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Teste de Avaliação 1 Física e Química A – 11.

° Ano
Escola Data

Nome N.° Turma

Professor Classificação

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével azul ou preta. Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de
calcular gráfica.
Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não seja classificado.
Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas ilegíveis ou que não possam
ser identificadas são classificadas com zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é classificada
a resposta apresentada em primeiro lugar.
Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:
• o número do item;
• a letra identificativa da única opção válida.
Nos itens de resposta aberta de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos os cálculos efetuados e
apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.
As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado do teste.
O teste termina com a palavra FIM.

2TABELA DE CONSTANTES

Módulo da velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,0  108 m s −1

Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto à superfície da Terra g = 9,80 m s−2

Constante de Gravitação Universal G = 6,67 10−11 Nm2 kg−2

3FORMULÁRIO

• Energia
1 Epg = m g h W = F d cos WFg = −Epg
Ec = m v2
2 Em = Ec + Ep  W = Ec
P
U =R Ι P =R I2 U = −rI E = m c T U = W + Q Er =
A
• Mecânica
1 v = v0 + a t v2 2
x = x0 + v0 t + a t 2 ac = =
2 r T
v = r m1 m2
Fg = G
F =ma r2
• Ondas e eletromagnetismo
v Φm c
= Φm = B A cos  i = n= n1 sin1 = n2 sin2
 t v

1
1. Um corpo, de massa 500 g , descreve uma trajetória horizontal e retilínea, ao longo do eixo dos xx .
Na figura encontra-se representado o gráfico da componente escalar da posição do centro de massa do
corpo, em função do tempo, t. Nos primeiros 5 segundos, a resultante das forças que atuam no corpo é
constante.

1.1 Selecione o gráfico velocidade-tempo, v = f ( t ) , que pode representar a componente escalar da


velocidade, v , do corpo no intervalo de tempo 0,0; 3,0 s .
(A) X (B) (C) (D)

Opção (A).
De acordo com o gráfico posição-tempo, verifica-se que o corpo se desloca no sentido positivo e com
módulo de velocidade a aumentar, uma vez que o declive das retas tangentes à curva em cada ponto
aumenta ao longo do tempo, no intervalo de tempo considerado.

1.2 Refira, justificando, o tipo de movimento que o corpo apresenta nos últimos 4 segundos do movimento.
Movimento retilíneo uniforme. De acordo com o gráfico, nos últimos 4 segundos do movimento, a
posição do corpo varia linearmente ao longo do tempo. Assim, o declive da reta tangente a cada
ponto é constante e igual à componente escalar da velocidade média. Como a velocidade é
constante em direção, sentido e intensidade, o movimento do corpo é retilíneo uniforme.

2
1.3. Calcule a componente escalar da velocidade do corpo, no instante t = 9,0 s .
Apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos os cálculos efetuados.
Como no intervalo de tempo 8,0;12,0  s a posição do corpo varia linearmente ao longo do tempo,
a componente escalar da velocidade em cada instante é constante e igual à componente escalar da
velocidade média nesse intervalo de tempo.
x 0,5 − 12,5
v(t =9,0 s) =  v(t =9,0 s) =  v(t =9,0 s) = −3 m s−1
t 12,0 − 8,0

1.4. Comparando a distância percorrida, s , com a componente escalar do deslocamento, x , é possível


afirmar que, no intervalo de tempo  0; 8,0  s ,
s s
(A) 1. (C) 1 .
x x
(B) s = 1 .X (D) s = 0 .
x x

Opção (B).
Como no intervalo de tempo  0; 8,0  s o corpo se desloca em linha reta, no sentido positivo e sem
inversão de sentido, então a componente escalar do deslocamento é igual à distância percorrida,
s
s = x  =1
x

1.5. Pelo gráfico, pode afirmar-se que, no seu movimento, o corpo


(A) acelerou, inverteu o sentido, acelerou, parou e de seguida travou.
(B) acelerou, inverteu o sentido, acelerou, parou e de seguida travou.
(C) travou, parou, invertiu o sentido e recomeçou a andar com velocidade constante.
(D) acelerou, parou, invertiu o sentido e recomeçou a andar com velocidade constante. X
Opção (D).
De acordo com o gráfico posição-tempo, verifica-se que o corpo se desloca no sentido positivo e com
módulo de velocidade a aumentar, uma vez que o declive das retas tangentes à curva em cada ponto
aumenta ao longo do tempo, nos primeiros segundos. No intervalo de tempo 6,0; 8,0  s , o corpo
permanece em repouso, pois a sua posição não se altera ao longo do tempo. No instante t = 8,0 s , o
corpo inverte o sentido do movimento e, a partir deste instante, a posição varia linearmente ao
longo do tempo, isto é, a velocidade é constante e igual ao declive da reta.

2. Dois carrinhos, A e B, movem-se segundo uma trajetória retilínea num plano inclinado, segundo pistas
paralelas, de acordo com a figura.

3
Admita que, a partir do instante t = 0 s , e durante um determinado intervalo de tempo, as
coordenadas de posição, x A e xB , dos carrinhos A e B, variam com o tempo, t , de acordo com as
equações:
xA = −2,5 + 3,0 t (m) xB = 2,5 − 3,0 t + 0,20 t 2 (m)

Considere que cada carrinho pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula
material).
2.1. Selecione a opção que indica a distância a que se encontram os carrinhos A e B, em t = 0 s .
(A) 5,0 m X (C) −5,0 m
(B) 0,0 m (D) –2,5 m

Opção (A).
No instante inicial, as posições dos carrinhos A e B são, respetivamente xA = −2,5 m e xB = 2,5 m .
Assim, a distância a que se encontram é: d = xA − xB  d = −2,5 − 2,5  d = 5,0 m .

2.2. Utilizando as potencialidades da calculadora gráfica, indique o instante em que os carrinhos se


encontram, referindo a velocidade do carrinho B nesse instante.
Explicite como chegou ao resultado.
Colocando na máquina de calcular as duas funções, a interseção permite obter o instante em que
os dois carrinhos se encontram na mesma posição: t = 0,858 s , quando se encontram na posição,
x = 0,074 m .

Sendo o declive da reta tangente à curva xB(t) nesse instante igual à componente escalar da
velocidade do carrinho B nesse instante, obtém-se para a componente escalar da velocidade,
vx = −2,66 ms−1

2.3. Selecione o diagrama que representa corretamente a resultante das forças a atuar no carrinho A,
no movimento considerado.
(A) (B)

(C) (D)

4
Opção (C).
De acordo com a equação de movimento do carrinho A, a posição do carrinho varia linearmente
ao longo do tempo, e, por isso, a sua velocidade é constante e igual a 3ms−1 .
Se o carrinho se move com velocidade constante, significa que a variação da velocidade será nula.
Assim, a aceleração será nula, e, pela Segunda Lei de Newton, a resultante das forças que atuam
no carrinho será nula.

2.4. A força normal exercida pela superfície no bloco B, no intervalo de tempo considerado, é
(A) igual à força normal exercida pelo bloco B sobre a superfície.
(B) igual à força gravítica exercida sobre o bloco B.
(C) simétrica da força gravítica exercida pela Terra no bloco B.
(D) inferior, em módulo, à força gravítica exercida pela Terra no bloco B. X
Opção (D).
Pela Segunda Lei de Newton, a resultante das forças que atuam na direção da força normal é zero
pelo que N = Py . Por outro lado, P = Px + Py . Em conclusão, N  P .

2.5 Conclua, justificando, se, neste intervalo de tempo, o sistema carrinho A + Terra é conservativo.
Escreva um texto estruturado, utilizando linguagem científica adequada.
A energia potencial gravítica diminui ao longo do tempo, pelo que a variação da energia potencial
vai ser negativa e a energia cinética mantém-se constante (porque a velocidade do carrinho é
constante), pelo que a variação da energia cinética vai ser zero.
Sendo a variação da energia mecânica igual à soma da variação da energia cinética com a variação
da energia potencial gravítica, virá que a variação da energia mecância é igual à variação da
energia potencial gravítica.
Em conclusão, a variação da energia mecânica será negativa, pelo que não existe conservação da
energia mecânica, e o sistema não é conservativo.

3. Um camião em movimento num percurso retilíneo, de desnível acentuado, sofre uma falha no
sistema de travagem. O motorista dirige o camião para uma rampa de emergência com inclinação
 , de acordo com a figura abaixo.

Admita que o camião pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula
material) e que são desprezáveis todas as forças dissipativas que nele atuam ao longo da rampa de
emergência.
O camião de 1,3  104 kg entra numa rampa de emergência com uma inclinação de 12 .

5
A velocidade inicial do camião é, em módulo, 130 km h−1 , e, nestas circunstâncias, o camião
percorre uma distância, d , até parar.
Se, noutra situação a inclinação do plano for de 10 , para as mesmas condições iniciais mostre que,
nestas circunstâncias, a distância percorrida pelo camião na rampa de emergência até parar,
aumenta cerca de 20%.
Mostre como chegou ao resultado solicitado apresentando todas as etapas de resolução.
Para as mesmas condições iniciais será:
( Ec )situação1 = ( Ec )situação2  (WF
R
)
situação1
( )
= WFR
situação 2

Sendo desprezáveis todas as forças dissipativas, WF = WP + W N  WF = WP e virá:


R R

P  d1  cos1 = P  d2  cos2  d1  cos1 = d2  cos2  d1  sin12 = d2 sin10 


sin12
 d1  sin12 = d2 sin10  d2 =  d1  d2 = 1,20  d1
sin10
d −d 1,20 d1 − d1
Assim, aumento(%) = 2 1  100  aumento(%) =  100 = 20%
d1 d1

4. O Sistema Solar tem sido amplamente estudado. Os planetas descrevem órbitas em torno do Sol,
devido à força gravítica que o Sol exerce sobre eles.
4.1 Considere o planeta Saturno, cuja massa é cerca de 100 vezes maior do que a massa da Terra e que
apresenta um raio orbital cerca de 10 vezes superior ao raio orbital da Terra em torno do Sol.
A razão entre entre a força gravítica com que o Sol atrai a Terra e a força gravítica com que o sol
Fg
atrai Saturno, S/T , é de aproximadamente,
Fg S/S

(A) 10 (C) 0,1


(B) 1 X (D) 0,01
Opção (B).
G  mT  mS G  mS  mS
Fg S/T = 2
e Fg S/S = 2
substituindo mS = 100  mT ; dS-S = 10  dT-S , obtém-se:
dT-S dS-S

G  mT  mS
Fg S/T 2
dT-S Fg 100
=  S/T = =1
Fg S/S G  100  mT  mS Fg S/S 100
(10dT-S )
2

4.2 O módulo da aceleração gravítica de um corpo lançado verticalmente para cima, a partir da
superfície de Vénus, é
(A) inversamente proporcional à massa do corpo.
(B) máxima no ponto mais alto da trajetória.
(C) independente da massa do corpo. X
(D) nula no ponto mais alto da trajetória.

6
Opção (C).
Igualando a Segunda Lei de Newton à Lei de Gravitação Universal, FR = mcorpo  a e
G  mVénus  mcorpo
Fg = temos que:
d2
G  mVénus  mcorpo
G  mVénus , pelo que o módulo da aceleração é constante e só
mcorpo  a = 2
a=
d d2
depende da distância do corpo a Vénus e da massa de Vénus.

5. O movimento de queda livre foi estudado pelo físico italiano Galileu Galilei. Após as inúmeras experiências
que realizou, Galileu verificou que corpos em queda livre, mesmo os de massas diferentes, chegam ao
chão ao mesmo tempo, pois estariam sujeitos à mesma aceleração.
Um grupo de alunos construiu um dispositivo com o objetivo de determinar experimentalmente o módulo
da aceleração num movimento de queda livre e verificar se depende da massa dos corpos.
Os alunos montaram o dispositivo tal como está esquematizado na Figura abaixo.

No instante em que se abre o circuito do eletroíman, a esfera inicia o movimento de queda, e o com-
putador começa a contagem do tempo. A contagem termina quando a esfera atinge o tapete digital,
obtendo-se, assim, o tempo de queda, tqueda , da esfera. A altura de queda, hqueda , foi medida com
uma régua graduada, cuja menor divisão da escala é um milímetro.

5.1. Qual é o esboço do gráfico que pode representar o modo como varia a energia cinética, Ec , da esfera
em função do tempo, t , durante a queda?
(A) (B) X (C) (D)

7
Opção (B).
Sendo o sistema um sistema conservativo, a velocidade aumenta linearmente ao longo do tempo, du-
rante a queda da esfera. Como a energia cinética é proporcional ao quadrado da velocidade, caso a
velocidade da esfera duplique, a sua energia cinética irá aumentar quatro vezes. Assim, a energia ci-
nética aumenta com o tempo, segundo uma função não linear.

5.2. A partir dos valores das medições, determinou-se a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto
dos pontos do gráfico:
tqueda
2
= 0,207 hqueda − 0,001 ( SI)
5.2.1 A partir da equação obtida determine a aceleração gravítica e apresente o resultado em função
do valor obtido e do erro relativo percentual.
Tome como referência o valor de 9,80 ms −2 .
Apresente todas as etapas de resolução.
1 1 2 y
y = y0 + v0 t + a t 2  y = 0 + a t 2  t 2 =
2 2 a
Comparando esta equação com a equação da reta, podemos concluir que:
2
= 0,207  a = 9,66 m s −2
a
valor tabelado − valor experimental 9,80 − 9,66
Er =  100 =  100 = 1,43%
valor tabelado 9,80

a = 9,66ms−2  1,43%
5.2.2 Se num dos ensaios a esfera for largada de uma altura de 1,60 m, qual é o módulo da velocidade
com que a esfera passa na posição situada a 0,70 m do solo?
(A) v = 5,6ms−1
(B) v = 4,2ms−1
(C) v = 3,7ms−1 X
(D) v = 2,6ms−1
Opção (C).
Se a esfera estiver em queda livre, há conservação da energia mecânica e virá:
1
Emi = Emf  E ci + Epi = Ecf + Epf  m g hi = m g hf + m v 2  v = 2 g(hf − hi ) 
2
−1
 v = 2  9,80  (1,60 − 0,70) = 3,7m s

6. Uma bola, B1, é lançada verticalmente para cima, a 1,3 m do solo terrestre, com uma velocidade de
módulo 5,0 ms−1 . Três segundos depois, uma segunda bola, B2, é lançada vertticalmente para cima, da
mesma posição, com uma velocidade de módulo 4,0 ms−1 .
Admita que:
– a posição inicial coincide com o nível de referência da energia potencial gravítica e que o sentido positivo
é de baixo para cima.
– a resistência do ar é desprezável;
– as bolas podem ser representadas pelo seu centro de massa (modelo da partícula material)
8
6.1 Determine, mediante considerações energéticas, a razão entre a altura máxima atingida pela bola B 1,
hmáx B1 , e a altura máxima atingida pela bola B2, hmáx B2 .
Apresente todos os cálculos efetuados.
Considerando que há conservação de energia no movimento das bolas B1 e B2:
Para a bola B1

(
Ec = −Ep  E cf − Eci = − Epf − E pi  ) 1
2
m vi2 = m g hmáx  hmáx =
5,02
2  9,8
= 1,3m

Para a bola B2

(
Ec = −Ep  E cf − Eci = − Epf − E pi  ) 1
2
m vi2 = m g hmáx  hmáx =
4,02
2  9,8
= 0,82 m

( hmáx )B 1,3
Assim: 1
= = 1,6
( hmáx )B
2
0,82

6.2 Sabendo que a bola B1 foi lançada no instante t = 0 s e que a bola B2 foi lançada 3 s depois, qual das
opções seguintes pode representar a equação que permite obter a componente escalar da posição da
bola B2, em função do tempo, t , expressa nas unidades-base do SI?
(A) y = 4,0  (t − 3) + 4,90  (t − 3)2 se t  3
(B) y = 4,0  (t − 3) − 4,90  (t − 3)2 se t  3 X
(C) y = 4,0  (t + 3) + 4,90  (t + 3)2 se t  3
(D) y = 4,0  (t + 3) − 4,90  (t + 3)2 se t  3

Opção (B).
Como as duas bolas estão em queda livre apresentam movimento retilíneo uniformamente variado,
sendo válida a equação:
y0 = 0
1 2 
y = y0 + v0 t + a t ; C.I. v0 = 4,0 m s −1
2  −2
a = g = −9,80 m s

Substituindo na equação das posições virá:


y = 4,0  tB2 − 4,90  tB22 , em que tB2 = t − 3, com t = tB1 (tempo de voo da bola B1 ).
Assim, substituindo tB2 = t − 3 para a bola B2, obtém-se:

y = 4,0  (t − 3) − 4,90  ( t − 3 ) com t  3


2

FIM

9
Item
Pergunta
Cotação (em pontos)

1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5


1
10 12 12 10 10 54
2.1. 2.2. 2.3. 2.4. 2.5.
2
10 14 10 10 12 56
3.
3
14 14
4.1. 4.2.
4
10 10 20
5.1. 5.2.1. 5.2.2.
5
10 12 10 32
6.1. 6.2.
6
12 12 24
TOTAL 200

10

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