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Raio mínimo de curvatura horizontal

É o menor raio que pode ser utilizado no projeto de uma


estrada. Seu valor é determinado em função da velocidade diretriz,
da superelevação e do coeficiente de atrito transversal.
Um projeto de estrada que apresenta curvas com raios
inferiores ao mínimo, não atende aos padrões de conforto e
segurança preconizados nas especificações técnicas para projeto
de estrada do DNIT.

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N
FA + PX = FC X
FC X
f.N + Psen = FCcos
PX  FC N = Py + FC y
N = Pcos + FCsen
 F CY
Sendo  um ângulo pequeno, pode-se
fazer, sem cometer erros
FA PY
P comprometedores, sen = tg e

cos = 1.

N = P + FCtg   f (P + FCtg  ) + Ptg  = FC  fP + f.FCtg  + Ptg  = FC

Sendo ainda pequeno o valor do coeficiente de atrito transversal


(f), a expressão f.FCtg pode ser desprezada. Assim, tem-se:

fP + Ptg  = FC . Sendo P = m.g e FC = m.v2/R,

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N
FC X fP + Ptg  = FC

PX  FC Sendo P = m.g e FC = m.v2/R,

v2
 F CY f.m.g + m.gtg  = m
R
PY
Simplificando:
FA
P v2
 g(f + tg  ) =
 v2
f.g + gtg  =
R R
v2
f + tg  = . Fazendo-se g = 9,8 m/s2, tg = e (superelevação)
g.R
e v (m/s) = V (km/h)/3,6, têm-se:

V2 V 2 V2
f +e = R=  R mín =
127R 
127(e + f ) 127 (e máx + fmáx )

V = vel. diretriz (km/h), emáx = superelevação máx., fmáx = coef. atrito transv. max.
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Valores máximos admissíveis para o coeficiente de atrito transversal (f)

V(km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120


fmáx 0,20 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11

Valores da superelevação máxima, segundo o DNER (1999)

emáx = 12%, é a taxa prática máxima admissível. Se na via


circularem veículos lentos, esse valor não deve ser aplicado.

emáx = 10%; próprio para rodovias onde os veículos possam


desenvolver velocidades mais elevadas, sendo também o
fluxo ininterrupto. Adotar para rodovias de Classe 0 e Classe I
em regiões planas e onduladas. 4
emáx = 8%, recomendado para rodovias de Classe I em
região montanhosa e rodovias para as demais classes de
projeto em geral.

emáx = 6%, em projetos condicionados por urbanização


adjacente e freqüentes interseções, que provocam redução
da velocidade média.

emáx = 4%, em situações extremas, com intensa ocupação


dos solo adjacente e reduzida flexibilidade para variar as
declividades transversais da pista, sem vias marginais.

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Calcular o valor do raio mínimo de curvatura para
uma estrada de Classe I, terreno ondulado. São dados:
V = 80 km/h, emáx = 10% e fmáx = 0,14.

Resposta: Rmín = 209,97 m  210 m.

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Concordância Horizontal Composta com Transição

É a concordância em que se utiliza um arco de círculo


intercalado com dois ramos de uma curva espiral para
c) Curva circular composta com transição
concordar dois alinhamentos. Vantagens:
➢possibilita distribuir de forma progressiva e uniforme o efeito
da aceleração centrífuga entre os trechos tangente e circular;

➢possibilita também uma distribuição progressiva e uniforme


da superelevação e da superlargura, pois seus valores são
nulos no trecho em tangente e constantes no trecho circular.

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As curvas geralmente utilizadas para se fazer a
transição são as seguintes: Clotóide,
Lemniscata de Bernouille e Parábola cúbica.
Dentre elas, a mais utilizada é a Clotóide, cujas
principais características estão apresentadas
na figura a seguir.

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=
Tangente A l B

m
po
st
a
co
m
tra
ns

Propriedade importante dessa curva: .l = k


çã i
o
Valores limites dos raios acima dos quais podem ser
dispensadas as curvas de transição

V
30 40 50 60 70 80 90 100
(km/h)
R
170 300 500 700 950 1.200 1.550 1.900
(m)

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c) Curva circular composta com transição
Elementos de uma curva horizontal com transição
Ângulo Central da Curva de Transição

k
dl = .dS dS =
dl
k = .l =
 l
lc SC
l. dl dl
dS = dS
k l
TS

R
S

=

=

Sc
l 2 l2
S=
l.dl
S= S=
k 2k 2R.lc
2
l Propriedade da espiral: .l = k = R.lc
S=
2R.lc
S = ângulo central da curva de transição correspondente a um
comprimento qualquer da curva de transição (radiano),
l = comprimento qualquer da curva de transição do TS ou ST a um
ponto qualquer da referida curva (m),
R = raio da curva circular (m).
lc = comprimento total da curva de transição (m).
lc
Quando l = lc, tem-se: Sc =
2R
Sc = ângulo central da curva de transição (radiano),
lc = comprimento total da curva de transição (m),
R = raio da crva circular (m).

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