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UNIDADE V
ELEMENTOS GEOMÉTRICO
Apresentação
DETALHES:
DETALHES:
i(%) = ∆h x100
∆L
∆h = diferença de cota entre as duas estacas em metros; (Atenção: ∆h pode ser positivo ou
negativo)
∆L = distância entre as estacas em metros; i(%) = inclinação do greide ou rampa em
porcentagem.
- Seção Transversal em Corte: A plataforma da pista neste tipo de seção, situa-se abaixo
do terreno natural. As seções transversais de corte exigem atenção principalmente nos itens
de drenagem e visibilidade em curvas;
- Seção Transversal em Aterro: Nesta seção a rodovia projeta situa-se acima do nível do
terreno natural. Nas seções de aterro são encontradas de maneira geral, as melhores
condições de visibilidade lateral;
- Seção Transversal Mista: Ocorre normalmente onde o terreno natural apresenta grande
inclinação transversal (encostas de montanhas) Na seção mista, disposição do relevo e a
plataforma da pista apresentam áreas de corte e aterro.
- Pista de Rolamento: área da rodovia formada pelo conjunto de faixas destinada ao tráfego
em um único sentido. Nas rodovias com duas ou mais pistas de rolamento são
dimensionados os dispositivos de separação central (canteiro central);
- Acostamentos: são faixas laterais projetadas do lado externo das pistas de rolamento
destinadas à parada de emergência de veículos;
Sarjetas: Sarjeta é o dispositivo de drenagem superficial, nas seções de corte. Tem como
objetivo coletar as águas de superfície, conduzindo-as longitudinalmente para fora do corte.
Off-sets: São dispositivos (geralmente varas ou estacas) que servem para referenciar a
posição das marcas físicas correspondentes às cristas dos cortes ou dos pés dos aterros,
colocados em pontos afastados por uma distância fixa convencionada (daí a denominação,
do original em inglês, que designa afastamento). Seu objetivo é facilitar a reposição das
marcas, se arrancadas durante a construção dos cortes ou dos aterros.
- Dimensões:
- largura máxima = 2,60 m;
- altura máxima = 4,40 m;
- Comprimento Total:
· veículos simples = 14,00 m;
· veículos articulados = 18,15 m;
· veículos com reboque = 19,80 m;
- Peso Bruto:
- total, por unidade ou por combinação de veículos = 45 t;
- por eixo isolado = 10 t;
- por conjunto de 2 eixos em tandem = 17 t;
- por conjunto de 2 eixos não em tandem = 15 t.
Vale ressaltar que no Brasil o veículo de projeto mais utilizado nos projetos
geométricos e estabelecido pelas normas do DNIT é o do tipo CO, pois rodovias projetadas
geometricamente para o atendimento a esse tipo de veículo atendem com bastante folga
aos veículos do tipo VP, atendem satisfatoriamente aos veículos do tipo O, e atendem aos
veículos do tipo SR em condições aquém das desejáveis, mas com restrições no geral
aceitáveis.
A Tabela a seguir resume as principais características dos veículos de projeto de
acordo com o DNIT.
Tabela 4: Dimensões básicas dos veículos de projeto
Fone: DNER, 1999
Tempo de Reação: é o intervalo de tempo entre o instante em que o motorista decide iniciar
a frenagem e o instante em que aciona o pedal de freio do veículo. Esta parcela é função
principalmente do reflexo do motorista. De acordo com PIMENTA (1981), testes laboratoriais
apontam que este tempo pode ir de 0,5 segundo até valores um pouco superiores a 1
segundo.
Como base nesses estudos, o DNIT aconselha o valor de 2,5s para o tempo de
percepção e reação usado para o cálculo da parcela D1. Desta forma, temos:
D1 = v × tr
onde:
D1: distância percorrida pelo veículo durante o tempo de percepção e reação (m);
v: velocidade do veículo (m/s);
tr: tempo de percepção e reação (s);
Substituindo o valor de tr recomendado pelo DNIT e convertendo a velocidade para a
unidade km/h que é a medida mais usada nos projetos rodoviários, temos:
ou
Onde:
Dp: distância percorrida desde o início da frenagem até a parada do veículo (m);
V: velocidade do veículo em km/h;
fL: coeficiente de atrito longitudinal;
iL: inclinação longitudinal da pista (m/m). Atenção: colocar o sinal algébrico da inclinação. (+)
inclinação ascendente e (-)inclinação descendente.
Verifica-se na prática que em uma rodovia de Velocidade Diretriz V nos dias chuvosos
os motoristas dirigem com velocidade média inferior a V. O quadro a seguir apresenta as
velocidades médias correspondentes às velocidades diretrizes.
OBSERVAÇÕES:
Cabe ainda observar que para atender aos valores de Distância de Visibilidade de
parada deve-se usar 1,10 metros como altura dos olhos do motorista em relação ao plano
da pista e 0,15 metros como a menor altura de um obstáculo que o obrigue a parar, altura de
faróis de 0,61 metros e facho luminoso divergindo 1 grau do eixo longitudinal do veículo.
Convém ressaltar que, para atender à tendência atual de redução das alturas dos veículos, a
AASHTO apresenta 1,07 metros como valor mais representativo de altura média dos olhos
do motorista.
De acordo com o DNER (1999) os valores da Tabela anterior não são obrigatórios, porém
deve-se atendê-los sempre que possível. Em locais potencialmente perigosos, o respeito à
distância de visibilidade para tomada de decisão poderá contribuir para a redução do
número de acidentes.
1. O veículo mais lento (VL) a ser ultrapassado, viaja com velocidade constante;
2. O motorista do veículo mais rápido (VR) reduz sua velocidade para a mesma velocidade
de VL, acompanhando-o até o local que enseje a ultrapassagem;
3. No ponto de início da ultrapassagem o motorista do veículo mais rápido precisa de um
certo período para perceber a possibilidade de ultrapassar e iniciar a manobra: tempo de
percepção e reação;
4. O veículo mais rápido (VR) é acelerado durante a manobra (na faixa da esquerda) até
atingir 15km/h a mais que o veículo lento. Esta diferença de velocidade irá perdurar durante
o tempo em que o veículo mais rápido está na faixa da esquerda;
5. Para completar a manobra, o VR deve retorna à faixa da direita mantendo uma distância
livre adequada de um outro veículo que tenha aparecido no sentido oposto
Fig. Elementos presentes na determinação da distância de visibilidade de ultrapassagem
Fonte: DNER, 1999.
Du = d1 + d2 + d3 + d4
d1: Distância percorrida durante o período de percepção e reação acrescido do tempo gasto
no posicionamento para ultrapassar.
Nesta etapa será considerada a aceleração do veículo mais rápido para alcançar a
diferença de velocidade em relação ao veículo mais lento. A distância d1 pode ser expressa
por:
onde:
d1: distância percorrida durante a manobra inicial de percepção, reação e aceleração (m);
t1: tempo da manobra inicial (s);
A: aceleração média do veículo (km/h/s);
V: velocidade média do veículo que ultrapassa (km/h);
M: diferença entre a velocidade do veículo rápido e do veículo lento (km/h);
Onde:
V = Velocidade média do veículo rápido (VR), em Km/h,
t2 = Tempo de VR na faixa da esquerda da rodovia, em segundos.
d4 = Distância percorrida pelo veículo que está no sentido oposto e aparece no campo de
visão do motorista que ultrapassa quando o veículo que ultrapassa já está posicionado na
faixa oposta.
Estudos apontam que o veículo que está ultrapassando percorre em torno de 1/3 de
d2 até se posicionar completamente na faixa oposta. Vale afirmar, portanto, que se o veículo
no sentido oposto aparecer no campo de visão do motorista que ultrapassa quando o
mesmo estiver percorrido um espaço maior ou igual a 1/3 de d2, a ultrapassagem irá
acontecer com sucesso, caso contrário o motorista vai abortar a operação de ultrapassagem
e retornar a posição original atrás no veículo mais lento. Portanto, vale a expressão:
Nos trechos com curvas verticais pode-se levar em consideração a altura do olho do
motorista e a altura do obstáculo para o cálculo da distância de visibilidade. Nestes casos o
DNIT considera que os olhos dos motoristas dos carros de passeio estão entre 1,07m e
1,10m acima da pista e que a altura média do veículo que se encontra do outro lado está
entre 1,30m e 1,37m.
REFERÊNCIAS
DER/SP
SNV – Sistema Nacional de Viação. Resumo Federal, Estadual e municipal das redes pavi-
mentadas e não-pavimentadas. Fonte: DNIT, Outubro de 2011. Disponível em:
<http://www.dnit.gov.br/plano-nacional-de-viacao>
PONTES FILHO, G. Estradas de rodagem: projeto geométrico. São Carlos: Glauco Pon-
tes Filho, 1998.
PIMENTA, C.R.T. Notas de aula do curso de Estradas. São Carlos: EDUSP, 1981. Publica-
ção 019/92.