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Análise de circuitos senoidais no domínio da frequência. Emprego das Leis de Kirchhoff, Teorema Norton e de
Thevenin no domínio da frequência para a resolução de circuitos monofásicos e trifásicos.
PROPÓSITO
Resolver circuitos monofásicos e trifásicos no domínio da frequência, empregando as Leis de Kirchhoff, Teorema de
Norton e de Thevenin, como também apresentar os conceitos de potência média e valores eficazes.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora científica, a calculadora de seu
smartphone/computador ou um software matemático de sua escolha.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Aplicar as Leis de Kirchhoff, Teoremas de Norton e de Thevenin para a resolução de circuitos no domínio da
frequência
MÓDULO 2
MÓDULO 1
Aplicar as Leis de Kirchhoff, Teoremas de Norton e de Thevenin para a resolução de circuitos no domínio
da frequência
LEIS DE KIRCHHOFF, TEOREMAS DE NORTON E DE
THEVENIN PARA A RESOLUÇÃO DE CIRCUITOS NO
DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
INTRODUÇÃO
Neste tema estudaremos a resposta em regime permanente dos circuitos que são alimentados por fontes senoidais.
Da análise clássica de circuitos, sabe-se que a resposta de um circuito tem a mesma característica da função
forçante, ou seja, se a entrada de um circuito é senoidal, a sua reposta em regime permanente também será
senoidal. Contudo, para que seja possível resolver os circuitos no domínio da frequência, devemos primeiro
compreender o conceito de transformada fasorial.
TRANSFORMADA FASORIAL
Uma fonte de alimentação senoidal de um circuito é representada no domínio do tempo por uma função
trigonométrica, cuja forma é:
Para que possamos representar a função trigonométrica anterior na forma fasorial, devemos partir da identidade de
Euler, que é dada por:
jθ
e = cos (θ) + jsen (θ)
Logo, as funções cosseno e seno podem ser definidas como a parte real e imaginária de
jθ
e
, ou seja:
jθ
cos(θ) = Real {e }
jθ
cos(θ) = I maginaria {e }
E a função trigonométrica
jθ
e
, isto é:
j(ωt+ϕ)
v (t) = Vmax cos (ωt + ϕ) = Real(Vmax {e })
jωt jϕ
v (t) = Real {Vmax e e }
Então, a representação da função senoidal por meio da transformada fasorial dá-se pela sua amplitude e fase,
representados pela parcela
jϕ
Vmax e
e pela frequência angular da função trigonométrica, representada pela
jωt
parcela e
Fonte: EnsineMe.
Figura 1: Movimento do fasor ao longo do tempo.
Normalmente, utilizam-se apenas as informações de amplitude e fase para se representar um fasor, e essa
representação dá-se pela forma complexa polar ou retangular, usando-se a seguinte notação:
EXEMPLO
Considere um circuito que possui uma fonte de tensão
o
v (t) = 4 cos (2t + 45 ) V
o
i (t) = 2 cos (2t + 30 ) A
RESOLUÇÃO
A tensão
o
v (t) = 4 cos (2t + 45 ) V
→
V = 4∠45 V
o
, enquanto a corrente
o
i (t) = 2 cos (2t + 30 )
I
→ = 2∠30 o
A
Resistores
Indutores
Capacitores
Em um circuito senoidal, a razão entre o fasor tensão e o fasor corrente é denominada impedância, sendo dada por:
V
→ Vmax ∠ϕ Vmax e
j(ωt+ϕ)
Z = = = Ω
→
I
Imax ∠δ Imax e
j(ωt+δ)
RESISTORES
Em um resistor, a corrente está em fase com a tensão. Logo, a tensão no resistor é dada por:
vR (t) = R i(t)
j(ωt) j(ωt)
Vmax e = RImax e
ZR
, é dada por:
V
→ Vmax e
j(ωt)
ZR = = R =
→
I Imax e
j(ωt)
Podemos concluir que a impedância do resistor corresponde ao próprio valor de sua resistência
R Ω
INDUTORES
No indutor, sabemos que a corrente é defasada de 90° em relação à tensão e que a tensão no indutor é dada por:
d
vL (t) = L i(t)
dt
d o
j(ωt) j(ωt−90 )
Vmax e = L (Imax e )
dt
o
j(ωt) j(ωt−90 )
Vmax e = LImax e jω
V
→ Vmax e
j(ωt)
ZL = = jωL =
→
I Imax e
j(ωt−90 )
o
Concluímos que a impedância do indutor, também conhecida como reatância indutiva, é dada por
ZL = jωL Ω
CAPACITORES
No capacitor, sabemos que a corrente é adiantada de 90°? em relação à tensão e que a tensão no capacitor é dada
por:
1
vC (t) = ∫ ic (t) dt
C
1 o
j(ωt) j(ωt+90 )
Vmax e = ∫ (Imax e ) dt
C
1 o 1
j(ωt) j(ωt+90 )
Vmax e = Imax e
C jω
V
→ 1 Vmax e
j(ωt)
ZC = = =
→
I
jωC Imax e
j(ωt+90 )
o
Concluímos que a impedância do capacitor, também conhecida como reatância capacitiva, é dada por
1
ZC = Ω
jωC
Agora, a partir da transformação fasorial e dos cálculos das impedâncias, podemos transformar um circuito para o
domínio da frequência e realizar as mesmas operações realizadas em circuitos resistivos.
ASSOCIAÇÃO DE IMPEDÂNCIAS
A associação de impedâncias no circuito pode ser em série ou paralelo. A impedância equivalente de uma
associação série de impedâncias é:
Zeq = Z1 + Z2 + ⋯ + Zn ,
1
Zeq =
1 1 1
+ + ⋯ +
Z1 Z2 Zn
DIVISOR DE CORRENTE
Fonte: EnsineMe.
I1
será igual a:
Z2
I1 = Itotal
Z1 + Z2
DIVISOR DE TENSÃO
Fonte: EnsineMe.
V1
será igual a:
Z1
V1 = Vtotal
Z1 + Z2
LEIS DE KIRCHHOFF
Da mesma forma que são aplicadas em circuitos resistivos, as Leis de Kirchhoff podem ser aplicadas em circuitos no
domínio da frequência.
A fim de encontrar o número de equações para se resolver o circuito, devemos identificar a quantidade de nós do
circuito, e o número de equações nodais deverá ser:
N úmeroEquações = N − 1
Em que:
Fonte: EnsineMe.
Em que:
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
R3 = 1 Ω
C1 = 1/2F
L1 = 1 H
EXEMPLO
Determine, a tensão do nó B pelo método de Kirchhoff para as correntes.
Solução:
ω = 2
Agora, vamos fazer as transformadas fasoriais da tensão e dos elementos passivos do circuito.
V = 10∠0V
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
R3 = 1 Ω
1
Xc = = −j Ω
1
jωC1
XL1 = jωL1 = 2 Ω
Como no circuito anterior temos 3 nós, a saber: nós A, B e o de referência, o número de equação nodais é:
N úmeroEquações = N − 1 = 3 − 1 = 2
VA − 10∠0 VA − VB VA − VB VA
+ + + = 0
2 2 j2 −j
VB − VA VB − VA VB
+ + = 0
j2 2 1
VA 4, 15∠ − 41, 63
[ ] = [ ]
VB 1, 85∠ − 68, 20
Portanto, a tensão do nó B,
EXEMPLO
Para o mesmo circuito do exemplo anterior, determine a tensão do nó B usando a Lei de Kirchhoff para as tensões.
Solução:
Lembrando que o ramo é o caminho entre dois nós, a partir da análise do grafo do circuito, podemos concluir que ele
possui 5 ramos, identificados na figura a seguir:
Fonte: EnsineMe.
Sabendo que o circuito possui 3 nós, o número de equações necessárias para resolver o circuito é:
N úmeroEquações = R − N + 1 = 5 − 3 + 1 = 3
Fonte: EnsineMe.
Agora, um conjunto possível de correntes de malha é obtido fechando-se três caminhos, que podem ser:
Fonte: EnsineMe.
Então, fazendo o somatório das tensões das malhas iguais a zero, temos as seguintes equações:
⎢ 0 2 + j2 −j2 ⎥ ⎢ Ib ⎥ = ⎢ 0 ⎥
⎣ ⎦⎣ ⎦ ⎣ ⎦
2 −j2 2 + j2 + 1 Ic 10∠0
Ia 4, 15∠48, 4
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ Ib ⎥ = ⎢ 1, 31∠ − 23, 2 ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
Ic 1, 86∠ − 68, 2
A tensão do nó B será:
TEOREMA DE THEVENIN
Resolver circuitos no domínio da frequência também é possível usando o Teorema de Thevenin. Para encontrar o
equivalente Thevenin entre os pontos A e B de um circuito, devemos:
01
Encontrar a impedância equivalente de Thevenin entre os pontos A e B. Para isso, devemos colocar em repouso
todas as fontes independentes (curto circuitar as fontes de tensão e deixar em aberto das fontes de corrente).
02
Encontrar a tensão de Thevenin, que vem a ser a tensão de circuito aberto entre os pontos A e B.
03
Fazer a associação série entre a fonte de tensão de Thevenin, a impedância de Thevenin e o ramo retirado
inicialmente entre os pontos A e B.
EXEMPLO
Para o circuito do problema anterior, encontre o valor
vb (t)
Solução:
Primeiro, vamos encontrar a impedância equivalente entre o ponto B e a referência, conforme mostrado na figura
adiante:
Fonte: EnsineMe.
2j × 2 2 × (−j)
ZT H = + = 1, 41∠8, 13
j2 + 2 2 − j
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para se determinar a tensão de Thevenin, devemos encontrar a tensão de circuito aberto entre B e a referência.
Porém, pela configuração do circuito, percebemos que a corrente
VT H
j
VA = VT H = − 10 = 4, 47∠ − 63, 45°
2 − j
Fonte: EnsineMe.
Encontradas a tensão e a impedância de Thevenin, para que possamos determinar a tensão do nó B, devemos
montar o circuito composto pela associação série da tensão de Thevenin, impedância de Thevenin e o ramo retirado
do circuito.
Fonte: EnsineMe.
O valor da tensão do nó B pode ser dado por divisor de tensão e será igual a:
1
VB = VT H = 1, 86∠ − 68, 2
1 + ZT H
Mais uma vez, chegamos ao mesmo valor de tensão no circuito, porém, nesse caso, utilizando o Teorema de
Thevenin.
TEOREMA DE NORTON
Para encontrar o equivalente Norton entre os pontos A e B de um circuito, devemos:
01
Encontrar a impedância equivalente de Norton entre os pontos A e B. Para isso, devemos colocar em repouso todas
as fontes independentes (curto-circuitar as fontes de tensão e deixar em aberto as fontes de corrente. Esse
procedimento é idêntico para encontrar a impedância equivalente de Thevenin.
02
Encontrar a corrente de Norton, que vem a ser a corrente de curto-circuito entre os pontos A e B do circuito.
03
Fazer a associação paralelo entre a corrente de Norton, a impedância de Norton e o ramo retirado inicialmente entre
os pontos A e B.
EXEMPLO
Para o circuito do problema anterior, encontre o valor
vb (t)
Solução:
2j × 2 2 × (−j)
ZN = Z T H = + = 1, 41∠8, 13°
j2 + 2 2 − j
A fim de determinarmos o valor da corrente de Norton, devemos calcular a corrente que fluirá pelo curto-circuito
entre o nó B e a referência, conforme indicado na figura a seguir:
Fonte: EnsineMe.
Para encontrarmos a corrente de Norton, podemos achar a tensão do nó A, e depois calcular a corrente de Norton,
sabendo que:
IN = I1 + I2
Aplicando a lei dos nós, a tensão do nó A pode ser obtida por meio da seguinte equação:
VA − 10 VA VA VA
+ + + = 0
2 −j 2 j2
VA
, temos:
VA VA
IN = + = 3, 16∠ − 71, 56°
2 j2
Conhecidos os valores da impedância de Norton e da corrente de Norton, podemos montar o circuito com
associação paralela da fonte de corrente, da impedância de Norton e o ramo retirado do circuito original, conforme
mostra a figura a seguir:
Fonte: EnsineMe.
I1
I1
ZN
I1 = IN = 1, 86∠ − 68, 20°
1 + ZN
Finalmente:
Mais uma vez, chegamos ao mesmo valor de tensão no circuito, porém, nesse caso, utilizando o Teorema de Norton.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONSIDERE O CIRCUITO A SEGUIR PARA EXECUTAR AS DUAS ATIVIDADES:
FONTE: ENSINEME.
EM QUE:
1
C = F
10
L = 1H
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
A)
C)
D)
E)
2. O VALOR DA CORRENTE
i1 (t)
, NO CIRCUITO, EM A, É APROXIMADAMENTE:
A)
B)
C)
D)
E)
GABARITO
Em que:
1
C = F
10
L = 1H
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
Para resolver este problema, primeiro devemos passar todas as grandezas para o domínio da frequência. Sabendo
que
ω = 5
rad/s, a transformação fasorial das grandezas do circuito resultará nos valores mostrados a seguir:
V = 2∠0V
I = 1∠ − 30
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
1
XC = = −2j Ω
jωC
XL = jωL = j5 Ω
Fonte: EnsineMe.
A melhor forma de resolver esse circuito é adotar como nó de referência o nó anterior da fonte de corrente, o que
resultará no circuito mostrado a seguir:
Fonte: EnsineMe.
Assim, para resolver o circuito, podemos aplicar a Lei de Kirchhoff para as correntes nos nós A e B, o que resultará
no seguinte conjunto de equações:
VA − 2∠0 VA VA − VB
+ + = 0
j5 −j2 2
VB − VA VB − 2
1∠ − 30 + + = 0
2 2
VA = 0, 421∠ − 116, 13
VB = 0, 314∠82, 432
2. O valor da corrente
i1 (t)
, no circuito, em A, é aproximadamente:
Conhecidos os valores das tensões nos nós A e B, a partir da solução da atividade anterior, podemos aplicar a Lei de
Kirchhoff dos nós no nó X, conforme indicado na figura a seguir, de modo a determinarmos o valor da corrente que
circula pela fonte de luz.
Fonte: EnsineMe.
I1 = I2 + I3
Porém:
2 − VA
I2 =
j5
2 − VB
I3 =
2
VA = 0, 421∠ − 116, 13
VB = 0, 314∠82, 432
Portanto:
2 − 0, 421∠ − 116, 13 2 − 0, 314∠82, 432
I1 = + = 1, 21∠ − 29, 32
j5 2
MÓDULO 2
POTÊNCIA MÉDIA
A potência instantânea
p (t)
Uma vez que estamos trabalhando grandezas no regime permanente senoidal, podemons considerar que a tensão e
a corrente aplicadas ao elemento podem ser dadas por:
E
i (t) = Imax cos (ωt + ϕi )
1
p (t) = Vmax Imax [cos (ϕv − ϕi ) + cos (2ωt + ϕv + ϕi )]
2
A potência média
T
1 1
P = ∫ Vmax Imax [cos (ϕv − ϕi ) + cos (2ωt + ϕv + ϕi )] dt
T 0
2
1
P = Vmax Imax cos (ϕv − ϕi )
2
EXEMPLO
Considere uma carga hipotética que possui as seguintes formas de tensão e corrente aplicadas a seus terminais:
Solução:
1
P = 120 × 50 cos (30 − 60) = 2598 W
2
VALORES EFICAZES
O valor eficaz de uma corrente senoidal é igual ao valor de corrente contínua que circularia por uma carga e
produziria a mesma potência média.
A potência média dissipada em uma resistência R, percorrida por uma corrente senoidal é:
T
1 2
P = ∫ i(t) Rdt
T 0
Em que:
2
P = Ief R
T
1 2 2
∫ i(t) Rdt = Ief R
T
0
T
1 2
Ief = √ ∫ i(t) dt
T
0
1
P = Vmax Imax cos (ϕv − ϕi )
2
1 Vmax Imax
P = Vmax Imax cos (ϕv − ϕi ) = cos (ϕv − ϕi )
2 √2 √2
RESUMINDO
A expressão da potência média fornecida a uma carga pode ser obtida pelo produto da tensão e da corrente
eficazes, aplicadas aos terminais de um elemento e cosseno da diferença entre as fases da tensão e da corrente.
EXEMPLO
Um resistor de
10Ω
e percorrido por uma corrente cuja função senoidal é dada pela equação a seguir:
i (t) = 50 cos(3t + 60°)A
SOLUÇÃO
SOLUÇÃO
Imax 50
Ief = =
√2 √2
2
50
2
P = RI = 10 × ( ) = 12500
ef
√2
CIRCUITOS TRIFÁSICOS
A transmissão de grandes blocos de energia é feita de maneira mais eficiente empregando-se circuitos trifásicos.
DICA
Circuitos trifásicos são obtidos a partir de geradores trifásicos, que produzem 3 tensões de mesma amplitude,
mesma frequência e defasadas entre si de 120°.
EnsineMe.
EnsineMe.
TENSÕES DE FASE
TENSÕES TERMINAIS
A relação entre as tensões de fase e de linha dependem da forma como o gerador está ligado.
Quando o gerador está conectado na configuração Y, com neutro acessível ou não, o gerador apresenta a seguinte
configuração:
Fonte: EnsineMe.
Ea
Eb
Ec
Tensões terminais:
VA
VB
VC
Tensões de linha:
VAB
VBC
e
VCA
Ia
Ib
Ic
Correntes de linha:
IA
IB
IC
VL
e tensões de fase
Eϕ
|VL | = √3 ∣
∣Eϕ ∣
∣
IL
e correntes de fase
Iϕ
EnsineMe.
EnsineMe.
Quando conectado em
VL
e tensões de fase
Eϕ
|VL | = ∣
∣Eϕ ∣
∣
IL
e correntes de fase
Iϕ
IL = √3 I
ϕ
é indicado a seguir:
EnsineMe.
EnsineMe.
CARGA EQUILIBRADA
Se as impedâncias em cada uma das fases forem iguais, a carga é dita equilibrada.
CARGA DESEQUILIBRADA
Fonte: EnsineMe.
Em que:
Za = 5 Ω
Za = 3 − j4 Ω
Za = 3 + j4 Ω
0
Vab = 100∠0
Vbc = 100∠−120°
Vca = 100∠−240°
100
Ia = = 20
5
100∠−120°
Ib = = 20∠ − 66, 87°
3 − j4
100∠−120°
Ib = = 10∠66, 87°
6 + j8
2
Pa = 5|Ia | = 2000
2
Pb = 3|Ib | = 1200
2
Pc = 3|Ic | = 600
PT otal = Pa + Pb + Pc = 3800W
2
Qa = 0|Ia | = 0
2
Qb = −4|Ib | = −1600
2
Qc = 8|Ic | = 800
QT otal = Qa + Qb + Qc = −800V ar
2 2 2
S = P + Q
total total total
2 2
ST otal = √P + Q = 3883 V A
total total
Percebemos que as correntes de fase e de linha são desequilibradas, conforme mostra o diagrama fasorial a seguir,
no qual as tensões de linha estão representadas pelos fasores em preto, a corrente de fase pelos fasores em azul, e
as correntes de linhas pelos fasores em vermelho.
Fonte: EnsineMe.
Considere a carga equilibrada ligada em Y, alimentada por um gerador trifásica ligado em Y, conforme a figura a
seguir:
Fonte: EnsineMe.
Em que:
Z = 3 + j4 Ω
Suponha que essa tensão de linha é obtida a partir das seguintes tensões de fase:
0
Ea = 200∠0
Eb = 200∠−120°
Ec = 200∠−240°
Como o sistema é equilibrado, não há circulação de corrente no neutro, então a mesma tensão do gerador será
aplicada à carga.
Ea
IA = = 20∠−53, 13°
Z
Eb
IB = = 20∠−173, 13°
Z
Ec
IC = = 20∠66, 87°
Z
Considerando que as cargas sejam indutivas, as correntes de fase estarão defasadas de suas tensões de fase de
um ângulo
θ
, conforme a figura a seguir, onde os fasores das tensões estão representados em preto e as correntes de linha
estão representadas em vermelho.
Como o sistema é equilibrado, a defasagem entre as tensões é 120° e a defasagem entre as correntes de linha é
120°.
Fonte: EnsineMe.
ATENÇÃO
Observe atentamente o diagrama fasorial anterior. Quando o circuito trifásico é equilibrado, não precisamos calcular
todas as correntes de linha ou de fase. Basta calcular a corrente em uma das fases e aplicar o defasamento de 120°
nas demais fases.
EXEMPLO
Considere o circuito do problema anterior.
0
Ea = 200∠0
Aplicando-se a defasagem de 120° para as demais correntes, chegamos aos valores das demais correntes de fase,
que serão:
Para circuitos trifásicos, a potência real de cada uma das fases é dada por:
Pi = Ei Ii cos(ϕi )
Em que:
Pi
Ei
ϕi
Quando tratamos de circuitos trifásicos equilibrados, como as correntes e tensões na carga têm o mesmo módulo e
a defasagem entre elas é a mesma, a potência real do circuito trifásico é dada por:
P3ϕ = 3 Eϕ Iϕ cos(θ)
Em que:
P3ϕ
é a potência trifásica.
Eϕ
é a tensão de fase.
Iϕ
é a corrente de fase.
Elinha
Ef ase =
√3
If ase = Ilinha
Elinha
P3ϕ = 3 Ilinha cos (θ) = √3E Ilinha cos (θ)
linha
√3
A potência real trifásica, fornecida a um sistema ligado em Y, pode ser determinada usando-se valores de linha,
conforme mostra a equação anterior.
, temos:
Ef ase = Elinha
Ilinha
If ase =
√3
Ilinha
P3ϕ = 3 Elinha cos (θ) = √3E Ilinha cos (θ)
linha
√3
Comparando-se as expressões de potência do sistema trifásico, tanto para o sistema ligado em Y quanto para o
sistema ligado em
, a expressão que fornece a potência trifásica pode ser obtida usando-se os valores de linha da instalação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
EM QUE:
0
Ea = 220∠0
Eb = 220∠−120°
Ec = 220∠−240°
ZY = 3 − j4 Ω
ZΔ = 12 + j9 Ω
IA
, EM A, É APROXIMADAMENTE:
A) 32
B) 42
C) 52
D) 62
E) 72
2. A POTÊNCIA TRIFÁSICA DO SISTEMA, EM KW, É APROXIMADAMENTE:
A) 5,8
B) 10,6
C) 13,5
D) 27,0
E) 40,6
GABARITO
Fonte: EnsineMe.
Em que:
0
Ea = 220∠0
Eb = 220∠−120°
Ec = 220∠−240°
ZY = 3 − j4 Ω
ZΔ = 12 + j9 Ω
, em A, é aproximadamente:
ZΔ 12 + j9
ZY = = = 4 + j3
3 3
Fonte: EnsineMe.
IA
Ea 220
IA = = = 62, 2∠8, 13°
(4+j3)(3−j4)
Zeq
(4+j3)+(3−j4)
Como as tensões trifásicas foram dadas em valores eficazes, a corrente encontrada também está em valor eficaz.
Portanto, a opção correta é a letra D.
A potência trifásica é:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo destes módulos, estudamos a análise dos circuitos senoidais, iniciando pela transformação fasorial.
Observamos que, após essa transformação, as mesmas leis e teoremas vistos em circuitos resistivos podem ser
empregadas na resolução de circuitos.
No Módulo 2, vimos os conceitos de potência média e valores eficazes, além de conhecermos os circuitos trifásicos,
com as configurações
e Y. Analisamos os circuitos trifásicos com cargas equilibradas e desiquilibradas e o cálculo da potência nesses
circuitos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CLOSE, C. M. Circuitos Lineares. Rio de Janeiro: LTC, 1966.
NAHVI, M.; EDMINISTER, J. A. Circuitos Elétricos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2014 (Coleção Schaum).
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, resolva os exercícios dos livros constantes nas referências.
CONTEUDISTA
Sandro Santos de Lima
CURRÍCULO LATTES