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ESCOLA DE ENGENHARIA
Departamento de Engenharia de Estruturas
CONCRETO ARMADO II
Junho 2018
TORÇÂO
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8.1 – Introdução
Esse tipo de torção, sem efeitos de coação e com empenamento não impedido
(livre) é denominado torção de Saint-Venant, cujos princípios básicos de dimensiona-
mento propostos continuam adequados, com certa aproximação, para várias situa-
ções práticas e usuais de peças de concreto armado (seções maciças e vazadas fe-
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8.2
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8.3
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T T
τt y (8.1)
WT JT
2
x y x y
1,2 2xy 1 2 xy T (8.2)
2 2
8.4
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8.5
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T
τ t,max (8.3)
2A e h e,min
8.6
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Segundo Leonhardt (1979) os ensaios realizados por Lampert (1970) e por ele
próprio demonstraram que, após o aparecimento das fissuras de torção (que se de-
senvolvem em forma de hélice com inclinação de 135o com o eixo da barra, conforme
figura 8.3), para armaduras usuais (estribos e barras longitudinais), dispostas próximo
à face externa da seção, somente uma casca delgada próxima a essa face externa
contribui na resistência. Isso se demonstra também no ensaio de uma seção cheia
quadrada submetida à torção, no Estádio II, apresentar o mesmo diagrama de defor-
mações e as mesmas tensões nas armaduras, do que uma seção quadrada vazada
com mesmas dimensões externas e armadura (ver figura 8.6).
8.7
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Figura 8.7 – Rigidez à torção de diversos retângulos de mesma área nos Está-
dios I e II (adaptada de Leonhardt e Mönnig - 1979).
8.8
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Na figura 8.8 a seção cheia é substituída por uma seção equivalente vazada de
espessura he, com:
diagonais comprimidas de concreto, inclinadas de um ângulo , cuja resultante
de cálculo vale Rcc;
barras longitudinais tracionadas nos quatro cantos com resultante total Rs;
a TSd
4 R cc senθ TSd TSd R cc 2asenθ R cc (8.6)
2 2 a senθ
8.10
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TSd cotgθ
R s,2 TSd R s,2 2 a tgθ (8.7)
2a
TSd
Rs90 TSd Rs90 2 a (8.8)
2a
Com base nas equações (8.7) e (8.8) a NBR 6118:2014 admite satisfeita a re-
sistência à torção do elemento estrutural, em uma dada seção, quando se verificam
simultaneamente as três condições seguintes:
8.11
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TSd
σ cc,max (8.12b)
A e h e sen2θ
8.12
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TSd TSd
σ cc, max 2τ td com τ td (8.13)
A ehe 2Ae h e
Para = 45o
TSd T
td td2 Rd,2 0,25 v2 fcd (8.15)
2Aehe 2Aehe
f ck
α v2 ( 1 ) (5.15) = (8.16)
250
8.13
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Tabela 8.1 – Valores limites das tensões de cisalhamento devido à torção - td2
Valores de td2 para concretos do grupo II - (50 MPa < fck ≤ 90 MPa)
kN / cm2
A 90
TRd3 f ywd 2A e cotgθ (8.17)
s
Onde:
A90 é a área de um estribo no trecho de comprimento acotg;
8.14
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acotgθ A
TSd R S90 2 a A 90 f ywd 2 a 90 f ywd 2Ae cotgθ (8.18)
s s
A 90 TSd
tgθ (8.19)
s 2Ae f ywd
As
TRd4 fywd 2Aetgθ (8.20)
ue
Onde:
8.15
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tante a relação ( As / u), onde u é o trecho de perímetro, da seção efetiva, cor-
respondente a cada barra ou feixe de barras de área ( As)”. Isto significa que as
barras longitudinais poderão ser distribuídas uniformemente no perímetro ue, obser-
vando-se no entanto, uma barra em cada canto ou vértice dos estribos de torção, para
seções poligonais. Estas barras de canto, segundo Leonhardt (1979), são necessárias
para evitar o deslocamento das diagonais comprimidas, mesmo quando se usa arma-
dura (estribos) a 45o.
A resultante Rs é obtida multiplicando-se a área longitudinal total As pela ten-
são fywd, ou seja, Rs = (As fywd) = 4 Rs,i, ver figura (8.8). As resultantes parciais Rs,i
= (Rs / 4) nos quatro cantos “ i ”, são iguais ao valor dado na equação (8.7). Portanto
reescrevendo-se a equação (8.7) com os valores acima, obtém-se:
A
TSd s f ywd 2 a tgθ (8.21)
4
A
TSd s 2 A e f ywd tgθ (8.22)
ue
8.16
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A s TSd
cotgθ (8.23)
ue 2Ae f ywd
A 90 A TSd
s (cm 2 /cm) (8.24)
s ue 2Ae f ywd
valente ue, (As / ue), multiplicada pelo perímetro do estribo, ue, e pelo comprimento s,
dá o volume de aço longitudinal, ambos no comprimento s. Assim a função volume
total de armadura no comprimento de viga s, Vs,total (), é dado por:
8.17
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1 A s
ρ s (8.27a)
he ue
f ctm
0,2 , com f ywk 500 MPa
f ywk
1 A sw
ρ sw (8.27b)
bw s
Onde:
“Asw – é área da seção transversal dos estribos de força cortante.”
8.18
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A s ,min f ctm
0,2 1,2x104 3 2
f ck Para fck ≤ 50 MPa (8.28)
ueh e f ywk
A s , min
8,48x10 4 ln 1 0,11fck
f ctm
0,2 Para fck > 50 MPa (8.29)
uehe f ywk
ρw, min
,min 1,2x104 3 fck
2
(8.31)
100
ρw, min
,min 8,48x104 ln1 0,11fck (8.33)
100
8.19
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dura longitudinal mínima de torção, As,min. As duas primeiras para o grupo I (fck ≤ 50
MPa) e as duas últimas para o grupo II (fck > 50 MPa).
A s ,min 1 A 90,min 1
1,2x104 3 2
f ck Para fck ≤ 50 MPa (8.34a)
ue he s he
Asw, min bw
A90,min w, minhe w, min (8.35)
2 2
8.20
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LONGITUDINAL TRANSVERSAL
,min = (1,2x10-4) fck(2/3) 90,min = (0,012) fck(2/3)
,min w,min
20 0,088 / 100 0,088
25 0,103 / 100 0,103
30 0,116 / 100 0,116
35 0,128 / 100 0,128
40 0,140 / 100 0,140
45 0,152 / 100 0,152
50 0,163 / 100 0,163
De (8.24), (8.30), (8.31) e (8.34b), para s = 100 cm, e fck ≤ 50 MPa, obtém-se
o valor do momento de torção mínimo de cálculo, dado por:
8.21
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Ae,Ret. b w he h he
A
2c1 he , (8.37a)
u
Onde:
A - é a área da seção cheia
Ae,Ret. - é a área definida pelo perímetro médio da seção vazada, para
seção retangular);
u - é o perímetro da seção cheia;
c1 - é a distância entre o eixo da barra longitudinal do canto e a face
lateral do elemento estrutural.
8.22
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a) Armadura longitudinal
“Na zona tracionada pela flexão, a armadura de torção deve ser acrescentada à
armadura necessária para solicitações normais, considerando-se em cada seção os
esforços que agem concomitantemente.”
“No banzo comprimido pela flexão, a armadura longitudinal de torção pode ser re-
duzida em função dos esforços de compressão que atuam na espessura efetiva he no
trecho de comprimento Δu correspondente à barra ou feixe de barras consideradas.”
“Nas seções em que a torção atua simultaneamente com solicitações normais in-
tensas, que reduzem excessivamente a profundidade da linha neutra, particularmente
em vigas de seção celular, o valor de cálculo da tensão principal de compressão não
pode superar os valores estabelecidos na seção 22.
Essa tensão principal deve ser calculada como em um estado plano de tensões, a
partir da tensão normal média que age no banzo comprimido de flexão e da tensão
tangencial de torção calculada”, td dada pela equação (8.13).
8.23
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“Na combinação de torção com força cortante, o projeto deve prever ângulos
de inclinação das bielas de concreto θ coincidentes para os dois esforços.
Quando for utilizado o modelo I (ver 17.4.2.2) para a força cortante, que su-
bentende θ = 45º, esse deve ser o valor considerado também para a torção.”
Quando uma viga usual de concreto armado está submetida à torção, normal-
mente essa solicitação vem acompanhada de força cortante, momento fletor, e even-
tualmente de força normal. Nas faces superior e inferior da viga, as tensões na diago-
nal comprimida de concreto devidas à torção devem ser superpostas com as tensões
devidas à flexão, conforme já visto anteriormente na solicitação combinada flexão e
torção. Dependendo da natureza da flexão (positiva ou negativa) essas tensões de
compressão podem ser ampliadas.
VSd T wd τ
Sd 1 td 1 (8.38)
VRd2 TRd2 wd2 τ td2
Onde:
VSd = wd (bw d) e TSd = td (2 Ae he) são os esforços de cálculo que agem
concomitantemente na seção. Os valores limites de wd2 e td2 estão listados respec-
tivamente nas tabelas (5.2) e (8.1).
A armadura transversal total (torção mais cortante) pode ser calculada pela
soma das armaduras calculadas separadamente para VSd e TSd. O valor mínimo dessa
8.24
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armadura transversal total, para fck ≤ 50 MPa, deve atender ao mínimo devido à tor-
ção, equação (8.35) e também ao mínimo já estabelecido para força cortante no ca-
pítulo 5. Assim a soma dos valores calculados para A90 e (Asw/2) deve atender:
Asw
A90 Asw,min ρw,minb w com ρw,min dado na tabela 5.1 ou 8.2 (8.39)
2
Como A90 foi calculado considerando um ramo do estribo, o valor de Asw deve
ser dividido por 2, quando se considera estribo simples. Caso o estribo seja múltiplo,
serão considerados apenas os ramos efetivamente dispostos na espessura equiva-
lente he da parede da seção vazada.
“Os estribos para torção devem ser fechados em todo o seu contorno, envol-
vendo as barras das armaduras longitudinais de tração, e com as extremidades
adequadamente ancoradas por meio de ganchos em ângulo de 45°.”
8.25
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“O diâmetro da barra que constitui o estribo deve ser maior ou igual a 5 mm,
sem exceder 1/10 da largura da alma da viga. Quando a barra for lisa, seu
diâmetro não pode ser superior a 12 mm.”
“O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do
elemento estrutural, deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador,
garantindo um bom adensamento da massa.”
“O espaçamento máximo deve atender às seguintes condições:”
8.6 – Exemplos
8.6.1 – Exemplo 1
8.26
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A = 30x50 = 1500 cm2, u = 2 (30 + 50) = 160 cm, (A / u) = (1500 / 160) = 9,4 cm
a seção ou no caso, adotar outro valor possível para he, por exemplo he = 9 cm. O
novo valor da área da seção média equivalente será Ae = (21x41) = 861 cm2.
4300 x 1,4
td 0,388 td2 0,402 kN / cm2 concreto OK!
2 x 861x 9
Armadura transversal
A90 = 100x0,0804 = 8,04 cm2/m 10 c/ 9, ou 12,5 c/ 15
td = 0,388 > 0,67x0,402 = 0,269 Smáx = 0,3x46 = 13,8 cm ≤ 20 cm
8.27
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Comp. = 2 x [(30 - 2x2,5 - 1,0) + (50 - 2x2,5 - 1,0)] + 2x5 = 2 (24 + 44) + 10 = 146 cm
Armadura longitudinal
As= 9,97 cm2 > As,min = ρ,min (uehe) = (0,103/100)x(124x9) = 1,15 cm2
o com = 12,5 mm
deve ser As,b = 21x0,0804 = 1,69 cm2 (2 12,5 mm). Nas faces laterais As,h=
41x0,0804 = 3,30 cm2 (3 12,5 mm). Considerando que as barras de canto têm metade
de sua área em cada face (b e h), o detalhamento exige mais uma barra de 12,5mm
nas faces com largura b e mais duas, nas laterais com altura h. Assim o detalhamento
final terá 10 12,5 mm, conforme figura 8.10.
8.28
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o Com = 10 mm
Nesse caso (A/u) = 9,4 cm < 2c1 = 10 cm, devendo-se considerar he = (A/u) =
9,4 cm < (bw - 2c1) = 20 cm e Ae = (b - 2c1)x(h - 2c1).
8.29
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8.6.2 – Exemplo 2
Dimensionamento à flexão
Viga
X = 59,85 kNm As,cal = 4,50 cm2 (4 12,5 mm) As,e = 4,91 cm2
Marquise
M = 322 kNcm Md = γn γf M γn = 1,95 - 0,05 h = 1,95 - 0,05x10 = 1,45
Md = 1,45x1,4x322 = 654 kNcm As,cal = 2,97 cm2/m (CA 50, d = 7,5 cm)
VSd,max 59,57x1,4
wd,max 0,091kN/cm2 wd,min 0,117 kN/cm2
bw d 20x46
8.31
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Para V = 49,17 kN, segundo maior valor do cortante na viga, o valor de wd =
0,0748 kN/cm2 < c0 = 0,0769 kN/cm2, que implica em w < 0. Portanto para esse
cortante e todos os outros valores menores, deve-se ter Asw,cal = 0.
Nessa viga todos os valores de V são menores que Vmin = wd,min bw d /1,4 =
0,117x20x46/1,4 = 76,89 kN (ver tabela 5.4), implicando armadura transversal mínima,
Asw, min, em toda a extensão da viga.
Dimensionamento à torção
TSd,max 1153x1,4
td,max 0,226 td2 0,402 kN / cm2 Concreto OK!
2Aehe 2 x 504 x7,1
8.32
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TS = 1153 kNcm
A90 = 100x0,0368 = 3,68 cm2/m > A90,min = 0,103x 20/2 =1,03 cm2/m (> 0,103x7,1=0,73)
td = 0,226 kN/cm2 < 0,67x0,402 = 0,269 kN/cm2 Smáx = 0,6x46 = 27,6 cm ≤ 30 cm
TS = 925 kNcm
925x1,4
td 0,181 kN / cm2 0,67td2 0,269 kN / cm2
2 x 504 x7,1
(Obs.: Se td < 0,67td2, concreto OK e o espaçamento Smáx = 0,6x46=27,6 cm ≤ 30
cm)
A 90 A s 925 x 1,4
0,0295 cm2 /cm
s ue 2 x504 x 43,5
A90 = 100x0,0295 = 2,95 cm2/m > A90,min = 0,103x 20/2 =1,03 cm2/m (> 0,103x7,1=0,73)
8.33
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TS = 778 kNcm
778x1,4
td 0,152 kN / cm2 0,67td2 0,269 kN / cm2
2 x 504 x7,1
A 90 A s 778 x 1,4
0,0248 cm2 /cm
s ue 2 x504 x 43,5
A90 = 100x0,0248 = 2,48 cm2/m > A90,min = 0,103x 20/2 =1,03 cm2/m (> 0,103x7,1=0,73)
TS = 362 kNcm
A 90 A s 362 x 1,4
0,0116 cm2 /cm
s ue 2 x 504 x 43,5
A90 = 100x0,0116 = 1,16 cm2/m > A90,min = 0,103x 20/2 =1,03 cm2/m (> 0,103x7,1=0,73)
ρ w,min 0,103
TSd,min 2A e fywd he 2 x 504 x 43,5 7,1 321kNcm
100 100
8.34
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Ações combinadas
(Asw,cal / 2) + A90 = 0,36 + 3,68 = 4,04 cm2/m > (Asw,min / 2) = 0,103x10 = 1,03 cm2/m
Adotando 8 s = [100 / (4,04 / 0,503)] = (100x0,503 / 4,04) = 12 cm 8 c/12 cm
Para valores de força cortante menores ou iguais a V ck = Vc0 / 1,4 = c0 bwd /
1,4 = 0,0769x20x46 / 1,4 = 50,5 kN a armadura transversal calculada para resistir ao
cortante deve ser igual a zero (Asw,cal= 0). Apenas um pequeno trecho de 63 cm do
segundo vão, conforme mostrado na figura 8.11, necessita de armadura teoricamente
calculadaa (maior que zero) para o cortante, lembrando que em toda a viga deve-se
ter armadura mínima, inclusive nesse trecho em questão, como foi visto anterior-
mente.
8.35
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Esse valor está a 258 cm a partir do apoio central (no trecho onde Asw,cal = 0,
bem distante dos 63 cm, onde se tem Asw,cal > 0), no segundo vão, bem próximo do
ponto de momento de torção mínimo, que está a 287 cm do mesmo apoio.
As,sup = As,sup + As,flexão = 0,44 + 4,50 = 4,94 cm2 ≈ Ase = 4,91 cm2 (4 12,5)
As,inf = As,inf + As,flexão = 0,44 + 0,00 = 0,44 cm2 < Ase = 1,57 cm2 (2 10)
parte inferior da seção (momento negativo), onde As,inf = 0,44 cm2 já é menor que as
duas bitolas de 10mm, que no mínimo devem ser levadas até o apoio central (arma-
dura mínima de flexão levada até os apoios, não menos que duas barras).
(Asw,cal / 2) + A90 = 0,00 + 2,95 = 2,95 cm2/m > (Asw,min / 2) = 0,103x10 = 1,03 cm2/m
8.36
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As,sup = As,sup + As,flexão = 0,35 + 4,50 = 4,85 cm2 < Ase = 4,91 cm2 (4 12,5)
As,inf = As,inf + As,flexão = 0,35 + 0 = 0,35 cm2 < Ase = 1,57 cm2 (2 10)
(Asw,cal / 2) + A90 = 0,00 + 2,48 = 2,48 cm2/m > (Asw,min / 2) = 0,103x10 = 1,03 cm2/m
Adotando 8 s = (100x0,503 / 2,48) = 20 cm 8 c/20 cm
As,sup = As,sup + As,flexão = 0,30 + 0,00 = 0,30 cm2 < Ase = 0,62 cm2 (2 6,3)
As,inf = As,inf + (As,flexão)* = 0,30 + 0,67* = 0,97 cm2 < Ase = 1,57 cm2 (2 10)
8.37
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(Asw,cal / 2) + A90 = 0,00 + 1,16 = 1,16 cm2/m > (Asw,min / 2) = 0,103x10 = 1,03 cm2/m
Adotando 5 mm s = (100x0,196 / 1,03) = 19 cm 5 c/ 19 cm
As,sup = As,sup + As,flexão = 0,14 + 0 = 0,14 cm2 < Ase = 0,62 cm2 (2 6,3)
As,inf = As,inf + (As,flexão)* = 0,14 + 0,31* = 0,45 cm2 < Ase = 1,57 cm2 (2 10)
Detalhamento da viga
Para as barras da armadura negativa de flexão (N2 e N3) da figura 8.12 foram
Barras N1 e N4
N1,reto = 400 + (10 - 2,5) - 285 + 53,81 = 400 + 7,5 - 285 + 34 = 157 cm
N1 = 157 + 15 = 172 cm
N4,reto = 600 + (10 - 2,5) - 225 + 53,81 = 600 + 7,5 - 225 + 34 = 417 cm
N2 = 417 + 15 = 432 cm
0,00731x12 = 0,09 cm2. Assim as armaduras totais positivas nos dois vãos ficam:
Vão 1 As,inf = 0,09 + As,cal = 0,09 + 0,77 = 0,86 cm2 < Ase,min = 1,57 cm2 (2 10)
Vão 2 As,inf = 0,09 + As,cal = 0,09 + 3,71 = 3,80 cm2 < Ase = 3,93 cm2 (5 10)
8.39
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(posição N4) a parcela As,sup = 0,30 cm2, pode ser absorvida apenas por 1 6,3mm =
Ase = 0,31 cm2, metade da área de cada barra colocada nos vértices do estribo. Esse
mesmo procedimento será adotado no vão 1 (posição N1), onde o momento de torção
é ainda menor. A ancoragem das posições N1 e N4, como das barras negativas, é
será considerado o maior momento de torção T = 1153 kNcm, que resulta em As,lat =
0,0368x42 = 1,55 cm2 < (3 8 mm + 1 6,3 mm = Ase,lat = 1,51 + 0,31 = 1,82 cm2).
Essas barras, representadas pela posição N7, estão dispostas em toda a extensão
lateral da viga e são ancoradas nos apoios. O valor 0,31 cm 2 (1 6,3 mm), metade em
cada canto do estribo, são os mesmos das situações extremas do início da vão 1 e do
final do vão 2, respectivamente as posições N1 e N4.
Conforme o diagrama de torção da figura 8.11 os dois vãos da viga serão divi-
didos em três trechos, sendo dois trechos de estribos máximos, próximos aos apoios,
e um trecho de estribo mínimo na região central.
Vão 1
8.40
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___________________________________________________________________________
Vão 2
Trecho 1 – 287 cm do eixo do apoio esquerdo (Asw,cal / 2) + A90 = 4,04 cm2/m
8 c/ 12 (287 - 10) / 12 = 23,1 24 N8 c/ 12 cm
Trecho 2 – (600 – 287 - 171) = 142 cm (Asw,cal / 2) + A90 = 1,03 cm2/m
5 c/ 19 142 / 19 = 7,5 8 N9 c/ 19 cm
Trecho 3 – 171 cm do eixo do apoio direito (Asw,cal / 2) + A90 = 2,48 cm2/m
8 c/ 20 (171 - 10) / 20 = 8,1 9 N8 c/ 20 cm
Esses dois estribos (N8 e N9) e a armadura de flexão N10 podem ser substitu-
ídos pela posição N11, que pela forma como foi detalhada na figura 8.12, tem tanto a
função dos estribos como das barras de flexão da marquise. A distribuição da posição
N11 segue a mesma distribuição já feita para os estribos, três trechos distintos em
cada vão.
8.41
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Torção
___________________________________________________________________________
Vão 1
Trecho 1 – 31 cm desde a face do apoio (Asw,cal / 2) + A90 = 1,16 cm2/m
As,total = 1,16 + 2,97 = 4,13 cm2/m (8 c/ 12) 31 / 12 = 2,6 3 N11 c/ 12 cm
Vão 2
Trecho 1 – 287 cm desde a face apoio (Asw,cal / 2) + A90 = 4,04 cm2/m
As,total = 4,04 + 2,97 = 7,01 cm2/m (8 c/ 7) 287 / 7 = 41,0 41 N11 c/ 7 cm
8.42
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Torção
___________________________________________________________________________
8.43
CONCRETO ARMADO II - CAPÍTULO 9
Junho 2018
9.1 – Introdução
d2y M
2
- (9.1)
dx EI
Onde
y - é a equação da linha elástica, função da variável x, eixo da viga;
M - equação de momento fletor, função de x;
E - módulo de elasticidade longitudinal do concreto (secante);
I - momento de inércia da seção transversal de concreto, que é função da
sua geometria e do detalhamento das armaduras;
EI - rigidez à flexão
De uma maneira geral tanto o momento fletor quanto a rigidez à flexão são fun-
ções da posição da seção, definida pela abscissa x. A equação do momento normal-
mente é uma função contínua em x, a não ser quando se aplica momento concentrado,
situação pouco comum em vigas. Embora o valor de E seja constante, o momento de
inércia I, que é uma propriedade geométrica da seção transversal considerada, de-
pende do detalhamento dessa seção de concreto (número e disposição das barras).
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Mesmo para vigas prismáticas (seção transversal constante), caso mais sim-
ples de aplicação da equação (9.1), pode-se ainda ter o momento de inércia I variável,
portanto o algoritmo desenvolvido a seguir envolve duas integrações numéricas inde-
finidas (sem limites de integração). Para tanto a viga será dividida em trechos (ele-
mentos) iguais (não necessariamente) de comprimento (x = / n), onde é o com-
primento da viga e n é número de elementos, conforme figura 9.1.
9.2
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
dy
θ mdx C mx C (9.2)
dx
Na equação (9.2) a integral analítica mdx foi substituída pelo somatório mx,
9.3
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
θ θ0 mx θ0 m (9.3)
θ1 θ0 m0
2
θ 2 θ0 m 0 m1
2
m0 j1
θ j θ0 mk θ0 θi, j (9.4a)
2
k 1
m j1
θi, j Δ 0 mk (9.4b)
2
k 1
j j
y j y 0 Δ θi y 0 Δ θ0 θi, j (9.5b)
i 1 i 1
9.4
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
yk y 0 Δ θi y 0 Δ θ0 θi,k y 0 Δ kθ0 θi,k
k k k
(9.6)
i 1 i 1 i 1
1 y k y 0 k
θ0 θi,k (9.7)
k Δ i 1
1 n
θ0 θ i, j (9.8)
n j1
9.5
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
0 m0 y0
i,1= m0(/2) 1=0-i,1
1 m1 y1=y0+1
i,2=i,1+m1 2=0-i,2
2 m2 y2=y1+2
. . i,3=i,2+m2 3=0-i,3
. . .
. . .
. . i,k=i,k-1+mk-1 k=0-i,k
K mk yk=yk-1+k
. .
. .
. .
. . i,9=i,8+m8 9=0-i,9
9 m9 y9=y8+9
i,10=i,9+m9 10=0-i,10
10 m10 y10=y9+10
i,j
9.6
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
pl 3 j1
θ i, j k n k
2000EI k 1
(9.9)
1 9 82,5
9 73,5
2 16 156
25 57,5
3 21 213,5
46 36,5
4 24 250
70 12,5
5 25 262,5
95 -12,5
6 24 250
119 -36,5
7 21 213,5
140 -57,5
8 16 156
156 -73,5
9 9 82,5
165 -82,5
10 0 0
i,j=825
9.7
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
O caso geral para uma viga genérica de seção T está apresentado na figura
9.2, com todas as características geométricas definidas no capítulo 2, submetida à
9.8
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
flexão normal composta (N e M). Segundo a NBR 6118:2014, adota-se como hipótese
básica, o diagrama linear de deformação, como mostrado na figura 9.2. Na verificação
do estado limite de utilização correspondente à deformação plástica excessiva (ELS-
W), em função das cargas de serviço, o diagrama de tensão no concreto é linear na
compressão e nulo na tração (linha tracejada na figura 9.2), ou seja, solicitação no
Estádio II.
9.9
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
σc σ Es 1
εc εs s σs σc nσc σc σs (9.10)
Ec Es Ec n
σc σh σ'c σ /n σ's /n
s (9.11)
x II x II h f x II d' d x II x II d'
9.10
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
σcbf XII σc XII hf bf bw XII hf σ nd XII σ n' XII d'
N As c A's c
2 XII 2 XII XII
(9.16)
A equação do segundo grau em XII (9.16), depois das simplificações fica:
2 h2
nAs n' A's bf bw hf XII dnA s d' n' A's bf bw f 0
bw XII N
2 σc 2
(9.17)
Resolvendo-se a equação (9.17) chega-se ao valor de XII:
XII A A 2 B (9.18)
9.11
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Onde
b f b w h f
1 N
A nA s n' A' s (9.19)
bw σc
2 bf b w 2
B dnA s d' n' A' s hf (9.20)
bw 2
1
Mn bf XII
3
3
σ
bf b w XII hf 3 nA s d XII 2 n' A's XII d' 2 c
XII
(9.21)
Mn
σc x II (9.22)
In
In I II
1
3
3
bf XII
bf bw XII hf 3 nA s d XII 2 n' A's XII d'2 (9.23)
9.12
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
XII A A 2 B (9.18)*
Com
A
1
nA s n' A's (9.24)
bw
B
2
dnA s d' n' A's (9.25)
bw
3
nA s d XII 2 n' A's XII d'2
bf XII
In III (9.26)
3
Onde:
Md, ser - é o valor de cálculo do momento para combinações de serviço;
Mgk - é o somatório dos momentos produzidos pelas ações permanentes di-
retas (peso próprio, reações permanentes das lajes, alvenarias, etc);
2 - é o fator de redução de combinação quase permanente para o estado
limite de serviço (ver tabela 9.4 adiante);
αfct I c
Mr (9.28)
yt
9.13
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Com:
= 1,2 para seções T ou duplo T;
= 1,3 para seções I ou T invertido;
= 1,5 para seções retangulares;
Onde:
α é o fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na
flexão com a resistência à tração direta;
yt é a distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada;
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
fct é a resistência à tração direta do concreto, conforme 8.2.5 da NBR 6118:
2014, com o quantil apropriado a cada verificação particular.
1,5x0,3fck 2/3 bh 2
Mr 0,0075bh2 fck 2/3 (kNcm) fck ≤ 50 MPa (9.29)
6x10
Nas equações (9.29) e (9.30) deve-se usar MPa como unidade para a resistên-
cia fck, obtendo-se o momento de fissuração Mr em kNcm.
9.14
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Quando os esforços não superam aqueles que dão início à fissuração (Md,serv
≤ Mr), o modelo de comportamento da estrutura pode admitir o concreto e o aço como
materiais de comportamento elástico e linear, de modo que as seções ao longo do
elemento estrutural possam ter as deformações específicas determinadas no Estádio
I (seção não fissurada). Em caso contrário, deve-se considerar o Estádio II (seção
fissurada).
9.15
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Para uma avaliação aproximada da flecha imediata nas vigas, pode-se usar a
expressão da rigidez equivalente, já definida anteriormente nas equações (3.18), ob-
tidas pela formulação de Branson (1966):
M
3 M
3
I II E cs I c
Estádio II - EIeq,t0 E cs r I c 1 r (9.32)
M a Ma
Onde:
Ecs é o módulo de elasticidade secante do concreto;
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
I II é o momento de inércia da seção fissurada de concreto no está-
dio II, calculada com a relação entre os módulos (n = Es / Ecs);
Ma é o momento fletor na seção crítica do vão considerado, momento
máximo no vão para vigas biapoiadas ou contínuas e momento no apoio
para balanços, para a combinação de ações considerada nessa avalia-
ção (Ma = Md,serv para ELS-W);
Mr é o momento de fissuração do elemento estrutural;
t0 é a idade em meses relativa à data de aplicação da carga de longa
duração.
Para uma relação (Mr / Ma) = 0,5 e supondo que III = (0,4 a 0,6)Ic (situação
comum em vigas de concreto armado), nota-se pela equação (9.32), que o momento
de inércia Ieq (termo entre chaves) dá praticamente o valor do momento de inércia da
seção fissurada, III. Dessa forma para relações (Mr / Ma) < 0,5, adota-se EIeq = EIII.
9.16
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Δξ
αf (9.33)
1 50ρ '
Onde:
A 's
ρ' (9.34)
bd
No caso das parcelas das cargas de longa duração serem aplicadas em idades
diferentes, pode-se tomar para t0 o valor ponderado a seguir:
Pi t 0i
t0 (9.38)
Pi
Onde Pi representa a parcela de carga “i” e t0i é a idade em que se aplicou essa
parcela, em meses.
9.17
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Tempo (t)
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 70
- meses-
Coefici-
ente 0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
(t)
9.18
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
9.7 – Exemplos
9.7.1 – Exemplo 1
Calcular a flecha máxima (no tempo infinito) em uma viga biapoiada com os
seguintes dados:
a) Cálculo à flexão
M = Mg + Mq = (g 2 / 8) + (q 2 / 8) = 160 + 80 = 240 kNm = 24000 kNcm,
fc = 1,214 kN/cm2 K = 24000x1,4 / (1,214x20x762) = 0,240 < KL = 0,295
9.19
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
A flecha máxima para uma viga biapoiada com carga uniformemente distribuída
p é dada por fmax = 5p4 / 384EI. Portanto a flecha máxima no tempo infinito fica:
9.20
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Supondo armadura constante em toda a viga, As = 12,06 cm2 e A’s = 0,39 cm2,
a rigidez efetiva da viga será constante e igual a EIII = 2129x414872 = 8,83x108 kNcm2.
Nesse caso a flecha no tempo infinito será:
9.7.2 – Exemplo 2
Mostra-se na figura 9.3 uma viga sobre dois apoios com um balanço à direita
do apoio B. O vão AB tem seção transversal constante de 20/60 cm 2 e foi dividido,
9.21
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
a) Dimensionamento à flexão
fc = 1,518 kN/cm2 d = 56 cm
9.22
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
b) Ancoragem
b = 37,67 (boa aderência) b = 37,67 / 0,7 = 53,81 (má aderência)
9.23
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
(*) A rigor, deveria ser calculada a rigidez efetiva da seção “0” onde As = 2,36 cm2
e A’s = 0. Como M0 = 0 e portanto, m0 = M0/EI = 0, o valor dessa rigidez não
altera os resultados, uma vez que o produto (m0/2) = 0 (ver tabela 9.5).
9.24
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
9.25
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
e) Algoritmo
Analisando a tabela abaixo encontra-se a flecha na extremidade do balanço,
y10 = 0,735 cm, calculada com a rigidez da seção fissurada e com a carga nominal,
sem considerar a situação de serviço em que se usa a combinação quase perma-
nente, para avaliação no ELS-W.
M EI(x108) m=M/EI y
I,j i
Seção cm
kNcm kNcm2 (x10-5cm-1) (x10-3) (x10-3) rd
0 0 - 0 0
0 1,411
1 1435 1,218 1,178 0,099
0,825 0,586
2 1890 1,218 1,552 0,140
1,911 -0,500
3 1365 1,218 1,121 0,105
2,696 -1,285
4 -140 3,354 -0,042 0,015
2,666 -1,255
5 -2625 4,454 -0,589 -0,073
2,254 -0,843
6 -6090 4,454 -1,367 -0,132
1,297 0,144
7 -10535 4,454 -2,365 -0,122
-0,358 1,769
8 -15960 4,454 -3,583 0,002
-2,867 4,278
9 -7890 2,887 -2,733 0,301
-4,780 6,191
10 0 1,235 0 0,735
9.26
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
9.27
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
9.7.3 – Exemplo 3
Calcular a flecha máxima no tempo infinito na seção (nó) 6 das barras superio-
res 14 e 15, do pórtico abaixo.
9.28
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
DADOS:
9.29
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Como a mesa está comprimida a viga formada pelas barras 14 e 15 pode ser
dimensionada como viga T. A distância entre eixos dos pórticos é de 3,20 m. Portanto,
a distância livre entre duas vigas superiores vale b2 = 320 - 12 = 308 cm. A distância
entre pontos de momentos nulos vale a = 1000 - 65 -63 = 872 cm (retirado do diagrama
de M), portanto o valor da largura colaborante bf deve ser calculada com bf = bw + 2
b1, onde b1 é o menor dos dois valores:
b1 ≤ 0,10 a = 0,10x872 = 87 cm
b1 = 87 cm bf = 12 + 2x87 = 186 cm
b1 ≤ 0,5 b2 = 0,5x308 = 154 cm
9.30
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Deformações
___________________________________________________________________________
Portanto o dimensionamento deve ser feito com seção retangular 186/60 cm2.
9.31
CONCRETO ARMADO II - CAPÍTULO 10
Junho 2018
LAJES NERVURADAS
____________________________________________________________________________
Nesse capítulo serão avaliadas lajes especiais, como as formadas por nervuras
e mesa, não mais maciças, apoiadas em vigas no contorno e denominadas lajes ner-
vuradas. Quando as lajes apoiam diretamente sobre os pilares, dispensando-se as vi-
gas, são denominadas lajes lisas. Nessas lajes sem vigas, devido às reações concen-
tradas nas pequenas áreas dos pilares, pode ocorrer um tipo de ruína, a punção, que
causa a perfuração das mesmas. A punção em boa parte dessas lajes pode ser o es-
forço determinante da espessura. Nesses casos, para segurança contra esse tipo de
ruína, pode-se engrossar a laje em uma região próxima aos pilares, chamada capitel,
e essas lajes passam a se chamar lajes cogumelo. As lajes lisas e as lajes cogumelos
podem ser maciças ou nervuradas.
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
10.2
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
d - Laje nervurada com blocos EPS e - Laje nervurada com blocos EPS
vista inferior montagem
(www.construindodecor.com.br) (www.jasmindosacores.blogpot.com)
10.3
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
10.3.1 – Definição
Nas lajes nervuradas moldadas no local todas as etapas de execução são rea-
lizadas "in loco". Portanto, é necessário além do uso de fôrmas e de escoramentos, o
10.4
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
material de enchimento. O material inerte de enchimento pode ser substituído por fô-
rmas perdidas (caixotes perdidos de madeira em lajes com mesa dupla, laje superior
e inferior) ou removíveis (moldes tronco-piramidal em polipropileno ou em metal), com
dimensões moduladas, sendo necessário utilizar desmoldantes iguais aos emprega-
dos nas lajes maciças.
“O valor mínimo absoluto da espessura da mesa deve ser 5 cm, quando existi-
rem tubulações embutidas de diâmetro menor ou igual a 10 mm. Para tubulações
10.5
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
com diâmetro maior que 10 mm, a mesa deve ter a espessura mínima de (4 cm
+ ), ou (4 cm + 2) no caso de haver cruzamento destas tubulações.”
“Nervuras com espessura menor que 8 cm não podem conter armadura de com-
pressão.”
A figura 10.2 a seguir mostra a seção transversal de uma laje nervurada onde
são identificados os seus elementos (nervura, mesa ou capeamento, material inerte
de enchimento) com as respectivas dimensões limites, definidas nas prescrições su-
pracitadas.
10.6
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
“Para o projeto das lajes nervuradas, devem ser obedecidas as seguintes con-
dições:
a) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65
cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verifi-
cação do cisalhamento da região das nervuras, permite-se a considera-
ção dos critérios de laje;
b) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110
cm, exige-se a verificação da flexão da mesa, e as nervuras devem ser
verificadas ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação
como lajes se o espaçamento entre eixos de nervuras for até 90 cm e a
largura média das nervuras for maior que 12 cm;
c) para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos maior que 110 cm, a
mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas,
respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.”
“Quando essas hipóteses não forem verificadas, deve-se analisar a laje nervu-
rada considerando a capa ou mesa como laje maciça apoiada em uma grelha
formada pelas vigas.”
“As lajes nervuradas bidirecionais (conforme ABNT NBR 14859-2) podem ser
calculadas, para efeito de esforços solicitantes, como lajes maciças.”
10.7
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
A norma NBR 14859-2 (lajes bidirecionais) no seu item 4, dos requisitos gerais,
preconiza que em lajes pré-fabricadas executadas com vigotas de concreto armado
(VC) ou de concreto protendido (VP) não se admite a execução de nervuras transver-
sais. As nervuras transversais às vigotas somente podem ser executadas quando se
empregam vigotas treliçadas (VT).
Ainda segundo esse item 4.2.1 da NBR 14859-2, “para a obtenção dos esforços
e dimensionamento das lajes bidirecionais, maciças ou nervuradas, aplicam-se todas
as prescrições da NBR 6118 relativas às lajes maciças ou nervuradas excetuando-se
a correspondente ao cobrimento da armadura, que deve obedecer ao prescrito na
NBR 9062” (Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado).
As vinculações das lajes nervuradas são as mesmas das lajes maciças lem-
brando-se que nessas primeiras o engaste ou o balanço produz tensões de compres-
são na face inferior das nervuras, região com área de concreto reduzida. Quando o
valor do momento negativo superar a resistência à compressão das nervuras pode-se
além de aumentar a espessura das mesmas, usar uma mesa inferior (situação conhe-
cida como laje dupla), ou executar um trecho de laje maciça na região dos apoios.
10.8
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
pa = Ka p pb = Kb p, com p = pa + p b (10.1)
p α 4
f α C , = a ou b (10.2)
384EI α
10.9
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
p 1
pa Ka p , Ka
C I b a 4
C I b a 4
1 a 1 a
Cb I a b Cb I a b
(10.3)
pb = Kb p com Kb = 1 - Ka (10.4)
p i p serv a 4
f i f serv f1 (10.5)
E cs h 3
10.10
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
consideram a rigidez efetiva das seções dos elementos estruturais além das deforma-
ções diferidas no tempo. A rigidez efetiva é obtida considerando-se a presença das
armaduras e a existência das fissuras no concreto tracionado.
pi = pserv = g + 2 q (10.6)
10.11
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
M 3 M 3
EIe q Ecs Ic 1 r I II EcsIc
r
(3.18)*
M a
a
M
x II A A 2 B (9.18)*
Onde
A
1
n A s b f b w h f (10.7)
bw
2 bf b w 2
B d n A s hf (10.8)
bw 2
I II
1
3
3
bf xII
bf b w xII hf 3 n As d xII 2 (10.9)
f = fi + f fi = (1 + f)fi (10.10)
10.12
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
f f1
p a 4 (10.12)
E cs h 3
Onde:
p = = 2,46 pi = 2,46 g + 2,46 2 q (10.13)
10.13
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
metade da distância livre entre as faces das nervuras (0,50 0). Normalmente nas lajes
nervuradas b1 = b3 = (0,50 0). Caso contrário, a largura efetiva bf da mesa deve ser
calculada conforme as equações (2.48).
10.5.1 - Exemplo 1
10.14
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
A espessura da laje foi inicialmente obtida a partir de uma avaliação prática que
define a altura total de uma laje qualquer em função do seu menor vão .
10.15
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Obs.: Pelo volume de concreto por unidade (0,0305 m3) obtém-se o volume de con-
creto por m2 de laje dado por [0,0305 / (0,50x0,50)] = 0,122 m3/m2. Isso é equivalente
ao consumo de concreto de uma laje maciça de 12,2 cm de altura.
10.16
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Dimensionamento à flexão
o determinação de bf
0,10 a = 74 cm (vão a)
bf = bw + b1 + b3, b1 = b 3 ≤ 96 cm (vão b)
Como Md,Ref = 59,18 kNm > Md,(a/nerv) = 11,84x1,4 = 16,58 kNm, o dimensiona-
mento deve ser feito como uma seção retangular de dimensões (bf / h) = (50 / 25) cm2.
Md 1184x1,4
K 50x25 2
0,0564 K L 0,295 K' K 0,0564
fcbf d 1,214x50x222
A s A s1
fc bd
f yd
1 1 2K'
1,214x50x22
43,48
1 1 2x0,0564 1,78 cm2
A’s = As2 = 0
Para As = 1,78 cm2 será adotado por nervura (2 12,5 mm), que resulta na
armadura efetiva ou existente Ase = 2,45 cm2. A nervura com bw = 10 cm só comporta
duas barras por camada, para atender ao critério de espaçamento mínimo entre bar-
ras da armadura longitudinal (com ou sem armadura transversal – estribo).
A armadura As tem que ser maior ou igual à armadura mínima As,min. Como os
valores das tabelas 2.6 e 2.7 só valem para seções retangulares, o valor mínimo da
armadura em viga de seção T deve ser calculado como a necessária para combater
10.17
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
ao momento mínimo dado na equação (2.49), com o valor de fctk,sup dado na equação
(2.50).
50x5x22,5 + 10x20x10
y CG = 16,94 cm
50x5 + 10x20
50x53 10x203
50x5x22,5 16,94 10x20x16,94 10 24549cm4
2 2
ICG =
12 12
ICG
fctk,sup 0,393 202 2,87MPa 0,29 kN/cm 2 , Md,min 0,8W0 fctk,sup, W0
ymax, tração
24549 336
Md,min 0,8x x0,29 336 kNcm Md,Ref Mmin 240 kNcm
16,94 1,4
Kmin,50x25 = 0,0114 < K = 0,295, As,min = 0,35 cm2 < As,cal = 1,78 cm2 OK!
A s A s1
1,214x50x22
43,48
1 1 2x0,0361 1,13 cm2 A s,min 0,35cm2
A’s = As2 = 0
Para As = 1,13 cm2 será adotado por nervura (210 mm), que resulta na ar-
madura efetiva ou existente Ase = 1,57 cm2.
Verificação da flecha
Para o cálculo da flecha será usada a tabela 3.10, laje tipo A, com relação (b/a)
= 1,30, cujo valor tabelado é f1 = 0,073. Inicialmente deve-se comparar o momento de
10.18
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
serviço Mserv, com o momento de fissuração Mr. Só então, pode-se definir se a flecha
da laje será verificada no Estádio I ou no Estádio II.
Profundidade da LN no Estádio II
As = 2,45 cm2, bf = 50 cm, bw = 10 cm, hf = 5 cm
n = (Es/Ecs) = (21000/2129) = 9,86
10.19
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
1
A n A s bf bw hf 1 9,86x2,45 50 10 5 22,42
bw 10
2 bf b w 2 2 50 10 2
B d n A s 2 hf 10 22x9,86x2,45 2 5 206,29
bw
III /nerv
1
3
b f xII3 b f b w xII h f 3 n A s d xII 2
III /nerv
1
3
50x4,213 50 104,21 53 9,86x2,45(22 - 4,21)2
Rigidez equivalente
3 M 3
Mr
EI eq/nerv E cs Ic 1 r III E cs Ic
M Ma
a
3 383 3
EI eq/nerv 2129 383 24549 1
8896
936 936
Para a laje nervurada em questão, com inércia bruta por metro já calculada e
igual a Ic/m = 49098 cm4, a flecha imediata será obtida com uma altura correspondente
hcorr dada por:
10.20
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
100x252
fi fi,h25 12 0,35x2,65 0,93 cm
49098
12 Ieq/m 12x(2x9968)
heq/m 3 3 13,37 cm
b 100
3 3
25
fi fi,h 25 0,35 25 2,29 cm
heq,m 13,37
Ou
100x252
fi fi,h25 12 0,35x6,53 2,29 cm
2x9968
Como a flecha total supera a flecha admissível, a laje não atende ao estado
limite de deformação excessiva ELS-DEF, mesmo aplicando-se uma contra flecha
máxima cfmax = ( / 350) = (740 / 350) = 2,11 cm. A flecha final resultante vale:
10.21
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Será tentada uma nova altura da laje igual a 30 cm, mesa com 5 cm e os blocos
de 40x40x25 cm3, por ser a opção que leva à menor economia no consumo de con-
creto, aliado ao menor peso da laje.
10.22
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
A s A s1
1,214x50x27
43,48
1 1 2x0,0408 1,57 cm2 A' s = A s2 = 0
Para As = 1,57 cm2 será adotado por nervura (210 mm), que resulta na ar-
madura efetiva ou existente Ase = 1,57 cm2.
Armadura mínima
ycg = (50x5x27,5 + 10x25x12,5) / (50x5 + 10x25) = 20 cm
Icg = [(50x53)/12+50x5x(27,5-20)2]+[(10x253)/12+10x25x(20-12,5)2] = 41667 cm4
Md,min = 0,8 x [(41667) / 20] x 0,29 = 483 kNcm Mmin = 345 kNcm
K50/25 = 0,0109 < KL = 0,295, As,min = 0,41 cm2 < As,cal = 1,77 cm2 OK!
A s A s1
1,214x50x27
43,48
1 1 2x0,0261 1,00 cm2 A s,min 0,41cm2
A’s = As2 = 0
Para As = 1,00 cm2 será adotado por nervura (28 mm), que resulta na arma-
dura efetiva ou existente Ase = 1,01 cm2.
10.23
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Verificação da flecha
pi = pserv = g + 2q = 5,3 + 0,3x2,0 = 5,9 kN/m2
III /nerv
1
3
50x3,91 3 50 103,91 5 3 9,86x1,57 (27 - 3,91)2
Para a laje nervurada com Ic/m = 83333 cm4, a flecha imediata será obtida com
uma altura correspondente [b(hcorr)3/12] = Ic/m. Portanto, hcorr será dado por:
10.24
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
12x83333
hcorr 3 21,54 cm
100
fi = 0,22x(30 / 21,54)3 = 0,22x(225000 / 83333) = 0,59 cm
12x(2x14032)
heq/m 3 14,99 cm
100
Como essa laje nervurada tem o espaçamento entre os eixos das nervuras
igual a 50 cm, menor que 65 cm, para a verificação do cisalhamento da região das
nervuras, permite-se considerar os critérios de laje. Conforme capítulo 5, item 5.3,
dispensa-se armadura transversal para resistir às forças de tração oriundas da força
cortante em lajes maciças ou nervuradas, quando a força cortante de cálculo a uma
distância d da face do apoio, obedecer à expressão:
VSd ≤ VRd1
10.25
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Como VSd = 23,30 kN) < VRd1 = 26,89 kN dispensa-se armadura transversal
para resistir ao cisalhamento, considerando a direção “a”. Na direção “b” os valores
diferentes dos já calculados são:
ρ1 = As1 / (bw d) = (2x1,01) / (100x27) = 0,00075 < 0,02
VSd = 13,51x1,4 = 18,91 kN
Detalhamento
Apresenta-se na figura 10.4 as armações na direção “a” (2 10 mm) por ner-
vura e na direção “b” (2 8 mm) por nervura.
10.26
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
10.5.1.3 - Laje nervurada com altura total h = 25 cm, malha (50x30) cm2
10.27
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Figura 10.5 - Laje do exemplo 1, com inércias diferentes nas duas direções
Embora a laje tenha inércias diferentes nas duas direções, conforme item
14.7.7 da NBR 6118 pode ser calculada, como laje maciça armada em duas direções,
uma vez que a relação de lados é menor que 2. Dessa forma:
10.28
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
bf,a = 10 + 10 + 10 = 30 cm
Md,Ref,a = 1,214x30x5(22-5/2) = 2551 kNcm > 755x1,4 = 1057 kNm (seção ret. 30x25)
bf,b = 10 + 20 + 20 = 50 cm
Md,Ref,b = 1,214x50x5(22-5/2) = 5918 kNcm > 806x1,4 = 1128 kNm (seção ret. 50x25)
A s A s1
1,214x30x22
43,48
1 1 2x0,06 1,14 cm2
A’s = As2 = 0
Para As = 1,14 cm2 será adotado por nervura (28 mm + 1 6,3 mm), que re-
sulta na armadura efetiva ou existente Ase = 2x0,503 + 0,312 = 1,32 cm2.
Armadura mínima
ya,cg = (30x5x22,5 + 10x20x10) / (30x5 + 10x20) = 15,36 cm
Ia,cg = [(30x53)/12+30x5x(22,5-15,36)2]+[(10x203)/12+10x20x(15,36-10)2] = 20372 cm4
Md,(min,a) = 0,8 x [(20372) / 15,36] x 0,29 = 308 kNcm Mmin,a = 220 kNcm
Kmin,30x25 = 0,0109 < KL = 0,295, As,min = 0,41 cm2 < As,cal = 1,14 cm2 OK!
A s A s1
1,214x50x22
43,48
1 1 2x0,0384 1,20 cm2 A s,min 0,35 cm2
A’s = As2 = 0
10.29
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Para As = 1,20 cm2 será adotado por nervura (28 mm + 1 6,3 mm), que re-
sulta na armadura efetiva ou existente Ase = 2x0,503 + 0,312 = 1,32 cm2.
Verificação da flecha
pi = pserv = g + 2q = 5,12 + 0,3x2,0 = 5,72 kN/m2
20372
Mr ,nerv 1,2x0,22x 350 kNcm
15,36
Ic/nerv = 20372 cm4 Ic/m = 20372x3,33 = 67907 cm4
yt = 15,36 cm
III /nerv
1
3
30x4,03 3 30 104,03 - 5 3 9,86x1,32(22 - 4,03)2
350
3 350 3
EI eq/nerv 2129 20372 1 4863
606 606
10.30
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Para a laje nervurada com Ic/m = 67907 cm4, a flecha imediata será obtida com
uma altura correspondente hcorr dada por:
12x67907
hcorr 3 20,12 cm
100
12x(3,33x7851)
h eq/m 3 14,64 cm
100
cf = (f - fadm) = (4,65 - 2,96) = 1,69 cm < cfmax = (740 / 350) = 2,11 cm
10.31
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Mesmo exemplo anterior calculando esforços pela teoria das grelhas, conforme
recomendado no item 10.2.2. Nesse caso devem ser calculados os quinhões de carga,
pa e pb, carregamentos que atuam isoladamente em faixas unitárias nas direções dos
vãos a e b, respectivamente.
1 1
Ka 4
4
0,797 0,8
C Ib a 5 2x24549 7,40
1 a 1
Cb Ia b 5 3,33x20372 9,60
Kb = 1 - Ka = 1 - 0,8 = 0,2
Ka,30x25 = 0,093 < KL = 0,295 As,a/nerv = 1,80 cm2 (112,5+110 = 2,01 cm2)
Kb,50x25 = 0,039 < KL = 0,295 As,b/nerv = 1,22 cm2 (2 10 = 1,57 cm2)
10.32
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
A flecha imediata para uma viga biapoiada de vão 7,40 m, com carga de serviço
pserv = 1,37 kN/m, para a seção fissurada é dada por:
Portanto, a mesma laje com malha de 50x30 não atende ao ELS-W, quando se
considera a teoria das grelhas. Comparando-se os valores da flecha máxima nos dois
casos, nota-se que para a teoria das grelhas, f,grelha = 8,07 cm, é quase duas vezes
maior que a correspondente ao cálculo elástico (como laje maciça), f,maciça = 4,65 cm
(a teoria de grelha não considera a rigidez à torção).
10.33
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Essa mesma laje foi analisada pelo programa PLENOR, desenvolvido no Depar-
tamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) da Escola de Engenharia da UFMG,
usando o MEF (método dos elementos finitos). A figura 10.6 mostra a discretização
dos nós, elementos de placa e elementos de barra desse exemplo. Em função da
dupla simetria desse exemplo, discretizou-se apenas um quarto da laje, considerando
rotação nula em relação ao eixo X nos nós 89 a 99 (de um em um) e rotação nula em
Y nos nós 12 a 99 (de onze em onze).
A laje da figura 10.6 foi discretizada com elementos retangulares de placa com
dimensões 50x50 cm2 (distância entre eixos das nervuras) e elementos menores no
contorno, para atender ao tamanho total da laje (480x370 cm2, dupla simetria). A es-
pessura da mesa é de 5 cm e da nervura é de 10 cm. A quarta parte discretizada da
laje tem 99 nós, 80 elementos de placa e 160 elementos de barra. As propriedades
mecânicas do concreto são: Ecs = 2129 kN/cm2 (módulo de “elasticidade”) e = 0,2
(coeficiente de Poisson).
Altura total de 25 cm
Essa laje com altura total de 25 cm apresenta uma distância de 12,5 cm entre
o plano médio da placa e o eixo das nervuras, o “offset”, mostrado à direita da figura
10.6. A laje foi analisada com uma carga total p = 6,7 kN/m 2.
10.34
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Com relação à rigidez a torção GIx, foram analisadas três situações distintas. A
primeira desprezando-se essa rigidez à torção, a segunda considerando-se 30% e a
terceira, 100% dessa rigidez. Normalmente nos cálculos essa rigidez é desprezada
ou parcialmente considerada com percentuais que variam entre 10% e 30%.
fmax,0% = 2,080 cm, fmax,30% = 2,040 cm, fmax,100% = 1,954 cm (variação quase linear)
10.35
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Ma/nerv = 1986 kNcm As = 3,06 cm2 (2 16) Ase = 4,02 cm2
Mr = 383 kNcm < Mserv = (5,3 / 6,7)x1986 = 1571 kNcm Estádio II
A = 23,96 B = 274,40 xII = 5,17 cm III = 13530 cm4,
Ic = 24549 cm4 (Mr/Ma)3 = 0,0145 Ieq = 13690 cm4
10.36
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
2,96 cm, mesmo aplicando-se a contra-flecha máxima cfmax = (/350) = 2,11 cm.
Altura total de 30 cm
fmax,0% = 1,218 cm, fmax,30% = 1,199 cm, fmax,100% = 1,159 cm (variação quase linear)
10.37
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Ma/nerv = 2011 kNcm As = 2,02 cm2 (2 12,5) Ase = 2,45 cm2
Mr = 550 kNcm < Mserv = (5,9 / 7,3)x2011 = 1625 kNcm Estádio II
A = 22,42 B = 230,66 xII = 4,66 cm III = 13763 cm4,
Ic = 41667 cm4 (Mr/Ma)3 = 0,0388 Ieq = 14845 cm4
2,96 cm, mesmo aplicando-se a contra-flecha máxima cfmax = (/350) = 2,11 cm.
Na figura 10.7 apresenta-se a laje discretizada com malha 50x30 (quarta parte),
com 153 nós, 128 elementos retangulares de placa e 256 elementos de barra. A carga
total p = 7,12 kN/m2 e a de serviço pserv = 5,72 kN/m2. A altura total é de 25 cm.
10.38
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Momentos fletores
Ma/nerv = 1042 kNcm As = 1,59 cm2 (2 10) Ase = 1,57 cm2
Mr = 350 kNcm < Mserv = (5,72 / 7,12)x1042 = 1262 kNcm Estádio II
A = 11,55 B = 143,11 xII = 5,09 cm III = 5743 cm4,
Ic = 20372 cm4 (Mr/Ma)3 = 0,0213 Ieq = 6055 cm4
10.39
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
7,51 cm (Ix = 0)
f = 2,46x(Ic / Ieq)xfi = 2,46x(20372 / 6055)xfi = 7,40cm (Ix = 30%JT = 1374 cm4)
7,17 cm (Ix = JT = 4580)
10.40
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes nervuradas
___________________________________________________________________________
Mr,a/nerv
383 550 350 350 383 550 350
kNcm
Ic,a/nerv
24549 41667 20372 20372 24549 41667 20372
cm4
III,a/nerv
8896 9267 4863 6969 13530 13763 5743
cm4
Ieq,a/nerv
9968 14032 7851 7665 13690 14845 6055
cm4
fi,c (cm) 0,93 0,59 0,73 - 1,645** 0,984** 1,295**
fi,II
2.29 1,76 1,89 3,28 - - -
(cm)
f (cm) 5,63 4,33 4,65 8,07 7,25** 6,79** 7,66**
(*) - Valores representam o momento correspondente por nervura, caso a malha fosse 50x50. São ob-
tidos a partir dos valores calculados para a malha de 50x30. Assim, Ma(50x50) = (50 / 30)xMa(50x30)
(**) - Ix = 0 (***) - Ix = 30%JT (****) - Ix = JT
10.41
CONCRETO ARMADO II - CAPÍTULO 11
Junho 2018
LAJES COGUMELO
____________________________________________________________________________
Embora essa seja a definição da norma, normalmente tanto uma quanto outra
são denominadas genericamente por lajes cogumelo, com ou sem capitel.
panel” (ver figura 11.1 d). Normalmente tanto um quanto o outro são simplesmente co-
nhecidos como capitel. Essas soluções dificultam e oneram a execução da laje, que
não mais mantém o seu teto liso. Conforme se verá mais adiante é possível, em muitos
casos, substituir os capitéis e prevenir o colapso progressivo com o cálculo e detalha-
mento adequado de armaduras projetadas para a laje, adicionais às de flexão.
Conforme mostrado na figura acima essas lajes podem ser maciças ou nervura-
das com ou sem elementos inertes, em concreto armado ou protendido. As nervuradas
normalmente apresentam regiões maciças nos apoios, para atender aos esforços loca-
lizados devidos a punção.
11.2
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
soluções estruturais cada vez mais complexas para atender a uma demanda cres-
cente por projetos arquitetônicos mais arrojadas, aliando estética e aproveitamento
máximo dos espaços construídos. Nesse contexto sobressaem as lajes cogumelos
que dentre as suas possíveis vantagens, pode-se citar:
11.3
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
Embora as vantagens acima sejam suficientes para adoção dessa solução es-
trutural, é necessário tomar alguns cuidados na definição final do sistema a ser ado-
tado. Os cuidados estão relacionados às duas grandes desvantagens observadas em
edifícios construídos com lajes cogumelo:
“A análise estrutural de lajes lisas e cogumelo deve ser realizada mediante em-
prego de procedimento numérico adequado, por exemplo, diferenças finitas,
elementos finitos ou elementos de contorno.”
“Nos casos das lajes em concreto armado, em que os pilares estiverem dispos-
tos em filas ortogonais, de maneira regular e com vãos pouco diferentes, o cál-
culo dos esforços pode ser realizado pelo processo elástico aproximado, com
redistribuição, que consiste em adotar, em cada direção, pórticos múltiplos,
para obtenção dos esforços solicitantes.”
11.4
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___________________________________________________________________________
“Para cada pórtico deve ser considerada a carga total. A distribuição dos mo-
mentos, obtida em cada direção, segundo as faixas indicadas na Figura 11.2
(abaixo), deve ser feita da seguinte maneira:
Figura 11.2 - Faixas de laje para distribuição dos esforços nos pórticos múlti-
plos (adaptado da figura 14.9 da NBR 6118)
11.5
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___________________________________________________________________________
De acordo o item 13.2.4.1 da NBR 6118, que trata das dimensões limites para
lajes maciças, a espessura mínima para lajes lisas é de 16 cm e para lajes cogumelo
é de 14 cm, fora do capitel.
Embora não persista essa recomendação na versão atual da NBR 6118, esses
valores mínimos para os pilares continuam sendo praticados de maneira comum. Da
mesma forma, conforme visto no capítulo 10, existe uma recomendação prática para
11.6
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___________________________________________________________________________
menor vão .
11.5 – Exemplos
Dimensões
Espessura da laje
Trata-se de uma laje cogumelo maciça em concreto armado, com vãos iguais
a 6 m nas duas direções, portanto a espessura da laje pode ser:
11.7
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___________________________________________________________________________
Nas duas direções os vãos são iguais a 6m, a altura livre do pilar vale (305 -
16) = 289 cm, portanto os pilares podem ser quadrados com a seguinte dimensão
mínima:
30 cm
b=h≥ 600 / 20 = 30 cm Adotar seção (30 / 30) cm2
289 / 15 = 19,3 cm
Carregamentos
11.8
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___________________________________________________________________________
Momentos fletores
O cálculo simplificado dos momentos fletores dessa laje é feito com pórticos
nas direções X e Y, considerando-se apenas os lances dos pilares imediatamente
acima e abaixo do pavimento analisado. São três pórticos na direção X e quatro na
direção Y. Na direção X os pórticos dos eixos A e C tem largura de (1 + 6/2) = 4 m e
do eixo B, (6/2 + 6/2) = 6 m. Analogamente na direção Y os pórticos 1 e 4 tem largura
de 4 m e os dos eixos 2 e 3, largura de 6 m. Esses pórticos com os seus carregamen-
tos estão apresentados na figura 11.4.
As cargas dos pórticos nessa figura são consideradas para faixas de laje com
um metro de largura, nas direções X e Y. As vigas que formam os pórticos centrais,
como dos eixos B na direção X e 2,3 em Y, têm largura equivalente correspondente à
soma das metades das distâncias entre os eixos dos pilares em cada direção. Para
os pórticos laterais, eixos A,C em X e eixos 1,4 em Y, a largura equivalente é obtida
com a soma da metade da distância entre os eixos dos pilares e da distância dispo-
nível até o contorno da laje em cada direção. A altura das vigas é a mesma, 16 cm,
nas duas direções. Dessa forma as larguras das vigas são:
11.9
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___________________________________________________________________________
Portanto os momentos de inércia das vigas que formam os pórticos são obtidos da
seguinte forma:
Para os dois pórticos acima, com mesmo carregamento e com duas inércias
diferentes cada um, os diagramas de momentos fletores das suas vigas estão apre-
sentados na figura 11.5. Devido a simetria, apenas a primeira metade dos diagramas
foi desenhada.
11.11
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___________________________________________________________________________
Reações de apoio
As flechas devem ser avaliadas de forma mais confiável por métodos numéri-
cos, como o Método das Diferenças Finitas (MDF), o Método dos Elementos Finitos
(MEF) ou o Método dos Elementos de Contorno (MEC).
Dimensionamento à flexão
11.12
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___________________________________________________________________________
A taxa de armadura mínima para (d/h) = (12,75 / 16) ≈ 0,8 e fck = 30 MPa é dada
na tabela 2.7, ρmin = 0,15%, portanto As,min = 0,15%x100x16 = 2,4 cm2/m.
11.13
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11.14
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___________________________________________________________________________
11.15
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___________________________________________________________________________
11.16
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11.17
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LISTA DE FERROS
COMPRIMENTO
N QUANTIDADE RESUMO
(cm)
COMPRIMENTO PESO
1 8 452 715
(cm) (kg)
2 8 83 630 8 4541 1793
3 10 104 275
10 424 262
4 12,5 232 325
12,5 754 727
5 8 60 275
TOTAL (kg) 2782
6 8 76 325
7 10 2 CORR
8 8 340 110
11.19
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___________________________________________________________________________
11.20
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11.21
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___________________________________________________________________________
11.22
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___________________________________________________________________________
11.23
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___________________________________________________________________________
Nota-se que a placa se levanta nos cantos em balanço e tem flechas acentua-
das nas suas laterais conforme figuras 11.9, 11.12 e 11.13. As flechas imediatas (car-
gas nominais) nas laterais inferior e esquerda, atingem seus valores máximos positi-
vos, respectivamente nos nós 9 (0,73 cm) e 169 (0,59 cm). A flecha final levará em
conta cargas de serviço, seção fissurada e deformação lenta ampliando seus valores
imediatos a patamares que podem superar as flechas limites do ELS-DEF (verificado
mais adiante).
Essas flechas acontecem nas laterais visíveis da laje podendo gerar certo des-
conforto estético da obra. As mesmas poderiam ser aliviadas com vigas de borda,
resultando um misto de laje lisa e laje com vigas.
11.24
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___________________________________________________________________________
Usa-se normalmente uma visualização dos resultados, que leva em conta gru-
pos de elementos com mesmo nível de solicitação, aferidos aos centroides dos ele-
mentos e situados dentro de uma faixa de valores. É o que se indica na figura 11.15
para os dois momentos fletores. Essa forma de analisar os esforços é mais fácil e
apresenta um ganho adicional na definição dos trechos de momentos negativos e po-
sitivos, auxiliando o detalhamento das armaduras de flexão.
A partir dos limites das faixas de solicitações da figura 11.15, pode-se dimensi-
onar para os seus valores médios (faixa de 1,5 m - 3 elementos) resultando no nó 309,
momento Mx = [(4504+3316)/2 + (3316+2128)/2 + (2128+940)/2] = 2722 kNcm e My =
[(4625+3442)/2 + (3442+2258)/2 + (2258+1074)/2] = 2850 kNcm. Pode-se detalhar
também para cada faixa de 0,5 m, correspondente ao tamanho do elemento, opção
pouco recomendada por dificuldades práticas no detalhamento das armaduras e na
execução.
11.25
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___________________________________________________________________________
11.26
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___________________________________________________________________________
Essa flecha é para cima e tem valor que excede a flecha admissível, para ba-
lanço, em pouco mais de 20%, podendo ainda ser considerada aceitável.
11.27
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___________________________________________________________________________
Na flexão a forma de ruína é dúctil, porque mesmo que haja primeiro o esmaga-
mento do concreto à compressão, a armadura é, normalmente, projetada para defor-
mação maior ou igual àquela correspondente ao início do escoamento do aço. Dessa
forma a ruína é antecipada por uma grande deformação.
11.28
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___________________________________________________________________________
11.29
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___________________________________________________________________________
Os três tipos de ruína (figura 11.17) deverão ser evitados e o modelo sugerido
pela NBR 6118 no item 19.5.1 contempla a verificação da resistência do concreto e o
dimensionamento da armadura de punção, quando necessária, em superfícies críticas
ou seções de controle, para os tipos de ruína supracitados.
“Na segunda superfície crítica (contorno C’) afastada 2d do pilar ou carga con-
centrada, deve ser verificada a capacidade da ligação à punção, associada à
resistência à tração diagonal. Essa verificação também é feita através de uma
tensão de cisalhamento, no contorno C’.” (superfície crítica S2)
“Caso haja necessidade, a ligação deve ser reforçada por armadura transver-
sal.”
11.30
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___________________________________________________________________________
“A terceira superfície crítica (contorno C’’) apenas deve ser verificada quando
for necessário colocar armadura transversal.” (superfície crítica S3)
citante de cálculo” deve ser menor ou igual à “(Rd2) - tensão de cisalhamento re-
sistente de cálculo-limite para verificação da compressão diagonal do concreto
na ligação laje - pilar”.
Caso Sd > Rd1, haverá necessidade de armadura de cisalhamento para refor-
çar e garantir a segurança da ligação laje-pilar. Essa armadura deverá ser distribuída
em pelo menos três contornos paralelos a C’. A uma distância 2d além do contorno
mais externo dessa armadura, deverá ser verificada uma terceira superfície crítica C’’
(superfície de ruptura S3), onde a nova tensão (Sd) deverá ser menor que “(Rd3) -
tensão de cisalhamento resistente de cálculo”. Salienta-se que a verificação na
superfície C’’ só será realizada se houver necessidade da armadura transversal para
combate ao cisalhamento.
11.31
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___________________________________________________________________________
FSd
τ Sd Contorno C
u0 d
(11.1)
F
τ Sd Sd Contorno C'
ud
dx dy
d (11.2)
2
Onde:
d - é a altura útil da laje ao longo do contorno crítico C (da área de
aplicação da força) ou C' (externo ao contorno C e deste distante 2d no
plano da laje);
11.32
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“A força de punção FSd pode ser reduzida da força distribuída aplicada na face
oposta da laje, dentro do contorno considerado na verificação, C ou C’.”
Figura 11.18 - Perímetros críticos em pilares internos (Fig. 19.2 da NBR 6118)
FSd K M Sd
τ Sd (11.3)
ud Wp d
Onde:
K - é o coeficiente que fornece a parcela de MSd transmitida ao pilar por
cisalhamento, que depende da relação (C1 / C2);
11.33
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___________________________________________________________________________
11.34
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___________________________________________________________________________
u
Wp e d (11.4)
0
Onde:
FSd K 1 M Sd1
τ Sd *
(11.5)
u d Wp1 d
Sendo:
MSd1 = (MSd - MSd*) ≥ 0 11.6)
Onde:
FSd - é a reação de apoio de cálculo;
11.35
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___________________________________________________________________________
Onde:
MSd2 - é o momento de cálculo no plano paralelo à borda livre;
Wp2 - é o módulo de resistência plástica na direção paralela à borda livre,
calculado para o perímetro u.
11.36
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___________________________________________________________________________
Figura 11.20 - Perímetros críticos em pilares de borda (Fig. 19.3 da NBR 6118)
“Aplica-se o disposto para o pilar de borda quando não age momento no plano
paralelo à borda.”
“Como o pilar de canto apresenta duas bordas livres, deve ser feita a verificação
separadamente para cada uma delas, considerando o momento fletor, cujo
plano é perpendicular à borda livre adotada.”
11.37
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___________________________________________________________________________
Figura 11.21 - Perímetro crítico em pilares de canto (Fig. 19.4 da NBR 6118)
11.6.1.5 - Capitel
“Quando existir capitel, devem ser feitas duas verificações nos contornos críti-
cos C1’ e C2’ como indica a Figura 19.5.” (figura 11.22 dessa apostila)
Figura 11.22 - Definição da altura útil no caso de capitel (Fig. 19.5 da NBR 6118)
11.38
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___________________________________________________________________________
Onde:
d - é a altura útil da laje no contorno C2’;
dc - é a altura útil da laje na face do pilar;
da - é a altura útil da laje no contorno C1’;
a) b)
Figura 11.23 - Perímetro crítico a) contorno com reentrância
b) com abertura (Figs. 19.6 e 19.7 da NBR 6118)
11.39
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___________________________________________________________________________
FSd
τ Sd τ Rd2 0,27 α v f cd (11.9)
u0 d
Onde u0 é o perímetro da superfície crítica C.
fck
αv 1 (fck em MPa) (11.10)
250
11.40
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___________________________________________________________________________
- - 90 1,111 (1,333)
20
100 ρ fck 1/3
FSd
τ Sd τ Rd1 0,13 1 (11.12)
ud d
ρ ρx ρy (11.13)
Onde:
d - é a altura útil da laje, conforme equação (11.2), ao longo do contorno
crítico C’ da área de aplicação da força, em centímetros;
11.41
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___________________________________________________________________________
Essa verificação deve ser feita no contorno crítico C’ ou em C1’ e C2’, no caso
de existir capitel.
Onde:
sr - é o espaçamento radial entre linhas de armadura de punção, não
maior do que 0,75d;
11.42
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___________________________________________________________________________
h 15
f ywd 250 185 MPa para 15 < h ≤ 35 cm
20
0,10
τ Sd τ Rd1
0,13
A sw ud (11.17)
d
1,5 f ywd senα
sr
Para o cálculo da armadura Asw, equação (11.17), embora o produto (1,5d / sr)
seja maior ou igual a 2, será adotado o valor mínimo 2, a favor da segurança.
11.43
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___________________________________________________________________________
“Essa armadura deve ser preferencialmente constituída por três ou mais linhas
de conectares tipo pino com extremidades alargadas, dispostas radialmente a
partir do perímetro do pilar. Cada uma dessas extremidades deve estar ancorada
fora do plano da armadura de flexão correspondente.”
Conforme o item 19.5.3.4 da NBR 6118 quando for necessário utilizar armadura
transversal, ou seja, Sd > Rd1 no contorno C’, essa armadura deve ser estendida em
contornos paralelos a C’ até que, em um contorno C" afastado 2d do último contorno
dessa armadura, não seja mais necessária armadura, isto é, Sd ≤ Rd1 no contorno
C’’. A disposição dessa armadura em planta está ilustrada na figura 11.24, assim
como o contorno u* da superfície crítica C’’.
11.44
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___________________________________________________________________________
11.45
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___________________________________________________________________________
FSd
A s,ccp 1,5 (11.18)
f yd
Na figura 11.27 (p) é a distância da face do pilar até a última linha de conectores
ou ramo dos estribos da armadura de cisalhamento. Se essa armadura for composta
pelo mínimo de três linhas, espaçadas entre si de (sr = 0,75 d), p assume o mesmo
valor (2 d), da distância da face do pilar ao contorno crítico u’.
11.47
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___________________________________________________________________________
Contorno C
u0 = p D (11.19)
Wp = D2
Contorno C’
u = p (D + 4d) (11.20)
Wp = (D + 4d)2
Contorno C’’
u’ = p (D + 2p + 4d) (11.21)
Wp = (D + 2p + 4d)2
Pilares internos
Contorno C
u0 2C1 C2
C12
Wp1 C1C 2 (11.22)
2
C22
Wp2 C2C1
2
Contorno C’
u 2C1 C2 4 π d
C12
Wp1 C1C 2 4C2d 16d2 2 π d C1 (11.23)
2
C22
Wp2 C2C1 4C1d 16d2 2 π d C2
2
Contorno C’’
u' 2C1 C2 4 π d 2π p
C12
Wp1 C1C2 4C2d 16d2 2 π d C1 2C2p 16dp 4p2 π C1p (11.24)
2
C 22
Wp2 C 2C1 4C1d 16d2 2 π d C 2 2C1p 16dp 4p 2 π C 2p
2
Pilares de borda
Contorno C
u*0 2a C2
C12 C1C2
Wp1 (11.25)
2 2
C22
Wp2 C2C1
4
u*
C1 C 2
e d C1a a 2
e* 0
2 (11.26)
u* 2a C 2
d
0
11.49
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___________________________________________________________________________
Contorno C’
u* 2a C 2 2 π d
C12 C1C 2
Wp1 2C2d 8d 2 π d C1
2 2
C 22
Wp2 C 2 C1 4C1d 8d 2 π d C 2 (11.27)
4
C1 C 2
C1 a a 2 2C2 d 8d 2 π dC1
e* 2
2a C 2 2 π d
11.50
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___________________________________________________________________________
Contorno C’’
u * 2a C 2 2 π d π p
C12 C1C 2 π p C1
Wp1 2C2 d 8d 2 π d C1 C 2 p 8dp 2p 2
2 2 2
C 22 π p C2
Wp2 C 2 C1 4C1d 8d 2 π d C 2 2C1p 8dp 2p 2 (11.28)
4 2
C1 C2 π p C1
C1a a 2 2C2d 8d2 π dC1 C2p 8dp 2p2
e* 2 2
2a C2 2 π d π p
Pilares de canto
Contorno C
u*0 a1 a 2
MSd1
C12 C1C 2
Wp1
4 2
C1a 1 a 12 a 2 C1
e*1 (11.29)
2a 1 a 2
MSd2
C 22 C 2 C1
Wp2
4 2
C 2 a 2 a 22 a 1C 2
e*2
2a 2 a 1
11.52
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___________________________________________________________________________
Contorno C’
u* a1 a 2 π d
MSd1
C12 C1C 2 π d C1
Wp1 2C2 d 4d 2
4 2 2
C1a 1 a 12 a 2 C1 4a 2 d 8d 2 π d C1
e *1 (11.30)
2a 1 a 2 π d
MSd2
C 22 C 2 C1 π d C2
Wp2 2C1d 4d 2
4 2 2
C 2 a 2 a 22 a 1C 2 4a1d 8d 2 π d C 2
e*2
2a 2 a 1 π d
Contorno C’’
πp
u* a1 a 2 π d
2
MSd1
C12 C1C 2 π d C1 π p C1
Wp1 2C2 d 4d 2 C 2 p 4dp p2
4 2 2 4
π p C1
C1a1 a12 a 2 C1 4a 2 d 8d 2 π d C1 2a 2 p 8dp 2p 2
e*1 2 (11.31)
πp
2 a1 a 2 π d
2
MSd2
C 22 C 2 C1 π d C2 π p C2
Wp2 2C1d 4d 2 C1p 4dp p2
4 2 2 4
π p C2
C 2 a 2 a 22 a1C 2 4a1d 8d 2 π d C 2 2a1p 8dp 2p 2
e*2 2
πp
2 a 2 a1 π d
2
Conforme o item 20.3 da NBR 6118 em lajes sem vigas, maciças ou nervura-
das, calculadas pelo processo aproximado (pórticos múltiplos), devem ser respeitadas
as disposições contidas na figura 11.32.
11.54
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
Figura 11.32 - Disposições construtivas das armaduras para lajes sem vigas
(Fig. 20.2 da NBR 6118)
“O diâmetro da armadura de estribos não pode superar h/20 da laje e deve haver
contato mecânico das barras longitudinais com os cantos dos estribos.”
“As regiões mínimas em que devem ser dispostas as armaduras de punção, bem
como as distâncias regulamentares a serem obedecidas, estão mostradas na
Figura 20.3.”( figura 11.33 dessa apostila)
11.55
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___________________________________________________________________________
11.6.6.1 - Exemplo 1
11.56
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___________________________________________________________________________
100
x1,227
12,5 1,227 1,227
ρx 6,135x10 3 , ρy 6,972x10 3
100x16 12,5x16 11x16
FSd 367,92
τ Sd 0,100 kN/cm 2
ud 283,4x13
τRd1 0,13 1
20
d
100 ρ fck
1/3 0,131 20
100x6,540x10-3 x30
13
1/3
11.57
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
Como Sd = 0,100 > Rd1 = 0,0786 kN/cm2 haverá necessidade de armadura de pun-
ção. É possível reduzir a tensão Sd retirando da reação total FS, a parcela de carga
atuante na área envolvida pelo contorno C’, que vale:
Sd,corr = 258,3x1,4 / (283,4x13) = 0,098 kN/cm2 > Rd1 = 0,0786 kN/cm2 ARMAR !
Usando a equação (11.17) para a relação (1,5d / sr) = 2, = 900, o valor de Sd,corr e
fywd, para h = 16 cm, dado por:
h 15 16 15
f ywd 250 185 250 185 259 MPa 25,9 kN/cm 2
20 20
0,10 0,10
τ Sd τ Rd1 0,098 0,0786
0,13 0,13
A sw ud 283,4x13 2,67 cm2 /cont. paral. a C'
d 2x25,9x1
1,5 f ywd senα
sr
p = 0,5d + 2(0,75d) = 2d = 26 cm
u’ = 2(C1 + C2) + 4d +2p = 2(30 + 30) + 4x13 + 2x26 = 446,7 cm eq. (11.24)
FSd 367,92
Sd 0,063 kN/cm2 Rd1 0,0786 kN/cm2 OK!
u' d 446,7x13
11.58
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___________________________________________________________________________
Colapso progressivo
FSd 367,92
A s,ccp 1,5 1,5 12,69 cm2 < (2x2 16 mm 8x2,01=16,1 cm2)
f yd 43,5
Obs.: O valor de FSd, nesse caso para cálculo da armadura de colapso progressivo
pode ser: FSd = 1,2x262,8 = 315,36 kN
Detalhamento
Como a bitola dos estribos não pode superar (h/20 = 16 / 20 = 0,8 cm) 8 mm, a arma-
dura pode ser constituída de (16 5mm / contorno paralelo a C’), conforme estribo
mostrado na figura 11.34.
11.59
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
11.60
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
1,227 0,785
ρx 6,135x10 3 , ρy 4,460x10 3
12,5x16 11x16
τRd1 0,131
20
100x5,231x10- 3 x30
13
1/3
0,729 MPa 0,0729 kN/cm 2
Sd = 0,088 > Rd1 = 0,0729 kN/cm2 (sem diminuir a carga da área de C’)
Sd,corr = 227,06x1,4 / (283,4x13) = 0,086 kN/cm2 > Rd1 = 0,0729 kN/cm2 ARMAR !
0,10
0,086 0,0729
0,13
A sw 283,4x13 2,13 cm2 /contorno paralelo a C'
2x25,9x1
324,16
τ Sd 0,056 kN/cm 2 τRd1 0,0729 kN/cm 2 OK!
446,7x13
11.61
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___________________________________________________________________________
Colapso progressivo
324,16
A s,ccp 1,5 11,18 cm2 < (2x2 16 mm 16,1 cm2)
43,5
Obs.: O valor de FSd, nesse caso para cálculo da armadura de colapso progressivo
pode ser: FSd = 1,2x231,54 = 277,85 kN
u0 = 120 cm
268,69
τ Sd 0,172 kN/cm 2 τRd2 0,509 kN/cm 2 (tabela 11.2) OK!
120x13
u = 283,4 cm
0,785 0,785
ρx 4,906x103 , ρy 4,460x103
10x16 11x16
11.62
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
τRd1 0,131
20
13
100x4,468x10-3 x30
1/3
0,692 MPa 0,0692 kN/cm 2
Sd = 0,0729 > Rd1 = 0,0692 kN/cm2 sem diminuir a carga na área de C’
0,10
0,0712 0,0692
0,13
A sw 283,4x13 1,28 cm2 /contorno paralelo a C'
2x25,9x1
268,69
τ Sd 0,046 kN/cm 2 τRd1 0,0692 kN/cm 2 OK!
446,7x13
Colapso progressivo
268,69
A s,ccp 1,5 9,27 cm2 < (2x2 12,5 mm 9,8 cm2)
43,5
Obs.: O valor de FSd, nesse caso para cálculo da armadura de colapso progressivo
pode ser: FSd = 1,2x191,92 = 230,30 kN
As,ccp = (1,5x230,30 / 43,5) = 7,94 cm2 (2x2 12,5 mm)
11.63
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
11.6.6.2 - Exemplo 2
11.64
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
C1 = 32 cm, C2 = 30 cm
C1 / C2 = 1,07 K1 = 0,6+(1,07-1,0)[(0,7-0,6)/(2-1)] = 0,607
C2 / C1 = 0,94 K2 = 0,45+(0,94-0,50)[(0,6-0,45)/(1-0,5)] = 0,582
Suprfície C
C12
Wp1 C1C2 = 322/2 +32x30 = 1472 cm2
2
11.65
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
C22
Wp2 C2C1 = 302/2 +30x32 = 1410 cm2
2
Sd 0,1119 0,1039 0,0698 0,286 kN/cm 2 Rd2 0,509 kN/cm2 OK!
Superfície C’
C12
Wp1 C1C2 4C2d 16d2 2 d C1
2
Wp1 = 322/2 +32x30 + 4x30x16,8 +16x16,82 + 2x16,8x32 = 11382 cm2
C22
Wp2 C2C1 4C1d 16d2 2 d C2
2
Wp2 = 302/2 +30x32 + 4x32x16,8 +16x16,82 + 2x16,8x30 = 11243 cm2
20
Rd1 0,131 100x0,005x301/3 0,670 MPa 0,0670 kN/cm 2
16,8
Como a estabilidade global da estrutura depende das ligações laje-pilar, deve-se dis-
por uma armadura obrigatória de punção capaz de equilibrar 50% da força FSd.
fywd = 250 + 185(20 -15) / 20 = 296,3 MPa = 29,6 kN/cm2
11.66
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
A armadura Asw será distribuída igualmente nos três contornos paralelos a C’.
11.67
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
A superfície C’’ não precisa ser verificada porque a tensão Sd < Rd1. Caso
fosse necessário verificá-la e apenas fosse usado 12 5mm por contorno paralelo a
C’, eliminando-se os conectores (estribos) colocados na diagonal, a distância máxima
entre os conectores mais externos seria de 45,3 cm > se = 32 cm. Nesse caso parte
do contorno da superfície C’’ deveria ser desprezada na verificação da tensão de ci-
salhamento, ficando o contorno u’reduzido de C’’ com 453 cm.
C1 = 30 cm, C2 = 25 cm
C1 / C2 = 30/25 = 1,2 K1 = 0,6+(1,2-1,0)[(0,7-0,6)/(2-1)] = 0,620
C2 / 2C1 = 25 / 2x30 = 0,42 K2 = 0,45+(0,42-0,50)[(0,6-0,45)/(1-0,5)] = 0,426
1,5d = 25,2 cm
a≤ (a = 15 cm)
0,5C1 = 15 cm
Contorno C
u0* = 2a + C2 = 2x15 + 25 = 55 cm
Wp1 = C12 / 2 + C1C 2 / 2 = 302 / 2 + 30x25 / 2 = 825 cm2
Wp2 = C22 / 4 + C1C2 = 252 / 4 + 30x25 = 906 cm2
C1C 2 30x25
C1a - a 2 30x15 152
e* 2 2 10,9 cm
2a C 2 2x15 25
MSd1 = MSd - MSd* = 1268,4 - 64,33x10,9 = 567,2 kNcm > 0
11.68
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
Contorno C’
C12 C1C2
w p1 2C2d 8d2 dC1
2 2
302 30x25
w p1 2x25x16,8 8x16,82 x16,8x30 5506,3 cm2
2 2
C22
w p2 C1C2 4C1d 8d2 dC2
4
252
w p2 30x25 4x30x16,8 8x16,82 x 16,8x25 3577,4 cm2
4
C1 C2
C1a - a2 2C2d 8d2 dC1
e* 2
2a C2 2d
25 30
30x15 - 152 2x25x16,8 8x16,82 x 16,8x30
e* 2 11,7cm
2x15 25 2 x16,8
mesmo, portanto:
Sd 0,0404 kN/cm 2 Rd1 0,067 kN/cm2 Não precisa armar à punção
11.69
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
64,3 64,3
A sw 0,5 1,09 cm2 A s,ccp 1,5 2,22 cm2 (2x2 10 mm)
29,6 43,5
Nesse pilar a armadura obrigatória de punção será distribuída em três contornos pa-
ralelos a C’, observando a distância máxima 2d = 32 cm entre dois conectores ou
estribos mais afastados da última linha. Da mesma forma que foi detalhado no pilar
P2, serão colocados mais três conectores, no sentido radial, em cada canto interno
do contorno C, objetivando obter uma distância máxima de 29 cm entre conectores
mais afastados, menor que se = 2d = 32 cm.
Como a bitola mínima para estribo é 5 mm, o detalhamento observado na figura 11.37
dispõe 8 5mm por contorno paralelo a superfície C’. Essa armadura contempla a
área Asw obrigatória calculada. Comumente são colocadas barras adicionais, fora do
11.70
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
contorno da superfície C’, conforme as três barras colocadas de cada lado do contorno
de C, paralelas à borda. Essas barras devem ter a mesma bitola e distribuição da
armadura Asw calculada (ver figura 11.37).
Como não houve necessidade de armar ao cisalhamento (punção), pois wd < Rd1 no
contorno de C’, não há necessidade de verificação da superfície C’’.
C1 = C2 = 25 cm C1 / C2 = C2 / C1 = 25 / 25 = 1 K1 = K2 = 0,6
Contorno C
11.71
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
7,29 0,6x57,7
Sd1 0,0240 kN/cm 2 Rd2 0,509 k/cm2 OK!
25x16,8 312,5x16,8
7,29 0,6x7,7
Sd2 0,0182 kN/cm2 Rd2 0,509 k/cm2 OK!
25x16,8 312,5x16,8
Contorno C’
C12 C1C2 d C1
Wp1 2C2d 4d2
4 2 2
7,29 0,6 x 0
Sd1 0,0056 kN/cm2 Rd1 0,067 kN/cm2 Não armar
77,8x16,8 3097x16,8
11.72
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Lajes cogumelo
___________________________________________________________________________
7,29 0,6 x 0
Sd2 0,0056 kN/cm2 Sd2 0,067 kN/cm2 Não armar
77,8x16,8 3097x16,8
7,29 7,29
A sw 0,5 0,12 cm2 A s,ccp 1,5 0,25 cm2 (2x2 10 mm)
29,6 43,5
11.73
CONCRETO ARMADO II - CAPÍTULO 12
Junho 2018
PILARES
____________________________________________________________________________
Segundo o item 14.4.1.2 da NBR 6118 pilares são elementos lineares de eixo
reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são
preponderantes. A sua função principal é transmitir as ações atuantes (verticais e ho-
rizontais) da estrutura até o nível das fundações.
12.1.1 – Dimensões-limites
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior
a 360 cm2. Dessa forma, considerando-se pilar de seção transversal retangular, a
seção mínima é dada por b = 14 cm e h = (360 / 14) ≈ 26 cm, resultando (14 / 26)
cm2.
12.2
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
0 + h
e ≤ (12.1a)
- é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar es-
tá vinculado.
I
Raio de giração i (12.1b)
A
e
Índice de esbeltez λ (12.1c)
i
12.3
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.1.2 – Armaduras
“O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem supe-
rior a 1/8 da menor dimensão transversal.”
Nd
A s,min 0,15 0,004 Ac 0,4%Ac (12.2a)
f yd
12.4
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Distribuição transversal
20 mm = 2 cm;
ea ≥ diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Para feixes com n barras de diâmetro , deve-se considerar o diâmetro equi-
12.5
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
“O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a
armadura longitudinal.”
5 mm
t ≥ / 4
n / 4
200 mm = 20 cm;
smax ≤ menor dimensão da seção;
“Pode ser adotado o valor t < ( / 4), desde que as armaduras sejam constituí-
das do mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:”
2 1
smax 90000 t em (mm) para f yk em MPa (12.3)
f yk
12.6
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Segundo o item 18.2.4 da NBR 6118 devem ser tomadas medidas que protejam
as barras longitudinais contra a flambagem:
12.7
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
A seção transversal do pilar, mostrada na parte inferior da figura 12.2, foi adap-
tada da figura 18.2 da NBR 6118:2014, que traz apenas o canto inferior esquerdo
12.8
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
dessa seção (ver a figura da versão NBR 6118:2014 na parte superior esquerda da
figura 12.2). Conforme essa versão atual, se tiver mais de duas barras no trecho a
20t do canto ou fora dele, devem-se dispor estribos suplementares cujos ganchos
devem apenas envolver as barras longitudinais. Dessa forma, caso se optasse pelo
detalhamento da figura 12.2-a, com estribo principal simples, seriam necessários os
seis estribos suplementares para proteger contra a flambagem, as barras longitudinais
fora dos dois trechos protegidos dos cantos. Alternativamente o detalhamento con-
forme a figura 12,2-b, usa estribo principal duplo, de tal forma que as barras longitudi-
nais fiquem todas dentro de trechos protegidos contra a flambagem.
“No caso de estribos curvilíneos cuja concavidade esteja voltada para o interior
do concreto, não há necessidade de estribos suplementares. Se as seções das
barras longitudinais se situarem em uma curva de concavidade voltada para fora
do concreto, cada barra longitudinal deve ser ancorada pelo gancho de um es-
tribo reto ou pelo canto de um estribo poligonal.”
Nas estruturas reticuladas (formadas por barras) uma das ações permanentes
a ser considerada se deve às imperfeições geométricas do eixo dos elementos estru-
turais da estrutura descarregada. Essas imperfeições geram esforços adicionais e po-
dem ser classificadas em dois grupos, globais e locais.
12.9
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
a) Quando 30% da ação do vento for maior que a ação do desaprumo, con-
sidera-se somente a ação do vento.
12.10
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.11
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
O efeito das imperfeições locais nos pilares e pilares-parede pode ser substitu-
ído, em estruturas reticuladas, pela consideração do momento mínimo de primeira
ordem dado a seguir:
Onde
h - é a altura total da seção transversal na direção considerada, expressa em
metros (m).
Para pilares de seção retangular, pode-se definir uma envoltória mínima de pri-
meira ordem, tomada a favor da segurança, de acordo com a Figura 12.5.
12.12
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.13
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.14
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
cálculo. Nessa análise a não linearidade física, presente nas estruturas de concreto
armado, deve ser obrigatoriamente considerada.
A consideração desta envoltória mínima pode ser realizada através de duas aná-
lises à flexão composta normal, calculadas de forma isolada e com momentos
fletores mínimos de 1a ordem atuantes nos extremos do pilar, nas suas direções
principais.” (ver figura 12.¨).
12.15
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.16
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.17
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.18
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
estrutura pode ser considerada de nós fixos, z ≤ 1,10, fornece também uma solução
aproximada para a determinação dos esforços globais de 2a ordem. Os esforços finais
(1a + 2a ordem) são avaliados a partir da majoração das ações horizontais da combi-
nação de carregamento considerada por (0,95 z). Esse processo aproximado só se
aplica para valores de z ≤ 1,30.
Portanto para valores de 1,10 < z ≤ 1,30, as estruturas simétricas com mais de
4 pavimentos, podem ser consideradas de nós móveis com os esforços finais obtidos
de forma aproximada, referida acima. Caso z supere esse limite, o cálculo deve ser
rigoroso levando-se em conta a não linearidade geométrica (da estrutura) e a não
linearidade física (dos materiais). Naturalmente para z > 1,30, quando não mais se
aplica o processo simplificado do coeficiente z, toda estrutura deve ser analisada ri-
gorosamente.
12.19
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
A análise dos efeitos locais de 2a ordem deve ser realizada de acordo com o
estabelecido em 12.3.4, dessa apostila.
Os elementos isolados, para fins de verificação local, devem ser formados pelas
12.20
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
equação (12.1c) com e expresso em (12.1a). Segundo a norma NBR 6118 não se
admite índice de esbeltez maior que 200, ou seja, ≤ 200. Apenas no caso de ele-
mentos pouco comprimidos com força normal menor que (0,10 fcd Ac) o índice de
esbeltez pode ser maior que 200 (caso de postes e pilares de galpões).
Para pilares com índice de esbeltez superior a 140, na análise dos efeitos locais
de 2a ordem, devem-se multiplicar os esforços solicitantes finais de cálculo por um
coeficiente adicional:
140
n1 1 0,01 (12.5)
1,4
12.21
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
e
25 12,5 1
1 h (12.6)
αb
Onde:
35 ≤ 1 ≤ 90
Com:
b obtido conforme abaixo:
M
1,0 b 0,60 0,40 B 0,40 (12.7a)
MA
Onde:
MA e MB são os momentos de 1a ordem nos extremos do pilar, obtidos
na análise de 1a ordem no caso de estruturas de nós fixos e os momen-
tos totais (1a ordem + 2a ordem global) no caso de estruturas de nós
móveis. Deve ser adotado para MA o maior valor absoluto ao longo do
pilar biapoiado e para MB o sinal positivo, se tracionar a mesma face que
MA, e negativo, em caso contrário.
b = 1,0 (12.7b)
M
1,0 b 0,80 0,20 C 0,85 (12.7c)
MB
Onde:
12.22
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
b = 1,0 (12.7d)
12.23
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
O método geral além de iterativo deve ser realizado com a contribuição de to-
das as seções do pilar, que por simplicidade pode ser discretizado convenientemente.
Os métodos aproximados levam em conta apenas a curvatura ou a rigidez aproximada
da seção crítica da barra.
A determinação dos esforços locais de 2a ordem pode ser feita por métodos
aproximados, como o do pilar-padrão e o do pilar-padrão melhorado.
Por definição, pilar padrão é um pilar em balanço com uma distribuição de cur-
vaturas que provoque na sua extremidade livre uma flecha “a”, igual a que se obteria
12.24
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
π
y a sen x (12.8)
2
2 2 2
1 d 2y 2 1 4 2 1
2 a sen x y y 2 (12.9)
r dx 2 2 r r
Esse método aproximado pode ser empregado apenas no cálculo de pilares
com ( ≤ 90), com seção constante (retangular ou não) e armadura simétrica e cons-
tante ao longo de seu eixo.
2 1
Md, tot b M1d, A Nde 2 b M1d, A Nd e (12.10)
10 r
Onde:
e2 - é a excentricidade de 2ª ordem (flecha máxima da deformada senoi-
dal) dada pela equação:
12.25
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
2 1
e2 e (12.11)
10 r
1 0,005 0,005
(12.12)
r h 0,5 h
Nd
(12.13)
A cfcd
O valor de e2, equação (12.11), é o mesmo valor “a” do pilar padrão, lem-
12.26
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com ( ≤ 90), com seção retan-
gular constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo.
A não linearidade física (NLF) deve ser considerada através de uma expressão
aproximada da rigidez.
O momento total máximo no pilar deve ser calculado a partir da majoração do mo-
mento de 1a ordem pela expressão:
12.27
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
b M1d, A
M Sd, tot M1d, A (12.15)
2
1
120/
M
aprox 32 1 5 Rd, tot (12.16a)
hN d
M M
32 1 5 Sd, tot 32 160 Sd, tot (12.16b)
hN d hN d
b M1d, A
M Sd, tot (12.17)
2
1
120 32 160 M Sd, tot hN d
A equação do segundo grau (12.17), cuja incógnita, é MSd,tot pode ser resolvida
com a expressão:
12.28
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
b b 2 4ac
M Sd, tot (12.18a)
2a
Onde:
a 5h
N d 2e
b h 2Nd 5h b M 1d, A (12.18b)
320
c N d h 2 b M 1d, A
e e e
e 12 3,46 e (12.19)
i I bh 123
h h
A bh
Se > 90, é obrigatória a consideração dos efeitos da fluência, que pode ser
efetuada de maneira aproximada, considerando a excentricidade adicional ecc dada
por:
M sg
ecc
N
ea 2,718 sg
N e N sg 1 (12.20)
Nsg
Onde:
12.29
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
2Eci I c 10Eci I c
Ne 2
é a carga crítica de Euler, ver eq. (13.33);
e e2
12.30
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
De acordo com o índice de esbeltez (), os pilares podem ser classificados em:
Não se admite índice de esbeltez maior que 200, ou seja, ( ≤ 200). Apenas
em situações especiais, descritas em 12.3.4, pode-se admitir ( > 200).
12.31
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.32
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
são maiores que os valores transmitidos ao pilar pelas vigas, caso não fossem des-
prezados. Portanto, a pior situação de cálculo se dará na seção intermediária do pilar
onde o momento total (final) é a soma do momento mínimo (1a ordem) com o momento
devido aos efeitos locais (2a ordem), se ( > 1). Conforme a NBR 6118 a considera-
ção do momento mínimo é suficiente para atender às imperfeições locais.
Na seção intermediária:
M dx, tot
ex com M dx, tot M 1dx, min N Sd e 2x
N Sd
M dy,tot
ey com M dy,tot M 1dy, min N Sd e 2y
N Sd
12.33
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
forem menores que 1x e 1y, respectivamente. Caso contrário, são calculadas con-
forme a equação (12.11), para cada direção.
O momento que a viga V1 da figura 12.8 transmite ao pilar de borda deve ser
obtido de uma análise estrutural que leve em conta o cálculo exato da influência da
solidariedade dos pilares com a viga. Caso isso não ocorra, pode ser utilizado o mo-
delo clássico de viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares, para o estudo das
cargas verticais, considerando-se no apoio extremo, os momentos parciais de en-
gaste, conforme estabelecido no item 14.6.6.1 da NBR 6118.
12.34
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___________________________________________________________________________
eix(A) e eix(B), que resultam dois dimensionamentos à flexão normal composta na dire-
ção principal x (extremidades A e B). Na direção do momento inicial a excentricidade
final ex será calculada em três seções do pilar, nas duas extremidades A e B, com
(Mid,x(A) > Mid,x(B)), e em uma seção intermediária, porque a princípio não se sabe em
qual dessas seções a armadura será máxima. Na outra direção, onde não há momento
inicial, a excentricidade ey será calculada apenas na seção intermediária.
Seções de extremidade A e B
12.35
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___________________________________________________________________________
M dx, tot
e x, A com M dx, tot M id, x(A) M 1dx, min N Sd (0,015 0,03hx )
N Sd
M dx, tot
e x,B com M dx, tot M id, x(B) M 1dx, min N Sd (0,015 0,03hx )
N Sd
ex
M dx, tot
N Sd
com
M dx, tot N Sd e * e imp N Sd e 2x
MA M M Hi 1 1
e* 0,6 0,4 B 0,4 A , e imp θ1 , com θ1
N N N 2 100 H i 200
NSd e * eimp M1dx, min NSd 0,015 0,03 h x
12.36
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
M dy, tot
ey com M dy, tot M 1dy, min N Sd e 2y
N Sd
M1dy, min NSd 0,015 0,03 h y
12.37
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___________________________________________________________________________
12.38
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___________________________________________________________________________
Seção do topo
Seção da base
Seção intermediária
o Direção x
ex
M dx, tot
N Sd
com
M dx, tot N Sd e * e imp N Sd e 2x
MA M M Hi 1 1
e* 0,6 0,4 B 0,4 A , e imp θ1 , com θ1
N N N 2 100 H i 200
NSd e * eimp M1dx, min NSd 0,015 0,03 h x
o Direção y
ey
M dy , tot
N Sd
com
M dy , tot N Sd e * e imp N Sd e 2 y
12.39
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
MA M M Hi 1 1
e* 0,6 0,4 B 0,4 A , e imp θ1 , com θ1
N N N 2 100 H i 200
NSd e * eimp M1dy, min NSd 0,015 0,03 hy
= 0,8 para concretos do grupo 1) e tensão de pico fc = c fcd (c = 0,85 para concretos
do grupo 1).
12.40
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Esse é o caso da figura 12.12 onde pelo menos existe uma armadura de
tração (As), podendo ou não existir a de compressão (A’s). Nessa figura as deforma-
ções s e ’s estão mostradas na figura. Como consequência as tensões nessas ar-
maduras são de tração em As e de compressão em A’s, se essa última existir. Por-
tanto, as resultantes internas nessas armaduras e no concreto são:
Rcc = fc b y = fc b x
h y
M Sd NSd d fcby d A'sσ's d d'
2 2
(12.21)
12.41
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___________________________________________________________________________
A's d'
K K' 1 φfyd (12.23)
fcbd d
Onde:
h
M Sd N Sd d
K 2
(12.24)
f c bd 2
y
f c by d
2 y y α
K' 1 α 1 (2.16)*
f c bd 2 d 2d 2
σ's
φ 1 (2.20)*
fyd
As equações com (*) são as mesmas da flexão simples (FNS) e para o caso 1,
os valores do nível de tensão são os mesmos já apresentados na tabela 2.4. A
armadura A’s só existe quando K ≥ Kl, ou seja, x = xL = 0,45d (domínio 3, 0,259 ≤ x ≤
0,628, para aço CA 50). Nesse domínio (3,5 / x) = [’s / (x – d’)], que resulta para x =
0,45d, ’s = [3,5 – 7,778(d’/d)]‰. Para ’s = yd = 2,07‰ (CA 50) a relação (d’/d) =
0,184. Dessa forma para (d'/d) ≤ 0,184, ’s ≥ ’yd e, portanto, = 1. Para (d'/d) >
0,184, ’s < ’yd, ’s = Es’s e = ’s / fyd = 1,6905[1 – 2,222(d’/d)].
f bd K K'
A's c φ (2.19)*
f yd 1 d' d
12.42
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___________________________________________________________________________
A s A s1 A s2 , com (2.23)*
A s1
f c bdα N Sd f c bd 1 1 2K' N Sd
(12.25)
f yd f yd
f bd K K'
A s2 A's φ c (2.25)*
f yd 1 d' d
A s2
A' s (2.26)*
φ
Os valores de K, que são os mesmos da tabela 2.3 (por exemplo, K = 0,295
para concretos do grupo 1), definem se há ou não necessidade de armadura de com-
pressão, ou seja:
K ≤ K K’ = K A’s = 0
K > K K’ = K A’s ≠ 0
Nesse caso, ilustrado na figura 12.13, o equilíbrio da seção pode ser alcançado
apenas com parte da seção de concreto comprimida e apenas uma armadura A’s
de compressão, ou seja, As = 0. Passa-se para esse caso quando, no caso anterior,
a armadura de tração As é negativa.
12.43
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
h y
M Sd N Sd d' f c by d' (12.26)
2 2
N h 2 d' M Sd
y d' d'2 2 Sd h (12.28)
fcb
12.44
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___________________________________________________________________________
NSd fcby
A's (12.29a)
fyd
As 0 (12.29b)
Nesse caso 2 a armadura A’s (que tem de ser comprimida, por premissa) só
existirá quando x > d’ (ou x/d = > d’/d). Isso implica em (y = 0,8x) > 0,8 d’ (ou y/d’
> 0,8). Além disso, y também tem de ser menor que h (outra premissa desse caso).
O nível de tensão [ = (’sd / fyd) ≤ 1] em (12.29a) é obtido a partir da deformação ’s
e das premissas acima. Para ’s <yd, o valor de < 1, caso contrário = 1.
Quando a relação (d’/d) > 2 = (x2 / d) = 0,259, a linha neutra que soluciona o
problema, x/d > 2, pode estar situada nos domínios de deformações 3, 4 ou 4a.
Nesses domínios a deformação na armadura comprimida A’s vale ’s = [3,5‰(x - d’)
/ x]. Supondo ’s =yd e lembrando-se que x = 1,25 y (diagrama retangular, grupo I)
o valor de y nesse caso vale: y = [3,5‰ / 1,25(3,5‰ - yd)] d’. Para aço CA 50, usado
no dimensionamento à FNC, y = 1,959 d’. Isso significa que para relações (y/d’) >
1,959 o valor de = 1. Para relações 0,8 < (y/d’) < 1,959 o valor de é dado por:
1,25 y d' 1
1,6905 (12.29c)
1,25 y d'
12.45
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Quando a relação (d’/d) < 2 = (x2 / d) = 0,259, a linha neutra que soluciona o
problema pode estar situada, tanto nos domínios 3, 4 e 4a, quanto também no domínio
2. No domínio 2 a deformação na armadura comprimida A’s vale ’s = 10‰[(x - d’) /
(d - x)]. Supondo ’s =yd e lembrando-se que x = 1,25 y (diagrama retangular, grupo
I) o valor de y nesse caso vale: y = [(d yd + 10‰ d’) / (12,5‰ + 1,25 yd)]. Para aço
CA 50, y = (0,137 d + 0,663 d’). Isso significa que para relações (y/d’) > [0,137(d/d’)
+ 0,663] o valor de = 1. Para relações 0,8 < (y/d’) < [0,137(d/d’) + 0,663] o valor de
é dado por:
1,25 y d' 1
4,83 (12.29d)
d d' 1,25 y d'
12.46
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Dentre todas, deve-se procurar aquela que minimiza a soma das duas armadu-
ras comprimidas (As + A’s). Segundo Tepedino, essa indeterminação pode ser levan-
tada, de forma simplificada, quando se assume para y > h, o diagrama de deforma-
ções do final do Domínio 5, ou seja, deformação constante igual a 2‰. Dessa forma,
s = ’s = 2‰ e as tensões nas armaduras s = ’s = fyd. Para aço CA 50 por
exemplo, yd = 2,07‰ e o valor de = ’s / fyd = (2100x2‰ = 42 / 43,48) = 0,966 < 1,
dessa forma simplificada, quando comparada com as calculadas com s ≠ ’s, é pe-
quena e a favor da segurança.
h h
M Sd A's σ's d' A s σ s d (12.30)
2 2
12.47
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Do ponto de vista prático, existe uma variação desse caso, que consiste em
adotar uma parcela da armadura centrada As0 , não produzindo momento resistente,
h
M Sd ΔAsσ's d' (12.34)
2
12.48
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
NSd fcbh As0 ΔΑs σ's (12.35)
M Sd
NSd fcbh
h 2 d'
As0 (12.36)
fyd
M Sd
h 2 d'
ΔAs (12.37)
f yd
maiores que yd e consequentemente as tensões nas armaduras ficam s = ’s = fyd.
h h
M Sd A sf yd d A's f yd d' (12.38)
2 2
N Sd A s Α's f yd (12.39)
12.49
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Resolvendo:
h
N Sd d' M Sd
As 2 (12.40)
f yd d d'
h
N Sd d M Sd
A's 2
(12.41)
f yd d d'
h
M Sd ΔAsf yd d (12.42)
2
N Sd A s0 ΔΑ s f yd (12.43)
12.50
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
M
N Sd Sd
A s0 d h 2
(12.44)
f yd
M Sd
d h 2
ΔAs (12.45)
f yd
12.51
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.52
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.53
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.54
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
ábacos para uma mesma seção (com mesma geometria e arranjo das barras da ar-
madura) variando a taxa mecânica de armadura, desde “zero” (seção resistente ape-
nas de concreto) até uma taxa máxima permitida, conforme mostrado na figura 12.19.
12.55
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
y, para diversas taxas mecânicas ( = Asfyd / Acfcd) de armadura, conforme mostrado
na figura 12.19.
12.56
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.7 - Exemplos
12.7.1 - Exemplo 1
Para um pilar de seção retangular 20/40 cm2, submetido a uma par de esforços
(N,M), calcular o momento total considerando, de forma aproximada, os efeitos de 2a
ordem.
x = 3,46 (e / hx) = 3,46 (280 / 20) = 48,44 b = 1,0 (M1d,A < M1d,min)
Curvatura aproximada
Nd 700
ν 0,6125 0,5
A c fcd (20x40)(2/1,4)
2 2
1 280 0,005
e2 e 1,76 cm
10
r 10 200,6125 0,5
Rigidez aproximada
12.57
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
2Nd 2e 2 700x2802
b h Nd 5hαbM1d,A 20 x700 5x20x1,0x1470 38500
320 320
Dos resultados obtidos nota-se uma diferença entre os dois métodos aproxima-
dos em torno de 20%.
Dados:
Seção 20/50 cm2, fck = 20 MPa, fc = 0,85x2 / 1,4 = 1,214 kN/cm2
Verificação da flambagem
Para o cálculo do índice de esbeltez limite 1 considerar b = 1,0 (M1d < M1d,min), e1 =
0 (só força normal aplicada), assim:
e
25 12,5 1 25 12,5 0
λ1x hx 20 25 35 adotar λ1 35
αb 1,0
12.58
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Como 1x < x = 69,2 ≤ 90 é obrigatória a consideração dos efeitos de 2a ordem (e2x ≠
0).
Verificação da flambagem
Como o índice de esbeltez na direção y já deu menor que 35, que é o valor mínimo
para 1y, não há necessidade da consideração dos efeitos de 2a ordem nessa direção
(e2y = 0).
Mdy,tot 3675
ey 3,00 cm
NSd 1225
12.59
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
h 20
MSd NSd d 6186 1225 15
2 2
Caso 1 K 2
2
0,901 K 0,295
fc bd 1,214x20x15
Como K > Kdeve-se fazer nas fórmulas para cálculo das armaduras K’ = K = 0,295
A s1
fc bd 1 1 2K' NSd 1,214x50x15 1- 1- 2x0,295 1225
20,63 cm2
f yd 43,5
fc bd K K' 1,214x50x15 0,901 0,295
A s2 1 9,04 cm2
f yd d' 43,5 5
1 1
d 15
As = As1 + As2 = - 20,63 +19,04 < 0 Passar ao caso 2
Caso 2
(d’/d) = 5/15 = 0,33 > 2 = 0,259 e (y/d’) = 9,79/5 = 1,958 < 1,959(15/5) = 5,89
12.60
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
O detalhamento com armaduras distintas deve ser evitado, devido ao grande risco de
inversão das posições das armaduras na execução do pilar, sendo mais recomendado
detalhar com armaduras simétricas, colocando nos dois lados a maior delas (ver figura
12.20 a direita).
12.61
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
O programa FNCAS (FNC com armaduras simétricas), de minha autoria, fornece além
do valor das armaduras a profundidade x da LN, que soluciona o problema. Esse pro-
grama é extremamente simples e calcula simultaneamente para cada profundidade
da LN e para cada taxa geométrica de armadura, o par NRd e MRd (esforços resistentes
de cálculo) que a seção suporta, enquanto a LN varia desde o final do domínio 1 (x =
-) ao final do domínio 5 (x = +). A taxa s = (As,total / Ac) varia desde 0% até o valor
máximo 4% (até 8% na região das emendas das barras).
Ao comparar em cada iteração o par resistente de cálculo (NRd - MRd) com o par soli-
citante de cálculo (NSd - MSd) o programa para, quando essa diferença entre os pares
for menor ou igual a uma tolerância previamente fixada (0,5% no FNCAS).
12.62
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Adicionalmente o programa fornece o par resistente (NRd - MRd) = (1219 - 6160) cuja
diferença com o par solicitante (NSd - MSd) = (1225 - 6186) está abaixo da tolerância
especificada de 0,5%.
b) Ábaco de FNC
Esse mesmo exemplo será resolvido com o auxílio do ábaco (vários diagramas) de
interação N-M com armaduras simétricas do Montoya (1979). Como nesse livro a re-
lação máxima para (d’ / h) é igual a (0,15) e a do exemplo é (d’/h) igual (5/20 = 0,25),
será usado o ábaco A-5 (figura abaixo) da apostila para dimensionamento de pilares
à FNC do Prof. Venturini (USP-SC). Os dados adimensionais de entrada são:
12.63
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
50
3675 1225 45
2
Caso 1 K 0,573 K 0,295
1,214x20x452
A s1
1,214x20x45 1- 1- 2x0,295 1225
19,12 cm2
43,5
12.64
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
122550 2 5 3675
Caso 2 y 5 5 2 2 46,72 h 50
1,214x20
(d’/d) = 5/45 = 0,11 < 2= 0,259 e (y/d’) = 46,72 / 5 = 9,34 > 0,137(45/5) + 0,663 =
1,896 =1
1225 1,214x20x46,72
A 's 2,08 cm2 As = 0
1x43,5
FNCAS (h = 50 cm, b = 20 cm, d = 45 cm, fck = 20 MPa, N = 875 kN, M = 2625 kNcm)
O detalhamento final para o pilar analisado está apresentado na figura 12.21, ado-
tando-se o número de barras obtidas no cálculo com armadura simétrica com o pro-
grama FNCAS (7 16 mm / face de 50 cm). A distância entre eixos das barras longi-
12.65
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
tudinais é de 7,1 cm < 20t = 20x0,5 = 10 cm, necessitando de três estribos suplemen-
tares como indicado. O espaçamento dos estribos deve ser menor ou igual a 12 =
12x1,6 = 19,2 cm, sendo adotado s = 19 cm.
Dados:
Seção 20/60 cm2 fck = 25 MPa fc = 0,85x2,5 / 1,4 = 1,518 kN/cm2
Aço CA 50 fyd = 43,5 kN/cm2
12.66
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Seção de extremidade
M1d,A = 1,4x2500 = 3500 kNcm com MA > MB
Seção intermediária
Mdx, tot NSd e1x e2x NSd e * eimp NSd e2x (1a + 2a ordem)
e* 0,6
MA M
0,4 B 0,6
2500
0,4
1200 0,95 cm 0,4 MA 0,93 cm
N N 1070 1070 N
Adotar e* = 0,95 cm
1 1 1 H 400
θ1 0,005 eimp θ1 0,005 1 cm
100 H 100 4 200 2 2
Adotar
NSd e * eimp M1dx,min 3146 kNcm
12.67
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
MB - 1200
αb 0,6 0,4 0,6 0,4 0,408 0,4
MA 2500
e
25 12,5 1 25 12,5 2,34
λ1x hx 20 64,9
αb 0,408
Como 1x < x ≤ 90 é obrigatória a consideração dos efeitos de 2a ordem (e2x ≠ 0).
Nd 1498
ν 0,70 0,5
A c fcd (20x60)(2,5/1,4)
4002 0,005
e2x 3,33 cm
10
200,70 0,5
Mdx, tot NSd e * eimp NSd e2x 3146 1498x3,33 8134 kNcm
y = 3,46 (e / hy) = 3,46 (400 / 60) = 23,1 < 1y = 35 e2y = 0
Mdy,tot 4943
ey 3,30 cm
NSd 1498
12.68
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.69
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
20
3500 1498 15
2
Caso 1 K 0,536 K 0,295 K' K
1,518x60x152
A s1
1,518x60x15 1 - 1 - 2x0,295 1498
23,13 cm2
43,5
149820 2 5 3500
Caso 2 y 5 5 2 2 15,61 h 20 cm
1,518x60
(d’/d) = 5/15 = 0,33 > 2 = 0,259 e (y/d’) = 15,61 / 5 = 3,12 < 1,959(15/5) = 5,88
x = 19,44 cm - As = A’s = 1,44 cm2 - (As,total = 2x1,44 = 2,88 cm2) < As,min = 5,17 cm2
As,tot = Acfcd / fyd = 0,12x(20x60)x(2,5 / 1,4) / 43,5 = 5,91 cm2 > As,min = 5,17 cm2
12.70
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
60
4943 1498 55
2
Caso 1 K 0,462 K 0,295 K' K
1,518x20x552
A s1
1,518x20x55 1 - 1 - 2x0,295 1498 20,62 cm2
43,5
1,518x20x55 0,462 0,295
A s2 7,05 cm2
43,5 5
1
55
As = As1 + As2 = - 20,62 +7,05 < 0 Passar ao caso 2
149860 2 5 4943
Caso 2 y 55 552 2 126,9 h 60 cm
1,518x20
Passar ao caso 3
Nesse caso não serão calculadas as armaduras (simétricas) pelo programa FNCAS e
pelo ábaco por serem menores que a armadura mínima. Portanto, para a seção de
extremidade A, na direção y, apenas 4 16 mm são suficientes.
12.71
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
20
8134 1498 15
2
Caso 1 K 0,762 K 0,295 K' K
1,518x60x152
A s1
1,518x60x15 1 - 1 - 2x0,295 1498
23,13 cm2
43,5
149820 2 5 8134
Caso 2 y 5 5 2 2 8,30 h 20 cm
1,518x60
(d’/d) = 5/15 = 0,33 > 2 = 0,259 e (y/d’) = 8,30 / 5 = 1,66 < 1,959(15/5) = 5,88
As,tot = 0,63x(20x60)x(2,5 / 1,4) / 43,5 = 31,03 cm2 > As,min = 5,17 cm2
12.72
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Detalhamento final
O detalhamento final para o pilar analisado está apresentado na figura 12.23, ado-
tando-se o número de barras obtidas na situação de cálculo mais desfavorável da
seção intermediária, com armaduras simétricas resultando 8 16 mm / face de 60 cm.
A distância entre eixos das barras longitudinais é de aproximadamente 7,5 cm < 20t
= 20x0,5 = 10 cm, necessitando de quatro estribos suplementares como indicado à
esquerda. Como alternativa pode-se usar estribos duplos, descartando-se dessa
forma os estribos suplementares. O espaçamento dos estribos deve ser menor ou
igual a 12= 12x1,6 = 19,2 cm, sendo adotado s = 19 cm. A taxa final é s =
(16x2,011) / (20x60) = 0,0201 = 2,68% < s,max = 8% (ou 4% se houver emenda das
barras).
12.73
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Dados:
Seção: 25/50 cm2, fck = 25 MPa (fc = 0,85x2,5 / 1,4 = 1,518 kN/cm2)
Aço CA 50 fyd = 43,5 kN/cm2
12.74
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Direção x
Direção y
Direção x
Direção y
Seção intermediária
12.75
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___________________________________________________________________________
Direção x
Mdx, tot NSd e * eimp NSd e2x (1a + 2a ordem)
e* 0,6
MA M
0,4 B 0,6
3800
0,4
3000 0,48 cm 0,4 MA 0,68 cm
N N 2240 2240 N
Adotar e* = 0,68 cm
1 1 1 1 H 1 300
θ1 eimp θ1 0,75 cm
100 H 100 3 173 200 2 200 2
Adotar
NSd e * eimp M1dx,min 5040 kNcm
e
25 12,5 1 25 12,5 2,38
λ1x hx 25 65,5
αb 0,40
Como x < 1x não é necessária a consideração dos efeitos de 2a ordem (e2x = 0).
12.76
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Mdx, tot NSd e * eimp NSd e2x 5040 2240x0 5040 kNcm
Direção y
Mdy,tot NSd e * eimp NSd e2y (1a + 2a ordem)
e* 0,6
MA M
0,4 B 0,6
5000
0,4
4000 0,63 cm 0,4 MA 0,89 cm
N N 2240 2240 N
Adotar e* = 0,89 cm
1 1 1 1 H 1 300
θ1 eimp θ1 0,75 cm
100 H 100 3 173 200 2 200 2
Adotar
NSd e * eimp M1dy,min 6720 kNcm
Como y < 1,min não é necessária a consideração dos efeitos de 2a ordem (e2y = 0).
12.77
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Mdy,tot NSd e * eimp NSd e2y 6720 2240x0 6720 kNcm
Mdy,tot 6720
ey 3,00 cm
NSd 2240
Resumo
Nd = 2240 kN, Mxd,tot = 5320 kNcm (ex = 2,38 cm), Myd,tot = 7000 kNcm (ey = 3,13 cm)
2240 ex 2,38
1,00 μx 1,00 0,095
(25x50)(2,5/1,4) hx 25
ey 3,13
μy 1,00 0,063 = 1,0 x = 0,095 y = 0,063
hy 50
Nd = 2240 kN, Mxd,tot = 5040 kNcm (ex = 2,25 cm), Myd,tot = 6720 kNcm (ey = 3,00 cm)
2240 ex 2,25
1,00 μx 1,00 0,090
(25x50)(2,5/1,4) hx 25
ey 3,00
μy 1,00 0,060 = 1,0 x = 0,090 y = 0,060
hy 50
Nd = 2240 kN, Mxd,tot = 5040 kNcm (ex = 2,25 cm), Myd,tot = 6720 kNcm (ey = 3,00 cm)
12.78
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Dimensionamento
O cálculo das armaduras é feito à flexão oblíqua composta para cada uma das situa-
ções de cálculo separadamente e o detalhamento final adotado é aquele que conduzir
à maior armadura encontrada.
Pela grande variedade de arranjo das barras assim como pelas diversas relações (d’
/ h), nas duas direções, optou-se pelo cálculo das armaduras usando-se o ábaco de
FOC do Venturini. O valor de d’ foi arbitrado em 5 cm e as relações ficam:
(d’x / hx) = 5 / 25 = 0,20 (d’y / hy) = 5 / 50 = 0,10
A armadura total calculada é função dos esforços e também da disposição das barras.
Serão comparadas as armaduras para diferentes ábacos com as relações definidas
acima, apenas para a primeira situação de cálculo.
Ábaco com 4 4= 0,50 As = 0,50x25x50x(2,5/1,4) / 43,5 = 25,7 cm2 (4 32 mm)
Ábaco com 8 8= 0,54 As = 0,54x25x50x(2,5/1,4) / 43,5 = 27,7 cm2 (8 22 mm)
Ábaco com 12 12= 0,55 As = 0,55x25x50x(2,5/1,4) / 43,5 = 28,2 cm2 (12 20 mm)
Para a segunda situação de cálculo será adotada nesta apenas o ábaco com 8 barras
12.79
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Ábaco com 8 8= 0,52 As = 0,52x25x50x(2,5/1,4) / 43,5 = 26,7 cm2 (8 22 mm)
O detalhamento final adotado deve atender à maior taxa mecânica = 0,54, ou seja,
22 / 4 = 5,5 mm, portanto t = 6,3 mm. O espaçamento dos estribos vale 12 = 12x2,2
= 26,4 cm > 25 cm (menor dimensão do pilar). O espaçamento deve ser então, 25
cm.
A taxa geométrica de armadura é s = 8x3,801 / (25x50) = 0,024 = 2,4% < 8%
12.80
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___________________________________________________________________________
ÁBACOS
12.81
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___________________________________________________________________________
12.82
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___________________________________________________________________________
12.83
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
Ábaco A-1 VENTURINI para FNC (armadura simétrica) para (d’/h) = 0,05
12.84
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___________________________________________________________________________
Ábaco A-2 VENTURINI para FNC (armadura simétrica) para (d’/h) = 0,10
12.85
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___________________________________________________________________________
Ábaco A-3 VENTURINI para FNC (armadura simétrica) para (d’/h) = 0,15
12.86
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___________________________________________________________________________
Ábaco A-4 VENTURINI para FNC (armadura simétrica) para (d’/h) = 0,20
12.87
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___________________________________________________________________________
Ábaco A-5 VENTURINI para FNC (armadura simétrica) para (d’/h) = 0,25
12.88
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.89
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.90
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.91
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Pilares
___________________________________________________________________________
12.92
CONCRETO ARMADO II - CAPÍTULO 13
Junho 2018
Uma situação tão simples quanto à apresentada na figura 13.1, pode ser dado
para uma barra rígida com vinculação elástica, axialmente comprimida, com os deslo-
camentos calculados de forma aproximada (sen ≈ ), conforme figura 13.2. Na figura
13.2 à esquerda, o modelo da barra rígida comprimida axialmente está na sua posição
inicial de equilíbrio, ou seja, são nulos o deslocamento horizontal da mola em B e a
rotação da rótula em A (a mola é equivalente à rigidez à flexão da barra).
K. Essa força será equilibrada por uma reação em A, de mesmo valor, gerando um
binário estabilizante igual a:
13.2
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Esse momento tende voltar a barra deslocada para sua posição inicial de equi-
líbrio, de forma análoga, ao que acontece com a energia de deformação acumulada no
deslocamento elástico de uma barra. Cessada a ação, esta energia acumulada é res-
ponsável pelo retorno da barra à sua posição indeformada.
Figura 13.2 –Barra rígida com vinculação elástica (modelo com aproximações)
Adaptada de Rachid, Mori (1989)
13.3
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
P/ ≠ 0 P = K cos (13.6)
13.4
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Figura 13.3 –Barra rígida com vinculação elástica (modelo sem aproximações)
Adaptada de Rachid, Mori (1989)
A equação (13.6) fornece a carga axial P que torna possível o equilíbrio em qual-
quer posição deslocada definida pelo ângulo . Para a situação limite em que o ângulo
Conforme as equações (13.6) e (13.7) o gráfico da figura 13.3 mostra que a barra
continua na posição vertical de equilíbrio estável, até se atingir a carga crítica. Nesta
situação haverá a bifurcação do estado de equilíbrio e a partir daí o equilíbrio só será
possível para uma carga P, definida para cada ângulo , que agora não é mais inde-
terminado.
13.5
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
P( + a) = (K)
Pa
K P
2
(13.8)
K 2
P
a
13.6
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Ksen
P (13.9)
a
tg
Pela primeira das equações (13.8) quando a carga P atinge o valor crítico P =
Pcrit = K, o ângulo tende para mais infinito, assim como na segunda equação (13.8)
/ ), significa que a linha de ação da carga P passa pela rótula da base da barra rígida,
ponto A da figura 13.4, situação semelhante ao mesmo modelo aproximado com carga
axial.
Pela equação 13.9 a carga P tende para menos infinito quando o ângulo tende
para o arco cuja tangente vale - (a / ). Este ângulo tem o mesmo significado físico do
A figura 13.5 mostra os gráficos (P -) para as duas situações descritas acima.
13.7
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.8
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.9
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Δx yd y 1 ε
εx x (13.10)
dx rd r r y
mal d.
dy d d 2y 1
rd dx (13.11)
dx dx dx 2 r
1 d2y ε
2 x (13.12)
r dx y
M
σx y (13.14)
I
13.10
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
M
εx Y (13.15)
EI
d2y M 1 ε
- - x (13.16)
dx 2 EI r Y
d4y p
4
(13.17)
dx EI
A equação (13.17) pode ser obtida da equação clássica de quarta ordem (Kirch-
hoff) para placas, equação (3.1), onde o deslocamento transversal da placa w é equi-
valente ao deslocamento vertical da viga y, as derivadas em y são nulas e neste caso
a rigidez da placa D é igual à rigidez da viga à flexão, EI.
13.11
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
1 ε ε εs ε c, max ε s
c, max (13.18)
r y X d - X d
d 2y
1
dx 2
M
(13.19)
r 2 32
dy
EI
1
dx
Quando a primeira derivada é pequena, o seu valor ao quadrado pode ser des-
prezado em relação à unidade, ficando a equação (13.19) igual a equação (13.16). A
equação (13.19) é a equação diferencial exata da linha elástica para vigas.
π
y a sen x (13.20)
13.12
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
2 2
1 d 2y π π π
2 a sen x y (13.21)
r dx
2
1 1
y K (13.22)
π r r
13.13
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
2
1
M ext Pe1 y Pe1 P (13.23)
π r
22 2
1 1 1
e2 2 (13.24)
π r π r 10 r
d2y M
, com M = Mw + Py (13.25)
dx 2 EI
13.14
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
d2y Py
2
0 (13.26)
dx EI
d4y P d2y d 2m
4
0 K 2m 0 (13.27)
dx EI dx 2 dx 2
Onde:
d2y
m (13.28)
dx 2
13.15
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
P P
K2 K (13.29)
EI EI
d2y P P
m 2
AsenKx BcosKx Asen x Bcos x (13.30)
dx EI EI
P P
y C1sen x C 2cos x C 3 x C4 (13.31)
EI EI
x=0 y=0 0 = C2 + C4
x = 0 (d2y/dx2) = 0 0 = -C2(P/EI) C2 = 0 C4 = 0
P
x= y=0 0 C1sen C3
EI
P P
x = (d2y/dx2) = 0 0 C1 sen
EI EI
P P n 2 π2EI
sen 0 nπ Pcrit 2
(13.32)
EI EI
13.16
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
π2EI
Pe (13.33)
2
De uma maneira geral para colunas com diferentes condições de contorno, tem-
se:
π 2EI
Pe (13.34)
2e
13.17
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.7 – Instabilidade
13.18
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.19
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
ordem de grandeza do comprimento da coluna, a qual de fato romperá por flexão com-
posta. Esta é a situação ilustrada na figura 13.10, para o diagrama obtido com a equa-
ção exata da curvatura. Um acréscimo de 5% na carga crítica corresponde uma flecha
máxima da ordem de 40% do comprimento da coluna.
I
i (13.36)
A
e
λ (13.37)
i
Pela equação (13.35) nota-se que a variação da tensão crítica com o índice de
esbeltez da coluna se dá de acordo uma hipérbole, conhecida como curva de flamba-
gem elástica ou hipérbole de Euler (ver figura 13.11).
13.20
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
π 2E
σ crit. σ 0 λ λ lim (13.38)
σ0
Para valores de λ maiores que λlim tem-se a curva de flambagem elástica (hi-
pérbole de Euler). Quando são menores, ocorre a flambagem inelástica que depende
das propriedades físicas e geométricas da coluna (ver figura 13.11). Neste caso pode-
se ainda empregar a equação (13.34) para calcular a carga crítica desde que se subs-
titua o módulo de elasticidade E, pelo módulo tangente.
13.21
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Na situação ilustrada na figura 13.12, por menor que seja o acréscimo da carga
em relação ao Pcrit, será atingido efetivamente um estado limite último ou de ruína,
pois a barra passaria à forma curva de equilíbrio impossível.
13.22
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
2
d 2y π π
a sen x
1
dx 2
(13.39)
r 32 32
2 2
dy 2 π 2 π
1 1 a cos x
dx
Onde:
π 2 π y 2 y 2 a2
cos x 1 sen x 1 2
2
(13.40)
a a2
E finalmente:
2
π
y
1
(13.41)
r 32
2
π
1 a 2 y 2
De (13.41) vê-se que a linha elástica não é mais função linear da curvatura,
quando se usa a equação exata.
Considere ainda que uma carga de compressão, maior que a crítica, seja apli-
cada progressivamente produzindo a cada acréscimo de carga, um aumento corres-
pondente das flechas e consequentemente dos momentos fletores externos. O mo-
mento é considerado externo porque é produzido pela carga externa solicitante e pelo
braço de alavanca y, deformada da coluna no ponto considerado:
13.23
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.24
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
1 π 2 π 2EI
M int Mext EI P y EI y P y Pcrit 2 (13.45)
r
13.25
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
A figura 13.15 mostra essa situação em que todas as funções não são mais
lineares. Para que haja o equilíbrio as funções momento interno e externo devem se
cruzar, o que acontece nas funções Mext 1, 2 e 3. O equilíbrio não é possível na função
4, porque ela é divergente da função momento interno. Na função 1, a carga aplicada
é menor que a crítica e nas funções 2 e 3 ela é maior. Embora possíveis nestas duas
13.26
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
d 2y M Pe1 y d 2y P P
y e1
dx 2 EI EI dx 2 EI EI
13.27
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
d 2y P
2
K 2 y K 2e1 com K (13.46)
dx EI
A equação diferencial (13.46) por ter segundo membro diferente de zero, per-
mite que se calculem as flechas mesmo para a equação aproximada da linha elástica.
No entanto não existe o ponto de bifurcação do equilíbrio, conforme figura 13.10 da
carga axial de compressão, corespondente à carga crítica de Euler (13.33). Isto leva
à falsa ideia de que essa carga crítica tenha algum significado físico na flexão com-
posta. De fato, pelo gráfico da curvatura aproximada na figura 13.16 o resultado dado
13.28
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
pelo limite (13.47) não tem significado físico real, como se comprova pelo gráfico da
curvatura exata.
O momento externo tem duas parcelas, uma de primeira ordem, devida ao mo-
mento inicialmente aplicado e uma de segunda ordem, devida à configuração defor-
mada na flexão composta. Assim, de (13.22), pode-se escrever:
2 1
2
Pe1 y Pe1 P Pe1 Pk y k k
1 1
Mext (13.48)
π r r r π
Para o regime elástico o momento interno Mint = EI (1/r) é uma reta que passa
pela origem e tem coeficiente angular EI, ver figura 13.17. Analisando a equação da
reta do momento externo (13.48) nota-se que o seu coeficiente angular em valor ab-
soluto vale (Pk) = P(/)2, que normalmente é menor que o coeficiente da reta do
momento interno (EI). Dessa forma as duas retas se cruzarão em um ponto corres-
pondente ao equilíbrio estável, realmente possível, desde que não seja superada a
tensão de ruptura do material.
13.29
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
2
π 2EI
EI P P P Pe Pcrit
π 2
(13.49)
Analisando a figura 13.17 notam-se duas retas para momentos externos, uma
devida à carga Pa e excentricidade e1a, e outra devida à carga Pb e excentricidade
e1b, com e1a < e1b. Se as cargas Pa = Pb = P, as retas dos momentos externos serão
paralelas. Para momento externo nulo obtém-se:
13.30
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Dessa forma os prolongamentos das retas Maext e Mbext interceptam o eixo das
abscissas (1/r) em -(e1a/k) e -(e1b/k), respectivamente. Da mesma forma, para (1/r) =
0, os momentos externos são dados por Maext = Pae1a e Mbext = Pbe1b.
Do visto acima, enquanto perdurar o regime elástico (σmax < σ0) sempre haverá
uma configuração de equilíbrio estável. No entanto se a tensão ultrapassar o limite de
proporcionalidade o diagrama de momento interno passará a ser curvo, surgindo um
novo fenômeno de instabilidade, ilustrado na figura 13.18.
13.31
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.32
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
cálculo de primeira ordem MS1,d, for menor ou igual ao momento crítico de primeira
ordem M1,crit, ou seja, MS1,d ≤ M1,crit.
13.33
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Seja calcular a flecha máxima para uma viga biapoiada carregada com
uma carga P aplicada no meio do vão. Seja P0 a carga correspondente ao momento
M0, que desperta tensões máximas de compressão e tração iguais ao limite elástico do
material 0, conforme mostrado na parte esquerda da figura 13.21. Para uma carga P
≤ P0 a viga comporta elasticamente, podendo as flechas ser calculadas tanto pela inte-
gração direta da equação (13.16) ou pela analogia de Mohr. No caso esquerdo da figura
13.34
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.21 a flecha no meio do vão vai ser calculada pela analogia de Mohr. O diagrama de
momentos está mostrado e o diagrama de curvaturas é elástico linear, sendo obtido
dividindo-se o diagrama de M por EI (1/r = M/EI). Carregando-se a viga real com o
carregamento fictício pfic = 1/r = M/EI, o momento na seção do meio é a flecha procu-
rada. O momento fletor máximo no meio do vão para a viga carregada ficticiamente
vale:
P 2 P 2 1 P 3
M max,fic y max (13.51)
16EI 2 16EI 3 2 48EI
σ h 2 h b h2
M 0 2 0 b σ 0 σ 0ω 0 (13.52)
2 2 3 2 6
σ h 2 h h 3h 11b h 2 11 b h 2 11
Mu 2 0 b σ0 b σ0 σ0 M0 (13.53)
2 4 3 4 4 8 48 8 6 8
13.35
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.36
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
h h b h2
M p 2σ 0 b σ 0 1,5 M 0 (13.54)
2 4 4
1 d 2y ε ε1 ε 0 ε 2 ε 0 ε1 ε 2 ε 0
(13.55)
r dx 2 y y1 y2 h y0
13.37
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
c = F (0, yc/r)
si = G (0, ysi/r)
nb
y nb
y
N σcdAc σsiAsi F ε0 , c dA c G ε0 , si Asi
r
Ac i 1 Ac i 1 r
(13.57)
nb
y nb
y
M σcycdAc σsiysiAsi F ε0 , c y cdA c G ε0 , si y si Asi
r
Ac i 1 Ac i 1 r
13.38
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
geométrico 0. Essa deformação pode ser determinada a partir das condições limites
de deformações para o concreto e para o aço. Assim:
y c1
ε c, max ε 0,max ε cu 3,5 0 00 para fck 50 MPa (grupo I)
r
(13.58)
y si,2
ε si,max ε 0, max ε su 10 0 00
r
Onde yc1 e si,2 são as ordenadas extremas correspondentes aos pontos mais
comprimido do concreto e mais tracionado das barras da armadura.
13.39
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Nota-se nesse ábaco que, para uma dada curvatura, a tendência de cresci-
mento do momento (0) para um acréscimo de força normal (0) só se verifica para
13.40
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Esse método é considerado geral por ser aplicado a qualquer tipo de estrutura,
podendo ser empregado no cálculo de barras com seção e carregamento variáveis ao
longo do comprimento. A carga crítica, por esse método, é determinada a partir das
deformações calculadas, considerando-se tanto a não-linearidade física dos materiais
quanto a não-linearidade geométrica da estrutura. Observa-se na aplicação do mé-
todo geral um trabalho material muito grande.
13.41
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Pelas etapas acima nota-se que a aplicação do método exato depende apenas
da obtenção do deslocamento de referência yref.
Obs.: A figura 13.26 será a mesma para o processo das excentricidades progressivas
(item 13.7.9), adaptada para uma carga (F) constante e as excentricidades aplicadas
de forma incremental (e1).
13.42
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.43
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Uma vez conhecido o diagrama (e1, y) pode ser construído o diagrama (M, y)
para M = M1 + M2 = Fe1 + Fy (primeira mais segunda ordem), conforme figura 13.27.
13.44
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Por definição, pilar padrão é um pilar em balanço com uma distribuição de cur-
vaturas que provoque na sua extremidade livre uma flecha “a” dada por (ver figura
13.28):
2 2e 1
a 0,4 com e 2 (13.59)
r
base 10 r base
O princípio básico do pilar padrão é assumir que a sua deformada seja senoidal,
conforme equação (13.20). Dessa forma pode-se afirmar que a flecha máxima “a” seja
uma função linear da curvatura da seção da base, como visto na equação (13.22):
2
1 1
y K e (13.60)
r π r
13.45
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.46
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
diagrama (N, M1,crit), para um certo valor do comprimento de flambagem e. Repetindo
13.47
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Para seções transversais que difiram apenas pela armadura, medida pela taxa
mecânica = (As/Ac) (fyd/fcd), podem ser traçados vários diagramas de interação for-
13.48
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
O processo simplificado do pilar padrão, que só deve ser usado com seção
constante, inclusive a armadura, na ausência de cargas transversais exige o traçado
de um diagrama (M1, 1/r), figura 13.29, de obtenção bem mais simples que os diagra-
mas (M, y) ou (F, y).
Como visto anteriormente , a carga crítica pode ser calculada pelo método ge-
ral, empregando-se tanto o processo das cargas progressivas quanto o das excentri-
cidades progressivas. Em ambos os processos a carga crítica é encontrada quando a
flecha yref da seção de referência escolhida tende assintoticamente para uma reta
paralela ao eixo das abscissas, conforme figura 13.31.
O processo será ilustrado por etapas. Na primeira, aplica-se a carga Fd, com
excentricidade fixa e1, calculando-se a flecha de 1a ordem y1. O valor de y1 pode ser
13.49
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.50
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.7.13 – Exemplos
13.7.13.1 – Exemplo 1
Calcular o pilar da figura 13.33 empregando-se o processo do pilar padrão com o mé-
todo geral. Usar a tabela de interação (M1d, Nd) para pilares esbeltos, Fusco (1981).
13.51
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
1o cálculo ei = e1y = 13 cm
Seção de extremidade
M1d,tot = Nd(e1y) = 1400x13 = 18200 kNcm > M1dy,min = Nd(1,5 + 0,03x60) = 4620 kNcm
Seção intermediária
M1d,tot = Nd(e* + eimp) + Nd e2
e* = 0,6 (MA/N) + 0,4 (MB/N) = 0,6x13 + 0,4x0 = 7,8 cm > 0,4x13 = 5,2 cm
1 1 1 1 600
1 eimp 1,22 cm
100 6 245 200 245 2
(e* + eimp) = 7,8 + 1,22 = 9,02 cm > e1y,min = (1,5 + 0,03x60) = 3,3 cm
Nd(e* + eimp) = 1400x9,02 = 12628 kNcm
Dimensionamento
a) Para a solicitação máxima (seção de extremidade, Nd = 1400 kN, e1y = 13
cm ) e usando-se a tabela para o traçado do diagrama de interação (M1d,
Nd), tem-se:
Nd 1400
0 0,64 0,6 0 0,7
0,85Ac fcd 30x600,852 1,4
M1d e 13
0 1 0,64x 0,139
0,85fcdA ch h 60
13.52
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
A tabela do Fusco (1981) (fig. 5.3.5-3) é de dupla entrada. Na entrada horizontal são
listados valores das forças normais reduzida 0 e na vertical os valores das taxas me-
cânicas de armadura 0. O valor procurado na realidade é 0, com o qual se calcula
a armadura As = (0,85fcdAc)0. Dessa forma com o valor de 0 = 0,139, que está entre
os valores 0.090 a 0.151 (em destaque na parte da tabela mostrada abaixo) encontra-
se que o valor de 0 procurado, está entre (0,0) e (0,1), assim como o valor de 0 =
13.53
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
A tabela foi construída para armadura disposta apenas nos quatro cantos do pilar,
com relação (d’/h) = 0,1, e sd = 2‰ (fyd = 42 kN/cm2).
13.54
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Nd 1400
d 0,850 0,54
A c fcd 30x602 1,4
do ábaco = 0,30
M1d e 13
d 0,850 d 1 0,54x 0,117
fcdA ch h 60
A s,tot
A c fcd
0
30x602 1,4 0,30 17.63 cm2
fyd 43,5
Caso 1
1400(54 - 30) 18200
K 0,488 K 0,295 K' K 0,295
1,214x30x542
A s1
1,214x30x54 1- 1- 2x0,295 1400
15,91cm2
43,5
1,214x30x54 0,488 0,295
A s2 9,82 cm2
43,5 1 6 54
13.55
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
1400(30 6) 18200
y 6 62 2 29,7 cm h 60 cm
1,214x30
d’/d = 6/54 = 0,11 < 2 = 0,259 e y/d’ = 29,7/6 = 4,95 > 0,137(54/6)+0,663 = 1,9
=1
1400 - 1,214x30x29,7
As = 0 A's 7,32 cm2
1x43,5
As,tot = 2x7,32 = 14,64 cm2 2x4 16 mm (face 30 cm) Ase = 16,09 cm2
13.56
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
1,214x30x(0,8x45,92) = 1337,9 kN. Portanto, a força normal interna resistente será NRd
= 1337,9 + 82,2 - 24,6 = 1395,5 ≈ NSd = 1,4x1000 = 1400 kN (diferença de 0,32%).O
momento interno resistente será MRd = (82,2 + 24,6)(30 - 6) + 1337,9x(30 - 0,4x45,92)
= 18125,7 kNcm ≈ MSd = 1400x13 = 18200 kNcm (diferença de 0,41%). As duas dife-
renças foram inferiores a 0,5%, que é a tolerância estipulada no programa FNCAS.
Detalhamento na direção y
Será adotado o detalhamento com a armadura obtida pelo ábaco, opção b, 3 20 mm
por lado de 30 cm. Os estribos são de bitola = 5 mm com espaçamento s = 12x2 =
24 cm > 20 cm (adotar 20 cm).
2o cálculo ei = e1x = 5 cm
Seção de extremidade
M1d,tot = Nd(e1x) = 1400x5 = 7000 kNcm > M1dx,min = Nd(1,5 + 0,03x30) = 3360 kNcm
Seção intermediária
x = 3,46x600 / 30 = 69,2
b = 0,6 + 0,4(MB / MA) = 0,6 + 0,4x0 = 0,6 > 0,4
13.57
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
6002 0,005
e2x 5,77 cm
10 300,54 0,5
Dimensionamento
a) Para a solicitação máxima (seção intermediária, Nd = 1400 kN, e1x = 9,99
cm) e usando-se a tabela para o traçado do diagrama de interação (M1d, Nd)
tem-se:
1400 9,99
0 0,64 0,6 0 0,7 0 0,64x 0,213
30x600,852 1,4 30
e / h = 600 / 30 = 20
Da tabela:
0 = 0,6 0 = 0,3 0 = 0,207
0 = 0,64 0 = 0,3 0 = 0,197
0 = 0,7 0 = 0,3 0 = 0,182
0 = 0,6 0 = 0,4 0 = 0,275
0 = 0,64 0 = 0,4 0 = 0,263
0 = 0,7 0 = 0,4 0 = 0,244
13.58
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Para
0 = 0,64 0 = 0,3 0 = 0,197
0 = 0,64 0 = 0,213 0 = 0,313
0 = 0,64 0 = 0,4 0 = 0,263
0,8530x602 1,4
As 0,313 15,73 cm2
43,5
nas duas faces hy = 60 cm (não mais nos cantos), (d’/d) = 0,1 e (e / h) = 600 / 30 =
20, tem-se:
13.59
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Nd 1400
d 0,85 0 0,54
A c fcd 30x602 1,4
do ábaco = 0,30
M1d e 9,99
d 0,850 d 1 0,54x 0,090
fcd A c h h 60
A s,tot
A c fcd
ω0
30x602 1,4 0,30 17,73 cm2
fyd 43,5
As = As,tot / 2 = 8,87 cm2 2x5 16 mm / face (60 cm) Ase = 20,11 cm2
Caso 1
1400(27 - 15) 13986
K 0,580 K 0,295 K' K 0,295
1,214x60x272
A s1
1,214x60x27 1- 1- 2x0,295 1400
15,91cm2
43,5
1,214x60x27 0,580 0,295
A s2 14,50 cm2
43,5 1 3 27
Caso 2
1400(15 3) 13986
y 3 32 2 9,29 cm h 30 cm
1,214x60
d’/d = 3/27 = 0,11 < 2 = 0,259 e y/d’ = 9,29/3 = 3,1 > 0,137(27/3)+0,663 = 1,9
=1
1400 - 1,214x60x9,29
As = 0 A's 16,63 cm2
1x43,5
13.60
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
x = 21,05 cm, As = A’s = 7,65 cm2, (NRd = 1400,51 kN, MRd = 13972 kNcm)
As,tot = 2x7,65 = 15,30 cm2 2x4 16 mm Ase = 16,09 cm2
Detalhamento na direção x
Será adotado o detalhamento com a armadura obtida pelo ábaco, opção b, 2x5 16
13.61
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.7.13.2 – Exemplo 2
Calcular o pilar abaixo utilizando o diagrama de interação (M1d, Nd) para pilares
esbeltos (método do pilar padrão).
DADOS:
Seção - (22 / 100) cm2 fck = 20 MPa Aço CA 50
Desprezando-se a fluência
Portanto o cálculo do momento total deve ser feito com a parcela de 1 a ordem igual
ao momento mínimo.
Nd 1,4x930
d 0,414
A c fcd 22x1002 1,4
no ábaco= 0,6
M1d e 2,16
d d 1 0,414x 0,041
A chfcd h 22
A c fcd 22x100x(2/1,4)
A s,tot 0,6 43,35 cm2
fyd 43,5
Considerando-se a fluência
e1,min = 2,16 cm
Msg
ecc
N
ea 2,718 sg
Ne Nsg 1 , conforme equação (12.20).
Nsg
Com:
Msg = 0
Nsg = 80%N = 0,8x930 = 744 kN (valor arbitrado)
ea = eimp = 1,48 cm
= 2 (valor arbitrado)
2EciI c 10EciI c 10x2169x88733
Ne 2
2
2485 kN
e e 8802
13.63
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
d = 0,414
4,16
d 0,414x 0,078
22
22x100x(2/1,4)
= 0,8 A s,tot 0,8 57,80 cm2
43,5
As,tot / 2 = 28,90 cm2 (2x10 20 mm, Ase,tot = 62,84 cm2)
13.7.13.3 – Exemplo 3
Verificar a segurança contra o estado limite último de instabilidade para o pilar abaixo,
empregando-se o método do equilíbrio, com o processo do deslocamento de referên-
cia. Dados:
F0d = 1800 kN, F1d = F2d = F3d = F4d = 300 kN, F0d = 1800 kN (valores de cálculo)
fck = 20 MPa fcd = 1,429 kN/cm2 fc = 1,214 kN/cm2 Aço CA 50
Taxa mecânica de armação = 0,6 (constante em todas as seções)
Nd e
d 0 , d d
A c fc 0,85 h
1a Etapa - Esforços
h Ac Nd M1d e1
Seção d e1/h 1d
(m) (m2) (kN) (kNm) (m)
0 0,60 0,60 1800 0,25 0 0 0 0
I 0,70 0,70 2100 0,25 500 0,24 0,34 0,085
II 0,80 0,80 2400 0,25 1000 0,42 0,52 0,130
III 0,90 0,90 2700 0,25 1500 0,56 0,62 0,155
IV 1,00 1,00 3000 0,25 2000 0,67 0,67 0,168
(1/r)x103
Seção d 1d 103(d/r)** d=0,95h y (cm)
(m-1)
0 0,6 0,25 0 0 0,57 0 8,13
I 0,6 0,25 0,085 0,72 0,67 1,07 4,87
II 0,6 0,25 0,130 1,23 0,76 1,62 2,23
III 0,6 0,25 0,155 1,54 0,86 1,79 0,56
IV 0,6 0,25 0,168 1,72 0,95 1,81 0
(**) valores interpolados dos diagramas (d-d-d/r) para aço CA 50, (d’/h) = 0,05
13.65
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
yIV = 0
2a Etapa - Esforços
h y (cm) e2
Seção νd e2/h e1/h e/h 1d
(m) (1a etapa) (cm)
0 0,60 0,25 8,13 0 0 0 0 0
I 0,70 0,25 4,87 3,26 0,05 0,34 0,39 0,098
II 0,80 0,25 2,23 5,90 0,07 0,52 0,59 0,148
III 0,90 0,25 0,56 7,57 0,08 0,62 0,70 0,175
IV 1,00 0,25 0 8,13 0,08 0,67 0,75 0,188
2a Etapa - Flechas
3a Etapa - Esforços
h y (cm) e2
Seção νd e2/h e1/h e/h 1d
(m) (2a etapa) (cm)
0 0,60 0,25 9,59 0 0 0 0 0
I 0,70 0,25 5,71 3,88 0,06 0,34 0,40 0,100
II 0,80 0,25 2,58 7,01 0,09 0,52 0,61 0,153
III 0,90 0,25 0,65 8,94 0,10 0,62 0,72 0,180
IV 1,00 0,25 0 9,59 0,10 0,67 0,77 0,193
13.67
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
3a Etapa - Flechas
13.68
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
sendo 0,85 fck ou fck, para pilares esbeltos ( > 90) ou pilares muito esbeltos ( > 140).
13.69
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
ÁBACOS
13.70
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
Tabela para traçar diagramas de interação (M1d, Nd) para pilares esbeltos
FUSCO (1981)
13.71
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.72
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.73
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.74
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.75
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.76
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.77
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.78
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.79
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___________________________________________________________________________
13.80
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.81
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___________________________________________________________________________
13.82
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.83
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.84
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.85
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.86
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.87
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Instabilidade
___________________________________________________________________________
13.88