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PROJETOS DE ESTRADAS

Aula 04 - Curvas Horizontais

Profª: Maria Victória Leal de Almeida Nascimento


• Curvas horizontais de concordância e de transição;
• Cálculo das variáveis de definição da curva;
• Representação gráfica;
• Relações básicas de interdependência das
características elementares do eixo da rodovia.

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Curvas Horizontais
Circulares Simples

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Curvas Horizontais
Circulares Simples

• As curvas horizontais simples são muito empregadas em


projetos de estradas.
• Este tipo de concordância é realizada quando se combinam
duas tangentes com um arco de círculo.
• Para concordar dois alinhamentos retos, foi escolhida a
curva circular, devido à simplicidade desta curva para ser
projetada e locada.
• O estudo da curva circular é fundamental para a
concordância, pois mesmo quando se emprega uma curva
de transição, a curva circular continua a ser utilizada na
parte central da curva.
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Curvas Horizontais
Circulares Simples

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Curvas Horizontais
Circulares Simples

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Curvas Horizontais
Circulares Simples
Nomenclatura

 Raio (R): é o raio do arco de círculo empregado na


concordância, expresso em metros.
 Ângulo Central (AC): é o ângulo formado pelos raios que
passam pelo PC e PT e que se interceptam no ponto O.
 Tangente (T): segmento de reta que unem os pontos de
curva (PC) e de tangente (PT) ao ponto de interseção (PI).

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Nomenclatura

 Desenvolvimento da Curva (Dc): é o comprimento do arco


de círculo, desde o PC até o PT.
 Grau da Curva (G): é o ângulo central que corresponde a
uma corda de comprimento CP. O grau é independente do
ângulo central.
 Afastamento ou flecha (e): é a distância entre o PI e o
ponto médio da curva.

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Indicações usuais nas folhas de projeto

 Numeração das estacas múltiplas de 5.

 A indicação do PC e PT com o número das respectivas


estacas ao longo dos raios extremos da curva.

 Colocam-se, na parte interna, os valores dos principais


elementos da curva (R, Δ, G, T, Dc, dm).

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Indicações usuais nas folhas de projeto

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Circulares Simples
Estaqueamento

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Estaqueamento

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Circulares Simples
Estaqueamento

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Circulares Simples
Cálculo dos Principais Elementos

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Cálculo dos Principais Elementos

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Cálculo dos Principais Elementos

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Cálculo dos Principais Elementos

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Cálculo dos Principais Elementos

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Cálculo dos Principais Elementos

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Circulares Simples
Exemplo: Numa curva horizontal circular, temos: Δ = 45,5º, R
= 171,98 m e E(PI) = 180 + 4,12. Determinar os elementos T, D,
E, 𝐺2𝑂 , E(PC) e E(PT).
Solução:

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Exemplo: Numa curva horizontal circular, temos: Δ = 45,5º, R
= 171,98 m e E(PI) = 180 + 4,12. Determinar os elementos T, D,
E, 𝐺2𝑂 , E(PC) e E(PT).
Solução:

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Circulares de Transição
• Ao entrar ou sair de uma curva
circular horizontal, todo veículo
sobre pneus segue uma trajetória de
transição, uma vez que seu condutor
não consegue girar o volante de
forma que o veículo passe
instantaneamente da trajetória
retilínea para uma trajetória circular.
• Em consequência, o veículo não
pode ganhar ou perder
instantaneamente aceleração radial
ao passar pelo ponto de
concordância da tangente com a
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curva circular.
Curvas Horizontais
Circulares de Transição
• Por essa razão é usual a inserção de curvas horizontais de
transição entre as tangentes e as curvas circulares, de forma
a proporcionar uma trajetória mais natural para ser seguida
pelos motoristas e de maneira que a aceleração radial a que
fica submetido o veículo aumente ou diminua
gradativamente, à medida que este entre ou saia da curva
horizontal circular.

• Estas curvas de curvatura progressiva são chamadas de


curvas de transição e são curvas cujo raio instantâneo varia
em cada ponto, desde o valor Rc (na concordância com o
trecho circular de raio Rc) até o valor infinito (na
concordância com o trecho em tangente). 24
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Circulares de Transição
Quando são empregadas as espirais na concordância dos
alinhamentos retos

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Circulares de Transição
Uma curva de transição exerce basicamente três funções:

1. Proporciona um crescimento gradual da aceleração


centrífuga que surge na passagem de um trecho curvo.

2. Constitui uma adequada extensão para efetuar o giro da


pista até a posição superelevada em curva.

3. Faz a transição gradual da trajetória do veículo em planta e


conduz a um traçado fluente e visualmente satisfatório sob
vários aspectos.
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Circulares de Transição
Tipos de curvas de transição

1. Clotóide ou espiral de Cornu, onde o raio instantâneo de


curvatura (R) é inversamente proporcional ao
desenvolvimento da curva (L)

2. Lemniscata de Bernouille, onde o raio instantâneo de


curvatura (R) é inversamente proporcional ao raio vetor
correspondente (L).

3. Parábola cúbica (y = kx³)


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Tipos de curvas de transição

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Circulares de Transição
Tipos de curvas de transição: Clotóide

• Mais amplamente utilizada do que as demais.

• O raio de curvatura em qualquer ponto da clotóide varia


inversamente com a distância medida ao longo da espiral,
ou seja, a curvatura varia linearmente com a extensão do
arco de espiral.

• Para cada um dos pontos de uma clotóide, o produto do raio


de curvatura R pelo seu comprimento desde a origem L, é
igual a uma constante K². Onde K é o parâmetro da clotóide.
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Circulares de Transição
Tipos de curvas de transição: Clotóide
• Clotóides com grandes valores de K, aumentam lentamente
sua curvatura  são aptas a serem percorridas com altas
velocidades.
• Clotóides com pequenos valores de K, aumentam
rapidamente sua curvatura  as velocidades de percurso
tendem a ser menores.

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Circulares de Transição
Limite de emprego das curvas de transição

• Para fins de projetos rodoviários convencionais, o DNIT


recomenda o critério associado à velocidade diretriz.
• Segundo esse critério, permite-se a dispensa do uso da
curva de transição quando a aceleração centrífuga a que o
veículo é submetido na curva for igual ou inferior a 0,4 m/s².

• Valores limite dos raios R acima dos quais podem ser


dispensadas curvas de transição.

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Circulares de Transição

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Circulares de Transição

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Circulares de Transição

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Circulares de Transição

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Circulares de Transição
Aceleração Centrífuga por Unidade de Tempo

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Circulares de Transição
Locação de Curvas de Transição

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Circulares de Transição
Exemplo: Numa curva de uma rodovia, temos os seguintes
elementos: V = 80 km/h, Δ = 35º, 𝑅𝐶 = 500 M e E(PI) = 228 +
17,00. Determinar 𝐿𝑠𝑚í𝑛 , 𝐿𝑠𝑚á𝑥 , θ𝑠 , 𝑋𝑠 , 𝑌𝑠 , ф, D, k, p, TT, E,
E(TS), E(SC), E(CS), E(ST).
Solução:

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Circulares de Transição
Exemplo: Numa curva de uma rodovia, temos os seguintes
elementos: V = 80 km/h, Δ = 35º, 𝑅𝐶 = 500 M e E(PI) = 228 +
17,00. Determinar 𝐿𝑠𝑚í𝑛 , 𝐿𝑠𝑚á𝑥 , θ𝑠 , 𝑋𝑠 , 𝑌𝑠 , ф, D, k, p, TT, E,
E(TS), E(SC), E(CS), E(ST).
Solução:

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Exemplo: Numa curva de uma rodovia, temos os seguintes
elementos: V = 80 km/h, Δ = 35º, 𝑅𝐶 = 500 M e E(PI) = 228 +
17,00. Determinar 𝐿𝑠𝑚í𝑛 , 𝐿𝑠𝑚á𝑥 , θ𝑠 , 𝑋𝑠 , 𝑌𝑠 , ф, D, k, p, TT, E,
E(TS), E(SC), E(CS), E(ST).
Solução:

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Circulares de Transição
Exemplo: Numa curva de uma rodovia, temos os seguintes
elementos: V = 80 km/h, Δ = 35º, 𝑅𝐶 = 500 M e E(PI) = 228 +
17,00. Determinar 𝐿𝑠𝑚í𝑛 , 𝐿𝑠𝑚á𝑥 , θ𝑠 , 𝑋𝑠 , 𝑌𝑠 , ф, D, k, p, TT, E,
E(TS), E(SC), E(CS), E(ST).
Solução:

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Exemplo

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Obrigada!

Profª: Maria Victória Leal de Almeida Nascimento


E mail: maria.nascimento@unifavip.edu.br

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