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ECV2502– Estradas I
Heitor Salvalagio(21100404)
Beatriz Bayestroff Muller (21100398)
Osman Jose Reyes Alberto (21150365)
Florianópolis
Julho, 2023
SUMARIO
1. Introdução
2. Desenvolvimento de Traçado
3. Projeto Geométrico - Elementos Planimétricos
4. Seção Transversal
5. Movimentação de Terra
6. Conclusão
7. Referências
1. Introdução
Para definir um traçado, buscou-se passar o eixo da rodovia pelas regiões menos
acidentadas do relevo, de forma que a rodovia ficasse melhor de trafegar, sem elevados
declives e curvas muito fechadas, por exemplo. Além disso, para determinar o eixo da
rodovia leva-se em conta também questões econômicas, operacionais e socioambientais.
Para definir o melhor desenho foram feitos primeiramente, traçados preliminares
juntamente a análise das rampas obtidas no respectivo perfil gerado, buscando o melhor
traçado para o terreno em questão, o qual é de característica montanhosa. O traçado escolhido
foi aquele que gerou o menor número de curvas e de rampas com elevada inclinação.
Levou-se em conta também os taludes e cortes gerados, porém, devido às características
montanhosas do terreno, esses elementos ainda não foram os ideais.
O traçado do alinhamento resultou em cinco curvas horizontais de transição, sendo quatro
delas reversas, e quatro curvas verticais, com uma rampa máxima de declividade igual a 6%.
Figura 01 - Traçado
Fonte: Civil 3D - Autores próprios
❖ T < 3000m
❖ T < distância percorrida por um veículo, na velocidade diretriz, no tempo de 1,5
minutos (no presente projeto: T < 1500m)
❖ Abaixo, as tangentes e seus comprimentos:
Figura 02 - Tangentes
Fonte: Civil 3D - Autores próprios
Tangente 1 2 3 4
As 5 curvas horizontais traçadas apresentam raio acima do mínimo permitido para rodovias
de classe III e terreno ondulado de 125,00m, como mostrado abaixo:
Figura 03 - Curvas Horizontais
Fonte: Civil 3D - Autores próprios
As curvas 2 e 3 são reversas entre si, assim como as curvas 4 e 5, por isso os raios
delas são iguais.
Por todas as curvas horizontais apresentarem pequenos raios, devido a escolha do traçado
com o intuito de contornar os morros, adotou-se transição em espiral em todas.
Por motivos de fluidez ótica, o DNIT recomenda iniciar e finalizar as curvas horizontais
antes e depois, respectivamente, das curvas verticais. Assim, as curvas verticais foram
lançadas no perfil longitudinal de forma que fossem englobadas pelas curvas horizontais,
como mostrado na figura abaixo:
Figura 04 - Curvas Verticais
Fonte: Civil 3D - Autores próprios
3.Projeto Geométrico - Elementos Planimétricos
3.1 Planimetría
Para calcular as curvas horizontais, estimou-se pelos traçados iniciais quanto mediria o raio
ideal para cada curva, de maneira que preservasse as características do perfil. O resultado, já
apresentado anteriormente é:
Como a velocidade diretriz deste projeto é 60 km/h, e todas as curvas circulares apresentaram
raio inferior a 700 m, chegou-se a conclusão que as curvas horizontais são todas de transição.
LMÍN= ( 1/9)*R
Onde:
V é a Velocidade Diretriz;
e é a superelevação da curva eR ;
C é a taxa máxima de variação da aceleração transversal.
V(km/h) 40 50 60 70 80 90 100
Ao finalizar todos estes cálculos para cada uma das três curvas, o comprimento da transição
(LC ) é definido através da determinação de um intervalo limitado ao máximo valor obtido
pelos critérios de valores mínimos e o menor valor obtido pelos critérios de valores máximos.
Este não é um critério obrigatório, porém optou-se por arredondar os valores de LC para
múltiplos de 10,00 m:
Fonte:
❖ TS = mudança tangente - espiral
❖ SC = mudança espiral - circular
❖ CS = mudança circular - espiral
❖ ST = mudança espiral - tangente
❖ I = ângulo de deflexão (°)
❖ Dc = desenvolvimento da circular (m)
❖ Lc = comprimento da espiral (m)
❖ Θ = ângulo central correspondente a curva circular (°)
❖ Sc = ângulo central correspondente ao ramo da espiral (°)
❖ R = raio da circular (m)
❖ Ts = comprimento da tangente exterior
A partir do software AutoCAD Civil 3D, foi lançado o traçado e as curvas horizontais, que
resultou no seguinte estaqueamento dos pontos notáveis mostrado abaixo:
Tabela 9 - Comprimentos Mínimos e Máximos
Curva Ponto Estaca
início PP 0+000.00
TS 0+485.13
SC 0+525.13
C1
CS 0+615.84
ST 0+655.84
TS 1+401.97
SC 1+441.97
C2
CS 1+699.4
ST 1+739.41
TS 1+779.41
SC 1+779.41
C3
CS 2+128.62
ST 2+168.62
TS 2+420.00
SC 2+460.00
C4
CS 2+797.96
ST 2+837.96
TS 2+877.96
SC 2+877.96
C5
CS 3+082.33
ST 3+122.33
Fim PF 3+532.67
3.1.4 Superelevação
Cálculo da Superelevação
A superelevação para cada curva foi determinada a partir na expressão:
Assim, calculou-se a superelevação para cada curva e arredondou-se o valor para a primeira
casa decimal, para fins práticos, como mostra a tabela abaixo:
Distribuição da Superelevação
A inclinação transversal de ambos os bordos da pista, em tangente, apresenta o mesmo valor
do abaulamento aplicado, que no presente projeto é de 2,000%. No ponto de transição da
tangente para a espiral de transição da curva (TS) esse valor deve ser 0,000% para o bordo
externo da curva. Logo, há uma transição em tangente da superelevação que varia
linearmente de 2,000% há 0,000%, com comprimento Lt , dado pela expressão:
Lt = Lc*a / er
❖ R - raio de curva
❖ R - raio de curva
Gabarito lateral:
É determinado de acordo com a largura da faixa, como mostrado abaixo:
Folga dinâmica:
❖ v - velocidade diretriz
❖ R - raio de curva
Superlargura
Assim, os valores calculados para nossa única curva estão apresentados abaixo:
Tabela 14 - Superlargura
Curvas Raios(m) Gc(m) Gd(m) GI(m) Fd(m) Lt(m) Ln(m) Sr(m)
C1 200 2,74 0,09 0,75 0,42 7,5 6,6 0,9
A superlargura foi distribuída linearmente dentro das espirais de transição de 0,00m até Sr
de cada curva, mantendo-se constante no trecho de curva circular com a valor de Sr.
3.2 Altimetria:
Para a definição das concordâncias das curvas verticais precisou-se levar em consideração os
três critérios determinados pelo DNIT:
II - Critério do Conforto:
A aplicação desse critério tem o intuito de reduzir o desconforto gerado pela aceleração
radial. Em curvas convexas a aceleração radial é subtraída da gravidade podendo causar a
sensação de flutuação para os motoristas, já no caso das curvas côncavas a aceleração radial
se soma a gravidade, dando um sensação de pressão, podendo sobrecarregar a suspensão dos
veículos.
onde:
KMÍN é o parâmetro de curvatura para valores máximos de aceleração;
|A| é a diferença algébrica entre as declividades
III - Critério da distância de visibilidade:
Este projeto apresenta duas curvas convexas e um curva côncava, para o calculá-las fez-se
necessário o uso de fórmulas específicas de acordo com a concavidade cada uma:
❖ Curvas convexas:
Para LMÍN ≥ Dp
Para LMÍN ≤ Dp
❖ Curvas concavas:
Para LMÍN ≥ Dp
Para LMÍN ≤ Dp
Onde:
Dp é a distância de visibilidade de parada;
|A| é a diferença algébrica entre as declividades.
Assim, foram calculados os comprimentos mínimo das parábolas para as 4 curvas verticais,
mostrado abaixo:
Adotou-se o máximo valor para cada curva e arredondou-se para o múltiplo de 5 superior:
Assim, com o uso do software AutoCAD Civil 3D, foi gerado o perfil longitudinal do
terreno, traçado o greide e lançadas as curvas verticais.
Com o uso do software AutoCAD Civil 3D, obteve-se o relatório de volume de terra
movimentado, determinou-se a seção transversal tipo e calculou-se os volumes de cortes e
aterros:
Volume corte acumulado = 203284.52 m³
Volume aterro acumulado = 863554.38 m³
Volume líquido de terra = - 660269.86 m³
Ou seja, o balanço final foi de aproximadamente 660 mil metros cúbicos de aterro necessário.
Vale ressaltar, novamente, que o alto valor de volume de terra em cortes e aterros nesse
projeto é devido ao relevo montanhoso e de extrema complexidade.
5. Conclusão
6. Referências