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INSTALAÇÃO DO CAMPO EXPERIMENTAL DE FUNDAÇÕES EM

UMA UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE CAMPINAS: PROVA DE


CARGA DE UMA SAPATA COMUM.

Resumo: O artigo vem tratando da importância em estar relacionando a parte teórica


com a pratica no quis diz respeito a engenharia civil. O campo experimental de ensaio
de fundações, vai proporcionar aos alunos do campus a oportunidade em ver o
comportamento real que o solo sofre quando o mesmo é solicitado pelas cargas
atuantes de uma estrutura comum. Este comportamento poderá ser analisado, por
meio de uma prova de carga, ensaio responsável pela análise, sendo seu piloto
realizado neste artigo. O primeiro ensaio se dará pela análise da interação solo-
estrutura de uma sapata comum em relação ao solo da região, o objetivo do ensaio
estará em observar a importância para determinação da taxa de trabalho do mesmo.

Palavras-chave: Fundação, Prova de Carga, Sapata, Solo.

INSTALLATION OF THE EXPERIMENTAL FIELD OF FOUNDATIONS IN A


UNIVERSITY OF THE CAMPINAS REGION: TEST OF LOAD PROOF OF SPREAD
FOOTING.

Abstract: The article has dealt with the importance of relating the theoretical and
practical aspects of civil engineering. The experimental field of foundation testing will
provide campus students with the opportunity to see the actual behavior that the soil
suffers when it is required by the active loads of a common structure. This behavior
can be analyzed, by means of a load test, test responsible for the analysis, being its
pilot accomplished in this article. The first test will be by analyzing the soil-structure
interaction of a spread footing in relation to the soil of the region, the objective of the
essay will be to observe the importance for determining the work rate of the same.

Keywords: foundation, load test, spread footing, soil.


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INTRODUÇÃO

É comumente observado que durante a graduação dos cursos de engenharias


no Brasil o aluno adquiri um vasto conhecimento teórico no que diz respeito as
singularidades das diversas áreas da engenharia, e em contraparte possui uma
carência em estar aplicando estes conhecimentos na pratica da engenharia. Para
engenharia civil é de extrema importância que o conjunto teórico e prático coexistam
em plena harmonia, pois assim os profissionais recém formados terão noções básicas
construtivas que os auxiliarão na parte de dimensionamento e execução de obras.
De acordo com Monaco (2014) apenas 42% dos engenheiros formados no
Brasil atuam nas suas respectivas áreas de formação. Esta falta de atuação é causada
pelo despreparo que os recém-formados tem ao chegar no mercado de trabalho
devido à falta de conhecimento prático– Afirma O diretor de Educação e Tecnologia
da CNI, Rafael Lucchesi.
O presente trabalho tem como objetivo principal a implantação e execução do
campo experimental de Geotecnia do Curso de Engenharia Civil de uma universidade
na região de campinas, bem como a realização do primeiro ensaio piloto de prova de
carga.
Como objetivos específicos podem-se mencionar:
 Dimensionamento estrutural dos elementos de fundação;
 Determinação do comportamento de uma sapata convencional em
relação ao solo da região.

O desenvolvimento do trabalho demonstrará como foi importante aplicar os


conhecimentos adquiridos em sala de aula com a parte pratica de execução e como
o resultado trará aos alunos a oportunidade de ver como o solo reage quando o
mesmo é submetido as cargas atuantes de uma estrutura por meio do ensaio de prova
de carga, que tem como um dos objetivos mencionados.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Fundações

Dentre todas as áreas da engenharia civil, em termos práticos, fundações é


uma das áreas que o profissional deve-se sempre atentar em ter esse conhecimento
a respeito do comportamento que o solo influencia nessas estruturas. Dada essa
importância, Pinto (2002, p.1) afirma que: “Todas as obras de Engenharia civil se
assentam sobre o terreno e inevitavelmente requerem que o comportamento do solo
seja devidamente considerado’’.
Segundo DAS (2010, p.1) a engenheira civil define solo como sendo “...um
agregado não cimentado de grãos minerais e matéria orgânica decomposta
(partículas sólidas), com líquido e gás preenchendo os espaços vazios existentes
entre as partículas solidas’’.
O dimensionamento de fundações envolve o conhecimento completo dos solos,
desde suas características físicas até o seu comportamento tensão deformação.
Este conhecimento é de suma importância para a correta definição dos
elementos estruturais de suporte das construções e diversas obras de engenharia.
Quando se analisa essa interação solo-estrutura percebe-se que o principal
responsável pelo suporte é o solo, sendo nele onde a estrutura descarrega a força
solicitante.
A NBR 6122/2010 responsável por projetos e execução de fundações diz que:
“Para qualquer edificação deve ser feita uma campanha de
investigação geotécnica preliminar, constituída no mínimo por
sondagens a percussão (com SPT), visando a determinação da
estratigrafia e classificação dos solos, a posição do nível d’água e a
medida do índice de resistência à penetração Nspt, de acordo com a
ABNT NBR 6884.” (ABNT NBR 6122, 2010, p.10)

Schnaid (2010), afirma que o Standard Penetration Test, popularmente


conhecido como SPT, é o método de investigação geotécnica mais usual e econômico
em boa parte do mundo, este ensaio permite determinar o quão densos são os solos
granulares e identificar a consistência de solos coesivos, além de ser muito requisitado
no brasil para elaboração de projetos de fundação devido à sua simplicidade e baixo
custo.
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A NBR 6484/2001 é responsável por prescrever este método de investigação


sendo realizado a cada metro de trecho perfurado. O valor da resistência do solo
(Nspt) obtido neste ensaio é dado em número de golpes necessários para se cravar
três trechos de 15 cm sendo o primeiro trecho desprezado, porém contabilizado
(VELLOSO e LOPES, 2004).
Quando a sondagem SPT não apresenta resultados condizentes ou para certas
particularidades listadas em norma, torna-se necessário que as investigações
prossigam com outros tipos de sondagens e/ou coletas de amostras indeformadas.
Em tais casos a NBR 6122/2010 descreve e apresenta os métodos recomendados de
forma a obter os parâmetros necessários.
Para o presente trabalho não foram necessários ensaios complementares, já
que com os resultados do SPT pode-se dimensionar uma fundação superficial que
sofre apenas solicitação de compressão, que é o caso da sapata a ser executada.
Velloso e Lopes (2004) afirmam que as fundações são divididas
terminologicamente em dois grandes grupos:

1. Fundações superficiais (diretas ou rasas)


2. Fundações Profundas

De acordo com a NBR 6122/2010 as fundações superficiais são definidas


como:
“Elemento de Fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas
tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de
assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a
duas vezes a menor dimensão da fundação. ” (ABNT NBR 6122, 2010,
p.2)

Em relação às fundações profundas a mesma norma define como sendo:


“Elementos de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base
(resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência do
fuste) ou por uma combinação das duas, devendo sua ponta ou base
estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor
dimensão em planta, e no mínimo 3 m. Neste tipo de fundação
incluem-se estacas e os tubulões. ” (ABNT NBR 6122, 2010, p.3)
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A superestrutura aplica sua carga sobre a infraestrutura, e desta, as cargas são


transferidas para o solo de fundação. É notório o processo de afunilamento que ocorre
nas obras em geral (as cargas das lajes são descarregadas nas vigas, destas para os
pilares e destes são transmitidas aos elementos de fundação).
Segundo Velloso e Lopes (2004), as cargas solicitantes de uma fundação pode
estar subdividida em dois grupos distintos:
1. Cargas “vivas”
2. Cargas “mortas”

Sendo as mesmas subdivididas em:

Figura 1 - Subdvisão das cargas atuantes nas fundações.

Fonte: Velloso e Lopes (2004, pag.14)

As fundações rasas de acordo com Teixeira e Godoy (1998) pode ser


subdivididas em
1. Blocos de fundação
2. Sapatas de Fundação
3. Radier

Durante a fase de dimensionamento, já conhecendo as cargas que o solo


sofrerá, o projetista sempre terá que ter atenção para o fator de segurança que o
mesmo utilizará para fazer o dimensionamento estrutural da fundação em questão, a
NBR 6122/2010 apresenta os fatores de segurança:
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Tabela 1 : Fundações superficiais – Fatores de Segurança e coeficientes de


minoração para solicitações de compressão

Fonte: NBR 6122 (2010, pg. 16)

Dentre os métodos existentes para se conhecer a taxa de trabalho do solo, no


trabalho em questão, foram utilizados apenas dois, sendo o primeiro para o
dimensionamento estrutural das sapatas em estudo, e o segundo é o resultado do
ensaio de prova de carga realizada.
Segundo Rebello (2008), O método semi-empírico para se calcular a
resistência do solo, consiste em relacionar o valor da média do Nspt de influência do
bulbo de tensões divido por cinco, como mostra a formula abaixo:

𝑁𝑠𝑝𝑡,𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝜎𝑎𝑑𝑚 = (1)
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Para Alonso (2010) a equação (1) vale para valores de SPT ≤ 20. O valor do
SPT médio é a média aritmética dos diversos valores de SPT obtidos dentro do bulbo
de tensões. A profundidade a considerar neste bulbo, é de 1,5 B ou 2B para sapatas
isoladas e contínuas respectivamente, sendo B o valor da menor dimensão do
elemento de fundação.
O método da correlação por meio do SPT, foi utilizado para o dimensionamento
estrutural da sapatas analisada, sendo este demonstrado com mais detalhes
posteriormente. A prova de carga é o resultado deste trabalho, porém também é um
método de conhecer a tensão admissível do solo.
A NBR 6489/1984 é a responsável por reger as condições para realização do
ensaio de prova de carga direta sobre o terreno de fundação.
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METODOLOGIA

A Metodologia do ensaio está dividido em elementos de ação, reação,


estudados e de monitoramento. Os elementos de reação são:
 Duas estacas que estão divididas em duas para suporte de cada sapata;
 Dois blocos de ancoragem;
 Uma viga metálica de perfil tipo I 530X66;
 Oito hastes e porcas sextavadas de 0,95 cm de diâmetro, quatro em
cada bloco;
 Concreto usinado e moldado in loco de fck 25 MPa.

Elemento de ação:
 Conjunto hidráulico da nowak com manômetro acoplado, 20 t de força;

O elementos estudado é:
 Uma sapata comum;

Elementos de monitoramento
 Dois extensômetros de precisão 0,01 mm;

Área Experimental

O presente projeto foi desenvolvido numa universidade localizada no interior de


São Paulo próximo da região de Campinas. A área destinada ao campo experimental
fica localizada nas coordenadas geográficas 7.510.061 m N e 277.231 m E. A figura
2 mostra uma vista de satélite do local onde foi implantado o campo de experimentos,
a figura 3 demonstra a etapa de locação do campo antes da limpeza do terreno e
período de pré-execução.
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Figura 2 – Localização da área de testes

Fonte: Imagem de Satélite – Google Earth, 2016.

Figura 3 – Local de implantação do Campo

Fonte: Autor (2016)

Dimensionamento da Sapata

Com o auxílio das sondagens feitas no período de pré-execução de uma obra


localizada próximo ao campo, o departamento de construção do campus cedeu estas
sondagens que foram feitas pelo método de SPT (Standard Penetration Test), e com
o laudo foi determinado o local de assentamento da sapata e calculado a tensão
admissível de influência do bulbo de tensões. O furo utilizado para ao
dimensionamento foi o SP04 que se encontra em anexo.
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A cota de apoio das sapatas foi de -0,5m em relação ao nível do terreno, e


seção transversal de 1x1 m o bulbo de tensões alcança até dois metros e meio do

terreno. De acordo com a equação 1: adm = ((1+2)/2)/5 … 0,3 Kgf/cm²

Figura 4 – Etapas construtivas : de limpeza do terreno a locação das sapatas

Fonte: autor (2016)

Sendo a sapata quadrada de seção transversal de 1x1 m, a máxima carga em


função do dimensionamento que poderia ser aplicada seria de 3000 Kgf. Porém para
efeitos do ensaio de prova de carga a NBR 6489/84 admite que o ensaio terá critério
de parada caso a solicitação alcance o dobro da taxa admissível do solo ou um
recalque de 2,5 cm. Concluindo que a carga máxima de ensaio que foi realizado é de
6 t.
Para o cálculo da altura útil e de área de aço estrutural das sapatas foi utilizado
o método do Alonso (2010) de sapatas isoladas. Considerando pilares de 20 cm,
sendo estes que serão apoiados o macaco hidráulico. Tem-se:
 Altura útil da sapata (d) = 20 cm
 Altura total da sapata (h) = 25 cm (considerando cobrimento de brita de
5 cm, de acordo com a NBR 6122)
 Área de Aço = 0,644 cm², portanto 4 barras de 5 mm paralela aos ambos
lados das sapatas
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Figura 5 – Sapata comum no dia da concretagem.

Fonte: Autor (2016)

Para a concretagem das sapatas o concreto foi doado pela empresa


CONCREPAV, sendo seu fck de 25 Mpa. Em função de que no mesmo dia foi feito os
furos das estacas e de acordo com a NBR 6122/2010 a concretagem deve ser feito
no mesmo dia da perfuração os elementos concretados no dia foram:
 Quatro estacas de reação e uma para ensaio.
 Uma sapata comum (ensaio piloto – este artigo)
 Uma sapata estaqueada

Todas as especificações foram seguidas e conferidas pelas normas NBR


6122/2010 e pela NBR 6118/2014.

Dimensionamento das Estacas

Para o dimensionamento das estacas foi feita uma comparação da situação


mais desfavorável entre o métodos de dimensionamento semi-empíricos de Aoki e
Velloso (apud VELLOSO e LOPES, 2010, p. 310) com o de Decourt e Quaresma (apud
VELLOSO e LOPES, 2010, p. 312) que ambos utilizam o ensaio de SPT para
dimensionamento, sendo o mesmo utilizado no dimensionamento da sapata. O cálculo
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foi feito com auxílio de uma planilha elaborada por Barraza (2013), que proporcionou
a resistência do solo para uma estaca de 30 cm de diâmetro e 12 metros de
profundidade, sendo esta a profundidade de cada estaca. A planilha não incluía com
o fator de segurança da estaca, sendo adaptada pelo autor.

Figura 6 - Planilha de cálculo da resistência do solo por profundidade.

Fonte: Barraza (2013), Adaptada por Pacheco (2017)


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Encontra-se que a resistência de cálculo de cada estaca é de 2,7 t, como a


solicitação máxima de ensaio será de 6 t e o comportamento nos apoios será
equivalente ao de uma viga bi-apoiada portanto penas uma força vertical de 3 t será
encaminhada para cada apoio. Com um fator de segurança igual a 2 de acordo com
a tabela 1 o valor de cálculo de acordo com a figura 8 é muito próximo, concluindo que
não terá problemas na execução do ensaio.
A armadura construtiva das estacas é uma treliça do tipo TR 08645, para cada
estaca, sendo as mesmas apenas para fazer a ligação do bloco com a estaca.
Atendem à especificação da NBR 6122/2010 que diz ser necessário um comprimento
mínimo de ancoragem de 2 metros, e possuir uma armadura mínima de 0,5 % da área
da seção transversal.

Figura 7 - Perfuração das estacas.

Fonte: Autor (2016)


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Figura 8 - Concretagem das estacas

Fonte: Autor (2016)

Dimensionamento dos blocos

As dimensões dos blocos foram calculadas baseadas no método de Alonso


(2010) para bloco sobre uma estaca, que para a altura do bloco deve-se ter ao menos
um comprimento de 1,2 vezes o diâmetro da estaca, sendo o diâmetro de 30 cm, ou
podendo ser também igual ao comprimento de ancoragem de espera do pilar. Para
isso, foi adotado as dimensões 40x40x30 cm dos quatro blocos de ancoragem. A
dosagem empregada para a produção do concreto de resistência a compressão de
25 MPa foi de 1:2:2:0,6. Vale ressaltar que a concretagem dos blocos foi feita em outro
momento devido às alturas que os mesmo deveriam ter para que a viga metálica
estivesse nivelada.
Alonso (2010) ainda diz que não há necessidade de armadura em blocos sobre
apenas uma estaca, como é o caso do ensaio, porém por razões construtivas foi
executada uma grade com barras de 0,63 cm como representado na Figura 9.
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Figura 9 – Blocos de ancoragem das estacas engastada na estaca

Fonte: Autor (2017)

O sistema de engastamento da viga nos blocos foi calculado pelo método AISC-
ASD do Bellei (2006), para chumbadores de aço SAE 1020 solicitados a tração. Foi
considerado uma carga de 4t por bloco levando segurança para futuros ensaios, e
foram obtidos os seguintes valores:
 dc = 0,95 cm
 Anec = 2,83 cm², portando 4 chumbadores de Φ 0,95 cm

O sistema de ancoragem dos chumbadores utilizado nesta pesquisa foi do tipo


L e a distância entre eles adotada foi de 10 cm formando um quadrado, como valor
mínimo considerando o valor de dc de acordo com a tabela 2.

Tabela 2 : comprimentos minimos de ancorageem

Fonte: Bellei (2006, pg.12)


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Os chumbadores de 100 cm de comprimento, foram rosqueados na mesa


superior do perfil I. Como o perfil possui 53 cm de altura, o comprimento Lc
considerado foi igual a 28 cm, atendendo ao mínimo recomendado. Deixando um
prolongamento de 4 cm acima da mesa superior a fim de rosquear as porcas e
posicionar as arruelas.
O comprimento Lh pelo método AISC-ASD de Bellei (2006), para uma carga de
3 t, fck de 25 MPa e diâmetro de 0,95 cm, o valor calculado foi de: 5,30 cm. Porém o
valor adotado foi de 15 cm, exatamente o restante da barra de 100 cm. Observa-se
que a ancoragem atende todas as especificações.

Figura 10 – Blocos de ancoramento concretados e locados os chumbadores

Fonte: autor (2017)

Execução do Ensaio

O ensaio seguiu todas as especificações na NBR 6489/84, o sistema de reação


já foi mencionado juntamente com o sistema de ação ficaram responsáveis para
determinação da carga aplicas e os extensometrôs foram responsáveis pelas leitura
da deformação horizontal que está demonstrado nos resultados. Segue a Figura 11
que demonstra como foi executado o processo de leitura e execução.
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Figura 11 – Execução e leitura da prova de carga.

Fonte: autor (2017)

RESULTADOS

De acordo com a NBR 6489/84 o critério de parada do ensaio com já foi


mencionado, foi alcançado para uma solicitação de 6 t, demonstrando que todos os
elementos foram devidamente dimensionados e executados. Para uma curva mais
visível foi levado a um recalque maior que o de parada. Foram realizadas duas provas
de carga nos dias 27 e 28 de março de 2017 ambos os ensaios iniciaram as 9:30 e
terminaram as 16:00, para eficácia do trabalho foi pego o ensaio que apresentou uma
curva mais detalhada que será demonstrado na Figura 12, sendo este o gráfico de
força aplicada em relação ao deslocamento vertical (recalque) do solo - Prova de
Carga.
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Figura 12 – Curva Força x Deformação vertical da prova de carga.

Fonte: Autor (2017)

ANALISE DOS RESULTADOS

Percebe-se que o valor obtido para um recalque de 25 mm, critério de parada,


foi dado para uma carga de 6 t, considerando a seção da sapata de 1x1 m. O valor da
tensão admissível do solo seria:
 0,48 Kgf/cm² (tensão a 10 mm de recalque)
 0,3 Kgf/cm² (tensão aos 25 mm de recalque divido por 2).

Para efeitos de dimensionamento de futuras fundações diretas com as mesmas


condições que o da sapata analisada, pode-se utilizar um valor da tensão admissível
do solo igual a 0,3 Kgf/cm² para obras localizadas próximas a região do ensaio.
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CONCLUSÕES FINAIS

Com os resultados obtidos no ensaio a instituição poderá utilizar o laudo dado


para dimensionamento de fundações diretas com as condições semelhantes ao
ensaio em relação as cargas aplicadas e os valores de seções iguais. Poderá ter um
aproveito na execução obras:
 Menos onerosas;
 Com um fator de segurança adequado;
 Com limitação real para carregamento assim evitando recalques
excessivos;
 Com Diminuição de patologias devido estes recalques.

Além dos objetivos citados, o campo experimental poderá trazer a instituição a


possibilidade de realizações de outros ensaios em elementos de fundação, estacas
podemos citar como exemplo. Ficarão três áreas em aberto para estas possíveis
realizações de ensaio, sendo elas:
 Uma estaca ainda não concretada;
 Uma área em aberto;
 Uma sapata estaqueada para se analisar o conjunto fundação direta-
profunda

Atenta-se a importância que a instituição deve dar para continuidade do projeto,


pois com a ampliação do campo o mesmo abrirá um leque de possíveis publicações
Conclui-se que durante todo o processo de dimensionamento, construção e
execução dos ensaios foram aplicados todos os conhecimentos teóricos e práticos
para execução do trabalho dado assim a importância de ter um contado com a pratica
e colocar estes conhecimentos adquiridos no dia a dia como engenheiro.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e


execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010.

_________. NBR 6484: Solo – Sondagem de simples reconhecimento com SPT –


Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 2001.

_________. NBR 6489: Prova de Carga direta sobre o terreno de fundação. Rio de
Janeiro, 1984.

_________. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de


Janeiro, 2014.

ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercício de Fundações. 2. ed. São Paulo: Blucher,


2010.

BELLEI, Ildony Hélio. Interfaces aço-concreto. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2006.

DAS, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 7. ed. São Paulo:


Cengage Learning, 2011.

MONACO, R. Apenas 42% dos Engenheiros Brasileiros Atuam na área que se


formam. Notícia, Brasil, p.1, abril de 2014, Disponível em:
< http://www.portaldaindustria.com.br/agenciacni/noticias/2014/04/apenas-42-dos-
engenheiros-brasileiros-atuam-na-area-em-que-se-formam> acessado: em 12 de
março de 2017.

PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de mecânica dos solos. 2. ed. São Paulo:
Oficina dos Textos, 2002.

REBELLO, Yopanan Conrado Perereira. Fundações: guia prático de projeto,


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SHNAID, Fernando. Ensaios de campo e suas aplicações à Engenharia de
Fundações. São Paulo: Oficina dos Textos, 2000.

VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende. Fundações: Critérios


de Projeto - Investigação do Subsolo - Fundações Superficiais. 2. ed. São Paulo:
Oficina dos Textos, 2004. (Volume 1).
19

VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende. Fundações


Profundas. São Paulo: Oficina dos Textos, 2010. (Volume 2).
20

ANEXO

Anexo 1 – Laudo da Sondagem SPT SP04

Fonte: Perfil Fundações (2013)

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