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UEG
Disciplina: FÍSICA II
Prof. Renato Medeiros
NOTA DE AULA I
Movimento de Rotação
Inicialmente estudamos o movimento de translação, agora vamos estudar o movimento de rotação. Vamos
considerar inicialmente o movimento de rotação de um corpo rígido (corpo que pode girar com todas as partes
ligadas rigidamente e sem mudar de forma) em torno de um eixo de rotação fixo (eixo que não muda de
posição).
Quando um corpo rígido executa um movimento de rotação pura, todos os pontos do corpo se movem ao
longo de circunferências cujo centro está sobre o eixo de rotação, e todos os pontos descrevem um mesmo
ângulo num mesmo intervalo de tempo.
No movimento de translação temos as grandezas lineares: posição, deslocamento, velocidade e aceleração.
No movimento de rotação temos as seguintes grandezas angulares equivalentes.
Δ𝜃 𝑑𝜃
ωmed = e ω=
Δ𝑡 𝑑𝑡
As unidades mais usadas para a velocidade angular são o radiano por segundo (rad/s) e a revolução por
segundo (rev/s). A velocidade angular de um corpo rígido em rotação pode ser positiva (rotação no sentido
anti-horário) ou negativa (rotação no sentido horário).
As unidades mais usadas para a aceleração angular são o radiano por segundo ao quadrado (rad/s 2) e a
revolução por segundo ao quadrado (rev/s2).
rotação com a mão direita, o polegar deve estar paralelo ao eixo de rotação e os outros dedos no sentido da
rotação. O polegar mostra o sentido do vetor velocidade angular.
A representação e visualização das grandezas angulares por vetores é mais complicada do que a
representação das grandezas lineares. No estudo das grandezas vetoriais lineares, por vária vezes consideramos
equações escalares quando o movimento era em uma determinada direção, nestes casos o sinal indicava o
sentido da grandeza. De maneira equivalente, quando tratamos de rotação em torno de um eixo fixo não temos
necessidade da representação vetorial (a direção dos vetores é a mesma do eixo de rotação), usamos apenas o
sinal para indicar se a rotação é no sentido anti-horário (positivo) ou horário (negativo).
ω = ω0 + α t
1
θ = θ0 + ω0 t + α t2
2
ω2 = ω20 + 2 α Δθ
Exercícios:
1. Para um relógio analógico determine a velocidade angular: (a) do ponteiro dos segundos (b) do
ponteiro dos minutos (c) do ponteiro das horas. Dê as respostas em radianos por segundo.
a)
2
= = = Rad / s
t 60 30
b)
2
= = = Rad / s
t 60 30
c)
2
= = = Rad / s
t 12 60 60 10800
2. A posição angular de um ponto em uma roda é dada por θ = 2 + 4t2 + 2t3, onde θ está em radianos
e t em segundos. Para este ponto determine:
b)
= 2 + 4t 2 + 2t 3
d d
a) (t = 0) = = ( 2 + 4t 2 + 2t 3 ) = 8t + 6t 2
dt dt
( t = 0 ) = 2 Rad
( t = 0 ) = 8 0 + 6 02 = 0 Rad / s
03
c)
( t = 4 ) = 8 4 + 6 42 = 128 Rad / s
d)
d d
(t = 2) = = ( 8t + 6t 2 ) = 8 + 12t
dt dt
( t = 2 ) = 8 + 12 2 = 32 Rad / s 2
3. Um disco, inicialmente girando com uma velocidade angular de 120 rad/s, é freado com uma
aceleração angular constante de módulo igual a 4 rad/s2. (a) Quanto tempo este disco leva para
parar? (b) Qual o deslocamento angular deste disco durante este tempo?
b)
a) 1
= o + t = o + o t + t 2
2
0 = 120 − 4, 0t 1
= 120 30 − 4 302
t = 30, 0 s 2
= 1800 rad
4. Um tambor gira em tordo do seu eixo central com uma velocidade angular de 12,6 rad/s. Se o
tambor é freado com uma desaceleração angular constante de 4,2 rad/s2, (a) quanto tempo o tambor
leva para parar? (b) Qual é o deslocamento angular do tambor até parar?
b)
a) 1
= o + o t + t 2
= o + t 2
0 = 12, 6 − 4, 2t 1
= 120 3 − 4, 2 32
t = 3, 0s 2
= 18,9 rad
5. Uma roda executa 40 revoluções (voltas) enquanto desacelera a partir de uma velocidade angular
de 1,5 rad/s até parar. (a) Supondo que a aceleração angular é constante, determine esta aceleração.
(b) Qual o intervalo de tempo em que isso ocorre? (c) Quanto tempo é necessário para a roda
completar as 20 primeiras revoluções com a mesma desaceleração
a) b)
= + 2
2 2
o = o + t
0 = 1,5 − 2 40 2
2
1,5 = 0 + 4, 48 x10−3 t
= 4, 48 x10−3 rad/s 2 t = 334,8 s
04
c)
1
= o + o t + t 2
2
1
20 2 = 1,5 t − 4, 48 x10−3 t 2
2
t = 98 s
Relação da posição
Quando um ponto do corpo, a uma distância r do eixo de rotação, descreve um arco de circunferência de
comprimento s o mesmo ponto descreve um ângulo de rotação θ. A relação entre estas grandezas é
s = θ r (nesta relação o ângulo θ deve ser medido em radianos)
Relação da velocidade
Para a velocidade temos que
s = r
ds d
= r v = r
dt dt
Nesta relação a velocidade angular ω deve expressa em radianos por unidade de tempo.
Nesta relação podemos verificar que como todos os pontos têm a mesma velocidade angular, os pontos
mais afastados do eixo de rotação têm um valor maior para a velocidade linear.
Relação da aceleração
Para o caso da aceleração devemos considerar duas componentes: a componente tangencial at (responsável
por variações no módulo da velocidade linear) e a componente radial ar (responsável por variações na direção
da velocidade linear).
at = α r (Nesta relação a aceleração angular α deve expressa em radianos por unidade de tempo ao quadrado)
𝑣2
ar = = ω2 r (para ângulos em radianos)
r
Exercícios:
6. Uma roda com um diâmetro de 1,2 m está girando com uma velocidade angular de 200 rev/min.
(a) Qual é a velocidade angular da roda em rad/s? (b) Qual é a velocidade linear de um ponto da
borda da roda? (c) Que aceleração tangencial constante (em revoluções por minuto ao quadrado)
05
aumenta a velocidade angular da roda para 1000 rev/min em 60 s? (d) Quantas revoluções a roda
executa nestes 60 s.
a)
b)
rev rev 10 2 rad
= 200 = 200 = v = r = 20,9 0, 6
min 60s 3 s
v = 12,56m / s
= 20,9rad / s
d)
c)
2 = o2 + 2
800
= = = 2 − o2 10002 − 2002
t 1 = =
2 2 800
= 800rev / min 2
= 600rev
7. Uma nave espacial faz uma curva circular de 3220 km de raio a uma velocidade com valor
constante de 29000 km/h. Para esta nave determine o módulo (a) da velocidade angular, (b) da
aceleração radial, (c) da aceleração tangencial.
a) b)
r = 2 r = ( 2,5 10−3 ) 3220 103
v 29000km / h 2
= =
r 3220km
= 9rad / h r = 2,5 10−3 rad / s
c)
t = r = 0 3220
t = 0
A grandeza I = ∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 , dependa da forma como a massa está distribuída em relação ao eixo de rotação
e é chamado de momento de inércia do corpo em relação ao eixo de rotação. Em termos do momento de
inércia, a energia cinética é
1
k = 2 I ω2 (a velocidade angular ω deve expressa em radianos por unidade de tempo)
Portanto, a energia cinética de rotação envolve não apenas a massa do corpo, mas também a forma como
esta massa está distribuída em relação ao eixo de rotação. Quanto maior for o momento de inércia de um corpo,
mais difícil se torna fazer ele girar a partir do repouso e mais difícil se torna fazer ele parar quando estiver
girando.
I = ∫ 𝑟 2 𝑑𝑚
Exercício:
8. Determine o momento de inércia de uma roda que tem uma energia cinética de rotação de 24400J
quando gira a 602 rev/min.
1 2 2K
K= I I = 2
2
2 24400
I= I = 12,3J
( 63rad / s )
2
07
Massa discreta
Para um corpo de massa m, cujo centro de massa está posicionado a uma distância fixa R de um ponto fixo em
torno do qual este objeto pode executar um movimento circular, conforme mostra a figura 01.
I =r m2
N
I = å ri 2 mi
i=1
N
I = å ri 2 mi
i=1
I = r12 m1 + r2 2 m2 + r32 m3
I = 0 2.1+ 12.1+ 22.1
I = 5kg.m2
dm= l dx
M L
ò dm = ò l dx Þ M = l L
0 0
M
l=
L
com isso podemos escrever
L L
I = ò r dm= ò x dm= ò x l dx = l ò x2 dx
2 2 2
0 0
L
x3 L3 M L3
I == l =l =
3 0 3 L 3
1
I= ML2
3
dm= s da = s rdrdq
M R 2r
R2
ò dm = s ò r dr ò dq Þ M = s
0 0 0
2
2p
M
s=
p R2
09
R 2p
I = ò r dm= ò r s r dr dq = s ò r dr ò dq
2 2 3
0 0
R
r4 2p R4
I =s q 0 =s 2p
4 0 4
M R4 1
I= 2p Þ I = MR2
pR 4
2
2
p p p
0 0 0
p
u3 é cos3 q ù
= -u + = ê - cosq + ú =
3 ë 3 û0
é cos3 p cos3 0 ù é 1 1ù 4
= ê - cos p + cos0 + - ú = ê1+ 1- - ú =
ë 3 3 û ë 3 3û 3
p
4
ò sen q dq = 3
3
V R p 2p
ò dV = ò r dr ò senj dj ò dq
2
0 0 0 0
( - cosj )0 2p = p R3
3
R p 4
V=
3 3
M V
dm= r dV Þ ò dm = r ò dV Þ M = rV
0 0
4 3M
M = r p R3 Þ r =
3 4p R3
010
Não se deve falar em momento de inércia de um corpo sem especificar o eixo de rotação, para cada eixo
de rotação temos um momento de inércia. Podemos simplificar o cálculo do momento de inércia usando o
teorema dos eixos paralelos, o qual relaciona o momento de inércia em torno de um eixo que passa pelo centro
de massa do corpo com o momento de inércia em relação a um segundo eixo paralelo ao primeiro. Sendo: ICM
o momento de inércia em relação a um eixo que passa pelo centro de massa de um corpo de massa M, I o
momento de inércia em relação a um eixo paralelo ao eixo que passa pelo centro de massa, h a distância entre
os dois eixos paralelos, temos que
I = ICM + Md2
Vamos usar o teorema dos eixos paralelos e calcular o momento de inércia de uma barra fina novamente, com
um eixo passando pelo centro da barra.
1
I extremidade =
ML2
3
I = ò r dm
2
L/2
l æ L3 L3 ö 1 3
L/2
x3
I CM = ò x l dx = l
2
= ç + ÷ = lL
- L/2
3 - L/2
3 è 8 8 ø 12
M 1 3 1
I CM = L Þ I CM = ML2
L 12 12
011
I = I CM + Md 2
2
1 æ Lö 1 1
I= ML2 + M ç ÷ = ML2 + ML2
12 è 2ø 12 4
1
I= ML2
3
O uso do teorema dos eixos paralelos se justifica pelo fato de termos tabelados alguns momentos de inércia.
Exercício:
9. Dois cilindros uniformes, ambos girando em torno do eixo central (longitudinal) com uma
velocidade angular de 235 rad/s, têm a mesma massa de 1,25 kg e raios diferentes. Determine a
energia cinética de rotação (a) do cilindro menor, de raio 0,25 m, e (b) do cilindro maior, de raio
075 m.
1 2 1 1 1 2 1 1
K= I = MR 2 2 K= I = MR 2 2
2 2 2 2 2 2
1 1
K = 1, 25 0, 252 2352 K = 1, 25 0, 752 2352
4 4
K = 1, 07 103 J K = 9, 71103 J
012
τres = I α
Exercícios:
a)
b)
6, 2
= = = I = 12 28, 2
t 0, 22
= 338, 4 N m
= 28, 2rad / s 2
11. Um torque resultante de 32 N.m exercido sobre uma roda produz uma aceleração angular de 25
rad/s2. Determine o momento de inércia da roda.
= I
32
I= =
25
I = 1, 28 Kg m 2
Onde τ é o torque responsável pelo trabalho W ao girar o corpo da posição angular θi até θf.
W = DK = K f - K i
1 2 1 2
W= Iw - Iw
2 f 2 i
Exercícios:
12. Uma roda de 32 kg, considerada como um aro fino de 1,2 m de raio, está girando em torno do seu
eixo central a 280 rev/min. Ela precisa ser parada em 15 s. (a) Qual é o trabalho necessário para
fazê-la parar? (b) Qual é o valor da potência media necessária? Respostas: a) - 19,8 kJ; b) 1,32
kW.
a)
1 1
W= I 2f − I i2
2 2 b)
=0
1 1 W 19,8 103
W = − I i2 = − MR 2i2 P= =
2 2 t 15
1
W = − 32 1, 22 29,312 P = 1,32kW
2
W = −19,8 103 J
13. O virabrequim de um automóvel transfere energia do motor para o eixo a uma potência de 100 hp
(74,6 kW) quando gira a 1800 rev/min. Determine o torque exercido pelo virabrequim.
P74, 6k
= =
60
396 N m
14. Uma barra fina de um metro de comprimento é mantida verticalmente com uma das extremidades
apoiadas no solo e depois liberada. Desprezando a resistência do ar determine a velocidade da
outra extremidade pouco antes de tocar o solo, suponha que a extremidade de apoio não escorrega.
(sugestão: use a lei de conservação de energia). Resposta: 5,42 m/s.
1 2
W= I f − i2
2
= 0(Repouso)
11
F d = ML2 2f
gravitacional 23
L 1 1
Mg = ML2 2f
2 2 3
3g 3g 3 9,8
2f = f = =
L L 1, 0
f = 5, 42rad / s
014
vCM = ω R
Onde vCM é a velocidade do centro de massa da roda e ω é a velocidade angular da roda em torno de seu centro.
1
A energia cinética de um corpo em rolamento é composta por duas partes: uma parte (2 I ω2 ) é associada
1
2
à rotação em torno do centro de massa e a outra (2 M 𝑣𝐶𝑀 ) é associada à translação do centro de massa,
portanto a energia cinética de um corpo em rolamento é
1 1 2
K = 2 I ω2 + 2 M 𝑣𝐶𝑀
015
Exercícios:
15. Um aro de 140 kg rola em um piso horizontal de tal forma que seu centro de massa tem uma
velocidade de 0,15 m/s. Determine o trabalho necessário para fazê-lo parar. Resposta: - 3,15 J.
1 2 1
K= I + MvCM
2
2 2
2
1 v 1
K = MR 2 CM + MvCM 2
2 R 2
K = MvCM
2
= 140 0,152
K = 3,15 J
como W = K
W = ( 0 − 3,15 )
W = −3,15 J
Momento Angular
No estudo do movimento de translação vimos o conceito de momento linear (ou quantidade de movimento
linear) 𝑝⃗ = m 𝑣⃗ e a lei de conservação desta grandeza. No movimento de rotação temos uma grandeza
equivalente, o momento angular (ou quantidade de movimento angular) 𝑙⃗.
𝑙⃗ = 𝑟⃗ × 𝑝⃗ = m (𝑟⃗ × 𝑣⃗)
d𝑝⃗
𝐹⃗ res = 𝑑𝑡
Por analogia, podemos escrever esta lei para o movimento de rotação como: O torque resultante que age
sobre uma partícula é igual à taxa de variação, em relação ao tempo, do momento angular desta partícula.
016
d𝑙⃗
𝜏⃗res = 𝑑𝑡
Para um sistema de partículas temos que: O torque externo resultante 𝜏⃗res que age sobre um sistema de
partículas é igual à taxa de variação, em relação ao tempo, do momento angular total 𝐿⃗⃗ do sistema.
⃗⃗
d𝐿
𝜏⃗res = 𝑑𝑡
O momento angular total 𝐿⃗⃗ do sistema em relação a uma origem é dado pela soma vetorial dos momentos
angulares 𝑙⃗ de cada partícula do sistema.
L=Iω
Para este corpo rígido, a lei da conservação da quantidade de movimento pode ser escrita como
Ii ωi = If ωf
Observe que se houver uma redistribuição da massa do corpo de tal maneira que ocorra mudança no
momento de inércia em relação ao eixo de rotação, teremos alteração na velocidade angular para que o
momento angular permaneça constante. Este recurso pode ser usado nos saltos de trampolim e no movimento
de rotação dos patinadores e bailarinos.
Exercícios:
16. Em um certo instante, a força 𝐹⃗ = (4 N ) 𝑗̂ age sobre um objeto de 0,25 kg de massa cujo vetor
posição é 𝑟⃗ = (2 m ) 𝑖̂ - (2 m ) 𝑘̂ e cujo vetor velocidade é 𝑣⃗ = - (5 m/s ) 𝑖̂ + (5 m/s ) 𝑘̂. Em relação
à origem e em termos dos vetores unitários, determine: (a) O momento angular do objeto. (b) O
torque que age sobre o objeto.
a)
l = r p = m (r v )
iˆ ˆj kˆ iˆ ˆj
l = 0, 25 2 0 −2 2 0 = 0, 25 10 ˆj − 10 ˆj ( )
−5 0 5 −5 0
l =0
017
b)
= r F
iˆ ˆj kˆ iˆ ˆj
(
= 2 0 −2 2 0 = 8kˆ + 8iˆ )
0 4 0 0 4
( )
= 8iˆ + 8kˆ N m
17. Uma partícula de 3 kg com uma velocidade 𝑣⃗ = (5 m/s ) 𝑖̂ - (6 m/s ) 𝑗̂ está em x = 3m e y = 8m.
Ela é puxada por uma força de 7 N no sentido negativo do eixo x. Em relação à origem determine:
(a) O momento angular da partícula. (b) o torque que age sobre a partícula..
a) b)
l = r p = m (r v ) = rF
iˆ ˆj kˆ iˆ ˆj iˆ ˆj kˆ iˆ ˆj
(
l = 3 3 8 0 3 8 = 3 −18kˆ − 40kˆ ) = 3 8 0 3 ( )
8 = 56kˆ
5 −6 0 5 6 −7 0 0 −7 0
( )
l = −174kˆ kgm 2 / s ( )
= 56kˆ N m
18. O momento angular de um volante com um momento de inércia de 0,14 kg.m2 em relação ao eixo
central diminui de 3 kg.m2/s para 0,8 kg.m2/s em 1,5s. (a) Qual é o módulo do torque médio em
relação ao eixo central que age sobre o volante durante esse período? (b) Supondo uma aceleração
angular constante, de que ângulo o volante gira? (c) Qual é o trabalho realizado sobre o volante?
(d) Qual é a potência média do volante?
a)
l 0,8 − 3
= = = −1, 47 N m
t 1,5
b)
1
= o t + t 2
2
l
= o =
I I
1
lt + t 2
l 1 2
= t+ t = 2
I 2I I
1
3 1,5 + ( −1, 45 ) 1,52
= 2
0,140
= 20, 4rad
018
c) d)
W 29,9
W = = 1, 47 20, 4 = 29,9 J P= = P = 19,9W
t 1,5
19. Uma pessoa está em pé sobre uma plataforma que gira (sem atrito) com uma velocidade angular
de 1,2 rev/s, seus braços estão abertos e ela segura um tijolo em cada mão. O momento de inércia
do sistema formado pela pessoa, os tijolos e a plataforma em relação ao eixo vertical central da
plataforma é de 60 kg. m2. Se ao mover os braços, a pessoa reduz o momento de inércia do sistema
para 2 kg. m2, determine: (a) A nova velocidade angular da plataforma. (b) A razão entre a nova
energia cinética do sistema e a energia cinética inicial.
b)
1 1
Ki = I ii K f = I ff
a) 2 2
I ii = I f f 1
K f 2 I f f 2 3, 6
60 1,5 = 2 f = =
Ki 1
I ii 6 1, 2
f = 3, 6rev / s 2
Kf
= 3, 0
Ki
20. Uma roda está girando livremente com uma velocidade angular de 800 rev/min em torno de um
eixo cujo momento de inércia é desprezível. Uma segunda roda, inicialmente em repouso e com
um momento de inércia duas vezes maior que a primeira, é acoplada à mesma haste. (a) Qual é a
velocidade angular da combinação resultante do eixo e das duas rodas? (b) Que fração da energia
cinética de rotação inicial é perdida? Respostas: a) 267 rev/min; b) 0,667.
a) b) 1
I ii = I f f K ii = I f f Ki = I112
2
I11 = ( I1 + I 2 ) f I11 = ( I1 + I 2 ) f 1
K f = ( I1 + I 2 ) 2f
I11 = ( I1 + 2 I1 ) f I11 = ( I1 + 2 I1 ) f 2
2
I
I11 1 I11 1 1
K f = ( I1 + 2 I1 ) 1 1
f = = 1 f = = 1
I1 (1 + 2 ) 3 I1 (1 + 2 ) 3 2 I1 (1 + 2 )
1
f =
800
rev / s f =
800
rev / s Kf = I112
3 3 6
perda:
1
Ki − K f Kf I112
= 1− = 1− 6 = 0, 667
Ki Ki 1
I112
2
019
21. Um disco de vinil horizontal de massa 0,1 kg e raio 0,1m gira livremente em torno de um eixo
vertical que passa pelo centro com uma velocidade angular de 4,7 rad/s. O momento de inércia do
disco em relação ao eixo de rotação é 5 × 10 - 4 kg.m2. Um pedaço de massa de modelar de massa
0,02 kg cai verticalmente e gruda na borda do disco. Determine a velocidade angular do disco
imediatamente após a massa cair.
li = I ii
l f = li + MR 2
li = l f
I ii = I f f
I ii 5 10−4 4, 7
f = =
I i + MR 2 5 10−4 + 0, 02 0,12
f = 3,36rad / s
eixo fixo que passa pelo ponto O, causado pela força F que atua na posição 𝑟⃗ em relação ao ponto
O, é definido por:
= r F = F .r.sen
F
r
o
d
Linha de ação da força
O módulo do torque de uma força em relação a um eixo que passa pelo ponto O, pode ser
calculado por
020
= F .d
onde: d (distância perpendicular de O até a linha de ação da força) é o braço de alavanca da força F
.
Observação:
O torque de uma força em relação a um eixo que passa por um determinado ponto é uma
grandeza vetorial. A direção e sentido do torque podem ser determinados pelas regras do produto
vetorial entre dois vetores, Mas quando utilizarmos somente forças coplanares, a direção será a
mesma para todos os torques causados por cada uma das forças e neste caso não temos necessidade
de usar a notação vetorial, pois estaremos lidando com vetores de mesma direção. Portanto, como a
direção já fica definida, basta o uso de sinais para indicar os sentidos. Neste caso o torque resultante
de um sistema de forças coplanares, em relação a um eixo fixo, pode ser obtido pela soma algébrica
dos torques de cada uma das forças, em relação ao eixo. O sinal desta soma indicará o sentido do
torque resultante.
Na prática é comum visualizarmos o efeito de rotação que cada uma das forças em separado
tende a exercer sobre o corpo e adotarmos uma convenção de sinais para os sentidos dos torques.
− Quando a força F tende a girar o corpo no sentido anti-horário o torque é considerado positivo.
− Quando a força F tende a girar o corpo no sentido horário, o torque é considerado negativo.
CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
Centro de massa
Centro de massa de um corpo é o ponto geométrico no qual se pode considerar concentrada
toda a massa do corpo (ou sistema) em estudo.
Centro de gravidade
Centro de gravidade de um corpo é o ponto onde podemos considerar aplicado o seu peso.
Observação:
Quando a aceleração da gravidade é constante em todos os pontos de um sistema, o seu centro
de gravidade coincide com o centro de massa.
F = 0 Fx = 0, Fy = 0 e Fz = 0
021
Exercícios:
22. Determine o momento resultante das forças coplanares, dadas na abaixo, em relação ao
ponto A. Dados: F1 = 30N; F2=15N, F3=20N
2m 2m 3m
A
60º
F3
F1
F2
23. Uma barra homogênea de 100N de peso é colocada sobre os apoios A e B, conforme mostra a figura abaixo.
Sendo de 200N o peso do corpo C, determine as intensidade das reações dos apoios A e B contra a barra
em equilíbrio.
A B
20 cm 50 cm 20 cm
10 cm
Pc = 200 N nB
nA C
Pb = 100 N
nA = ?, nB = ? A PB PC B
A =0 30 cm
F y =0
nA − PB − Pc + nB = 0 nA − 100 − 200 + 185, 71 = 0
nA = 114, 29 N
24. Sendo r = xi + yj + zk e F = Fxi + FyJ + FzK, mostre que o torque = r x F é dado por:
iˆ ˆj kˆ iˆ ˆj
x y z x y
Fx Fy Fz Fx Fy
= r F = yFz iˆ + zFx ˆj + xFy kˆ − yFx kˆ − zFyiˆ − xFz ˆj
= ( yFz − zFy )iˆ + ( zFx − xFz ) ˆj + ( xFy − yFx )kˆ
25. Qual é torque em torno da origem exercido sobre um grão de areia situado nas coordenadas
(3,0 m; - 2,0m; 4,0m) devido (a) á força F1 = (3,0 N)i – (4,0 N)j + (5,0 N)k, (b) á força F2
= (-3,0 N)i – (4,0 N)j – (5,0N)k e (c) à resultante de F1 e F2?
iˆ ˆj kˆ iˆ ˆj
3 −2 4 3 −2 = −10iˆ + 12 ˆj − 12kˆ − 15 ˆj + 16iˆ + 6kˆ
3 −4 5 3 −4
= (6iˆ − 3 ˆj − 6kˆ) N .m
b) e c) → semelhantes ao item a.
26. Uma placa quadrada uniforme, de 50,0 kg e tendo 2,00 m de lado, está pedurada em uma
haste de 3,00 m de comprimento e massa desprezível. Um cabo está preso à extremidade
da haste e a um ponto na parede situado 4,00 m acima do ponto onde a haste é fixada à
parede, conforme mostra a figura. (a) qual é a tensão no cabo? Quais são (b) a componente
horizontal e (c) a componente vertical da força exercida pela parede sobre a haste?
Fv T
53º
m p = 50kg AFh
2m 1m
4
tg = = 53º mp. g
3
a)
023
A =0
−2.m p .g + 3.T sen53º +0.T cos 53º = 0
−2.50.9,8 + 3.T sen53º = 0
T = 409 N
b)
F x =0
Fh − T cos 53º = 0 Fh − 409.cos 53º = 0 Fh = 246,14
c)
F y =0
Fv − m p g + T sen53º = 0 Fv = 50.9,8 − 409. sen53º Fv = 163,36
27. As forças F1, F2, e F3 atuam sobre a estrutura da figura abaixo, a qual mostra um vista
superior. Deseja-se colocar a estrutura em equilíbrio, aplicando uma força, num ponto P,
cujas componentes vetoriais são Fh e Fv. É dado que a=2,0m, b = 3,0m, c=1,0m, F1 = 20N,
F2 = 10N e F3 = 5,0N. Encontre (a) Fh, (b) Fv e (c) d.
F1 = 20 N , F2 = 10 N , F3 = 5 N
a) y
F x =0 1m F1 3m F2 2m
x
Fh − F3 = 0 Fh = 5 N P
b) 0 d Fh
F
2m
y =0 Fv
F3
Fv − F1 − F2 = 0 Fv = 20 + 10 Fv = 30 N
c)
0 =0
0.F1 + d .Fv + 0.Fh − 3F2 − 2.F3 = 0
d .30 − 3.10 − 2.5 = 0 d = 1,33m
28. Uma extremidade de uma viga uniforme pesando 222,4 N e tendo 0,914 m de comprimento è
presa parede por meio de uma dobradiça. A outra extremidade é sustentada por um fio conforme
024
representado na figura. (a) encontre a tensão no fio. Quais são as componentes (b) horizontal e
(c) vertical da força exercida pela dobradiça?
Pv = 222, 4 N L = 0,914m
a)
A =0
L
0.Fv + 0.Fn − sen60º.Pv + L sen60º.Ty − L cos 60º.Tx = 0
2
sen 60º
− .Pv + sen 60º.T cos 30º − cos 60º.T cos 60º = 0
2
sen 60º
− .222, 4 + T ( sen 2 60º − cos 2 60º ) = 0
2
T = 192, 6 N
b) 30º
Fx = 0 A Fv Fh T
Fh − T sen30º = 0 Fh = 192, 6.sen30º Fh = 96,3N 30º
30º
c) 60º
Pv
L
sen60º
F y =0 2
Fv − Pv + T cos 30º = 0 Fv = 222, 4 − 192, 6.cos 30º Fv = 55, 6 N
29. Sistema da figura abaixo está em equilíbrio. 225 kg de massa pendem da extremidade de um
suporte que, por sua vez, tem massa de 45,0 kg. Encontre (a) tensão T no cabo e as componentes
(b) horizontal e (c) vertical da força exercida sobre o suporte pela dobradiça.
025
m = 225kg
mv = 45kg
30º
mg
T
Fv
L sen45º
mv g
30º 45º Fh
a)
A =0
L cos 45º
L
0.Fv + 0 Fh − cos 45º.mv g − L cos 45º.mg − L cos 45º.Ty + L sen45º.Tx = 0
2
cos 45º
− mv g − cos 45º mg − cos 45º.Tsen30º + sen 45º.T cos 30º = 0
2
45
− .9,8 − 225.9,8 + T (− sen30º + cos 30º ) = 0 T = 6555, 4 N
2
b)
c)
F y = 0 Fv − mv g − mg − Tsen30º = 0
Fv = 45.9,8 + 225.9,8 + 6626,59.sen30º
Fv = 5923, 7 N
30. Na figura abaixo, uma barra horizontal fina AB, de massa desprezível e comprimento L,
é presa a uma dobradiça em um parede vertical no ponto A e é sustentada, em B, por um
fio BC, fino que faz um ângulo com a horizontal. Um peso P pode ser movido para
qualquer posição ao longo da barra, sendo sua posição definida pela distância x desde a
parede até o seu centro de massa. Encontre (a) tensão no fio e as componentes (b)
horizontal e (c) vertical da força exercida sobre a barra pelo pino em A, como função da
distância x.
a)
A =0
0.Fv + 0.Fn − xP + 0.T cos + L.Tsen = 0
x.P
T=
L sen
x
T
A Fv
Fh L
026
b)
F x =0
x.P x.P
Fh − T cos Fh = T cos = .cos =
L.sen L.tg
c)
F y =0
Fv − P + T sen = 0
x.P x
Fv = P − T sen = P − .sen Fv = P 1 −
L.sen L