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PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA
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Índice Vol. 2:
! Roldanas..............................................................pág. 1
! Plano inclinado.....................................................pág. 3
! Sarilho.................................................................pág. 4
! DINÂMICA............................................................pág. 5
Potência, exemplos, exercícios
! Conceitos de Hidráulica.........................................pág. 7
Princípio de Pascal, Escalas Rockwell, exercícios.
! Conceito de Momento...........................................pág. 10
! Classificação de esforços.......................................pág. 12
- Tipos de vínculos...............................................pág. 12
! Cargas Distribuídas..............................................pág. 15
Cálculos, Resoluções, exercícios.
! Forças Inclinadas.................................................pág. 20
Roldanas
A roldana ou polia é constituída geralmente de madeira ou metal. Ela pode girar em torno de
um eixo fixo ou móvel, dando origem aos dois tipos de roldana.
Na roldana fixa, ou polia fixa, comparecem FA e FR aplicadas na corda. Este tipo de polia
apenas transmite movimento, não ampliando ou reduzindo esforços, ou seja:
FA = FR
Na roldana móvel, ou polia móvel, comparecem as forças FA e FR. Neste tipo de polia, a
Força de ação é equivalente à metade da força de reação.
FR
FA =
2
Na roldana móvel ocorrem dois movimentos diferentes: rotação da polia em torno do seu
eixo e movimento de translação da polia, que muda de posição.
Pode-se combinar polias móveis e fixas, formando as chamadas talhas exponenciais.
V2 - 1
Exemplo:
Talha exponencial com 3 roldanas móveis. Talha exponencial com 7 roldanas móveis.
FR
FA =
2n
FA = força de ação
FR = força de resistência
n = número de polias móveis
V2 - 2
Exercícios:
Plano inclinado
V2- 3
No plano inclinado, a força de ação FA é sempre paralela à superfície do plano e a força de
resistência é perpendicular à base do plano.
FA = FR . sen θ h
ou FA = F R .
L
Exercícios:
Um plano inclinado tem declividade de 450. Um peso de 200 Kgf vai ser arrastado pelo
plano. Calcule a força de ação necessária.
Sarilho
É um cilindro horizontal sobre o qual se enrola uma corda. A força de ação é aplicada na
manivela do sarilho e a força de resistência é aplicada na extremidade livre da corda.
Exercícios:
Para cada combinação de máquinas simples abaixo, determine a força de ação:
– DINÂMICA
- No sistema internacional
[τ ] = [ F ] . [ d ] = N . m = Joule (J)
V2- 5
Se a direção da força não coincidir com a direção do deslocamento, o trabalho é calculado
da seguinte forma:
τ = F . d . cos θ
Exercícios:
Potência
Qualquer máquina , para realizar um trabalho τ, gasta um certo tempo t Associaremos a
ela uma grandeza física chamada potência, que medirá a rapidez com que ela realiza o
trabalho. Simbolizaremos potência por P e definiremos da seguinte forma:
τ
P=
t
No sistema internacional temos a seguinte unidade de potência:
Exercícios:
Calcule as potências de uma máquina que realiza um trabalho de 900 J em 18s.
V2 - 6
Hidráulica – Conceitos
Conceito de pressão
A idéia de pressão está associada à situação na qual uma força atua em sua superfície.
Define-se pressão de uma força normal (perpendicular) em um ponto qualquer de uma
superfície, ao quociente entre essa força e a área onde a mesma atua.
Fn Pr = pressão
Pr = Fn = força normal
A A = área
Exercícios:
Uma força perpendicular de 80N é aplicada numa área de 0,05m2 . Calcule a pressão.
Princípio de Pascal
V2- 7
Seja:
r : o raio de êmbolo menor ;
R: o raio do êmbolo maior;
f : a força aplicada no êmbolo menor;
F: a força aplicada no êmbolo maior;
Tem –se:
F f
2
= 2
r R
Exercícios:
O pistão menor de um elevador hidráulico tem 20cm2 e o pistão maior tem 300cm2 de área.
Aplica-se uma força de 40Kgf no pistão menor. Qual a força obtida no maior?
Por volta de 1.900 foi introduzida nas industrias o método de medir dureza por penetração e
atualmente é o mais utilizado em relação ao risco e o choque.
Dentro de ensaio de penetração temos:
a) Ensaio de dureza BRINNELL ( HB )
Este ensaio é efetuado pela aplicação de uma carga padrão usualmente 500 ou 3000 Kg
sobre a esfera de aço duro, de 10mm de diâmetro, a qual está em contato com o material a
ser ensaiado.
Após 10 a 30 segundos a carga é retirada e a impressão que se forma no corpo de prova é
medida por um microscópio calibrado. O Valor assim obtido aplicado a fórmula. BRINNELL
ou usado numa tabela já preparada, dá o valor da dureza.
Observe na figura acima como a esfera de aço duro penetra no corpo de prova.
A dureza de BRINNELL ( HB ) é dada pela fórmula:
2 ⋅F
( HB ) =
(
π ⋅D ⋅ D − D − d 2 2
) (kgf / mm2)
V2 - 8
onde:
HB= valor da dureza Brinnell a ser calculada
F = força aplicada em Kgf
D = diâmetro da esfera em mm
d = diâmetro da impressão da esfera ( calota ) em mm
Escala Rockwell B
Escala Rockwell C
Utilizada para materiais mais duros onde o penetrador é uma ponta de diamante em forma
de cone com ângulo do vértice de 1200 e carga total de 150Kgf ( pré-carga Fo = 10Kgf e
carga de 90Kgf).
Escala Rockwell A
Utilizado para materiais muito duro, com o mesmo penetrador da escala C e carga total de
60Kgf.
O penetrador cônico de diâmetro é conhecido com o nome de “penetrador BRALE”.
A dureza Rockwell (HR) pode ser utilizada em dois tipos de máquinas, que só diferenciam
pela precisão de seus componentes, tendo ambas a mesma técnica de operação: a
máquina padrão mede a dureza HR comum e a máquina mais precisa mede a dureza HR
superficial.
Devemos lembrar que a pré-carga de dureza Rockwell comum é sempre de 10Kgf e no caso
da HR superficial a pré-carga é sempre de 3Kgf.
V2- 9
1- Conceito de momento:
Momento de uma força em relação a um ponto,. É o produto dessa forma pela distância
existente entre o ponto e a linha de ação dessa força.
M = F. d.
Exemplos:
V2 - 10
b) Calcular o momento da força F1 e F2 em relação aos pontos A e B
Os esforços externos reativos surgem por intermédio dos vínculos que são dispositivos
destinados a impedir um, dois ou três movimentos em determinadas direções.
TIPOS DE VÍNCULOS
V2 - 12
20 Tipo: Apoio móvel
Reage às cargas aplicadas somente no sentido vertical em relação ao seu eixo
Exemplos:
30 Tipo: Engastamento
Reage às cargas aplicadas nos sentidos horizontal e vertical em relação ao seu eixo, e
também ao movimento de rotação
( momento )
Exemplo:
V2- 13
3- Cálculo das reações de apoio
No campo da estática, para que um corpo se mantenha em equilíbrio, é necessário que
satisfaça 3 condições:
∑ FH = 0
∑ FV = 0
3- A somatória dos momentos aplicados em relação a um ponto qualquer deve ser igual
zero.
∑ Ma = 0
Exemplo:
a) Calcular as reações de apoio nos pontos A e B da figura abaixo:
1º) ∑ FH = 0
HA = 0
2º) ∑ FV = 0
VA - 10 + VB = 0 (I)
3º) ∑ MA = 0
10 x 3 - VB x 8 = 0
30 = VB x 8
30
VB =
8
VB = 3,75 Tf
V2 - 14
Nota: As reações VA e HA não ocasionam o momento em relação ao ponto A, uma vez que
a linha de ação dessas forças passam pelo mesmo ponto considerado.
VA – 10 + 3,75 = o
VA = 10 – 3,75
VA = 6,25 Tf
O apoio A não permite o movimento nos sentidos horizontal, vertical e de rotação, logo,
trata-se de um vínculo do tipo engastamento.
∑ FH = 0
HA – 80 = 0
HA = 80 kgf
∑ FV = 0
VA + 50 = 0
VA = - 50 kgf
∑ MA = 0
MA - 50 x 200 = 0
- MA - 10000 = 0
- MA = 10000
MA = -10000mm.Kgf
Note que os valores de VA e MA são negativos. Quando isto ocorre, significa que o sentido
adotado não foi o correto.
Os sentidos corretos para as reações, neste exemplo, são os seguintes:
4- Cargas distribuídas
Até agora, consideramos a carga aplicada num ponto, isto é, concentrada naquele lugar. A
rigor, não existe carga concentrada: Toda carga é distribuída sobre uma linha, superfície ou
volume.
Quando a região da aplicação da carga for muito pequena, comparada com as dimensões
da peça em estudo, podemos considerar que a carga atua de forma concentrada.
V2- 15
Há casos, entretanto, em que a carga se distribui no trecho considerado, como por exemplo:
a carga de uma parede sobre uma viga, a pressão do líquido sobre as paredes de um
reservatório ou ainda, o peso próprio da viga.
Para efeito de cálculo das reações de apoio, quando se tem carga distribuída, devemos
substituir este carregamento por uma carga concentrada equivalente, aplicada no centro de
forças.
V2 - 16
Exemplos:
Calcular as reações de apoio das figuras abaixo:
Para efeito de cálculo das reações de apoio, podemos substituir a carga distribuída por uma
concentrada equivalente.
L = 800mm = 0,8m
0,8m
1
/2 == 0,4m
2
120kgf
F=wxL= x 0,8m = 96kgf
m
A figura, com as reações de apoio, fica da seguinte forma:
HA = 0
∑ FV = 0
VA – 96 + VB = 0 (I)
∑ MA = 0
96 x 1000 – VB . 2200 = 0
VB = 43,64kgf
Substituindo VB em (I)
VA - 96 + 43,64 = 0
V2- 17
VA = 52,36 kgf
Substituindo a carga distribuída por uma concentrada:
1 = 300mm = 0,3m
1 = 0,3m = 0,1m
3 3
1 500kgf 0,3m
F = wo x = x = 75kgf
2 m 2
Calculando as reações de apoio:
Referencial
∑ FH = 0
HA -80 = 0
HA = 80kgf
∑ FV = 0
VA - 75 - 900 + VB = 0 (I)
∑ MA = 0
VB = 740,63kgf
substituindo VB em (I)
VA - 75 - 900 + 740,63 = 0
VA = 234,37kgf
V2 - 18
Resolução
∑ FH = 0
1 6Tf 6m
HB = 0 F1 = wo x = x = 18Tf
2 m 2
-HB = 0 1 6m
L1 = = = 2m
∑ FV =
3 3
3Tf
VA -FI + 8 + F2 + VB = 0
F2 = w x L = x 5m = 15Tf
m
L 5m
VA - 18 + 8 – 15 + VB = 0 (I) L2 = = = 2,5m
2 2
∑ MB = 0
VA x 14,7 - 191,1 = 0
191,1
VA =
14,7
Substituindo: VA em (i)
VA - 18 + 8 - 15 + VB = 0
VA = 13 Tf 13 - 18 + 8 - 15 + VB = 0
VB = -13 + 18 + 8 + 15
VB = +12 Tf
V2- 19
5 – Forças Inclinadas
Para calcularmos as reações de apoio em uma estrutura que apresenta esforços externos
ativos em forma de forças inclinadas, devemos antes, decompor essas forças. Usando as
componentes dessas forças, efetuamos toda a seqüência de cálculos vista anteriormente.
Exemplo:
F1y F2y
sen ∝ = sen β =
F1 F2
F1y = F1 x cos ∝ = 3 x cos 450 F2 y = F2 x sen β = 5 x sen 60 0
F1X F2x
cos ∝ = cos β =
F1 F
F1X = F1 x cos ∝ = 3 x cos 45 0 F2 x = F2 x cos β = 5 x cos 60 0
F1X = 2,121 Tf F2x = 2,5 Tf
V2 - 20