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João Fortini Albano 63

11 - CURVA DE TRANSIÇÃO

É uma curva horizontal composta de segmentos


curvilíneos em espiral na entrada e saída e, ao centro, um arco
circular.

A espiral de transição possui raio de curvatura variável e


decrescente, condição que possibilita uma adptação do
veículo à curva, amenizando os efeitos indesejáveis da força
centrífuga ou centrípeta.

Utiliza-se a espiral de Cornu, também conhecida como


espiral de Euler ou Clotóide.

Figura 57 – Espirais usadas na curva de transição

Tabela 5 – Raios acima dos quais dispensa-se a curva de transição

V (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 120


R (m) 200 350 500 700 850 1000 1200 1400 1600
Fonte: Normas de Projetos Rodoviários, Volume 1, (1991).

Para a inserção das espirais de transição numa curva


circular, há necessidade de deslocamento da curva em relação
à tangente. Este afastamento pode ser obtido pelo método do
Raio Conservado.

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q – recuo para inserção da transição


p – afastamento das tangentes

Desenho da curva:
PIn
δ

Xc
T

EC CE
De Yc
ET
φ
TED
AC
Sc

Figura 58 – Curva de transição

Pontos Fundamentais:

o: Centro da curva
TED (E): Tangente – Espiral, direita ou esquerda
EC: Espiral – Circular
CE: Circular – Espiral
ET: Espiral – Tangente
PIn: Ponto de interseção das tangentes

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Roteiro para Projeto e Cálculo da Curva de Transição

1. Raio – R

É definido pelo projetista de acordo com as recomendações.

2. Comprimento da espiral de transição – De

A variação da aceleração centrípeta não pode ultrapassar


uma taxa máxima para manutenção das condições de conforto
e segurança. Determina-se o comprimento de transição para a
máxima variação da aceleração.
A experiência internacional estabeleceu que o valor mais
indicado para a máxima taxa de variação da aceleração
centrípeta deve ser 0,6m/s2/s
Assim, considerando o “critério dinâmico”, o valor mínimo e
máximo do comprimento de transição pode ser calculado por:

V3
Demin = 0,036. (18)
R
π.AC.R (19)
Demax =
180
Onde:
V – velocidade diretriz em km/h
AC – ângulo central em graus
R – raio escolhido em m
De – comprimento de transição em m

A prática recomenda que seja calculado um comprimento


de transição desejável entre:

50,0m ≤ De = 2Demin ≤ Demax

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Ângulo da Transição – Sc

De
Sc = (em rad) (em graus x 180/π) (20)
2.R

3. Ângulo central do trecho circular - φ

φ = AC − 2Sc (graus) (21)

Ou, em radianos:

π
φ = AC(graus). − 2Sc(rd)
180

4. Coordenadas retangulares dos Pontos Osculadores EC


e CE: Yc e Xc

⎛ Sc Sc 4 ⎞
2

Yc = De ⎜ 1 - + ⎟ (22)
⎝ 10 216 ⎠
⎛ Sc Sc 3 ⎞
Xc = De⎜ − ⎟ (23)
⎜ 3 42 ⎟
⎝ ⎠

6. Desenvolvimento do trecho circular - Dc

Dc = R.φ (φ em radianos)

πRφ
Dc = (φ em graus) (24)
180

7. Comprimento da curva total – Dt

Dt = Dc + 2De (25)

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8. Recuo para inserção da transição – q

q = Yc − R.SenSc (26)

9. Afastamento das tangentes – p

p = Xc − R (1 − CosSc ) (27)

10. Tangente – T

AC
T = q + (R + p )Tan (28)
2

BD da curva de transição:

AC
BD = (R + p ).Sec −R (29)
2

Uma curva de transição está projetada e calculada quando


ficam definidos: R, AC, T, De e Dc.

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