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Elementos de uma curva horizontal com transição

Yc

PI 
SC D CS Xc
Xc

lc lc
TS ST
= R

R
=

=

Sc Sc

=
2
l Propriedade da espiral: .l = k = R.lc
S=
2R.lc
S = ângulo da curva de transição associado a um comprimento
qualquer da curva de transição (radiano),
l = comprimento qualquer da curva de transição do TS ou ST a um
ponto qualquer da curva (m),
R = raio da curva circular (m).
lc = comprimento total da curva de transição (m).
lc
Quando l = lc, tem-se: Sc =
2R
Sc = ângulo central da curva de transição (radiano),
lc = comprimento total da curva de transição (m),
R = raio da curva circular (m).
Comprimento da Curva de Transição
Comprimento Mínimo da Curva de Transição
Para não ocorrer uma mudança brusca no valor da força centrífuga, é
preciso existir um tempo t, para possibilitar uma variação gradual e
uniforme da aceleração centrífuga entre o início da curva de
transição até o trecho circular.

Sendo j = v2/R a aceleração centrífuga e j’, a aceleração centrífuga


dividida pelo tempo t, tem-se: j’= v2/(R.t). Considerando-se que o
veículo esteja se deslocando a uma velocidade aproximadamente
constante na curva, tem-se que: v = lc/t e t = lc/v. Levando-se o
valor de t na expressão de j’, encontra-se: j’ = v3/(R.lc). Portanto, lc =
v3/(R.j’).
3
Experiências revelaram que valores adequados de j’ estão
contidos no intervalo de 0,3 a 0,8 m/s3. Segundo FILHO
(1998), o DNER adota o valor de j’máx = 0,6 m/s3. .

Fazendo-se v (m/s) = V (km/h)/3,6 e j’máx = 0,6 m/s3 e


levando-se esses valores na equação de lc, encontra-se:

V3
lc m ín = 0,036
R
em que:
V = velocidade diretriz em km/h e
R = raio de curvatura do trecho circular (m).
4
Comprimento máximo da curva de transição (lcmáx)
O lcmáx irá ocorrer quando  for nulo. Nessa condição, o ângulo de

deflexão  no PI é igual a 2Sc. Sendo Sc = lc/2R, tem-se:

 = 2Sc = 2lcmáx/2R = lcmáx/R.


Assim: lcmáx = R. (radianos). Para  em graus, a equação para
c) Curva circular composta com transição

cálculo de lcmáx é a seguinte:


R
lc m áx =
180
lcmáx = comprimento máximo da curva de
transição (m),
R = raio da curva circular (m),
 = ângulo de deflexão no PI em graus.

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Segundo AASHTO (2001), problemas de segurança têm sido
observados em curvas espirais de grande extensão. Assim, o
comprimento máximo da curva de transição recomendado para
minimizar a probabilidade de ocorrer tais problemas pode ser obtido
pela seguinte equação:

lc máx = 24(ρ max )R

em que:
lcmáx = comprimento máximo da curva de transição (m),
max = afastamento lateral entre a tangente e a curva circular (m);
valor recomendado: 1,0 m;
R = raio de curvatura do trecho circular (m).
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Comprimento desejável da curva de transição

De acordo com ASSHTO (2001), a distância percorrida


durante 2 segundos, à velocidade diretriz utilizada no projeto da
rodovia, pode ser considerada como sendo o comprimento
desejável da curva de transição. Assim, se a velocidade de
projeto for por exemplo 80 km/h (22,22 m/s), o comprimento
desejável da curva de transição será igual a 44 m,
aproximadamente. Entretanto, o projetista deverá observar os
valores mínimo e máximo da curva de transição recomendados,
para o projeto da curva horizontal.

7
Coordenadas Retangulares da Curva de Transição
 S3 S5 S7 
y dy = dlsenS dy = dl S - + − + 
 3! 5! 7! 
s
  S2 S4 S6 
dx = dlcosS dx = dl1- + − + 
 2! 4! 6! 
l2
S=
dl s dy
2R.lc
l dx
x
 S2 S4 S6 
x = l1- + − + .... 
Coordenada infinitesimal num ponto  10 216 9360 
qualquer da espiral
lS  S 2 S 4 S6 
y = 1- + − + .... 
3  14 440 25200 
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Inserção da Curva de Transição

SC CS
CS ST
SC ST TS
TS

R1 R1
R R
R R
R R

O O
O1
Inserção a centro conservado
Inserção a raio conservado

inal
ãof
siç CS
Po
SC
ST
TS ial
nic
oi R R
siçã
Po

Inserção a raio e centro conservados 9


Elementos de Projeto da Curva de Transição a Raio Conservado

A1D1 = Xc; B1D1 = GE; PI


T
T E1 
A
D1 D X
SC CS c
Xc PC E
B1
C1 t PT
lc F R Yc lc
G
A1 R R
TS
Sc R
S
T
2

2


=

Sc
Sc
R

=
R
D1E = B1G = Yc; O
O1 p = B1F (afastamento
A1B1 = q;
da curva circular);
10
FO1 = R; C1E1 = Tc A1E1 = T; t = C1F
PI
T
T E1 
Tc = R tg(/2)
A
D 1 D X
SC CS c
Xc PC E
B1
C1 t PT
lc F R Yc lc
G
A1 R R
TS
Sc R
S
T
2

2


=

Sc
Sc
R

=
R
O
O1

p = B1F = B1G – FG = Yc – (FO1 – GO1)  p = Yc – (R – Rcos(Sc))


11
q = A1B1 = A1D1 - B1D1 = T = A1B1 + B1C1 + C1E1
PI
Xc – GE = T
T E1 
Xc – Rsen(Sc) A
D
D 1
SC CS X
Xc c
PC E
B1
C1 t PT
lc F R Yc lc
G
A1 R R
TS
Sc R
S
T
2

2


=

Sc
Sc
R

=
R
O
O1 T = q + p tg(/2) + R tg(/2)


( )
T = q + R + p tg 
2
B1C1 = B1F tg(/2) = p tg(/2) 12
t = C1F PI
T
T E1 
A
D1 D X
SC CS c
Xc PC E
B1
C1 t PT
lc F R Yc lc
G
A1 R R
TS
Sc R
S
T
2

2


=

Sc
Sc
R

=
B1F

R
t=
cos( /2)
O
O1

   
p A = R sec   − 1
t=  2 
cos( /2) 13
S =i+J
S 
te
g en
n
Ta

j
i
S
Tangente X=
TS

S = ângulo qualquer da curva de 

transição,
i = ângulo de deflexão;
j = ângulo de deflexão formado entre o
alinhamento do ponto A ao TS e a
tangente no ponto A.
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Exemplo 1: para a figura esquematizada a seguir,
calcular os elementos de projeto e locação,
empregando-se uma curva horizontal com transição
simétrica. São dados do problema:
ângulo de deflexão no ponto de interseção das
tangentes (PI) igual a 29o,
estaca do PI: EST 31 + 16,30 m,
raio mínimo de curvatura: 200 m,
raio de curvatura adotado no projeto = 286,50m
velocidade diretriz: 80 km/h

15
120o
A

29o
B = PI

V3
lc m ín = 0,036
R
R
lc m áx =
180
16
Cálculo de p e q: aplicação das Equações 25 e 26,
respectivamente.

p = Yc − R(1− cos(Sc )) q = Xc − Rsen(Sc)

Assim, p = 1,453 m e q = 49,949 m.


Tangente externa: T = q + (R + p )tg 
2
p
Afastamento: t =
cos( /2)

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O afastamento total do PI ao centro da curva circular é igual
à soma dos segmentos A + t na Figura 25. O valor de A
pode ser obtido pela Equação 3. Portanto, A + t = 10,927 m.

Ângulo central do trecho circular ():  = 2Sc + .

Portanto:  = 9o
R
Desenvolvimento do trecho circular: D =
180
Portanto: D = 45,003 m

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Estacas dos pontos notáveis da concordância horizontal
composta com transição:
EST TS = EST PI - T= EST 25 + 11,88 m,
EST SC = EST TS + lc = EST 30 + 11,88 m,
EST CS = EST SC + D = EST 32 + 16,88 m,
EST ST = EST CS + lc = EST 37 + 16,88 m,

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Tabela 5: Planilha de locação para toda concordância horizontal com transição

Estaca Pontos Corda Deflexões


Inteira intermediária Notáveis (m) Parcial Acumulada
(m) da curva (min.) grau e min.
25 -
25 11,88 TS -
26 1,88 10 2'
26 11,88 10 8'
27 1,88 10 18'
27 11,88 10 32'
28 1,88 10 50'
28 11,88 10 1o 12'
29 1,88 10 1o 38'
29 11,88 10 2o 08'
30 1,88 10 2o 42'
30 11,88 SC 10 3o 20'
31 8,12 48,72' 7o 28,80'
31 10 10 60' 8o 28,80'
32 10 60' 9o 28,80'
32 10 10 60' 10o 28,80'
32 16,88 CS 6,88 41,28' 11o 10,08'
33 6,88 10 2o 42'
33 16,88 10 2o 08'
34 6,88 10 1o 38'
34 16,88 10 1o 12'
35 6,88 10 50'
35 16,88 10 32'
36 6,88 10 18'
36 16,88 10 8'
37 6,88 10 2'
20
37 16,88 ST 10
Ângulos para locar quaisquer pontos da curva de transição, em
relação a um ponto onde o teodolito está posicionado (ponto A),
distante de um comprimento L do TS ou ST

21
A = ponto qualquer da curva de transição,
L = distância contada a partir do TS ou ST ao ponto A,
l = distância do ponto A ao ponto da curva de transição a ser locado,
i = ângulo de deflexão necessário para locar o ponto D da curva de
transição, distante l metros do TS ou ST,
: ângulo central do trecho circular, correspondente ao arco AB,
s = ângulo de deflexão para locar o ponto C da curva de transição em
relação à tangente no ponto A,
c = ângulo de deflexão para locar o ponto B da curva circular em relação
à tangente no ponto A,
 = raio de curvatura na espiral no ponto A. No ponto B do trecho da curva
circular, o raio e curvatura também é igual a .
22
Propriedade da curva de transição em espiral:
s = c  i (32)

Cálculo do c. c = /2, portanto:  = 2c.


Sendo .L = R.lc, então:
 = (R.lc)/L (33)
em que:
lc = comprimento da curva de transição, desde o TS ao SC
ou do CS ao ST,
R = raio de curvatura do trecho circular,
 e L já foram anteriormente explicados.

23
24
25
Elementos de projeto de uma curva de transição assimétrica

PI

T2
T1 D CS
SC

l c1 lc
2
TS ST
= R

R
=

=

=
Sc 1 Sc2

27
28
O desenvolvimento da curva circular pode ser obtido
pela fórmula:

.R( - Sc 1 - Sc 2 ) (49)
D=
180

29
Exemplo: Calcular os elementos de projeto de uma curva
horizontal com transição assimétrica para concordar os
alinhamentos AB e BC, com extensões iguais a 157,417 m e
150,131 m, respectivamente. São dados ainda do problema:
azimute do alinhamento AB = 75o, ângulo de deflexão à direita no
PI = 30o, raio da curva correspondente ao trecho circular = 300 m,
lc1 = 50 m e lc2 = 40 m. Obtidos os elementos de projeto, projetar
a referida curva numa escala qualquer.

30
150,1
417 100,6 31
157, 22 91
105,2
B

30°
PI

NV
SC CS
75 TS ST
°
1,5915°

R300
A

lc 1 = 50 m D = 112,079 m lc 2 = 40 m

ic 1 = 1,591456 graus R = 300,000 m ic 2 = 1,273192 graus

jc 1 = 3,183192 graus T1 = 105,222 m jc 2 = 2,546527 graus

Sc 1 = 4,774629 graus T2 = 100,691 m


Sc 2 = 3,8197377 graus
XC 1 = 49,965 m EST PI = 7 + 17,417 m
XC 2 = 39,982 m
EST TS = 2 + 12,195 m
YC 1 = 1,388 m YC 2 = 0,889 m
EST SC = 5 + 2,195 m
EST CS = 10 + 14,274 m

EST ST = 12 + 14,274 m

31
Locação por coordenada polar

955 L AB = (YB − YA )2 + (XB − XA )2


960

965

PC1 = C
970

b Cu
a rv
a
1

Centro da curva 2
975 c
A
B

PT1

980 PC2

Centro da curva 1

C
ur
C

va
2
a 2 = b 2 + c 2 − 2bccos(A ) PT2

b 2 = a 2 + c 2 − 2accos(B) D

E
c = a + b − 2abcos (C)
2 2 2

32

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