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Aula 6, Cálculo Vetorial e Tensorial

R OLDÃO DA R OCHA

Roldao da Rocha (UFABC) 1 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Trabalho de uma força
Seja I = [a, b] um intervalo de R. Uma função ~r : I → Rn=3 contínua em I é dita ser uma
trajetória (ou caminho ou curva) contínua(o) em Rn=3 . Tal trajetória é suave se a
derivada ~r 0 (t) existir e for contínua em (a, b).
~.
Partícula, se move ao longo de uma curva C sob a ação de uma força F
~ ao longo do caminho C é:
O trabalho (W ) realizado pela força F
Z Z b
W = ~ · d~r =
F ~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
F
C a

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Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Trabalho de uma força
Seja I = [a, b] um intervalo de R. Uma função ~r : I → Rn=3 contínua em I é dita ser uma
trajetória (ou caminho ou curva) contínua(o) em Rn=3 . Tal trajetória é suave se a
derivada ~r 0 (t) existir e for contínua em (a, b).
~.
Partícula, se move ao longo de uma curva C sob a ação de uma força F
~ ao longo do caminho C é:
O trabalho (W ) realizado pela força F
Z Z b
W = ~ · d~r =
F ~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
F
C a

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Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Trabalho de uma força
Seja I = [a, b] um intervalo de R. Uma função ~r : I → Rn=3 contínua em I é dita ser uma
trajetória (ou caminho ou curva) contínua(o) em Rn=3 . Tal trajetória é suave se a
derivada ~r 0 (t) existir e for contínua em (a, b).
~.
Partícula, se move ao longo de uma curva C sob a ação de uma força F
~ ao longo do caminho C é:
O trabalho (W ) realizado pela força F
Z Z b
W = ~ · d~r =
F ~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
F
C a

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Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Integrais de linha
Um caminho g : I → Rn=3 de classe C 1 .
Derivada
g(t + h) − g(t)
g 0 (t) = lim .
h→0 h
Como se ilustra na figura abaixo, a derivada g 0 (t) define a direção do vetor tangente à
curva C no ponto P = g(t). À medida que h → 0, a secante [P, Q] vai-se transformando
na tangente.

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Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Integrais de linha
Um caminho g : I → Rn=3 de classe C 1 .
Derivada
g(t + h) − g(t)
g 0 (t) = lim .
h→0 h
Como se ilustra na figura abaixo, a derivada g 0 (t) define a direção do vetor tangente à
curva C no ponto P = g(t). À medida que h → 0, a secante [P, Q] vai-se transformando
na tangente.

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Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Integrais de linha
Um caminho g : I → Rn=3 de classe C 1 .
Derivada
g(t + h) − g(t)
g 0 (t) = lim .
h→0 h
Como se ilustra na figura abaixo, a derivada g 0 (t) define a direção do vetor tangente à
curva C no ponto P = g(t). À medida que h → 0, a secante [P, Q] vai-se transformando
na tangente.

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Exemplo 1: Lei de Ampère (e solenóides): calcular o campo magnético B a partir da


corrente elétrica I.

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R OLDÃO DA R OCHA

Fórmula integral da lei de Ampère: a circulação do campo magnético B ao longo de


uma curva fechada C é proporcional à intensidade de corrente I que atravessa
ortogonalmente a curva C: I
B · d~r = µ0 I,
C

onde µ0 é a permeabilidade magnética.

circunferência C de raio R centrada na origem tem a seguinte parametrização:



x(t) = R cos(t),
~r (t) = ⇒ ~r 0 (t) = (−R sin(t), R cos(t)).
y (t) = R sin(t), 0 ≤ t ≤ 2π.

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R OLDÃO DA R OCHA

Fórmula integral da lei de Ampère: a circulação do campo magnético B ao longo de


uma curva fechada C é proporcional à intensidade de corrente I que atravessa
ortogonalmente a curva C: I
B · d~r = µ0 I,
C

onde µ0 é a permeabilidade magnética.

circunferência C de raio R centrada na origem tem a seguinte parametrização:



x(t) = R cos(t),
~r (t) = ⇒ ~r 0 (t) = (−R sin(t), R cos(t)).
y (t) = R sin(t), 0 ≤ t ≤ 2π.

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R OLDÃO DA R OCHA

Fisicamente, o campo magnético B é tangente à circunferência:

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Fisicamente, o campo magnético B é tangente à circunferência:

B(t) ∼ ~r 0 (t) = (−B0 sin(t), B0 cos(t)), onde B0 = kBk.

Lei de Ampère
I Z 2π
−B sin(t) −R sin(t)
0
B · d~r = µ0 I ⇒ · dt = µ0 I
C 0 B0 cos(t) R cos(t)
Z 2π h i
⇒ B0 R sin2 (t) + B0 R cos2 (t) dt = µ0 I
0
Z 2π µ0 I
⇒ B0 Rdt = µ0 I ⇒ 2πB0 R = µ0 I ⇒ B0 = kBk =
0 2πR

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Fisicamente, o campo magnético B é tangente à circunferência:

B(t) ∼ ~r 0 (t) = (−B0 sin(t), B0 cos(t)), onde B0 = kBk.

Lei de Ampère
I Z 2π
−B sin(t) −R sin(t)
0
B · d~r = µ0 I ⇒ · dt = µ0 I
C 0 B0 cos(t) R cos(t)
Z 2π h i
⇒ B0 R sin2 (t) + B0 R cos2 (t) dt = µ0 I
0
Z 2π µ0 I
⇒ B0 Rdt = µ0 I ⇒ 2πB0 R = µ0 I ⇒ B0 = kBk =
0 2πR

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Teorema fundamental para integrais de linha:

Seja C uma curva suave dada pela função vetorial ~r : [a, b] → Rn=3 . Seja f : U ⊂ R3 → R
um campo escalar diferenciável, tal que ∇f seja contínuo em (a, b). Então
Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

Prova:

d~r
dt
Z Z z}|{ Z b 
∂f dx ∂f dy ∂f dz

∇f · d~r = ∇f (~r (t)) · ~r 0 (t) dt = + + dt
C C a ∂x dt ∂y dt ∂z dt
Z b
d
= f (~r (t))dt = f (~r (b)) − f (~r (a)) 2
a dt

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Corolário do Teorema fundamental para integrais de linha


Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

Corolário: para toda curva fechada, o ponto final ~r (a) é igual ao ponto inicial ~r (b).

C1

C2
B

Z
⇒ ∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = 0. 2
C

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R OLDÃO DA R OCHA

Corolário do Teorema fundamental para integrais de linha


Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

Corolário: para toda curva fechada, o ponto final ~r (a) é igual ao ponto inicial ~r (b).

C1

C2
B

Z
⇒ ∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = 0. 2
C

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 2: calcule o trabalho da força gravitacional

~ (~r ) = − GMm r̂ ,
F
r2

ao se mover uma partícula de massa m do ponto P = (1, 1, 0) ao ponto Q = (−2, 1, 1). M


é a massa da Terra.
Já mostramos que o potencial gravitacional é dado por

GMm
f (r ) = .
r

Segue-se que o trabalho da força gravitacional é dado por


Z Z
W = ~ · d~r =
F ~ − kOPk
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = kOQk ~
C C
 
GMm GMm 1 1
= p −p = GMm √ − √ .
(−2)2 + 12 + 12 12 + 12 + 02 6 2

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 2: calcule o trabalho da força gravitacional

~ (~r ) = − GMm r̂ ,
F
r2

ao se mover uma partícula de massa m do ponto P = (1, 1, 0) ao ponto Q = (−2, 1, 1). M


é a massa da Terra.
Já mostramos que o potencial gravitacional é dado por

GMm
f (r ) = .
r

Segue-se que o trabalho da força gravitacional é dado por


Z Z
W = ~ · d~r =
F ~ − kOPk
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = kOQk ~
C C
 
GMm GMm 1 1
= p −p = GMm √ − √ .
(−2)2 + 12 + 12 12 + 12 + 02 6 2

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 2: calcule o trabalho da força gravitacional

~ (~r ) = − GMm r̂ ,
F
r2

ao se mover uma partícula de massa m do ponto P = (1, 1, 0) ao ponto Q = (−2, 1, 1). M


é a massa da Terra.
Já mostramos que o potencial gravitacional é dado por

GMm
f (r ) = .
r

Segue-se que o trabalho da força gravitacional é dado por


Z Z
W = ~ · d~r =
F ~ − kOPk
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = kOQk ~
C C
 
GMm GMm 1 1
= p −p = GMm √ − √ .
(−2)2 + 12 + 12 12 + 12 + 02 6 2

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~ · d~r é independente do caminho em D se e somente se ~ ~


R R
Teorema 1: C F C F · d r = 0,
para todo caminho fechado C em um domínio D.

C1

C2
B

Prova: Tome uma partição do caminho C = C1 ∪ C2 . Então


Z Z Z Z Z
~ · d~r =
F ~ · d~r +
F ~ · d~r =
F ~ · d~r −
F ~ · d~r = 0,
F
C C1 C2 C1 −C2

pois C1 e −C2 possuem mesmos pontos inicial e final.

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R OLDÃO DA R OCHA

~ · d~r é independente do caminho em D se e somente se ~ ~


R R
Teorema 1: C F C F · d r = 0,
para todo caminho fechado C em um domínio D.

C1

C2
B

Prova: Tome uma partição do caminho C = C1 ∪ C2 . Então


Z Z Z Z Z
~ · d~r =
F ~ · d~r +
F ~ · d~r =
F ~ · d~r −
F ~ · d~r = 0,
F
C C1 C2 C1 −C2

pois C1 e −C2 possuem mesmos pontos inicial e final.

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C1

C2
B

~ · d~r = 0 sempre que C for fechado em D. Tome


R
Reciprocamente, suponha que C F
quaisquer caminhos C1 e C2 do ponto A ao ponto B e defina C como sendo a curva
constituída por C1 seguida por −C2 . Então
Z Z Z Z Z
0= ~ · d~r =
F ~ · d~r +
F ~ · d~r =
F ~ · d~r −
F ~ · d~r
F
C C1 −C2 C1 C2

~ · d~r = ~ · d~r . 2
R R
e portanto C1 F C2 F

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Corolário
Teorema 2: Seja F ~ um campo vetorial contínuo sobre uma região aberta conexa D. Se
~ ~
R
~
C F · d r for independente do caminho em D, então F é conservativo, ou seja, existe um
campo escalar f tal que ∇f = F ~.

Prova: do teorema fundamental para integrais de linha, provamos que


Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

~ · d~r é independente do caminho se e somente se ~ ~


R R
Mas C F C F · d r = 0, para todo
caminho fechado C em um domínio D.
Como em caminhos fechados temos
I
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = f (~r (a)) − f (~r (a)) = 0,
C

~ é conservativo
então F 2

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Corolário
Teorema 2: Seja F ~ um campo vetorial contínuo sobre uma região aberta conexa D. Se
~ ~
R
~
C F · d r for independente do caminho em D, então F é conservativo, ou seja, existe um
campo escalar f tal que ∇f = F ~.

Prova: do teorema fundamental para integrais de linha, provamos que


Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

~ · d~r é independente do caminho se e somente se ~ ~


R R
Mas C F C F · d r = 0, para todo
caminho fechado C em um domínio D.
Como em caminhos fechados temos
I
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = f (~r (a)) − f (~r (a)) = 0,
C

~ é conservativo
então F 2

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Corolário
Teorema 2: Seja F ~ um campo vetorial contínuo sobre uma região aberta conexa D. Se
~ ~
R
~
C F · d r for independente do caminho em D, então F é conservativo, ou seja, existe um
campo escalar f tal que ∇f = F ~.

Prova: do teorema fundamental para integrais de linha, provamos que


Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

~ · d~r é independente do caminho se e somente se ~ ~


R R
Mas C F C F · d r = 0, para todo
caminho fechado C em um domínio D.
Como em caminhos fechados temos
I
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)) = f (~r (a)) − f (~r (a)) = 0,
C

~ é conservativo
então F 2

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R OLDÃO DA R OCHA

Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

Prova: se F ~ é um campo vetorial conservativo, isso significa que


~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ = ∇f = ∂f ı̂ + ∂f ̂.
F ∂x ∂y
∂f ∂f
Portanto P(x, y ) = ∂x
e Q(x, y ) = ∂y
. Então

∂P ∂2f ∂2f ∂Q
= = = . 2
∂y ∂y ∂x ∂x∂y ∂x

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R OLDÃO DA R OCHA

Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

Prova: se F ~ é um campo vetorial conservativo, isso significa que


~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ = ∇f = ∂f ı̂ + ∂f ̂.
F ∂x ∂y
∂f ∂f
Portanto P(x, y ) = ∂x
e Q(x, y ) = ∂y
. Então

∂P ∂2f ∂2f ∂Q
= = = . 2
∂y ∂y ∂x ∂x∂y ∂x

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Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

Prova: se F ~ é um campo vetorial conservativo, isso significa que


~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ = ∇f = ∂f ı̂ + ∂f ̂.
F ∂x ∂y
∂f ∂f
Portanto P(x, y ) = ∂x
e Q(x, y ) = ∂y
. Então

∂P ∂2f ∂2f ∂Q
= = = . 2
∂y ∂y ∂x ∂x∂y ∂x

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 3: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x − y , x − 2)
F

é conservativo.
Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x − y e Q(x, y ) = x − 2.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1 6= ∂x
= 1.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1, enquanto que ∂x
= 1.

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 3: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x − y , x − 2)
F

é conservativo.
Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x − y e Q(x, y ) = x − 2.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1 6= ∂x
= 1.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1, enquanto que ∂x
= 1.

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 3: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x − y , x − 2)
F

é conservativo.
Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x − y e Q(x, y ) = x − 2.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1 6= ∂x
= 1.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1, enquanto que ∂x
= 1.

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 3: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x − y , x − 2)
F

é conservativo.
Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x − y e Q(x, y ) = x − 2.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1 6= ∂x
= 1.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1, enquanto que ∂x
= 1.

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 3: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x − y , x − 2)
F

é conservativo.
Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x − y e Q(x, y ) = x − 2.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1 6= ∂x
= 1.
∂P ∂Q
Então ∂y
= −1, enquanto que ∂x
= 1.

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R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 4: Verifique se o campo

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

é conservativo.
10

-5

-10

-10 -5 0 5 10

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R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 3 + 2xy e Q(x, y ) = x 2 − 3y 2 .


∂P ∂Q
Então ∂y
= 2x = ∂x
.
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

é conservativo.

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R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 3 + 2xy e Q(x, y ) = x 2 − 3y 2 .


∂P ∂Q
Então ∂y
= 2x = ∂x
.
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 16 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 3 + 2xy e Q(x, y ) = x 2 − 3y 2 .


∂P ∂Q
Então ∂y
= 2x = ∂x
.
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 16 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 3 + 2xy e Q(x, y ) = x 2 − 3y 2 .


∂P ∂Q
Então ∂y
= 2x = ∂x
.
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 16 / 43


R OLDÃO DA R OCHA
Integrais de linha

Exemplo 5: dado o campo vetorial do Exemplo 4, F ~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ), calcule


~ · d~r , onde C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde t ∈ [0, π].
R
C F

10

-5

-10

-10 -5 0 5 10

Roldao da Rocha (UFABC) 17 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

1o. método de resolução: usar a definição (aqui neste caso denominado método do touro
bravo, pois a curva é complicada: usar teoremas geralmente facilita a vida!).

Roldao da Rocha (UFABC) 18 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ), ao longo da curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde
F
| {z } | {z }
x y
t ∈ [0, π].
~ · d~r = π F~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
R R
Calcular C F 0
Calcular o vetor tangente à curva:

~r 0 (t) = (et cos(t) − et sin(t), et sin(t) + et cos(t)).

Calcular o campo vetorial na curva:


  2  2 
~ (~r (t))
F = 3 + 2et cos(t)et sin(t), et cos(t) − 3 et sin(t)
h  i
= 3 + 2et cos(t)et sin(t), e2t cos2 (t) − 3 sin2 (t)

Roldao da Rocha (UFABC) 19 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ), ao longo da curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde
F
| {z } | {z }
x y
t ∈ [0, π].
~ · d~r = π F~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
R R
Calcular C F 0
Calcular o vetor tangente à curva:

~r 0 (t) = (et cos(t) − et sin(t), et sin(t) + et cos(t)).

Calcular o campo vetorial na curva:


  2  2 
~ (~r (t))
F = 3 + 2et cos(t)et sin(t), et cos(t) − 3 et sin(t)
h  i
= 3 + 2et cos(t)et sin(t), e2t cos2 (t) − 3 sin2 (t)

Roldao da Rocha (UFABC) 19 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ), ao longo da curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde
F
| {z } | {z }
x y
t ∈ [0, π].
~ · d~r = π F~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
R R
Calcular C F 0
Calcular o vetor tangente à curva:

~r 0 (t) = (et cos(t) − et sin(t), et sin(t) + et cos(t)).

Calcular o campo vetorial na curva:


  2  2 
~ (~r (t))
F = 3 + 2et cos(t)et sin(t), et cos(t) − 3 et sin(t)
h  i
= 3 + 2et cos(t)et sin(t), e2t cos2 (t) − 3 sin2 (t)

Roldao da Rocha (UFABC) 19 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ), ao longo da curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde
F
| {z } | {z }
x y
t ∈ [0, π].
~ · d~r = π F~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt .
R R
Calcular C F 0
Calcular o vetor tangente à curva:

~r 0 (t) = (et cos(t) − et sin(t), et sin(t) + et cos(t)).

Calcular o campo vetorial na curva:


  2  2 
~ (~r (t))
F = 3 + 2et cos(t)et sin(t), et cos(t) − 3 et sin(t)
h  i
= 3 + 2et cos(t)et sin(t), e2t cos2 (t) − 3 sin2 (t)

Roldao da Rocha (UFABC) 19 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Calcular o produto escalar entre o campo vetorial na curva e o o vetor tangente à curva:
! !
~ (~r (t)) · ~r 0 (t) 3 + 2et cos(t)et sin(t) et cos(t) − et sin(t)
F = ·
e2t cos2 (t) − 3e2t sin2 (t) et sin(t) + et cos(t))
= 3et cos(t) − 3et sin(t) + 3e3t cos2 (t) sin(t) − 5e3t cos(t) sin2 (t)
−3e3t sin3 (t) + e3t cos3 (t).

Roldao da Rocha (UFABC) 20 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Portanto
Z Z π
~ · d~r
F = ~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt
F
C 0
Z π h
= 3et cos(t) − 3et sin(t) + 3e3t cos2 (t) sin(t) − 5e3t cos(t) sin2 (t)
0
i
−3e3t sin3 (t) + e3t cos3 (t) dt
= complicado de se resolver analiticamente...

O Mathematica nos diz que essa integral vale −3eπ − 3.

Roldao da Rocha (UFABC) 21 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Portanto
Z Z π
~ · d~r
F = ~ (~r (t)) · ~r 0 (t) dt
F
C 0
Z π h
= 3et cos(t) − 3et sin(t) + 3e3t cos2 (t) sin(t) − 5e3t cos(t) sin2 (t)
0
i
−3e3t sin3 (t) + e3t cos3 (t) dt
= complicado de se resolver analiticamente...

O Mathematica nos diz que essa integral vale −3eπ − 3.

Roldao da Rocha (UFABC) 21 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

2o. método de resolução: usar algum teorema (gasto menor de energia e facilita a vida!).

Roldao da Rocha (UFABC) 22 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
2o. método de resolução: usar algum teorema (gasto menor de energia e facilita a vida!).

Roldao da Rocha (UFABC) 23 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Teorema fundamental para integrais de linha:

Seja C uma curva suave dada pela função vetorial ~r : [a, b] → Rn=3 . Seja f : U ⊂ R3 → R
um campo escalar diferenciável, tal que ∇f seja contínuo em (a, b). Então
Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

Devemos achar então um campo escalar f , potencial, tal que

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Isso implica que

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Roldao da Rocha (UFABC) 24 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Teorema fundamental para integrais de linha:

Seja C uma curva suave dada pela função vetorial ~r : [a, b] → Rn=3 . Seja f : U ⊂ R3 → R
um campo escalar diferenciável, tal que ∇f seja contínuo em (a, b). Então
Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

Devemos achar então um campo escalar f , potencial, tal que

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Isso implica que

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Roldao da Rocha (UFABC) 24 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA
Teorema fundamental para integrais de linha:

Seja C uma curva suave dada pela função vetorial ~r : [a, b] → Rn=3 . Seja f : U ⊂ R3 → R
um campo escalar diferenciável, tal que ∇f seja contínuo em (a, b). Então
Z
∇f · d~r = f (~r (b)) − f (~r (a)).
C

Devemos achar então um campo escalar f , potencial, tal que

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Isso implica que

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Roldao da Rocha (UFABC) 24 / 43


R OLDÃO DA R OCHA
Resolver o sistema

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Z Z
∂f ∂f
⇒ = 3 + 2xy ⇒ dx = (3 + 2xy )dx ⇒ f (x, y ) = 3x + x 2 y + h(y ),
∂x ∂x
onde h(y ) é uma função que só depende da variável y .
Agora derivemos f (x, y ) em função de y :

∂f
= x 2 + h0 (y ) = x 2 − 3y 2 ⇒ h0 (y ) = −3y 2 ⇒ h(y ) = −y 3 + c.
∂y

Portanto o potencial escalar f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 + c satisfaz

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Roldao da Rocha (UFABC) 25 / 43


R OLDÃO DA R OCHA
Resolver o sistema

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Z Z
∂f ∂f
⇒ = 3 + 2xy ⇒ dx = (3 + 2xy )dx ⇒ f (x, y ) = 3x + x 2 y + h(y ),
∂x ∂x
onde h(y ) é uma função que só depende da variável y .
Agora derivemos f (x, y ) em função de y :

∂f
= x 2 + h0 (y ) = x 2 − 3y 2 ⇒ h0 (y ) = −3y 2 ⇒ h(y ) = −y 3 + c.
∂y

Portanto o potencial escalar f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 + c satisfaz

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Roldao da Rocha (UFABC) 25 / 43


R OLDÃO DA R OCHA
Resolver o sistema

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Z Z
∂f ∂f
⇒ = 3 + 2xy ⇒ dx = (3 + 2xy )dx ⇒ f (x, y ) = 3x + x 2 y + h(y ),
∂x ∂x
onde h(y ) é uma função que só depende da variável y .
Agora derivemos f (x, y ) em função de y :

∂f
= x 2 + h0 (y ) = x 2 − 3y 2 ⇒ h0 (y ) = −3y 2 ⇒ h(y ) = −y 3 + c.
∂y

Portanto o potencial escalar f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 + c satisfaz

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Roldao da Rocha (UFABC) 25 / 43


R OLDÃO DA R OCHA
Resolver o sistema

∂f
= 3 + 2xy
∂x
∂f
= x 2 − 3y 2
∂y

Z Z
∂f ∂f
⇒ = 3 + 2xy ⇒ dx = (3 + 2xy )dx ⇒ f (x, y ) = 3x + x 2 y + h(y ),
∂x ∂x
onde h(y ) é uma função que só depende da variável y .
Agora derivemos f (x, y ) em função de y :

∂f
= x 2 + h0 (y ) = x 2 − 3y 2 ⇒ h0 (y ) = −3y 2 ⇒ h(y ) = −y 3 + c.
∂y

Portanto o potencial escalar f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 + c satisfaz

~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 ).
∇f = F

Roldao da Rocha (UFABC) 25 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Segue-se do Teorema fundamental para integrais de linha que


Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0)),
C

onde f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 .
Curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde t ∈ [0, π].
Então ~r (π) = (−eπ , 0) e ~r (0) = (1, 0).
Concluímos que
Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0))
C
 
= −3eπ + e2π .0 − 03 − 3.1 + 12 .0 − 03
= −3eπ − 3.

Roldao da Rocha (UFABC) 26 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Segue-se do Teorema fundamental para integrais de linha que


Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0)),
C

onde f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 .
Curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde t ∈ [0, π].
Então ~r (π) = (−eπ , 0) e ~r (0) = (1, 0).
Concluímos que
Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0))
C
 
= −3eπ + e2π .0 − 03 − 3.1 + 12 .0 − 03
= −3eπ − 3.

Roldao da Rocha (UFABC) 26 / 43


Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Segue-se do Teorema fundamental para integrais de linha que


Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0)),
C

onde f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 .
Curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde t ∈ [0, π].
Então ~r (π) = (−eπ , 0) e ~r (0) = (1, 0).
Concluímos que
Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0))
C
 
= −3eπ + e2π .0 − 03 − 3.1 + 12 .0 − 03
= −3eπ − 3.

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Integrais de linha

R OLDÃO DA R OCHA

Segue-se do Teorema fundamental para integrais de linha que


Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0)),
C

onde f (x, y ) = 3x + x 2 y − y 3 .
Curva C : ~r (t) = (et cos(t), et sin(t)), onde t ∈ [0, π].
Então ~r (π) = (−eπ , 0) e ~r (0) = (1, 0).
Concluímos que
Z
∇f · d~r = f (~r (π)) − f (~r (0))
C
 
= −3eπ + e2π .0 − 03 − 3.1 + 12 .0 − 03
= −3eπ − 3.

Roldao da Rocha (UFABC) 26 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan
Considere uma curva ~r : [a, b] → Rn , contínua.
Já sabemos que ~r é uma curva fechada se ~r (a) = ~r (b).
Dizemos que ~r é uma curva fechada simples se ~r (a) = ~r (b) e se ~r (t1 ) 6= ~r (t2 ), com
t1 6= t2 , onde com t1 , t2 ∈ (a, b].
Por exemplo, as circunferências são curvas simples fechadas,
y

x
-2 -1 1 2

-1

-2

Curvas fechadas simples em R2 são chamadas curvas de Jordan.

Roldao da Rocha (UFABC) 27 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan
Considere uma curva ~r : [a, b] → Rn , contínua.
Já sabemos que ~r é uma curva fechada se ~r (a) = ~r (b).
Dizemos que ~r é uma curva fechada simples se ~r (a) = ~r (b) e se ~r (t1 ) 6= ~r (t2 ), com
t1 6= t2 , onde com t1 , t2 ∈ (a, b].
Por exemplo, as circunferências são curvas simples fechadas,
y

x
-2 -1 1 2

-1

-2

Curvas fechadas simples em R2 são chamadas curvas de Jordan.

Roldao da Rocha (UFABC) 27 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan
Considere uma curva ~r : [a, b] → Rn , contínua.
Já sabemos que ~r é uma curva fechada se ~r (a) = ~r (b).
Dizemos que ~r é uma curva fechada simples se ~r (a) = ~r (b) e se ~r (t1 ) 6= ~r (t2 ), com
t1 6= t2 , onde com t1 , t2 ∈ (a, b].
Por exemplo, as circunferências são curvas simples fechadas,
y

x
-2 -1 1 2

-1

-2

Curvas fechadas simples em R2 são chamadas curvas de Jordan.

Roldao da Rocha (UFABC) 27 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan
Considere uma curva ~r : [a, b] → Rn , contínua.
Já sabemos que ~r é uma curva fechada se ~r (a) = ~r (b).
Dizemos que ~r é uma curva fechada simples se ~r (a) = ~r (b) e se ~r (t1 ) 6= ~r (t2 ), com
t1 6= t2 , onde com t1 , t2 ∈ (a, b].
Por exemplo, as circunferências são curvas simples fechadas,
y

x
-2 -1 1 2

-1

-2

Curvas fechadas simples em R2 são chamadas curvas de Jordan.

Roldao da Rocha (UFABC) 27 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan
Considere uma curva ~r : [a, b] → Rn , contínua.
Já sabemos que ~r é uma curva fechada se ~r (a) = ~r (b).
Dizemos que ~r é uma curva fechada simples se ~r (a) = ~r (b) e se ~r (t1 ) 6= ~r (t2 ), com
t1 6= t2 , onde com t1 , t2 ∈ (a, b].
Por exemplo, as circunferências são curvas simples fechadas,
y

x
-2 -1 1 2

-1

-2

Curvas fechadas simples em R2 são chamadas curvas de Jordan.

Roldao da Rocha (UFABC) 27 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan
... enquanto que a lemniscata é uma curva fechada que não é simples, por há
autointersecção,

Roldao da Rocha (UFABC) 28 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Curvas de Jordan

Roldao da Rocha (UFABC) 29 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Região simplesmente conexa


Uma região D é simplesmente conexa quando toda curva de Jordan contida em D possui
em seu interior somente pontos de D.
Do ponto de vista geométrico, uma região simplesmente conexa não possui buracos.

Roldao da Rocha (UFABC) 30 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Região simplesmente conexa


Uma região D é simplesmente conexa quando toda curva de Jordan contida em D possui
em seu interior somente pontos de D.
Do ponto de vista geométrico, uma região simplesmente conexa não possui buracos.

Roldao da Rocha (UFABC) 30 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Região simplesmente conexa


Exemplo de região que não é simplesmente conexa:

Roldao da Rocha (UFABC) 31 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Região simplesmente conexa: definição formal


Uma região D é simplesmente conexa se qualquer laço (loop) em D pode ser contraído a
um ponto.

Roldao da Rocha (UFABC) 32 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Recíproca do Teorema 3

Teorema 4: Seja F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ um campo vetorial sobre uma região
aberta e simplesmente conexa. Suponha que P e Q tenham derivadas parciais de
primeira ordem contínuas e que ∂P = ∂Q em D. Então F ~ é conservativo.
∂y ∂x

Roldao da Rocha (UFABC) 33 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lema 1: A variação da energia cinética em qualquer intervalo de tempo é igual ao


~ durante esse intervalo de tempo.
trabalho realizado por F

Prova: Seja ~r (t) a posição da partícula no tempo t.


R ~r (b)
~ durante o intervalo de tempo [a, b] é
O trabalho realizado por F ~ · d~r .
F
~r (a)

Da segunda lei de Newton temos F ~ [~r (t)] = m~r 00 (t) = m~v 0 (t), onde ~v (t) denota a
velocidade da partícula no tempo t.
Então

~ [~r (t)] · ~v (t) = m~v 0 (t) · ~v (t) = 1 m d (~v (t) · ~v (t)) = 1 m d (k~v k2 (t)).
~ [~r (t)] · ~r 0 (t) = F
F
2 dt 2 dt

Portanto

~r (b) b
~ [~r (t)] · ~r 0 (t)dt = 1 m(k~v k2 (t))|b = 1 mk~v (b)k2 − 1 mk~v (a)k2
Z Z
~ · d~r =
F F 2
a
~r (a) a 2 2 2

Roldao da Rocha (UFABC) 34 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lema 1: A variação da energia cinética em qualquer intervalo de tempo é igual ao


~ durante esse intervalo de tempo.
trabalho realizado por F

Prova: Seja ~r (t) a posição da partícula no tempo t.


R ~r (b)
~ durante o intervalo de tempo [a, b] é
O trabalho realizado por F ~ · d~r .
F
~r (a)

Da segunda lei de Newton temos F ~ [~r (t)] = m~r 00 (t) = m~v 0 (t), onde ~v (t) denota a
velocidade da partícula no tempo t.
Então

~ [~r (t)] · ~v (t) = m~v 0 (t) · ~v (t) = 1 m d (~v (t) · ~v (t)) = 1 m d (k~v k2 (t)).
~ [~r (t)] · ~r 0 (t) = F
F
2 dt 2 dt

Portanto

~r (b) b
~ [~r (t)] · ~r 0 (t)dt = 1 m(k~v k2 (t))|b = 1 mk~v (b)k2 − 1 mk~v (a)k2
Z Z
~ · d~r =
F F 2
a
~r (a) a 2 2 2

Roldao da Rocha (UFABC) 34 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lema 1: A variação da energia cinética em qualquer intervalo de tempo é igual ao


~ durante esse intervalo de tempo.
trabalho realizado por F

Prova: Seja ~r (t) a posição da partícula no tempo t.


R ~r (b)
~ durante o intervalo de tempo [a, b] é
O trabalho realizado por F ~ · d~r .
F
~r (a)

Da segunda lei de Newton temos F ~ [~r (t)] = m~r 00 (t) = m~v 0 (t), onde ~v (t) denota a
velocidade da partícula no tempo t.
Então

~ [~r (t)] · ~v (t) = m~v 0 (t) · ~v (t) = 1 m d (~v (t) · ~v (t)) = 1 m d (k~v k2 (t)).
~ [~r (t)] · ~r 0 (t) = F
F
2 dt 2 dt

Portanto

~r (b) b
~ [~r (t)] · ~r 0 (t)dt = 1 m(k~v k2 (t))|b = 1 mk~v (b)k2 − 1 mk~v (a)k2
Z Z
~ · d~r =
F F 2
a
~r (a) a 2 2 2

Roldao da Rocha (UFABC) 34 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lema 1: A variação da energia cinética em qualquer intervalo de tempo é igual ao


~ durante esse intervalo de tempo.
trabalho realizado por F

Prova: Seja ~r (t) a posição da partícula no tempo t.


R ~r (b)
~ durante o intervalo de tempo [a, b] é
O trabalho realizado por F ~ · d~r .
F
~r (a)

Da segunda lei de Newton temos F ~ [~r (t)] = m~r 00 (t) = m~v 0 (t), onde ~v (t) denota a
velocidade da partícula no tempo t.
Então

~ [~r (t)] · ~v (t) = m~v 0 (t) · ~v (t) = 1 m d (~v (t) · ~v (t)) = 1 m d (k~v k2 (t)).
~ [~r (t)] · ~r 0 (t) = F
F
2 dt 2 dt

Portanto

~r (b) b
~ [~r (t)] · ~r 0 (t)dt = 1 m(k~v k2 (t))|b = 1 mk~v (b)k2 − 1 mk~v (a)k2
Z Z
~ · d~r =
F F 2
a
~r (a) a 2 2 2

Roldao da Rocha (UFABC) 34 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lema 1: A variação da energia cinética em qualquer intervalo de tempo é igual ao


~ durante esse intervalo de tempo.
trabalho realizado por F

Prova: Seja ~r (t) a posição da partícula no tempo t.


R ~r (b)
~ durante o intervalo de tempo [a, b] é
O trabalho realizado por F ~ · d~r .
F
~r (a)

Da segunda lei de Newton temos F ~ [~r (t)] = m~r 00 (t) = m~v 0 (t), onde ~v (t) denota a
velocidade da partícula no tempo t.
Então

~ [~r (t)] · ~v (t) = m~v 0 (t) · ~v (t) = 1 m d (~v (t) · ~v (t)) = 1 m d (k~v k2 (t)).
~ [~r (t)] · ~r 0 (t) = F
F
2 dt 2 dt

Portanto

~r (b) b
~ [~r (t)] · ~r 0 (t)dt = 1 m(k~v k2 (t))|b = 1 mk~v (b)k2 − 1 mk~v (a)k2
Z Z
~ · d~r =
F F 2
a
~r (a) a 2 2 2

Roldao da Rocha (UFABC) 34 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo 6: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x 2 − xy , y 2 − xy )
F

é conservativo.
10

-5

-10

-10 -5 0 5 10

Roldao da Rocha (UFABC) 35 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x 2 − xy e Q(x, y ) = y 2 − xy .
∂P ∂Q
Então ∂y
= −x; ∂x
= −y .
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

não é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 36 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x 2 − xy e Q(x, y ) = y 2 − xy .
∂P ∂Q
Então ∂y
= −x; ∂x
= −y .
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

não é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 36 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x 2 − xy e Q(x, y ) = y 2 − xy .
∂P ∂Q
Então ∂y
= −x; ∂x
= −y .
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

não é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 36 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Lembremos do Teorema 3: Se F ~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial


conservativo, onde P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = x 2 − xy e Q(x, y ) = y 2 − xy .
∂P ∂Q
Então ∂y
= −x; ∂x
= −y .
Portanto o campo
~ (x, y ) = (3 + 2xy , x 2 − 3y 2 )
F

não é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 36 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo
Exemplo 7: verifique se o campo

~ (x, y ) = (2xexy + x 2 yexy , x 3 exy + 2y )


F

é conservativo.
1.0

0.5

0.0

-0.5

-1.0

-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0

Roldao da Rocha (UFABC) 37 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .


Então

∂P
= 2x 2 exy + x 2 exy + x 3 yexy = 3x 2 exy + x 3 yexy
∂y
∂Q
= 3x 2 exy + x 3 yexy .
∂x

Portanto o campo é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 38 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .


Então

∂P
= 2x 2 exy + x 2 exy + x 3 yexy = 3x 2 exy + x 3 yexy
∂y
∂Q
= 3x 2 exy + x 3 yexy .
∂x

Portanto o campo é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 38 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .


Então

∂P
= 2x 2 exy + x 2 exy + x 3 yexy = 3x 2 exy + x 3 yexy
∂y
∂Q
= 3x 2 exy + x 3 yexy .
∂x

Portanto o campo é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 38 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Teorema 3: Se F~ (x, y ) = P(x, y )ı̂ + Q(x, y )̂ é um campo vetorial conservativo, onde
P, Q ∈ C 1 sobre um domínio D, então

∂P ∂Q
= .
∂y ∂x

P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .


Então

∂P
= 2x 2 exy + x 2 exy + x 3 yexy = 3x 2 exy + x 3 yexy
∂y
∂Q
= 3x 2 exy + x 3 yexy .
∂x

Portanto o campo é conservativo.

Roldao da Rocha (UFABC) 38 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Exemplo 8: sendo o campo

~ (x, y ) = (2xexy + x 2 yexy , x 3 exy + 2y )


F

~ = ∇f .
conservativo, determine um potencial f para F

1.0

0.5

0.0

-0.5

-1.0

-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0

Roldao da Rocha (UFABC) 39 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f ∂f
∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e ∂y
= Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .
∂f
Tome a 2a. equação, ∂y
= x 3 exy + 2y e integre em função de y :

Z Z Z Z
∂f
f (x, y ) = dy = (x 3 exy + 2y )dy = x 3 exy dy + 2ydy
∂y
Z Z
3
= x exy dy + 2ydy .

exy dy por substituição, chamando u = xy ⇒ du = xdy .


R
Resolver
Então
du
Z Z
exy dy = eu .
x
Logo
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x),

onde h(y ) é uma função arbitrária que depende só de x.

Roldao da Rocha (UFABC) 40 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f ∂f
∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e ∂y
= Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .
∂f
Tome a 2a. equação, ∂y
= x 3 exy + 2y e integre em função de y :

Z Z Z Z
∂f
f (x, y ) = dy = (x 3 exy + 2y )dy = x 3 exy dy + 2ydy
∂y
Z Z
3
= x exy dy + 2ydy .

exy dy por substituição, chamando u = xy ⇒ du = xdy .


R
Resolver
Então
du
Z Z
exy dy = eu .
x
Logo
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x),

onde h(y ) é uma função arbitrária que depende só de x.

Roldao da Rocha (UFABC) 40 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f ∂f
∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e ∂y
= Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .
∂f
Tome a 2a. equação, ∂y
= x 3 exy + 2y e integre em função de y :

Z Z Z Z
∂f
f (x, y ) = dy = (x 3 exy + 2y )dy = x 3 exy dy + 2ydy
∂y
Z Z
3
= x exy dy + 2ydy .

exy dy por substituição, chamando u = xy ⇒ du = xdy .


R
Resolver
Então
du
Z Z
exy dy = eu .
x
Logo
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x),

onde h(y ) é uma função arbitrária que depende só de x.

Roldao da Rocha (UFABC) 40 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f ∂f
∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e ∂y
= Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .
∂f
Tome a 2a. equação, ∂y
= x 3 exy + 2y e integre em função de y :

Z Z Z Z
∂f
f (x, y ) = dy = (x 3 exy + 2y )dy = x 3 exy dy + 2ydy
∂y
Z Z
3
= x exy dy + 2ydy .

exy dy por substituição, chamando u = xy ⇒ du = xdy .


R
Resolver
Então
du
Z Z
exy dy = eu .
x
Logo
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x),

onde h(y ) é uma função arbitrária que depende só de x.

Roldao da Rocha (UFABC) 40 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f ∂f
∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy e ∂y
= Q(x, y ) = x 3 exy + 2y .
∂f
Tome a 2a. equação, ∂y
= x 3 exy + 2y e integre em função de y :

Z Z Z Z
∂f
f (x, y ) = dy = (x 3 exy + 2y )dy = x 3 exy dy + 2ydy
∂y
Z Z
3
= x exy dy + 2ydy .

exy dy por substituição, chamando u = xy ⇒ du = xdy .


R
Resolver
Então
du
Z Z
exy dy = eu .
x
Logo
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x),

onde h(y ) é uma função arbitrária que depende só de x.

Roldao da Rocha (UFABC) 40 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f
Lembremos que ∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy .
Provamos que
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x).

Portanto

∂f ∂  2 xy 
= x e + y 2 + h(x) = 2xexy + x 2 yexy + h0 (x) = P(x, y ) ⇒ h0 (x) = 0
∂x ∂x

⇒ h(x) = constante.
Logo a função potencial é f (x, y ) = x 2 exy + y 2 + c.

Roldao da Rocha (UFABC) 41 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f
Lembremos que ∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy .
Provamos que
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x).

Portanto

∂f ∂  2 xy 
= x e + y 2 + h(x) = 2xexy + x 2 yexy + h0 (x) = P(x, y ) ⇒ h0 (x) = 0
∂x ∂x

⇒ h(x) = constante.
Logo a função potencial é f (x, y ) = x 2 exy + y 2 + c.

Roldao da Rocha (UFABC) 41 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f
Lembremos que ∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy .
Provamos que
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x).

Portanto

∂f ∂  2 xy 
= x e + y 2 + h(x) = 2xexy + x 2 yexy + h0 (x) = P(x, y ) ⇒ h0 (x) = 0
∂x ∂x

⇒ h(x) = constante.
Logo a função potencial é f (x, y ) = x 2 exy + y 2 + c.

Roldao da Rocha (UFABC) 41 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

∂f
Lembremos que ∂x
= P(x, y ) = 2xexy + x 2 yexy .
Provamos que
Z Z
f (x, y ) = x 3 exy dy + 2ydy = x 2 exy + y 2 + h(x).

Portanto

∂f ∂  2 xy 
= x e + y 2 + h(x) = 2xexy + x 2 yexy + h0 (x) = P(x, y ) ⇒ h0 (x) = 0
∂x ∂x

⇒ h(x) = constante.
Logo a função potencial é f (x, y ) = x 2 exy + y 2 + c.

Roldao da Rocha (UFABC) 41 / 43


R
Exemplo 9: Calcule C ∇f · d~r , onde

f (x, y ) = x 3 (3 − y 2 ) + 4y ,

onde C : ~r (t) = (3 − t 2 , 5 − t), onde t ∈ [−2, 3]

Estamos integrando sobre um campo vetorial gradiente e, portanto, usaremos oTeorema


fundamental para integrais de linha.
Precisaremos dos 2 pontos ~r (−2) = (−1, 7) e ~r (3) = (−6, 2).
Segue-se que
Z
∇f · d~r = f (~r (3)) − f (~r (−2)) = f (−6, 2) − f (−1, 7)
C
= (−6)3 (3 − 22 ) + 4.(2) − ((−1)3 (3 − (7)2 ) + 4.(7))
= −216(−1) + 8 − (−(−46) + 28) = 224 − 74 = 150.

Roldao da Rocha (UFABC) 42 / 43


R
Exemplo 9: Calcule C ∇f · d~r , onde

f (x, y ) = x 3 (3 − y 2 ) + 4y ,

onde C : ~r (t) = (3 − t 2 , 5 − t), onde t ∈ [−2, 3]

Estamos integrando sobre um campo vetorial gradiente e, portanto, usaremos oTeorema


fundamental para integrais de linha.
Precisaremos dos 2 pontos ~r (−2) = (−1, 7) e ~r (3) = (−6, 2).
Segue-se que
Z
∇f · d~r = f (~r (3)) − f (~r (−2)) = f (−6, 2) − f (−1, 7)
C
= (−6)3 (3 − 22 ) + 4.(2) − ((−1)3 (3 − (7)2 ) + 4.(7))
= −216(−1) + 8 − (−(−46) + 28) = 224 − 74 = 150.

Roldao da Rocha (UFABC) 42 / 43


R
Exemplo 9: Calcule C ∇f · d~r , onde

f (x, y ) = x 3 (3 − y 2 ) + 4y ,

onde C : ~r (t) = (3 − t 2 , 5 − t), onde t ∈ [−2, 3]

Estamos integrando sobre um campo vetorial gradiente e, portanto, usaremos oTeorema


fundamental para integrais de linha.
Precisaremos dos 2 pontos ~r (−2) = (−1, 7) e ~r (3) = (−6, 2).
Segue-se que
Z
∇f · d~r = f (~r (3)) − f (~r (−2)) = f (−6, 2) − f (−1, 7)
C
= (−6)3 (3 − 22 ) + 4.(2) − ((−1)3 (3 − (7)2 ) + 4.(7))
= −216(−1) + 8 − (−(−46) + 28) = 224 − 74 = 150.

Roldao da Rocha (UFABC) 42 / 43


R
Exemplo 9: Calcule C ∇f · d~r , onde

f (x, y ) = x 3 (3 − y 2 ) + 4y ,

onde C : ~r (t) = (3 − t 2 , 5 − t), onde t ∈ [−2, 3]

Estamos integrando sobre um campo vetorial gradiente e, portanto, usaremos oTeorema


fundamental para integrais de linha.
Precisaremos dos 2 pontos ~r (−2) = (−1, 7) e ~r (3) = (−6, 2).
Segue-se que
Z
∇f · d~r = f (~r (3)) − f (~r (−2)) = f (−6, 2) − f (−1, 7)
C
= (−6)3 (3 − 22 ) + 4.(2) − ((−1)3 (3 − (7)2 ) + 4.(7))
= −216(−1) + 8 − (−(−46) + 28) = 224 − 74 = 150.

Roldao da Rocha (UFABC) 42 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Ex. 1: verifique se o campo

~ (x, y ) = (2x 3 y 4 + x, 2x 4 y 3 + y )
F

~.
é conservativo e, se o for, determine um potencial para F
Ex. 2: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x 3 − 4xy 2 + 2, 6x − 7y + x 3 y 3 )
F

é conservativo e, se o for, determine um potencial para F ~.


R x 2
−1 √
Ex. 3: Calcule C ∇f · d~r , onde f (x, y ) = ye + 4x y , onde
C : ~r (t) = (1 − t, 2t 2 − 2t), onde t ∈ [0, 2].
~ · d~r seja independente do caminho, calcule ~ ~
R R
Ex. 4: Supondo que C F C F · d r , onde C é
a elipse
(x − 5)2 y2
+ = 1,
4 9
no sentido anti-horário.

Roldao da Rocha (UFABC) 43 / 43


R OLDÃO DA R OCHA

Ex. 1: verifique se o campo

~ (x, y ) = (2x 3 y 4 + x, 2x 4 y 3 + y )
F

~.
é conservativo e, se o for, determine um potencial para F
Ex. 2: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x 3 − 4xy 2 + 2, 6x − 7y + x 3 y 3 )
F

é conservativo e, se o for, determine um potencial para F ~.


R x 2
−1 √
Ex. 3: Calcule C ∇f · d~r , onde f (x, y ) = ye + 4x y , onde
C : ~r (t) = (1 − t, 2t 2 − 2t), onde t ∈ [0, 2].
~ · d~r seja independente do caminho, calcule ~ ~
R R
Ex. 4: Supondo que C F C F · d r , onde C é
a elipse
(x − 5)2 y2
+ = 1,
4 9
no sentido anti-horário.

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R OLDÃO DA R OCHA

Ex. 1: verifique se o campo

~ (x, y ) = (2x 3 y 4 + x, 2x 4 y 3 + y )
F

~.
é conservativo e, se o for, determine um potencial para F
Ex. 2: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x 3 − 4xy 2 + 2, 6x − 7y + x 3 y 3 )
F

é conservativo e, se o for, determine um potencial para F ~.


R x 2
−1 √
Ex. 3: Calcule C ∇f · d~r , onde f (x, y ) = ye + 4x y , onde
C : ~r (t) = (1 − t, 2t 2 − 2t), onde t ∈ [0, 2].
~ · d~r seja independente do caminho, calcule ~ ~
R R
Ex. 4: Supondo que C F C F · d r , onde C é
a elipse
(x − 5)2 y2
+ = 1,
4 9
no sentido anti-horário.

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R OLDÃO DA R OCHA

Ex. 1: verifique se o campo

~ (x, y ) = (2x 3 y 4 + x, 2x 4 y 3 + y )
F

~.
é conservativo e, se o for, determine um potencial para F
Ex. 2: verifique se o campo

~ (x, y ) = (x 3 − 4xy 2 + 2, 6x − 7y + x 3 y 3 )
F

é conservativo e, se o for, determine um potencial para F ~.


R x 2
−1 √
Ex. 3: Calcule C ∇f · d~r , onde f (x, y ) = ye + 4x y , onde
C : ~r (t) = (1 − t, 2t 2 − 2t), onde t ∈ [0, 2].
~ · d~r seja independente do caminho, calcule ~ ~
R R
Ex. 4: Supondo que C F C F · d r , onde C é
a elipse
(x − 5)2 y2
+ = 1,
4 9
no sentido anti-horário.

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