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ENGENHARIA AEROESPACIAL
Trabalho 2
Aerodinâmica de Sistemas Aeroespaciais
Introdução 3
Geometria 4
Malha 5
Simulações e convergências 7
Visualização 8
Resultados 17
Comparações 18
Referências 20
Anexos 20
Resumo
Este trabalho apresenta uma continuação do estudo sobre o aerofólio NACA 2415,
demonstrando como se comportam suas propriedades. O trabalho foi realizado utilizando o
software Ansys, mais especificamente o Ansys Fluent para obter os dados sobre o aerofólio, e
por meios desses, foi possível obter alguns valores importantes no estudo de aerofólios, tais
como os coeficientes de normal e axial, desempenho em voo, os coeficientes de pressão e
outros. Com essa análise, é possível ter uma base adequada para estudos mais complexos
sobre o comportamento de aeronaves.
Introdução
Os fluxos invíscidos não existe realmente mas, ou seja, é impossível um fluído não apresentar
alguma fricção mas em alguns casos esse fenômeno é tão pequeno que pode ser
desconsiderado, e ainda há outros casos em que o conceito de fluxo invíscido é considera
apenas para facilitar o estudo(Anderson, 2017). Um exemplo é a equação de Bernoulli, esta
considera um fluxo invíscido e incompreensível, essa apresenta uma constância entre uma
relação de pressão p, densidade ρ e velocidade V:
1 2
𝑝+ 2
· ρ · 𝑉 = const (1)
Para continuidade:
𝐴𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡 (2)
Essa equação é útil para o estudo do fluxo ao redor do aerofólio, uma vez que podemos
relacionar a pressão e a velocidade. Com essas considerações é possível chegar a equação de
Euler, essas são as equações de momento para fluxo invíscido :
𝑑𝑝 =− ρ𝑉 𝑑𝑉 (3)
A equação do momento usada quando o fluxo é invíscido e constante é dada por :
(4)
O caso em que o conceito de fluxo invíscido está diretamente ligado ao aerofólio é pelo
teorema em que relaciona a sustentação com a circulação, o teorema de Kutta-Joukowski:
(5)
Essas são algumas equações que existem ao redor do aerofólio quando consideramos o fluxo
invíscido.
Geometria
Para este trabalho foi necessário modelar a geometria do aerofólio assim como a geometria
que simulasse uma fonte distante do fluxo, por onde o fluxo entraria. Nesta geometria na
Figura 2. temos na parte mais escura o local por onde o fluxo ocorrerá e em branco temos o
aerofólio, em que o ao redor dele simula as paredes do aerofólio. Na Figura 3, temos uma
visão mais distante. Todas as imagens foram modeladas em 2D.
Malha
A malha obtida para este trabalho pode ser vista nas Figuras 4, 5, 6 e 7. O número de
elementos presentes nela é de 48960. O tamanho do elemento próximo ao aerofólio era de
aproximadamente 0,15 mm e o mais afastado de 15 cm. No bordo de ataque o número de
divisões de elementos é de 25, enquanto no bordo de fuga é de 50.
Figuras 4. Malha ao redor do aerofólio
Simulações e convergências
Foram realizadas 5 simulações no software Ansys, todas elas com um fluxo viscoso ao redor
do aerofólio. As simulações foram realizadas em 5 ângulos de ataque diferentes, são eles:-2°
que é o ângulo de ataque em que L=0, 0°, 5,33°, 10,67° e 16°, este último o ângulo de Stall.
Todas as 5 simulações convergiram:
Figura 8. Resíduos escalonados após a convergência.
Visualização
● -2°
● Stall
Resultados
Os dados obtidos nas simulações estão apresentados na Tabela 1. Nas simulações temos o
valor do coeficiente de normal e do axial, cn e ca respectivamente, por meio deles foram
obtidos os coeficientes de sustentação e de arrasto, por meio das fórmulas:
α[graus] cn ca cl cd cm
-2° 0,003 0,001 0,003 0,001 -0,043
0° 0,158 0,014 0,158 0,014 -0,048
5,33° 0,617 0,067 0,608 0,124 -0,048
10,67° 0,965 0,162 0,918 0,338 -0,033
16° 0,839 0,430 0,688 0,644 -0,027
0° 0,554
5,33° 0,329
10,67° 0,286
16° 0,289
Tabela 2. Centro de Pressão em função de α
Comparações
Figura 34. Tabela comparativa entre cp do XLFR5 (em tons de verde) e o cp das simulações
(em tons de azul)
Comparando o coeficiente de pressão temos que houve um erro considerável, com o
asterisco dos valores obtidos nas simulações.
α cl cl* ε
-2° -0,002 0,003 1,667
0° 0,19 0,158 0,203
5,33° 0,7 0,608 0,151
10,67° 1,3 0,918 0,416
16° 1,6 0,688 1,326
Tabela 3. Comparação entre os coeficientes de sustentação.
ABBOT, Ira H., Theory of wing sections: Including a Summary of Airfoil Data, 1 ed. New
York: DOVER, 1959
Anexos