalmente impedidas. Caso não se possa garantir tais condições,
deve-se usar os valores recomendados.

Conforme E.2.1.2, nos elementos contraventados (definidos em 4.9.5.2), adota-se Kx = 1,0 ou


Ky = 1,0, a menos que se demonstre que pode ser utilizado um valor menor.

Conforme E.2.1.3, nas barras de subestruturas de contraventamento (definidas em 4.9.5.1),


analisadas de acordo com as prescrições de 4.9.7, adota-se Kx = 1,0 ou Ky = 1,0.

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4.3 Determinação dos valores dos coeficientes de flambagem por torção (K z)


z

Rotação
O coeficientes de flambagem por torção (Kz) deve ser determinado impedida
por análise estrutural ou, simplificadamente tomado igual a:
Empenamento
livre lz
a) Kz = 1,0 quando as extremidades da barra possuírem
Rotação
rotação em torno do eixo longitudinal impedida e impedida
empenamento livre;
Assim, kz . lz = 1. lz = lz
z
b) Kz = 2,0 uma das extremidades da barra possuir rotação Rotação e empenamento
em torno do eixo longitudinal e empenamento livres e, livres
a outra extremidade, rotação e empenamento impedidos.
lz
Assim, kz . lz = 2. lz Rotação e empenamento
impedidos

4.4 Constantes de Empenamento (Cw) e dos Momentos de Inércia Torção (IT)

De uma maneira geral, seções transversais de barras sujeitas a torção perdem a planicidade
(empenam).

Vista lateral Seção Vista superior da barra empenada

Nas figuras abaixo:

C = (xc ,yc) = centro de cisalhamento;


G = (xg ,yg) = centro de gravidade;
x0 = distância entre xc e xg ;
y0 = distância entre yc e yg .

4.4.1 Seções transversais com constante de empenamento Cw = 0:

Existem alguns tipos de seções transversais que não estão sujeitas a empenamentos, com
Cw = 0, tais como:

- Seções circulares planas ou vazadas (Cw = 0 ):

C C

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- Seções abertas formadas de retângulos de espessura pequena em relação a largura, cujas


linhas médias concorrem num ponto C. (Cw = 0 ):

- Seção em cruz, seção Tê e seção em L: (Cw = 0 ):


C

- Seções caixão, com lados de pequena espessura, quando as resultantes das espessuras
concorrem em um ponto C (Cw = 0 ):
t1
)α1 α2( tg α1 = t4 / t1
t4 t2 tg α2 = t2 / t1
C tg α3 = t4 / t3
tg α4 = t2 / t3
)α3 α4 (
α1 t4

Casos Particulares:

Retângulo de lados a e b, espessuras iguais a ta e tb ;

ta
b

tb C tb ( a / t a ) = ( b / tb )

a ta

Quadrado de lado a e espessurata constante igual a t.

t
a
C
t t

a t

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4.4.2 Constantes de torção (momento de inércia a torção) It e módulo resistente a torção Wt


de algumas seções:

a) Seções circulares maciças ou vazadas:

 D4 2 It It
It  , Wt  
32 D R

  D4  d 4  2 It It
It  , Wt  
32 D R

b) Seções abertas formadas por n elementos retangulares de pequena espessura:

b1

t1 n

t2 b t 3
i i
It
b2 It  i 1
; Wt 
3 tmax
t3
b3

Exemplo:

c) Seções caixão:

ta

4 a 2 b2
It  e Wt  2 a b tmin
tb tb b  b a
2   
 tb ta 
ta

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d) Seções abertas em geral, de pequena espessura:

Neste caso, as expressões do item anterior podem ser generalizadas para seção aberta de
pequenas espessuras.
1 I
I t   t 3 ds e Wt  t
3 A tmax

No caso de espessura constante igual a t:


1 3 t2 l
It  t l e Wt 
3 3

4.4.3 Constantes de torção (momento de inércia a torção) It e constante de empenamento


Cw de algumas seções mais usuais:

Onde:
G = ( xg , xg ) = centro de gravidade da seção
C = ( x0 , y0 ) = centro de torção da seção, onde x0 e y0 são medidos a partir do centro de
gravidade G, paralelamente aos eixos x e y respectivamente.

1
It 
3
 
2 b f t 3f  b tW3 , onde b = d - tf.

b
C=G
I
CW  y d  t f 2

4
G  0,0
C  x0 , y0   0,0

C t1
1
It 
3

b1 t13  b2 t23 , 
G

b2 CW 
1 3 3
36

b1 t1  b23 t23 
C  x0 , y0  onde: x0  xG 
t2 t1
t2 b1 e y 0  yG 
2 2

tf
It 
1
3

2 b1 t 3f  b2 tW3 
C G b2
CW 
t f b f  0,5 tW   b   3b  0,5t t  2b t
3 2
2 f W f 2 W

 
 6 b  0,5 t t  b t
tW
12 f W f 2 W 
C  x0 , 0 , onde y0  yG  0
tf
b1

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5. Exercícios resolvidos:

Assunto: Compressão em seção com dupla simetria.

5.1. Determinar o valor da máxima carga axial de cálculo ( Nd = Nc,sd ), que pode ser aplicada na peça
comprimida abaixo, considerando:
a) Aço ASTM A-36 com :
fy=250 MPa, fu=400 MPa, E=200.000 MPa e G=77.000 MPa;
b) Coluna articulada e contraventada nos nós A e B, para flexão
em torno dos dois eixos principais centrais de inércia,
c) Rotação em torno do eixo longitudinal z impedida em A e B;
d) l = 8.000 mm;
e) Combinação normal;
f) Características do perfil empregado:
Ag = 142,8 cm2 ; d = 300,0 mm
rx = 13,0 cm ; ry = 7,7 cm
bf = 300,0 mm ; tf = 19,0 mm
h = 262,0 mm ; tw = 11,0 mm
Ix = 24.186,8 cm ; Iy = 8.552,9 cm4
4

Perfil soldado
Solução :

Verificação da estabilidade local: Relações b / t da tabela F1 da NBr 8800:2008:

(FLA) Flambagem local da alma: Elementos comprimidos AA, grupo 2.


b E 200.000
   1,49  1,49  42
 t  lim fy 250
b h 262 b
   23,8     42 , portanto não há FLA, Qa = 1,0.
t tW 11  t  lim
(FLM) Flambagem local da mesa: Elementos comprimidos AL, grupo 5.
b E 4
   0,64 , com kc  e 0,35  kc  0,76
 t lim fy h
kc tw
4
kc   0,82 > 0,76. Portanto adota-se kc =0,76.
262
11
bf 300
b
 2  2  7,9 <  b   0,64 200.000
= 15,8 .
t tf 19  t  lim 250
0,76

Portanto não há FLM, Qs = 1,0.


Assim, Q= Qs.Qa = 1,0

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Determinação da estabilidade global (flambagem elástica) : seção com dupla simetria.


Força axial de flambagem elástica (Ne), em seção com dupla simetria:
Segundo E.1.1 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo;
Segundo E.2.1.2 da NBR 8800:2008, para barras contraventadas, adota-se Kx = Ky =1,0;
Segundo E.2.2 da NBR 8800:2008, para barras com rotação impedida nas extremidade, Kz=1,0
 2 E I x  2 x 20.000 x 24.186,8
Ne x    7.459,8 kN
( kx lx )2 (1 x 800 ) 2
 2 E Iy  2 x 20.000 x 8552,9
Ne y    2.637,9 kN
( k y l y )2 (1 x 800 ) 2
1 2 E CW 
Ne z    GJ  onde:
 K z lz 
2
r02 
J = I t   2 b f t 3f  b tW3  =  2 . 30 . 1,93  28,1 . 1,13  onde: b = d - tf = 30 - 1,9 = 28,1 cm
1 1
3 3
4
J = It =149,65 cm

CW  y  d  t f  =
I 2 8.552,9
 30 1,9 2  CW = 1.688.363,84 cm6
4 4
r0  r x
2

 ry2  x02  y02 = 132

 7,72  02  02 = 15,1 cm

1  2 x 20.000 x 1.688.363,84 
 Ne z  2 
 7.700 x 149,65 = 7.335,25 kN
15,1  1 x 8002

Adota-se N E  N Ey  2.637,9 kN (o menor)

Índice e esbeltez reduzido:


Q . Ag . f y 1 x 142,8 x 25
0  =  1,16 < 1,5
Ne 2.637,9
Portanto 0  1,5    0,658 
2
0
ou

com o uso da tabela 4: 0  1,16  1,10  0,06    0,569

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y 0,569 x 1 x 142,8 x 25
N C , Rd  =  N C , Rd  1.847 kN
 a1 1,1

Máxima combinação das ações de compressão de cálculo:

Do dimensionamento em estados limites últimos, fazendo Nd = Fd = NC , Rd , vem:


Nd = Nc,sd =1.847 kN

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 13


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Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo y.

5.2. Para a barra comprimida 8-10 do trecho de tesoura abaixo, pede-se:


1) Verificar a sua esbeltez, pelos limites da NBR 8800:2008;
2) Determinar o valor da máxima ação nominal característica "Q K", devida a sobrecarga, a ser apli-
cada nessa barra, em função da sua capacidade a compressão simples.
Dados:
a) 50 MPa, fu=400 MPa, E=200.000 MPa e G= 77.000 MPa;
b) Perfil empregado: 3"x 3" x 1/4" = 76 x 76 x 6,35 mm, com: Ag = 18,58 cm2,
rx = 2,36 cm; ry = 3,37cm; rz min = 1,50 cm; yg = 2,13 cm ; Ix = 100 cm4 e Iy = 207 cm4 ;
c) Nós contraventados no plano perpendicular à treliça: 1, 2, 5, 6, 9, e 10;
d) Combinação normal: Fd = G GK + Q QK, com: G = 1,4, Q = 1,5 e GK = 24,5 kN;
e) Chapas de ligação com t = 1/4" = 6,35 mm;
f) Adotados 2 (dois) espaçadores (presilhas) entre nós (mínimo de norma);
g) As barras estão travadas contra rotação nos nós.

Solução:

1) Verificação da esbeltez: ( por norma, K = 1 para barras de tesouras ).

Trecho de duplas cantoneiras entre nós contraventados:

K .l x 1 . 208
x    88  200  OK
rx 2,36
K .l y 1 . 193  208
y    119  200  OK
ry 3,37

Trecho de cantoneiras simples entre presilhas:

208
2 presilhas  3 espaços  l1   l1 = 69,3 cm.
3

K l1 1 . 69,3 1 k l 1
1    46,2 <    . 119  59,5  OK ,
rz min 1,5 2  r  max 2

(não sofre flambagem elástica como cantoneira simples)

O perfil adotado verifica as limitações de esbeltez da NBr 8800:2008. Aceita-se.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 14


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2) Capacidade a compressão simples:

Verificação da estabilidade local (Anexo F)

(neste caso, há apenas abas, portanto elementos comprimidos AL)

b E 200.000
Tabela F 1, elementos AL, grupo 3:    0,45  0,45  12,73  13
 t lim fy 250
b 3" 76 b
t

  
1 " 6,35
4
 12     13 ; assim, não há perda de estabilidade local
 t  lim

 Q = Qa = 1

Flambagem elástica:

Força axial de flambagem elástica (Ne) em seção com simetria em relação ao eixo y.

Segundo E.1.2 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo dentre e
Nex e Neyz .

 2 E Ix
Ne x 
( kx lx )2

 2 x 20.000 x 100
onde: N E x   N E x  455,79 kN
( 1 x 208 ) 2

   y 2  
 4 N ey N ez  1  0   
N ey  N ez    r0   
ou Ne y z   1 1 
  y 2   N ey  N ez  2

2  1  0    
  r0    
 

onde:
 2 E Iy  2 x 20.000 x 207
Ne y   NE y 
( k y l y )2 (1 x 401 ) 2

N E y  253,85 kN

1   2 E CW 
Ne z  2  K l  2  GJ 
r0  z z 

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 15


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com:
y C

Cw = 0 t y0 yG
G
A
x0 = 0
t 0,635
y0  yG  = 2,13  y
2 2
y0  1,81 cm

 C = ( x0 , y0 ) = ( 0 ; 1,81 )

r0  rx
2

 ry2  x02  y02 =  2,36 2

 3,37 2  0 2  1,812 = 4,5 cm

J = 2. I t  2
1
3
 
b1 t13  b2 t 23 onde:

t 6,35
b1 = b2  A  =  76 
2 2
b1 = b2 = 72,8 mm  7,3 cm

J = 2. I t  2
1
3
 
7,3 . 0,635 3  7,3 . 0,635 3 = 2,5 cm4

Kz = 1,0 ,

lZ = 208 cm

1  2 x 20.000 x 0 
 Ne z    7.700 x 2,5 = 950,62 kN
4,52  1 x 208
2

Assim,
   1,81  2  
 4 x 253,85 x 950,62  1    
253,85  950,62    4,5   
Ne y z   1 1 
  1,81  2   253,85  950,622 
2  1     
  4,5    

N e y z  240,65 kN

Portanto, dentre Nex e Neyz , adota-se: N e y z  240,65 kN (o menor)

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 16


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Índice de esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y 1 .x 18,58 x 25
0  =  1,39 < 1,5
Ne 240,65

Portanto 0  1,5    0,656 0


2

ou com o uso da tabela 4:

0  1,39  1,30  0,09    0,445

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y
N C ,Rd 
 a1

0,445 x 1 x 18,58 x 25
N C , Rd 
1,1

N C ,Rd  187,91 kN

Máxima combinação das ações de compressão de cálculo:

Do dimensionamento em estados limites últimos:

NC,Sd =1,4 . 24,5 + 1,5 . Qk  N C , Rd

Na condição limite, a máxima combinação das ações de cálculo corresponde a:

NC,Sd = NC,Rd

 NC,Sd = 1,4 x 24,5 + 1,5 x Qk = 187,91 kN,

donde : QK = 102,41 kN

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 17


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Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo x.

5.3. Para a coluna axialmente comprimida ao lado esquematizada, pede-se determinar, pelo critério da
NBR 8800:2008 o valor da máxima carga axial de compressão NC,Sd ,a ser suportada pela mesma.
Dados:
a) Aço ASTM A-36, com: fy = 250 MPa, fu = 400 MPa;
E = 200.000 MPa, G = 77.000 MPa;
b) Para o plano A-A, adotar LA= 1.200 mm, para o plano B-B,
adotar LB = 5.400 mm, onde LA e LB são distâncias entre
pontos contraventados nos respectivos planos, através de
sistema estrutural não representado;
c) No plano A-A, o perfil é articulado no topo e na base, com
translação impedida.
No plano B-B, o perfil é engastado na base e no topo, apre-
sentando translação livre nesse ponto;
d) A rotação em torno do eixo longitudinal está impedida no
topo e na base da coluna, por sistema estrutural não repre-
sentado;
e) Medidas em milímetros;
f) Perfil laminado U 8” x 24,2 kg/m,
empregado como coluna:

Ag= 20,8 cm2 = xG


r x = 7,4 cm Ix = 1.667,0 cm4 x h
d
ry = 1,5 cm Iy = 72,9 cm4 CT CG

bf = 61,8 mm IT = J = 10,1 cm4 x0


tf = 9,9 mm CW = 5.910,8 cm6
d = 203,2 mm xG = 1,4 cm
tw = 10,0 mm x0 = 13,3 cm
h = d - 2 tw = 183,4 mm Plano A-A Plano B-B

Solução:

Verificação da estabilidade local: Relações b / t da tabela F1 da NBr 8800:2008:

(FLA) Flambagem local da alma: Elementos comprimidos AA, grupo 2.


b E 200.000
   1,49  1,49  42
 t  lim fy 250

b h 183,4 b
   18,34     42,1
t tW 10  t  lim

b b
Como    , não há FLA, Qa = 1,0.
t  t  lim

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(FLM) Flambagem local da mesa: Elementos comprimidos AL, grupo 5.

b E 200.000
   0,56  0,56  15,8
 t  lim fy 250

b b f 61,8 b
   6,24 <   = 15,8
t tf 9,9  t  lim

Portanto não há FLM, Qs = 1,0.

Assim, Q = Qs . Qa = 1,0

Flambagem elástica:

Determinação dos planos de flambagem:

Flambagem por flexão no plano y-y (em torno do eixo x-x):

Plano A-A = plano y-y

LA = Ly = 120 cm;

KA = Ky = 1 ;

 2 E Iy  2 x 20.000 x 72
Ne y   NE y   N E y  998,3 kN
( k y l y )2 (1 x 120 ) 2

Flambagem por flexão no plano x-x (em torno do eixo y-y ):

Plano B-B = plano x-x

LB = Lx = 540 cm ;

KB = Kx = 1,2 ;

 2 E Ix  2 x 20.000 x 1.667
Ne x   NE x   N E x  782,84 kN
( kx lx )2 (1,2 x 540 ) 2

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 19


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Flambagem por torção em torno do eixo longitudinal z: (segundo E 1.1.c da NBR)


z
Segundo E 2.2 da NBR:
Rotação
impedida
Kz = 1 (duas extremidades co rotação impedida)

LA = 120 cm A favor da segurança, por constar no denominador da fórmula de


LB = 540 cm NEz , adota-se o menor dentre os valores de LA e LB.
Assim, Lz = LA= 120 cm .

Rotação
impedida 1  2 E CW 
Ne z  2 
 GJ 
r0  K z lz 2

r0  rx2  ry2  x02  y02 = 7,4 2  1,52  13,32  0 2  r0  15,29 cm

1  2 x 20.000 x 5.910,8 
Ne z    7.700 x 10,10   N e z  678,9 kN
15,29 2  1 x 120 2 

Força axial de flambagem elástica (Ne) em seção com simetria em relação ao eixo x.

Segundo E.1.2 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo dentre Nex e Neyz .

 2 E Iy
Ne y  = 998,3 kN (calculado na página anterior)
( k y l y )2
ou
N e x z , calculado, conforme item E 1.2.b da NBR 8800:2008 para seções com simetria em relação
ao eixo x, a partir da fórmula:
   y 2  
 4 N ey N ez  1  0   
N ey  N ez    r0   
Ne y z   1 1  , trocando-se y por x e y0 por x0.
  y 2   N ey  N ez 2 
2  1  0    
  r0    
 

   x 2  
 4 N ex N ez  1  0   
N ex  N ez    r0   
Portanto: N e x z   1 1 
  x 2   N ex  N ez 2 
2  1  0    
  r0    
 

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 20


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   13,3  2  
 4 x 782,84 x 678,9  1    
782,84  678,9    15, 29   
Ne x z   1 1 
  13,3  2   782,84  678,92 
2  1     
  15,29    

N e x z  388,75 kN

Assim, dentre N e y = 998,3 kN e N e x z  388,75 kN , adota-se o menor

Portanto N E  N e x z  388,75 kN

Índice de esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y
0 
Ne

1 x 20,8 x 25
0   1,16 < 1,5
388,75

0  1,16 < 1,5

Com o uso da tabela 4, para 0  1,16    0,569

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y
N C , Rd 
 a1

0,569 x 1 x 20,8 x 25
N C , Rd 
1,1

N C ,Rd  268,8  269 kN

Assim, a máxima carga axial e compressão a ser aplicada no perfil é:

NC,Sd = N C , Rd  269 kN

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Assunto: Compressão em seção cantoneira simples de abas iguais.

5.4. Da cantoneira de abas iguais comprimida, ao lado esquematizada, com as duas abas fixadas por
parafusos nas suas extremidades, pede-se:
a) Verificar a esbeltez pelo critério da NBR 8800:2008;
b) Verificar pelo critério da NBR 8800:2008 a estabilidade local;
c) Determinar o valor da máxima carga axial de compressão a ser aplicada no
centro de gravidade da seção;
Dados:
1) Aço COS-AR-COR-500, com fy = 375 MPa e fu = 490 MPa, E = 200.000 MPa e
G = 77.000 MPa;
2) Lx = Ly = Lz = 4.000 mm (distância entre pontos contraventados)
3) Adotar Kx = 1,2 , Ky = 0,65 e Kz = 1;
4) Perfil empregado: antigo perfil de fabricação da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN):
L A x A x t = L 4” x 4” x 3/8” = L 101,6 x 101,6 x 9,52 mm
Características da seção, segundo catálogo da CSN:
Ag = 18,45 cm2
Ix = Iy = 183,00 cm4
rx = ry = 3,12 cm
rz min = 2,00 cm
xG = yG = 2,90 cm Detalhe das extremidades da barra:
As duas abas a cantoneira estão
ligadas por parafusos.
Solução:

K l z 1 . 400
a) z    200 = max  200 OK
rz min 2,0
b) Flambagem local de aba de cantoneira simples: Elementos comprimidos AL, grupo 3.

b E 200.000
   0,45  0,45  10,39
 t lim fy 375

b A 101,6 b
   10,67 >   = 10,39 , há flambagem local, Qs < 1,0.
t t t 9,52  t  lim
Segundo o anexo F, Item F2:
E b E
Para elementos comprimidos AL com 0,45  10,39   10,67  0,91  23,09 ;
fy t fy

b fy
vem: Qs  1,34  0,76
t E
101,6 375
Qs  1,34  0,76  0,989
9,52 200.000

Assim, Q = Qs = 0,989

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c) Neste caso tem-se cantoneira simples conectada pelas duas abas. Assim, segundo E.1.3, para
seções assimétricas , exceto cantoneiras simples previstas em E.1.4 (conectadas por ma aba),
vem:

A força axial de flambagem Ne é dada pela menor das raízes da equação cúbica abaixo:

2 2

Ne  Nex  Ne  Ney  N e  N ez  - N Ne  Ney   x0  - Ne2 Ne  Nex   y0  = 0
2
e
 r0   r0 
ou na forma geral (simplificado pela disciplina):
  x 2  y 2   x  2  y0 
2

1        N e    N ey    N ex  N ex  N ey  N ez  N e2 
0 0 3 0

  r0   r0    r0   r0  
 
N ex N ey   N ex N ez   N ey N ez  N e   N ex  N ey  N ez  = 0
Onde:
t 0,952
x0  xG  = 2,9  = 2,43 cm
2 2

t 0,952
y 0  yG  = 2,9  = 2,43 cm
2 2

r0  rx
2

 ry2  x02  y02 =  3,12 2

 3,12 2  2,432  2,432 = 5,59 cm

Flambagem por flexão:

Lx = 400 cm ; Kx = 1,2 ;
 2 E Ix  2 x 20.000 x 183
Ne x   NE x   N E x  156,62 kN
( kx lx )2 ( 1,2 x 400 ) 2

Ly = 120 cm; Ky = 0,65 ;


 2 E Iy  2 x 20.000 x 183
Ne y   NE y   N E y  533,82 kN
( k y l y )2 ( 0,65 x 400 ) 2

Flambagem por torção:

1  2 E CW 
Ne z  2 
 GJ 
r0  K z lz 2

lz = 400 cm ; Kz = 1,0 ;
1

J = I t  b1 t13  b2 t 23
3

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t t
b1  b2  A  = b1  b2  A  = 9,68 cm
2 2
J = It 
1
3
 
9,68 x 0,952 3  9,68 x 0,952 3 = 5,57 cm4

CW 
36

1 3 3
b1 t1  b23 t23 
CW 
1
36

9,683 x 0,952 3  9,683 x 0,952 3 = 43,48 cm6 

1  2 x 20.000 x 43,48 
Ne z    7.700 x 5,57   N e z  1374,24 kN
5,59 2  1 x 400 2 

Assim, na expressão:

  x 2  y 2   x  2  y0 
2

1        N e    N ey    N ex  N ex  N ey  N ez  N e2 
0 0 3 0

  r0   r0    r0   r0  
 
N ex N ey   N ex N ez   N ey N ez  N e   N ex  N ey  N ez  = 0
Vem:

  2,43  2  2,43  2 
1       N e3 
  5,59   5,59  
 
 2,43  2  2,43 
2

  533,82    156,62  156,62  533,82  1374,24 N e2 
 5,59   5,59  

 156,62 x 533,82  156,62 x 1374,24  533,82 x 1374,24 N e 

  156,62  533,82  1374,24  0

donde: 0,622 Ne3 + (-1.934,209) Ne2 + 1.032.437,154 Ne + (-2.064,68) = 0

ou: Ne3 + (-3.109,661) Ne2 + 1.659.866,81Ne + (-3.319,42) = 0

Raizes:
r1 = 0 kN; r2 = 2425,25 kN; r3 = 684,41 kN (calculadas por método não aqui demonstrado)

r1 = 0 kN, não tem significado.

Adota-se r3 = Ne = 684,41 kN (o menor)

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 24


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Índice de esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y
0 
Ne

0,989 x 18,45 x 37,5


0   0,999 < 1,5
684,41

0  0,999 < 1,5

Com o uso da tabela 4, para 0  0,99989 = 1,00    0,658

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y
N C , Rd 
 a1

0,658 x 0.989 x 18,45 x 37,5


N C , Rd 
1,1

N C ,Rd  409,3 kN

Assim, a máxima carga axial e compressão a ser aplicada no perfil é:

NC,Sd = N C ,Rd  409,3 kN

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6. Exercícios propostos para aula:

Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação a y.

6.1 Da tesoura de um telhado em duas águas abaixo esquematizada, pelos critérios da


NBR8800:2008, pede-se verificar a esbeltez da diagonal 11-14 considerando-a comprimida.
Dados:
1) Perfil empregado na barra 11-14:
Cantoneira dupla de abas iguais 2 1/2”x 2 1/2”x1/4” = 64 x 64 x 6,3 mm com:
rx = 1,98 cm; ry = 2,90 cm;
2) Cantoneira simples de abas iguais entre presilhas (espaçadores)
2 1/2”x 2 1/2”x 1/4”= 64 x 64 x 6,3 mm, com: r z min = 1,24 cm;
3) Usar dois espaçadores (presilhas) entre nós;
4) Esquema estrutural de meia tesoura de um telhado em duas águas.

14
12
10

) 14,73780 8
6
4 13 3385
2
9
500

1 3 5 7 11 15
500 1828 1828 1828 1828 1828 1828

11468

(Sem escala, medidas em milímetros )

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Assunto: Dimensionamento a compressão de barras comprimidas duplamente simétricas

Ex 6.2: Para o segmento AB de coluna do trecho de pórtico abaixo representado, pede-se verificar a
sua suficiência a compressão axial pelos critérios da NBR 8800:2008.
Dados:
1) Carga axial de cálculo de compressão: NC,Sd = 2.121,0 kN;
2) Material: Aço ASTM A-572, grupo 3, grau 50 com:
E = 200.000 MPa, fy =345 MPa, fu = 450 MPa, e G=77.000 MPa;
3) Seção soldada empregada: CVS 350 x 87 kg/m, com:
d = 350,0 mm ; h = 318,0 mm ; t w = 9,5 mm ; bf = 250 mm ; tf = 16 mm;
Ag= 110,2 cm2 ; Cw = 1.162.675 cm6 ; It = 78 cm4
r x = 15,02 cm; Ix = 24.874,00 cm4 ; Wx = 1.421,0 cm3 ; Zx = 1.576,0 cm3
ry = 6,15 cm ; Iy = 4.169,00 cm4 ; Wy = 333,4 cm3 ; Zy = 507,0 cm3
4) Condições de extremidades da barra:
A coluna é engastada na base para momentos atuando em torno dos dois eixos principais
centrais de inércia;
No plano do pórtico, a viga é restringida na rotação na coluna no ponto B, porém o ponto B
está livre para sofrer translação;
No plano perpendicular ao do pórtico, a coluna apresenta continuidade e o ponto B está
contraventado;
5) Na determinação dos comprimentos de flambagem, usar os valores recomendados pela
norma;
6) Distância da base (ponto A) ao eixo da viga (ponto B): L = 6.300 mm.

B B
seção empregada

L
contraventos

A A

Plano do pórtico Plano perpendicular ao do pórtico


(Parcial) (Parcial)

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Assunto: Compressão em seção esbelta, monossimétrica em relação a y-y.

Ex 6.3. Para o trecho de tesoura de telhado abaixo representada, considerando o seu banzo superior sujeito
a esforços de compressão, pede-se:
a) Usando duplas cantoneiras de abas iguais, pré-dimensionar pelo critério do índice prático de esbel-
tez, a barra C-D.
b) Determinar o valor da resistência de cálculo NC,Rd da barra A-B, em dupla cantoneira de abas
desiguais 3 1 / 2” x 2 1 / 2” x 3 / 16”, unidas pela menor aba;
E
D
C
B
A

Dados:

a) Distância entre os nós do banzo superior: 1.000 mm;


b) Aço ASTM A-36 com fy = 250 MPa, fu = 400 MPa , E=200.000 MPa e G = 77.000 MPa;
c) Chapas de ligação com t = 1/4" = 6,35 mm;
d) Nós contraventados no plano do telhado: A, C e E;
e) Adotar espaçadores (presilhas ) a cada 250 mm;
f) Perfil empregado:
A1 x A2 x t = 3 1 / 2” x 2 1 / 2” x 3 / 16” = 88,9 x 63,5 x4,76 mm
com:
Ag = 14,06 cm2 ; yG = 1,50 cm A1 y
Ix= 49,94 cm4 ; Iy= 249,53 cm4 ;
yG
rx = 1,88 cm ; ry = 4,22 cm A2
x x
b1 = 3 1 / 2” = 88,9 mm;
b2 = 2 1 / 2” = 63,5 mm ; yG = 1,50 cm
y

Cantoneira simples com:


Ag = 7,03 cm2 e rz min = 1,40 cm

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Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo x.


Ex 6.4: Para a coluna P1do pórtico abaixo representado, pede-se:
a) Verificar a esbeltez pelo critério da NBR 8800/2008;
b) Determinar, pelo critério da NBR 8800/2008 o valor da máxima carga axial de compressão
NC,Rd , a ser suportada pela mesma.
Dados:
1) Aço ASTM A-36, com fy =250 MPa e fu = 400 MPa, E = 200.000 MPa e G = 77.000 MPa;
2) Para o plano perpendicular ao pórtico, adotar LA= 1.300 mm;
para o plano do pórtico, adotar LB = 2.600 mm;
onde LA e LB são distâncias entre pontos contraventados nos respectivos planos e a base da
coluna, através de sistema estrutural não representado;
3) Colunas engastadas nas bases;
4) Colunas contraventadas por sistema estrutural não representado, nos seguintes pontos: C no
plano do pórtico; B e C no plano perpendicular ao pórtico;
5) Medidas em milímetros;
6) Perfil laminado U 6” x 15,6 kg/m, empregado como coluna:

1300
P1
B 2600

1300

Plano do pórtico = plano BB

= xG
d x h
CT CG

x0

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7. Exercícios propostos para casa:


Assunto: Compressão em seção com dupla simetria, perfil soldado.
Ex 7.1. No pórtico abaixo, determinar o valor da máxima carga de compressão de cálculo NC,Rd a ser
aplicada no trecho C-D da coluna P3.
Dados:
a) Aço ASTM A-36, com: fy = 250 MPa, fu = 400 MPa; E =200.000 MPa, G = 77.000 MPa;
b) As colunas são contínuas e as vigas são rigidamente ligadas às colunas metálicas;
c) Em todos os nós da estrutura, a rotação das colunas em torno dos seus eixos longitudinais
está impedida por sistema estrutural não representado;
d) A viga do plano perpendicular ao pórtico, no ponto C tem a rotação e translação impedidas
por sistema estrutural não representado;
e) Perfil laminado empregado no trecho CD da coluna P3: W 250 x 44,8 kg/m.

Bases das colunas Ligação viga-concreto

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Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo y.

Ex 7.2: Para o trecho de tesoura de telhado abaixo esquematizado, considerando o seu banzo superior
comprimido, pede-se determinar o valor da resistência a compressão de cálculo NC,Rd da barra
A-B.
Dados:
1) Aço ASTM A-36, com fy =250 MPa , fu = 400 MPa e E = 20.000 MPa;
2) Distância entre nós do banzo superior: 1000 mm;
3) Usadas duas presilhas (espaçadores) equidistantes entre nós;
4) Nós contraventados no plano do telhado: A, C e E;
5) Chapas de ligação e presilhas com espessura t=1/4”;
6) 1” = 25,4 mm;
7) Perfil empregado: dupla cantoneira de abas iguais 2” x 2” x ¼”, com:
Ag = 12,12 cm2; rx = 1,55 cm ; ry = 2,39 cm; Ix = 29,20 cm4; Iy = 129,14 cm4 ;
rz min = 1,24 cm (da cantoneira simples)

E
D
C
B
A

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Assunto: Dimensionamento a compressão de barra comprimida monossimétrica em relação ao


eixo y.

Ex 7.3: Da tesoura de um telhado em duas águas abaixo esquematizada, pelos critérios da NBR
8800/2008, pede-se determinar a resistência a compressão do banzo superior (linha de A até E);
Dados:
1) Aço ASTM A-572 grau 65, com fy =405 MPa , fu =550 MPa, E= 200.000 MPa e G =77.000 MPa
2) Nós contraventados no plano perpendicular à tesoura, por sistemas estruturais não representados:
A, C, E e G;
3) Chapas de ligação e presilhas com espessura t=1/4” = 6,35 mm;
4) 1” = 25,4 mm;
5) Perfil empregado nas barras do banzo superior (barras da linha de A até E):
Dupla cantoneira de abas iguais
2 1/2” x 2 1/2” x 3/16” = 64 x 64 x 4,76 mm, com: Ag = 11,60 cm2,
rx = 1,98 cm ; ry = 2,87 cm ; yG = 1,75 cm ; Ix = 46,00 cm4 ;
Iy = 95,70 cm4 ; Cw = 0 ; x0 = 0 ; y0 = 1,51 cm ; J = 0,886 cm4 ;
Cantoneira simples de abas iguais entre presilhas (espaçadores)
2 1/2”x2 1/2”x 3/16”= 64 x 64 x 4,76 mm, com: r z min = 1,24 cm;
6) Presilhas (espaçadores): empregadas três presilhas entre nós do banzo superior ;
7) Esquema estrutural de meia tesoura de um telhado em duas águas

1600

1600 E

1600 D
1600 C
I 3200
B

(medidas em milímetros).
A G
F
1847 1848 924 924

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Assunto: Compressão em seção monossimérica em relação a y.

Ex 7.4. Para a tesoura abaixo representada, pelos critérios da NBr 8800:2008, pede-se:
a) Pré-dimensionar, pelo critério do índice de esbeltez, o seu banzo superior, empregando duplas
cantoneiras de abas iguais;
b) Para a seção adotada no item anterior, projetar os espaçadores e verificar a suficiência quanto
a esbeltez;
c) Dimensionar a barra 4-6, empregando dupla cantoneira de abas iguais.

Dados:

a) Aço ASTM A-36, com fy = 250 MPa, fu = 400 MPa , E=200.000 MPa e G = 77.000MPa;
b) Pontos contraventados no plano perpendicular à tesoura:
1,2,5,6,9,10,13,14,17 e 18;
c) Inclinação do telhado:  = 27º;
d) Esforços nominais de compressão na barra 4-6:
NG,K = 12,5 kN , NQ,K = 26,3 kN , g = 1,4 e q = 1,5.

2000 1900 1840 1990 1990 1840 1900 2000

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