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CP. AUT. PROJ.

PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA

Elaboração: Proj. Carlos Paladini


Volume 7

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Índice Vol. 7:

Fórmulas................................................................pág. 1

! CÁLCULO DE MOLAS HELICOIDAIS..........................pág. 2

- TABELAS IX E X.............................................................pág. 3

! Resistência à FLAMBAGEM......................................pág. 5
Índice de esbeltez, carga crítica

- CARGA CRÍTICA DE EULER..............................................pág. 6


Fórmulas, exercícios.

- TENSÕES DE FLAMBAGEM.............................................pág. 9

- TABELA XI....................................................................pág. 10
c.3 Pela fórmula ( c) do momento equivalente:

Me = M f + M f + M t = 40000 + 30000 2 + 40000 2


2 2

Me = 90000 cm . kgf
Donde :
90000
d = 1,72 3
400

d = 10,5 cm

d. Cálculo do diâmetro pela equação de resistência à torção simples:

M π . d3
σt = t Sendo : Wp =
Wp 16
Teremos :
Mt 30000
d = 1,72 3 = 1,72 3
σt 400

d = 7,25 cm

e. Cálculo do diâmetro do eixo em função do ângulo de torção (ϕ):

Fazendo-se:
ϕ = 10 para L = 20 . d
180 . Mt .L E tomando-se:
ϕ=
π . G . Ip G = 830000 kgf /cm2 ( aço )
π . d4
Ip =
32

Deduzindo, teremos :
d = 0,24 3 M t = 0,24 3
30000

d = 7,44 cm

Conclusão: Para o problema em tela, o diâmetro deverá ser de 10,5 cm, ou seja,
calculado através do “Momento Ideal”.

Exercício:
Na fig. anterior, determinar o diâmetro do eixo, considerando-se: P = 100 Kgf,
F1 = 550 Kgf, F2 = 50 Kgf, R = 250 mm, L = 1200 mm, aço SAE 1040, tipo de
transmissão reversível, sem choque.

Resposta: d = 7,5cm.
V7 - 1
CÁLCULO DE MOLAS HELICOIDAIS:

Nas molas helicoidais, cada espira da mesma está sujeita a um momento de torção (Mt),
σt);
e a uma tensão admissível à torção (σ

Onde: Mt
σt = Segundo a fig. 50, o momento
Wp
de torção será :
D
Mt = P .
2
Para a seção circular do fio
da mola :
π . d3
Wp
16
Então :
8.P .D
σt =
π . d3
Donde : O diâmetro do fio pode ser calculado através
da seguinte equação :
8.P .D
d=3 em cm, sendo : P = Carga em kgf;
π .σ t
D = Diâmetro médio em cm.
Por outro lado, deduz que :
π . σ t . d3
P=
8.D
A deflexão total da mola de ( N ) espiras será:

Ft = Deflexão total em cm;


P = Carga em kgf;
8.P. D 3 . N D = Diâmetro médio da
ft = mola em cm,
G . d4
G = Módulo de elasticidade Consequentemente, o
a cisalhamento em
kgf / cm2 V7 - 2
d = Diâmetro do fio em cm.
número de espiras (N) da mola poderá ser determinado pela seguinte expressão:
ft . G . d4
N=
8 . P . D3
A deflexão unitária, isto é, a deflexão sofrida por uma espira será:

8 . P . D3
f =
G. d4
A força que pode ser aplicada em função do número de espiras e da deflexão total da
mola, será:

f t . G .d 4
P=
8 . N . D3
TABELA IX

VALORES DO MÓDULO DE ELASTECIDADE A CISALHAMENTO (G):

Aço Carbono 0,70% C 700000 Kgf/ cm2


Aço Carbono 0,90% C 740000 Kgf/ cm2
Arame de aço para piano 840000 Kgf/ cm2
Latão e Bronze fosforoso 420000 Kgf/ cm2 a 560000 Kgf/ cm2

TABELA X

TENSÕES ADMISSÍVEIS ( σ t ) PARA AS MOLAS HELICOIDAIS:

Diâmetro do TENSÕES ADMISSÍVEIS em kgf /cm2


Fio
(d) em mm Trabalho Trabalho Trabalho
severo regular leve
Até 2,15 4200 5250 6500
2,15 - 4,7 3850 4850 6000
4,7 - 8,0 3350 4200 5200
8,0 - 13 3250 3650 4500
13 - 25 2500 3150 3900
25 - 38 2250 2800 3500

Exercício:
Determinar o diâmetro do fio de uma mola helicoidal que deve trabalhar com uma força de
20Kgf, sabendo-se que pelo espaço disponível, o diâmetro médio da mola deverá ser de
50mm.
Calcular também o número de espiras para obter uma deflexão total de 100mm.
Admite-se: G = 700 000 Kgf/ cm2 e tipo de serviço severo.

Solução:
V7 - 3
a) – Cálculo do diâmetro do fio (d):

P = 20 Kgf;
D = 5cm;
8 . P. D
d=3 Considerando –se,
π . σt preliminarmente:
σt = 4 200 Kgf/ cm2

8 . 20 . 5
d=3
3,14 . 4200
d = 0,394 cm

Obs. Verifica-se que pelo diâmetro encontrado, a σt deveria ter sido outra, isto é, pela
Tabela X, talvez a tensão admissível correta será σt = 3850 Kgf/ cm2.

Dessa forma recalculando, teremos:

8 . 20 . 5
d=3
3, 14 . 3850

d = 0,4cm ou 4mm.

b - Cálculo do número de espirais (N):

Ft = 100 mm = 10 cm
4 700 000 kgf /cm2
ft . G . d G =
N= d = 0,4 cm
8 . P . D3 P
D
=
=
20 kgf
5 cm

10 . 700 000 . 0 ,4 4
N=
8 . 20 . 5 3

N = 9 espirais
V7 - 4
FLAMBAGEM

Generalidade:
Uma barra de aço submetida a uma compressão poderá estar sujeita a um colapso por
escoamento de material como ocorre em compressão simples, ou por FLAMBAGEM,
dependendo das dimensões do comprimento e secção da peça considerada.
O colapso por flambagem pode ocorrer mesmo que o material ainda não tenha atingido o
seu limite de escoamento.

Carga crítica ou de flambagem:

Denomina-se Carga Crítica (Pcr) o valor da carga axial que provoca a flambagem, isto é,
instante em que a barra deixa de ser estável.
A partir dessa carga, o eixo da barra se curva porque a forma estável de equilíbrio passa
a ser uma curva, denominada elástica.

A fig. acima mostra a barra inicialmente perpendicular flambada no instante em que a


carga axial (P) acaba de ultrapassar o valor crítico (Pcr).

Índice de esbeltez:

Índice de esbeltez (i) é a relação existente entre o comprimento (L) e o raio de Giração
(R) da secção transversal da barra.

O Raio de Giração (R) é:


I = Momento de inércia
mínimo de uma secção
L I em cm4;
i= R=
R S S = Secção em cm2.

IX
RX =
S
IY
RY =
S

V7 - 5
CARGA CRÍTICA DE EULER ( Leonhard Euler 1707 – 1783, Suíça)

Para um índice de esbeltez (i), maior do que um certo limite (imin.), a carga crítica (Pcr)
numa barra articulada nas extremidades e axialmente comprimida será dada pela
seguinte expressão:

π2 .E.I Onde:
Pcr = E = Módulo de elasticidade em Kgf/ cm 2;
L2 I = Momento de inércia em cm4 em relação a um eixo baricentrico;
L = Comprimento em cm.

Convém salientar que a carga crítica (Pcr) dada pela fórmula de Euler corresponde a uma
carga para produzir colapso por flambagem; posto que, para o dimensionamento da peça
é necessário atribuir nessa fórmula um fator de segurança.
A fórmula da carga crítica não deverá ser aplicada quando a tensão crítica (σcr) for maior
do que o limite de proporcionalidade do material.
Por outro lado, a fórmula acima só é válida para um índice de esbeltez maior que um
limite mínimo, isto é:

i ≥ i min = 100

FÓRMULAS DE EULER, CONFORME O TIPO DE FIXAÇÃO DAS BARRAS

a) Na fig. abaixo, barra fixa numa das extremidades com carga axial aplicada na
extremidade livre:

π2 . E . I
Pcr =
4 . L2

b) Na fig.abaixo, barra articulada nas duas extremidades:

π2 . E . I
Pcr =
L2

V7 - 6
c) Na fig.abaixo, barra fixa numa das extremidades e carga axial aplicada na extremidade
articulada:

2 .π 2. E . I
Pcr =
L2

d) Na fig. abaixo, barra fixa nas duas extremidades:

4 . π2 . E . I
Pcr =
L2

Exercício:
Uma barra de aço de secção retangular, de 4 x 6 cm, articulada nas duas extremidades,
na fig. abaixo, é submetida a uma carga axial de compressão. Admitindo-se que o limite
de proporcionalidade do aço é de 2300 Kgf/ cm2 e o módulo de elasticidade E = 2,1.106
Kgf/ cm2, determinar o comprimento mínimo (L), para a aplicação da fórmula de Euler.

Solução:

Sendo:
S = 4 x 6 = 24 cm2
! = 2300 Kgf/ cm2
E = 2,1. 106 Kgf/ cm2

Pcr π 2 .E.I
σ = Onde : Pcr =
s L2
π 2 .E.I I
Então : σ = 2 Sendo : R 2 =
L .S S
π .E.R
2 2
L
σ = 2
Por outro lado, sendo : i = ,
L R
2
R 1
2
= 2
L i
π .E
2
Donde : σ = 2 V7 - 7
i
Todavia, comprimento da barra poderá ser calculada a partir da seguinte expressão:

π2 . E . R2
σ=
L2

b . h3
I=
∴ 12
I
π 2. E . R 2 R= 6 . 43
L2 = S I=
σ 12
L =π .R
E I = 32 cm 4
32
σ R=
24
R = 1,16 cm

2,1 . 10 6
L = 3,14 . 1,16
2300
L = 110 cm

Assim sendo, o índice de esbeltez (i) correspondente a essa barra será:

L L = 110 cm
i= R = 1,16 cm
R
110
i=
1,16
i = 95.

Nota: Verifica-se que para esse material que tem o limite de proporcionalidade de 2300
Kgf/ cm2, as expressões: π 2. E . I π 2 .E
Pcr = e σ = só serão válidas
para o valor i = 95. L2 i2

Para o i < 95, a tensão normal de compressão ultrapassa o limite de proporcionalidade


antes de a barra sofrer a flambagem e neste caso as expressões deduzidas não deverão
ser aplicadas.

V7 - 8
Exercício:

Numa barra de aço de 50mm de diâmetro com limite de proporcionalidade de 2400 Kgf/
cm2 e E = 2,1.106 Kgf/ cm2 engastada nas duas extremidades, fig. ao lado, determinar o
comprimento mínimo (L) para a aplicação da fórmula de Euler.

Resposta: L= 232 cm.

Observação: Comprimentos relativos das barras conforme o tipo de fixação das


mesmas.

Considerando-se:
La = 1 Fig.58

La = 2
2
. Lb Fig.59
La = 2 . L c Fig.60
La = Ld
2 Fig.61

TENSÕES DE FLAMBAGEM E FATOR DE SEGURANÇA (Segundo Dubbel)


As tensões de flambagem (!fl) em função dos índices de esbeltez (i), para os diferentes
materiais estão na Tabela -XI.

V7 - 9
TABELA XI

Nota: Na construção de máquinas são empregadas as fórmulas de Tetmajer que são


baseadas em inúmeras experiências.

Fator segurança (Fs):

Segundo os dados de Rötscher, na construção de máquinas deverão ser atribuídos os


seguintes fatores de segurança:

-- Para máquinas pequenas ---- Fs = 8 a 10


-- Para máquinas grandes ---- Fs = 6 a 8
Para peças de locomotivas que atuam com cargas alternadas: ------ Fs = até 3
Tensão admissível à flambagem (!ad) será:

σ fl
σ ad =
Fs
Carga admissível (Pad) será:

Pcr
Pad = Pcr = carga crítica de flambagem.
Fs

V7 - 10
Exercício:

Determinar o diâmetro de uma barra de aço de 1350mm de comprimento, articulada nas


duas extremidades e submetida a uma compressão de 7800 Kgf, assumindo-se que o
fator de segurança seja de 3,5 e o módulo de elasticidade E = 2,1 . 106 Kgf /cm2.
Solução:

Pad = 7800 Kgf


L = 135 cm
E = 2,1 . 106 Kgf /cm2.
F = 3,5
π 2 .E.I
Pcr =
L2

Pcr . L2
I= Pcr = Pad . F
π .E
2

Pad . F . L2
I=
π2 . E
7800 . 3,5 . 135 2
I=
3,14 2 . 2,1. 10 6
I = 24,2 cm 4
π . d4
Onde : I =
64

64 . I 64 . 24 . 2
d=4 =
π 3,14
d = 4,7 cm

Raio de giração : π . d4
I=
I 64
R=
S π . d2
S=
4
π . d 4 .4
R=
64 . π . d 2
d 4,7
R= =
4 4
R = 1,175 cm

V7 - 11

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