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Laboratório 7

Aço e Madeira
Materiais da Construção Civil
Profª Márcia Regina de Freitas

Nome: Maria Carolina do Prado Fonseca RA: 191321656


Camilla Cristina Oliveira de França RA: 191323233
TURMA 341

Guaratinguetá
2022
RESUMO
O estudo das propriedades mecânicas dos materiais, assim como suas características, são de
fundamental importância para que o projetista possa assegurar eficiência e segurança em uma
obra. Este trabalho é voltado para a caracterização de amostras de aço CA 50 e madeira, por
meio de ensaios laboratoriais e, através das exigências das normas técnicas especificadas em
cada método utilizado, definir seu comportamento mediante à força de tração e flexão
aplicada sobre os corpos de prova. Para a caracterização dos materiais, realizou-se o ensaio
de tração do aço com base na norma ABNT NBR ISO 6892/2013, e os ensaios de flexão e
umidade da madeira com base na norma ABNT NBR 7190/1997. Por meio do ensaio de
tração do aço, foi verificado que a resistência à tração apresentada pelo corpo de prova foi de
684,17 MPa. Já os ensaios realizados na madeira apontaram uma resistência à flexão de 85,29
MPa e umidade real de 12,62%. Os resultados obtidos permitiram observar o comportamento
dos materiais diante da aplicação de cargas e além disso, houve a possibilidade de avaliar se o
material experimental possuía a aptidão necessária para ser utilizado no setor da construção
civil.

Palavras-chave: Aço. Madeira. Propriedades. Resistência.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………….4

2. OBJETIVOS……………………………………………………………………..4

2.1. OBJETIVO GERAL………………………………………………………….. 4

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS…………………………………………………. 5

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………………5

3.1. AÇO……………………………………………………………………………5

3.2. MADEIRA……………………………………………………………………. 7

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL………………………………………. 8

4.1. MATERIAIS E MÉTODOS……………………………………………………8

4.1.1. Ensaio de tração para aço……………………………………………..8

4.1.2. Ensaio de umidade para madeira…………………………………….9

4.1.3. Ensaio de flexão para madeira………………………………………10

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………………………………...11

5.1. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO, ALONGAMENTO

E ESTRICÇÃO……………………………………………………………………… 11

5.2. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO DA MADEIRA ……..12

6. CONCLUSÃO…………………………………………………………………. 14

REFERÊNCIAS……………………………………………………………………. 15
4

1. INTRODUÇÃO
A determinação da resistência à compressão, tração e flexão de determinados
materiais são fundamentais na engenharia, visto que trata-se de critérios importantes ao
selecionar o material adequado para cada situação. Estes ensaios permitem a análise das
propriedades mecânicas, além de permitir a verificação do comportamento do material sob
determinadas condições de trabalho.
Conhecer as propriedades mecânicas de um material é uma tarefa de suma
importância para que o projetista consiga desenvolver um produto que ofereça eficiência e
segurança. Visto isso, analisaremos o comportamento de dois dos materiais mais utilizados na
construção civil, o aço e a madeira.
A capacidade de ser bastante flexível quanto a sua utilização faz do aço um produto
em destaque no cenário mundial, e inicia a lista de vantagens relacionadas a introdução dessa
liga metálica no desenvolvimento da sociedade contemporânea.
Desde o século XVIII, quando apareceram as primeiras estruturas metálicas na
construção civil, o aço tem ganhado destaque. Mas somente a partir da metade do século XIX
que o material passou a ser utilizado no Brasil. Trata-se de um material formado pela
interação entre os elementos ferro e carbono, que além de estar intimamente ligado à obras
grandiosas e modernas, proporciona redução de custos quando aplicado. Isso deve-se por
requerer um menor número de pessoas nas obras, assim como um tempo de obra reduzido.
Apresenta também elevada resistência mecânica e à corrosão, além de ser facilmente
transportado e ser reciclável.
A madeira por sua vez, apesar de ser um dos materiais de construção mais antigos,
ainda é amplamente utilizada, principalmente em regiões mais frias, por se tratar de um
isolante térmico natural. Estudos realizados em laboratórios apontam o bom desempenho da
madeira em itens como durabilidade, resistência, conforto térmico e acústico. Atualmente,
embora existam muitas crenças desfavoráveis ao uso de madeira na construção e poucos
profissionais com conhecimento específico sobre seu uso no Brasil, a madeira vem se
tornando tendência novamente.

2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Caracterizar amostras de aço e madeira, com o intuito de definir suas características
de resistência.
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2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Determinar a resistência à tração, o alongamento percentual e a redução da área da
seção transversal de uma barra de aço CA50, com base na ABNT NBR 6892-1/2013.
Determinar a resistência à flexão da madeira, com base na ABNT NBR 7190/1997.
Determinar o teor de umidade da madeira para ajustes da resistência, com base na
ABNT NBR 7190/1997.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1. AÇO
A resistência à tração do aço é uma das propriedades mecânicas mais importantes na
construção, pois tem grande influência sobre o dimensionamento de estruturas compostas por
este material.
Segundo Bauer (2019), quando uma barra de aço é submetida à tração axial, surgem
tensões internas. A tensão de tração é obtida dividindo-se a força aplicada pela área inicial da
seção transversal. Essa tensão determina o aumento do comprimento da barra, ou seja, o
alongamento causado pela mesma. O alongamento, por sua vez, determina, no corpo de
prova, uma redução da seção variável ao longo do comprimento. A seção que sofre maior
redução será também a que terá maior tensão, o que acarretará em uma maior diminuição da
seção naquele local. Com isso, tem-se a formação de uma estricção, e a zona de menor área é
chamada seção estricta.
Conjugando em um sistema de coordenadas, como explicitado por Bauer (2019), as
tensões e as deformações, tem-se o diagrama tensão-deformação, o qual apresenta dois tipos
para os metais.
Em alguns metais, particularmente os aços doces, o diagrama tem a forma apresentada
na Figura 1, onde há um período inicial (de 0 a p) em que as deformações são diretamente
proporcionais às tensões (período elástico) e o valor p é o limite de proporcionalidade. Ao
dividir este pela deformação da unidade de comprimento, obtém-se o módulo de elasticidade.
Aumentando-se a tensão, chega-se a um valor e, a partir do qual começa a haver grandes
deformações, mesmo que a carga estacione ou até diminua. O valor e chama-se limite de
escoamento. Neste período as deformações se tornam permanentes, o que não ocorria no
período anterior. Nesta zona forma-se uma espécie de patamar, referente ao escoamento
(trecho e-A). (BAUER, 2019).
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Como aumento das tensões e deformações, pode-se notar que a linha torna-se uniforme,
mas curva. Nesse trecho alcança-se a tensão t mais alta do ensaio, denominada de limite de
resistência. Na realidade, não é que a tensão tenha reduzido, mas houve estricção e a seção
diminuiu; mesmo que a carga aplicada seja a mesma ou menor, a tensão realmente aumenta,
devido a diminuição da área da seção transversal. No gráfico, ela parece diminuir porque não
é levada em conta a estricção. Finalmente, em R, o metal se rompe, portanto é atingida a
tensão de ruptura, que tem pequeno valor prático, porque normalmente é inferior à tensão
máxima. (BAUER, 2019).
Figura 1 - Diagrama tensão-deformação com patamar de escoamento.

FONTE: BAUER, 2019.


Entretanto, na maioria dos metais, como mencionado por Bauer (2019), o diagrama tem o
formato exemplificado na Figura 2. Nota-se o trecho elástico OA, mas não aparece o
escoamento. Convencionou-se, então, adotar para o mesmo, um valor n chamado limite n,
obtido do seguinte modo: estabelece-se uma deformação percentual n % e traça-se uma
paralela à inclinação do período elástico. Essa reta vai cortar a curva em n. A reta é traçada a
n % de deformação. O valor n adotado normalmente é 0,2 % para os aços, e entre 0,1 % e 0,5
% para os outros metais (ou seja, com as notações 0,2 ou 0,1 a 0,5). É também o limite de
elasticidade, até mesmo para deformações não permanentes.
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Figura 2 - Diagrama tensão-deformação sem patamar de escoamento.

FONTE: BAUER, 2019.


É possível também, caracterizar um metal como frágil ou dúctil de acordo com a
fratura apresentada pelo mesmo após a sua ruptura, como é evidenciado na Figura 3. Os
metais que apresentam um alongamento maior antes da ruptura são mais dúcteis e os que não
apresentam, ou apresentam minimamente, são mais frágeis.
Figura 3: Tipos de fratura para metais dúcteis e frágeis.

FONTE: FREITAS, 2022.

3.2. MADEIRA
Segundo Bauer (2019), na flexão, os dois tipos de solicitações estão presentes na peça
carregada: compressão nas fibras de intradorso e tração nas de extradorso. O diferente
comportamento do material aos dois tipos de solicitação determina, para tensões que
ultrapassam o limite de resistência à compressão no bordo comprimido, um início prematuro
de rupturas ali localizadas. O resultado é uma redução da seção resistente e uma migração da
linha neutra em direção ao bordo tracionado. As peças rompem por ruptura e estilhaçamento
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das fibras do bordo tracionado, quando a tensão limite de resistência à tração é ultrapassada.
Esse comportamento é acentuado nas peças de grande altura de seção que conduzem a forças
mais elevadas de ruptura.
A determinação da influência da umidade na resistência das madeiras à flexão deve
ser conduzida com procedimento idêntico ao da compressão: ensaio de corpos de prova
dentro de um largo espectro de umidades, traçado da curva experimental de variação e
cálculo de um coeficiente de influência da umidade com os resultados entre 10 % e 20 % de
umidade. A aplicação do coeficiente aos resultados obtidos em corpos de prova ensaiados
secos ao ar permite a correção dos mesmos ao teor de umidade padrão de 12 %. Somente
esses resultados corrigidos terão valor comparativo (BAUER, 2019).

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1.1. Ensaio de tração para aço
Para realizar este experimento, segundo as diretrizes estipuladas pela norma ABNT
NBR ISO 6892/2013, foi necessário utilizar os seguintes materiais:
● Corpo de Prova de Aço CA50 de diâmetro 20 mm e 407 mm de comprimento;
● Prensa-máquina do tipo universal de 100 toneladas;
● Paquímetro;
● Régua metálica.
Inicialmente, deve-se selecionar um corpo de prova com dimensões adequadas de
acordo com a norma. A norma estabelece que o comprimento inicial não pode ser inferior a
15 mm, e caso seja inferior a 20 mm, implica no aumento da incerteza na medição. Essa
condição foi atendida, visto que foi selecionado um corpo de prova que apresentava valor
superior.
A barra de aço de dimensões iniciais conhecidas é posicionada na máquina de ensaio
universal, sendo tomado o devido cuidado para que ela seja colocada de maneira correta na
mesma. Em seguida, um sistema a carga de tração começa a ser aplicado até que ocorra a
ruptura.
Após o rompimento do corpo de prova, a máquina gera o valor da tensão normal em
kgf. O novo diâmetro e comprimento da barra devem ser anotados. Com os valores do
comprimento inicial e final é possível obter o alongamento percentual após a fratura. Uma
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vez determinada a força máxima aplicada para a ruptura do material, torna-se possível o
cálculo da resistência à tração.
𝑃
σ= 𝐴𝑜

Onde:
σ é a tensão de ruptura, em N/mm²;
P é a força máxima axial aplicada, em N;
𝐴𝑜 é a área de seção transversal inicial da barra de aço, em mm².

Além disso, estima-se também a deformação/alongamento (ε) sofrido pela peça.


𝐿𝑢 − 𝐿𝑜
ε(%) = 𝐿𝑜
. 100

Onde:
ε é a deformação/alongamento sofrido pela peça, em porcentagem;
𝐿𝑢 é o comprimento final da barra, em mm;
𝐿𝑜 é o comprimento inicial da barra, em mm.

É possível também, determinar a estricção do material, através da seguinte equação:


𝑆𝑜 − 𝑆
Z(%) = 𝑆𝑜
. 100

Onde:
Z é a estricção do material, em porcentagem;
𝑆𝑜 é a área de seção transversal inicial da peça, em mm²;
S é a área de seção transversal final da peça, em mm².

4.1.2. Ensaio de umidade para madeira


Para realizar este experimento, segundo as diretrizes estipuladas pela norma ABNT
NBR 7190/1997, foi necessário utilizar os seguintes materiais:
● 5 corpos de prova de madeira;
● Balança análitica;
● Estufa.
Primeiramente, determinou-se a massa inicial dos corpos de prova, com o auxílio de
uma balança analítica. Feito isso colocou-se todas as amostras na estufa, mantendo a
temperatura máxima em 103°C +/- 2°C. Posteriormente, com um intervalo de 6 horas,
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realizou-se a medição das massas dos corpos de prova, até que houvesse uma variação menor
ou igual à 0,5% entre os resultados obtidos.
Com isso pode-se determinar a umidade de cada corpos de prova através da seguinte
expressão:
𝑚𝑖 − 𝑚𝑠
𝑈(%) = 𝑚𝑠
× 100

Onde:
𝑈 representa a umidade do corpo de prova de madeira, em porcentagem;
𝑚𝑖 representa a massa inicial do corpo de prova de madeira úmido, em gramas;

𝑚𝑠 representa a massa final do corpo de prova de madeira seco, em gramas;

Por fim determinou-se a umidade do lote, através da média das umidades de cada
corpo de prova.

4.1.3. Ensaio de flexão para madeira


Para realizar este experimento, segundo as diretrizes estipuladas pela norma ABNT
NBR 7190/1997, foi necessário utilizar os seguintes materiais:
● Corpo de prova de seção com 115cm de comprimento e transversal quadrada
com 5cm de lado;
● Prensa-máquina do tipo universal de 100 toneladas;
● Apoio para o corpo de prova.
Primeiramente, posicionou-se o corpo de prova sobre dois apoios, deixando um vão
livre de 105 centímetros. Feito isso, iniciou-se a aplicação de carga, por meio de um cutelo
acoplado ao atuador, com uma taxa de aplicação de força de 10 MPa/min e registrou-se o
valor da carga no momento de ruptura da amostra.
Desta forma, pode-se determinar a o valor da resistência à flexão na ruptura do corpo
de prova de madeira, por meio da seguinte expressão:
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 × 9,81 × 𝐿
𝑀𝑚𝑎𝑥 4 −6
𝑓𝑀 = 𝑊𝑒
= 𝑏×ℎ
2 × 10
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Onde:
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 representa o valor da carga aplicada no momento da ruptura total do corpo de prova
de madeira, em quilogramas;
𝐿 representa o vão livre entre os apoios do corpo de prova de madeira, em metros;
𝑏 representa a largura da seção transversal do corpo de prova de madeira, em metros;
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ℎ representa a altura da seção transversal do corpo de prova de madeira, em metros;


𝑀𝑚𝑎𝑥 representa o momento aplicado no corpo de prova no instante da ruptura completa, em

kN.m;
𝑊𝑒 representa o módulo de resistência elástica da seção transversal do corpo de prova de

madeira, em m3.
Por fim, foi possível realizar a correção para o valor de resistência obtido, de acordo
com o teor de umidade real da peça de madeira e a umidade ideal, através da seguinte
expressão:
3(𝑈% − 12)
𝑓12 = 𝑓𝑈% ⎡1 + ⎤
⎣ 100 ⎦
Onde:
𝑓12 representa a resistência à flexão corrigida, em megapascais;

𝑓𝑈% representa a resistência à flexão obtida no ensaio, em megapascais;

𝑈% representa a umidade presente na peça de madeira definida no ensaio, em porcentagem.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO, ALONGAMENTO E
ESTRICÇÃO DO AÇO
Com a execução do ensaio de resistência à tração e as dimensões do corpo de prova já
estabelecidos, pôde-se determinar a resistência à tração da amostra aço CA 50, que
apresentou um resultado igual a 684,17 MPa.

Tabela 1: Resultados do ensaio de resistência à tração do aço.

Diâmetro inicial (mm) 20,0

Área inicial (mm2) 314,16

Carga de rompimento (ton) 21,91

Tensão de ruptura (N/mm²) 684,17

Resistência à tração (MPa) 684,17


FONTE: Próprio autor.
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Com base nas medições de comprimento e diâmetro iniciais da barra e nos novos
valores obtidos após a realização do ensaio, foi possível determinar o alongamento percentual
após a fratura do aço no valor de 9,34%, assim como a estricção gerada na barra após o
ensaio, equivalente a 48,88%.
Tabela 2: Resultado do alongamento do aço após ensaio de tração.

Comprimento inicial (mm) 407

Comprimento final (mm) 445

Alongamento percentual após a fratura 9,34%


FONTE: Próprio autor.
Tabela 3: Resultado da redução da área da seção transversal do aço após o ensaio de tração.

Área inicial(mm²) 314,16

Área final(mm²) 160,61

Estricção 48,88%
FONTE: Próprio autor.

5.2. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO DA MADEIRA


A partir do ensaio de umidade pôde-se estabelecer os valores para umidade de cada
corpo de prova e a umidade média para o lote, como evidenciado na Tabela 4. Desta forma
conclui-se que será necessário realizar uma correção no valor da resistência à flexão da
madeira, devido ao fato de o teor de umidade ter apresentado um resultado de 12,62%, que
não condiz com o valor ideal, de 12%.
Tabela 4: Determinação da umidade média do lote de madeira.

Massa Inicial Massa Seca 1 Massa Seca 2 Massa Seca Umidade


Amostra
(g) (g) (g) Média (g) (%)

CP1 35,07 31,47 30,89 31,18 12,48

CP2 33,61 30,11 29,60 29,86 12,58

CP3 35,42 31,77 31,19 31,48 12,52

CP4 35,46 31,70 31,23 31,47 12,70

CP5 34,50 30,84 30,31 30,58 12,84

Umidade Média (%) 12,62


FONTE: Próprio autor.
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Com a execução do ensaio de resistência à flexão e as dimensões do corpo de prova já


estabelecidos, pode-se determinar a resistência à flexão da amostra de madeira, que
apresentou um resultado igual a 85,29 MPa.

Tabela 5: Determinação da resistência à flexão da madeira.

Largura da seção transversal (cm) 5

Altura da seção transversal (cm) 5

Área seção transversal (cm²) 25

Comprimento (cm) 115

Vão livre (cm) 105

Módulo de resistência elástico da seção transversal (m3) 2,08E-05

Carga de Ruptura (kg) 690

Momento máximo (kN.m) 1,8

Resistência à flexão (MPa) 85,29


FONTE: Próprio autor.
Por fim, com os resultados de teor de umidade e resistência à flexão, já estabelecidos
para a amostra de madeira, pode-se realizar a correção do valor, gerando assim, um resultado
igual à 86,88 MPa.

Tabela 6: Determinação da resistência à flexão da madeira corrigida de acordo com o teor de umidade.

Resistência à flexão (MPa) 85,29

Umidade real média (%) 12,62

Umidade ideal (%) 12

Resistência à flexão corrigida (MPa) 86,88


FONTE: Próprio autor.
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6. CONCLUSÃO
Os ensaios laboratoriais tiveram como principal objetivo caracterizar as propriedades
mecânicas de resistência de amostras de aço e madeira, permitindo desta forma, realizar uma
análise mais detalhada, com base nos resultados obtidos e nos valores esperados
estabelecidos em norma, visando a aplicabilidade destes materiais na construção civil.
A partir dos resultados obtidos no ensaio de tração do aço, pode-se concluir que estes
foram satisfatórios, já que era esperado uma resistência última de tração para o aço acima de
500 MPa, que corresponde a tensão de escoamento da amostra utilizada, aço CA50. Também
é possível afirmar que o material utilizado se trata de um metal dúctil, pois pode-se visualizar
uma deformação da seção transversal da barra antes da sua ruptura.
Com base nos resultados obtidos nos ensaios de umidade de resistência à flexão para a
madeira, pode-se notar que o material apresentou um teor de umidade fora do valor ideal,
fazendo com que fosse necessário realizar uma correção no resultado da resistência à flexão.
Durante a execução dos ensaios pode-se visualizar o comportamento de cada material
em situações críticas. Notou-se que o aço apresenta uma estricção (redução da área da seção
transversal) no ponto de maior tensão e depois rompe, enquanto que a madeira, além de
apresentar deformação, também houveram ruídos, devido a quebra de suas fibras.
Contudo, mediante as análises e resultados apresentados, é evidente que ambos os
materiais estão aptos para serem empregados em elementos estruturais, já que estes os valores
obtidos estão de acordo com as especificações das normas. Além disso, ficou claro a
importância da caracterização destas propriedades, para materiais que serão empregados na
confecção de peças estruturais.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de estruturas


de madeira. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 6892-1: Materiais


metálicos – Ensaio de Tração Parte 1: Método de ensaio à temperatura ambiente. Rio de
Janeiro: ABNT, 2013.

BAUER, Falcão. Materiais de construção. Volume 2. 6.ed. Uberlândia - MG: LTC. 2019.
617 p.

FREITAS, Márcia Regina de. Aço para Construção Civil. Guaratinguetá, 2022.

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