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TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA
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Índice Vol. 4:
! Gráficos, cálculos..................................................pág. 1
! CÁLCULO ANALÍTICO...........................................pág. 6
! MOMENTO DE INÉRCIA........................................pág. 7
! TEOREMA DE STEINER.........................................pág. 8
Cálculos, exemplos
! GENERALIDADE...................................................pág. 12
- Módulo de Elasticidade.................................................pág. 16
- Tensão Admissível........................................................pág. 16
- Fator de Segurança.....................................................pág. 17
Tabela II, Cargas.
! CLASSES DE RESISTÊNCIA..................................pág. 18
! RESISTÊNCIA À TRAÇÃO.....................................pág. 20
Exemplos, gráficos, exercícios
Trecho (a)
Na = 0
Qa = 25 kgf
Ma = - 25 x x
Trecho (b)
V4 - 1
Nb = 0
Qb = 25 + F
Qb = 25 + W x x
Qb = 25 + 10 x x
x 0 1 2 3 4
Qb = 10 x + 25 O esforço cortante depende
Qb 25 35 45 55 65
da distância x
x
Mb = - 25 x ( 1,7 + x ) - F .
2
x
Mb = - 42,5 - 25 x – W . x .
2
x2
Mb = - 42,5 - 25 x – 10 .
2
2
A carga distribuída x 0 1 2 3 4
Mb = - 5 x – 25 x – 42,5 gerou uma equação
0
Mb - 42,5 - 72,5 - 112,5 -162,5 -222,5
de 2 grau
Trecho c)
Nc = 0
Qc = 25 + F
Qc = 25 + 40
Qc = 65 kgf
Mc = - 25 x ( 5,7 + x ) - F. ( 2 + x )
Mc = - 25 ( 5,7 + x ) - 40 ( 2 + x )
Mc = - 142,5 - 25 x - 80- 40 x
Chamamos de centro de gravidade ou baricentro de uma figura plana ao ponto no qual toda
área desta figura está concentrada.
I
W=
Y
As coordenadas do baricentro são dadas por:
S1 . x 1 + S 2 . x 2 + S 3 . x
XG = 3
S1 + S 2 + S 3
S 1. Y1 + S 2 . Y2 + S 3 . Y3
YG =
S1 + S 2 + S 3 V4 -3
Caso trabalhemos com figuras simétricas, seus baricentros estarão localizados
coincidentemente em seus centros geométricos (centro de gravidade).
Exemplos:
CENTRO DE GRAVIDADE
H = 0, 42 44 x R
H = 0, 6002 x R
H = 0, 6366 . R
V4 - 4
Centro de gravidade de um arco de 90°
H = 0,9003 . R
b
x=
3
h
y=
3
4.R
y=
3.π
2.R.senα
y=
3.α
β
2.R. sen
4R y= 2
x=y=
3.π
(3.β )
V4 -5
CÁLCULO ANALÍTICO
a x . F1 + b x . F2 + C x . F3 + ... + N x . FN
Gx =
F1 + F2 + F3 + ... + FN
a y . F1 + b y . F2 + C y . F3 + ... + N y . FN
GY =
F1 + F2 + F3 + ... + FN
Exemplo:
Calcular o baricentro da figura abaixo: x y s x.s y.s
I 9 7 20 180 140
II 2 4 32 64 128
Somatória ∑ 52 244 268
∑ x .s 244
xG = = = 4,692mm
∑ s 52
∑ y .s 268
yG = = = 5,154mm
∑ s 52
V4 - 6
Exemplo:
S1 = 10 . 40 = 400 mm 2
S 2 = 10 . 68 = 680 mm 2
S 3 = 30 . 8 = 240 mm 2
x 1 = 20 y1 = 5
x 2 = 45 y 2 = 34
x 3 = 65 y 3 = 64
Momento de inércia de uma figura em relação a um eixo é definido como sendo a somatória
dos produtos das áreas pelo quadrado das distâncias ao eixo considerado.
Ιx = ∑ S.y 2
Ιy = ∑ S.x 2
Notas:
1- A unidade do momento da inércia, sendo o produto da área pela distância ao quadrado,
é, naturalmente: mm4; cm4; pol4; etc..
3- De um modo geral, quanto maior o momento de inércia, maior será a resistência à flexão
da peça. P
h3
Alguns resultados:
bh 3 hb 3
G I xG = ⇒ I yG = ⇒S= b.h
12 12
V4 -7
bh 3 hb 3 b.h
G
I xG = ⇒ I yG = ⇒ S=
h/3 36 36 2
b/3
a4
I x G = I yG = ⇒ S = a2
12
π π
d G I x G = I yG = ( D4 - d4 ) ⇒ S = ( D2 - d2 )
64 4
π . D4 π .d2
I x G = I yG = ⇒S=
64 4
π . D4 π . D4
I yG = ⇒ I xG =
128 458
TEOREMA DE STEINER
Translação de eixos
V4 - 8
IX = Σ I xG + Σ S . ∆ y2
IY = Σ I yG + Σ S . ∆ x2
Exemplo:
Centro de gravidade
X1 = 10 X2 = 10
Y1 = 35 Y2 = 35
X3 = 23,33 X4 = 25
Y3 = 28,33 Y4 = 7,5
X5 = 47,5
Y5 = 8
V4 -9
Áreas
π .d 2 3,14.10 2
S2 = ⇒ ∴ S2 = -78,53
4 4
b.h 10.40
S3 = ⇒ ∴ S3 = 200 cm2
2 2
S 4 = b.h ⇒ 50.15 ∴ S4 = 750 cm2
S 5 = b.h ⇒ 5.8 ∴ S5 = -40 cm2
S1. X 1 + S 2. X 2 + S 3. X 3 + S 4. X 4 + S 5. X 5
Gx =
ΣS
800.10 + (− 78,53.10 ) + 200.23,33 + 750.25 + (− 40.47,5)
Gx =
1631,47
Gx = 17,61 cm
Gy = 22,202 cm
Momento de inércia
Ιx = ΣΙXG + ΣS . y
2
b.h 3 20.40 3
IXG1 = ∴ = 106666,67 cm 4
12 12
π .d 4
3,14.10 4
IXG2 = ∴ = −490,87 cm 4
64 64
b.h 3 10.40 3
IXG3 = ∴ = 17777,77 cm 4
36 36
3
b.h 50.15 3
IXG4 = ∴ = 14062,5 cm 4
12 12
b.h 3 5.8 3
IXG5 = ∴ = 213,33 cm 4
12 12
∴ IX = ΣIXG + ΣS.Y 2
IX = 137802,74 + 1631,47.22,202 2
V4 - 10
ΙX = 942001,29 cm
4
Calcular o momento de inércia da figura abaixo em relação ao baricentro e dos eixos X e y.
x y S x.S y.S
I 0,5 3 4 2 12
II 1,5 0,5 3 4,5 1,5
∑ 7 6,5 13,5
∑x.s 6,5
xG = = = 0,929 cm
∑s 7
∑ 4 . 5 13,5
yG = = = 1,929 cm
∑s 7
Figura I
bh 3 1.4 3
Ix G = = = I x GI = 5,333 cm 4
I 12 12
hb 3 4.13
Iy = = = I y = 0,333 cm 4
G I 12 12 G I
Figura II
bh 3 3,13
Ix G = = = I x GI = 0,25 cm 4
II 12 12
hb 3 1.3 3
Iy = = = I y = 2,25 cm 4
G II 12 12 G I
V4 -11
GENERALIDADE
Antes de entrar na parte de cálculos que é o objetivo fundamental deste trabalho, faremos,
para a melhor compreensão da matéria, um retrospecto sucinto sobre o comportamento do
material.
Comportamento de um material:
Quando a força age sobre um corpo, produz neste uma TENSÃO que pode ser de
TRAÇÃO, COMPRESSÃO, CISALHAMENTO, FLEXÃO, TORÇÃO OU FLAMBAGEM.
Todas as tensões produzidas no corpo, causa a este uma TRANSFORMAÇÃO.
Se a tensão é pequena, o corpo volta ao seu estado (tamanho) normal assim que a força
deixa de agir sobre o mesmo. A esta propriedade chamamos de ELASTICIDADE
TRANSITÓRIA.
Porém, se a tensão for muito grande, poderá causar ao corpo uma DEFORMAÇÃO
PERMANENTE, isto é, o corpo poderá ficar permanentemente deformado mesmo após
cessada a ação da força.
Por outro lado, se a tensão for ainda maior, DEFORMAÇÃO PERMANENTE, poderá causar
até uma RUPTURA do corpo.
A maior tensão que o corpo pode suportar é definida como sendo o “LIMITE DE
RESISTÊNCIA” ou “TENSÃO DE RUPTURA”.
Este gráfico que representa um corpo sob a ação de uma força de tração, tem sua ordenada
a indicação de tensão e na abscissa a deformação correspondente.
Deformação --- ! L
V4 - 12
Os pontos assinalados na figura anterior representam:
Conforme o que foi dito na parte introdutiva, dentre as propriedades mecânicas dos
materiais, as de maior interesse para os cálculos de resistência são:
∈= λ =
∆L
100 =
( L - Lo ) 100 L= Comprimento final, após o
rompimento do c . p . em mm. V4 -13
Lo Lo
E = Módulo de elasticidade em Kgf/cm2
F ∆l
= E.
S lo F = força kgf
F . lo S = Área
∆l = E = Módulo de elasticidade
S. E lo = Comprimento original
Todas essas propriedades poderão ser obtidas através de ensaios, mas, para o uso em
nossos cálculos, nos basearemos nos valores contidos na TABELA I.
V4 - 14
TENSÕES MÉDIA DE ALONGAMENTO APROXIMADO DOS MATERIAIS
V4 -15
MÓDULO DE ELASTICIDAE ( VALORES MÉDIOS)
AÇOS:
σR = 0,6 a 0,8 . σR
MÓDULO DE ELASTICIDADE
MATERIAL TRAÇÃO (E) CISALHAMENTO (G)
Kgf cm2 kgf cm2
Aços 2. 10 a 2,2. 106
6
0,77. 10 a 0,85. 106
6
Cobre 1 . 106
Alumínio 0,675 . 106
Bronze 0,9 . 106
Latão 0,8 . 106
Todavia, deve-se ter em mente que as peças mecânicas podem trabalhar em condições
diversas, ou seja, umas sujeitas às cargas estáticas, enquanto que outras, submetidas as
cargas intermitentes, alternadas ou mesmo a choque.
σ = A tensão adm. representa portanto a tenção, limite com a qual pode-se dimensionar os
componentes com segurança.
Todavia, deve-se ter em mente que as peças mecânicas podem trabalhar em condições
diversas, ou melhor, umas sujeitas às cargas estáticas, enquanto outras, submetidas as
cargas intermitentes, alternadas ou mesmo a choque.
Dessa forma, ao se calcular uma peça, faz-se necessário conhecer a condição de trabalho
da mesma, a fim de poder estabelecer uma tensão admissível compatível com o tipo de
carga a suportar.
σR
σ = σ = Tensão admissível
Fs
em kgf /cm2
σR = Tensão de ruptura
em kgf /cm2
Fs = Fator de segurança.
σR
Fs
σ
V4 - 16
FATOR DE SEGURANÇA :- O fator de segurança é uma relação entre as tensões de
ruptura e admissível do material.
Em princípio, o fator de segurança é determinado levando-se em consideração diversos
fatores parciais, tais como: fator em relação as tensões de ruptura e escoamento, fator em
função da homogeneidade do material, fator em função do tipo de carga a ser aplicada,
condições de serviços, fator em função de causas desconhecidas, etc...
TIPOS 01 - Estática
DE -------- 02 - Intermitente
CARGA 03 - Alternada
04 – Brusca ou a choque
CARGA ESTÁTICA :- Quando uma peça está sujeita a uma carga constante, invariável no
decorrer do tempo.
CARGA INTERMITENTE:- Peça sujeita a uma carga pulsante, isto é, variável de zero a um
valor máximo permitido, ( cilindro hidráulico simples ação dentes de engrenagem).
CARGA ALTERNADA :- Quando uma peça está sujeita à uma carga reversível e repetitiva
no decorrer do tempo. ( cilindro de dupla ação girante com carga).
V4 -17
CARGA BRUSCA OU A CHOQUE:- Peça sujeita à variação brusca ou a choque, por
exemplo, componentes de prensas em geral.
TABELA II
FATOR DE SEGURANÇA ( FS )
CARGA
MATERIAL
ESTÁTICA INTERM. ALTERN. BRUSCA
Fo . Fo . 6 10 15 20
Aço mole 5 6 8 12
4 6 8 12
Aço duro
8 10 15 20
Madeira
CLASSES DE RESISTÊNCIA
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO:-
Quando uma barra for submetida a uma força (P), atuando no sentido do seu eixo, isto é,
perpendicular a sua seção transversal, estará sofrendo uma tração e uma deformação que
será a de acréscimo de comprimento.
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO:-
Quando uma força (P) , agir no sentido longitudinal da peça, isto é, perpendicular a sua
seção transversal, esta sofrerá uma compressão e um achatamento.
V4 - 18
RESISTÊNCIA A CISALHAMENTO:-
Quando duas forças (P) atuam sobre uma peça (rebite) , transversalmente ao seu eixo,
sofrerá um cisalhamento, isto é, a peça tenderá a ser cortada.
RESISTÊNCIA A FLEXÃO:-
Quando uma força (P), atua sobre uma barra, perpendicularmente ao seu eixo, produzirá a
flexão do referido eixo.
RESISTÊNCIA A TORÇÃO:-
Uma força (P) , agindo no plano perpendicular ao eixo da barra tenderá a girar cada seção
transversal em relação às demais seções, torcendo-a.
RESISTÊNCIA A FLAMBAGEM:-
Se a barra submetida a compressão for de comprimento muito grande em relação a sua
seção, ela se dobrará sob a ação da força (P), produzindo a flambagem.
RESISTÊNCIA COMPOSTA:-
Quando uma peça estiver sujeita a mais de uma classe de resistência, a mesma terá que
ser calculada pela resistência composta,
V4 -19
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
Sendo: P = Carga ou força em Kgf que age no sentido longitudinal da peça, tracionando-a;
Observação:
a) Quando uma força age sobre um corpo produz neste uma TENSÃO, que será tanto
maior quanto maior for a força aplicada. Conclui-se daí que: TENSÃO É DIRETAMENTE
PROPORCINAL A FORÇA.
Deduz-se daí:
P P
σ= Donde : P = σ.S e S=
S σ
Aplicação
Exercício:-
Considerando que a barra representada na figura acima seja de seção circular e de aço
SAE 1020, determinar o diâmetro que deve Ter para suportar, com segurança, um esforço
(P) estático, à tração, de 5000 Kgf.
d = 2,73 cm V4 - 20
Exercício: ( A resolver): - Ainda com referência à fig anterior, admitindo-se que o diâmetro da
barra seja de 50mm e o material SAE 2330, determinar a carga estática que pode ser
aplicada com segurança.
Resp. P = 29 045 kgf.
A peça mostrada na figura abaixo é constituída de uma parte mais grossa que tem o
diâmetro de 30mm e outra mais fina de 20mm.
Calcular a carga (P), intermitente, que pode ser aplicada à peça, considerando-se que a
mesma é feita de aço níquel SAE 2330.
Exercício:
Na figura acima, se a peça fosse feita de aço SAE 1020 e tivesse que receber uma carga
intermitente de 3871,62 Kgf, verificar:
a) se os diâmetros da peças são satisfatórias?
b) Se a tensão produzida na peça é compatível com o material considerado?
Exercício:
Exercício:
Na figura acima, determinar o diâmetro da peça feita de aço SAE 1040 e a quantidade de
parafusos feitos de aço SAE 3140.
Admite-se carga intermitente.
Resp. d = 3,15 cm
Qt = 4 parafusos.
V4 -21
Exercício:
Determinar:
DETERMINAÇÃO DA DEFORMAÇÃO
Sendo:
P = Força em Kgf que produz a tensão de tração;
S = Secção resistente em cm2;
L = Comprimento de barra em cm;
! L =Deformação ( aumento de comprimento) em cm;
E = Módulo de elasticidade em Kgf/ cm2
λ = Alongamento;
σ = Tensão de tração em Kgf/ cm2
P
σ=
σ S
E=
λ ∆L
λ=
L
Donde
P.L P. L σ .L
Ë= e ∆L = ∆L =
S. E ou E
S.∆L
V4 - 22
Aplicação:
Exercícios:
A barra de aço representada na figura anterior deverá ser submetida a uma força de tração de
2 tf e tem 20mm de diâmetro e 2m de comprimento.
Determinar a deformação que irá ao ser aplicada a referida força.
Solução:
P = 2000 Kgf
L = 200cm Para aço toma - se :
E = 2,1 . 10 kgf /cm
d = 2cm 6 2
P. L
∆L =
S = π . d = 3,14 . 2
2 2
S. E
4 4
S = 3,14 cm 2
2000 . 200
∆L =
3,14 . 2,1 . 10 6
!L = 0,0607 cm
Exercício:
Na figura anterior, determinar a deformação que sofre uma barra de aço de 30mm e 4m de
comprimento ao ser aplicada uma carga de 5tf, admitindo-se que E = 2,1.106 Kgf/ cm2
Resposta: !L = 0,1348 cm
Exercício:
A peça representada na figura anterior, feita em aço SAE 1020 tem as seguintes dimensões:
Determinar:
a) a carga estática (P) que pode ser aplicada com segurança;
b) a deformação que a peça sofre ao ser aplicada a carga permissível.
Exercício:
Resposta : d2 = 27,5 mm
!L = 0,0685 cm
V4 -23