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CP. AUT. PROJ.

PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA

Elaboração: Proj. Carlos Paladini


Volume 3

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Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br
Índice Vol. 3:

! DIAGRAMA DOS ESFORÇOS.................................pág. 1

Cálculos, gráficos, exemplos, exercícios

- Cálculo das Reações de Apoio...........................pág. 7

- Convenções de Sinais.......................................pág. 8

- Equivalência de Forças Transferidas..................pág. 11

- Diagrama dos Esforços solicitantes,


em corpos com carga distribuída......................pág. 16
As forças que ficam dispostas:

Referencial:

∑ FH = 0
HA + 2,121 – 2,5 = 0 ⇒ HA = 0,379 Tf

∑ FV = 0
VA – 2,121 + 2 – 4,33 + VB = 0 (I)

∑ MA = 0
2,121 x 2 – 2 x 5 + 4,330 x8 – VB x 10 = 0 ⇒ VB = 2,888 Tf

Substituindo VB em (I)

VA – 2,121 + 2 – 4,33 + 2,888 = 0 ⇒ VA = 1,563 Tf

6 – Diagrama dos esforços internos solicitantes ( D. E. I. S.)

O projeto de um componente mecânico, deve ser iniciado pela determinação das seções
críticas deste componente, onde ocorrem os valores máximos das forças de tração,
compressão, cortante e momento fletor.
Esses cálculos se simplificam bastante se construirmos um gráfico onde são marcados os
valores das forças e do momento para quaisquer seções, em relação à distância X medida
de uma extremidade do trecho considerado.
T⊕ H⊕ ∪⊕
CONVENÇÃO DE SINAIS N{ Q{ M{
CΘ AH Θ ∩Θ

V3 - 1
Exemplos:

a) Primeiro devemos calcular as reações de apoio

Referencial:

∑ FH = 0
8 -HB = 0 ⇒ HB = 8 kgf

∑ FV = 0
VA - 10 - 20 + VB = 0 (I)

∑ MA = 0
10 x 2 + 20 x 5 - VB x 7 = 0 ⇒ VB = 17,14 kgf

Substituindo VB em (I)
VA - 10 - 20 + 17,14 = 0 ⇒ VA = 12,86 kgf

b) A seguir, divide-se a viga em trechos, a , b , c , d , etc.... Cada trecho é limitado por


forças aplicadas nas suas extremidades, isto é, não deve aparecer nenhuma força ao longo
do trecho, a não ser em seus extremos.

Os esforços ficam assim configurados:

V3 - 2
c) Adota-se um sentido para análise, por exemplo, da direita para a esquerda e estuda-se
cada trecho separadamente.
Transfere-se todos os esforços à direita do ponto X considerado, desprezando aqueles que
estão à esquerda.

Trecho (a)

Normal: Na = -8 Kgf.

Em relação ao ponto X, a força normal exerce um esforço de compressão, Observe que o


sinal negativo indica compressão de acordo com a convenção de sinais.

Cortante: Qa = -17,14 Kgf

Em relação ao ponto X, o esforço cortante “gira” no sentido ante–horário, portanto, negativo.

Momento: Ma = 17,14 . x

Em relação ao ponto X, o esforço de 8 Kgf não causa momento, porém, a força de 17,14
sim.
Como X é um ponto qualquer do trecho (a), podemos atribuir valores para X a fim de
determinarmos o momento em cada ponto, ou seja:

Trecho (a) – comprimento em 2m:

Para X= 0 – Ma = 17,14. 0 = 0
0,5 17,14. 0,5 = 8,57 m Kgf
1,0 17,14. 1,0 = 17,14
1,5 17,14. 1,5 = 25,71
2,0 17,14. 2,0 = 34,28

Trecho (b)

Normal : Nb = - 8 Kgf
V3 -3
Em todo segmento à direita de X só existe o esforço de compressão de 8 Kgf.

Cortante: Qb = -17,14 + 20
Qb =2,86 Kgf

Em relação ao ponto X , a força cortante de 17,14 Kgf “gira” no sentido ante - horário e a de
20 Kgf no sentido horário.

Momento: Mb = 17,14 . ( 2+X) – 20 X


Momento da força de 20 Kgf em relação ao ponto
X (traciona as fibras de cima)

Momento da força de 17,14 Kgf em relação ao


ponto X (traciona as fibras de baixo)

Nota: (2+X) = distância da linha de ação da força


de 17,14Kgf. até o ponto X.
Mb = 34, 28 + 17,14 x – 20 x
Mb = - 2,86 x + 34,28

Trecho (b) – comprimento 3 m:

Para x=0 - Mb = 34,28


0,5 32,85
1 31,42
1,5 29,99
2 28,56
2,5 27,14
3 25,7

Trecho (c)

Normal: NC = - 8 Kgf Também neste trecho, só existe uma força de compressão


de 8 Kgf.

Cortante = QC = -17,14 + 20 +10

QC = 12,86 Kgf

V3 - 4
Os esforços de 20 e 10 Kgf “giram” no sentido horário enquanto que o de 17,14 no sentido
anti –horário .

Momento MC = 17,14 ( 5 + x ) – 20 (3 + x ) –10 . x

Momento da força de 10 Kgf em relação a X

Momento da força de 20 Kgf em relação a X

Momento da força de 17,14 Kgf em relação a X


MC = 35,7 + 17,14 x – 60 – 20 x -10 x
MC = -12,86 x + 25,7

Trecho (c) – comprimento 2 m

Para x=0 - MC = 25,7


0,5 19,27
1 12,84
1,5 6,41
2 0
Após termos efetuado os cálculos, podemos traçar o gráfico:

Obs.: O diagrama dos momentos é sempre traçado do lado tracionado.


V3 -5
a) Traçar o D.E.I.S. da figura abaixo:

Decomposição das forças:

F1X = 30. cos 450 F2x = cos 600

F1X. = 21,213 Kgf F2x = 4 Kgf

F1Y = 30 . sen 450 F2y = 8 . sen 600

F1Y = 21,213 Kgf F2Y = 6,928 Kgf

V3 - 6
Cálculo das reações de apoio

Referencial:

∑ FH = 0
21,213 – 4 – HB = 0

HB = 17,213 Kgf

∑ FV = 0
VA – 21,213 + 10 – 20 + VB – 6,928 = 0 (I)

∑ MB = 0
VA x 10 – 21,213 x 7 + 10 x 6-20 x 4 = 0

VA = 16, 849 kgf

Substituindo VA em (I)
16,849 – 21,213 + 10 – 20 + VB – 6,9928 = 0

VB = 21, 292 kgf

V3 -7
Convenções de sinais
T⊕ H⊕ ∪⊕
N{ Q{ N{
CΘ AH Θ ∩Θ

Trecho a)

NA = - 4 – 17,213

NA = - 21,213 kgf

Qa = + 6, 928 – 21,292

Qa = - 14,364 kgf

Ma = -6,928 x X + 21,292 x X

Ma = 14,364 kgf X 0 1 2 3 4
Ma 0 14,364 28,728 43,092 57,456
Trecho b)

Nb = - 4 – 17,213

Nb = - 21,213 kgf

Qb = + 6, 928 – 21,292 + 20

Qb = 5,636 kgf

Mb = -6,928 (4 + X) + 21,292 ( 4 + X) –20 X

Mb = -27,712 – 6,928 X + 85,168 + 21,292 X – 20X

Mb = - 5,636 X + 57, 456

X 0 1 2
Mb 57,456 51,82 46,184

Trecho c)

NC = - 4 – 17,213

NC = - 21,213 kgf

QC = 6,928 – 21,292 + 20 – 10

QC = - 4,36 4 kgf

MC = - 6,928 (6 + X) + 21,292 (6 + X) – 20 (2 + X) + 10 X

MC = - 41,568 – 6,928 X + 127,752 + 21,292 X – 40 –20 X + 10 X

MC = 4,364 X + 46,184
X 0 1
MC 46,184 50,548

V3 - 8
Trecho d)

Nd = - 4 – 17,213 + 21,213
Nd = 0

Qd = 6,928 – 21,292 + 20 – 10 + 21,213

Qd = 16,849 kgf

Md = - 6,928 ( 7 + x ) + 21,292 ( 7 + x ) – 20 ( 3 + x ) + 10 ( 1 + x ) – 21,213 x x

Md = - 48, 496 - 6,928 x + 149,044 + 21,292 x - 60 - 20 x + 10 + 10 x - 21,213 x


Md = - 16,849 x + 50,548

x 0 1 2 3
Md 50,548 33,699 16,85 0

Traçar o D.E.I.S. da figura abaixo:

Cálculo das reações de apoio

Referencial
∑ FH = 0

- HA + 30 = 0

HA = 30 kgf

∑ FV = 0

VA + 40 – 50 = 0

VA = 10 kgf

∑ MA = 0

50 X 7 – 40 X 4 + MA = 0

MA = 190 m kgf T⊕ H⊕ ∪⊕
N{ Q{ N{
CΘ AH Θ ∩Θ

V3 -9
Trecho (a)
Trecho (c)
Na = 30 kgf
Nc = 30 kgf
Qa = 0 Qc = 50 - 40

Ma = 0 Qc = 10 kgf

Trecho (b) Mc = - 50 x ( 3 + x ) + 40 x x

Mc = - 150 - 50 x + 40 x
Nb 30 kgf
Mc= -10 x -150
Qb = 50 kgf

Mb = - 50 . x x 0 1 2 3 4
Mc - 150 - 160 - 170 - 180 - 190

x 0 1 2 3
Mb 0 - 50 - 100 - 150

V3 - 10
Equivalência de forças transferidas

Quando houver aplicação de uma força num elemento construtivo diferente daquele que
deseja obter o D. E. I. S. deve-se transferir as forças para o elemento em estudo.

Exemplo:

a) A barra CDE é soldada no ponto C. Determinar o DEIS. Da viga AB.

Como o elemento em estudo


é a viga AB, devemos
transferir a carga de 3Kgf
para esta viga.
A carga de 3Kgf. exerce um
esforço vertical no ponto de
ligação C e, também, um
momento de 3Kgf x 1,1m =
3,3mKgf.

Substituímos, então, a carga concentrada por uma força e um conjugado (momento)


aplicados no ponto C.

A barra AB com a transferencia da carga, fica da seguinte forma:

V3 -11
Cálculo das reações de apoio:

∑ FH = 0 Referencial

HA = 0

∑ FV = 0

VA - 8 + 3 + VB = 0 (I)

∑ MA = 0

8 x 2 – 3 x 5 –3,3 – VB x 9 = 0

Va = - 0,256 kgf

O sinal negativo de Va indica que o sentido correto é: Va

Substituindo Va em (I)

VA - 8 + 3 +( -0,256 ) = 0

VA = 5,256 Kgf

V3 - 12
T⊕ H⊕ ∪⊕
N{ Q{ N{
CΘ AH Θ ∩Θ

Trecho (a)
Na = 0

Q a = 0,256 kgf

x 0 1 2 3 4
Ma = - 0,256 x x
Ma 0 - 0,256 - 0,512 - 0,768 - 1,024

Trecho (b)

Nb = 0

Qb = 0,256 - 3

Qb = - 2,744 kgf

Mb = - 0,256 ( 4 + x ) + 3 x x + 3,3

Mb = - 1,024 – 0,256 x +3 x + 3,3

Mb = 2,744 x + 2,276 x 0 1 2 3
Mb 2,276 5,02 7,764 10,508
Trecho (c)
Nc = 0

Qc = 0,256 – 3 + 8

Qc = 5,256 kgf

Mc = - 0,256 ( 7 + x ) + 3 ( 3 + x ) + 3,3 – 8 x

Mc = - 1,792 - 0,256 x + 9 + 3 x + 3,3 – 8 x

Mc = - 5,256 x + 10,508

x 0 1 2
Mc 10,508 5,252 0
b) Determinar o D.E.I.S. da viga AB

V3 -13
Decompondo a força inclinada:
Fx = 1 Tf
Fx = 2 x sem 30º =

Fy = 2 x cos 30º = Fy = 1,732 Tf

Transferindo as forças:

Original = Tranf. Fy + Transf Fx = Final

Cálculo das reações de apoio:

∑ FH = 0
Referencial
HA - 1 = 0

HA = 1 Tf

∑ = Fv = 0

-VA + 3 – 1,732 = 0

VA = 1,268 Tf T⊕ H⊕ ∪⊕
N{ Q{ N{
CΘ AH Θ ∩Θ
∑ MA = 0

- MA - 3 x 2 + 3,598 + 1,732 x 5 = 0

MA = 6,258 Tf

V3 - 14
Traçando o D.E.I.S.

Trecho (a)
Naa=-1Tf
-

Qaa == 1,732
Q 1 Tf Tf

Ma = - 1,732 x – 3,598

x 0 1 2 3
Ma -3,598 - 5,33 - 7,062 -8,794

Trecho (b)
Nb = -1 Tf

Qb = 1,732 – 3
Qb = - 1,268 Tf

Mb = - 1,732 ( 3 + x ) – 3,598 + 3 x

Mb = - 5,196 – 1,732 x – 3,598 + 3 x

Mb = 1,268 x – 8,794

x 0 1 2
Mb - 8,794 - 7,526 - 6,258

V3 -15
Diagrama dos esforços solicitantes, em corpos com carga distribuída:

A resolução deste tipo de problema é semelhante àquela aplicada nos casos de carga
concentrada. A diferença básica, consiste em substituirmos a carga distribuída no trecho
considerado, por uma concentrada equivalente.
Para facilitar o entendimento, tomemos os exemplos das questões abaixo:

a) Traçar o D.E.I.S. da seguinte figura:

Cálculo das reações de apoio:

F = 40 kgf
F = W x L = 10 x 4 =

Referencial
∑ FH = 0

HA = 0

∑ FV = 0

VA - F - 25 = 0

VA - 40 – 25 = 0
VA =65 kgf

∑ MA = 0

- MA + F x 3,5 + 25 x 7,2 = 0

- MA + 40 x 3,5 + 25 x 7,2 = 0
MA = 320 m kgf

T⊕ H⊕ ∪⊕
N{ Q{ N{
CΘ AH Θ ∩Θ
V3 - 16

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