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Semana 7

Funções de várias variáveis e campos vetoriais

Função de uma variável

Uma definição prática: Função é a aplicação de uma regra (relação,


lei, aplicação) que associa (leva) x (que pertence a um determinado
conjunto que chamamos domínio) em y=f(x) (um valor que pertence a um
determinado conjunto que chamamos contradomínio)

f: xy

f: xRyR

f: RR

x|y

f={xR yR ; y=f(x)} ou f={xR yR | y=f(x)}

exemplo: m=f(V), f: Vm

neste caso f é a função afim, m=dV

Observe: todo elemento de x tem um que ter um y, e cada elemento de


x tem um único elemento em y.

Y=1/x f={xR\0 yR ; y=1/x}

C=a/b então a=cb

C=1/0 então 1=c0, indeterminado

Gráfico da função f

Considere a função f: xRyR

Considere o conjunto de pares ordenados If={(x,y)} onde (x,y)  RR


(produto cartesiano RR=R2).

Um eixo é uma reta orientada na qual se fixou um ponto chamado


origem, em que temos uma unidade de medida (noção de distância).
Um plano cartesiano () é um par de eixos perpendiculares com a
mesma origem.

Agora, Gf:R2, temos correspondência biunívoca entre ponto e par


ordenado P|->(x,y).

Por exemplo, a função afim y=f(x)=ax+b consiste num conjunto de


pares ordenados If={(x,y)} onde (x,y)  RR (produto cartesiano
RR=R2). Considerando Gf:R2, temos correspondência biunívoca entre
ponto e par ordenado P|->(x,y). Num plano coordenada Gf é
representado por uma reta (é abstrato).

Outro exemplo

Imagine um feixe colimado de radiação monocromática que


passa por um meio homogêneo isotrópico. Se P0() representa a
potência incidente de uma radiação de comprimento de onda 
(podemos usar o termo alternativo intensidade incidente no
lugar de potência incidente) e P() a potência transmitida,
então a transmitância para um dado  é definida por

T()=P()/P0()

Outra quantidade bastante comum é a absorvância (ou


absorbância) da amostra, definida como

A()=-log10 T()=log10 (1/ T())=log10 (P0()/P())

A lei de Berr-Lambert estabelece que a potência de radiação


transmitida varia com o comprimento óptico e com a
concentração da seguinte forma

P=P0 10-elC

ou que

A=A0ej()lcj
O parâmetro ej() é chamado de coeficiente de absorção molar,
normalmente expresso em L/mol.cm, Cj é a concentração em mol/L
da espécie absorvente j e l é o caminho óptico percorrido pela
luz na amostra, em cm. O coeficiente de absorção molar (também
chamado de coeficiente de extinção) depende da espécie e do
comprimento de onda da radiação. Veja que o coeficiente ej()
tem dimensão de comprimento^2/mol, portanto, ele pode ser
encarado como uma seção de choque eficaz de absorção molar. E
quanto maior o valor de ej() maior a extinção de radiação
pela amostra. Veja que a absorbância depende de e C.

Função de várias variáveis

Cálculo II - Estuda-se funções de várias variáveis e campos vetoriais

Uma função de duas variáveis é uma regra que associa a cada par ordenado de números
reais (x, y) de um domínio D um único valor real, denotado por f(x, y). O conjunto D é
chamado domínio de f e sua imagem é o conjunto de todos os valores possíveis de f.

f: x,yRnzR

Por exemplo,

Considere o problema de condução de calor em uma barra de


comprimento L, cuja seção transversal tem área A, feita de um
material condutor de calor uniforme, isolado, exceto nas
extremidades que estão em contato com fontes de térmicas nas
temperaturas T1 (em x=0) e T2 (em x=L), com T1<T2. Suponhamos também
que este cilindro não troca calor com o ambiente, exceto em suas
extremidades. Sendo assim teremos um fluxo de energia (condução de
calor), de T2 para T1, criando um perfil de temperatura u(x,t) ao
longo da barra. A temperatura u(x,t) depende da posição x e do tempo

t. Se f é uma função de duas variáveis com domínio D, então o gráfico de f é o conjunto

de todos os pontos (x, y, z) em R 3


& 1.2 Organização dos dados

Normalmente o aparelho fornece um sinal cujo registro é


feito em função de uma determinada variável de controle ou
tempo. Por exemplo, na espectroscopia UV-VIS a intensidade é
registrada em função do comprimento de onda. Neste caso, o
comprimento de onda é a variável independente e a absorbância
é a variável dependente. Os componentes da solução analisada,
concentração, temperatura, aparelho são o que chamamos de
condições de controle.

No caso do exemplo do UV-VIS, o sinal fornecido pelo


aparelho é a sobreposição do sinal de todos os componentes da
amostra, além disto o sinal vem acompanhado de erro e ruído, e
de uma linha base. Além disto o sinal fornecido pelo aparelho
dá uma informação indireta sobre o sistema que tem que ser
transformado em informação química útil, tal como razão entre
intensidade de radiação incidente e transmitida.

Portanto, antes da análise química da informação o dado


bruto deve passar por um tratamento e transformação. No
tratamento o ruído é filtrado e a linha de base retirada.
Posteriormente, os dados são transformados em informação
adequada para análise química. Agora, temos uma informação que
é útil, por exemplo, para quantificação de um composto numa
mistura.

Mas antes disto, a primeira etapa é a coleta de dados. Uma vez


coletados estes dados devem ser organizados. Eles, em geral,
são arranjados em linhas e colunas que denominamos de matriz,
X. Em geral usamos uma letra maiúscula em negrito para
representar matrizes. As linhas correspondem a uma determinada
amostra e as colunas a variável independente. Cada elemento da
matriz é representado por xij, que corresponde ao valor do
sinal de uma amostra i medido na variável j. A matriz X é um
arranjo de números de dimensão IxJ, com I linhas e J colunas.

x11 x 12 x 13
X =
[ x 21 x 22 x 23
x 31 x 32 x 33 ]
A matriz acima tem os resultados para uma asmotra em 3 tempos
diferentes (t1, t2 e t3), medidas em 3 comprimento de ondas
diferentes (1, 2 e 3). Veja que se o sinal é um número real,
t e  são números reais, então a matriz X é uma superfície no
espaço 3.

Os vetores linhas são representados por xi’ e os vetores


colunas por xj. No caso,

x1’ = X(1,:) = [ x 11 x 12 x 13]

corresponde ao espectro (A) da amostra no tempo ti. No caso,


x11
x1 = X(:,1) =
[]
x 21
x 31

corresponde aos valores de absorbância pra o comprimento de


onda 1 em diferentes tempos. Vemos aqui a importância de
sabermos lidar com matrizes!

A=f(C,)

Vetores e sua álgebra

& 2.1. Grandezas escalares e vetoriais

Grandezas escalares são bem especificadas por um número


apenas, por exemplo, a densidade da água é 1g/mL. Normalmente
representamos a densidade (grandeza escalar) pela letra d.
Outras grandezas físicas, precisamos especificar, além de um
número, uma a direção e um sentido. Por exemplo, quando
fazemos uma força de 1N para empurrar uma mesa, é importante
dizer a direção e sentido que a força é aplicada, isto vai
definir a direção e sentido que a mesa se move. Normalmente,
uma grandeza vetorial é representada por uma letra em negrito,
por exemplo, F. No papel, uma grandeza vetorial é representada
por um vetor. Este vetor é um segmento de reta de comprimento
igual ao valor da força, no nosso exemplo, desenhado na
direção que a força é aplicada, orientado no sentido que a
força é aplica (uma flexa é usada para indicar a orientação do
segmento de reta). Veja a figura abaixo.

O segmento ilustrado no eixo coordenado xy, tem origem


no ponto A, (xA,yA), e extremidade no ponto B, (xB,yB). Podemos
partir do ponto A e chegar no ponto B, caminhando sobre o
segumento de reta na orientação indicada por uma distância
(xB-xA)2+(yB-yA)2). Se desenharmos o nosso sistema de
coordenada com origem em A, (0,0), então B, (xB-xA,yB-yA).
Neste caso, o vetor fica especificado simplesmente pelas
coordenadas do ponto B. Usamos este fato para criar nossa
representação de um vetor no plano xy, isto no espaço R2, pela
matrix coluna 21,

[xB-xA yB-yA]’.

Os vetores unitários que indicam as direções e sentido de x e


y no nosso plano coordenado são i=[1,0]’ e j=[0 1]’. Sendo
assim, o vetor F=[xB-xA yB-yA]’ neste plano coordenado,
significa que, se andarmos na direção i por uma distância xB-xA
e na direção j por uma distância yB-yA, isto é equivalente a
andarmos na direção do vetor F, de sua origem A ao seu término
B, por uma distância ((xB-xA)2+(yB-yA)2).

& 2.2. Definição

Vetor nos é uma ideia intuitiva e familiar quando falamos de


um vetor no plano. Um vetor no plano é um segmento de reta,
com determinado comprimento, direção e sentido (indicado por
uma seta em uma de suas extremidades). Este segmento de reta
tem uma origem no ponto A e extremidade no ponto B, sendo
então representado pelas seguintes notações AB=⃗v =v . Veja a
figura abaixo. Obviamente que o comprimento do vetor é dado
pela distância entre os pontos A e B, assim

| AB|=[(xB-xA)2+(yB-yA)2]

onde (xA,yA) e (xB,yB) são, respectivamente as coordenadas do


ponto A e B. Veja que a direção do vetor é dada pela tangente
do ângulo entre o segmento de reta AB e o eixo x, assim,
tan = (yB-yA)/(xB-xA)

Portanto, o par de números (yB-yA) e (xB-xA) representam o


vetor v, já que a partir dele podemos determinar a direção e
comprimento do vetor (para o sentido é fácil criar uma
convenção). Sendo assim, podemos representar o vetor por uma
tabela entre colchetes (ou parênteses) contendo 2 números
ditribuídos em 2 linhas e 1 coluna,

v = [v1 v2]’

onde v1 e v2 são números reais. Nete sentido, v representa o


segumento de reta AB tal que A é o ponto (0,0) e B é o ponto
(v1,v2). Chamamos isto de matriz coluna. Veja que um vetor e
uma matriz são entes distintos da matemática que aqui se unem
de certa forma. Portanto, é possível representar um vetor por
uma matriz, desde que operações e propriedades de vetores
sejam iguais as operações e propriedades das matrizes colunas.

Dois vetores são iguais independente de onde o segmento


de reta comece (i.e. do ponto A) desde que sua direção,
sentido e comprimento sejam os mesmos. Você deve se lembrar
que para somar vetores usamos a regra do paralelograma. A
regra é simples: una os vetores a serem somados, de tal forma
que o final de um coincida com o início do próximo, o vetor
resultante será obtido unindo-se o início do primeiro com o
final do último. Para dois vetores no plano, temos

0 A =v = [v1 v2]’

0 B =u = [u1 u2]’

AC =u* = [v1+u1-v1 v2+u2-v1]’

0 C =¿v+u = [v1+u1-v1+v1 v2+u2-v1+v1]’=[v1+u1 v2+u2]’


O vetor u* é o vetor u deslocado, veja a figura abaixo.
Fisicamente é bastante razoável, suponha que os vetores
representam posições, isto significa que caminhar na direção e
sentido do vetor v, pela distância |v|, e depois caminhar na
direção e sendito do vetor u, pela distância |u|, corresponde
a caminhar na direção e sendito do vetor u, pela distância |
u+v|.

Outra operação simples é multiplicar um vetor por um


escalar, imagine multiplicar o vetor por 2, seria 2v = v+v,
logo pelo que vimos

2v = v+v = [v1+v1 v2+v2]’ = [2v1 2v2]’

Fisicamente é bastante razoável, suponha que o vetor


representa uma posição, isto significa que caminhar na direção
e sentido do vetor v, pela distância |v|, e repetir a
caminhada pela mesma direção, sentido e distância corresponde
a caminhar na direção, sentido do vetor v, mas pelo dobro da
distância 2|u|. Portanto, de maneira geral,

av = [av1 av2]’

E multiplicar o vetor por -1, o que significa? Usanda a regra


anterior teremos

-1v = [-v1 -v2]’

É fácil verificar graficamente que neste caso o vetor é


invertido. Fisicamente é bastante razoável, suponha que o
vetor representa uma posição, assim -v significa caminhar na
direção do vetor v, pela distância |v|, no sentido oposto.

Vimos que podemos associar um comprimento para vetor AB


no plano como sendo a distância entre os pontos A e B, assim |
AB|=[(xB-xA)2+(yB-yA)2] onde (xA,yA) e (xB,yB) são,
respectivamente as coordenadas do ponto A e B. A questão agora
é como podemos definir uma distância entre dois vetores? Por
exemplo, será que os vetores v e u são próximo ou distantes? É
intuitivo pensar (em 2D) que a distância entre v e u
corresponde ao comprimento do veto v-u, sendo assim

v-u = [v1-u2 v2-u2]’

d = |v-u| = [(v1-u2)2+(v2-u2)2]

De maneira geral, pode-se associar um número positivo d,


chamado distância ou métrica, entre dois elementos, poor
exemplo v e u, de um espaço vetorial. Como vimos para o 2 a
norma euclidiana do vetor v-u faz este papel, mas não precisa
ser necessariamente assim, desde que a métrica proposta
satisfaça determinadas propriedades.

O espaço vetorial que trabalhamos também tem uma operação


importante definida, que é o produto interno ou produto
escalar.

& 2.3. Produto escalar

Considere dois vetores v=[a b]’ e u=[c d]’. O produto escalar


dos vetores v e u, v.u, é definido por

v.u=||v||||u||cos
onde  é o ângulo formado pelos vetores v e u; e ||v|| e ||u||
representam os respectivos comprimentos destes dois vetores.
Obviamente que

v.v = ||v||||v||cos0 = ||v||2

como (usando teorema de Pitágoras)

||v||2 = a2+b2

Logo

v.v = a2+b2

Se usamos matrizes colunas 21 para representar nossos


vetores, v e u, v=[a b]’ e u=[c d]’, como

v’.v = a2+b2

então

v.v = v’v

Portanto,
u.v = u’v = ca + db

Também vale observar que

cos = v.u/(||v||||u||)

cos = (ca+db)/((a2+b2)(c2+d2))

Note que Se usamos matrizes colunas 21 para representar


nossos vetores, v e u, v=[a b]’ e u=[c d]’, e que Os vetores
unitários que indicam as direções e sentido de x e y no nosso
plano coordenado são i=[1 0]’ e j=[0 1]’. Então

u.i = u’i = c.1+d.0 = c

ou, também,

u.i = ||u||||i||cos = ||u||cos

e, portanto

c = ||u||cos

ou seja, u.i é a projeção do vetor u, na direção i. Da mesma


forma

u.j = u’j = c.0+d.1 = d e que

ou, também,
u.j = ||u||||j||cos(/2-) =||u||sin

e, portanto

d=||u||sin

assim u.j é a projeção do vetor u, na direção j. Se andarmos


na direção i por uma distância c e na direção j por uma
distância d, isto é equivalente a andarmos na direção do vetor
u, de sua origem ao fim, por uma distância ||u||.

Assim, podemos escrever u, como

u = [||u||cos, ||u||sin]’

Propriedades do produto escalar de vetores unitários, quando


=0,

i.i = ||i||||i||cos0 = ||i||2 = 1

quando =/2,

i.j = ||i||||j||cos(/2) = 1.1.0 = 0

& 2.4. Base

Até agora falamos de vetores no plano, mas podemos falar


de vetores no 3 e no n. Um espaço vetorial V é um conjunto
cujos os elementos são vetores, com determinadas propriedades
para a operação de adição e multiplicação por um escalar: como
associativa, elemento neutro, inverso aditivo, comutativa.
Chama-se de subespaço SV um subconjunto de elementos de V.

Dizemos que dois vetores v e u são linearmente


independentes, se a equação av+bu=0 só vale para a=0 e b=0. Em
outras palavras, um conjunto de vetores é dito linearmente
independete se cada vetor do conjunto não for possível de
escrito como uma combinação linear dos outros, isto é,
v=au+bx+... Um subespaço Sv formado de vetores linearmente
independentes, capaz de gerar por combinação linear os vetores
de V, é chamado de base SB (neste caso uma base completa para
V). Imagine um vetor v em duas dimensões (espaço V = 2), na
base E = {i,j} temos v = ai + bj, naturalmente que podemos
escolher outra base E’ = {i’,j’}, tal que v = a’i’ + b’j’.
Portanto tanto [a,b] como [a’,b’] representam o mesmo vetor no
espaço 2, mas em bases diferentes.

Vimos que os elementos de um vetor podem ser


representados por uma matriz coluna Mn. Portanto, assim como
um espaço vetorial V é um conjunto cujos os elementos são
vetores, um conjunto de matrizes colunas representa um espaço
vetorial, tendo obviamente definidas determinadas propriedades
para a operação de adição e multiplicação por um escalar de
matrizes: como associativa, elemento neutro, inverso aditivo,
comutativa. Neste sentido, estes dois conjuntos, n e Mn,
serão aqui, doravante, tratados indiscriminadamente. Portanto,
trataremos agora de matrizes.

Produto vetorial

Considere dois vetores v=[a b c]’ e u=[d e f]’. O produto vetorial


dos vetores v e u, vu, é definido por

vu = n||v||||u||sen

diferente do produto escalar, cujo resultado é um número, o produto


vetorial de dois vetores leva a um novo vetor, na direção e sentido
do vetor unitário n. O vetor unitário n é um vetor perpendicular
tanto a v quanto a u, isto define sua direção (obviamente que não
temos o produto vetorial para vetores no espaço R2). Em relação ao
sentido, usamos a regra da mão direita, para tal basta apontar o
indicador na direção do primeiro operando e o dedo médio na direção
do segundo operando, desta forma o vetor resultante é dado pela
direção do polegar. Veja que a ordem é importante para definir o
sentido, sendo assim, vu = -uv Para o produto escalar a ordem é
indiferente, v.u=u.v. O comprimento do vetor vu é igual a área do
paralelogramo formado pelos vetores v e u.

Os elementos do vetor coluna que representa vu é dado por

vu = [bf-ce cd-af ae-bc]’

Podemos expressar o resultado acima como

vu = det[ i j k; a b c; d e f]

vu = (bf-ce)i + (cd-af)j + (ae-bc)k

usando esta regra podemos verificar que os vetores unitários


ortogonais i, j e k, satisfazem as seguintes igualdades:

ii = 0 ij = k ik = -j

jj = 0 ji = -k jk = i

kk = 0 ki = j kj = -i

Geometria: Pontos, retas e planos

Axiomas

1) Por dois passa uma única reta;


2) Por três pontos não colineares passa um único plano
3) A reta que passa por dois pontos distintos do plano está
contida no plano
4) Fora de uma reta existe infinitos pontos
5) Fora de um plano existe infinitos pontos

Equação do Plano
Como já discutimos, em um plano cartesiano a reta é o conjunto
de pontos (x,y), tal que y é dado por y = mx + b para cada x,
onde m é a inclinação e b o valor de y em que x = 0.
Geometricamente este conjuto é representado por uma linha
reta, isto é, que não faz curva. Agora, vamos pensar como
seria a equação de um plano no espaço cartesiano de 3
dimensões, como ilustrado abaixo. Para tal, na figura abaixo
temos o ponto A, dado pelas coordenadas (x0,y0,z0), que
pertence ao plano . A figura também apresenta o veto n
ortogonal ao plano, desenhado a partir do ponto A.

Agora considere um ponto qualquer X, dado pelas coordenadas


(x,y,z), tal que X pertence ao plano . Se A e X estão no
plano , então o vertor AX , dado por [x-x0,y-y0,z-z0] é
ortogonal ao vetor n, neste caso, o produto escalar de AX com
n é igual a zero, logo

AX .n = a(x-x0) + b(y-y0) + c(z-z0) = 0

ax + by + cz - ax0 - by0 - bz0 = 0

ax + by + cz + d = 0

onde d=-ax0-by0-bz0. Também podemos reescrever como

z = (-a/c)x + (-b/c)y - d/c

z = p1x + p2y + p3
onde p1 = -a/c, p2 = -b/c e p3 = -d/c.

Intersecção da reta com o plano

Intersecção da f(x) com o plano: Cortes por planos

O corte de uma função f de duas variáveis pelo plano

p1x + p2y0 – z + p3 =0

são aquelas com a seguinte equação: f(x, y0) = k

Curvas de nível

As curvas de nível de uma função f de duas variáveis são aquelas com


a seguinte equação: f(x, y) = k onde k é uma constante (na imagem de
f ) Uma curva de nível f(x, y) = k é o conjunto de todos os pontos
do domínio de f nos quais o valor de f é k. Em outras palavras, ela
mostra onde o gráfico de f tem altura k.
Plano tangente a uma superfície

O conceito de plano tangente a uma superfície no ponto P0 corresponde (em 3 dimensões) ao


conceito de reta tangente a uma curva no ponto P0 (em duas dimensões). Já vimos que na
figura abaixo temos o ponto A, dado pelas coordenadas
(x0,y0,z0), que pertence ao plano . A figura também apresenta
o veto n ortogonal ao plano, n = a i + b j + ck, desenhado a
partir do ponto A.

Agora considere um ponto qualquer X, dado pelas coordenadas


(x,y,z), tal que X pertence ao plano . Se A e X estão no
plano , então o vertor AX , dado por [x-x0,y-y0,z-z0] é
ortogonal ao vetor n, neste caso, o produto escalar de AX com
n é igual a zero, logo

AX .n = a(x-x0) + b(y-y0) + c(z-z0) = 0


Portanto para achar o plano tangente a superfície no ponto A,
precisamos determinar a normal a supefície neste ponto. Para
achar n é fácil, sendo n normal ao plano ele é resultado do
produto vetorial dos vetores fx e fy.

Considere a curva f=(x,y0), curva c1. Neste caso, uma variação


em x leva a uma variação em f, tal que df =fx dx. Considerando
que uma variação unitária em x, teremos

v1 = 1i + 0j + fx(x0,y0)k

Analogamente, Considere a curva f=(x0,y), curva c2, então uma


variação em y leva a uma variação em z, tal que dz =fy dy.
Considerando que uma variação unitária em y, teremos

v1 = 0i + 1j + fy(x0,y0)k

assim,

n=v1 x v2 = fx i + fy j -k

Os elementos do vetor coluna que representa vu é dado por

vu = [bf-ce cd-af ae-bc]’

Podemos expressar o resultado acima como

vu = det[ i j k; a b c; d e f]

vu = (bf-ce)i + (cd-af)j + (ae-bc)k

finalmente, a equação do plano

fx(x-x0) + fy(y-y0) - (z-z0) = 0

& X. Derivada Parcial

Provavelmente nesta altura do curso você já lidou com


quantidades que dependem de duas ou mais variáveis. Por exemplo, o
volume de um gás depende da temperatura e da pressão. Dizemos neste
caso que o volume é uma função da temperatura e pressão,
representando isto por V = V(T,p) ou V = f(T,p). O domínio de f é o
espaço R2 e a imagem o espaço R. I.e. um par ordenado de números
reais (x,y) em R2, leva através de f, a um número z em R. Neste
caso, dizemos que o volume é uma função de duas variáveis. O
raciocínio se estende para funções de 3, 4 ou n variáveis.
Supondo que y é uma função de apenas uma variável x, i.e.
y=f(x), então já vimos que sua derivada é definida por

dy/dx = limx0 ((f(x+x)-f(x))/x)

No caso de uma função z=g(x,y) de duas variáveis independentes como


podemos definir a derivada? Já discutimos que no caso acima dy/dx
representa o quanto y é perturbado por uma pequena variação em x.
Será que podemos pensar da mesma forma para funções de duas
variáveis? Por exemplo, como calcularíamos a mudança em z devido a
uma perturbação em x? Antes de qualquer tentativa é importante
entendermos que sendo z uma função de x e y, isto significa que z é
afetado tanto por modificações em x como em y. Assim, quando
perguntamos o que acontece com z quando ocorre uma perturbação em x,
devemos esclarecer o que acontece com y! A fim de simplificar nossas
ideias vamos considerar a princípio o y fixo. Sendo assim, qualquer
alteração em z é devida apenas a x, portanto,

(z/x)y = limx0 ((f(x+x,y)-f(x,y))/x)

representa o quanto z é perturbado por uma pequena variação em x,


mantendo y fixo. Se este limite existir chamamos de derivada parcial
de z em relação x. O símbolo  é utilizado para enfatizar que há
outras variáveis independentes e não apenas x. A variável que foi
mantida constante vem indicada em subscrito fora do parêntese.
Outros símbolos que por vezes usamos são:

(z/x)y = z/x = xz.

Analogamente, se x for mantido constante e y variar, temos

(z/y)x = limy0 ((f(x,y+y)-f(x,y))/y).

Lembre-se que (z/y)x é uma função de x e y, i.e. (z/y)x=h(x,y).


Veja também que (z/y)x é uma derivava ordinária de z em relação a y
quando x é mantido constante, i.e. (z(x,y)/y)x = dz(x,y=a)/dx.

Exemplo

f(x,y)= a x2+ bxy2+c xy +d x +ey +f

dxf

dyf

dxyf

dyxf

dx2f

dx2yf
& X. Diferencial total

Seja f uma função de x, y, z. Neste caso, uma variação em x de


x, mantendo y e z constante, leva a uma variação em f de f, tal
que

f = f(x+x,y,z)-f(x,y,z)

Como vimos anteriormente (f/x)y,z = limx0 (f/x) representa o


quanto z é perturbado por uma pequena variação em x, mantendo y
fixo. Sendo assim, podemos dizer que f  (f/x)y,z x e, desde que
x não seja muito grande, a aproximação é razoável, dizemos isto
escrevendo

df = (f/x)y,z dx.

No caso de uma função f(x,y,z) de três variáveis o valor de f pode


ser afetado por mudanças em x, y e z. Vamos considerar que

f  (f/x)y,z x + (f/y)x,z y + (f/z)x,y z

e, desde que x, y e z não sejam muito grandes a aproximação é


razoável, dizemos então que

df = (f/x)y,z dx + (f/y)x,z dy + (f/z)x,y dz,

função que é conhecida por diferencial total de f.

Por exemplo, considere o volume de um cilindro dado por V=r2h


(área da base vezes a altura). A questão que podemos colocar é: Como
uma pequena variação de r, de r, afeta o volume V? Neste caso,

V = V(r+r,h)-V(r,h)= (r+r)2h-r2h

= h(r2+2rr+r2)-r2h = 2rhr + h(r)2 (*)

Veja que (V/r)h = 2rh logo, como vimos,

V  (V/r)h r = 2rhr, ou ainda, (**)

dV = (V/r)h dr = 2rhdr

e, desde que r não seja muito grande os dois resultados (*) e (**)
são iguais. No limite de r0 teremos

dV = limr0 V = limr0 (2rhr + h(r)2)  2rhdr

E, como seria, se r e h variassem ao mesmo tempo? Neste caso,

V = V(r+r,h+h)-V(r,h)= (r+r)2(h+h)-r2h
= (r2+2rr+(r)2)(h+h)-r2h

= h(r2+2rr+(r)2)+h(r2+2rr+(r)2)-r2h

= h2rr + h(r)2 + r2h + 2rhr + h(r)2

Veja que (V/r)h = 2rh e (V/h)r = r2 logo, como vimos,

dV  (V/r)h dr + (V/h)r dh = 2rhdr + r2dh

e, desde que r e h não sejam muito grandes os dois resultados são


iguais. No limite de r0 e h0 teremos

dV=limr0,h0 V=limr0 (h2rr + h(r2) + r2h + 2rhr + h(r2))

2rhdr + r2dh

Veja que os termos (r)2, hr e h(r)2 vão mais rápido a zero que
h e r, quando r0 e h0.

& 4. Experimento Controlado

Jacques Alexandre César Charles (1746-1823) estudou as


variações de volume (ΔV) de um gás causadas por variações de
temperatura (ΔT), com pressão e quantidade de matéria constantes. A
Figura 8 ilustra a montagem do experimento realizado por Charles.
Charles concluiu que se uma amostra do gás é aquecida, mantendo a
pressão e a quantidade de partículas constantes, ela sofre um
aumento de volume proporcional ao aumento da temperatura, i.e., ΔV 
ΔT. Mas, qual a relação entre volume e temperatura (em oC)?

Figura 7-4.1: Montagem de Charles

Representando graficamente valores de volume de uma amostra em


função da temperatura, Figura 7-4.2, obtém-se uma curva que é
adequadamente* descrita pela equação V = b + c1 T (equação de uma
reta). Neste caso, para obter como o volume varia em função de
pequenas variações de temperatura, fazemos a derivada da equação V =
b + c1 T em relação a T, i.e.,

dV/dT = c1 (7-4.1)

Assim, podemos dizer que dV = c1dT, para variações infinitesimais de


temperatura.
Lembre-se que o resultado acima é obtido para pressão e
quantidade de partículas constante. Isto é importante, pois pode
ocorrer alterações de volume devido a mudanças de pressão ou
quantidade de partículas, além da temperatura. Ou seja, o volume é
uma função da temperatura, pressão e quantidade de partículas, i.e.

V = f(T,p,N) (7-4.2)

Para enfatizar isto a equação (7-4.1) normalmente é escrita da


seguinte maneira

(V/T)p,N = c1 (7-4.3)

Veja que a derivada parcial do volume em relação a temperatura para


pressão e quantidade de partícula constante pode ser obtida do
experimento acima (o valor disto é c1, inclinação da reta
apresentada na Figura 7-4.2**).
Mais tarde Gay-Lussac mostrou que outros gases tinham o mesmo
comportamento que o gás estudado por Charles à baixa pressão.

Figura 7-4.2: Resultado do experimento de Charles

Prolongando a reta obtida na Figura 7-4.2 para a esquerda,


verifica-se que o volume da amostra gasosa se anula para um valor de
temperatura igual a -273,15 ºC. No entanto, os gases condensam antes
de atingirem essa temperatura (na pressão de 1 atm), portanto este
resultado é uma extrapolação matemática sem possibilidade física de
ser observada se o resfriamento é feito a pressão de 1 atm. Mas,
mesmo assim pode-se pensar em suas consequências considerando que o
experimento é conduzido em pressão extremamente baixa.
Como se referir a volumes inferiores a zero não tem
significado físico, este valor de temperatura representa a
temperatura mais baixa possível e foi designada por zero absoluto.
Tomando como referência o zero absoluto definiu-se uma nova escala
de temperatura, a escala de temperatura absoluta ou escala Kelvin.
Neste caso, como V = 0 para T = -273,15oC, usando a equação V = b +
c1 T, temos que b = c1 x 273,15, logo

V = b + c1 T = c1 (T(oC) + 273,15) = c1 T(K) (7-4.4)

onde T(K) = T(oC) + 273,15.


Da Equação (7-4.4) fica clara que o grau na escala Celsius é
igual ao grau na escala Kelvin e que as escalas são apenas
deslocadas. Veja que, usando a temperatura na escala Kelvin, a
relação entre volume e temperatura é dada por

V/T = c1 (7-4.5)

I.e., a curva de V (Volume) em função da T (temperatura) é uma reta


passando pela origem. Em outras palavras o volume é diretamente
proporcional a temperatura, para pressão e quantidade de matéria
constante. Este resultado é conhecido como lei de Charles.

* isto significa que a soma da diferença entre o valor experimental do volume e o


valor calculado pela equação V = b + c1 T é tão pequeno quanto o erro experimental.
** a inclinação da reta é a tangente do ângulo que a reta faz com o eixo horizontal
(eixo x).
Gradiente

Para uma função zf(x,y), vimos que (f/x)y representa o


quanto f é perturbado por uma pequena variação em x, mantendo
y fixo; e que (f/y)x representa o quanto f é perturbado por
uma pequena variação em y, mantendo x fixo. Isto é se andarmos
dx na direção i então f varia de df = (z/x)y dx. Por outro
lado, se andarmos dy na direção j então f varia de df =
(z/y)x dy. Mas, como calcular a taxa de variação de f se
partimos do ponto P na direção u? Considere que

u = x i + y j = u û,

onde u = ||u|| = ((xP-xR)2+(yP-yR)2) é a distância entre o


ponto P e R. Então R+u=R+R, onde R é o vetor OP e R+R o
vetor OR. O ponto R é o resultado da soma do ponto P com o
vetor u. Ou seja, o ponto R é onde paramos depois de sair do
ponto P, andar x na direção i e y na direção j (ou, de outra
forma, u na direção û).

Neste caso, uma variação em x, de xP até xR, e uma


variação em y, de yP até yR, leva a uma variação em f de f,
tal que

f = f(xP,yP)-f(xR,yR)

No caso de uma função f(x,y) de duas variáveis o valor de f


pode ser afetado por mudanças em x e y. A variação em x e y
leva, do ponto P ao R, corresponde a uma distância u entre
estes pontos. Neste caso, como podemos calcular a variação em
f, por de variação em u, numa dada direção û, no limite que
u0? Isto é

limu0 (f/u) = ?

O símbolo acima não deixa claro, mas é importante ter em mente


que a variação u é na direção û.

Vamos considerar (já vimos antes) que

f  (f/x)y x + (f/y)x y

e que

f  ((f/x)y x/u + (f/y)x y/u)u


f/u  (f/x)y x/u + (f/y)x y/u

Assim, f/u, para u0, é a derivada de f na direção u


(chamamos isto de derivada direcional). Veja que, neste caso,
podemos reescrever a equação acima como

df/du  (f/x)y dx/du + (f/y)x dy/du,

Na equação acima dx e dy estão relacionados pela direção u.


Veja que podemos reescrever a equação acima como

df/du = ((f/x)y i + (f/y)x j).(dx/du i + dy/du j)

considerando que i.i = j.j = 1 e i.j = j.i = 0. Agora o que é


dx/du i + dy/du j? Considere que R = xi + yj, logo

dR = dxi + dyj,

dR/du = dx/du i + dy/du j,

como u = dx i + dy j, então dR/du = u/du é o vetor unitário û.


Assim, outra maneira de representar o resultado anterior é

df/du = grad f . û = f . û

onde

grad f = f = (f/x)y i + (f/y)x j e u = dx i + dy j

grad f = [(f/x)y (f/y)x]’

é o gradiente de f, onde f é uma função escalar e f é uma


função vetorial, cujas as componentes (em i e j) são as
derivadas parciais. O símbolo  é um delta maiúsculo invertido
que se lê “del”. O vetor û é o vetor que define uma direção e
um sentido em relação aos quais estamos obtendo a taxa de
variação da função.

Agora surge uma questão interessante: - Se para cada


direção û a função f varia de um valor df, qual a direção que
o df é maior?

Teorema

Se o vetor unitário û faz com o vetor f um ângulo  então

df = grad f . û = f . û  ||f ||.||û||.cos  = ||f || cos 


portanto se  = 0, então cos  = 1 e û // f. Como o valor do
cos  fica entre -1 e 1, então df tem o seu valor máximo na
direção de f. Você pode perguntar: - Que direção é esta? A
resposta é fácil

f/||f|| = ((f/x)y i + (f/y)x j)/((f/x)y2+(f/y)x2))

sendo f/||f|| um vetor unitário.

Teorema

Para uma função tridimensional f(x,y) num ponto P0(x0,y0) cujo


o valor da função é c0. Então todos os pontos x,y tais que f=c0
constitui uma curva de nível. As curvas de nível de uma função f
de três variáveis são aquelas com a seguinte equação: f(x, y) = c0
onde c0 é uma constante. Uma curva de nível f(x, y) = c 0 é o conjunto
de todos os pontos do domínio de f nos quais o valor de f é c 0. Em
outras palavras, ela mostra onde o gráfico de f tem altura c0.
Portanto, se caminharmos sobre a curva de nível df=0, logo

df = grad f . û = 0

Assim, grad f e û são vetores perpendiculares! Como û é o vetor


tangente a curva de nível em P 0, então grad f é um vetor
perpendicular a curva no ponto P0.

& X. Operador Nabla, 

Definimos acima que

grad f = f = (f/x)y i + (f/y)x j

veja que não existe nada em particular em f, isto vale para qualquer
campo escalar f. Ou seja, dado um f fazemos dada operação que nos
leva ao f. Podemos indicar esta operação omitindo f, assim

 = (/x)y i + (/y)x j

Neste caso, chamamos  de operador. Obviamente que só tem sentido
estrito quando aplicado a uma função escalar, mas mesmo enquanto
operador podemos fazer algumas operações com ele. Para isto
considere u = ux i + uy j,

Neste caso,

u = ((/x)y i + (/y)x j).(ux i + uy j)


= (ux/x)y + (uy/y)x

que chamamos de divergente de u que podemos representar também por


div u. Veja que acima temos como resultado um número. No entanto, se
fizermos

u. = (ux i + uy j).((/x)y i + (/y)x j)

= ux(/x)y + uy(/y)x

temos como resultado um novo operador. Agora vejamos o caso

u = vu = det[i j k; /x /y /z; ux uy uz]

u = (uz/y-uy/z)i + (ux/z-uz/x)j + (uy/x-ux/y)k

que denominamos de rotacional de u que podemos representar também


por curl u. Em resumo temos três tipos de combinações com o
operador 

gradiente, f graf f (= um vetor)

divergente, u = div u (= um número)

rotacional, u = curl u (= um vetor)

& X. Operador Laplaciano, 

Gradiente em coordenadas esféricas

Em coordenadas esféricas temos que

(x,y,z)  (r,,)

-(1/(x2+y2+z2))  -1/r

2 = 2/x2 + 2/y2 + 2/z2  ?

l = r sen, logo

x = l cos = r sen cos

y = l sen = r sen sen


z = r cos

neste caso,

dx = (dx/dr)dr + (dx/d)d + (dx/d)d

dy = (dy/dr)dr + (dy/d)d + (dy/d)d

dz = (dz/dr)dr + (dz/d)d + (dz/d)d

portanto

dx = sencos dr + r coscos d - r sensen d

dy = sensen dr + r cossen d + r sencos d

dz = cos dr – r send

como

dr = dx i + dy j + dz k

dr = dr (sencos i+ sensen j+ cos k) + r d (coscos i +


cossen j - sen k) + r sen d ( -sen i+ cos j)

ȓ = sencos i+ sensen j+ cos k

ȇ = coscos i + cossen j - sen k

ŝ = -sen i+ cos j

dr = dr r + r d  + r sen d 

Obviamente que e vale como exercício que ȓ.ȓ = 1, ȇ.ȇ = 1, ŝ.ŝ = 1,


ȓ.ȇ = 0, ȓ.ŝ = 0 e ȇ.ŝ = 0.

considerando que

 = f(r,,)

então o diferencial total de  é dado por

d = /r dr + / d + / d

considerando também que

d = .dr e que dr = dr ȓ + r d ȇ + r sen d 

temos que

/r dr + / d + / d = .(dr ȓ + r d ȇ + r sen d ŝ)

logo

 = /r ȓ + (1/r) / ȇ + (1/(r sen)) / ŝ

Laplaciano em coordenadas esféricas

2 = .

2 = (1/r2)/r(r2/r)+(1/(r2sen))/(sen/)+(1/(r2sen2))2/2

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