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Universidade Tecnológica

Federal do Paraná

Curvas Horizontais com


Transição

Prof. FABIANO RIBEIRO

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Introdução

a) Em tangente, a largura da faixa de tráfego assegura ao


usuário certa liberdade para efetuar pequenos desvios e
correções de trajetória, não estando sujeito a esforços
laterais;
b) Nos trechos em curva as condições operacionais
mudam:
- Esforços laterais;
- Maior dificuldade na operação do veículo;
- Sensação de insegurança para o usuário.

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Vantagens do Emprego de
Curvas de Transição
1) Permitir uma variação contínua da
superelevação
Na tangente  não há necessidade de
superelevação (inclinação transversal teoricamente
nula)
No trecho circular  necessidade de superelevação
(depende da velocidade de projeto e do raio)
Superelevação pode chegar a 12%  impossível a
construção (degrau intransponível entre a tangente
e o PC)

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Vantagens do Emprego de
Curvas de Transição
A passagem desde zero até a inclinação necessária
no trecho circular deve ser feita de maneira
gradativa  necessidade de um trecho de transição.

A criação de um trecho de curvatura variável entre a


tangente e a curva circular permite uma variação
contínua da inclinação transversal da pista até
atingir a superelevação no trecho circular.

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Vantagens do Emprego de
Curvas de Transição
2) Criar uma variação contínua de
aceleração centrípeta na passagem do
trecho reto para o trecho circular.
Força centrípeta  Fc = m * V2 /R
Força centrípeta  valor nulo na reta, dependendo
do raio pode atingir valor significativo após o PC
O aparecimento de uma força transversal de
maneira brusca causa impacto no veículo e seus
ocupantes (desconforto e falta de estabilidade)

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Vantagens do Emprego de
Curvas de Transição
3) Gerar um traçado que possibilite ao
veículo manter-se no centro da sua faixa
de rolamento
Na prática  O veículo não passa do trecho reto
para o circular instantaneamente. Para isto o
volante deveria ser girado repentinamente.
Na realidade este giro é feito em um intervalo de
tempo no qual o veículo percorre uma trajetória
de raio variável.

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Vantagens do Emprego de
Curvas de Transição
4) Proporcionar um trecho fluente sem
descontinuidade de curvatura e
esteticamente agradável
Descontinuidade da curva  Gera insegurança ao
motorista.

Essas curvas de curvatura progressiva são


chamadas curvas de transição.

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Curvas Horizontais de
Transição

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Tipos de Curvas de Transição

a) Lemniscata
b) Parábola cúbica y = ax³, em que a é constante.
c) Clotóide ou espiral  R (raio) * L (comprimento) = K
(constante, dependendo do clotóide), é a mais usada:
 Curva descrita por um veículo em velocidade
constante quando o volante é girado com velocidade
angular constante.
 Superelevação e comprimento variam linearmente
 vantagem construtiva.
 Superelevação e aceleração centrípeta variam na
mesma proporção  maior conforto!
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Pontos Notáveis das Curvas
Horizontais de Transição

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Pontos Notáveis das Curvas
Horizontais de Transição

Lc = Comprimento de Transição a adotar (m)


Rc= Raio da Curva Circular (m)
s = Ângulo de transição (rad)

Lc = Comprimento de Transição a adotar (m)

- Ys= Ordenada dos pontos SC e CS (m)


s = Ângulo de transição (rad)

Lc = Comprimento de Transição a adotar (m)


XS= Abscissa dos pontos SC e CS (m)
s = Ângulo de transição (rad)

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Pontos Notáveis das Curvas
Horizontais de Transição

= Ângulo central do trecho circular (rad)


= Deflexão da tangente (rad)
s = Ângulo de transição (rad)

D = Desenvolvimento do Trecho Circular (m)


Rc= Raio da Curva Circular (m)
= Ângulo central do trecho circular (rad)

Rc= Raio da Curva Circular (m)


Xs= Abscissa dos pontos SC e CS (m)
s = Ângulo de transição (rad)
K = Abscissa do centro O’ (m)

Rc= Raio da Curva Circular (m)


Ys= Ordenada dos pontos SC e CS (m)
s = Ângulo de transição (rad)
P = Afastamento da curva circular (m) 13
Pontos Notáveis das Curvas
Horizontais de Transição

TT = Tangente Total (m)


Rc= Raio da Curva Circular (m)
= Deflexão da tangente (graus)
P = Afastamento da curva circular (m)

E = Distância do PI a Circular da Curva (m)


Rc= Raio da Curva Circular (m)
= Deflexão da tangente (graus)
P = Afastamento da curva circular (m)

Obs.  = AC

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Comprimento da Transição

Em alguns casos pode-se dispensar o uso das curvas


de Transição (DNER, 1999):

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Comprimento da Transição

Para atender as funções de uma curva de transição


essa deve apresentar um comprimento entre um
mínimo e um máximo:

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Comprimento da Transição

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Comprimento da Transição

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Comprimento da Transição

São três os critérios mais usados para estabelecer


o comprimento mínimo de transição:
1. Critério dinâmico;
2. Critério de tempo;
3. Critério estético.

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Critério Dinâmico

Estabelece a taxa máxima de variação de


aceleração centrípeta por unidade de tempo (J)

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Critério de Tempo

Estabelece o tempo mínimo para o giro do


volante e, conseqüentemente, para o percurso da
transição.

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Critério Estético

Estabelece que a diferença de greide entre a


borda e o eixo não deve ultrapassar certo valor
que depende da velocidade de projeto.

A AASHTO recomenda ainda que o comprimento


mínimo da transição seja o mesmo utilizado para a
variação da superelevação.

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Critério Estético
A variação da inclinação relativa máxima irmáx com a
velocidade de projeto Vp pode ser representada por
duas retas  irmáx = f(Vp)
irmáx = 0,90 – 0,005 x Vp  para Vp ≤ 80 Km/h e ir em %
irmáx = 0,71 – 0,0026 x Vp  para Vp > 80 Km/h e ir em %

Lsmín = e x lf / irmáx
e em %;
lf em metros;
Vp em Km/h.

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Comprimento da Transição

Para obter o Comprimento Máximo que corresponde a


SC=CS basta impor c = 0 e teremos a equação:

Ls máx e Rc em metros;
AC em graus.

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Qual o valor de Ls adotar???

O comprimento de transição pode ser qualquer valor


entre Ls mín e Ls máx.
A escolha de comprimentos de transição muito
grandes geram elevados valores de p (afastamento),
afastando muito a curva circular de sua posição
primitiva.

Sugere-se adotar sempre que possível o Ls desejável:


Ls des = 2 x Ls mín (critério dinâmico) ou,
Ls des = 0,072 x V3 / Rc
Ls max = AC x Rc
Obs. Adotar valores múltiplos de 10. 25
Curvas Horizontais Circulares com
Transição

EXERCÍCIOS NO QUADRO.

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