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OSCILAÇÕES MECÂNICAS
Na natureza, assim como na técnica, estamos rodeados de fenómenos que ocorrem repetidamente ao longo
do tempo (fenómenos periódicos). Estes fenómenos são originados por movimentos periódicos, oscilatórios
ou vibratórios e ondulatórios, sendo os ondulatórios uma consequência da propagação das oscilações ou
vibrações através de um dado meio (ar, água, ferro ou qualquer outra substância). Pela natureza física do
processo oscilatório e do mecanismo que as origina, as oscilações classificam-se em:
Mecânicas são aquelas que precisam de um meio material para se propagarem (não se propagam no vácuo).
Ex: oscilações de um pendulo, uma criança num baloiço, pontes e outras construções, das variações pressão
do ar ao propagar-se, o som, etc.).
Electromagnéticas são aquelas geradas por cargas eléctrica oscilante, podendo propagar-se, tanto nos meios
materiais como no vácuo. Ex: oscilações da corrente eléctrica alternada num circuito, dos vectores de
intensidade do campo ⃗
E ,e do campo magnético, ⃗
B , num campo electromagnético variável, etc.).
Valores (t)
y= Asen ( 2Tπ )t Valores
elongação
de
0
y= Asen ( 2Tπ )∙ 0 y=0
T
4 ( 2Tπ )∙ T4 ⇔ y= Asen π2 ⇔ y= Asen ( 1802 ° ) ⇔ y= Asen 90 °
y= Asen
y= A
y= Asen (
T ) 2
T 2π T y=0
∙ ⇔ y= Asenπ ⇔ y =Asen 180 °
2
y= Asen ( ) ⇔ y= Asen (
2 )
3T 2 π 3T 3π y=−A
∙
4 T 4
y= Asen (
2 )
3 ∙ 180
⇔ y= Asen(270 ° )
y= Asen (
T )
T 2π y=0
∙ T ⇔ y= Asen(2 π)
Da análise da equação verificamos que o valor máximo é atingido quando o co-seno assume valor igual á
unidade. Isto acontece para ωt=0. Nestas condições, v= Aω. Sublinhe-se, então que o produto Aω=v máx
denomina-se velocidade máxima do oscilador.
A equação da velocidade do MHS, também pode ser obtida a partir da figura abaixo
A velocidade de Q em MHS pode ser obtida a partir da velocidade de P em
MCU (fig.). No triângulo destacado ABP da figura, a velocidade v de Q é a
Projecção da velocidade do ponto P ( v P) no eixo Ox . Como o sentido dessa
velocidade é contrário ao sentido positivo de Ox , acrescentamos o sinal
menos ¿:
v=−v p ∙ senφ
Como: v p =ωr ou v p= Aω e φ=φ0 + ωt , Obtemos: v=−ωA ∙ sen ¿
2π
Construção do gráfico da velocidade: v( t)= A ω cos ( t)
T
Com base na equação da velocidade acima descrita, vamos em primeiro lugar construir a tabela a seguir:
t (s ) 0 T T 3T T 5T 3T 7T 2T
4 2 4 4 2 4
v ( ms ) Aω 0 −Aω 0 Aω 0 −Aω 0 Aω
onde:
v2
ac= ; v=ω . r e φ=ω ∙ t
r
2
então a c =ω r ∙ sen (ωt )mas r =A e a c =A
y
2
a (t)=− A ω sen(ωt) equação da aceleração em função do tempo.
2π
Construção do gráfico da aceleração: a ( t )= A sen( )t
T
t (s ) 0 T T 3T T 5T 3T 7T 2T
4 2 4 4 2 4
( )
m 0 −Aω
2
0 Aω
2
0 −Aω
2
0 Aω
2
0
a
s2
F ( y )=−m∙ ω2 ∙ y
F ( y ) é designada força harmónica (ou restauradora) porque é ela que causa o MHS.
A designação de força restauradora está relacionada com o facto de ser esta força que garante o
prosseguimento das oscilações, pois sempre que o oscilador passa pela posição de equilíbrio, a força age no
sentido de retardá-lo e depois traze-lo de volta a partir das posições externas.
Discussão da equação F ( y )=−m∙ ω2 ∙ y
A proporcionalidade entre a força resultante que actua numa partícula de massa m em movimento
oscilatório e a elongação, relativamente á posição de equilíbrio, constitui a característica fundamental do
MHS. Assim,
EQUAÇÕES DE THOMPSON
T =2 π ∙
√
m
k
e quação de Thompson para o pendulo elástico
Onde: T - período do MHS de um corpo ligado a uma mola, m- massa do corpo oscilante, em Kg
k -constante elástica da mola, em N /m.
Da equação, conclui-se que o período das oscilações depende, apenas, da massa do corpo vibrante e da
constante elástica da mola, sob a condição de que a massa da mola deve ser menor em comparação com a
massa do corpo vibrante e que as oscilações se realizem sem atrito e com pequena amplitude.
Para k =constante ,T √m
√ m
k
, vem:
1
Para m=constante , T
√k
O gráfico da figura ao lado mostra que o período
das oscilações diminui quando a constante elástica
da mola aumenta (T é inversamente proporcional á √ k ¿ .
Pêndulo simples é um sistema constituído por uma partícula de massa m, suspensa por um fio ideal (fig. 1
abaixo). Ao oscilar em torno de sua posição de equilíbrio O, desprezadas as resistências, o pêndulo simples
realiza um movimento periódico (fig. 2 abaixo).
Na fig. 3 abaixo representamos as forças que agem na esfera numa posição genérica P: o peso ⃗ P e a
tracção ⃗
T.
^
Admitindo o ângulo de abertura bem pequeno, o arco AB pode ser considerado praticamente rectilíneo e,
desse modo, a força resultante ⃗ F =⃗P +⃗
T tem a direção do eixo Ox e está orientada para a posição de
equilíbrio O , sendo portanto uma força restauradora. Do triângulo destacado (fig. 4 abaixo) e levando-se
em conta o sentido do eixo Ox , concluímos que o valor algébrico de ⃗
F é:
x
Para pequenos ângulos podemos escrever tgθ ≅ senθ . Sendo P=mge senθ= vem:
L
F= ( −mg
L )
∙x
Sendo a intensidade da força restauradora proporcional à abscissa x da esfera, concluímos que esta realiza
um movimento harmónico simples. Para o cálculo do período comparamos:
Observe que o período do pêndulo simples não depende da massa da esfera pendular.