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Derivadas e integrais de funções vetoriais

Cálculo Vetorial

30 de Agosto de 2019

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Sumário

1. Derivada de uma função vetorial

2. Integrais de funções vetoriais

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Derivada de uma função vetorial

A derivada ~r 0 de uma função vetorial ~r é definida de modo análogo


como foi feito para funções a valores reais:

d~r ~r(t + h) −~r(t)


~r 0 (t) = = lim
dt h →0 h
se este limite existir.

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Teorema: Derivada de uma função vetorial

Se ~r(t) = f (t)~i + g(t)~j + h(t)~k, onde f , g e h possuem derivadas em t,


então:
~r 0 (t) = f 0 (t)~i + g0 (t)~j + h0 (t)~k.
Uma função vetorial ~r é derivável se for derivável em todos os pontos de
seu domínio.

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Curva suave (curva lisa)

d~r
A curva traçada por ~r é suave se for contínua e ~r0 (t) 6= ~0 para todo
dt
t ∈ I, isto é, se as funções f , g e h tiverem derivadas contínuas e não
sejam simultaneamente 0.

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Curva suave por partes (curva lisa por partes)

Uma curva é denominada suave por partes se ela estiver constituída por
um número finito de curvas suaves.

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Exemplo

1. Mostre que a curva cujo traço é dado pela função vetorial

~r(t) = t~i + |t|~j

não é uma curva lisa.


2. Mostre que a curva cujo traço é dado pela função vetorial

~r(t) = t3~i + t2~j

é uma curva lisa por partes.

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Vetor tangente

−→
Seja t0 tal que OP =~r(t0 ). O vetor ~r 0 (t0 ), quando diferente de ~0, é
chamado vetor tangente à curva definida por ~r em P.

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Vetor tangente unitário

Para ~r 0 (t) 6= ~0, definimos o vetor tangente unitário, dado por:

~r 0 (t)
T( t ) =
k~r 0 (t)k

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Reta tangente

A reta tangente à curva C em P é definida como a reta que passa por


P e é paralela ao vetor ~r 0 (t0 ).

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Exemplo

Considere a curva dada pela parábola cuja equação cartesiana é


y = − x2 + x + 2:
1. Forneça uma parametrização para esta curva e uma função vetorial
que descreva esta curva.
2. Calcule ~r(1).
3. Calcule ~r 0 (1).
4. Calcule T(1).
5. Encontre as equações paramétricas da reta tangente ao gráfico
desta curva quando t = 1.

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Definições

Se ~r é o vetor posição de uma partícula que se move ao longo de uma


curva suave no espaço, então

d~r
~v(t) = (t)
dt
é o vetor velocidade da partícula, tangente à curva.
Em qualquer instante t, a direção e sentido de ~v é a direção e sentido de
movimento, a magnitude de ~v é a rapidez da partícula e a derivada
d~v
~a = , quando existe, é o vetor aceleração da partícula.
dt

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Definições

Resumindo:
d~r
1. A velocidade é a derivada da posição: ~v(t) =
dt
2. A rapidez é a magnitude da velocidade: Rapidez= v = k~vk.
3. A aceleração é a derivada da velocidade:

d~v d2~r
a( t ) = = 2
dt dt
~v
4. O vetor unitário é a direção e sentido de movimento no
k~vk
instante t.

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Exemplos

1. Determine a derivada de ~r(t) = (1 + t3 )~i + te−t~j + sen (2t) ~k.


Encontre o vetor tangente unitário no ponto onde t = 0.

2. Para a curva ~r(t) = t~i + (2 − t)~j, determine ~r 0 (t) e desenhe o
vetor posição ~r(1) e o vetor tangente ~r 0 (1).

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Exemplos

3. Encontre a velocidade, o módulo da velocidade e a aceleração de


uma partícula cujo movimento no espaço seja dado pelo vetor
posição ~r(t) = 2 cos(t)~i + 2sen (t)~j + 5 cos2 (t) ~k. Esboce o vetor
velocidade v(7π/4).
4. Determine as equações paramétricas para a reta tangente à hélice
com equações paramétricas

x = 2 cos t y = sen t z=t

no ponto (0, 1, π/2).

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Teorema: Regras de derivação para funções vetoriais

Suponha que u e v sejam funções vetoriais diferenciáveis, c, um escalar


e f , uma função real. Então:
1. Regra da soma:

d
[u(t) + v(t)] = u0 (t) + v0 (t)
dt
2. Regra da multiplicação por escalar (constante):

d
[cv(t)] = cv0 (t)
dt
3. Regra da multiplicação por escalar (função real):

d
[ f (t)u(t)] = f 0 (t)u(t) + f (t)u0 (t)
dt

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Teorema: Regras de derivação para funções vetoriais

4. Regra do produto escalar:

d
[u(t) · v(t)] = u0 (t) · v(t) + u(t) · v0 (t)
dt
5. Regra do produto vetorial:

d
[u(t) × v(t)] = u0 (t) × v(t) + u(t) × v0 (t)
dt
6. Regra da cadeia:

d
[u( f (t))] = f 0 (t)u0 ( f (t))
dt

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Integrais de funções vetoriais

Nesta seção abordaremos as integrais de funções vetoriais e sua aplicação


ao movimento ao longo de uma trajetória no espaço ou no plano.
Uma função vetorial R(t) é uma primitiva ou antiderivada de uma
dR
função vetorial r(t) em um intervalo I, se = r em cada ponto de I.
dt

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A integral indefinida

A integral indefinida de r com relação


Z a t é o conjunto de todas as
antiderivadas de r, denotado por r(t) dt. Se R é qualquer
antiderivada de r, então
Z
r(t) dt = R(t) + C.

onde C é um vetor constante.


Exemplos:
1. Para integrar uma função vetorial, integramos cada uma de duas
funções componentes. Calcule:
Z
(cos t i + j − 2t k) dt

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A integral definida

Definição: A integral definida


Se as componentes de r(t) = f (t)i + g(t)j + h(t)k são integráveis
sobre [ a, b], então r também é, e a integral definida de r de a até b é:
Z b Z b  Z b  Z b 
r(t) dt = f (t) dt i + g(t) dt j + h(t) dt k
a a a a

Exemplo: Calcule: Z π
(cos t i + j − 2t k) dt
0

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Exemplo

Suponha que não conheçamos a trajetória de uma asa-delta, mas


somente seu vetor aceleração a(t) = −3 cos ti − 3sen tj + 2k. Sabemos
ainda que inicialmente (no instante t = 0) a asa delta partiu do ponto
(3, 0, 0) com velocidade v(0) = 3j. Encontre a posição da asa-delta
como uma função de t.

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Bibliografia

ÁVILA, G. S. S. (2003)
Cálculo, Volume III.
7a ed, Editorial LTC, Rio de Janeiro.
GUIDORIZZI, H. L. (2007)
Um curso de cálculo, Volume 3.
5a Ed. LTC, Rio de Janeiro.
STEWART J. (2005)
Cálculo, volume 2.
5a Ed. Pioneira Thomson Learning, São Paulo.

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