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Média temporal
A operação de média temporal é interpretada de forma geral como
Propriedades:
• Conjugado
• Delay
• Linearidade
Produto escalar
Se v(t) e w(t) são sinais de potência, a média v(t)w*(t) é chamado produto escalar de v(t) e w(t),
sendo denotada por v(t),w(t) , ou, simplesmente v,w .
Propriedades:
• Existe um elemento nulo θ tal que v, θ = 0
• Conjugado v, w = w, v *
O produto escalar é um número, possivelmente complexo, que serve como uma medida da similaridade
entre dois sinais.
Sinais proporcionais (similares) → | v,w| é grande
Sinais ortogonais (não similares) → | v,w| = 0
t2
0 se n ≠ m
Funções ortogonais vn(t) e vm(t) são tais que: v (t )v
t1
n m (t ) df =
K se n = m, K constante
0 se n ≠ m
e assim: vn , vm =
K se n = m
ou seja, o produto escalar de funções ortogonais é nulo.
_______________________________________________________
Exemplo: Outra condição na qual v(t),w(t)=0 é
“Quando as funções v(t) e w(t) reais possuem simetria oposta, isto é, quando uma é par e outra é
ímpar.”
1
T /2
1 0 T /2
Prova: v, w = lim
T →∞ T
−T / 2
v(λ ) w * (λ )dλ = lim
T →∞ T
−T / 2
v (t ) w * (t ) dt + 0
v(t ) w * (t )dt
1
T /2 T /2
= lim −
T →∞ T
0
v(t ) w * (t )dt + 0
v(t ) w * (t )dt = 0
#
Desigualdade de Schwarz
a qual relaciona o produto escalar v(t),w(t) = v(t)w*(t) com as potências dos sinais, Pv e Pw.
________________________________________________________
Prova: Para provar a desigualdade emprega-se a função auxiliar
o qual é sempre positivo (ver 3.6-1), e na qual foi usada a propriedade de linearidade (3.6-2c).
na qual aplicou-se (3.6-1) para as potências médias Pv e Pw, as quais são puramente reais.
continua...
__________________________________________________
v(t ) w * (t ) v * (t ) w(t )
Escolhendo-se arbitrariamente: a = a* =
Pw Pw
2
v(t ) w * (t ) v * (t ) w(t ) v(t ) w * (t )
resulta: aa * Pw = Pw =
Pw Pw Pw
v(t ) w * (t )
2 v(t ) w * (t ) 2 v(t ) w * (t )
2
Portanto,
Pz = Pv − − 2 Re = Pv − ≥0
Pw Pw Pw
____________________________
A igualdade ocorre quando v(t) e w(t) são proporcionais (similares), v(t)=a w(t):
2 2 2
Pv = v(t ) = aw(t ) = aw(t )a * w * (t ) = aa * w(t ) w * (t ) , Pw = w(t ) = w(t ) w * (t ) (de 3.6-1), e
2 2 2
v(t ) w * (t ) = aw(t ) w * (t ) = a w(t ) w * (t ) = a w(t ) w * (t ) a * w(t ) w * (t ) * = aa * w(t ) w * (t ) w * (t ) w(t ) = Pv Pw
2
Por outro lado, se v(t) e w(t) forem ortogonais, então v(t ) w * (t ) = 0 v(t ) w * (t ) =0 #
A convolução cruzada é definida como um produto escalar com um segundo sinal, atrasado por τ em
relação ao primeiro, ou, equivalentemente, de um primeiro adiantado por τ em relação ao segundo:
Conclui-se que Rvw(τ) mede a similaridade entre v(t) e w(t−τ) como função de τ.
A correlação cruzada é uma medida mais significativa que o produto escalar comum, desde que
detecta similaridades ou diferenças com tempo deslocado, as quais seriam ignoradas no primeiro.
Propriedades:
2 2 2 2
Assim a correlação será: Rvw (τ ) = v(t ) w * (t − τ ) ≤ v(t ) w(t − τ )
2 2 2 2 2
Como se sabe: v(t ) = v(t ) e w(t − τ ) = w(t − τ ) = w(t )
2 2 2 2
então, Rvw (τ ) = v(t ) w * (t − τ ) ≤ v(t ) w(t )
Função de autocorrelação
a qual proporciona alguma informação sobre a variação no tempo de v(t), pelo menos na média.
Se | Rv(τ) | é grande, infere-se que v(t−τ) é muito similar a v(t) para este valor de τ.
Se | Rv(τ) | é pequeno, então, os sinais v(t) e v(t−τ) devem parecer muito diferentes entre si.
Propriedades:
as quais revelam que o valor máximo de Rv(τ) ocorre na origem e é igual à potência de sinal.
•
informando-se que a autocorrelação tem simetria hermitiana.
Como se observa, se v(t) for real, então, Rv(τ) também é uma função real e par.
, então,
* *
Como ( z1 + z 2 )* = z + z
1 2 f (t ) dt = f * (t )dt .
−T / 2 −T / 2
Seja então
*
T /2
T /2 T /2
R (τ ) = lim v(t )v * (t − τ )dt = lim [v(t )v * (t − τ )] * dt = lim v * (t )v(t − τ )dt
*
v
T →∞ T →∞ T →∞
−T / 2 −T / 2 −T / 2
Portanto, se v(t) for real, o resultado da integral é real, e assim, Rv* (τ ) = Rv (τ ) = Rv (−τ ) .
Sinais descorrelacionados
Trocando t’=t−τ t =t’+τ , e daí, usando (3.6-5), qual seja: w(t )v * (t − τ ) = w(t '+τ )v * (t ' ) = Rwv (τ ) ,
e daí:
Fazendo τ = 0, obtém-se:
na qual se informa que ocorre superposição da potência média para sinais descorrelacionados.
Exemplo 3.6-1: Correlação de fasores e senoides.
Usando (2.1-18):
1 2π [π ( f1 − f 2 )T ]
e assim, para f =f1−f2, tem-se: e jω1t e − jω2t = lim sen 2π
T → ∞ π ( f1 − f 2 )T
Portanto, os fasores são descorrelacionados, a menos que tenham frequências idênticas. continua...
_____________________________________________________
Na autocorrelação, v(t) = w(t) Cv = Cw e ωv = ωw , e assim
e j (ω0t +φ ) + e − j (ω0t +φ )
pode-se escrever que: z (t ) = A = v(t ) + w(t )
2
A j (ω0t +φ ) A jφ jω0t A − j (ω0t +φ ) A − jφ − jω0t
sendo v(t ) = e = e e = Cv e jω0t e w(t ) = e = e e = C v e − jω 0 t
2 2 2 2
A jφ
para Cv = e = C w* , ωv = ω0 , ω w = −ω0
2
Usando (3.6-9b):
2 2
2 jω τ A jω t 2 A
com (3.6-11c): Rv (τ ) = Cv e v = e o , Rw (τ ) = C w e jωwτ = e − jωot e
2 2
resulta
Nota-se que o ângulo de fase φ não aparece em Rz(τ) devido ao efeito da média da correlação.
Sinais de Energia
Como se sabe, a média de produtos de sinais de energia ao longo do tempo resulta zero.
Neste caso, é mais significativo usar a energia total:
∞
Desde que a operação de integração z (t )dt tem as mesmas propriedades matemáticas que a operação
−∞
de média z (t ) , todas as propriedades prévias de produto escalar e correlação se mantêm para o caso de
sinais de energia, se a potência média for substituída pela energia total Ev.
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Exemplo: Produto escalar (medida da similaridade entre sinais).
∞
O produto escalar para sinais de energia é dado por: v, w =
−∞
v(t )w * (t )dt
Sinais proporcionais (similares) → | v,w| é grande
Sinais ortogonais (não similares) → | v,w| = 0
T /2 T /2
1 1
f (t ) f
*
Exemplo: v, w = lim v(t ) w * (t )dt → f1 , f 2 = lim 1 2 (t ) dt
T →∞ T T →∞ T
−T / 2 −T / 2
*
Existe pouca similaridade entre f1 e f2. Existe maior similaridade.
*
v(t)
∞ t2 t4
t1 t2 t
w(t)
−∞
t1
v(t ) w * (t )dt = v(t )0dt + 0 w * (t )dt =0
t3
t3 t4 t
Desigualdade de Schwarz:
Por similaridade com (3.6-a):
se obtém:
_____________________________________
Um exame detalhado de (3.614a) revela que a correlação de sinal de energia é um tipo de convolução,
pois, para z=w*(t) e t=λ,
Rvw (τ ) = = v(τ ) * z (τ )
e portanto,
e (2.2-17):
conduz a:
Rvw (τ ) =
−∞
v(t ) w * (t − τ )dt = V ( f )W * ( f )e − j 2πfτ dt
−∞
∞ ∞
v(t )v * (t − τ )dt = V ( f )V * ( f )e
− j 2πfτ
Rv (τ ) = dt
−∞ −∞
e daí:
e (3.6-14b)
∞
como: R x (τ ) = Π(t ) Π * (t − τ )dt = Λ(τ )
−∞
(verificar isto)
Um sinal x(t) com autocorrelação Rx(τ) é aplicado a um SLIT com resposta impulsiva h(t).
Observe-se que as relações no domínio τ são convoluções, similares àquelas no domínio do tempo.
___________________________________
Prova: (próxima página)
continua...
Prova: Considere-se que x(t) e y(t) sejam sinais de potência (embora os resultados também se apliquem
a sinais de energia).
Hipótese: o sistema é estável [assegura-se que y(t) será o mesmo tipo de sinal que x(t)].
Considera-se, primeiramente, a correlação cruzada (3.6-5): R yx (τ ) = y (t ) x * (t − τ ) .
Substituindo a integral de convolução h(t)*x(t) para y(t)
∞
R yx (τ ) = [h(t ) * x(t )]x * (t − τ ) = h(λ )x(t − λ )dλ x * (t − τ )
−∞
e intercambiando a ordem das operações:
↓ ↓
Como z (t ) = z (t + λ ) para qualquer λ, então:
= ( x(t ) x * (t − τ ´) = R x (τ ´) τ´
Portanto,
continua...
∞ ∞
↓ ↓
R y (τ ) =
−∞
h * (t ) y (t + τ ) x * (t − λ ) dλ = h * (t ) y(t − τ + τ ) x * (t − τ − λ ) dλ
−∞
Como: y (t ) x * (t − τ − λ ) = y (t ) x * [t − (τ + λ )] = y (t ) x * (t − τ ´) = R yx (τ ´) = R yx (λ + τ )
τ´
trocando μ = −λ dμ=−dλ , λ → ±∞ μ → ∞
−∞
e assim,
R y (τ ) = − h * (− μ ) R yx (τ − μ ) dμ
∞
Portanto,
Dado um sinal de potência ou energia v(t), sua função densidade espectral Gv(f) representa a distribuição
de potência ou energia no domínio da frequência. Na seção 2.2, esta função foi designada por |V(f)|2, e
portanto, Gv(f) = |V(f)|2.
A área sob Gv(f) representa a potência ou energia total:
Se x(t) é a entrada de um SLIT com H(f)=ℑ{h(t)}, então, as funções densidades espectrais de entrada e
saída estão relacionadas por:
a qual expressa a potência ou energia de saída Ry(0) em termos da densidade espectral de entrada.
Se |H(f)|2 for interpretado como um filtro passa baixa estreito atuando sobe um canal arbitrário Gx(f):
Pode-se mostrar ainda que qualquer função densidade espectral deve ser real e não negativa para todos
os valores de f.
Teorema de Wiener-Khintchine
O teorema de Wiener-Khintchine estabelece a seguinte relação entre a autocorrelação e a TF:
2
Gv ( f ) = V ( f )
e (3.6-23a)
*
∞ ∞
v * (−τ ) e
− j 2πfτ
obtém-se que: ℑτ {v * (−τ )} = dτ = v(−τ ) e − j 2πfτ dτ
−∞
−∞
Fazendo μ=−τ dμ=−dτ τ → ±∞ μ → ∞
* *
−∞ ∞
+∞ −∞
ℑτ {v * (−τ )} = − v( μ ) e − j 2πfμ dμ = v( μ ) e − j 2πfμ dμ = V * ( f )
Portanto, Gv ( f ) = V ( f )V * ( f )
______________________________________________________________________________________________________________
R (τ ) e
− j 2πfτ
Prova: pelo teorema de Wiener-Khintchine, tem-se: Gv ( f ) = v dτ
−∞
Usando (2.5-14b):
∞ 2
se obtém: Gv ( f ) =
n = −∞
c(nf 0 ) δ (n − nf 0 )
ou então:
(mostrar esta última passagem) continua...
__________________________________________________
Outra forma de demonstração:
jω τ 2
Sabe-se que, se vn (t ) = An e jωnt , então, a autocorrelação resulta: Rvn (τ ) = An e n .
c(nf
2
Desta forma, devido a linearidade, tem-se: Rv ( f ) = 0) e j 2πnf 0t
n = −∞
o teorema de Wiener-Khintchine:
provando-se o desejado. #
______________________________________________________________________________
Este espectro de potência consiste de impulsos representando a potência média do fasor |c(nf0)|2 ,
concentrada em cada frequência harmônica f=nf0.
___________________________________________________
∞ ∞ ∞ ∞
resulta:
c(nf 0 ) δ ( f − nf 0 )df =
2 2
R v ( 0) = c(nf 0 ) δ ( f − nf 0 )df
− ∞ n = −∞ n = −∞ − ∞
Recordando (2.5-8):
∞
obtém-se
c(nf
2
R v ( 0) = 0 ) = Pv
n = −∞
Usando (3.6-12b):
Por outro lado, pode-se mostrar também que, se o teorema de Wiener-Khintchine for verdadeiro, i.e.,
então,
são satisfeitas.
_____________________________________________________________
Prova da primeira parte: segue da TFI dada em (3.6-23b)
Como e
Aplicando (3.6-21):
continua...
1 1
Ou, alternativamente, R x = ℑτ−1 [G x ( f )] = ℑτ−1 [ Π ( f / 10)] = sinc10τ
100 10
1
e assim: E x = R x ( 0) =
10
Por outro lado,
9 9
Alternativamente, R y (τ ) = ℑτ−1 [G y ( f )] = ℑτ−1 [ Π ( f / 4)] = sinc4τ
100 25
9
e daí, E y = R y ( 0) =
25
O espectro de saída será:
2 1
enquanto o sinal de saída: y (t ) = ℑ −1 [Y ( f )] = ℑ −1 4 Π (t / 4) e − j 2π f2
10 4
6
y (t ) = sinc 4(t − 2) #
5
Exemplo 3.6-4: Filtro comb (ou pente)
A resposta impulsiva é:
tal que
Desta forma:
continua...
Se a densidade espectral de entrada for conhecida, a densidade e autocorrelação na saída podem ser
obtidas por:
Se a autocorrelação de entrada for conhecida, também é possível se calcular Ry(τ) como (3.3-19b):
2
= ℑ −1 [ H * ( f ) H ( f )] * R x (τ ) R y (τ ) = ℑτ−1 [ H ( f ) ] * R x (τ )
2
Calcula-se: ℑτ−1 [ H ( f ) ] = ℑτ−1 [2 − e − j 2π fτ e − j 2π fT
]
e daí:
resulta: