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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO DE VITÓRIA

AMANDA ERLER

ANDREW TOTOLA

ICA DE ESTRUTURA MÉTALICAS

VITÓRIA

2019
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AMANDA ERLER

ANDREW TOTOLA

DIMENCIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE AÇO

Trabalho acadêmico apresentado ao


professor Caroline Rainha Bubach, da
disciplina de Estruturas metálicas, do
oitavo período de Engenharia Civil do
Centro Universitário Católico de Vitória.

VITÓRIA

2019
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SUMÁRIO

1. MODELO ESTRUTURAL DA MARQUISE NO FTOOL. ....................................................... 4


2. EXTRAÇÃO DOS ESFORÇOS ATUANTES .......................................................................... 5
3. BARRA A SER DIMENSIONADA ............................................................................................. 5
4. CALCULOS PARA VERIFICAR A RESISTÊNCIA DA BARRA ......................................... 6
4.1 FLEXÃO PURA NO EIXO X ............................................................................................... 6
4.2 FLEXÃO PURA NO EIXO Y ............................................................................................... 6
4.3 TORÇÃO PURA.................................................................................................................... 7
4.4 FATOR DE REDUÇÃO Q – FLAMBAGEM LOCAL ........................................................ 7
4.4.1 Fator de redução da alma (Qa) ............................................................................... 8
4.4.2 Fator de redução da mesa (Qs) .............................................................................. 8
4.4.3 Fator de redução ........................................................................................................ 8
4.5 INDICE DE ESBELTEZ REDUZIDO ................................................................................. 8
4.6 FATOR DE REDUÇÃO X .................................................................................................... 8
4.7 FORÇA RESISTENTE TOTAL DE COMPRESSÃO ...................................................... 9
4.8 CONDIÇÃO DE SEGURANÇA .......................................................................................... 9
4.9 VERIFICAÇÃO DA ESBELTEZ DA BARRA .................................................................... 9
5. REESCOLHA DO PERFIL ....................................................................................................... 10
5.2 FATOR DE REDUÇÃO Q ................................................................................................. 11
5.2.1 Fator de redução da alma (Qa) ............................................................................. 11
5.2.2 Fator de redução da mesa (Qs) ............................................................................ 11
5.2.3 Fator de redução ...................................................................................................... 11
5.3 INDICE DE ESBELTEZ REDUZIDO ............................................................................... 12
5.4 FATOR DE REDUÇÃO X .................................................................................................. 12
5.5 FORÇA RESISTENTE TOTAL DE COMPRESSÃO .................................................... 12
5.6 CONDIÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................................ 12
5.7 VERIFICAÇÃO DA ESBELTEZ DA BARRA .................................................................. 12
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 14
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1. MODELO ESTRUTURAL DA MARQUISE NO FTOOL.

Com auxílio do Ftool foi criado um modelo estrutural de seção transversal de uma
tesoura, mostrando os valores de cargas concentradas existentes em cada nó,
exemplificado na Figura 01.

Figura 01 – Modelo Estrutural Transversal

Elaboração própria com o auxílio do Ftool, 2019.


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2. EXTRAÇÃO DOS ESFORÇOS ATUANTES

Por intermédio do Ftool, foi possível extrair os esforços atuantes em cada barra,
conforme representado na Figura 02.

Figura 02: Esforços Atuantes

Fonte: Elaboração própria com o auxílio do Ftool, 2019

3. BARRA A SER DIMENSIONADA

Foi escolhido para dimensionamento a barra inferior mais próxima da parede, ela
possui um comprimento de 0,55 m e sofre um esforço de compressão de cálculo de
61,12 KN. Está escolha se justifica porque este valor foi o maior valor de esforço
encontrado em todo o sistema estrutural, ou seja, o perfil metálico que suportar esse
esforço suportará também de todo o restante da estrutura.
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4. CALCULOS PARA VERIFICAR A RESISTÊNCIA DA BARRA

Foi escolhido para essa estrutura um perfil metálico do tipo I Aço A572Gr50 perfil
W250 x 44,8.
Na tabela e na ilustração abaixo estão especificadas as características do perfil.

A572 Gr50
W 250x44,8
Lx 55 cm
Ly=Lz 355 cm
d 266 mm
bf 148 mm
tf 13 mm
tw 7,6 mm
h 240 mm
Ix 7158 cm
Iy 704 cm
rx 11,15 cm
ry 3,5 cm
Cw 112398 cm^6
Ag 57,6 cm²
Fy 34,5 KN/cm²
Fonte: Gerdau, 2019

Com os dados fornecidos acima e sendo o perfil I duplamente simétrico, temos:

4.1 FLEXÃO PURA NO EIXO X

𝜋 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼𝑥 𝜋 2 ∗ 20000 ∗ 7158
𝑁𝑒𝑥 = = = 467085,15 𝐾𝑁
(𝐾𝑥 ∗ 𝐿𝑥)² (1 ∗ 55)²

4.2 FLEXÃO PURA NO EIXO Y


𝜋 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼𝑦 𝜋 2 ∗ 20000 ∗ 704
𝑁𝑒𝑦 = = = 1102,67 𝐾𝑁
(𝐾𝑦 ∗ 𝐿𝑦)² (1 ∗ 355)²
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4.3 TORÇÃO PURA

1 𝜋 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐶𝑤 1 𝜋 2 ∗ 20000 ∗ 112398
𝑁𝑒𝑧 = 2 [( ) + 𝐺 ∗ 𝐽] = ∗ + 7700 ∗ 25,19
𝑟𝑜 (𝐾𝑧 ∗ 𝐿𝑧)² 136,57 (1 ∗ 355)2
= 3228,68 𝐾𝑁

Onde “G” é o módulo de elasticidade transversal do aço, sendo 7700 kN/cm² e “r0” é
o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento, dado
em função dos raios de giração e das coordenadas do centro de cisalhamento. Para
perfis duplamente simétricos, as duas últimas valem 0. Com isso:

𝑟𝑜2 = √𝑟𝑥 2 + 𝑟𝑦 2 + 𝑥𝑜2 + 𝑦𝑜² = √11,152 + 3,52 + 0 + 0 = 136,57 𝑐𝑚

Temos também que J é a constante de torção, encontrada pela equação abaixo.

1 1
𝐽= ∑(𝑏 ∗ 𝑡 3 ) = ∗ [(2 ∗ 14,8 ∗ 1,33 ) + (24,0 ∗ 0,763 )] = 25,19 𝑐𝑚4
3 3

O valor de carga crítica de flambagem (Ne) que será utilizado será o do Ney, visto que
é o menor dos três, com valor de 1102,67 KN. É importante escolher o menor valor de
Ne porque este possibilita chegar ao maior valor de λ0, e consequentemente, aos
menores valores de X.

4.4 FATOR DE REDUÇÃO Q – FLAMBAGEM LOCAL

A maioria dos perfis empregados nas estruturas de aço é formado por elementos
planos, chamados genericamente de placas. Recebe o nome de flambagem local o
fenômeno em que uma ou mais placas componentes de uma barra comprimida
flambam, como as mesas ou a alma de um perfil. A flambagem local se caracteriza
pela formação de semiondas longitudinais, sem alteração da posição média do eixo
longitudinal da barra

Q é o fator de redução associado à flambagem local, a escolha das formulas para


encontra-lo varia de acordo com o tipo de perfil, devendo ser consultado o anexo F
da NBR 8800. Como está sendo trabalhado com um perfil I laminado, temos que a
alma é classificada como AA (grupo 2) e a mesa como AL (grupo 4).

Por se tratar de um aço A572 Grau 50 o valor da resistência ao escoamento do aço


(fy) será de 345 Mpa.

𝑄 = 𝑄𝑎 ∗ 𝑄𝑠
8

4.4.1 Fator de redução da alma (Qa)

𝑏 𝐸 20000
( ) 𝑙𝑖𝑚 = 1,49 √ = 1,49 √ = 35,87
𝑡 𝑓𝑦 34,5

𝑏 24
( )= = 31,58
𝑡 0,76

𝒃 𝒃
Assim temos que: ( 𝒕 ) ≤ ( 𝒕 ) 𝒍𝒊𝒎 ∴ 𝑸𝒂 = 𝟏, 𝟎

4.4.2 Fator de redução da mesa (Qs)

𝑏 𝐸 20000
( ) 𝑙𝑖𝑚, 1 = 0,56 √ = 0,56 √ = 13,48
𝑡 𝑓𝑦 34,5

𝑏 𝐸 20000
( ) 𝑙𝑖𝑚, 2 = 1,03 √ = 1,03 √ = 24,8
𝑡 𝑓𝑦 34,5

𝑏 (14,8/2)
( )= = 5,69
𝑡 1,3
𝒃 𝒃
Assim temos que: ( 𝒕 ) ≤ ( 𝒕 ) 𝒍𝒊𝒎, 𝟏 ∴ 𝑸𝒔 = 𝟏, 𝟎

4.4.3 Fator de redução


𝑄 = 𝑄𝑎 ∗ 𝑄𝑠 = 1 ∗ 1 = 1

4.5 INDICE DE ESBELTEZ REDUZIDO

Q ∗ Ag ∗ fy 1 ∗ 57,6 ∗ 34,5
λo = √ =√ = 1,34
𝑁𝑒 1102,67

4.6 FATOR DE REDUÇÃO X

Como os perfis na situação real possuem uma curvatura inicial (vo), além de tensões
residuais, que afetam a resistência à compressão. É utilizado o fator de redução
para levar essa diferença de resistência em consideração.

Como λo é menor que 1,5 temos que: 𝑋 = 0,658λo² = 0,33


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4.7 FORÇA RESISTENTE TOTAL DE COMPRESSÃO

De acordo com a NBR 8800, a resistência à compressão é calculada por meio da


seguinte equação:

𝑋 ∗ 𝑄 ∗ 𝐴𝑔 ∗ 𝑓𝑦 0,33 ∗ 1 ∗ 57,6 ∗ 34,5


𝑁𝑐, 𝑅𝑑 = = = 596,16 𝐾𝑁
𝛾𝑎1 1,1

4.8 CONDIÇÃO DE SEGURANÇA

Como o valor da carga de compressão, de 61,12 KN é inferior à resistida pelo perfil,


o dimensionamento é satisfatório.

Nc,Rd (596,16) > Nc,Sd (61,12) OK! Atende a segurança quanto ao ELU (estado
limite último) da peça comprimida.

4.9 VERIFICAÇÃO DA ESBELTEZ DA BARRA

O índice de esbeltez das barras comprimidas não deve ser superior a 200. Esse
limite, definido a partir de experiência profissional e práticas construtivas, possui
como objetivo principal evitar danos às barras ou aumento da imperfeição inicial
durante as operações de fabricação, transporte e montagem.

E∗A 20000 ∗ 57,6


λ= π∗√ = 𝜋∗√ = 101,54 < 200 𝑜𝑘!
𝑁𝑒 1102,67
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5. REESCOLHA DO PERFIL

Como o perfil escolhido possui resistência quase 10 vezes maior que o necessário,
os cálculos foram refeitos para um perfil das características descritas na tabela
abaixo, onde este possui uma área de seção bruta inferior ao da primeira escolha.

A572 Gr50
W 200x35,9
Lx 55 cm
Ly=Lz 355 cm
d 201 mm
bf 165 mm
tf 10,2 mm
tw 6,2 mm
h 181 mm
Ix 3437 cm
Iy 764 cm
rx 8,67 cm
ry 4,09 cm
Cw 69502 cm^6
Fy 345 Mpa
J 13,11 cm^4
G 77 Gpa
Ag 45,7 cm²
E 200 Gpa
Fonte: Gerdau, 2019
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5.1 VALOR DE Ne

Nex 224276,5 KN
Ney 1196,648 KN
Nez 2194,063 KN

r 0² 91,897 cm²

Ne 1196,648 KN

5.2 FATOR DE REDUÇÃO Q


5.2.1 Fator de redução da alma (Qa)

𝑏 𝐸 20000
( ) 𝑙𝑖𝑚 = 1,49 √ = 1,49 √ = 35,87
𝑡 𝑓𝑦 34,5

𝑏 18,1
( )= = 29,2
𝑡 0,62

𝒃 𝒃
Assim temos que: ( 𝒕 ) ≤ ( 𝒕 ) 𝒍𝒊𝒎 ∴ 𝑸𝒂 = 𝟏, 𝟎

5.2.2 Fator de redução da mesa (Qs)

𝑏 𝐸 20000
( ) 𝑙𝑖𝑚, 1 = 0,56 √ = 0,56 √ = 13,48
𝑡 𝑓𝑦 34,5

𝑏 𝐸 20000
( ) 𝑙𝑖𝑚, 2 = 1,03 √ = 1,03 √ = 24,8
𝑡 𝑓𝑦 34,5

𝑏 (16,5/2)
( )= = 8,09
𝑡 1,02
𝒃 𝒃
Assim temos que: ( 𝒕 ) ≤ ( 𝒕 ) 𝒍𝒊𝒎, 𝟏 ∴ 𝑸𝒔 = 𝟏, 𝟎

5.2.3 Fator de redução


𝑄 = 𝑄𝑎 ∗ 𝑄𝑠 = 1 ∗ 1 = 1
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5.3 INDICE DE ESBELTEZ REDUZIDO

Q ∗ Ag ∗ fy 1 ∗ 45,7 ∗ 34,5
λo = √ =√ = 1,15
𝑁𝑒 1196,65

5.4 FATOR DE REDUÇÃO X

Como λo é menor que 1,5 temos que: 𝑋 = 0,658λo² = 0,38

5.5 FORÇA RESISTENTE TOTAL DE COMPRESSÃO

De acordo com a NBR 8800, a resistência à compressão é calculada por meio da


seguinte equação:

𝑋 ∗ 𝑄 ∗ 𝐴𝑔 ∗ 𝑓𝑦 0,38 ∗ 1 ∗ 45,7 ∗ 34,5


𝑁𝑐, 𝑅𝑑 = = = 547,35 𝐾𝑁
𝛾𝑎1 1,1

5.6 CONDIÇÃO DE SEGURANÇA

Nc,Rd (547,35) > Nc,Sd (61,12) OK! Atende a segurança quanto ao ELU (estado
limite último) da peça comprimida.

5.7 VERIFICAÇÃO DA ESBELTEZ DA BARRA

E∗A 20000 ∗ 45,7


λ=π∗√ =𝜋∗√ = 86,82 < 200 𝑜𝑘!
𝑁𝑒 1196,65
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6. CONCLUSÃO

Esse trabalho foi de grande importância para aperfeiçoarmos os conhecimentos


aprendidos em sala de aula, visto que esse trabalho nos mostrou dificuldades
como a escolha dos perfis metálicos, e a necessidade de troca-los de acordo com
os resultados obtidos. Neste trabalho o primeiro perfil escolhido possui uma área
de seção bruta de 57,6 cm², já o segundo perfil com seção de 45,7 cm². Entretanto
mesmo com a redução de 20,7% da área o perfil continua subdimensionado, sendo
necessário novos cálculos para encontrar um perfil menor que atenda aos esforços
solicitantes. Visto que o uso de perfis com resistência muito acima da necessária
gera um aumento de custo sem necessidade.
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REFERÊNCIAS

Anotações de aula, fornecidas pelo professor. 2019.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.800: Projeto


de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio
de Janeiro, 2008. Acesso em 14 jun. 2019.

GERDAU. Perfis Estruturais Gerdau - Tabela De Bitolas. Disponível em:


<https://www.gerdau.com/br/pt/productsservices/products/Document%20Gallery/perfi
l-estrutural-tabela-de-bitolas.pdf>. Acesso em 14 jun. 2019.

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