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ESTRADAS I

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA

Introdução

• Quais são os elementos geométricos básicos 
que compõem uma estrada?
  õ     t d ?
– Curvas
• Curvas horizontais (em planta)
• Curvas verticais (em perfil)

– Retas
• Tangentes (em planta)
• Rampas (em perfil)
2
Breve histórico
• Início do século 20
– Que veículos utilizavam as estradas?
• Veículos de tração animal
• Velocidades baixas (raramente superiores a 13 km/h)
– Velocidade não era um fator importante
• Curvas eram concordâncias bruscas ou fechadas entre 
longas tangentes
– Traçado evitava aclives longos e íngremes de forma a 
reduzir a resistência ao movimento e tirar melhor proveito 
d  
da capacidade de tração animal
id d  d  t ã   i l
3

Breve histórico
• Com advento e popularização dos veículos automotores
houve necessidade de adaptação das vias para uso destes
veículos
– Maior capacidade de carga
– Maiores velocidades
• Evolução dos princípios e critérios de projeto geométrico a
partir de 1930
– Curvas circulares, curvas de transição, alinhamento vertical,
superelevação, seção transversal e drenagem
– Elementos que constituíram a base para os manuais de projeto
geométrico de diversos países
– Conceito
C i ded velocidade
l id d ded projeto
j

4
Manuais de projeto geométrico
• AASHO (American Association of State Highway
Officials)
– Primeiro manual em 1940
p 954, 9 5 97 , 9 4,
– Atualizado e completado em 1954, 1965 e 1971, 1984, 
1990, 1994 e 2004
– Muitos critérios são baseados em leis da física e hipóteses 
e premissas conservadoras assumidas para o motorista, o 
veículo e a via
– Maior parte dos modelos básicos considerados continua 
g 94
igual à da versão de 1940

Manuais de projeto geométrico
• No Brasil
– Os primeiros textos técnicos e instruções de projeto 
geométrico de rodovias surgiram nos anos 40 e 50
– Baseados em traduções de publicações estrangeiras
– Primeiros manuais de abrangência nacional surgiram nos 
anos 70
• 1974 – Manual de Projeto de Engenharia Rodoviária
• 1979 –
1979  Instruções para o Projeto Geométrico de 
Rodovias Rurais
– Versão mais recente (DNER, 1999)
• Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais
– DER/SP (2006)
• Notas Técnicas de Projeto Geométrico
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O traçado de uma estrada
• O problema surge da necessidade ou da 
conveniência da ligação entre dois locais

Local A
Local B

• O melhor traçado é o menor caminho, ou seja a linha 
reta que une esses locais?
7

Considerações gerais

• Raramente o caminho mais curto poderá ser tomado


como eixo da ligação em razão de uma série de
condicionamentos existentes na área entre os locais
que se deseja ligar

Condicionantes entre os
l
locais
i a serem liligados
d
8
Considerações gerais
• Os condicionantes são importantes porque é preciso 
atender aos interesses da comunidade com o menor 
custo possível, e não apenas a ligação simplesmente
• Relação de custo x benefício
– Custo total da obra
C   l d   b
• Projeto
• Construção
• Desapropriação
• Manutenção
– Benefícios diretos e indiretos

Importância da análise de alternativas de 
projeto
j t

Custo Total

Obra

Projeto

NÚMERO
Ú DE ALTERNATIVAS INVESTIGADAS

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Considerações gerais
• A estrada é um ente tridimensional que deve se
ajustar de forma harmônica à topografia da região
– Alteração da topografia
– Se possível, sem agressão
• Um bom projeto deve
– Atender às necessidades do tráfego
– Respeitar as características técnicas de um bom traçado e
d um bom
de b perfil
fil
– Harmonizar com a região atravessada
– Na medida do possível, apresentar baixo custo
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Características básicas
• Devem ser analisadas previamente para
determinação de necessidades, benefícios e custos
– Capacidade de Tráfego
– número de pistas e faixas
– Tráfego Presente e Futuro
– Características dos Veículos: evolução da tecnologia
rodoviária
– Velocidade de Projeto
– Etc.
12
F t
Fatores que influenciam a escolha do traçado
   i fl i     lh  d  t d

• Condicionantes
– Todos os fatores que possam influir no custo ou nas
características do projeto

– Devem ser avaliados e balanceados para que se possa


conseguir um local adequado à construção de uma estrada
com boas características técnicas e de baixo custo

– Variedade grande de fatores tornando difícil maximizar


condições técnicas e minimizar custo
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Condicionantes do traçado
• Topografia
– Minimizar movimentos de terra 
• Geotecnia
– Escavações, fundações, drenagem, obras adicionais para contenção 
de cortes e aterros 
• Hidrologia
– Dimensões das obras de drenagem (bueiros, galerias, pontes)
• Desapropriações
• Interferências no Ecossistema
• Pontos Obrigatórios de Passagem
– Cidades intermediárias, terrenos de baixo valor etc.
d d dá d b l

14
Topografia
• Fator predominante
d i para a escolha
lh da
d localização
l l ã da
d
estrada

• O movimento de terra representa parcela significativa


do custo total de construção de uma estrada e depende
da topografia do local atravessado

• Uma região com topografia desfavorável pode levar a


grandes cortes e aterros, ou ainda a construção de túneis
e viadutos
15

Topografia
• Classificada em três grupos
– Terreno plano
•T
Topografiafi suave; projetos
j t com boas
b condições
di õ d
de
visibilidade; pequeno movimento de terra; sem necessidade
de obras caras
– Terreno ondulado
ç
• Possui inclinações não muito fortes q
que exigem
g um
movimento de terra médio
– Terreno montanhoso
• Mudanças significativas nas elevações do terreno, sendo
necessários grandes movimentos de terra, ou mesmo a
construção de túneis e viadutos

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Condições geológicas e geotécnicas
• Traduzem as características dos solos dos locais de passagem de 
Trad em as características dos solos dos locais de passagem de 
uma estradas

• Fator também muito importante
– A dureza do material a ser escavado

• Técnicas especiais de escavação e conseqüente custos adicionais

– Problemas de estabilidade de taludes de corte

• Obras de contenção

– Aterros sobre solos moles

• Devem, sempre que possível, ser evitados
Devem  sempre que possível  ser evitados

17

Hidrologia

• O traçado escolhido deve reduzir ao mínimo


í
travessias de rios e córregos
g
– Minimizar o número de obras civis (pontes e galerias)
• Travessias inevitáveis
á
– Escolher locais e posições favoráveis
• Estreitamentos
• O mais perpendicular possível
– Reduzir o tamanho das obras civis
– Evitar retificação dos rios e córregos atravessados

18
Desapropriações
• Existência de benfeitorias aumenta os custos de
desapropriações
• Construções, loteamentos, etc., devem ser evitados
sempre
p q que p
possível

19

Etapas de estudo para implantação de uma 
estrada
t d

• Reconhecimento ou anteprojeto

• Exploração

• Projeto final ou definitivo

• Representação gráfica do projeto

20
Anteprojeto
• É necessário o conhecimento adequado
q da região
g
atravessada pela estradas
– Condicionantes
• Elementos que possam influir na localização do traçado
• Precedido pelo levantamento e pela análise dos dados da
região
– Possíveis alternativas de traçado
– Plantas topográficas e levantamentos aerofotogramétricos para
estudo da topografia e hidrologia
• Escala 1:10.000
1:10 000
– Mapas geológicos e interpretação de fotografias aéreas permitem
avaliar a formação geológica e geotécnica
• Avaliação inicial permite evitar áreas potencialmente
problemáticas 21

Anteprojeto
• Conhecimento de aspectos sociais e econômicos da 
região
• Produção agrícola e industrial
• Necessidades de transporte
• projetos de concessionárias de serviços públicos
– luz, telefone, gás, água e esgoto etc.

• O traçado deve atender da melhor forma possível às 
necessidades da região
22
Procedimento para escolha de um traçado

• Uma estrada é feita para ligar dois pontos

• Mesmo
M que a topografia
fi permita,
i uma linha
li h reta
ligando os dois pontos nem sempre é recomendada

– SEGURANÇA

• Evitar longos trechos retos

• Monotonia ao dirigir gera sonolência e desatenção dos


motoristas
23

Procedimento para escolha de um traçado
• Apenas como ponto de partida,
partida podemos tomar a reta
que une os locais que se pretende ligar
– Reta diretriz
– Analisar os problemas
• Cortes e aterros de volume excessivo
• Travessias de rios
• Desapropriações
D i õ caras
• Ocorrência de material rochoso
– Escolher
lh pontos de
d passagem da
d estrada
d
• Acomodar o traçado à topografia
• Alongar o mínimo possível a extensão total
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Pontos obrigados
• São pontos de passagem mais “favoráveis”
favoráveis
• Afastando‐se destes pontos, em direção à reta
diretriz, voltamos a enfrentar os problemas
• Em sentido contrário, aumenta
aumenta‐se
se o percurso e,
provavelmente, o custo de construção e/ou operação
• Processo se repete
– Realizada a primeira alteração, novas retas surgem e
novas análises
áli d
devem ser realizadas
li d
– Até a obtenção de um traçado que seja técnica e
economicamente satisfatório
25

Pontos obrigados

26
Exemplos de pontos obrigados

• Áreas
Á que contornam elevações íngremes

• Áreas a montante de grotas acentuadas

• Seções mais estreitas de rios

• Travessias adequadas de ferrovias

• Eventual aproveitamento de obras existentes

• De forma geral, soluções que acarretam melhoria


d condições
das di õ técnicas
é i ou redução
d ã ded custo
27

Pontos obrigados

28
Pontos obrigados

29

Pontos obrigados

30
Pontos obrigados

31

Desenvolvimento de traçados

• Deve‐se desenvolver o traçado quando a

declividade de uma região for íngreme de

modo q
que não seja
j ppossível lançar
ç o eixo da

estrada com declividade inferior a valores

admissíveis
32
Desen ol imento de traçados
Desenvolvimento de traçados

B
300

100 A

33

Desen ol imento de traçados
Desenvolvimento de traçados

34
Desenvolvimento de traçados

Desen ol imento de traçados
Desenvolvimento de traçados
• Quando
Q d o eixo d
da
estrada acompanha as
curvas de nível há uma
redução do volume de
material escavado.
– Ocorre porque, ao
acompanhar as curvas de
nível, a plataforma da
estrada cruzará menos
com as mesmas
36
Desen ol imento de traçados
Desenvolvimento de traçados
• Quando o eixo da estrada
tiver que cruzar um
espigão, deve fazê‐lo nos B

seus pontos
t mais
i baixos,
b i ou x
140 140

seja, nas gargantas


A 120
100
100
• As rampas poderão ter
declividades menores
menores,
diminuindo os movimentos
de terra
37

Traçado de espigão
• Redução dos custos de drenagem
• Terreno seco
• Declividade longitudinal favorável

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Traçado de vale
• Topografia muito favorável (rampas suaves)
• Drenagem onerosa
– Traçado muitas vezes acompanha rios ou córregos
– Águas que descem pelas encostas na direção do rio ou do córrego

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Traçado de espigão e de vale
• Geralmente apresentam condições técnicas e
econômicas melhores que aqueles desenvolvidos a
meia encosta ou transversalmente a vales e espigões
• Os traçados
ç de meia encosta não apresentam
p as
vantagens dos outros dois
– Atravessam rios,
rios córregos ou pelo menos talvegues
– Não apresentam bom perfil longitudinal
– Existem porque nem sempre espigão ou vale está na
ç desejada
direção j

40
Traçado de meia encosta

41

Implantação do anteprojeto
• Exame do terreno ao longo da diretriz
• Identificação dos pontos obrigados
• Escolha dos pontos de interseção das tangentes (PI)
• Definição das coordenadas dos PI’s
• p g
Cálculo dos comprimentos das tangentes e das deflexões 
(AC)
• Escolha dos raios das curvas circulares mais convenientes 
para acomodar a estrada à topografia e evitando obstáculos 
  d     t d  à t fi     it d   b tá l  
conhecidos
• Cálculo das coordenadas dos pontos notáveis das curvas
– Ponto de início da curva (PC) e ponto final da curva (PT)
• Cálculo do estaqueamento do traçado
q ç
– Pontos distanciados em 20 m ou 50 m entre si
42
Implantação do anteprojeto
• Levantamento do perfil do terreno sobre o traçado 
escolhido
• Escolha dos pontos de interseção das rampas em perfil 
(PIV)
• Determinação de cotas e estacas dos PIV
Determinação de cotas e estacas dos PIV’ss escolhidos
• Cálculo das rampas resultantes
– Inclinação e extensão
• Escolha das curvas verticais
– Cálculo  de cotas e estacas dos pontos de início (PCV) e fim 
(PTV) das curvas verticais
– Cálculo das cotas e estacas dos elementos (PCV, PIV, PTV)
43

Exploração
• Consiste
C i t no estudo
t d detalhado
d t lh d de
d uma ou mais
i faixas
f i d
de
terreno escolhidas para a passagem da estrada

• Restituições aerofotogramétricas
– Escala 1:2000 ou 1:1000

• Fotografias aéreas
– Escala 1:8000

– Condições hidrológica, geológicas e geotécnicas

• Levantamentos
L t t topográficos
t áfi d maior
de i precisão
i ã
44
Projeto final
• Detalhamento e eventual alteração do Anteprojeto
• Escolhidos e calculados todos os elementos necessários
para a definição
d fi i ã do
d traçado,
d do
d perfil
fil longitudinal
l i di l e das
d
seções transversais
• Simultaneamente a outros projetos
– Terraplenagem,
g drenagem,
g pavimentos, obras de arte,
paisagismo, sinalização
• É o conjunto
j de todos os pprojetos
j complementados
p por
p
memórias de cálculo, justificativa de solução e processos
adotados, quantificação de serviços, especificações de
materiais, métodos de execução e orçamento
45

Projeto final

• Desenhos finais

• Tabelas de locação

• Projeto “As Built” (Projeto Executado)

• Documentação da obra executada, principalmente

das alterações no Projeto Executivo


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Representação gráfica do projeto
• Planta
– Representação, em escala conveniente, da projeção da estrada sobre 
um plano horizontal
• Perfil longitudinal
– R
Representação, em escala conveniente, da interseção da estrada com 
t ã     l   i t  d  i t ã  d   t d    
a superfície cilíndrica vertical que contém o eixo da estrada
• Seções transversais
– Representações, em escala conveniente, de cortes da estrada feitos 
po p a os e t ca s, pe pe d cu a es à p ojeção o o ta do e o da
por planos verticais, perpendiculares à projeção horizontal do eixo da 
estrada
– Normalmente localizadas nas estacas inteiras e em outros pontos 
necessários
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Representação gráfica do projeto

48
Planta
• Projeto Básico ‐ 1:10.000
1:10 000
• Projeto Executivo ‐ 1:2.000
• Interseções e Cruzamentos ‐ 1:1.000
– Eixo estaqueado, com localização dos elementos (PC, PI, PT)
– Indicação dos bordos da plataforma e da faixa de domínio
– Topografia
– Hidrografia (linhas de drenagem: rios, córregos, lagos)
– Elementos diversos: vegetação,
g ç , áreas cultivadas,, g geotecnia,,
obras de arte previstas, benfeitorias, divisas de propriedades
etc.
– Tudo
T d o que puder
d influir
i fl i significativamente
i ifi ti t no custo
t da
d estrada
t d
49

Planta

50
Perfil longitudinal
• Escala vertical 10 vezes maior que a da planta
• Perfil do terreno natural
• Perfil da estrada (greide),
(greide) com localização dos elementos
(PCV, PIV, PTV etc)
• Perfil geológico‐geotécnico
• Indicação das obras de arte e das interferências
• Indicação do esquema da planta

Alinhamento R = 950 m
Horizontal Ls = 60 m Ls = 60 m

Ls = 60 m Ls = 60 m

R = 1200 m
51

Perfil longitudinal

52
Perfil longitudinal

53

Seções transversais
• Desenho de várias seções tipo: corte pleno,
pleno aterro
pleno, seções mistas etc.
• Dimensões e inclinações das faixas de tráfego,
plataforma, acostamentos, separadores centrais
• Taludes: cortes e aterros
• Obras de arte,
arte obras de proteção de taludes,
taludes
dispositivos de segurança
• Indicação e localização dos dispositivos de drenagem
• Faixa de domínio
54
Seções transversais

55

Seções transversais

56
Representações complementares
• “Boa
Boa planta e bom perfil não garantem um bom
desempenho (segurança e conforto) tridimensional
da estrada
estrada”

• Modelos
M d l físicos
fí i d cruzamentos
de
– maquetes
• Perspectiva da estrada como vista pelo motorista
– programas computacionais: InRoads
• Considerações gerais
– Compatibilização
C ibili ã entre planta
l (H) e perfil
fil (V)
57

Representações complementares

58
Representações complementares

59

Representações complementares

60
Coordenação entre os alinhamentos horizontal 
e vertical
  ti l

• Deve ser um objetivo desde os estágios iniciais dos 
estudos de traçado
• Aperfeiçoamentos em etapas posteriores do projeto

É difícil e caro corrigir as deficiências de alinhamento 
depois que a rodovia está construída

Em contrapartida, nos projetos, em muitas situações pode‐
co t apa t da, os p ojetos, e u tas s tuações pode
se estabelecer as melhores condições para os alinhamentos 
horizontal e vertical, considerados isoladamente ou em 
conjunto, quase sempre sem custos adicionais
61

Coordenação entre os alinhamentos horizontal 
e vertical
  ti l

• Os alinhamentos horizontal e vertical estão entre


os mais importantes
p elementos de projeto
p j
permanentes da rodovia e não devem ser
estudados de forma independente, pois que
combinações indevidas podem afetar a estética,
estética a
eficiência operacional e a segurança em trechos da
via, comprometendo aspectos positivos isolados de
cada alinhamento
62
Coordenação entre os alinhamentos horizontal 
e vertical
  ti l
• Não é possível determinar um padrão de
coordenação entre os alinhamentos horizontal e
vertical aplicável a todos os casos
– Rodovias apresentam características distintas, e são
inseridas em regiões que também podem diferir entre si
• Entretanto, é possível destacar situações
recomendadas
d d e situações
it õ a serem evitadas
it d
• Manuais e instruções
ç de pprojeto
j de diversos p
países
apresentam recomendações para se alcançar níveis
de segurança satisfatórios, mas também padrões de
estética
é i considerados
id d agradáveis
dá i para os motoristas
i
63

Recomendações gerais para a coordenação dos 
alinhamentos horizontal e vertical da via
li h t  h i t l    ti l d   i
• Balanceamento adequado entre a sinuosidade do
traçado em planta e as declividades longitudinais
– Evitar alinhamento horizontal com longas tangentes ou com
curvatura muito suave à custa de longas e acentuadas rampas

– Evitar alinhamento horizontal excessivamente sinuoso com


declividades longitudinais suaves

• Superposição de curvas verticais com curvas horizontais


resulta em um traçado
ç geralmente agradável
g g
– Cuidado pelo efeito que pode acarretar nas condições de
operação do tráfego

64
Recomendações gerais para a coordenação dos 
alinhamentos horizontal e vertical da via
li h t  h i t l    ti l d   i
• Alterações sucessivas no projeto em perfil
perfil, e que não sejam
coincidentes com alterações no traçado em planta
planta, podem resultar
em uma série de “quebras
quebras” visíveis ao motorista ao longo de certa
extensão, representando uma condição indesejável
• Curvas horizontais acentuadas não devem iniciar no topo de curvas
verticais
i i convexas pronunciadas
i d
– O motorista pode ser surpreendido ao não perceber a variação do
alinhamento horizontal,
horizontal especialmente à noite
• Curvas horizontais acentuadas não devem iniciar nos pontos baixos
de rampas descendentes íngremes ou nas proximidades do ponto
baixo de curvas verticais côncavas pronunciadas
– Prejuízo
j àp
percepção
pç de continuidade (aparência
p distorcida)
– Veículos chegam ao final da rampa descendente com velocidade elevada
65

Recomendações gerais para a coordenação dos 
alinhamentos horizontal e vertical da via
li h t  h i t l    ti l d   i
• Em rodovias de pistas simples há necessidade de
proporcionar trechos de ultrapassagem a intervalos
freqüentes,
q isso ppode ocasionalmente substituir a
necessidade de atendimento a algumas recomendações
de coordenação dos alinhamentos horizontal e vertical
• Os alinhamentos horizontal e vertical devem ser os mais
suaves possíveis em interseções nas quais é importante
proporcionar distância
d â d visibilidade
de i ibilid d adequada
d d
• Em rodovias e vias urbanas de p pista dupla,
p , ppode ser
conveniente, em algumas situações, variar a largura do
canteiro central e estabelecer alinhamentos
i d
independentes
d t em planta
l t e perfil
fil para as duas
d pistas
i t
66
Recomendações gerais para a coordenação dos 
alinhamentos horizontal e vertical da via
li h t  h i t l    ti l d   i
• Devem ser evitadas as concavidades que impeçam a
percepção visual da continuidade da curva
• Pesquisas mostram que trechos de rodovias com
raios inferiores a 200 m apresentam
p taxas de
acidentes iguais a no mínimo o dobro das verificadas
em curvas com raios superiores
p a 400 m
• O raio de curvatura de 400 m é considerado como
um limite de referência
referência, pois para raios superiores a
este valor o ganho em segurança é relativamente
pequeno
67

Recomendações gerais para a coordenação dos 
alinhamentos horizontal e vertical da via
li h t  h i t l    ti l d   i

• Recomenda‐se
R d que pontes
t e viadutos
i d t não
ã sejam
j
localizados em trechos de curva vertical ou horizontal de
transição

• Em áreas residenciais, o traçado da via deve ser


projetado
p j de forma a minimizar o ruído causado no seu
entorno

• O traçado, em planta e perfil, deve integrar‐se ao meio


ambiente harmonizando‐se
ambiente, harmonizando se com a paisagem
68
Exemplos de situações a evitar

Evitar projetar depressões localizadas em


greides longos e uniformes

Não é desejável tanto pela estética


quanto pelas dificuldades de
drenagem e conseqüentemente pelo
aspecto de segurança

Evitar que os vértices de um


alinhamento coincidam com as
inflexões de outro
Tangente muito curta entre as curvas
d alinhamento
do li h h i
horizontal
l e reversão
ã
ocorre sobre a curva vertical convexa
69

Exemplos de situações a evitar

Ocorre quando o início de uma


curva horizontal do
alinhamento do alinhamento
é escondido do motorista por
um vértice, e ao mesmo
tempo, a continuação da
curva é visível a uma distância
além deste vértice

70
Exemplos de situações recomendáveis

Há um aspecto visual agradável


quando as curvas dos alinhamentos
horizontal e vertical coincidem

Caso clássico de coordenação entre


alinhamentos
Cria‐se um efeito de curvas em S
tridimensional
71

Exemplos de situações recomendáveis

A combinação dos alinhamentos


permite ao motorista uma visão
clara
l d
do traçado,
d evitando‐se
i d
surpresa ao condutor

72
Exemplos de diferentes vistas em perspectiva e 
sua aplicação nas análises de coordenação
  li ã     áli  d   d ã

73

Exemplos de soluções precárias e boas

74
Situações a evitar

75

Maus exemplos

76
Bons exemplos

77

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