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A transformação
de Lorentz
l — — OC
/ 30 — lll / / / C
00 = 1 = /(a — ut), Q/ = /, 2 = 2, t" = T = y t—=x )
- - C
nº )2 nuº )2
1—=
C
—=
C
Onde:
1
%= 1. "
nuº )2
1—=
C
Obtemos então:
aº + yº + eº = cºtº,
que é formalmente idêntica à Equação 3.1, de onde partimos.
42 Capítulo 3 — A transformação de Lorentz
Portanto a transformação
′x = γ(x – ut) ′y = y, ′z = z, ′t = γ ⎛ t−cu ⎞
2x ⎟ , (3.4)
⎝⎜ ⎠
tabela 3.1
física clássica tre
Velocidade da luz A
no
movimento
velocidade
referencial
dada
do
fonte.
luz
éter
deve
e independe
ser medida
do A velocidade da luz é absoluta e
independe do movimento da fonte.
referenciais
transformaçãoinerciais
entre É feita pela TG. É feita pela TL.
′t1 = γ⎛⎜⎝ t1 − c2
u ⎞⎟⎠ O x0 O9 xx9
x0 ,
O x1 x2 L0 = g L9. (3.7)
Como g > 1, concluímos que o comprimento da ré
figura 3.3
Uma régua de gua, medido em qualquer referencial que não seja o de repouso dela, será menor do
comprimento que o comprimento próprio. Esse é o resultado já obtido na Seção 2.6 pelo uso direto
L0, em repouso dos postulados de Einstein.
no referencial
R, é medida no
referencial R9.
O observador
em R9 mede as
extremidades Exemplo 3.1
da régua
simultaneamente. Mostraremos aqui como o Exemplo 2.5 pode ser resolvido de maneira mais
simples, utilizando as equações da TL.
Solução
a) O comprimento próprio da nave é L0 = x9B – x9A. Seu comprimento medido
na plataforma, Dx = xB – xA, será menor devido à contração de Lorentz
(Equação 3.7).
=L
Δx 100 m = 80 m.
γ 0 = 1,25
onde L0 é a distância própria entre os relógios. Vamos supor agora que os eventos
sejam simultâneos em R. Então, Dt = 0 e
u
Δ′t = −γ L0.
c2
Vemos que os eventos só seriam simultâneos para o observador em R9 se u/c 0,
isto é, para baixas velocidades do observador.
Para determinar a diferença de sincronia dos relógios situados em x1 e x2 para
o observador em R´, há um ponto delicado que precisamos analisar com cuidado.
Observe que Dt9, dado pela equação anterior, é o intervalo de tempo entre os dois
eventos medido no relógio de R9 – e isso não é o que procuramos. Do ponto de vista
do observador em R9, o intervalo de tempo medido por ele é dilatado por um fator g
em relação ao intervalo de tempo medido no referencial R, que se move em relação
a ele (Equação 3.5). Então, de acordo com esse observador
Dt9 = g Dt.
O intervalo de tempo entre os eventos medido nos relógios do referencial R é,
portanto,
Δ′t u
Δt = = − 2 L0. (3.8)
γ c
46 Capítulo 3 — A transformação de Lorentz
Exemplo 3.2
Na Figura 3.5, um observador C no referencial R
R R! coloca relógios nos pontos A e B, distantes um do
outro 10 minutos-luz e uma lâmpada no ponto in
termediário de A e B, onde permanece. O obser
u vador C’ está no referencial R!, que se move com
velocidade u = 0,6 c relativa a R, paralelamente ao
eixo x. Quando C! passa por Cambos acionam seus
relógios e, nesse momento, C dispara um pulso de
C! luz para sincronizar os relógios A e B.
O!
a) Qual é a distância medida por C! entre os reló
O gios A e B?
A C B
b) Quais são as indicações do relógio de C! quando o
figura 3.5 pulso de luz chega a A e B?
O observador C é
equidistante dos c) Qual é o intervalo de tempo entre a recepção do pulso de luz em A e B, de
relógios A e B no acordo com C?
referencial R. O
observador C!, no d) Quanto tempo o relógio A está adiantado ou atrasado em relação ao relógio
referencial R!, que B, de acordo com C!?
tem velocidade u em
relação a R, passa
por C no momento
em que este dispara Solução
um pulso de luz
para sincronizar os a) A distância de 10 minutos-luz pode ser expressa por 10 c min (observe que
relógios A e B. essa grandeza tem a dimensão de comprimento). A e B estão em repouso
no referencial R, então o comprimento AB em R é um comprimento pró
prio. C! mede um comprimento menor
Lo
L= ;
γ
1 =0,81=1,25;
γ =
L = 1− u2
c2
At" = (*-*) cº
= 1,25 { …-**): cº
10 min.
*)->{º- 1
0,6 C. 10 cmin
•
}
|
At' = y At — —
cº cº
= —7,5 min.
VELOCIDADES
Conhecemos a Velocidade V de uma partícula P nO re
ferencial inercial R e queremos achar sua velocidade
no referencial R", que se desloca com velocidade uni
forme u em relação a R. Como já vimos, é sempre pos- U1 }
Aº_
, — Arº_ Y(Ar-uA) — A " ", -u
30 At / "(…) 1_ " Aº
Ax 1-", o ?
C cº. At c2 *
/ AU
v=*= AU = At = 0, (3.9)
º At" ?/ (u Aa: ?/ ? •
A At — — Aa:
cº } A 1— ——
cº } A 1—=U
cº }
U"2 = -
Os •
7/,
"(…)
A transformação da componente ve pode ser deduzida pelo leitor facilmente.
Se conhecermos a velocidade da partícula no referencial R" e quisermos determi
ná-la no referencial R, isto é, obter a transformação inversa, bastará trocar u por —u
nas Equações 3.8:
_ v% + u v% v.
U, = 11 " … U, =
-
TV U =
-
Y-7_Y (3.10)
gº. } 1…" y 1…"
_
Exemplo 3.3
A luz tem VeloCidade C nO referencial R. Qual é Sua VeloCidade no referencial
R", que se desloca com velocidade u em relação a R, na mesma direção e sen
tido da luz?
Solução
Utilizamos a TL para calcular a velocidade da luz no referencial R':
- / C — ?/,
U. = C, então U" = = C
1– "
cº
COmO deveríamos esperar.
Exemplo 3.4
Um problema interessante é a determinação da velocidade da luz em um líqui
do que flui (Veja a experiência de Fresnel-Fizeau na Seção 1.6). A luz se des
loca com velocidade C/m num meio de índice de refração n que, por sua vez, se
desloca com velocidade u em relação ao observador. Fresnel deduziu, utilizan
do argumentos clássicos, a seguinte fórmula (Equação 1.8) para a velocidade
3.6 — Efeito Doppler 49
Solução
Podemos usar a fórmula relativística de adição de velocidades (tomamos as ve
locidades da luz e do meio em sentidos opostos e chamamos de v! a velocidade
da luz em relação ao meio):
v= 1+ c
n +uu
′v+′vuu= 1+ ≅⎛⎜⎝nc+u⎞⎟⎠⎛⎜⎝1−cnu⎞⎟⎠≅nc+⎛⎜⎝1−n1⎞⎟⎠u,
2
c2 cn
3.7).
atmosfera
Observe
– está
queem
o meio
repouso
em que
emse
R.propaga
O emissor
o som
emite,
–a figura 3.7
O receptor está em repouso no meio, e o emissor
no intervalo de tempo Δt, uma onda com N cristas, move-se com velocidade u relativa ao meio, afastando
cuja frequência é ν! = N/Δt. Repare que não há nada a se do receptor.
50 Capítulo 3 — A transformação de Lorentz
(vs +Nu)Δt
λ= .
ν ≅ ′ν⎛ u⎞
⎜ 1− v ⎟ .
⎝ s⎠
ν=′ν⎛⎝ u⎞
⎜ 1− v ⎟ . (3.12)
s⎠
t+ Δt = γ′t+γuc′t=γ′t⎛⎝1+uc⎞⎠=′t1+1−ββ
⎜⎟ .
1 1−1=′ν1+ββ
ν = t+ . (3.13)
Δt = ′t 1−β
1+ β
O resultado obtido mostra que o fator que corrige a frequência no efeito Doppler
relativístico só depende de ß, ou seja, de u, que é a velocidade relativa de emissor e
detetor, como seria esperado na TRE.
52 Capítulo 3 — A transformação de Lorentz
Problema 2 Faça o cálculo do efeito Doppler para o caso em que a fonte de luz
está em repouso e o receptor se aproxima dela com velocidade u. Mostre que o
resultado é igual ao obtido na Equação 3.13. Só poderia ser assim, porque na teo
ria da relatividade importa apenas a velocidade relativa (não há referencial abso
luto).
λmédio=12(λfrente+λatrás)=12λ0 ⎛⎝1+1−ββ+1−1+ββ⎞⎟⎠= 1−
λ0β2
⎜ .
′ν= 1′t=γ1t=(1−β2)12ν.
(3.15)
Vemos que o efeito transversal é de segunda ordem em u/c.
cH
1 ≈1026 m,
Exemplo 3.5
Um par de linhas característico do espectro de potássio é observado no labora
tório em 395 nm. Quando o espectro da luz proveniente de uma certa galáxia
é observado, o mesmo par é identificado em 447 nm. Qual é a velocidade de
recessão da galáxia?
Solução
Observamos um desvio do espectro da galáxia para comprimentos de onda
maiores, ou seja, um desvio para o vermelho, que indica afastamento da galá
xia. O desvio percentual é:
Δλ 52
=13%.
λ = 395
Vamos supor que a velocidade de afastamento da galáxia seja pequeno em re- * Discussões detalha
lação à velocidade da luz, ß << 1. Podemos usar então a aproximação para o das e bem documen
efeito Doppler (Equação 3.13) tadas do papel da
experiência de MM
ν ≅ ′ν(1− β), na gênese da TRE
λ =νc ′ν(1− c β) ≅ ′λ(1+ β), podem ser encon
Δλ
λ =≅ tradas no excelente
ensaio “Einstein,
′λλ− λ ≅ β. Michelson, and the
‘crucial’ experiment”,
capítulo 8, do livro
de Holton, Gerald,
Portanto, ß > 0,13. A galáxia observada se afasta com velocidade u > 0,13 c. Thematic origins of
scientific thought,
Harvard University
Press, Cambridge,
Notas Mass: EUA ,1988 e
nos capítulos 6, 7 e
(1) O papel desempenhado pela experiência de Michelson-Morley (MM) na gênese da TRE
8 de Pais, Abraham,
é difícil de deslindar*. Nas palavras do próprio Einstein, “Não há, de fato, um caminho Sutil é o Senhor,
lógico que leva ao estabelecimento de uma teoria científica mas apenas tentativas cons a ciência e a vida
trutivas controladas pela cuidadosa consideração de conhecimento factual”. A expe de Albert Einstein,
riência de MM não é citada no artigo fundamental de 1905, a não ser de passagem e indi Nova Fronteira: Rio
retamente, quando se faz referência ao “insucesso das experiências feitas para detectar de Janeiro, 1997.
56 Capítulo 3 — A transformação de Lorentz
(3) Woldemar Voigt (1850-1919) foi quem primeiro publicou, em 1887, a descoberta, exceto
por um fator de escala, do sistema de equações que seria depois denominado transfor
mação de Lorentz por Poincaré. Em 1900, Joseph Larmor (1857-1942) descobriu inde
pendentemente a transformação exata (Equações 3.4) e, além disso, demonstrou que a
contração de FitzGerald-Lorentz era uma consequência dela. Em 1899, Lorentz desco
briu independentemente a transformação exceto por um fator de escala e, em 1904, na
forma exata.
A TL, descoberta pelos antecessores de Einstein, era uma ferramenta matemática útil
para certos objetivos, porém, sua interpretação não era óbvia para o físico do século XIX
– por exemplo, como interpretar os tempos t e t´? Lorentz propôs chamar o tempo t tem
po geral e o tempo t´ tempo local, mas é claro que, para ele, o tempo verdadeiro era t,
o tempo do referencial do éter. Não foi, portanto, capaz de dar a interpretação correta
aos tempos t e t´ como tempos verdadeiros em referenciais inerciais diferentes e dessa
forma abolir o tempo absoluto.
Poincaré, deu um passo adiante e tratou t! como um conceito físico. Para ele, se dois
observadores em movimento relativo sincronizam seus relógios por meio de sinais lu
minosos, ambos marcam tempos locais – nenhum deles marca o tempo verdadeiro.
Como requerido pelo princípio da relatividade, argumentava ele, o observador não
sabe se está em repouso ou em movimento absoluto. Vemos quão próximo Poincaré es
tava da teoria da relatividade: ele usava o princípio da relatividade, criticava a intuição
de simultaneidade, negava o tempo absoluto e previa que uma nova mecânica deveria
ser construída. No entanto, sua crítica ao conceito de simultaneidade se referia a locais
diferentes de um mesmo referencial e não a diferentes referenciais em movimento rela
tivo e sempre acreditou que era necessário tomar como hipótese adicional para construir
a nova mecânica a contração de FitzGerald-Lorentz. Nunca chegou, de fato, a criar uma
teoria completa e coerente, mas, sim, o programa para uma possível teoria.
A descoberta da TL por Einstein foi feita a partir dos postulados de sua teoria e, por
tanto, independente das anteriores. Em seu trabalho no escritório de patentes de Berna
tinha pouco acesso à literatura científica; mesmo de Lorentz, a quem admirava imensa
mente, só conhecia em 1905 os trabalhos publicados até 1895, como afirmou repetidas
vezes. Na verdade, seus notáveis artigos de 1905 foram feitos em completo isolamento
da comunidade científica. Era próprio de sua natureza a reflexão independente; desde os
tempos de estudante mostrara gosto pela solidão.
*Dukas, Helen e
Hendrik A. Lorentz (1853-1928) merece um comentário à parte pelo papel que desem
Hoffmann, B. (org.)
penhou nas transformações por que passou a física no final do século XIX e por sua Albert Einstein
influência na criação da teoria da relatividade. A grande importância do trabalho de Lo o lado humano.
rentz está na ligação dos novos conceitos da física atômica (átomos, elétrons e radiação) Brasília, Editora
com as teorias de Fresnel e Maxwell de maneira coerente. Já em 1895, ele interpretava Universidade de
as equações de Maxwell em termos de cargas e correntes de partículas fundamentais – Brasília, 1985, p.15.
58 Capítulo 3 — A transformação de Lorentz
que chamava íons – e introduzia a força que atua sobre um “íon” de carga e que se move
num campo eletromagnético (E, B): a força que hoje chamamos força de Lorentz (em
1899, ele denominava íons os portadores de carga elétrica). Lorentz era admiravelmen
te criativo e explorava todos os caminhos que a física clássica oferecia para atingir seus
propósitos. Poincaré, que era seu amigo e admirador, criticou-o sutilmente pelo excesso
de hipóteses que formulava, mudando-as constantemente, quando percebia caminhos
melhores.
Seu conhecimento amplo, profundo e coerente, associado a um caráter modesto, pacien
te e justo (veja seu relacionamento com FitzGerald na nota 6 do Capítulo 1) faziam de
Lorentz uma pessoa muito admirada e estimada no meio científico (Einstein tinha par
ticular estima e respeito por ele). Em 1902, junto com P. Zeeman, ele foi agraciado com
o Prêmio Nobel, por seus trabalhos em espectroscopia, que se tornariam fundamentais
para o desenvolvimento da velha e da nova física quântica. Lorentz passou toda sua vida
na Holanda, tendo saído de seu país pela primeira vez aos 45 anos para participar num
congresso científico do outro lado da fronteira. Quando faleceu, tinha se transformado
em pessoa admirada e respeitada por seus concidadãos; durante a cerimônia de seu
enterro, os sistemas de correios e telefones da Holanda suspenderam suas atividades
durante três minutos, em sinal desse respeito e admiração.
(4) Max von Laue (1879-1960) foi um dos primeiros físicos a aceitar a TRE. Tomou conheci
mento dela por meio de Planck, de quem era assistente, e marcou uma visita a Einstein
em Berna para discutir alguns aspectos da teoria. Relata que ficou muito impressionado
ao encontrar um jovem físico, de sua idade, como autor da teoria. Em 1907, von Laue
publicou a nota sobre o tratamento relativístico da experiência de Fizeau (veja o Exem
plo 3.3) e foi autor da primeira monografia sobre a teoria. Foi agraciado com o prêmio
Nobel em 1914, alguns anos antes de Einstein, pela descoberta da difração de raios X em
cristais.
(6) Ives H. E., Stilwell G. R., J. Opt. Soc. Am. 28, 215 (1938); 31, 349 (1941).
(7) As estrelas variáveis Cefeidas são astros gigantes, que têm três ou mais vezes a massa do
Sol. Elas pulsam, variando em brilho ao mesmo tempo que variam em tamanho. A pulsa
ção da estrela está ligada ao ciclo de processos termonucleares envolvendo núcleos de
hidrogênio e hélio. O período é diretamente relacionado ao brilho intrínseco da estrela,
isto é, em termos astronômicos, a sua grandeza absoluta. Conhecida a grandeza de uma
Cefeida e sabendo que o brilho cai com o quadrado da distância, o astrônomo pode cal
cular sua distância.
Problemas
Resolva os problemas 2.4, 2.5 e 2.6 do Capítulo 2 utilizando a TL.
3.1 Dois homens, situados nas extremidades A e B de uma nave espacial, cujo com
primento próprio é 60 m, atiram um contra o outro. Ela tem velocidade c/5 em
relação a uma plataforma espacial. Uma testemunha na nave diz que eles atira
ram simultaneamente. O que diz uma testemunha situada na plataforma, quan
Problemas 59
to à ordem dos tiros e ao intervalo entre eles (refira-se ao homem da frente e ao
da traseira da nave em sua resposta)?
Resposta: O da frente atirou 40,8 ns antes.
3.2 Um observador numa plataforma espacial, cujo comprimento próprio é 100 m,
mede a velocidade de uma nave que passa por ele e acha 0,5 c. Por meio de
um arranjo experimental que permite medir as posições das extremidades da
nave simultaneamente, determina 60 m de comprimento dela. a) Qual é o com
primento da nave em repouso? b) Qual é o comprimento da plataforma para o
piloto da nave? c) Qual é o intervalo de tempo no relógio da nave entre as duas
medidas realizadas pelo observador da estação? d) Para o observador na pla
taforma, quanto tempo leva a nave a passar por ele? e) Para o piloto, quanto
tempo leva a plataforma a passar por ele?
Respostas: b) D = 86,6 m; c) Δt = 0,115 μs; e) Δt = 0,46 μs.
3.3 Uma nave espacial se move com velocidade 0,9 c em relação a uma plataforma
cujo comprimento próprio é 100 m. O controlador da plataforma, situado no
meio dela, aciona simultaneamente (em seu relógio) sinalizadores luminosos
existentes nas extremidades da plataforma. Ache a separação espacial e tem
poral dos clarões dos sinalizadores no referencial da nave.
Resposta: Δt = 0,687 μs (indique a ordem temporal dos clarões vistos na
nave).
3.4 Um observador vê duas partículas se moverem em sentidos opostos, ambas
com velocidade 0,99 c em relação a ele. Qual é a velocidade de uma partícula
em relação à outra? Comente esse resultado.
3.5 Uma partícula que se move com velocidade c/2 no referencial R do laboratório
emite um fóton na direção e sentido de sua trajetória. a) Calcule a velocidade
do fóton, em módulo e direção, no referencial R! da partícula. b) Repita o cálcu
lo para o caso em que o fóton é emitido numa direção perpendicular à trajetória
da partícula.
Resposta: b) v = c, θ = 60o.
3.9 No referencial R são observados dois eventos A (x1 = 1, y1 = y0, z1 = z0, ct1 = 2)
e B (x2 = 5, y2 = y0, z2 = z0, ct2 = 1). Ache a velocidade do referencial R9, que se
move ao longo do eixo x, no qual os eventos são simultâneos.
Resposta: u = – c/4.
3.10 Um pulso de laser é enviado da Terra para a Lua. Qual deveria ser a velocidade
de uma nave espacial que vai da Terra para a Lua para que o astronauta ob
servasse a saída do pulso da Terra e sua chegada à Lua como acontecimentos
simultâneos?
3.11 Uma nave espacial tem uma antena de comprimento l, que forma um ângulo u
com a direção de seu movimento. Qual é o comprimento e a direção da antena,
medidos por um observador de outra nave que passa por ela, movendo-se na
mesma direção e sentido com velocidade relativa u? Faça uma aplicação para
u = 135° e l = 1,0 m.
Resposta: l9 = 0,866 m, u9 = – 54,7o.