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DESCRIÇÃO

Conceitos de circuitos elétricos, e formulações da função de transferência e da resposta de um circuito linear invariante no tempo.

PROPÓSITO
Compreender os efeitos dos elementos básicos de circuito e da função de transferência na resposta de um sinal.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora científica, uma tabela de Transformada de Laplace e um simulador de
circuitos – por exemplo, LTspice.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Empregar a Transformada de Laplace e os modelos básicos dos elementos de circuitos no domínio da frequência complexa (s)

MÓDULO 2

Calcular a função de transferência e identificar a localização dos polos e zeros

MÓDULO 3

Calcular a resposta impulsiva, a resposta estacionária e a resposta a um sinal qualquer (integral de convolução)
Assista, a seguir, um vídeo sobre a Transformada de Laplace na análise de circuitos.

MÓDULO 1

 Empregar a Transformada de Laplace e os modelos básicos dos elementos de circuitos no domínio da frequência complexa (s)

INTRODUÇÃO
Assista, a seguir, ao vídeo sobre a Transformada de Laplace e os modelos básicos dos elementos de circuitos no domínio da frequência complexa (s).

TEORIA DE CIRCUITOS

A Teoria de Circuitos pode ser vista como uma simplificação da Teoria de Campos, em que são estudados os comportamentos de tensão e corrente
sobre os elementos de circuito.

Um circuito pode ser interpretado como um sistema que recebe um sinal – tensão ou corrente – de entrada, x(t) e fornece um sinal de saída, y(t),
conforme ilustra a Figura 1.

 Figura 1 – Diagrama de um sistema

Para a análise desse sistema, devem ser feitas algumas considerações:

SISTEMA CAUSAL
A relação de entrada e saída consiste em causa e efeito. Isso significa que a saída não pode depender de um instante de tempo superior na entrada.

SISTEMA LINEAR
Se um sistema com entrada e saída conhecidas tiver a sua entrada multiplicada por uma constante, a saída será multiplicada pela mesma constante.
Além disso, para um mesmo sistema, se y 1(t) representar a resposta de x 1(t) e y 2(t) representar a resposta de x 2(t), então a resposta às duas entradas
aplicadas simultaneamente, ou seja, a soma x 1(t) + x 2(t) será y 1(t) + y 2(t).

SISTEMA INVARIANTE NO TEMPO


( )
A relação de entrada e saída independe do tempo. Dessa forma, se uma entrada sofrer um retardo temporal, x t - t 0 , então a saída sofrerá o mesmo

( )
retardo temporal, y t - t 0 .

ELEMENTOS DO CIRCUITO SÃO CONCENTRADOS


Os sinais são medidos no elemento como um todo, sem levar em consideração os efeitos e a variação ao longo do elemento de forma distribuída.

ELEMENTOS DO CIRCUITO

A relação de tensão e corrente entre os elementos passivos básicos de circuito – resistores, capacitores e indutores – está descrita na Tabela 1.

Tabela 1 – Elementos passivos básicos de um circuito

Elemento Unidade Relação de tensão e corrente Diagrama

Resistor (Resistência – R) ohms (Ω)


i(t) = Gv(t)

v(t) = Ri(t)
1
G=
R
(Condutância – G) siemens (S)
Capacitor (Capacitância – C) farads (F)
()
v t =
1
C
∫ idt
()
i t =C
dv
dt

Indutor (Indutância – L) henrys (H)


()
v t =L
di
dt ()
i t =
1
L
∫ vdt

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Além dos elementos passivos, cuja energia é armazenada ou dissipada, há também os elementos ativos. Os elementos ativos são aqueles capazes de
fornecer energia ao circuito, ou seja, as fontes.

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Podemos notar, conhecendo as Leis de Kirchoff, que as soluções de circuito, no domínio do tempo, são formadas por equações diferenciais. Vejamos:

D NY D N - 1Y DY D MX D M - 1X DX
AN + AN - 1 + … + A 1 DT + A 0Y = B M + BM - 1 + … + B 1 DT + B 0X
DT N DT N - 1 DT M DT M - 1

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A solução desse tipo de equação se divide em duas etapas:

Cálculo da solução homogênea, y H t ()

()
Cálculo da solução particular, y P t

Como resultado, a solução completa consiste na soma das duas:

Y(T) = Y H(T) + Y P T ()
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SOLUÇÃO HOMOGÊNEA

A solução homogênea é aquela que independe da entrada, x(t). Nesse sentido, solução homogênea é função apenas da topologia do circuito.
Matematicamente, consiste na solução da seguinte equação:
D NY D N - 1Y DY
AN + AN - 1 + … + A 1 DT + A 0Y = 0
DT N DT N - 1

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Tal solução possui a forma:

Y(T) = E RT

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A técnica para encontrar essa solução se baseia na resolução da equação característica. A equação característica, por sua vez, é a equação
polinomial formada ao substituir a exponencial na equação homogênea. Vejamos:

A N R N + A N - 1R N - 1 + … + A 1R + A 0 = 0

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A solução homogênea, portanto, é dada por:

Y H(T) = K 1E R 1T + K 2E R 2T + … + K NE R NT

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Caso a equação característica tenha soluções complexas, elas resultarão em um sinal senoidal:

{
R 1 = - Α + JΒ
R 2 = - Α - JΒ (
→ Y H(T) = E - ΑT K 1E JΒT + K 2E - JΒT = KE - ΑTCOS(ΒT + Φ))
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SOLUÇÃO PARTICULAR

()
A solução particular, y P t , é a parcela da solução que consiste na resposta forçada ao sinal de entrada, x(t).

Para calcular a solução particular, utilizamos o método dos coeficientes indeterminados, que consiste em determinar os coeficientes de uma hipótese
inicial sobre a forma da solução.

A hipótese inicial é feita com base na forma do sinal de entrada, x(t). Desse modo:

SE A ENTRADA FOR UMA EXPONENCIAL, SUPOMOS QUE Y P T SERÁ UM MÚLTIPLO ()


DESSA EXPONENCIAL;
SE A ENTRADA FOR UM SINAL SENOIDAL, SUPOMOS QUE Y P T SERÁ UMA ()
COMBINAÇÃO LINEAR DE SENO E COSSENO;

SE A ENTRADA FOR UM POLINÔMIO, SUPOMOS QUE Y P T SERÁ UM POLINÔMIO DE ()


MESMO GRAU.

()
Na análise de circuitos senoidais, a resposta à entrada consiste na solução particular, y P t . Desse modo, fica claro que tratando-se de uma forma

()
de onda senoidal, y P t também terá uma forma de onda senoidal semelhante à entrada, x(t), divergindo apenas em amplitude e fase.

SOLUÇÃO PARTICULAR: EXPONENCIAL COMPLEXO

()
Ao trabalhar os sinais senoidais como fasores, estamos trabalhando com exponenciais complexos. Mais uma vez, a resposta y P t terá a mesma

forma de um exponencial complexo semelhante à entrada, x(t). A divergência se dará apenas por um fator multiplicativo constante complexo, que
define sua amplitude e fase.

Desse modo, para uma entrada na forma:

X(T) = XE ST
Em que X = X me jϕ x, em que X m é o módulo e ϕ x é a fase de X.

Teremos a seguinte resposta forçada:

Y P(T) = YE ST
Em que, Y = Y me jϕ y, em que Y m é o módulo e ϕ y é a fase de Y.

Ao definirmos a frequência complexa, s, como:

s = σ + jω

Em que σ e ω são números reais, teremos:

{ ( ) ( )
X(T) = X ME ΣT COS ΩT + Φ X = RE XE ST

Y P(T) = Y ME ΣT COS ΩT + Φ Y ( ) = RE (YE ) ST

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Em que Re( ∙ ) representa a parte real dos fasores Xe st e Ye st.

DEMONSTRAÇÃO
Partindo dos conceitos que acabamos de ver, revisaremos os elementos básicos de circuito sob a ótica de um ferramental matemático de grande
importância para o equacionamento e a análise de circuitos – a Transformada de Laplace.

A Transformada de Laplace será capaz de nos fornecer não somente a resposta forçada – solução particular –, como também a resposta homogênea,
ou seja, a resposta completa.
As técnicas para solução de equações diferenciais apresentadas na introdução deste módulo podem ser bastante complexas na análise de alguns
circuitos. Desse modo, a Transformada de Laplace se apresenta como um método mais adequado.

TRANSFORMADA DE LAPLACE

O que é a Transformada de Laplace?

A Transformada de Laplace consiste na transformada integral, no intervalo t ≥ 0, da função f(t) com a função núcleo e - st, ou seja:

L[F(T)] = F(S) = ∫ ∞
0
F(T)E - STDT

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Em que s é um parâmetro que pertence aos números complexos.

A finalidade de uma transformada integral é transformar um problema de difícil solução, f(t), em outro mais simples, F(s). Em seguida, inverte-se a
resposta do domínio de s para t.

É possível, com base na definição da equação da transformada, demonstrar as propriedades listada na Tabela 2.

Tabela 2 – Propriedades da Transformada de Laplace

Linearidade [
L a 1f 1(t) + a 2f 2 t ( )] = a1F1(s) + a2F2(s)

Dilatação temporal L[f(at)] =


1
a
F ()
s
a

Deslocamento temporal [(
L f t - t0 u t - t0 )( )] = e - t sF(s)
0

Deslocamento em frequência [
L e atf(t) = F(s - a)]

Derivada
[ ] d
L dt f(t) = sF(s) - f(0)

Múltiplas derivadas L
[ ( )] dn
dt n
f t
dk-1

()
= s nF(s) - ∑ k =n 1s n - k k - 1 f 0
dt

Integral t ≥ 0 [ t
L ∫ 0f(τ)dτ = s F(s) ] 1

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A Tabela 3 apresenta a Transformada de Laplace das principais funções utilizadas em circuitos elétricos.

Tabela 3 – Transformada de Laplace


Função – f(t) Transformada – F(s) Região de convergência

δ(t) 1 ∀σ ∈ ℝ

1
u(t) σ>0
s

n!
tn σ>0
sn + 1

1
e - at σ> -a
s+a

s
cos ω 0t ( ) s2 + ω0
2 σ>0

ω0
sen ω 0t ( ) s2 + ω0
2 σ>0

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As funções δ(t) e u(t) consistem no impulso unitário e no degrau unitário, respectivamente, definidas como:

Δ(T) =
{ ∞, T = 0
0, T ≠ 0
, ONDE ∫ -∞∞Δ(T). DT = 1

U(T) =
{ 1, T ≥ 0
0, T < 0

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Quando a função F(s) for composta por uma razão de polinômios P(s) e Q(s), em que o grau do polinômio P(s) é menor do que o grau do polinômio
Q(s), realiza-se o método das frações parciais para reescrever a função. Vejamos como isso acontece:

( )(S - S2 )… (S - SN )
P(S)
F(S) = , ONDE Q(S) = S - S 1
Q(S)

K1 K2 KN
F(S) =
( S - S1 )
+
( S - S2 )
+…+
( S - SN )
, ONDE K P = [(S - SP )F(S) ]S = S P

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Caso existam fatores repetidos em Q(s), o número de frações é ampliado, conforme o exemplo a seguir:
(
Q(S) = S - S 1 )R (S - S2 )… (S - SN )

K 11 K 12 K 1R K2 KN
F(S) = + +…+ + +…+ ,
( S - S1 ) ( S - S1 ) 2
( S - S1 ) R
( S - S2 ) ( S - SN )

ONDE K 1R - Q =
1
{
Q ! DS Q
DQ
[ (S - S ) F(S) ]
1
R
} S = S1

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TEOREMAS DO VALOR – INICIAL E FINAL

A revisão da Transformada de Laplace se encerra com dois teoremas – Teorema do Valor Inicial e Teorema do Valor Final.

TEOREMA DO VALOR INICIAL


Pode ser demonstrado por meio da propriedade da derivada da Tabela 2, resultando na seguinte expressão:

()
F 0 = LIM SF(S)
S→∞

TEOREMA DO VALOR FINAL


É possível demonstrar do mesmo modo, obtendo a seguinte expressão:

LIM F(T) = LIM SF(S)


T→∞ S→0

FREQUÊNCIA COMPLEXA

Agora que já revisamos a Transformada de Laplace, a aplicaremos nos elementos de circuitos da Tabela 1. Para isso, vamos considerar os elementos
reativos, capacitores e indutores, inicialmente sem energia (descarregados), obtendo a Tabela 4.

Tabela 4 – Elementos passivos no domínio da frequência complexa (s), sem energia inicialmente armazenada

Elemento Relação de tensão e corrente Impedância, Z(s) Diagrama


V(s)
Resistor v(t) = Ri(t) V(s) = RI(s) ZR = =R
I(s)

Capacitor
() 1
v t = C ∫ idt
() () 1
V s = sC I s
V(s) 1
Z C = I ( s ) = sC

Indutor
()
v t = L dt
di
V(s) = sLI(s) ZL =
V(s)
I(s)
= sL

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Ao considerar os elementos reativos com energia inicialmente armazenada, temos uma tensão no capacitor e uma corrente no indutor, inicialmente.

INDUTOR

I L(0) = I 0

D
V(T) = L I(T) → V(S) = L[SI(S) - I(0)] → V(S) = SLI(S) - LI 0 →
DT

V(S) I0
→ I(S) = ZL
+ S

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CAPACITOR

V C(0) = V 0

D
I(T) = C DT V(T) → I(S) = C[SV(S) - V(0)] → I(S) = SCV(S) - CV 0 →
V0
→ V(S) = Z CI(S) +
S

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Desse modo, o circuito equivalente às relações de corrente e tensão nos capacitores e indutores com energia armazenada no instante inicial (t = 0)
está descrito na Tabela 5.

Tabela 5 – Elementos reativos no domínio da frequência complexa (s), com energia inicialmente armazenada, instante inicial (t = 0)

Elemento Relação de tensão e corrente Diagrama

V0
V(s) = Z cI(s) + s

Capacitor

V(s)
I(s) = - CV 0
Zc

V(s) I0
I(s) = Z + s
L

Indutor

V(s) = Z LI(s) - LI 0

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MÃO NA MASSA

1. CONSIDERE O CIRCUITO RC SÉRIE INICIALMENTE DESCARREGADO DA FIGURA E.1. QUAL O


COMPORTAMENTO DA TENSÃO SOBRE A RESISTÊNCIA PARA T > 0 S, CONSIDERANDO QUE A FONTE DE
TENSÃO CONTÍNUA É LIGADA EM T = 0 S?

 FIGURA E.1

R
Ve - C t V

(
V 1 - e - RC V
t

)
t
Ve - RC V

( )
R
V 1 - e - Ct V

(
V 1 + e - RC V
t

)
2. CONSIDERE O CIRCUITO CL PARALELO INICIALMENTE DESCARREGADO DA FIGURA E.2. QUAL O
COMPORTAMENTO DA TENSÃO SOBRE A RESISTÊNCIA PARA T > 0 S, CONSIDERANDO QUE A FONTE DE
CORRENTE CONTÍNUA É LIGADA EM T = 0 S?

 FIGURA E2

L t


I
C
e - √LC V

√( )
L t
I 1 - e - √LC V
C

√ ( )
L t
I cos V
C √LC

√ ( )
L t
I sen V
C √LC
√ ( )
L t
I tg V
C √LC

3. DETERMINE A IMPEDÂNCIA DO CIRCUITO EQUIVALENTE DE THÉVENIN PARA O INDUTOR DO CIRCUITO DA


FIGURA E.3, CONSIDERANDO QUE NÃO HÁ ENERGIA INICIALMENTE ARMAZENADA E QUE A BATERIA É LIGADA
EM T = 0 S.

 FIGURA E.3

( R1 + R2 )
Z Th(s) = Ω
(
1 + s R1 + R2 ) ( C1 + C2 )
R 1R 2
R1 + R2
Z Th(s) = Ω

1+sR
R 1R 2

1 + R2 ( )
C1 + C2

( R1 + R2 )
Z Th(s) = C 1C 2 Ω
(
1 + s R1 + R2 ) C +C 1 2

R 1R 2
R1 + R2
Z Th(s) = Ω

1+s
( )( )
R 1R 2
R1 + R2
C 1C 2
C1 + C2

R1 + R2
Z Th(s) = Ω

1+s
( )( R 1R 2
R1 + R2
C1 + C2 )

4. DETERMINE A TENSÃO DO CIRCUITO EQUIVALENTE DE THÉVENIN PARA O INDUTOR DO CIRCUITO DA FIGURA


E.3 (EXERCÍCIO 3), CONSIDERANDO QUE NÃO HÁ ENERGIA INICIALMENTE ARMAZENADA E QUE A BATERIA É
LIGADA EM T = 0 S.

v Th(t) = V
R2
R1 + R2
[1+
R 1C 1 - R 2C 2

R2 ( C1 + C2 )
e- R 1R 2
R1 + R2
t

( C1 + C2 ) ]
V

v Th(t) = V
R2
R1 + R2
[1+
R 1C 1 + R 2C 2

R2 ( C1 + C2 )
e- R 1R 2
R1 + R2
t

( C1 + C2 ) ]
V

1 2
R2
v Th(t) = V R + R 1 +
[ R 2C 2 - R 1C 1

R2 ( C1 + C2 )
e- R 1R 2
R1 + R2
t

( C1 + C2 ) ]
V
1
R2
v Th(t) = V R + R 1 -
2 [ R 1C 1 + R 2C 2

R2 ( C1 + C2 )
e- R 1R 2
R1 + R2 (
t

C1 + C2 ) ]
V

1
R2
v Th(t) = V R + R 1 -
2 [ R 2C 2 - R 1C 1

R2 ( C1 + C2 )
e- R 1R 2
R1 + R2 (
t

C1 + C2 ) ]
V

5. UM CIRCUITO POSSUI TENSÃO DE SAÍDA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA COMPLEXA


5S + 1
V O(S) = V
(S+1) 2 S+2( )
DETERMINE A EXPRESSÃO QUE DEFINE A TENSÃO DE SAÍDA NO DOMÍNIO DO TEMPO:

v o(t) = 5e - t - 9e - 2t V

v o(t) = (9 - 4t)e - t - 9e - 2t V

v o(t) = 9e - t - 4t - 9e - 2t V

v o(t) = - 4te - t - 9e - 2t V

v o(t) = (9 + 4t)e - t - 9e - 2t V

6. UM CIRCUITO POSSUI TENSÃO DE SAÍDA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA COMPLEXA


S
V O(S) =
S 2 + 2S + 2

DETERMINE O VALOR INICIAL (T = 0 S) DA PRIMEIRA DERIVADA DESSA TENSÃO NO DOMÍNIO DO TEMPO.

d
v (0) = - 2 V/s
dt o

d
v (0) = 1 V/s
dt o
d
v (0) = 0 V/s
dt o

d
v (0)
dt o (
é indefinido tende ao infinito
)
d
v (0) = 2 V/s
dt o

TEORIA NA PRÁTICA
A Figura E4 apresenta um circuito simplificado de um disparador de airbag. Ao ser acionado, a chave é alterada da posição A para B. O airbag é
disparado após o disparador, representado por uma resistência, dissipar uma energia de pelo menos 1 J.

Determine o menor valor da diferença de tempo entre o disparo do airbag e o acionamento da chave que garante o correto funcionamento do
dispositivo. Considere que o circuito com a chave na posição A está operando no estado permanente.
 Figura E4

RESOLUÇÃO

No estado permanente, o capacitor já se encontra carregado. Portanto, a corrente é nula e a tensão no capacitor é igual à tensão da fonte, 12 V.

Ao mudar para a posição B e aplicar a Transformada de Laplace no circuito, temos:

 Figura E4

A tensão sobre o resistor vale:


12s 12 ( s + 5 ) 12 ( 5 )
V o(s) = = -
s 2 + 10s + 50 ( s + 5 ) 2 + 25 ( s + 5 ) 2 + 25

v o(t) = 12e - 5tcos(5t) - 12e - 5tsen(5t) = 12√2e - 5tcos 5t + 4


( ) π

A corrente que passa pela resistência é:

( )
vo ( t ) π
i o(t) = = 4√2e - 5tcos 5t +
3 4

A potência vale:

P(t) = v o(t). i o(t) = 96e - 10tcos 2 5t + 4


( ) π

A energia vale:

[ ]
t
t
W(t) = ∫ 096e - 10τcos 2 5τ +
4
dτ =
( ) π 12e - 10τ ( cos ( 10τ ) + sen ( 10τ ) - 2 )
5
0

12e - 10t ( cos ( 10t ) + sen ( 10t ) - 2 ) 12


= 5
+ 5

Para determinar o tempo, basta igualar a energia a 1 J:

12e - 10t ( cos ( 10t ) + sen ( 10t ) - 2 ) 12


+ > 1 → t > 27,4 ms → t = 27,4 ms
5 5

Use uma calculadora gráfica para ver a resposta.


VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Calcular a Função de Transferência e identificar a localização dos polos e zeros

ASSISTA, A SEGUIR, AO VÍDEO SOBRE A FUNÇÃO DE


TRANSFERÊNCIA E IDENTIFICAR A LOCALIZAÇÃO DOS POLOS E
ZEROS.

FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
Existem três tipos de problemas de engenharia:

Problema de análise – dispõe-se do valor da entrada e do comportamento do sistema, e o objetivo é a obtenção da saída;
Problema de síntese – tem-se os valores de entrada e saída, e se deseja obter o comportamento do sistema;

Problema de obtenção de entrada – o valor da saída e o comportamento do sistema são conhecidos, desejando-se saber qual é a entrada.

NESSE CONTEXTO, O QUE SERIA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA?

RESPOSTA

RESPOSTA

Em circuitos elétricos, o comportamento do sistema é conhecido como Função de Transferência ou Função de Circuito.

CÁLCULO DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

Já sabemos que as soluções de circuito, no domínio do tempo, são formadas por equações diferenciais, como:

D NY D N - 1Y DY
AN + AN - 1 + … + A1 + A 0Y
DT N DT N - 1 DT

D MX D M - 1X DX
= BM + BM - 1 + … + B 1 DT + B 0X
DT M DT M - 1

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Considerando que não haja energia inicialmente armazenada e aplicando a Transformada de Laplace, obtemos:

A NS NY(S) + A N - 1S N - 1Y(S) + … + A 1SY(S) + A 0Y(S) = B MS MX(S) + B M - 1S M - 1X(S) + … + B 1SX(S

( ) (
→ A NS N + A N - 1S N - 1 + … + A 1S + A 0 Y(S) = B MS M + B M - 1S M - 1 + … + B 1S + B 0 X(S) → )

Y(S) B MS M + B M - 1 S M - 1 + … + B 1 S + B 0
→ H(S) = = →
X(S) A NS N + A N - 1S N - 1 + … + A 1S + A 0

→ Y(S) = H(S). X(S)


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A função H(s) corresponde à Função de Transferência do circuito e representa o comportamento do circuito. Essa função fornece, de forma simples, a
resposta do circuito por meio de um produto com o sinal de entrada.

A Função de Transferência pode ser reescrita da seguinte forma:

( S - Z1 ) ( S - Z2 ) … ( S - ZM ) BM
H(S) = K , ONDE K =
AN
( 1) ( 2) ( N)
S - P S - P … S - P

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

As raízes do polinômio do numerador, z 1, z 2, … z m, correspondem aos zeros da Função de Transferência. Já as raízes do polinômio denominador,
p 1, p 2, … p n, correspondem aos polos da Função de Transferência.

Desse modo, os zeros correspondem aos valores de s para os quais H(s) = 0, e os polos correspondem aos valores de s para os quais H(s) tende ao
infinito.

Uma vez que s é um número complexo tal que s = σ + jω, pode-se representar os polos e zeros no plano complexo. Os polos são representados por x
e os zeros por o, como ilustra o exemplo da Figura 1.

Figura 1: Representação de polos e zeros no plano complexo da Função de Transferência:

S+1
H(S) =
(S+2) (S+J) (S-J)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 Figura 1

Além disso, nota-se que o polinômio correspondente ao denominador de H(s) é o mesmo da equação característica, responsável pela resposta
homogênea. Portanto, os polos são responsáveis pela forma da resposta livre do circuito.

RELAÇÃO ENTRE POLOS E RESPOSTA DE UM CIRCUITO

É importante, nesse momento, conhecer os polos e sua relação com a resposta de um circuito. A Tabela 6 apresenta a resposta das principais
distribuições de polos.

Tabela 6 – Resposta às principais distribuições de polos


Polos de H(s) no plano complexo Resposta no domínio do tempo, h(t) Ilustração de h(t)

(constante)

K. e σ . t, σ > 0

(exponencial crescente)

K. e σ . t, σ < 0

(exponencial decrescente)

K. cos (ω. t + ϕ)

(oscilação de amplitude constante)

K. e σ . t. cos(ω. t + ϕ), σ > 0

(oscilação crescente)
K. e σ . t. cos(ω. t + ϕ), σ < 0

(oscilação decrescente)

(
K 1. cos ω. t + ϕ 1 )
(
+ K 2. t. cos ω. t + ϕ 2 )
(oscilação crescente)

Fonte: EnsineMe.

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Observando a Tabela 6, verificamos que a distância do polo ao eixo imaginário, σ, corresponde ao inverso da constante de tempo. Isso indica o quão
rápido o sinal crescerá ou decrescerá. Já a distância do pólo em relação ao eixo real, ω, corresponde à frequência angular de oscilação.

ESTABILIDADE

A Tabela 6 também ajuda a visualizar uma importante questão em circuitos elétricos: a estabilidade.

Destaca-se que respostas com sinais crescentes são instáveis. Desse modo, para um circuito ser dito estável, a Função de Transferência deve possuir
polos no semiplano esquerdo, σ<0.

Repare que a resposta natural, com apenas um único par de polos complexos conjugados no eixo imaginário, σ=0, possui a amplitude constante.
Entretanto, isso não garante a estabilidade do circuito.

Observe que, se for aplicado, à entrada do circuito, um sinal senoidal com a mesma frequência da frequência natural, a resposta será uma
oscilação crescente – instável.

MÃO NA MASSA

TEORIA NA PRÁTICA
A Figura E8 consiste no modelo simplificado de um transistor polarizado na região ativa (amplificador). Um parâmetro importante no projeto de um
amplificador é o ganho, que é extraído da Função de Transferência. Determine a função de transferência do amplificador.
 Figura E8

RESOLUÇÃO
1 1
v p(t) = v (t) → V p(s) = V (s)
100 i 100 i

1
V o(s) = 1000 V i(s)
( )
10 . 10 3
s10 - 6
10 3
→ H(s) = s + 100
1
10 . 10 3 +
s10 - 6

O ganho do amplificador consiste no módulo da Função de Transferência e varia em função da frequência de operação.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3

 Calcular resposta impulsiva, resposta estacionária e resposta a um sinal qualquer – integral de convolução

Assista, a seguir, ao vídeo sobre a resposta impulsiva, a resposta estacionária e a resposta a um sinal qualquer (integral de Convolução).
SINAL DE ENTRADA

Algumas formas de onda de sinal de entrada em um sistema merecem destaque. Instalações elétricas, portadoras dos sistemas de comunicação e
tons de áudio apresentam formas de onda senoidais. Entretanto, respostas a sinais senoidais não fazem parte do escopo deste módulo.

 Fonte: Shutterstock.com

As pilhas e baterias apresentam sinais constantes e, comumente, são conectadas ao circuito por meio de uma chave. No caso de pilhas do tipo AAA,
por exemplo, essa chave fecha o circuito e altera a tensão de entrada de 0 V para 1,5 V, formando uma descontinuidade abrupta de tensão. A
descontinuidade abrupta de tensão pode ser representada por uma forma de onda denominada degrau (estacionária).

Conversores analógico-digital possuem uma etapa fundamental em sua construção, que consiste na amostragem do sinal analógico. Tal
procedimento se dá por meio de um chaveamento periódico, representado por um trem de pulsos.

Um pulso extremamente estreito e com amplitude muito elevada é denominado impulso.

Neste módulo, portanto, conheceremos a resposta às funções degrau e impulso – tema de grande importância.

DEMONSTRAÇÃO

FUNÇÃO DEGRAU E IMPULSO

 Figura 2 A

A função degrau, ilustrada na Figura 2a, é definida como:

u(t) =
{ 0, t < 0
1, t > 0

Apesar de essa função ser bastante utilizada, quando um valor se altera rapidamente, a função se torna uma idealização, uma vez que alterações
abruptas de tensão e corrente não existem fisicamente.
Pode-se, portanto, reescrever a função degrau u(t) como uma função u ϵ(t), com variação contínua e rápida, no lugar da variação instantânea em t = 0.
Vejamos o que é apresentado na Figura 2b, a seguir:

u(t) = lim u ϵ t
ϵ→0
()

{
0, t<0
1
u ϵ(t) = ϵ
t, 0 < t < ϵ

1, t>ϵ

 Figura 2 B

 Figura 2 C

Ao derivar a função u ϵ(t), obtém-se δ ϵ(t) (Figura2c):

{
0, t<0
1
δ ϵ(t) = ϵ
, 0<t<ϵ

0, t>ϵ

Ao considerar a variação temporal, ϵ, muito pequena, chega-se à função impulso, δ(t), ilustrada na Figura 2d, também conhecida como Delta de Dirac:

δ(t) =
{ 0, t≠0
indefinida, t = 0

Em que,

δ(t) = lim δ ϵ t
ϵ→0
()

 Figura 2 D

Figura 2 – Dedução da função impulso por meio da função degrau


()
Repare que, quando ϵ tende a 0, a amplitude da função δ ϵ t tende ao infinito. Dessa forma, a função impulso, δ(t), não é definida no instante 0. Além

()
disso, a área do pulso retangular, δ ϵ t , é constante e igual a 1. Portanto, o número 1, na Figura 2d, representa a área, e a seta vertical para cima

indica que sua amplitude tende ao infinito.

Existem outras formas de se chegar à função impulso. No entanto, esta é suficiente para o entendimento e traz consigo uma importante relação com a
função degrau:

D
Δ(T) = U(T)
DT

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Uma propriedade importante da função impulso é a chamada propriedade da amostragem:

C
∫ BX(T). Δ(T - A). DT = X(A), B < A < C

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Repare que o impulso possui valor nulo para qualquer instante de tempo diferente de a. Desse modo, o produto dela com uma função qualquer, x(t),
será nulo em todo o instante diferente de a.

Pode-se substituir, portanto, x(t) por x(a), que será uma constante, podendo sair da integral. Como a área do impulso, ou seja, a integral do impulso,
vale 1, a resposta final da integral será x(a), ou seja, a amostra de x(t) no instante a.

Com base nessa propriedade, calcula-se a Transformada de Laplace da função impulso:

L[δ(t)] = 1

Sabendo que Y(s) = H(s). X(s) , se x(t) = δ(t) então:

X(s) = L[δ(t)] = 1 →

→ Y(s) = H(s) →

→ y(t) = h(t)

Portanto a resposta ao impulso é dada pela Transformada Inversa de Laplace da própria Função de transferência.

PARA X(T) = U(T), TEM-SE:


1
X(s) = s →

H(s)
→ Y(s) = s

Pela propriedade da Transformada de Laplace da integral de uma função, temos:


y(t) = ∫ 0t h(τ)dτ

Enquanto a resposta ao impulso é h(t), a resposta ao degrau é convencionalmente denominada r(t). Desse modo, fica evidenciada a relação entre a
resposta ao degrau e a resposta ao impulso:

R(T) = ∫ T0H(Τ)DΤ

H(T) =
D
DT ()
R T

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 ATENÇÃO

Na verdade, essa relação é decorrente da linearidade.

De forma geral, para um circuito linear sem energia inicialmente armazenada, com entrada x(t) e saída y(t), se a entrada fosse alterada por ∫ 0t x(τ)dτ ou

d
dt () t d
x t , a saída seria ∫ 0y(τ)dτ ou dt x(t), respectivamente.

RESPOSTA A UM SINAL QUALQUER (CONVOLUÇÃO)

Agora que conhecemos as funções degrau e impulso, e as suas respostas, iremos escrever um sinal qualquer como soma de uma dessas funções
singulares.

 Figura 3 a

A Figura 3a mostra o sinal escrito de forma aproximada como a soma de funções degrau da seguinte forma:

( )( )
X(T) = Q(0)U(T) + Q Τ 1 U T - Τ 1 + Q Τ 2 U T - Τ 2 + Q Τ 3 U T - Τ 3 ( ) ( ) ( ) ( )

( )( ) ( ) (
+ Q Τ4 U T - Τ4 + Q Τ5 U T - Τ5 + Q Τ6 U T - Τ6 + … ) ( ) ( )
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d
()
Em que, q(t) = Δτ. dt x t , consiste na diferença de altura entre cada função degrau.

Reescrevendo de uma forma mais genérica, temos:

( ) ( )
∞ d
x(t) = ∑ n = 0Δτ. dt x τ n . u t - τ n

Quanto mais estreito o intervalo de tempo ente os degraus, Δτ, o somatório das funções degrau se aproximará do real valor do sinal x(t).
Sabendo que a resposta ao degrau, u(t), é r(t), tem-se que a resposta de x(t) é:

( ) ( )
d
y(t) = ∑ n ∞
=0
Δτ. x τ n . r t - τ n
dt

Fazendo Δτ → 0:

d
y(t) = ∫ ∞
0 dt
x(τ). r(t - τ). dτ

 Figura 3 b

De forma similar, a Figura 3b mostra o sinal escrito de forma aproximada como a soma de funções impulso da seguinte forma:

( ) ( ) ( )
X(T) = X(0)ΔΤΔ(T) + X Τ 1 ΔΤΔ T - Τ 1 + X Τ 2 ΔΤΔ T - Τ 2 + X Τ 3 ΔΤΔ T - Τ 3 ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) (
+ X Τ 4 ΔΤΔ T - Τ 4 + X Τ 5 ΔΤΔ T - Τ 5 + X Τ 6 ΔΤΔ T - Τ 6 + … ) ( ) ( )
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que, x(τ)Δτ, representa a área sob a curva x(t) dentro de um intervalo de tempo Δτ.

Reescrevendo de uma forma mais genérica:

x(t) = ∑ n ∞
=0 ( ) (
x τ n . Δτ. δ t - τ n )
Sabendo que a resposta ao impulso, δ(t), é h(t), tem-se que a resposta de x(t) é:

y(t) = ∑ n ∞
=0 ( ) (
x τ n . Δτ. h t - τ n )
Fazendo Δτ → 0:

y(t) = ∫ ∞
0
x(τ). h(t - τ). dτ

Matematicamente, a convolução é definida da seguinte forma:


f*g = ∫ - ∞f(τ). g(t - τ). dτ

Uma vez que os sinais aplicados apresentam um tempo inicial e esse tempo é definido usualmente como t = 0 s, a demonstração apresentada com um
limite de integração em t = 0 s se deve ao fato de, para t < 0 s, as funções serem nulas, ou seja, é apenas uma particularidade das funções utilizadas
na demonstração. Logo, sem perda de generalidade, temos:

Y(T) = X(T)*H(T)

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Como calculado anteriormente, a resposta y(t) também pode ser escrita por meio de uma operação de convolução em função da resposta ao degrau,
da seguinte forma:

Y(T) =
DT
D
X(T)*R T
()
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Figura 3 – Sinal x(t) escrito pelas funções singulares, u(t) e δ(t)

Como propriedade da convolução, temos:

Comutativa: f*g = g*f

Distributiva: f*(g + h) = f*g + f*h

Associativa: f*(g*h) = (f*g)*h

d d d
Derivada: dt (f*g) = dt f*g = f* dt g

Além disso, a equação y(t) = x(t) * h(t) nos evidencia uma propriedade interessante em relação à Transformada de Laplace, visto que Y(s) = H(s)X(s).

Uma vez que, Y(s) = L[y(t)], tem-se:

H(s)X(s) = L[h(t)*x(t)]

Ou seja:

Y(T) = H(T)*X(T) ↔ Y(S) = H(S)X(S)

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MÃO NA MASSA
TEORIA NA PRÁTICA
A amostragem de um sinal é representada pelo produto desse sinal por um trem de pulsos espaçados por um intervalo de tempo correspondente ao
inverso da frequência de amostragem. Esse sinal amostrado é conhecido como modulação por amplitude de pulso (Pulse Amplitude Modulation,
PAM). Com base nessa abordagem, existe um ramo de estudo denominado Processamento Digital de Sinais.

Sabendo que o sinal x(t) = sen(πt) é amostrado com uma frequência de amostragem 8 vezes a frequência da senoide, e que esse sinal passa por um
sistema com Função de Transferência H(s), determine a resposta das 5 primeiras componentes do sinal amostrado.

RESOLUÇÃO
Determinação do intervalo de tempo entre cada impulso:

1
πT = 2π → T = 2 → f = 2

1
f a = 8f → f a = 4 → T a =
4

Determinação da resposta:

[ ( ) ( ) ( )
x a(t) = sen(πt) δ(t) + δ t -
1
4
+δ t-
1
2
+δ t-
3
4
+ δ(t - 1) ]
√2
( ) ( ) ( )
x a(t) = 2 δ t - 4
1
+δ t- 2
1 √2
+ 2 δ t- 4
3

y a(t) =
√2
2 ( ) ( ) ( )
h t-
1
4
+h t-
1
2
+
√2
2
h t-
3
4

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, estudamos os princípios básicos do cálculo da resposta de um circuito. Partimos de uma revisão de Transformada de Laplace e aplicamos
essa ferramenta, alterando o domínio do tempo para o domínio da frequência complexa, de modo a simplificar o equacionamento das malhas de um
circuito.

Em seguida, foi apresentado o conceito de Função de Transferência, por meio da qual é possível saber a estabilidade do circuito com base na
localização de seus polos no plano complexo.

Por fim, estudamos a resposta ao impulso e ao degrau, relacionando-as com a Função de Transferência e obtendo a resposta a um sinal qualquer por
meio da convolução.
 PODCAST

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
BOYCE, W. E. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

CLOSE, C. M. Circuitos lineares. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990.

SVOBODA, J.; DORF, R. Introdução aos circuitos elétricos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

EXPLORE+
Para aprofundar-se no assunto, resolva os exercícios dos livros listados na bibliografia referentes aos assuntos abordados neste Tema.

CONTEUDISTA
Rafael Rocha Heymann

 CURRÍCULO LATTES

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