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CURVAS DE TRANSIÇÃO

Profª. Thays Nogueira


Curva horizontal com transição
Quando um veículo passa de um alinhamento
reto para um trecho curvo, surge forças laterais
(força centrífuga) que atuam sobre os veículos nas
curvas, além da própria dificuldade natural de
dirigir em curvas.
Curva horizontal com transição
A mudança de direção e o consequente
aumento ou redução da força centrífuga não pode
ser realizado instantaneamente.

A curva de transição tem a função primária de


permitir a passagem gradativa de um traçado em
tangente para um traçado em curva circular.
Curva horizontal com transição
O que se deseja é limitar a ação da força
centrífuga sobre o veículo, para que sua
intensidade não ultrapasse um determinado valor.
Isso se consegue através da utilização de uma
curva de transição intercalada entre o alinhamento
reto (trecho em tangente) e a curva circular.
Esta transição é realizada com o fim de
distribuir gradativamente o incremento da
aceleração centrífuga. O ponto de encontro das
duas curvas, com o mesmo raio, é conhecido como
ponto osculador.
Curva horizontal com transição
Ao passar de um trecho em tangente para uma
curva circular todo veículo necessita executar uma
trajetória de raio variável nessa passagem, já que
passa do raio infinito na tangente para um raio
determinado na curva. A mudança de direção e o
consequente aumento ou redução da força
centrífuga não pode ser realizado
instantaneamente.
Curva com Transição
Critérios para utilização
Permite-se a dispensa do uso da curva de
transição quando a aceleração centrífuga a que o
veículo é submetido na curva for igual ou inferior a
0,4 m/s².
Valores-limite dos raios R acima dos quais
podem ser dispensadas curvas de transição.

V 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120


(km/h)
R (m) 170 300 500 700 950 1200 1550 1900 2300 2800
Curva com Transição
Curva com Transição
Tipos de curvas de transição
Tipos de curvas de transição
Tipos de curvas de transição
Ângulo central

AC =  + 2  s

Onde:
AC = ângulo central
= ângulo central do
trecho circular
s= ângulo de transição
Condição de transição
Para que a transição se verifique sem que haja
superposição dos ramos da espiral é, então,
necessário que:

AC  2   s
Pontos notáveis da curva com transição

 TS ponto de passagem do alinhamento reto para a


curva espiral.
 SC ponto de passagem da curva espiral para a
curva circular.
 CS ponto de passagem da curva circular para a
curva espiral.
 ST ponto de passagem da curva espiral para o
alinhamento reto.
Elementos da espiral
 Ângulo central do trecho em espiral

Ls
s = (em radianos)
2  Rc

Ls 180
s = (em graus)
2  Rc
Elementos da espiral
 Coordenadas do SC e CS

  2
  4
X s = Ls  1 −s
+  s

 10 216 

  s  s3 
Ys = Ls   − 
 3 42  (em radianos)
Coordenada do ponto recuado (PC’ e PT’)
(k) e o Afastamento da curva circular (p)
Xs = k + a k = Xs − a

Ys = p + b p = Ys − b

a = Rc  sen s

b = Rc (1− cos s )

k = X s − Rc  sen s
p = Ys − Rc  (1− cos s )
Tangente total
   TT − k
tg   =
 2  Rc + p


TT = k + (Rc + p )  tg
2
Onde:
k = abscissa do centro O’
Rc = raio da curva
p = afastamento da curva circular
∆ = ângulo central
Distância do PI ao ponto médio da
curva circular (E)
   Rc + p
cos  =
 2  Rc + E

Rc + p
E= − Rc

cos 
2
Ângulo central do trecho circular e
desenvolvimento do trecho circular
 Ângulo central do trecho circular é dado por:

 = AC − 2  s

 Desenvolvimento do trecho da curva circular

Rc    
D=
180
Estacas dos pontos notáveis
 TSE ou TSD
E(TS) = E (PI) – [TT]
 SC
E(SC) = E(TS) + [Ls]
 CS
E(CS) = E(SC) + [D]
 ST
E(ST) = E(CS) + [Ls]
Comprimento mínimo de transição
3
V 
3   3
Ls mín =
v
=  3,6 
Ls mín = 0,036
V
J máx  Rc 0,6  Rc Rc

Onde:
Jmáx é constante que mede a solicitação radial ou
reação transversal devido a variação da força
centrífuga. O DNER recomenda o valor de Jmáx =
0,6 m/s³.
Comprimento máximo de transição
Corresponde a um valor nulo para o desenvolvimento
do trecho circular, D = 0, ou seja, as espirais se
encontram. Logo,
Lsmáx
 = AC − 2  s = 0 AC = 2  s = 2 
2  Rc
Logo,
Ls máx = Rc  AC

 Lsmáx e Rc são expressos em metros


 AC é expresso em radianos
Comprimento máximo de transição

𝑅𝑐 𝑥 ∆ 𝑥 𝜋
𝐿𝑆𝑚á𝑥 =
180°

Lsmáx e Rc são expressos em metros


AC é expresso em graus
Comprimento mínimo de transição
Sempre que possível devem ser adotados para Ls
valores maiores que o mínimo calculado pela
equação anterior, de preferência (Lsmin+Lsmax)/2
ou 3xLsmin, desde que estes valores sejam menores
que Lsmax.
Comprimento da espiral
Comprimento da espiral adotado:

Ls + Lsmín
Ls = máx
ou Ls = 3  Ls mín
2

O valor deve ser menor que o Lsmáx.


Exemplo
Numa curva de uma rodovia, temos os seguintes
elementos: V = 80 km/h, ∆ = 35°, Rc = 500m e
E(PI) = 228 + 17,0 m. Determinar: Lsmín, Lsmáx,
Lsadotado, s, Xs, Ys, , D, k, p, TT, E, E(TS), E(SC),
E(CS), E(ST).
Até próxima aula
Contato:
Thays.rodrigues@fapce.edu.br

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