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ENGENHARIA AEROESPACIAL
Trabalho 1
Aerodinâmica de Sistemas Aeroespaciais
1
Resumo 4
Introdução 4
Razão sustentação/arrasto 8
Protótipo de aeronave 10
Referências 11
Anexos: 12
2
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo sobre o aerofólio NACA 2415, demonstrando como se
comportam suas propriedades. O trabalho foi realizado utilizando a interpretação de dados de
coeficientes presentes na literatura e, por meios desses, foi possível obter alguns valores
importantes no estudo de aerofólios, tais como os coeficientes de normal e axial, desempenho
em voo, a variação da pressão e influência dela no aerofólio, a área da asa e as velocidades
tanto de stall e quanto de voo. As propriedades analisadas estão em função de três variáveis,
são elas o comprimento de corda, o número Mach e o número de Reynolds. Com essa análise,
é possível ter uma base adequada para estudos mais complexos sobre o comportamento de
aeronaves.
Introdução
Este trabalho visa analisar um aerofólio o qual pode ser definido como uma secção
transversal ou um corte com visão lateral da asa. O aerofólio é uma parte importante da
aeronave e o estudo de propriedades é de grande valor para o campo da aerodinâmica, uma
vez que a análise desta secção fornece informações cruciais de como a aeronave pode se
comportar em diferentes situações. O aerofólio escolhido para a análise neste trabalho foi o
Naca 2415, o seu perfil é mostrado na figura 1, a qual foi obtida no Designer Modeler.
3
Dados experimentais do aerofólio NACA 2415
α[graus] 𝑐𝑙 𝑐𝑑 𝑐𝑚,𝑐/4
4
O coeficiente de pressão 𝐶𝑝 do perfil foi obtido por meio do Software XLFR5, com os dados
desse coeficiente foi obtido o gráfico apresentado na Figura 3.
5
α[graus] 𝑐𝑛 𝑐𝑎
-2 0,0198 0,005
0 0,19 0,006
2 0,411 0,007
4 0,604 0,035
6 0,853 0,081
8 1,08 0,143
10 1,329 0,223
12 1,507 0,307
14 1,71 0,41
Tabela 2. Coeficiente Normal e Coeficiente Axial em função de α
α[graus] 𝑥𝑐𝑝(x/c)
0 0,503
2 0,367
4 0,325
6 0,298
8 0,288
10 0,278
12 0,273
14 0,268
Tabela 3. Centro de Pressão em função de α.
6
Figura 4. Gráfico da variação do centro de pressão por α.
Fonte: Autor
Razão sustentação/arrasto
Uma das propriedades mais importantes que é possível obter a partir do estudo do aerofólio é
a razão entre a sustentação e o arrasto 𝑐𝑙/𝑐𝑑 ou L/D, já que com essa relação podemos ter a
eficiência do aerofólio. Com os dados da Tabela 1 foi possível calcular essa relação para
diferentes ângulos, esses valores estão na Tabela 4. Além disso, é possível comparar com
valores da bibliografia, obtidos por Ghods,essa comparação está na Figura 6.
7
α[graus] L/D
-2 -3,333
0 31,67
2 58,57
4 85,71
6 105
8 116,7
10 115,5
12 108,5
14 97,5
Tabela 4. Razão entre sustentação e arrasto
Ao analisar a Figura 6, percebemos que os valores obtidos da razão L/D para o NACA 2415 e
para os valores da bibliografia são diferentes, de modo que o valor da bibliografia está bem
menor. Isso ocorre devido a alguns fatores que tornam os valores teóricos calculados
diferentes dos que realmente são obtidos, já que os valores reais têm a interação real
tridimensional em que a aeronave está sujeita ao arrasto induzido, e além disso as aeronaves
têm influência de outros componentes como antenas, sistema de ventilação e etc(Anderson,
2017). Analisando a linha preta temos que o o valor máximo da razão está entre o ângulo de
6° e 10°.
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Calculando o comprimento da corda e a velocidade de fluxo livre
Para calcular a velocidade de fluxo livre (𝑉∞) e o comprimento da corda (c) é necessário
assumir um valor de número de Reynolds já que ambas podem ser obtidas com essa variável,
como é mostrada nas equações (4) e (5).
𝑉∞
𝑀= (4)
γ·𝑅·𝑇
ρ·𝑉∞·𝑐
𝑅𝑒 = µ
(5)
Em que:
M:número de Mach=0,2. valor já utilizado neste trabalho.
γ:razão do calores específicos=1,4
R:constante do gás do ar=287,05 J/kg·K
T:temperatura do ar=298,15 K
6
Re: número de Reynolds, este será de 3 · 10 valor que já foi utilizado.
ρ:densidade do ar=1,23 kg/m³
−6
µ:viscosidade dinâmica=17,8· 10 Pa·s
Protótipo de aeronave
Algumas informações sobre um possível protótipo de uma aeronave com esse aerofólio
podem ser obtidas a partir dos dados que temos disponíveis, tais como a área da asa (S), a
velocidade de stall (𝑉𝑆𝑡𝑎𝑙𝑙) e a velocidade de cruzeiro ou voo (𝑉𝑉𝑜𝑜), isso em baixa velocidade
(fluxo incompressível). A área da asa pode ser encontrada através da equação (6):
2 1
𝐿 = 𝑊 = ρ · 𝑉∞ · 𝑆 · 𝑐𝑙,𝑧𝑒𝑟𝑜 · 2
(6)
Em que:
W:Peso da Aeronave= 380 kg · 9,8 m/s²(COELHO,1985)
𝑐𝑙,𝑧𝑒𝑟𝑜:coeficiente de sustentação quando o ângulo de ataque é 0°
Com esses dados temos que a área da asa é aproximadamente 6,7 m². Com o valor da área da
asa podemos obter a velocidade de voo e a velocidade de stall, esses valores podem ser
encontrados pela equações (7) e (8).
2𝑊
𝑉𝑉𝑜𝑜 = ρ·𝑠·𝑐𝑙,𝑧𝑒𝑟𝑜
(7)
9
2𝑊
𝑉𝑠𝑡𝑎𝑙𝑙 = ρ·𝑠·𝑐𝑙,𝑚𝑎𝑥
(8)
Em que:
𝑐𝑙,𝑚𝑎𝑥:coeficiente de sustentação máximo antes de ocorrer o stall.
Com esses valores temos que a velocidade de voo é cerca de 69 m/s e a velocidade de stall é
de aproximadamente 24 m/s.
Referências
SELIG, M.S. Summary of Low-Speed Airfoil Data.Vol 2. Virginia Beach:SoarTech
Publications, 1996.
GHODS, Mehrdad. Theory of Wings and Wind Tunnel Testing of a NACA 2415 Airfoil.
Technical Communication for Engineers, University of British Columbia, 2001
ABBOT, Ira H., Theory of wing sections: Including a Summary of Airfoil Data, 1 ed. New
York: DOVER, 1959
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Anexos:
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