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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018


ABNT/CB-003
Publicada em 27.09.2019

Atmosferas explosivas
Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas explosivas de gás
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ERRATA 1

Página 63, Figura D.1

Substituir por

Figura D.1 – Gráfico para estimativa das extensões das áreas classificadas

Ref.: ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018/Er1:2019

1
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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA IEC
60079-10-1

Segunda edição
14.11.2018
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Atmosferas explosivas
Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas
explosivas de gás
Explosive atmospheres
Part 10-1: Classification of areas — Explosive gas atmospheres

ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-07779-4

Número de referência
ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018
110 páginas

© IEC 2015 - © ABNT 2018


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Sumário Página

Prefácio Nacional..............................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Generalidades......................................................................................................................7
4.1 Princípios de segurança.....................................................................................................7
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4.2 Objetivos da classificação de áreas..................................................................................8


4.3 Avaliação dos riscos de explosão.....................................................................................8
4.4 Competências pessoais.....................................................................................................9
5 Metodologia de classificação de áreas.............................................................................9
5.1 Generalidades......................................................................................................................9
5.2 Classificação de áreas pelo método de fontes de liberação........................................10
5.3 Utilização de códigos industriais ou de normas estrangeiras..................................... 11
5.4 Métodos simplificados...................................................................................................... 11
5.5 Combinação de métodos.................................................................................................. 11
6 Liberação de substâncias inflamáveis............................................................................12
6.1 Generalidades....................................................................................................................12
6.2 Fontes de liberação...........................................................................................................12
6.3 Formas de liberação.........................................................................................................13
6.3.1 Generalidades....................................................................................................................13
6.3.2 Liberações em forma de gás............................................................................................14
6.3.3 Liberações de gases liquefeitos sob pressão................................................................14
6.3.4 Liberações de gases liquefeitos por resfriamento........................................................15
6.3.5 Névoas................................................................................................................................15
6.3.6 Vapores..............................................................................................................................15
6.3.7 Liberações de líquidos.....................................................................................................15
6.4 Ventilação (ou movimento de ar) e diluição...................................................................16
6.5 Tipos principais de ventilação.........................................................................................17
6.5.1 Generalidades....................................................................................................................17
6.5.2 Ventilação natural..............................................................................................................17
6.5.3 Ventilação artificial............................................................................................................17
6.5.4 Grau de diluição................................................................................................................19
7 Tipos de zona....................................................................................................................20
7.1 Generalidades....................................................................................................................20
7.2 Influência do grau das fontes de liberação....................................................................20
7.3 Influência de diluição........................................................................................................20
7.4 Influência da disponibilidade de ventilação...................................................................21
8 Extensões das zonas........................................................................................................21
9 Documentação...................................................................................................................22
9.1 Generalidades....................................................................................................................22
9.2 Desenhos, listas de dados e tabelas...............................................................................23

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Anexo A (informativo) Sugestão de apresentação de classificação de áreas...............................24


A.1 Representação de zonas de áreas classificadas – Símbolos recomendados............24
A.2 Sugestão de formatos para áreas classificadas............................................................27
Anexo B (informativo) Estimativa de fontes de liberação................................................................29
B.1 Símbolos............................................................................................................................29
B.2 Exemplos de graus de liberação.....................................................................................30
B.2.1 Generalidades....................................................................................................................30
B.2.2 Fontes de liberação de grau contínuo............................................................................30
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B.2.3 Fontes de grau de liberação primário.............................................................................30


B.2.4 Fontes de liberação de grau secundário........................................................................30
B.3 Avaliação dos graus de liberação...................................................................................31
B.4 Combinação de fontes de liberações..............................................................................31
B.5 Área equivalente a um furo da fonte de liberação.........................................................32
B.6 Formas de liberação.........................................................................................................35
B.7 Taxa de liberação..............................................................................................................36
B.7.1 Generalidades....................................................................................................................36
B.7.2 Estimativa da taxa de liberação.......................................................................................37
B.7.2.1 Generalidades....................................................................................................................37
B.7.2.2 Taxa de liberação de líquidos..........................................................................................37
B.7.2.3 Taxa de liberação de gás ou vapor..................................................................................38
B.7.3 Taxas de liberação de poças evaporativas.....................................................................39
B.8 Liberação a partir de aberturas em edificações.............................................................41
B.8.1 Generalidades....................................................................................................................41
B.8.2 Aberturas como possíveis fontes de liberação..............................................................42
B.8.3 Classificação das aberturas.............................................................................................42
Anexo C (informativo) Diretrizes sobre ventilação...........................................................................44
C.1 Símbolos............................................................................................................................44
C.2 Generalidades....................................................................................................................45
C.3 Avaliação da ventilação e da diluição e sua influência na classificação de áreas.....46
C.3.1 Generalidades....................................................................................................................46
C.3.2 Efetividade da ventilação.................................................................................................47
C.3.3 Critérios para a avaliação da diluição.............................................................................47
C.3.4 Avaliação da velocidade da ventilação...........................................................................47
C.3.5 Avaliação do grau de diluição..........................................................................................49
C.3.6 Diluição em ambientes fechados.....................................................................................50
C.3.6.1 Generalidades....................................................................................................................50
C.3.6.2 Concentração preexistente e liberações em um ambiente ventilado..........................51
C.3.7 Critérios para avaliação da disponibilidade de ventilação...........................................51
C.3.7.1 Generalidades....................................................................................................................51
C.3.7.2 Critérios para a ventilação natural..................................................................................52
C.3.7.3 Critérios para a ventilação artificial.................................................................................53
C.4 Exemplos de arranjos e avaliação da ventilação...........................................................53
C.4.1 Introdução..........................................................................................................................53

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C.4.2 Liberação fugitiva no interior de uma edificação de grandes dimensões ..................53


C.4.3 Liberação fugitiva no interior de uma edificação com pequenas dimensões com
ventilação natural..............................................................................................................54
C.4.4 Liberação fugitiva em uma edificação de pequenas dimensões com ventilação
artificial...............................................................................................................................54
C.4.5 Liberação com baixa velocidade.....................................................................................55
C.4.6 Emissões fugitivas............................................................................................................56
C.4.7 Ventilação e exaustão artificial local...............................................................................56
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C.5 Ventilação natural em edificações...................................................................................57


C.5.1 Generalidades....................................................................................................................57
C.5.2 Ventilação induzida por ventos........................................................................................57
C.5.3 Ventilação induzida por flutuabilidade............................................................................58
C.5.4 Combinação de ventilação natural induzida por ventos e por flutuabilidade ............60
Anexo D (informativo) Estimativa da extensão de zonas nas classificação de áreas..................62
D.1 Generalidades....................................................................................................................62
D.2 Estimativa do tipo de zona...............................................................................................62
D.3 Estimativa da extensão da zona na classificação de área............................................63
Anexo E (informativo) Exemplos de classificação de áreas............................................................65
E.1 Generalidades....................................................................................................................65
E.2 Exemplos...........................................................................................................................65
E.3 Exemplo de estudo de caso de classificação de áreas.................................................79
Anexo F (informativo) Fluxograma para elaboração de classificação de áreas............................92
F.1 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas...............................................92
F.2 Fluxograma para elaboração da classificação de áreas...............................................92
F.3 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas...............................................94
F.4 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas...............................................95
Anexo G (informativo) Névoas inflamáveis.......................................................................................96
Anexo H (informativo) Hidrogênio......................................................................................................99
Anexo I (informativo) Misturas híbridas...........................................................................................102
I.1 Generalidades..................................................................................................................102
I.2 Utilização da ventilação para a classificação de áreas...............................................102
I.3 Limites da concentração................................................................................................102
I.4 Reações químicas...........................................................................................................102
I.5 Limites de energia e de temperatura.............................................................................102
Anexo J (informativo) Equações úteis para auxiliar a classificação de áreas.............................104
J.1 Generalidades..................................................................................................................104
J.2 Diluição com ar de uma liberação de uma substância inflamável.............................104
J.3 Estimativa do tempo requerido o para a diluição de uma substância inflamável em
uma liberação..................................................................................................................105
Anexo K (informativo) Códigos industriais e normas estrangeiras..............................................106
K.1 Generalidades..................................................................................................................106
Bibliografia........................................................................................................................................109

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Figuras
Figura A.1 – Símbolos recomendados para zonas de áreas classificadas..................................24
Figura A.2 – Gás ou vapor a baixa pressão (ou a alta pressão, em caso de direção de liberação
não previsível)...................................................................................................................27
Figura A.3 – Gás ou vapor em alta pressão.....................................................................................27
Figura A.4 – Gás liquefeito................................................................................................................28
Figura A.5 – Líquido inflamável (poça evaporativa abaixo do ponto de ebulição)......................28
Figura B.1 – Tipos de liberação........................................................................................................35
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Figura B.2 – Taxa de evaporação volumétrica de líquidos.............................................................41


Figura C.1 – Gráfico para avaliação do grau de diluição...............................................................49
Figura C.2 – Autodifusão de uma liberação fugitiva em alta velocidade e não obstruída..........54
Figura C.3 – Ventilação artificial somente com insuflamento de ar..............................................55
Figura C.4 – Ventilação artificial com insuflamento e exaustão de ar..........................................55
Figura C.5 – Ventilação e exaustão artificial local..........................................................................57
Figura C.6 – Vazão volumétrica de entrada de ar por m2 da área de abertura efetiva
equivalente.........................................................................................................................60
Figura C.7 – Exemplo de origem das forças resultantes de ventilação........................................61
Figura D.1 – Gráfico para estimativa das extensões das áreas classificadas ............................63
Figura E.1 – Grau de diluição (Exemplo n° 1)..................................................................................66
Figura E.2 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 1)...........................................................67
Figura E.3 – Definição das zonas (Exemplo n° 1)...........................................................................67
Figura E.4 – Grau de diluição (Exemplo n° 2)..................................................................................69
Figura E.5 – Extensão da área classificada (Exemplo nº 2)...........................................................70
Figura E.6 – Grau de diluição (Exemplo nº 3)..................................................................................72
Figura E.7 – Extensão da área classificada (Exemplo nº 3)...........................................................72
Figura E.8 – Classificação de áreas (Exemplo nº 3)........................................................................73
Figura E.9 – Grau de diluição (Exemplo nº 4)..................................................................................74
Figura E.10 – Extensão da área classificada (Exemplo nº 4).........................................................75
Figura E.11 – Classificação de áreas (Exemplo nº 4)......................................................................75
Figura E.12 – Grau de diluição (Exemplo nº 5)................................................................................78
Figura E.13 – Extensão da área classificada (Exemplo Nº. 5)........................................................79
Figura E.14 – Compressor de processamento de gás natural abrigado......................................81
Figura E.15 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural
(planta em corte)...............................................................................................................90
Figura E.16 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural
(planta baixa).....................................................................................................................91
Figura F.1 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas...........................................92
Figura F.2 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas para graus de liberação
contínuo.............................................................................................................................93
Figura F.3 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para graus de liberação
primários............................................................................................................................94
Figura F.4 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas para graus de liberação
secundários.......................................................................................................................95

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Tabelas
Tabela A.1 − Lista de dados para classificação de áreas – Parte 1: Lista e características das
substâncias inflamáveis...................................................................................................25
Tabela A.2 − Lista de dados para classificação de áreas – Parte 2: Lista das fontes de
liberação.............................................................................................................................26
Tabela B.1 – Sugestão de áreas equivalentes a um furo para fontes de liberações de grau
secundário.........................................................................................................................33
Tabela B.2 – Efeito das zonas de áreas classificadas nas aberturas como possíveis fontes
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de liberação.......................................................................................................................43
Tabela C.1 – Velocidades orientativas de ventilação externa (uw)................................................48
Tabela D.1 – Zonas em função do grau de liberação e da efetividade da ventilação..................62
Tabela E.1 – Instalação do compressor de processamento de gás natural.................................82
Tabela E.2 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 1 – Lista de
substâncias inflamáveis e suas características.............................................................86
Tabela E.3 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 2 – Lista das
fontes de liberação (1 de 2) .............................................................................................87
Tabela K.1 – Exemplos de códigos industriais e normas estrangeiras aplicáveis....................107

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.
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Os Documentos Técnicos Internacionais são adotados conforme as regras da ABNT Diretiva 3.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR IEC 60079-10-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003),
pela Comissão de Estudo de Classificação de áreas, dados de Gases e Vapores Inflamáveis, Projeto,
Seleção de Equipamentos, Montagem, Inspeção e Manutenção de Instalações “Ex”, Reparo, Revisão
e Recuperação de Equipamentos “Ex” e Competências Pessoais para Atmosferas Explosivas
(CE-003:031.001). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 09, de 24.09.2018 a
23.10.2018.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à IEC 60079-10-1:2015,
Ed. 2.0 e incorpora o Cor.1:2015, que foram elaborados pelo Technical Committee Equipment for
Explosive Atmospheres (IEC/TC 31), Subcommittee Classification of Hazardous Areas and Installation
Requirements (SC 31J), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR IEC 60079-10-1:2009), a qual
foi tecnicamente revisada.

O atendimento dos requisitos desta Norma não dispensa o atendimento de regulamentos publicados
por Órgãos Públicos, aplicáveis aos equipamentos e instalações.

Esta edição da ABNT NBR IEC 60079-10-1 inclui as seguintes modificações significativas, em relação
à edição anterior.

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Tipo da alteração

Descrição das alterações significativas Seção Alteração Alteração


menor ou Extensão técnica
editorial maior
Reestruturação completa e divisão em
seções para a identificação de possíveis
Corpo
metodologias para a classificação de
principal do X X X
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áreas e para proporcionar explicações


texto
adicionais sobre fatores de avaliação
específicos
Introdução de novos termos e definições 3 X
Introdução de seções para métodos
5 X X
alternativos para a classificação de áreas
Atualização de exemplos para a
Anexo A X X
apresentação de classificação de áreas
Atualização dos cálculos para as taxas de
Anexo B X X
liberação
Revisão completa com uma nova
abordagem com base no grau de diluição, Anexo C X X
ao invés do grau de ventilação
Incluído novo Anexo com considerações
Anexo D X
sobre extensão de zonas
Incluídos novos exemplos para explicar
a metodologia de classificação de áreas Anexo E X
indicada nos Anexos A, B, C e D
Atualização do fluxograma que ilustra o
procedimento de classificação de áreas, Anexo F X
com a separação em quatro seções
Incluído um novo Anexo sobre hidrogênio Anexo H X
Introduzido um novo Anexo sobre misturas
Anexo I X
híbridas
Introduzido um novo Anexo com equações
Anexo J X
suplementares
Introduzido um novo Anexo para
referenciar códigos industriais e normas
Anexo K X
estrangeiras, com exemplos específicos
de classificação de áreas

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Explicação dos tipos de alterações significativas


A) Definições
●● Esclarecimentos

●● Redução de requisitos técnicos


1. Modificação menor e editorial
●● Modificações técnicas menores
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●● Correções editoriais
Estas são alterações nos requisitos na forma editorial ou com alteração técnica menor. Estas
incluem alterações de texto para o esclarecimento de requisitos técnicos, sem qualquer
modificação técnica, ou a redução de um nível de requisito existente.
2. Extensão ●● Adição de opções técnicas
Estas são modificações que incluem um novo requisito técnico ou modificam requisitos técnicos
existentes, de forma que novas opções sejam apresentadas, mas sem o aumento dos requisitos.
●● Inclusão de requisitos técnicos
3. Modificação técnica maior
●● Aumento de requisitos técnicos
Estas são modificações para requisitos técnicos (inclusão, aumento do nível ou remoção).

NOTA Estas modificações representam o estado atual do conhecimento tecnológico. Entretanto, geral-
mente estas modificações podem não influenciar os equipamentos já colocados no mercado.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR IEC 60079 is concerned with the classification of areas where flammable gas
or vapour hazards may arise and may then be used as a basis to support the proper selection and
installation of equipment for use in hazardous areas.

It is intended to be appLIEd where there may be an ignition hazard due to the presence of flammable
gas or vapour, mixed with air, but it does not apply to:

 a) mines susceptible to firedamp;

 b) the processing and manufacture of explosives;

 c) catastrophic failures or rare malfunctions which are beyond the concept of abnormality dealt with
in this Standard (see 3.7.3 and 3.7.4);

 d) rooms used for medical purposes;

 e) commercial and industrial applications where only low pressure fuel gas is used for appliances
e.g. for cooking, water heating and similar uses, where the installation is compliant with relevant
gas codes;

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 f) domestic premises;

 g) where a hazard may arise due to the presence of combustible dusts or combustible flyings but the
principles may be used in assessment of a hybrid mixture (refer also ABNT NBR IEC 60079‑10-2).

NOTE Additional guidance on hybrid mixtures is provided in Annex I.

Flammable mists may form or be present at the same time as flammable vapour. In such case the strict
application of the details in this standard may not be appropriate. Flammable mists may also form when
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liquids not considered to be a hazard due to the high flash point are released under pressure. In these
cases, the classifications and details given in this standard do not apply. Information on flammable
mists is provided in Annex G.

For the purpose of this Standard, an area is a three-dimensional region or space.

Atmospheric conditions include variations above and below reference levels of 101,3 kPa (1 013 mbar)
and 20 °C (293 K), provided that the variations have a negligible effect on the explosion properties of
the flammable substances.

In any process plant, irrespective of size, there may be numerous sources of ignition apart from those
associated with equipment. Appropriate precautions will be necessary to ensure safety in this context.
This standard is applicable with judgement for other ignition sources.

This Standard does not take into account the consequences of ignition of an explosive atmosphere.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

Atmosferas explosivas
Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas explosivas de gás

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR IEC 60079 refere-se à classificação de áreas onde pode ocorrer a pre-
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sença de gases ou vapores inflamáveis e pode ser utilizada como base para a seleção e instalação
adequadas de equipamentos para utilização em áreas classificadas.

Esta Norma é destinada a ser aplicada onde haja o risco de ignição devido à presença de gás ou
vapor inflamável misturado com o ar, porém não é aplicável a

 a) minas sujeitas a presença de grisu;

 b) processamento e manufatura de explosivos;

 c) falhas catastróficas ou falhas raras que estejam além do conceito de anormalidade considerado
nesta Norma (ver 3.7.3 e 3.7.4);

 d) ambientes utilizados com objetivos médicos;

 e) aplicações comerciais e industriais onde somente sejam utilizados gases inflamáveis com baixa
pressão, para aplicações, por exemplo, para cozimento, aquecimento de água e utilizações
similares, onde a instalação estiver de acordo com as normas ou códigos pertinentes para gases;

 f) ambientes domésticos;

 g) áreas onde um risco possa ser gerado pela presença de poeiras ou fibras combustíveis,
mas os princípios possam ser utilizados na avaliação de misturas híbridas (consultar também
a ABNT NBR IEC 60079-10-2).

NOTA Informações adicionais sobre misturas híbridas são apresentadas no Anexo I.

Névoas inflamáveis podem se formar ou estar presentes ao mesmo tempo que vapores inflamáveis.
Em tais casos, somente a aplicação dos requisitos indicados nesta Norma pode não ser adequado.
Névoas inflamáveis podem também ser formadas quando líquidos que não são considerados
como sendo uma fonte de risco devido ao seu elevado ponto de fulgor são liberados sob pressão.
Nestes casos, a classificação de áreas e os detalhes apresentados nesta Norma não são aplicáveis.
Informações sobre névoas inflamáveis são apresentadas no Anexo G.
Para o objetivo desta Norma, uma área é considerada uma região ou espaço tridimensional.
Condições atmosféricas incluem variações acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa
(1 013 mbar) e 20 °C (293 K), desde que as variações tenham um efeito desprezível nas proprie-
dades de explosividade das substâncias inflamáveis.
Em qualquer planta de processo, independentemente do seu tamanho, pode haver numerosas fontes
de ignição, além daquelas associadas aos equipamentos. Neste contexto, são necessárias precau-
ções apropriadas para assegurar um nível adequado de segurança. Esta Norma é aplicável,
com ponderação, a outras fontes de ignição.
Esta Norma não leva em consideração as consequências da ignição de uma atmosfera explosiva.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR IEC 60079-0, Atmosferas explosivas – Parte 0: Equipamentos – Requisitos gerais

ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
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instalações elétricas

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR IEC 60079-0
e os seguintes.

NOTA Definições adicionais aplicáveis às atmosferas explosivas podem ser encontradas na


ABNT NBR IEC 60050-426.

3.1
atmosfera explosiva
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis, na forma de gás, vapor,
poeira, fibras, partículas combustíveis suspensas, que, após a ignição, permite autossustentação
de propagação da chama

[FONTE: ABNT NBR IEC 60079-0, 3.30]

3.2
atmosfera explosiva de gás
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis, na forma de gás ou vapor,
que, após a ignição, permite a autossustentação de propagação da chama

Nota 1 de entrada: Embora uma mistura que possua uma concentração acima do seu Limite Superior de
Explosividade (LSE) não seja uma atmosfera explosiva de gás, esta pode rapidamente se tornar explosiva
e, geralmente para os objetivos de classificação de áreas, é recomendável que esta seja considerada uma
atmosfera explosiva de gás.

Nota 2 de entrada: Existem alguns gases e vapores que são explosivos com a concentração de 100 %
(por exemplo, acetileno, CAS 74-86-2, C2H2, monovinil acetileno, CAS 689-97-4, C4H4, 1-propil nitrato,
CAS 627-13-4, CH3 (CH2)2 NO3, isopropil nitrato (vapor), CAS 1712-64-7, (CH3)2 CH ONO2, óxido de etileno
(vapor), CAS 75-21-8, (CH2)2 O, hidrazina (vapor), CAS 302-01-2, H4N2.

[FONTE: IEC 60079-0:2013, 3.32, modificada (inclusão da Nota de entrada)]

3.3 áreas classificadas e zonas

3.3.1
áreas classificadas (devido a atmosferas explosivas de gás)
áreas em que uma atmosfera explosiva de gás está presente ou é esperado que esteja presente
em quantidades tais que requeiram precauções especiais para a construção, instalação e utilização
de equipamentos
Nota 1 de entrada: Os interiores de diversas partes de equipamentos de processo são comumente con-
siderados áreas classificadas, mesmo se uma atmosfera explosiva não poder estar presente, de forma

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a considerar a possibilidade de entrada de ar no equipamento. Quando sistemas de controle específicos,


como a inertização, são utilizados, o interior de certos equipamentos de processo pode ser considerado
uma área não classificada.

3.3.2
áreas não classificadas (devido a atmosferas explosivas de gás)
áreas em que uma atmosfera explosiva de gás não é esperada para estar presente em quantidades
tais que requeiram precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamentos

3.3.3
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zonas
classificação de áreas com base na frequência da ocorrência e duração de uma atmosfera explosiva
de gás

3.3.4
zona 0
área em que uma atmosfera explosiva de gás está presente continuamente ou por longos períodos
ou frequentemente

Nota 1 de entrada: Tanto os termos “longos” e “frequentemente” são termos que são destinados a descrever
uma alta probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva na área. Neste sentido, estes termos não
precisam ser necessariamente quantitativos.

3.3.5
zona 1
área em que é provável que uma atmosfera explosiva de gás ocorra periodicamente ou eventualmente
em condições normais de operação

3.3.6
zona 2
área em que não é provável que uma atmosfera explosiva de gás ocorra em condições normais
de operação, mas, se ocorrer, irá existir somente por um curto período

Nota 1 de entrada: Indicações sobre a frequência da ocorrência e a duração podem ser obtidas a partir
de códigos industriais ou aplicações específicas.

[FONTE: ABNT NBR IEC 60050-426:2011, 426-03-05]

3.3.7
extensão de zona
distância em qualquer direção a partir da fonte de liberação em que a mistura do gás com o ar é diluída
pelo ar até uma concentração abaixo do limite inferior de explosividade

3.4 liberações

3.4.1
fonte de liberação
um ponto ou um local a partir do qual um gás, vapor ou névoa inflamável pode ser liberado para
a atmosfera, de forma que uma atmosfera explosiva possa ser formada

[FONTE: ABNT NBR IEC 60050-426:2011, 426-03-06, modificada (inclusão de “névoa”)]

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

3.4.2
liberação de grau contínuo
liberação que é contínua ou é esperado que ocorra frequentemente ou por longos períodos

Nota 1 de entrada: Tanto os termos “frequentemente” e “longos” são termos que são destinados a descrever
uma alta probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva na área. Neste sentido, estes termos não
precisam ser necessariamente quantitativos.

3.4.3
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liberação de grau primário


liberação que pode ser esperada para ocorrer periodicamente ou ocasionalmente durante a operação
normal

3.4.4
liberação de grau secundário
liberação que não é esperado que ocorra em operação normal e, se ocorrer, é somente de forma
pouco frequente e por curtos períodos

3.4.5
taxa de liberação
quantidade de gás, vapor ou névoa inflamável emitida por unidade de tempo pela fonte de liberação

3.5 ventilação e diluição

3.5.1
ventilação
movimento do ar e sua renovação com ar limpo devido aos efeitos de vento, gradiente de temperatura
ou meios artificiais (por exemplo, ventiladores ou exaustores)

3.5.2
diluição
mistura de gás ou vapor inflamável com ar, que, com o tempo, reduz a concentração inflamável

3.5.3
volume de diluição
volume ao redor de uma fonte de liberação onde a concentração do gás ou vapor inflamável não
é diluída a uma concentração segura

Nota 1 de entrada: Em determinados casos, os volumes indicados em 3.5.3 e 3.5.5 podem ser os mesmos.

3.5.4
concentração preexistente
valor médio da concentração da substância inflamável no interior do volume sob consideração, fora da
pluma ou da liberação fugitiva

3.5.5
volume sob consideração
volume afetado pela ventilação ao redor da liberação que estiver sendo considerada

Nota 1 de entrada: Para uma área fechada, este volume pode ser um ambiente completo ou uma grande área
onde a ventilação considerada dilui o gás ou vapor liberado a partir de uma dada fonte de liberação. Para
uma área externa, este é o volume ao redor de uma fonte de liberação onde uma mistura explosiva pode
se formar. Em áreas externas com diversas obstruções para a passagem do ar, este volume congestionado
pode ser determinado pelos volumes parcialmente bloqueados pelos objetos circundantes.

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3.6 propriedades das substâncias inflamáveis

3.6.1
substância inflamável
substância que é inflamável por si só ou que é capaz de produzir um gás, vapor ou névoa inflamável

3.6.2
líquido inflamável
líquido capaz de produzir vapor inflamável sob qualquer condição de operação prevista
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Nota 1 de entrada: Um exemplo de condição de operação prevista é a que o líquido inflamável é processado
a temperaturas próximas ou acima do seu ponto de fulgor.

Nota 2 de entrada: Esta definição é utilizada para a classificação de áreas e pode ser diferente de outras
definições de líquidos inflamáveis utilizadas para outras finalidades, por exemplo, para a classificação
de líquidos inflamáveis, para fins de transporte.

3.6.3
gás liquefeito inflamável
substância inflamável que é armazenada ou processada como um líquido e que, à temperatura
ambiente e à pressão atmosférica, é um gás inflamável

3.6.4
gás ou vapor inflamável
gás ou vapor que, quando misturado com o ar em determinadas proporções, forma uma atmosfera
explosiva de gás

3.6.5
névoa inflamável
gotículas de líquido inflamável, dispersas no ar, de modo a formar uma atmosfera explosiva

3.6.6
mistura híbrida
mistura de gás ou vapor inflamável com poeira combustível

Nota 1 de entrada: De acordo com a ABNT NBR IEC 60079-10-2, o termo “poeira” é definido incluindo poeiras
e fibras combustíveis.

3.6.7
densidade relativa de um gás ou vapor
densidade de um gás ou vapor em relação à densidade do ar à mesma pressão e temperatura
(a densidade relativa do ar é igual a 1,0)
3.6.8
ponto de fulgor
menor temperatura em que, sob determinadas condições normalizadas, um líquido libera vapor
em quantidade suficiente para ser capaz de formar uma mistura inflamável ar/vapor
3.6.9
ponto de ebulição
temperatura em que um líquido entra em ebulição à pressão ambiente de 101,3 kPa (1 013 mbar)
Nota 1 de entrada: O ponto de ebulição inicial a ser utilizado para misturas de líquidos é para indicar o mais
baixo valor do ponto de ebulição para a variedade dos líquidos presentes, como determinado em laboratório
de destilação padrão sem fracionamento.

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3.6.10
pressão de vapor
pressão exercida quando um sólido ou um líquido está em equilíbrio com seu próprio vapor

Nota 1 de entrada: Esta pode também ser a pressão parcial da substância na atmosfera explosiva acima
do líquido. Esta pressão depende da substância e da temperatura.

3.6.11
temperatura de ignição de uma atmosfera explosiva de gás
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menor temperatura de uma superfície aquecida, que, sob condições especificadas na


ABNT NBR IEC 60079-20-1, provoca a ignição de uma substância inflamável na forma de uma
mistura de gás ou vapor com o ar

[FONTE: ABNT NBR IEC 60079-0:2013, 3.37]

3.6.12
limite inferior de explosividade (LIE)
concentração de gás, vapor ou névoa inflamável no ar, abaixo da qual uma atmosfera explosiva
de gás não é formada

[FONTE: ABNT NBR IEC 60050-426:2011, 426-02-09]

3.6.13
limite superior de explosividade (LSE)
concentração de gás, vapor ou névoa inflamável no ar, acima da qual uma atmosfera explosiva
de gás não é formada

[FONTE: ABNT NBR IEC 60050-426:2011, 426-02-10]

3.7 operação

3.7.1
operação normal
situação em que o equipamento está operando dentro de seus parâmetros de projeto

Nota 1 de entrada: Falhas (como ruptura de selo de bombas, de gaxetas de flanges ou derramamentos
causados por acidentes) que envolvam reparos ou paradas não são consideradas como sendo parte da
operação normal.

Nota 2 de entrada: Operação normal inclui condições de partida e parada, bem como manutenção de rotina,
mas exclui a partida inicial, que faz parte do comissionamento.

3.7.2
manutenção de rotina
ação a ser executada de forma ocasional ou periódica, em operação normal, de forma a manter um
desempenho adequado do equipamento

3.7.3
falha rara
tipo de falha que pode ocorrer somente em casos raros

Nota 1 de entrada:  Falhas raras, no contexto desta Norma, incluem a falha de sistemas de controle de
processos, separados e independentes, que podem ser tanto automatizados quanto manuais, podendo dar
origem a uma cadeia de eventos que podem levar a maiores liberações de substâncias inflamáveis.

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Nota 2 de entrada: Falhas raras podem também incluir condições não previstas que não são consideradas
pelo projeto da planta de processo, como uma corrosão inesperada, que resulta em uma liberação. Quando
liberações devido à corrosão ou condições similares podem ser razoavelmente esperadas como parte da
operação da planta, então esta falha não é considerada uma falha rara.

3.7.4
falha catastrófica
uma ocorrência que excede os parâmetros de projeto da planta de processo e do seu sistema de
controle, resultando em uma liberação de substâncias inflamáveis
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Nota 1 de entrada: Falhas catastróficas, no contexto desta Norma, incluem, por exemplo, grandes acidentes,
como a ruptura de um vaso de processo, ou falhas de grande escala de tubulações ou de equipamentos,
como uma falha total de um flange ou de um selo.

4 Generalidades
4.1 Princípios de segurança

É recomendado que instalações em que as substâncias inflamáveis são processadas ou armaze-


nadas sejam projetadas, construídas, operadas e mantidas, de modo que qualquer liberação de subs-
tâncias inflamáveis e, consequentemente, a extensão das áreas classificadas sejam minimizadas,
em operação normal ou anormal, com relação à frequência, duração e quantidade da liberação.

É importante examinar as partes de equipamentos e sistemas de processo, os quais possam liberar


substâncias inflamáveis, e considerar modificações no projeto para minimizar a probabilidade e a
frequência de liberação, a quantidade e a taxa de liberação das substâncias inflamáveis.

É recomendado que estas considerações fundamentais sejam verificadas nas etapas iniciais do
projeto de qualquer planta de processo e que recebam também atenção especial ao realizar o estudo
de classificação de áreas.

Em casos de atividades, exceto as da operação normal, por exemplo, comissionamento ou manu-


tenção não rotineira, a classificação da área pode não ser válida. É esperado que as atividades,
além daquelas para a operação normal, sejam tratadas por uma sistemática de permissão de trabalho.
É recomendado que a classificação de áreas leve em consideração as manutenções de rotina.

Os seguintes passos podem ser seguidos em uma situação em que possa haver uma atmosfera
explosiva de gás:

 a) eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás ao redor da fonte
de ignição, ou

 b) eliminar a fonte de ignição.

Se não for possível executar estas medidas, é recomendado que medidas de proteção, equipamentos
de processo, sistemas e procedimentos sejam selecionados e preparados de modo que a probabili-
dade de ocorrência simultânea dos eventos a) e b) acima seja suficientemente baixa para ser razoa-
velmente aceitável. Tais medidas podem ser utilizadas individualmente, se estas forem reconhecidas
como sendo altamente confiáveis, ou em combinação, para atingir um nível equivalente de segurança.

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4.2 Objetivos da classificação de áreas

A classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente em que uma atmosfera


explosiva de gás possa ocorrer, de modo a facilitar a adequada seleção, instalação e operação de
equipamentos a serem utilizados com segurança em tais ambientes. A classificação também leva
em consideração as características de ignição dos gases ou vapores, como energia de ignição e
temperatura de ignição. A classificação de áreas possui dois objetivos principais: a determinação
do tipo das áreas classificadas e a extensão das zonas (ver Seções 7 e 8)
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NOTA Características específicas podem ser obtidas para a seleção dos equipamentos “Ex”, por exemplo,
energia de ignição e classe de temperatura; ver ABNT NBR IEC 60079-20-1.

Na maioria das situações práticas em que substâncias inflamáveis são utilizadas, é difícil assegurar
que a presença de uma atmosfera explosiva de gás nunca irá ocorrer. Pode também ser difícil
assegurar que os equipamentos nunca constituirão fontes de ignição. Desta forma, em situações
onde exista uma alta probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, a confiabilidade
é obtida pela utilização de equipamentos que possuam uma baixa probabilidade de se tornarem fontes
de ignição. Por outro lado, onde houver uma baixa probabilidade de ocorrência de uma atmosfera
explosiva de gás, equipamentos construídos com requisitos menos rigorosos podem ser utilizados.
É recomendado em especial que as áreas de zona 0 ou zona 1 sejam minimizadas em quantidade e
extensão, seja por projeto ou por procedimentos operacionais adequados. Em outras palavras, plantas
e instalações devem possuir preferencialmente áreas de zona 2 ou áreas não classificadas. Quando a
liberação de uma substância inflamável for inevitável, é recomendado que os itens dos equipamentos
de processo sejam limitados àqueles que dão origem a fontes de risco de grau secundário ou, na sua
impossibilidade (isto é, onde for inevitável a presença de fontes de risco de grau primário ou contínuo),
é recomendado que as liberações sejam limitadas ao máximo, em quantidade e taxas de liberação.
Ao se desenvolver um projeto de uma planta de processo, é recomendado que estes princípios
recebam considerações prioritárias. Quando necessário, é recomendado que o projeto, a operação
e a localização dos equipamentos de processo assegurem que, mesmo quando estes estiverem
operando de forma anormal, a quantidade da substância inflamável liberada para a atmosfera seja
minimizada, de forma a reduzir a extensão da área classificada.
Uma vez que a planta tenha sido classificada e que todos os registros necessários tenham sido
efetuados, é importante que nenhuma modificação nos equipamentos ou nos procedimentos
de operação seja feita sem discussão prévia com os responsáveis pela classificação da área.
É recomendado que a classificação de áreas seja atualizada para quaisquer casos de alterações
na planta ou nos seus procedimentos de operação. É recomendado que estas revisões sejam feitas
durante o ciclo total de vida das plantas.

4.3 Avaliação dos riscos de explosão

Após a conclusão da classificação de área, uma avaliação de risco pode ser realizada para avaliar se
as consequências da ignição de uma atmosfera explosiva requerem a utilização de equipamentos com
um nível de proteção de equipamento mais elevado ou que possa justificar a utilização de equipamentos
com nível de proteção de equipamento mais baixo do que aquele geralmente considerado.
Em alguns casos, uma zona de extensão desprezível pode surgir e ser tratada como área não
classificada. Tal zona implica que, caso uma explosão ocorra, esta resulte em consequências também
desprezíveis. O conceito de zona de extensão desprezível pode ser aplicado independentemente de
quaisquer outras mudanças da avaliação de risco para a determinação do EPL
NOTA 1 Um exemplo de zona com extensão desprezível é uma nuvem de gás natural com uma concentração
média de 50 % em volume do seu LIE e que possua um volume menor que 0,1 m3 ou 1,0 % do espaço
fechado levado em consideração para a classificação de áreas (o que for menor).

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Os requisitos de EPL podem ser registrados, como apropriado, nos documentos e desenhos de clas-
sificação de áreas, de modo a permitir uma adequada seleção de equipamentos a serem utilizados.

NOTA 2 A ABNT NBR IEC 60079-0 descreve os EPL e a ABNT NBR IEC 60079-14 estabelece a aplicação
dos EPL para uma instalação.

4.4 Competências pessoais

É recomendado que a classificação de áreas seja realizada por aqueles que compreendam a rele-
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vância e o significado das propriedades das substâncias inflamáveis, dos princípios da dispersão de
gases e vapores e que estejam familiarizados com o processo e os equipamentos. Pode ser benéfico
que outras especialidades da engenharia, como elétrica e mecânica, bem como de pessoal com respon-
sabilidades específicas de segurança, façam parte e apresentem informações para o processo de
classificação de áreas. A competência das pessoas deve ser pertinente ao tipo de planta e à metodo-
logia utilizada para a realização da classificação de áreas. É recomendado que a devida educação conti-
nuada ou treinamentos sejam realizados pelo pessoal envolvido, de forma regular, quando requerido.

NOTA A competência pode ser demonstrada por uma estrutura de treinamentos e de avaliação pertinente
com regulamentos, normas estrangeiras ou requisitos dos usuários das instalações.

NOTA BRASILEIRA Requisitos para as unidades de competências pessoais em atmosferas explosivas


estão indicados no Documento Operacional OD 504 (Especificações para a avaliação dos resultados
das unidades de competência) do IECEx (IEC System for Certification to Standards Relating to Equipment
for Use in Explosive Atmospheres).

A Unidade de Competência “Ex” aplicável para as atividades de classificação de áreas contendo gases
inflamáveis, relacionada ao escopo desta Norma, é a Ex 002: Execução de classificação de áreas.

5 Metodologia de classificação de áreas


5.1 Generalidades

Por meio de uma simples análise de um projeto ou de uma planta industrial, raramente é possí-
vel estabelecer os locais que possam ser enquadrados nas definições de zonas (zonas 0, 1 e 2).
É necessário um estudo mais detalhado, e isto envolve a análise das probabilidades básicas de ocor-
rência de uma atmosfera de gases inflamáveis.

Ao determinar onde pode ocorrer uma liberação de gás ou vapor inflamável, é recomendado que a
probabilidade e a duração da liberação sejam avaliadas de acordo com as definições de graus de
liberação contínuos, primários ou secundários. Uma vez que a probabilidade da frequência e duração
de uma liberação (bem como o grau de liberação), a taxa de liberação, concentração, velocidade, venti-
lação e outros fatores são avaliados, existe então uma base sólida para avaliar a provável presença
de uma atmosfera explosiva de gás nas áreas ao redor e determinar o tipo e a extensão das zonas.

Esta abordagem, entretanto, requer que análises detalhadas sejam realizadas para cada equipa-
mento de processo que contenha uma substância inflamável, por si só ou devido a condições do
processo, e que poderia se tornar desta forma uma fonte de liberação.

Em 5.3 a 5.6 são apresentadas orientações sobre o procedimento para a classificação de áreas em
que pode haver ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás. Um exemplo de uma abordagem
esquemática para a classificação de áreas é apresentado no Anexo F.

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É recomendado que a classificação de áreas seja realizada quando os projetos de tubulação, instru-
mentação e de leiaute da planta estiverem disponíveis, e que seja confirmada antes do início da
operação da planta.

É recomendado que sejam observadas as considerações quanto ao tipo, número e localização


dos diversos pontos potenciais de liberação, de tal forma que as zonas e as suas extensões sejam
estabelecidas. Sistemas de controle projetados e instalados em conformidade com uma norma de
Segurança Funcional podem reduzir as possibilidades de uma fonte de liberação ou as suas quan-
tidades de liberação (por exemplo, controles sequenciais automatizados e sistemas de inertização).
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Tais controles podem ser avaliados na sua importância para a classificação de áreas.

É recomendado que a classificação de área, por meio de uma avaliação criteriosa, considere as
experiências anteriores na mesma instalação ou em similares. Não é suficiente identificar apenas as
possíveis fontes de liberação das substâncias inflamáveis e estabelecer imediatamente as extensões
da zona 1 e da zona 2. Quando experiências ou evidências documentadas são consistentes para um
projeto específico de planta e operações, isto pode ser utilizado para a correta classificação de área.
Além disso, é aceitável que uma área possa ser reanalisada com base na experiência da indústria ou
em novas evidências, gerando uma nova classificação de área.

5.2 Classificação de áreas pelo método de fontes de liberação

Classificação de áreas pode ser realizada por meio de cálculos, considerações estatísticas e avalia-
ções numéricas apropriadas para os fatores envolvidos, para cada fonte de liberação.

Consultar o Anexo F. O método por fontes de liberação pode ser resumido como a seguir:

●● Identificar as fontes de liberação;

●● Determinar a taxa e o grau de liberação para cada fonte com base na frequência e duração
provável de liberação;

●● Avaliar a eficácia da ventilação ou das condições da diluição;

●● Determinar o tipo de zona com base no grau de liberação e na eficácia da ventilação ou da


diluição;

●● Determinar a extensão da zona.

Fórmulas pertinentes para determinar as taxas de liberação sob certas condições podem ser encon-
tradas no Anexo B. Estas fórmulas são geralmente aceitas como uma boa base para o cálculo das
taxas de liberação para as condições previstas.

Diretrizes sobre a avaliação da ventilação e dispersão são indicadas no Anexo C. Outras formas
de avaliação como, por exemplo, CFD (Computational Fluid Dynamics), podem ser utilizadas como
uma boa base para a avaliação em certas situações. A modelagem computacional é também uma
ferramenta adequada para avaliar a interação de múltiplos fatores.

Em todos os casos, é recomendado que os métodos e ferramentas de avaliação utilizados sejam


validados como adequados ou utilizados com a devida precaução e que aqueles que realizam a
avaliação, compreendam as limitações ou requisitos de quaisquer ferramentas, e que ajustem as
condições dos dados de entrada ou os resultados de maneira a assegurar conclusões corretas.

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5.3 Utilização de códigos industriais ou de normas estrangeiras

Códigos industriais e normas estrangeiras podem ser utilizadas quando apresentarem diretrizes ou
exemplos adequados para a aplicação específica e estiverem de acordo com os princípios gerais
desta Norma.

O Anexo K relaciona alguns códigos industriais e normas estrangeiras que podem apresentar mais
detalhes, bem como exemplos de classificação de áreas.
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5.4 Métodos simplificados

Quando não for viável realizar as avaliações requeridas a partir das fontes de liberação individuais,
um método simplificado pode ser utilizado.

Métodos simplificados devem identificar as fontes para cada um dos tipos de zona, zonas 0, 1 e 2,
que sejam adequadamente conservadoras para permitir a avaliação das possíveis fontes de liberação
que não possuem detalhamento individual. O julgamento é melhor realizado com referência a um
conjunto de critérios baseados na experiência da indústria e apropriados para a planta específica.

Não é necessário realizar uma avaliação detalhada de todos os itens em uma planta onde uma
avaliação para um item ou condição possa ser suficiente para uma classificação conservadora para
todos os outros itens ou condições semelhantes da planta.

Áreas classificadas com maior extensão são características de métodos simplificados, decorrentes
da abordagem e da necessidade de aplicar uma classificação de áreas mais conservadora, em caso
de dúvida quanto aos perigos envolvidos. Esta abordagem deve privilegiar a segurança.

Para obter figuras menos conservativas ou mais precisas em relação às extensões das áreas classi-
ficadas, é recomendado utilizar as referências, exemplos ilustrativos ou avaliação mais detalhada
das fontes de liberação individuais, conforme aplicável.

5.5 Combinação de métodos

A utilização de diferentes métodos pode ser apropriada para a classificação de áreas de uma planta,
nos diversos estágios de seu desenvolvimento ou para diversas partes de uma mesma planta.

Por exemplo, no estágio inicial conceitual de uma planta, o método simplificado pode ser apropriado
para determinar os arranjos, distâncias e separações dos equipamentos de processo e os limites da
planta. Este pode ser o único método aplicável, devido à falta de dados detalhados sobre as fontes de
liberação. À medida que o projeto da planta é desenvolvido e os dados detalhados estão disponíveis
sobre as potenciais fontes de liberações, é recomendada a atualização da classificação de áreas
utilizando um método de avaliação mais detalhado.

Em alguns casos, o método simplificado pode ser aplicado a um grupo de equipamentos de processo
similares existentes em diversas partes da planta (por exemplo, seções de tubulações com flanges,
como em pipe-racks), sendo aplicado um método de avaliação mais detalhado para potenciais fontes
de liberações mais significativas (por exemplo, válvulas de segurança, respiro (vents), compressores
de gás e bombas).

Em diversos casos, os exemplos de classificação de áreas apresentados nos códigos industriais e


nas normas estrangeiras, quando aplicável, podem ser utilizados para avaliação da classificação das
áreas ao redor de equipamentos de grandes plantas industriais.

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6 Liberação de substâncias inflamáveis


6.1 Generalidades

A taxa de liberação de substâncias inflamáveis é o fator mais importante que afeta a extensão da zona.

Geralmente, quanto maior a taxa de liberação, maior a extensão da zona.

NOTA A experiência tem demonstrado que uma liberação de amônia, cujo LIE é de 15 % v/v, muitas
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vezes dissipa rapidamente ao ar livre, de modo que uma atmosfera explosiva de gás será, na maioria dos
casos, considerada desprezível.

É apresentado em 6.2 a 6.5 uma introdução aos conceitos das fontes de liberação que convém
considerar quando da classificação das áreas.

6.2 Fontes de liberação

Os elementos básicos para estabelecer as zonas são a identificação da fonte de liberação e a deter-
minação dos graus de liberação.

Uma vez que uma atmosfera explosiva só pode existir se um gás ou vapor inflamável estiver presente
com o ar, é necessário decidir se alguma dessas substâncias inflamáveis pode existir na área em
questão. De um modo geral, tais gases e vapores (e líquidos ou sólidos inflamáveis que podem dar
origem a eles) estão contidos dentro de equipamentos de processo que podem ou não ser estanques.
É necessário identificar onde uma atmosfera inflamável pode existir no interior do equipamento de
processo, ou onde uma liberação de substâncias inflamáveis pode criar uma atmosfera explosiva no
ambiente externo ao equipamento de processo.

Cada equipamento de processo (por exemplo, tanque, bomba, tubulação, vasos etc.) pode ser con-
siderado uma fonte potencial de liberação de uma substância inflamável. Se não for previsto que o
equipamento contenha uma substância inflamável, então ele não irá gerar uma área classificada ao
seu redor. O mesmo é aplicável se o equipamento contiver uma substância inflamável, mas não pode
liberar para a atmosfera (por exemplo, um gasoduto com juntas soldadas não é considerado uma
fonte de liberação).

Se for estabelecido que o equipamento pode liberar uma substância inflamável para a atmosfera,
é necessário, em primeiro lugar, determinar os graus de liberação de acordo com as definições,
estabelecendo a frequência e duração prováveis da liberação. Convém entender que a abertura dos
equipamentos do processo com sistemas fechados (por exemplo, durante a substituição de filtro
ou tampa de inspeção) também necessita ser considerada como fonte de liberação na elaboração
da classificação de área. Por meio deste procedimento, cada grau de liberação será avaliado como
‘contínuo’, ‘primário’ ou ‘secundário’.

NOTA 1 Liberações podem fazer parte do processo, por exemplo, coleta de amostras, ou podem ocorrer
como parte de um processo de liberação de rotina. Estes graus de liberação são geralmente definidos como
contínuos ou primários. Liberações eventuais são geralmente definidos como grau de risco secundário

NOTA 2 Um equipamento pode dar origem a mais de um grau de liberação. Por exemplo, pode ocorrer uma
liberação de grau primário de pequena extensão, mas pode ocorrer uma liberação sob operação anormal,
assim gerando uma liberação de grau secundário. Nesta situação, ambas as condições de liberação (ambos
os graus de liberação) precisam ser consideradas conforme descrito nesta Norma.

Tendo estabelecido os graus de liberação, é necessário determinar a taxa de liberação e outros


fatores que podem influenciar o tipo e a extensão da zona.

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Se a quantidade de uma substância inflamável disponível para liberação for ‘pequena’, por exemplo,
para utilização em laboratório, podendo existir um potencial de explosão, pode não ser apropriada
a utilização deste procedimento de classificação de área. Em tais casos, devem ser considerados
os fatores específicos envolvidos.

É recomendado que, para a classificação da área de equipamentos de processo em que uma subs-
tância inflamável é queimada, por exemplo, fornos de aquecimento, aquecedores, caldeiras, turbinas
a gás etc., seja considerado qualquer ciclo de purga, condição de partida e de parada.
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Em alguns casos de projetos de sistemas fechados, onde são atendidos códigos construtivos especí-
ficos, podem ser aceitos como uma barreira de prevenção efetiva, assim como nos casos de liberações
limitadas de substâncias inflamáveis que gerem um perigo de liberação desprezível. A área classificada
de tais equipamentos ou instalações necessita ser avaliada para verificar a conformidade da insta-
lação às normas pertinentes de projeto e operação. É recomendado que a verificação da conformidade
seja considerada no projeto, instalação, operação, manutenção e monitoramento das atividades.

Névoas que se formam por liberações de líquidos pressurizados (líquidos altamente voláteis – LAV)
podem ser inflamáveis, mesmo que a temperatura do líquido esteja abaixo do seu ponto de fulgor
(ver Anexo G).

6.3 Formas de liberação

6.3.1 Generalidades

A característica de qualquer liberação depende do estado físico da substância inflamável, sua tempe-
ratura e pressão. Os estados físicos incluem:

●● um gás, que pode estar em temperatura ou pressão elevada;

●● um gás liquefeito pela aplicação de pressão, por exemplo, GLP;

●● um gás que somente pode ser liquefeito por refrigeração, por exemplo, o metano;

●● um líquido que está associado às liberações de vapores inflamáveis.

Liberações geradas pelos equipamentos da planta de processo, como conexões de tubulação, bombas,
selos de compressor e gaxetas de válvula, muitas vezes começam com uma pequena taxa de fluxo.
No entanto, se a liberação não for interrompida, a área de erosão pode aumentar significativamente,
elevando a taxa de liberação e, portanto, o aumento do perigo.

Uma liberação de substância inflamável acima de seu ponto de fulgor dará origem a um vapor infla-
mável ou nuvem de gás que pode inicialmente possuir comportamento maior, menor ou similar à den-
sidade do ar circundante. As formas de liberação e o padrão de comportamento em várias condições
são indicados no gráfico de fluxo da Figura B.1.

Todas as formas de liberação resultam em nuvens de gás ou vapor que podem possuir comportamento
maior, menor ou similar em relação à densidade do ar circundante (ver Figura B.1). Estas características
irão afetar a extensão da zona gerada por uma forma específica de liberação.

A extensão horizontal da zona ao nível do solo geralmente aumenta com o aumento da densidade
relativa e a extensão vertical acima da fonte geralmente aumenta com a diminuição de densidade
relativa.

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6.3.2 Liberações em forma de gás

Uma liberação de gás irá produzir uma liberação fugitiva ou pluma de gás a partir da fonte de liberação,
dependendo da sua pressão no ponto da liberação, por exemplo, selo da bomba, conexão de tubulação
ou superfície de evaporação de uma bacia de contenção. A densidade relativa do gás, o grau de
turbulência da mistura e o movimento do ar predominante influenciam no movimento subsequente
de qualquer nuvem de gás.

Nas condições de ventos calmos, liberações com baixa velocidade de um gás, significativamente
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menos denso que o ar, tendem a se mover para cima, por exemplo, hidrogênio e metano. Por outro
lado, liberações com baixa velocidade de um gás, significativamente mais denso que o ar, tendem a se
acumular ao nível do solo, poços ou depressões, por exemplo, butano e propano. Ao longo do tempo,
a turbulência atmosférica fará com que o gás liberado dilua e passe a ter um comportamento similar
ao ar circundante. Um gás ou vapor com densidade que não seja significativamente diferente do ar
possui um comportamento similar com o ar circundante

Inicialmente, a maior pressão na liberação irá produzir liberação fugitiva de gás, que irá misturar tur-
bulentamente com o ar circundante, causando diluição.

A alta pressão, um efeito termodinâmico devido à expansão, pode ocorrer. Como o gás liberado
expande e resfria, inicialmente pode ser mais pesado que o ar. No entanto, o resfriamento devido
ao efeito JouleThomson eventualmente é compensado pelo calor fornecido pelo ar. A nuvem de gás
resultante terá um comportamento similar ao ar. A transição da característica mais pesada que o ar ao
comportamento similar ao ar pode ocorrer em qualquer tempo, dependendo da natureza da liberação
e após a nuvem ser diluída abaixo do LIE.

NOTA Hidrogênio demonstra um efeito reverso de Joule-Thomson, aquecendo conforme sua expansão,
e assim nunca apresenta a característica de mais pesado do que o ar.

6.3.3 Liberações de gases liquefeitos sob pressão

Alguns gases podem ser liquefeitos pela aplicação somente de pressão, por exemplo, propano e butano,
e são geralmente armazenados e transportados sob esta forma.

Quando um gás liquefeito pressurizado é liberado de sua contenção, o cenário mais provável é que
a substância escape como um gás de qualquer local de armazenamento ou linha de gás. A rápida
evaporação produz resfriamento significativo no ponto da liberação, e pode ocorrer crosta de gelo
devido à condensação do vapor de água da atmosfera.

Uma liberação de líquido irá evaporar parcialmente no ponto da liberação. Isso é conhecido como
evaporação instantânea. O líquido evaporando retira calor de si mesmo e da atmosfera circundante
e, por sua vez, resfria o líquido que está sendo liberado. O resfriamento do fluido impede a evaporação
total e, portanto, uma névoa é produzida. Se a liberação for grande o suficiente, então poças de
líquidos frios podem se acumular no chão, evaporando ao longo do tempo, aumentando a nuvem
de gás liberado.

A névoa fria atuará como um gás mais pesado que o ar. Uma liberação de líquido pressurizado,
muitas vezes pode ser observada como efeito da redução da temperatura de evaporação, que irá
condensar a umidade do ambiente para produzir uma névoa visível.

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6.3.4 Liberações de gases liquefeitos por resfriamento

Outros gases, também denominados gases permanentes, podem somente ser liquefeitos por resfria-
mento, por exemplo, metano e hidrogênio. Pequenas liberações de gases liquefeitos evaporarão rapi-
damente sem formar poça de líquido, pela absorção do calor do ambiente. Se a liberação for grande,
pode ser formada uma poça de líquido frio.

Como o líquido frio absorve temperatura do solo e da atmosfera circundante, o líquido pode ferver,
gerando uma densa nuvem de gás frio. Como acontece com as liberações de líquidos, diques ou
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barreiras podem ser utilizados para direcionar ou confinar o fluxo de liberação de gases liquefeitos.

NOTA 1 Cuidados precisam ser adotados na classificação de áreas contendo gases criogênicos inflamáveis,
como gás liquefeito de gás natural. Vapores emitidos geralmente serão mais pesados que o ar a baixas
temperaturas, mas vão possuir um comportamento similar ao ar em temperatura ambiente.

NOTA 2 Gases permanentes têm uma temperatura crítica inferior a - 50 °C.

6.3.5 Névoas

Uma névoa não é um gás, mas consiste em pequenas gotículas de líquido suspensas no ar. As gotas
são formadas por vapores ou gases sob determinadas condições termodinâmicas ou por evaporação
instantânea de líquidos pressurizados. A dispersão da luz dentro de uma névoa frequentemente
produz uma nuvem visível a olho nu. A dispersão de uma névoa pode variar entre o comportamento
de um gás mais pesado ou similar ao ar. Gotículas da névoa podem aglutinar e precipitar da nuvem
ou pluma. Névoas de líquidos inflamáveis podem absorver o calor do ambiente circundante, evaporar
e aumentar a nuvem de gás ou vapor liberado (ver Anexo G).

6.3.6 Vapores

Líquidos em equilíbrio com o meio ambiente irão gerar uma camada de vapor acima de sua superfície.
A pressão que este vapor exerce em um sistema fechado é conhecida como pressão de vapor,
que aumenta em uma função não linear com a temperatura.

O processo de evaporação utiliza a energia que pode vir de uma variedade de fontes, por exemplo,
do líquido ou atmosfera circundante. O processo de evaporação pode diminuir a temperatura do líquido
e aumentar a temperatura-limite. No entanto, mudanças na temperatura do líquido devido ao aumento
da evaporação nas condições ambientais normais são consideradas muito marginais para afetar a
classificação de áreas. A concentração do vapor gerado é de difícil previsão, pois é uma função da
taxa de evaporação, da temperatura do líquido e do fluxo de ar circundante.

6.3.7 Liberações de líquidos

As liberações de líquidos inflamáveis geralmente irão formar uma poça no piso, com uma nuvem
de vapor na superfície do líquido, a menos que a superfície do piso seja absorvente. O tamanho da
nuvem de vapor depende das propriedades da substância e de sua pressão de vapor à temperatura
ambiente (ver B.7.2).

NOTA A pressão de vapor é um indicativo da taxa de evaporação de um líquido. Uma substância com
uma pressão de vapor elevada às temperaturas ambientes comuns é muitas vezes referida como volátil.
Como regra geral, a pressão de vapor do líquido à temperatura ambiente aumenta com o decréscimo do
ponto de ebulição. Conforme aumenta a temperatura, aumenta a pressão de vapor.

Liberações podem também ocorrer na água. Muitos líquidos inflamáveis são menos densos que a
água e muitas vezes não são miscíveis. Tais líquidos irão se espalhar sobre a superfície da água,

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seja no piso, nas canaletas, drenos, valas de tubulação ou em águas abertas (mar, lago ou rio),
formando uma película fina e aumentando a taxa de evaporação devido à maior área de superfície.
Nestas circunstâncias, os cálculos do Anexo B não são aplicáveis.

6.4 Ventilação (ou movimento de ar) e diluição

Gás ou vapor liberado na atmosfera pode diluir por meio de uma mistura turbulenta com o ar e em
menor grau por difusão impulsionada por gradientes de concentração, até que o gás disperse comple-
tamente e a concentração seja essencialmente zero. Movimento do ar devido à ventilação natural
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ou forçada irá promover a dispersão. Aumento do movimento de ar também pode aumentar a taxa
de liberação de vapor devido ao aumento da evaporação sobre uma superfície líquida aberta.

Taxas de ventilação apropriada podem reduzir o tempo de persistência de uma atmosfera de gás
explosiva, influenciando assim o tipo de zona.

Uma edificação com aberturas suficientes para permitir a passagem livre do ar através de todas as
suas partes é geralmente considerada bem ventilada e pode ser tratada como uma área ao ar livre,
por exemplo, um local protegido com laterais abertas e aberturas de ventilação no telhado.

Dispersão ou difusão de um gás ou vapor na atmosfera é um fator-chave na redução da concentração


do gás ou vapor para abaixo do limite inferior de explosividade (LIE).

Movimento do ar e ventilação têm duas funções básicas:

 a) aumentar a taxa de diluição e promover a dispersão para limitar a extensão de uma zona;

 b) evitar a persistência de uma atmosfera explosiva que pode influenciar o tipo de uma zona.

Com o aumento da ventilação ou movimento de ar, a extensão de uma zona geralmente será
reduzida. Obstáculos que impedem a ventilação ou o movimento do ar podem aumentar a extensão
de uma zona. Alguns obstáculos, por exemplo, diques, paredes e tetos, que limitam a expansão e o
deslocamento do vapor ou de gás, também podem limitar a extensão da zona.

NOTA 1 Maior movimento de ar também pode aumentar a taxa de liberação de vapor devido ao aumento
da evaporação das superfícies líquidas abertas. No entanto, os benefícios do aumento do movimento de ar
geralmente compensam o aumento na taxa de liberação.

Para liberação em baixa velocidade, a taxa de dispersão de gás ou vapor na atmosfera aumenta com
a velocidade do vento, mas em condições atmosféricas estáveis pode ocorrer uma camada de gás
ou vapor, e a distância segura para a dispersão pode ser significativamente aumentada.

NOTA 2 Em áreas da planta com obstruções à ventilação, como grandes vasos e estruturas, mesmo em
velocidades de vento baixas, redemoinhos podem ser formados atrás destas obstruções e assim formar
bolsões de gás ou vapor sem turbulência suficiente para promover a dispersão.

Na prática, a tendência de formar uma camada de gás ou vapor pode não ser considerada na classi-
ficação de área, porque as condições que dão origem a este efeito são raras e ocorrem apenas por
curtos períodos. No entanto, se períodos prolongados de baixa velocidade de vento são esperados
para as circunstâncias específicas, então convém adicionar uma extensão da zona para a dispersão.

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6.5 Tipos principais de ventilação

6.5.1 Generalidades

Os dois tipos de ventilação são:

 a) ventilação natural;

 b) ventilação artificial (ou forçada), seja geral para uma área ou local para a fonte de liberação.
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6.5.2 Ventilação natural

Ventilação natural em edificações decorre das diferenças de pressão induzidas pelo vento ou por
gradientes de temperatura (ventilação induzida circundante). Ventilação natural pode ser eficaz em
certas situações internas (por exemplo, quando a edificação tem aberturas em suas paredes ou
telhado) para diluir as liberações com segurança.

Exemplos de ventilação natural:

●● uma edificação aberta que, considerando a densidade relativa dos gases ou vapores envolvidos,
possui aberturas nas paredes ou telhado dimensionadas e localizadas para que a ventilação
no interior da edificação, para efeitos de classificação de áreas, possa ser considerada equiva-
lente à condição de ar livre;

●● uma edificação que seja aberta, mas que tenha ventilação natural por aberturas permanentes
(geralmente menores do que a de uma edificação aberta), projetadas para fins de ventilação.

Convém que a ventilação natural em edificações considere que a densidade relativa do gás ou vapor
pode ser um fator significativo e, portanto, convém que a ventilação seja adequada para promover
a dispersão e diluição.

Taxas de ventilação decorrentes de ventilação natural são inerentemente muito variáveis. Quando a
diluição das liberações é por ventilação natural, o pior cenário deve preferencialmente ser conside-
rado para determinar o grau de ventilação. Tal cenário então levará a um maior nível de disponibili-
dade, mesmo que o grau da ventilação seja reduzido. Geralmente, com qualquer ventilação natural,
um menor grau de ventilação conduz a um nível mais alto de disponibilidade e vice-versa, que compen-
sará as suposições excessivamente otimistas feitas na estimativa do grau de ventilação.

Existem algumas situações que requerem de atenção especial. Este é particularmente o caso em que
as aberturas de ventilação estão limitadas principalmente a um lado do ambiente. Sob certas condi-
ções ambientais desfavoráveis, como em dias de vento, quando o vento está soprando no lado da
abertura deste ambiente, o movimento de ar externo pode impedir o funcionamento do mecanismo de
movimentação do ar por efeito térmico. Nestas circunstâncias o nível e a disponibilidade de ventilação
serão considerados “pobres”, resultando em uma classificação mais rigorosa.

6.5.3 Ventilação artificial

6.5.3.1 Generalidades

O movimento do ar necessário para ventilação pode ser previsto por meios artificiais, por exemplo,
ventiladores ou exaustores. Apesar da ventilação forçada ser principalmente aplicada dentro de salas
ou espaços fechados, também pode ser aplicada em situações ao ar livre para compensar o movimento
de ar restringido ou impedido devido a obstáculos.

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A ventilação artificial pode ser geral (por exemplo, uma sala inteira) ou local (por exemplo, extração perto
de um ponto da liberação), e para ambas, podem ser apropriados diferentes graus de movimentação
e troca de ar.

Com a utilização de ventilação forçada, às vezes é possível:

●● reduzir o tipo ou extensão das zonas;

●● reduzir o tempo de persistência de uma atmosfera explosiva de gás;


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●● prevenir a formação de uma atmosfera explosiva de gás.

6.5.3.2 Considerações sobre a ventilação

Sistema de ventilação forçada pode prover uma ventilação eficaz e confiável em ambientes internos.
É recomendado que as seguintes considerações sejam incluídas em sistemas de ventilação artificial:

 a) classificação de áreas internas do sistema de exaustão, do ponto de descarga imediatamente


fora do sistema de exaustão e outras aberturas do sistema de exaustão;

 b) para ventilação da área classificada, é geralmente recomendado que o ar de ventilação seja
obtido de uma área não classificada, considerando os efeitos da sucção sobre a área circundante;

 c) antes de determinar as dimensões e o projeto do sistema de ventilação, é recomendado definir:


localização, grau de liberação, velocidade de liberação e taxa de liberação.

Além disso, os seguintes fatores irão influenciar a qualidade de um sistema de ventilação artificial:

 a) vapores e gases inflamáveis geralmente possuem densidade diferente do que a do ar, assim
eles podem acumular perto do piso ou no teto de uma área fechada, onde é esperado que o
movimento de ar seja reduzido;

 b) a proximidade da ventilação artificial com a fonte de liberação; ventilação artificial próxima
da fonte de liberação geralmente será mais efetiva e pode ser necessária para controlar adequa-
damente o movimento do gás ou vapor;

 c) alterações de densidade do gás com a temperatura;

 d) impedimentos e obstáculos podem causar redução, ou mesmo nenhuma movimentação do ar,
isto é, sem ventilação em certas partes da área;

 e) turbulência e condições do ar circulante.

Para mais detalhes, ver Anexo C.

É recomendado que considerações sejam adotadas para a possibilidade ou necessidade de recircu-


lação de ar em arranjo de ventilação. Isso pode afetar a concentração preexistente e a eficácia do
sistema de ventilação na redução da área classificada. Em tais casos, a classificação de área pode
precisar de modificações. Recirculação de ar também pode ser necessária em algumas aplicações,
por exemplo, para alguns processos ou as necessidades de pessoal ou equipamento em altas ou
baixas temperaturas ambientes, quando a refrigeração ou aquecimento complementar for necessária.
Quando for necessária a recirculação do ar, também podem ser requeridos controles adicionais para
a segurança, por exemplo, um analisador de gás com dampers controlando a entrada de ar limpo.

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6.5.3.3 Exemplos de ventilação artificial

Sistema de ventilação geral pode incluir uma edificação que é atendida por ventiladores nas paredes
ou no teto para melhorar a ventilação geral na edificação.

O papel dos ventiladores pode ser duplo. Eles podem aumentar o fluxo de ar através da edificação,
ajudando a remover o gás. Ventiladores dentro de uma edificação podem também aumentar a turbu-
lência e a diluição de uma nuvem que é muito menor do que a sala que os contêm, mesmo se não
existir a retirada de gás da sala. Os ventiladores também podem melhorar a diluição, aumentando
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a turbulência em algumas situações ao ar livre.

Ventilação forçada local pode ser:

 a) Um sistema de exaustão de ar ou vapor aplicado a um equipamento de processo que continua-


mente ou periodicamente libera vapores inflamáveis.

 b) Uma ventilação forçada, composta por insuflamento ou exaustão, aplicada a um determinado
local, onde é esperado que uma atmosfera de gás explosivo possa ocorrer.

Para mais detalhes, ver C.4.

6.5.4 Grau de diluição

A eficiência da ventilação em controlar a dispersão e a persistência da atmosfera explosiva dependerá


do grau de diluição, da disponibilidade da ventilação e do projeto do sistema. Por exemplo, ventilação
pode não ser suficiente para evitar a formação de uma atmosfera explosiva, mas pode ser suficiente
para evitar a sua persistência.

O grau de diluição é uma medida da capacidade da ventilação ou condições atmosféricas para


diluir uma liberação para um nível seguro. Por conseguinte, uma maior liberação corresponde a um
menor grau de diluição para um determinado conjunto de ventilação ou condições atmosféricas,
e uma menor taxa de ventilação corresponde a um menor grau de diluição para um determinado
tamanho de liberação.

Se outras formas de ventilação, por exemplo, ventiladores de refrigeração, forem consideradas,


então é recomendado que sejam adotadas precauções quanto à disponibilidade da ventilação.
Ventilação para outros fins também pode afetar a diluição de forma positiva ou negativa.

O grau de diluição também afetará o volume de diluição. O volume de diluição é matematicamente


igual ao volume de risco, mas o limite da área classificada leva em consideração outros fatores,
como o possível movimento de liberação devido à direção e à velocidade de liberação e do volume
do ar circundante.

Graus de diluição dependem não só da ventilação, mas também da natureza e do tipo de liberação
esperado do gás.

Algumas liberações, por exemplo, liberação em baixa velocidade, serão capazes de serem mitigadas
pelo aumento da ventilação, porém, pode ser mais difícil em outras condições, por exemplo, nas libe-
rações em alta velocidade.

São reconhecidos três os níveis de diluição:

 a) Alta diluição

A concentração de atmosfera explosiva próxima da fonte de liberação reduz rapidamente e prati-


camente não persiste após cessar a liberação.

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 b) Média diluição

A concentração é mantida resultando em um volume de atmosfera explosiva com limites definidos


durante a liberação e o volume não persiste após cessar a liberação.

 c) Baixa diluição

Formação de concentração considerável de atmosfera explosiva enquanto ocorre a liberação ou


o volume persiste após cessar a liberação.
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7 Tipos de zona
7.1 Generalidades

A probabilidade da presença de uma atmosfera explosiva de gás depende principalmente do grau de


liberação e da ventilação. Isto é identificado como uma zona. As zonas são classificadas como: zona 0,
zona 1, zona 2 e área não classificada.

Quando houver a sobreposição de zonas de diferentes classificações geradas por fontes de liberação
adjacentes, a classificação mais severa deve prevalecer na área de sobreposição. Quando as zonas
de sobreposição são de mesma classificação, a classificação em comum será geralmente aplicada.

7.2 Influência do grau das fontes de liberação

Existem três graus de liberação básicos, de acordo com indicado a seguir em ordem decrescente de
frequência de ocorrência ou duração da liberação da substância inflamável:

 a) grau contínuo;

 b) grau primário;

 c) grau secundário.

Uma fonte de liberação pode dar origem a qualquer um destes tipos de grau de liberação, ou uma
combinação de mais de um grau.

O grau de liberação geralmente determina o tipo de zona. Em uma área adequadamente ventilada
(planta típica ao ar livre), um grau contínuo de liberação geralmente caracteriza uma zona 0,
grau primário caracteriza zona 1 e grau secundário caracteriza zona 2. Esta regra geral pode ser
modificada, considerando o grau de diluição e a disponibilidade de ventilação, que podem resultar em
uma classificação mais ou menos severa (ver 7.3 e 7.4).

7.3 Influência de diluição

A efetividade da ventilação ou grau de diluição deve ser considerada para estabelecer o tipo de zona.
Um grau de diluição médio resulta geralmente nos tipos de zonas determinados com base nos tipos
de fontes de liberação anteriormente indicados. Um grau de diluição alto permite uma classificação
menos severa, por exemplo, zona 1 em vez de zona 0, zona 2 em vez de zona 1 e até mesmo uma
zona de extensão desprezível em alguns casos. Por outro lado, um grau de diluição baixo necessita
de uma classificação mais severa (ver Anexo D).

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7.4 Influência da disponibilidade de ventilação

A disponibilidade de ventilação tem uma influência sobre a presença ou formação de uma atmosfera
explosiva de gás e também do tipo de zona. À medida que a disponibilidade ou confiabilidade de
ventilação diminui, aumenta a probabilidade de não dispersar a atmosfera explosiva. A classificação
da zona tende a ser mais severa, ou seja, uma zona 2 pode alterar para zona 1 ou mesmo zona 0.
Orientações sobre disponibilidade de ventilação são indicadas no Anexo D.

NOTA Combinar os conceitos das efetividade e disponibilidade de ventilação resulta em um método


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qualitativo para avaliação do tipo de zona. Para informações adicionais, ver Anexo D.

8 Extensões das zonas


A extensão da zona depende da distância estimada ou calculada sobre a qual uma atmosfera explosiva
exista, antes que esta atmosfera explosiva se disperse para um valor de concentração em ar, abaixo
do seu limite inferior de explosividade (LIE). A determinação dos limites de extensão da zona convém
considerar o nível de incerteza em uma avaliação pela aplicação de um fator de segurança. Quando
da avaliação da extensão dos limites de classificação de áreas com relação à dispersão do gás ou
vapor antes da diluição a um nível abaixo do seu limite inferior de explosividade, é recomendado
consultar um especialista.

É recomendado sempre considerar a possibilidade de que um gás mais pesado do que o ar possa fluir
para o interior de áreas abaixo do nível do solo (por exemplo, em poços ou depressões) e que um gás
que seja mais leve do que o ar possa ser acumulado em um nível superior (por exemplo, no espaço
sob um telhado).

Nos locais onde a fonte de liberação esteja situada fora da área sob consideração ou em uma área
adjacente, o ingresso de uma quantidade significativa de gás ou vapor inflamável para esta área pode
ser evitada por meios adequados, como:

 a) barreiras físicas;


NOTA Um exemplo de barreiras físicas é uma parede ou outras obstruções que limitem a passagem
do gás ou vapor na pressão atmosférica, desta forma evitando o acúmulo de uma atmosfera explosiva.

 b) manutenção de uma sobrepressão suficiente na área em relação à área classificada adjacente,
desta forma evitando o ingresso da atmosfera explosiva de gás;
 c) ventilando a área com uma vazão de ar suficiente, para assegurar que o ar possa circular por
todas as aberturas por onde o gás ou vapor inflamável possa ingressar.
A extensão da zona necessita a avaliação de diversos parâmetros químicos e físicos, sendo alguns
dos quais propriedades intrínsecas das substâncias inflamáveis; outros são específicos da aplicação
(consultar também as Seções 6 e 7).
Para liberações quando somente um pequeno volume for disponível para ser liberado, uma distância
reduzida pode ser aceitável como uma liberação prevista.
Sob certas condições, gases ou vapores mais pesados que o ar podem se comportar como uma
liberação de um líquido, espalhando para locais baixos no solo, através de sistemas de drenagem
ou canaletas da planta, e causar uma ignição em pontos remotos do ponto de origem da liberação,
desta forma colocando em risco uma grande área da planta (ver B.6). O arranjo da planta, sempre que
possível, convém ser projetado de forma a promover uma rápida dispersão de atmosferas explosivas
de gases inflamáveis.

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Uma área com ventilação restrita (por exemplo, em pontos baixos ou canaletas), que de outra forma
seria considerada zona 2, pode ser classificada como zona 1. Por outro lado, pequenas depressões
utilizadas para áreas de bombeamento ou de tubulações podem não ser necessário este tratamento
rigoroso.

9 Documentação
9.1 Generalidades
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É recomendado que as etapas a serem executadas para a classificação de áreas, bem como as
informações e os critérios utilizados, sejam totalmente documentados. É recomendado que a docu-
mentação de classificação de áreas seja atualizada e indique o método utilizado, bem como seja
sempre revisada devido a qualquer alteração da planta ou do processo. É recomendado que todas as
informações aplicáveis utilizadas sejam referenciadas. Exemplos de tais informações ou de métodos
de classificação de áreas utilizados incluem:

 a) recomendações de códigos industriais e de normas aplicáveis;

 b) características e cálculos da dispersão de gás e vapor;

 c) estudos das características de ventilação em relação aos parâmetros de liberação do material
inflamável, de forma que possa ser avaliada a efetividade da ventilação;

 d) propriedades de todas as substâncias utilizadas na planta (ver ABNT NBR IEC 60079-20-1),
que podem incluir:

●● massa molar

●● ponto de fulgor

●● ponto de ebulição

●● temperatura de ignição

●● pressão de vapor

●● densidade de vapor

●● limites de explosividade

●● subgrupo do gás e classe de temperatura

Um formato recomendado para a lista de substâncias inflamáveis é indicado na Tabela A.1 e para
o registro dos resultados da classificação de áreas e das alterações subsequentes é indicado
na Tabela A.2.

As fontes de informações, como códigos industriais, normas estrangeiras e cálculos, precisam ser
registradas de forma que, nas revisões posteriores, a filosofia adotada esteja clara para as pessoas
envolvidas com a classificação de áreas.

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9.2 Desenhos, listas de dados e tabelas

Convém que os documentos de classificação de área, que podem ser em papel ou meio eletrônico,
incluam plantas e elevações ou modelos tridimensionais, conforme apropriado, que mostrem o tipo
e a extensão das zonas, o grupo e o subgrupo do equipamento, a temperatura de ignição ou a classe
de temperatura.

Onde a topografia de uma área influenciar na extensão das zonas, convém que seja documentado.
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Convém que sejam incluídas nos documentos outras informações aplicáveis, como:

 a) a localização e a identificação das fontes de risco. Para plantas ou áreas de processo grandes
e complexas, pode ser útil itemizar ou numerar as fontes de risco, de forma a facilitar a correlação
de dados entre as listas de dados de classificação de área e os respectivos desenhos;

 b) a posição das aberturas nas edificações (por exemplo, portas, janelas, entradas e saídas de ar
para ventilação).

É recomendada a utilização dos símbolos da classificação da área indicados na Figura A.1.


Uma legenda dos símbolos deve sempre ser indicada em cada desenho. Diferentes símbolos
podem ser necessários onde múltiplos subgrupos de gases ou classes da temperatura são aplicá-
veis dentro do mesmo tipo de zona (por exemplo, zona 2 IIC T1 e zona 2 IIA T3).

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Anexo A
(informativo)

Sugestão de apresentação de classificação de áreas


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A.1 Representação de zonas de áreas classificadas – Símbolos recomendados


A Figura A.1 apresenta os símbolos recomendados para as zonas de áreas classificadas contendo
gases inflamáveis.

Zona 0

Zona 1

Zona 2

Figura A.1 – Símbolos recomendados para zonas de áreas classificadas

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Tabela A.1 − Lista de dados para classificação de áreas – Parte 1: Lista e características das substâncias inflamáveis

Planta: Desenho(s)
Área: de referência:
__________
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Substância inflamável Volatilidadea LIE Características Ex
Nome Composição Massa Densidade Índ ce Ponto de Temperatura Ponto de Pressão Vol. (kg/m3) Subgrupo Classe de Qualquer
molar relativa gás/ar politrópico fulgor de ignição ebulição de vapor (%) temperatura outra
de expansão (°C) (°C) (°C) a 20 °C informação ou
(kg/kmol)
adiabática (kPa) observação
Γ aplicável

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a Geralmente, o valor da pressão de vapor é conhecido, porém, quando não informado, o ponto de ebulição pode ser utilizado.
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Tabela A.2 − Lista de dados para classificação de áreas – Parte 2: Lista das fontes de liberação

26
P anta: Desenho(s)
Área: de
referênc a:
________
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Fonte de liberação Ventilação Qua quer
Descr ção Loca zação Grau de Taxa de Ve oc dade Referênc a b Temperatura Estadoc Tpod Grau de D spon b dade Zona Extensão da Referênc af outra
beraçãoa beração de e pressão d u çãoe zona nformação
0,1,2
beração de operação ou

Número
(kg/s) (m)
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observação
(m3/s) (°C) (kPa) Vert ca Hor zonta ap cáve

a C – Contínuo P – Pr már o S – Secundár o


b
c G – Gás L – Líqu do GL – Gás L quefe to S – Só do
d
e Ver Anexo C.
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f Se ut zado nformar o cód go ou o cá cu o de referênc a.

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A.2 Sugestão de formatos para áreas classificadas


As Figuras A.2 a A.5 são algumas formas sugeridas de áreas classificadas, de acordo com os
formulários de liberação descritos em B.6, e podem ser utilizadas para a elaboração dos desenhos
de classificação de área. Não são considerados os efeitos do choque da liberação contra obstáculos
e a influência topográfica. A área classificada gerada por uma fonte de liberação pode resultar em
combinação de diferentes formatos.

r r
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r
r

ou FL
FL
r

Legenda

FL Fonte de liberação
r Extensão principal da área classificada a ser estabelecida, considerando a extensão do risco estimada
r’, r” Extensão secundária da área classificada a ser estabelecida, considerando o comportamento da liberação
h Distância entre a fonte de liberação até o solo ou até uma superfície abaixo da fonte

Figura A.2 – Gás ou vapor a baixa pressão (ou a alta pressão, em caso de direção de liberação
não previsível)

r” r”
Direção da liberação
Direção da liberação

ou
r
r

FL
r’

FL
r’

Figura A.3 – Gás ou vapor em alta pressão


NOTA Poças geralmente não são formadas em casos de gotejamento.

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FL

Gotejamento
h
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Piso

a) Gás ou vapor (liquefeito sob pressão ou por resfriamento)

r1
Gotejamento
h

r2

FL2
Piso

r2

NOTA Uma poça pode ser formada em caso de gotejamento. Neste caso, uma fonte de liberação adicional
pode ser considerada.

b) Gás ou vapor (liquefeito sob pressão ou por resfriamento) com gotejamento

Figura A.4 – Gás liquefeito


r’

FL
Piso
r

NOTA A fonte de gotejamento de substância inflamável não é indicada.

Figura A.5 – Líquido inflamável (poça evaporativa abaixo do ponto de ebulição)

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Anexo B
(informativo)

Estimativa de fontes de liberação


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B.1 Símbolos
Ap área da superfície da poça (m2);

Cd coeficiente de descarga (adimensional) que é característico do orifício de liberação e considera


os efeitos de turbulência e viscosidade, com valores típicos para orifícios com cantos vivos
entre 0,5 e 0,75 e para cantos arredondados entre 0,95 e 0,99;

Cp calor específico à pressão constante (J/kg K);


γ índice politrópico de expansão adiabática ou razão dos calores específicos (adimensionais);

M massa molar de gás ou vapor (kg/kmol);

p pressão interna do recipiente (Pa);

Δp pressão diferencial no orifício de liberação (Pa);

pa pressão atmosférica (101 325 Pa);

pc pressão crítica (Pa);

pv pressão de vapor do líquido à temperatura T (kPa);

Qg vazão volumétrica do gás inflamável oriundo da fonte de liberação (m3/s);

R constante universal dos gases (8 314 J/kmol K);

ρ densidade do líquido (kg/m3);

ρg densidade do gás ou vapor (kg/m3);

S seção transversal do orifício equivalente pela qual o fluido é liberado (m2);

T temperatura absoluta do fluido, gás ou líquido (K);

Ta temperatura absoluta ambiente (K);

uw velocidade do vento na superfície da poça líquida (m/s);

W taxa de liberação de líquido (massa por tempo, kg/s);

We taxa de evaporação de líquido (kg/s);

Wg taxa mássica de liberação de gás (kg/s);

z fator de compressibilidade (adimensional).

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B.2 Exemplos de graus de liberação

B.2.1 Generalidades

Os exemplos indicados em B.2.2 a B.2.4 não foram concebidos com o propósito de serem rigidamente
aplicados e podem precisar de adaptação a determinado equipamento de processo e situação
específica. É preciso considerar o fato de que determinados equipamentos possuem mais de uma
fonte de liberação.
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B.2.2 Fontes de liberação de grau contínuo

São indicados a seguir alguns exemplos típicos:

 a) superfície de um líquido inflamável armazenado em um tanque de teto fixo com liberação perma-
nente para a atmosfera.

 b) superfície de um líquido inflamável que está aberta continuamente para a atmosfera ou por longos
períodos de tempo.

B.2.3 Fontes de grau de liberação primário

São indicados a seguir alguns exemplos típicos:

 a) Selagem de bombas (gaxetas), compressores e válvulas em que são esperadas liberações de
substâncias inflamáveis em operação normal.

 b) Drenos de água em vasos que armazenam gases ou líquidos inflamáveis que podem liberar
substâncias inflamáveis para a atmosfera por ocasião da drenagem de água em operação normal.

 c) Pontos de amostragem em que é esperada a liberação de substâncias inflamáveis para a atmos-
fera em operação normal.

 d) Válvulas de pressão e vácuo, alívio e outras aberturas em que é esperada a liberação de subs-
tâncias inflamáveis para a atmosfera em operação normal.

B.2.4 Fontes de liberação de grau secundário

São indicados a seguir alguns exemplos típicos:

 a) Selos de bombas, compressores e válvulas em que não é esperada liberação de substâncias
inflamáveis em operação normal.

 b) Flanges, conexões e acessórios de tubulação rosqueados em que não é esperada liberação de
substâncias inflamáveis em operação normal.

 c) Pontos de amostragem em que não é esperada a liberação de substâncias inflamáveis para a
atmosfera em operação normal.

 d) Válvulas de pressão e vácuo, alívio e outras aberturas em que não é esperada a liberação de
substâncias inflamáveis para a atmosfera em operação normal.

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B.3 Avaliação dos graus de liberação


Uma avaliação equivocada dos graus de liberação pode comprometer o resultado de todo o trabalho.
Embora os graus de liberação sejam estabelecidos em 3.4.2, 3.4.3 e 3.4.4, na prática nem sempre
é fácil a distinção entre eles.

Para exemplificar, é usualmente admitido que toda a liberação que não ocorra em operação normal
seja considerada liberação secundária e que a sua duração seja geralmente desprezada. No entanto,
o conceito de liberação secundária é também com base na suposição de que a liberação ocorra em
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curtos períodos de tempo. Isto implica no fato de que uma liberação seja detectada imediatamente
após o seu início e que medidas mitigadoras sejam adotadas tão logo quanto possível. Esta suposição
considera a premissa de que existe monitoramento e manutenção periódicos nos equipamentos
e instalações.

Obviamente, se não houver monitoramento periódico e a manutenção for insuficiente, as liberações


podem ter duração de horas, ou até dias, até que sejam identificadas. Tal demora na detecção não
significa que os graus de liberação sejam considerados como primários ou contínuos. Existem ins-
talações remotas não assistidas nas quais liberações podem ocorrer sem identificação por longos
períodos de tempo, mas mesmo assim, é recomendado que estas instalações sejam monitoradas
e inspecionadas em intervalos de tempo regulares. Diante do exposto, a avaliação do grau da libera-
ção deve ser realizada de forma cuidadosa, adotando como base as instruções dos fabricantes, regu-
lamentos, protocolos e boas práticas de engenharia. Não é recomendado que a classificação de áreas
seja estabelecida ou revisada sob critérios mais rigorosos devido a práticas de manutenção deficiente,
porém, ao contrário, o usuário deve estar ciente de que práticas inadequadas de manutenção podem
comprometer os conceitos estabelecidos na classificação de áreas.

Existem muitas situações nas quais as liberações podem ser aparentemente enquadradas como grau
primário. No entanto, ao ser verificada a natureza da liberação, pode-se concluir que ela ocorre com
uma frequência de tal forma acentuada e imprevisível que se torna impraticável assumir razoavelmente
que uma mistura explosiva não venha a ocorrer nas proximidades da fonte de liberação. Nestes
casos, o estabelecimento do grau contínuo de liberação pode vir a ser mais adequado. Portanto,
o estabelecimento do grau contínuo de liberação implica não somente na existência de liberações
contínuas, mas também em liberações que ocorrem com muita frequência (ver 3.4.2).

B.4 Combinação de fontes de liberações


Em áreas internas, nas quais existem mais de uma fonte de liberação, estas precisam ser combinadas
antes que o grau de diluição e a concentração preexistente sejam estabelecidos, para que sejam
determinados o tipo e a extensão de zonas. Uma vez que o grau de liberação contínuo, por definição,
possui liberação contínua ou por longo período de tempo, é recomendado que todas as fontes de
liberação de grau contínuo sejam consideradas.

As liberações de fontes de grau primário ocorrem em operação normal, porém não é esperado que
todas as fontes liberem ao mesmo tempo. É recomendado que o conhecimento e a experiência da
instalação sejam considerados para determinar o número máximo de fontes de liberação primário que
podem liberar simultaneamente nas piores condições.

Não é esperado que as liberações de fontes de grau secundário ocorram em operação normal e não
é esperado que todas liberem ao mesmo tempo, desta forma, é recomendado que somente a fonte de
maior liberação seja considerada.

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Convém que o somatório das fontes de liberação com atividades regulares (ou seja, previsíveis)
ser estabelecido com base em análise detalhada das condições operacionais. Para determinar o
somatório de fontes de liberação (mássica e volumétrica):

●● a liberação total das fontes de liberação contínuas é a soma de todas as liberações contínuas
individuais,

●● a liberação total das fontes de liberação primária é a soma das liberações primárias das fontes
individuais consideradas, combinadas com a liberação total das liberações contínuas,
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●● a liberação total das fontes de liberação secundárias é a maior fonte de liberação secundária
individual considerada, combinada com a liberação total das fontes de liberação primárias.

Quando a mesma substância inflamável for liberada por todas as fontes de liberação, então as taxas
de liberação (mássica e volumétrica) podem ser somadas diretamente.

No entanto, quando as liberações são de diferentes substâncias inflamáveis, a situação se torna mais
complexa. Na determinação do grau de diluição (ver Figura C.1), as características da liberação neces-
sitam ser determinadas para cada substância inflamável antes de serem somadas. É recomendado
que seja utilizado o maior valor da fonte de liberação secundária.

Na determinação da concentração preexistente (ver Equação C.1), as taxas de liberação volumétricas


podem ser somadas diretamente. A concentração crítica, com qual a concentração preexistente
é comparada, é um valor porcentual do LIE (tipicamente 25 %). Como existe um número de diferentes
substâncias inflamáveis sendo liberadas, é recomendado que o LIE combinado seja utilizado como
referência.

Em geral, é recomendado que as fontes de liberação contínuas e primárias não sejam localizadas
em área com baixo grau de diluição. Neste caso, é recomendado realocar as fontes de liberação,
melhorar a ventilação ou reduzir o grau de liberação.

B.5 Área equivalente a um furo da fonte de liberação


O fator mais significativo a ser estimado em um sistema é a área equivalente a um furo da fonte de
liberação. Este fator determina a taxa de liberação da substância inflamável e, eventualmente, o tipo
e a extensão da zona.

A taxa de liberação é proporcional ao quadrado do raio de uma área equivalente a um furo equivalente.
Uma subestimativa modesta da área do furo equivalente à liberação acarreta uma subestimativa
grosseira do valor calculado da taxa de liberação fugitiva, o que deve ser evitado. Uma superestimativa
da área equivalente a um furo conduz a cálculos conservadores, o que é aceitável por razões de
segurança, embora seja conveniente que o grau de conservadorismo seja limitado, porque geralmente
resulta em extensões de zonas superdimensionadas. É recomendado uma abordagem cuidadosa
para estimar a área do furo equivalente à liberação fugitiva.
NOTA Embora sejam utilizados os termos “área equivalente a um furo” ou “diâmetro do furo”, a maioria
das aberturas (“furos”) não intencionais não são redondas. Nestes casos, o coeficiente de descarga é utilizado
como um fator de compensação para reduzir a taxa de liberação, para ser equivalente à área de um furo.

Para graus de liberação contínuos e primários, as áreas equivalentes a um furo são estabelecidas
pela dimensão e pelo formato do orifício de liberação, por exemplo, válvulas de pressão e vácuo onde
o gás é liberado em condições relativamente previsíveis. Um guia das áreas equivalentes a um furo,
para grau de liberação secundária, é indicado na Tabela B.1.

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Tabela B.1 – Sugestão de áreas equivalentes a um furo para fontes de liberações de grau
secundário (continua)

Considerações de liberação
Valores
típicos Valores típicos para
Valores típicos para as as condições em
para as condições condições que a abertura de
Tipo de item Item
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em que a abertura em que a liberação pode variar


de liberação não abertura até uma falha severa,
varia pode variar, por exemplo,
S (mm2) por exemplo, “blow-out”
erosão S (mm2)
S (mm2)
(seção entre dois
Flanges com parafusos)
junta de
vedação do ≥0,025 até 0,25 >0,25 até 2,5 ×
tipo gaxeta ou (espessura da junta da
similar vedação) geralmente
≥1 mm
(seção entre dois
Flanges com parafusos)
Elementos juntas de
vedação do tipo 0,025 0,25 ×
de vedação
espirometálicas (espessura da junta da
entre partes
ou similar vedação) geralmente
fixas
≥0,5 mm
Juntas do tipo
RTJ (Ring Type 0,1 0,25 0,5
Joint)
Conexões
de pequeno
≥0,025 até 0,1 >0,1 até 0,25 1,0
diâmetro, até
50 mm a
A ser estabelecido
Elementos Alojamentos de acordo com os
de vedação dos eixos de 0,25 2,5 dados do fabricante do
de partes válvula equipamento, porém não
móveis inferior a 2,5 mm2 d
de baixa Válvulas
velocidade 0,1 × (seção do
de alívio de NA NA
orifício)
pressão b

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Tabela B.1 (conclusão)

Considerações de liberação
Valores
típicos Valores típicos para
Valores típicos para as as condições em
para as condições condições que a abertura de
Tipo de item Item em que a abertura em que a liberação pode variar
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de liberação não abertura até uma falha severa,


varia pode variar, por exemplo,
S (mm2) por exemplo, “blow-out”
erosão S (mm2)
S (mm2)
A ser estabelecido
Elementos de acordo com os
de vedação dados do fabricante
de partes Bombas e do equipamento ou
NA ≥1 até 5
móveis compressores c da configuração da
de alta unidade de processo,
velocidade porém não inferior a
5 mm2 d, e
a As seções nominais sugeridas das áreas equivalentes a um furo para juntas do tipo RTJ, conexões
roscadas, juntas de compressão (por exemplo, acessórios metálicos de compressão) e juntas de encaixe
rápido em tubulações de pequenos diâmetros.
b Esta parte do equipamento não se refere às aberturas completas da válvula, mas a diversas liberações
devido a mau funcionamento dos componentes da válvula. Aplicações específicas podem requerer um
furo maior do que o sugerido.
c Compressores alternativos – A carcaça do compressor e os seus cilindros são geralmente partes do
equipamento que não liberam, exceto as gaxetas do eixo do pistão e as diversas conexões de tubulação
do sistema do processo.
d Dados do fabricante do equipamento – É requerida informação do fabricante do equipamento para a
avaliação do efeito, em caso de uma falha prevista (por exemplo, a disponibilidade de um desenho com
detalhes aplicáveis aos dispositivos de selagem).
e Configuração da unidade de processo – Em determinadas circunstâncias (por exemplo, no projeto básico),
uma análise operacional para estabelecer a taxa máxima de liberação aceitável da substância inflamável
pode compensar a falta de dados do fabricante do equipamento.
NOTA Outros valores típicos podem também ser encontrados em códigos industriais ou normas estrangeiras
para aplicações específicas.

Valores baixos de uma faixa de operação podem ser selecionados, para condições ideais, onde a
probabilidade de falha é baixa, por exemplo, para projetos com taxas de operação reconhecidamente
baixas. É recomendado que valores altos de uma faixa de operação sejam selecionados, quando as
condições operacionais se aproximam das condições de projeto e que existam condições adversas,
como vibrações, variações de temperatura, condições ambientais desfavoráveis ou contaminação
de gases, que possam aumentar a probabilidade de falha. Geralmente instalações desassistidas
requerem considerações especiais para evitar cenários de falhas severas. É recomendado que a base
para seleção de uma área equivalente a um furo seja adequadamente documentada.

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B.6 Formas de liberação


A Figura B.1 ilustra a natureza geral de diferentes formas de liberações.
Gases leves
(mais leves Leve
do que o ar)

A baixa
Gases
pressão
ligeiramente Neutro
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Ver Eq. B.3


leves

Liberações Gases
obstruídas pesados Pesado
Ver Eq. B.4
(mais pesados do
que o ar)

Gases e A altas
Gases Inicialmente
vapores pressões
quentes leve

Gases frios Inicialmente


pesados

Qualquer gás
Gases
Velocidade (dependendo das
liquefeitos
sônica do Autodiluição condições e
sob
gás Ver Figura natureza das
pressão
Ver Eq. B.4 C.2 liberações)
Fonte de
liberação Gás frio Pesado
Evaporação
rápida
Gases
liquefeitos
Aerossol Pesado
por
refrigeração

Condensação

Bacias de Evaporação
evaporação por Gás frio
Ver Eq. B.6 aquecimento

Pesado
Líquidos Diques de Evaporação Considerar
inflamáveis contenção por Vapor extensões
Ver eq. B.6 aquecimento de zonas
maiores
Líquidos Possibilidade
inflamáveis ou de névoas
combustíveis Ver Anexo G

Figura B.1 – Tipos de liberação

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B.7 Taxa de liberação

B.7.1 Generalidades

A taxa de liberação depende de parâmetros, como:

 a) Natureza e tipo de liberação

Os parâmetros estão relacionados com as características físicas da fonte de liberação, por


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exemplo, uma superfície aberta, liberação do flange etc.

 b) Velocidade de liberação

Para determinada fonte de liberação, a taxa de liberação aumenta com o aumento da pressão.
Para uma liberação subsônica do gás, a velocidade de liberação está relacionada com a pressão
do processo. O tamanho da nuvem de gás ou vapor inflamável é determinado pela taxa de
liberação do gás ou vapor e a taxa de diluição. Gases e vapores que escoam de uma liberação
a altas velocidades carreiam o ar e podem ser autodiluidores. A extensão de uma atmosfera
explosiva de gás pode ser quase que independente da vazão de ar. Se a substância for liberada
a baixa velocidade, ou se a sua velocidade for reduzida devido à colisão com objeto sólido, ela
é carreada pela vazão de ar e a sua diluição e extensão irão depender desta vazão de ar.

 c) Concentração

A massa da substância inflamável liberada aumenta com a concentração do vapor ou gás infla-
mável da mistura liberada.

 d) Volatilidade de um líquido inflamável

Isto está relacionado principalmente com a pressão do vapor e a entalpia (calor) da vaporização.
Caso a pressão de vapor não seja conhecida, o ponto de ebulição e o ponto de fulgor podem ser
utilizados como orientação.

Uma atmosfera explosiva pode não existir se o ponto de fulgor estiver acima da temperatura
máxima do líquido inflamável (ver NOTA 1). Quanto menor for o ponto de fulgor, maior pode ser
a extensão da zona. No entanto, se a substância inflamável for liberada de maneira a formar
uma névoa (por exemplo, por lançamento de um spray), uma atmosfera explosiva pode vir a ser
formada abaixo do ponto de fulgor da substância.

NOTA 1 Dados relativos aos valores de ponto de fulgor oriundos de tabelas e experimentos publi-
cados podem não ser exatos e possuir variações. A menos que os valores do ponto de fulgor sejam
reconhecidamente exatos, alguma margem de erro é permitida. Margens de ±5 °C para líquidos puros
ou maiores para misturas não são incomuns.

NOTA 2 Existem dois ensaios do ponto de fulgor; com o método de vaso aberto e de vaso fechado.
Para equipamentos fechados e para uma abordagem mais conservadora, convém utilizar o método de
vaso fechado. Para um líquido inflamável exposto, o método de vaso aberto pode ser utilizado.

NOTA 3 Alguns líquidos não possuem ponto de fulgor (por exemplo, hidrocarbonetos halogenados),
embora estejam aptos a produzirem atmosferas explosivas de gás. Nestes casos, a temperatura de
equilíbrio do líquido que corresponde à concentração saturada ao limite inferior de explosividade e que
é recomendado que seja comparada com a temperatura máxima que o líquido pode atingir durante o
processo.

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 e) Temperatura do líquido

O aumento da temperatura do líquido aumenta a pressão de vapor, que acarreta o aumento da


taxa de evaporação.

NOTA 4 A temperatura do líquido pode ser aumentada depois deste ser liberado, por exemplo, por
uma superfície quente ou devido a uma temperatura ambiente alta. No entanto, a vaporização fará com
que o líquido se resfrie até que uma condição de equilíbrio seja alcançada com base no montante de
energia de entrada e na entalpia do líquido.
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B.7.2 Estimativa da taxa de liberação

B.7.2.1 Generalidades

As equações e métodos de análise apresentados nesta subseção se aplicam somente às condições


estipuladas para cada subseção, não possuindo a intenção de serem aplicáveis a todas as instalações.
As equações também fornecem resultados indicativos, devido às restrições de tentativa de descrever
assuntos complexos com modelos matemáticos simplificados. Outros modelos de cálculo podem
também ser adotados.

As equações abaixo indicam taxas de liberação aproximadas de líquidos e gases inflamáveis.


Adicionalmente, o refinamento da estimativa da taxa de liberação pode ser obtido se for considerado
as propriedades de quaisquer aberturas e a viscosidade do líquido ou gás. A viscosidade pode reduzir
significativamente a taxa de liberação se a abertura, pela qual a substância inflamável é liberada,
for longa, se comparada com a área da abertura. Estes fatores são geralmente considerados no
coeficiente de descarga (Cd ≤ 1).

O coeficiente de descarga Cd é um valor empírico obtido por uma série de experimentos para casos
específicos de liberação e detalhes do orifício. Como resultado, Cd pode assumir diferentes valores
para cada caso particular de liberação. Um Cd maior do que 0,99 para itens com formas regulares de
áreas equivalentes a um furo, por exemplo, para válvulas de alívio, e 0,75 para orifícios irregulares
pode ser assumido como um nível de segurança aceitável, desde que não exista outra informação
importante para a análise a ser elaborada.

Se Cd for aplicado a cálculos, é recomendado que o valor aplicado seja referenciado a um guia
apropriado à aplicação.

B.7.2.2 Taxa de liberação de líquidos

A taxa de liberação do líquido pode ser estimada de forma aproximada por meio de:

W = CdS 2ρ∆ p (kg / s) (B.1)

A taxa de vaporização da liberação de um líquido requer então que seja determinada. As liberações
de líquidos podem assumir diversas formas. A natureza da liberação e o modo pelo qual o vapor e gás
são gerados podem também depender de diversos fatores. Exemplos de liberações incluem:

 a) Liberação de duas fases (por exemplo, liberação de líquido combinada com liberação de gás)

Líquidos como gás liquefeito de petróleo (GLP) podem incluir ambas as fases, líquida e gasosa,
tanto imediatamente antes como depois do orifício da liberação, por meio de uma variedade
de interações mecânicas ou termodinâmicas. Isto pode posteriormente conduzir à formação de
gotículas ou poças, as quais podem resultar em futura ebulição do líquido, contribuindo para a
formação da nuvem de vapor.

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 b) Liberação de uma fase de líquidos abaixo do ponto de fulgor

Para líquidos com pontos de ebulição superiores (acima das faixas atmosféricas), a liberação
inclui geralmente um componente líquido significativo, o qual pode evaporar perto da fonte de
liberação. A liberação pode também ser fragmentada em pequenas gotículas, como resultado da
ação da liberação fugitiva. Qualquer vapor liberado depende da composição da liberação fugitiva
e da vaporização oriunda da fonte de liberação, de quaisquer gotículas ou formação de poças
subsequentes.
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Devido ao grande número de condições e variáveis, esta Norma não apresenta uma metodologia
de avaliação das condições de vapor de uma liberação de líquido. É recomendado que os usuários
selecionem cuidadosamente um modelo apropriado, levando em consideração quaisquer limitações
do modelo ou aplicando uma abordagem conservativa para quaisquer resultados.

B.7.2.3 Taxa de liberação de gás ou vapor

B.7.2.3.1 Generalidades

Considerando que as equações a seguir propiciam estimativas razoáveis da taxa de liberação para
gases. Caso a densidade do gás fique próxima da densidade do gás liquefeito, pode ser preciso
considerar a liberação de duas fases, de acordo com B.7.2.2.

A taxa de liberação do gás oriundo de um contêiner pode ser estimada adotando como base a expansão
adiabática de um gás ideal, se a densidade do gás pressurizado for muito menor do que a densidade
do gás liquefeito.

A velocidade do gás é sônica quando a pressão no interior do contêiner de gás for superior à pressão
crítica pc.

A pressão crítica é determinada pela seguinte equação:

γ + 1 γ / (γ −1) (B.2)
pc = pa   (Pa)
 2 
Mcp
Para gases ideais, a equação γ = pode ser utilizada
Mcp − R
NOTA Para a maioria dos gases, a aproximação pc  ≈  1,89  pa se aplica geralmente com a finalidade
de estimativas rápidas. As pressões críticas são geralmente baixas quando comparadas às pressões de
operação encontradas na maioria dos processos industriais comuns. Pressões abaixo da pressão crítica
são geralmente encontradas em terminais de redes de distribuição de gás, que abastecem equipamentos
com chama, como, por exemplo, aquecedores, fornos, reatores, incineradores, vaporizadores, geradores de
vapor, caldeiras e outros equipamentos de processos. Estas pressões podem também ser encontradas em
tanques de armazenamento atmosféricos com sobrepressões moderadas (usualmente até 0,5 barG).

Nas equações seguintes, foi considerado o fator de compressibilidade de 1,0 para gases ideais. Para
gases reais, o fator de compressibilidade apresenta valores acima ou abaixo de 1,0, dependendo do
tipo de gás em questão, pressão e temperatura. Para baixas e médias pressões, Z = 1,0, pode ser
utilizado como uma aproximação aceitável e pode ser conservativo. Para pressões mais altas, por
exemplo, acima de 50 bar, e onde for requerida maior exatidão, é recomendado a utilização do fator
real de compressibilidade. Os valores dos fatores de compressibilidade podem ser encontrados em
bancos de dados de propriedades dos gases.

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B.7.2.3.2 Taxa de liberação de gás com velocidade não restringida (liberações subsônicas)

Velocidades subsônicas do gás são as velocidades de descarga abaixo da velocidade do som para
um gás específico.

A taxa de liberação de gás oriundo de um contêiner, caso a sua velocidade seja subsônica, pode ser
estimada pela seguinte equação:
(γ −1) / γ  1/γ
M 2γ   pa   pa  (B.3)
Wg = CdSp 1 −      (kg / s)
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Z R T γ − 1   p   
 p
B.7.2.3.3 Taxa de liberação com velocidade de gás restringida (liberações sônicas)

A velocidade sônica do gás (ver B.7.2.3) é igual à velocidade do som para o gás. Esta se constitui na
velocidade máxima teórica de descarga.

A taxa de liberação de gás oriundo de um contêiner, caso a sua velocidade seja sônica, pode ser
estimada pela seguinte equação:
(γ +1) / (γ −1)
M  2  (B.4)
Wg = CdSp γ ( kg / s )
Z R T  γ + 1

A vazão volumétrica de gás em (m³/s) é igual a:


Wg
Qg = ( m3 / s ) (B.5)
ρg

onde
paM
ρg =
R Ta é a densidade do gás (kg/m³).
NOTA Nos locais em que a temperatura do gás na abertura da fonte de liberação pode ser menor do que
a temperatura ambiente, Ta é frequentemente utilizada como sendo igual à temperatura do gás, de forma a
proporcionar aproximação e facilidade de cálculos.

B.7.3 Taxas de liberação de poças evaporativas

As poças evaporativas podem ser formadas por liberação ou gotejamento de líquidos, mas também
como parte de sistemas de processo em que líquidos inflamáveis são armazenados ou processados
em um vaso aberto. A avaliação indicada nesta Seção não se aplica às poças evaporativas com
superfícies finas, uma vez que não são considerados os fatores específicos que podem ser aplicáveis
a estes casos, como, por exemplo, as variáveis termodinâmicas da superfície de poças evaporativas.

As seguintes premissas são feitas em relação às avaliações indicadas a seguir:

●● Não haja mudança de fase e a pluma esteja na temperatura ambiente (mudanças de fase e tem-
peratura podem causar variações nas taxas de dispersão e evaporação).

●● A substância inflamável liberada é neutra em termos de flutuabilidade. Vapores mais pesados do


que o ar são tratados da mesma forma que os vapores de comportamento neutro em termos de
flutuabilidade, por ocasião desta análise que conduz a uma avaliação comparativa.

●● Não são consideradas as liberações contínuas decorrentes de derramamentos catastróficos.

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●● Líquidos que sejam derramados a partir de um contêiner em uma superfície plana e nivelada,
formando uma poça com profundidade de 1 cm, evaporam em condições ambientes.

Desta forma, a taxa de evaporação pode ser estimada pela utilização da seguinte equação:

6, 55 uw 0,78 Ap pv M 0,667
We = (kg / s) B.6)
R ×T
NOTA 1 O documento de origem desta Equação é U.S. Environmental Protection Agency, Federal
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Emergency Management Agency, U.S. Department of Transportation, Technical Guidance for Hazard Analysis
– Emergency Planning for Extremely Hazardous Substances, December/1987.

NOTA 2 A pressão de vapor pode ser estimada por meio de vários métodos, por exemplo, pela equação de
Antoine.

NOTA 3 É considerado que a pressão de vapor na temperatura de ebulição é de 101,3 kPa.

Uma vez que a densidade do vapor em kg/m3 é:


paM
ρg =
R Ta
(kg / m3 )
Então, a taxa de evaporação volumétrica em m3/s é aproximadamente:

6, 5uw 0,78 A p pv T (B.7)


Qg ≈ × a (m3 / s)
105 M 0,333 T
NOTA 4 Uma vez que pv aumenta com a temperatura do líquido, então a taxa de evaporação aumenta com
o aumento de T.

Se for assumido que a área da superfície da poça seja de 1,0  m2, que a velocidade do vento na
superfície do solo seja de 0,5 m/s e que a temperatura do líquido seja igual à temperatura ambiente,
então a taxa de evaporação volumétrica em m3/s é indicada por:

3, 78 × 10 −5 pv 3
Qg ≈
M 0,333
(m / s ) (B.8)

É recomendado que a área real da poça seja considerada com base na quantidade de líquido
derramado e nas condições locais, como inclinações e contenções do local do derramamento.

A velocidade do vento considerada na avaliação da taxa de evaporação deve ser consistente com
as velocidades do vento utilizadas nos cálculos posteriores para a estimativa do grau de diluição
(ver C.3.4). É preciso enfatizar que, com o aumento na velocidade do vento, aumenta a evaporação,
porém, ao mesmo tempo, contribui para a diluição do gás ou vapor inflamável.

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uw = 0,5 m/s
×10-3 T = Ta
Taxa de evaporação vo umétr ca específ ca Qg1 (m/s)

2,5

l
/k mo
2 kg
10
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=
M

20

1,5
30

40
50

100

Pressão atmosfér ca
Pentano
0,5

Gasolina de
vários tipos
Metanol
benzeno
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Pressão de vapor pv (kPa)

Figura B.2 – Taxa de evaporação volumétrica de líquidos


O gráfico da Figura B.2 é com base na Equação B.8. Os valores do eixo vertical referem-se a uma
área da superfície da poça de 1,0 m2. Desta forma, a taxa de evaporação é obtida pela multiplicação
do valor indicado no eixo vertical pela área real da superfície da poça.

A velocidade do vento de 0,5 m/s é típica de locais com condições meteorológicas amenas, logo acima
do nível do solo. Geralmente, esta velocidade representa o caso mais desfavorável com relação à taxa
de dispersão do vapor, porém não representa o pior caso no que diz respeito à taxa de evaporação.

É recomendado que o valor da pressão de vapor no eixo horizontal seja levado em consideração para
a temperatura aplicável do líquido.

B.8 Liberação a partir de aberturas em edificações

B.8.1 Generalidades
A seguinte subseção apresenta exemplos de aberturas em edificações ou paredes. Estes exemplos
não são destinados a serem rigidamente aplicados e, portanto, podem precisar ser adaptados para
atender às situações particulares.

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B.8.2 Aberturas como possíveis fontes de liberação

É recomendado que as aberturas entre as áreas sejam consideradas possíveis fontes de liberação.
O grau de liberação depende de:

●● tipo de zona da área adjacente,

●● frequência e duração do período das aberturas,


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●● efetividade das selagens ou juntas,

●● diferença de pressão entre as áreas envolvidas.

B.8.3 Classificação das aberturas

Para os efeitos desta análise, as aberturas são classificadas como A, B, C e D, com as seguintes
características:

Tipo A

Aberturas que não atendam às características especificadas para os tipos B, C ou D, isto é:

●● passagens abertas para acesso ou passagem de dutos (exemplos de passagem incluem dutos
ou tubulações em paredes, tetos e pisos)

●● aberturas que sejam frequentemente abertas;

●● dutos fixos de saídas de ventilação de ambientes e aberturas similares.

Tipo B

Aberturas que são geralmente fechadas (isto é, com fechamento automático), raramente abertas e
bem vedadas.

Tipo C

Aberturas que sejam geralmente fechadas (isto é, fechamento automático), raramente abertas e
providas de dispositivos de selagem (isto é, gaxetas) em torno de todo o seu perímetro; ou duas
aberturas do tipo B em série, possuindo, cada uma delas, dispositivos de fechamento automático
independente.

Tipo D

Aberturas que são efetivamente seladas, tais como em passagens para acessos às instalações ou
aberturas geralmente fechadas, de acordo com o tipo C, que possam somente ser abertas por meios
especiais ou em situações de emergência, ou uma combinação de uma abertura do tipo C adjacente
a uma área classificada e em série com uma abertura do tipo B.

A Tabela B.2 apresenta o efeito das aberturas sobre o grau de liberação quando uma zona de
classificação de áreas tiver sido estabelecida a montante daquela abertura.

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Tabela B.2 – Efeito das zonas de áreas classificadas nas aberturas


como possíveis fontes de liberação

Grau de liberação das aberturas


Zona a montante da abertura Tipo de abertura
consideradas fontes de liberação
A Contínuo
B (Contínuo)/primário
Zona 0
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C Secundário
D Secundário/sem liberação
A Primário
B (Primário)/secundário
Zona 1
C (Secundário)/sem liberação
D Sem liberação
A Secundário
B (Secundário)/sem liberação
Zona 2
C Sem liberação
D Sem liberação
Para graus de liberação entre parênteses, é recomendado que a frequência de operação seja levada
em consideração no dimensionamento.

O grau de liberação de uma abertura também pode ser estabelecido por princípios básicos.

O grau de liberação a partir de uma abertura entre um ambiente interno em área classificada, com
ventilação natural e um ambiente externo em área não classificada, pode ser estabelecida considerando
o grau de liberação da fonte que faz com que a área interna seja classificada.

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Anexo C
(informativo)

Diretrizes sobre ventilação


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C.1 Símbolos
A1 área efetiva da abertura no sentido contrário do vento ou da abertura inferior, quando
aplicável (m2);

A2 área efetiva da abertura no mesmo sentido do vento ou da abertura superior, quando


aplicável (m2);

A e área efetiva equivalente para aberturas no mesmo sentido e no sentido contrário do


vento na mesma altura (m2);

Ae área efetiva equivalente da abertura inferior (m2);

C frequência de troca de ar no ambiente fechado (s-1);

ΔCp coeficiente de pressão característico da edificação (adimensional);

C d coeficiente de descarga (adimensional), característico de grandes aberturas de


ventilação, entrada ou saída, considerando a turbulência e a viscosidade, tipicamente
0,50 a 0,75;

f média da concentração preexistente Xb no ambiente fechado, dividida pela concentra-


ção na saída de ventilação (adimensional);

g aceleração da gravidade (9,81 m/s2);

H distância vertical entre os pontos centrais das aberturas inferior e superior (m);

k fator de segurança atribuído ao LIE;

LIE limite inferior de explosividade (v/v);

M massa molecular do gás ou vapor (kg/kmol);

pa pressão atmosférica (101 325 Pa);

Δp diferença de pressão, devido aos efeitos do vento ou temperatura (Pa);

Qa vazão volumétrica do ar (m3/s);

Q 1 vazão volumétrica do ar que entra no ambiente fechado pelas aberturas (m3/s);

Qg vazão volumétrica do gás inflamável a partir da fonte (m3/s);


Q2 = Q1 + Qg vazão volumétrica da mistura ar/gás de saída do ambiente fechado (m3/s);

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R constante universal dos gases (8 314 J/kmol K);

ρa densidade do ar (kg/m3);

ρ g densidade do gás ou vapor (kg/m3);

Ta temperatura ambiente absoluta (K);

Tin temperatura interna (K);


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Tout temperatura externa (K);

ΔT diferença entre as temperaturas interna e externa (K);

Uw velocidade do vento a uma altura de referência especificada ou velocidade de ventila-


ção especificada em determinadas condições de liberação, quando aplicáveis (m/s);

V0 volume sob consideração (ambiente fechado) (m3);

Wg taxa de liberação mássica da substância inflamável (kg/s), para misturas; é recomen-


dado que somente a massa total da substância inflamável seja considerada;

Xb concentração preexistente (v/v).

NOTA BRASILEIRA Xcrit é o valor desejado ou o valor crítico da concentração da substância inflamável (v/v).

C.2 Generalidades
O objetivo deste Anexo é fornecer as diretrizes sobre a determinação do tipo de zonas pela avaliação
do tipo e a estimativa da extensão das liberações de gás ou vapor, e comparar esses fatores com
a dispersão e diluição destes gases ou vapores pela ventilação ou movimento do ar.

Convém ressaltar que as liberações podem assumir muitas formas e podem ser influenciadas por
muitas condições (ver B.6). Estas incluem:

●● gases, vapores ou líquidos;

●● ambientes fechados ou abertos;

●● velocidades sônicas ou subsônicas de liberações fugitivas ou evaporativas;

●● obstruídas ou não obstruídas;

●● densidade do gás ou vapor.

As informações apresentadas neste Anexo objetivam orientar sobre a avaliação qualitativa das
condições de ventilação e dispersão, para determinar o tipo de zona. As orientações são aplicáveis às
condições observadas em cada seção e, portanto, podem não ser aplicáveis a todas as instalações.

As diretrizes indicadas neste Anexo podem ser utilizadas na seleção e avaliação dos sistemas de
ventilação artificial e requisitos de ventilação natural, uma vez que estas diretrizes são de elevada
importância no controle e na dispersão das liberações de gases e vapores inflamáveis em ambientes
fechados.

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NOTA Critérios de ventilação para aplicações específicas também podem ser encontrados em normas
estrangeiras ou códigos industriais.

É importante distinguir, ao longo destas discussões, os conceitos de “ventilação” (o mecanismo pelo


qual o ar entra e sai de um ambiente ou espaço fechado) e os conceitos de “dispersão” (o mecanismo
pelo qual as nuvens diluem). Estes conceitos são muito diferentes e ambos são importantes.
Em situações de ambientes fechados, necessita ser ressaltado que o risco depende da taxa de
ventilação, da natureza da fonte de gás esperada e das propriedades do gás liberado, em especial,
a densidade ou flutuabilidade do gás. Em algumas situações o risco pode depender sensivelmente da
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ventilação; em outras situações, pode ser quase que independente dela.


Em situações de ambientes externos, o conceito de ventilação não é estritamente aplicável e o risco
depende da natureza da fonte, das propriedades do gás e do fluxo de ar ambiente. Em situações
de ambientes externos, o movimento de ar é geralmente suficiente para assegurar a dispersão de
qualquer atmosfera explosiva que surgir na área. A Tabela C.1 orienta sobre a velocidade do vento
para situações de ambientes externos.

C.3 Avaliação da ventilação e da diluição e sua influência na classificação de áreas


C.3.1 Generalidades
O tamanho da nuvem de gás ou vapor inflamável e o tempo pelo qual este persiste após cessar a
liberação pode frequentemente ser controlado por meio da ventilação. Abordagens para a avaliação
do grau de diluição requerido para controlar a extensão e persistência de uma atmosfera explosiva
são descritas a seguir. Outros cálculos de fontes confiáveis ou formas alternativas de cálculo, como,
por exemplo, CFD (Computational Fluid Dynamics) podem também ser aplicados.
Qualquer avaliação de grau de diluição requer inicialmente uma avaliação das condições de liberação
esperadas, incluindo o tamanho da fonte de liberação e a taxa máxima de liberação do gás ou vapor
na fonte (ver Anexo B).
Geralmente é indicado que o grau de liberação contínuo leva à zona 0, o grau primário leva à zona 1
e o grau secundário leva à zona 2. Entretanto, isto não é sempre o caso, podendo variar de acordo
com a facilidade da liberação em se misturar com ar, de uma forma suficiente para a sua diluição,
reduzindo a concentração a um nível seguro.
Em alguns casos, o grau de diluição e o nível de disponibilidade da ventilação podem ser tão altos
que na prática não se forma uma atmosfera explosiva ou a área classificada pode ser considerada de
extensão desprezível. Por outro lado, o grau de diluição pode ser tão baixo que tenha uma classificação
mais severa (por exemplo, uma zona 1 gerada por uma fonte de grau secundário). Isto ocorre, por
exemplo, quando o nível de ventilação é tão baixo que a atmosfera explosiva persiste e a dispersão
ocorre de forma lenta, após cessar a liberação do gás ou vapor. Assim, a atmosfera explosiva persiste
por maior tempo do que o esperado para o grau de liberação.
A diluição de uma liberação é determinada pela interação da dinâmica e das forças de flutuação da
liberação e da atmosfera dentro da qual esta liberação está dispersando. Para uma liberação fugitiva
não impedida, por exemplo, de um respiro, o efeito dinâmico predomina e a dispersão inicial é deter-
minada pela interação entre a liberação e a atmosfera. Entretanto, se uma liberação fugitiva for de
velocidade baixa ou for impedida de uma forma que os efeitos dinâmicos sejam reduzidos ou elimina-
dos, a flutuação na liberação (densidade) e os efeitos atmosféricos se tornam predominantes.
Para pequenas liberações de gás mais leve que o ar, a dispersão na atmosfera prevalece, por exemplo,
de forma similar à dispersão da fumaça de cigarro. Para liberações maiores de um gás mais leve que
o ar, a diluição pode eventualmente ser atingida, especialmente em condições de baixo vento, quando

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a flutuação da liberação é significativa e a liberação é ascendente e dispersa como uma pluma, por
exemplo, similar a pluma de uma fogueira. Para liberações de vapores de líquido a partir de uma
superfície, a flutuação do vapor e o movimento do ar do local dominam o comportamento da dispersão.
Em todos os casos, onde existe uma ventilação adequada para a diluição da liberação a concentrações
muito pequenas (por exemplo, bem abaixo do LIE), o gás ou vapor diluído tende a se mover junto
da massa geral do ar e exibe comportamento neutro. A exata concentração onde tal comportamento
neutro é atingido depende da densidade relativa do gás ou vapor em relação ao ar. Para diferenças
maiores de relação de densidades, uma concentração mais baixa de gás ou vapor é requerida para
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um comportamento neutro.

C.3.2 Efetividade da ventilação


O fator mais importante é a efetividade da ventilação, em outras palavras, a quantidade de ar relativa
para o tipo da liberação, o local da liberação e a taxa de liberação da substância inflamável. Quanto
maior a ventilação com relação às taxas de liberação possíveis, menor é a extensão das zonas (das
áreas classificadas) e menor é o tempo de persistência da atmosfera explosiva. Com uma efetividade
suficientemente alta de ventilação para uma determinada taxa de liberação, a extensão da zona pode
ser reduzida de forma a ser de extensão desprezível (ED) e ser considerada uma área não classificada.

C.3.3 Critérios para a avaliação da diluição


Os critérios para diluição têm como base dois valores que são característicos para qualquer liberação:
●● a taxa de liberação relativa (razão entre a taxa de liberação e LIE em unidade de massa)
●● a velocidade da ventilação (valor que simboliza a instabilidade atmosférica, por exemplo, o fluxo
de ar induzido pela ventilação ou a velocidade do vento em ambientes externos).
A relação entre os dois critérios determina o grau de diluição, como indicado na Figura C.1.

C.3.4 Avaliação da velocidade da ventilação


Se uma liberação de gás ocorrer, este gás deve ser dispersado, ou o acúmulo do gás ocorre. O gás
pode ser dispersado pelo fluxo decorrente da dinâmica da sua liberação, pela flutuação induzida pelo
gás ou pelo fluxo causado pela ventilação natural ou forçada, ou pelo vento.
Geralmente, não é indicado que o fluxo causado pela dinâmica da liberação seja levado em conside-
ração, a menos que esteja muito claro que esta dinâmica não seja alterada por um obstáculo ou outra
influência de geometria.
É recomendado que o fluxo para dispersar o gás seja primariamente avaliado com base em uma
avaliação da ventilação para situações de ambientes fechados ou pelo fluxo causado pelo vento nas
situações de ambientes abertos.
Para situações de ambientes internos, a vazão ou a velocidade da ventilação pode ser baseada em
uma média de velocidade causada pela ventilação. Isto pode ser calculado como a vazão da mistura
ar/gás dividida pela seção transversal da área perpendicular ao fluxo. É recomendado que esta
velocidade do ar seja reduzida por um fator devido à ineficiência da ventilação ou devido ao fluxo ser
obstruído por diferentes objetos. Simulação por CFD (Computational Fluid Dynamics) é recomen-
dada, se detalhes específicos ou uma maior precisão forem necessários para se ter uma estimativa
da velocidade da ventilação em diferentes partes do ambiente em consideração.
Para ambientes naturalmente ventilados e para ambientes abertos, é recomendado que a velocidade
da ventilação seja avaliada como sendo a velocidade que esteja presente por mais de 95 % do tempo.
A disponibilidade desta ventilação pode ser considerada “satisfatória”.

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A velocidade da ventilação em ambientes abertos pode ser com base em estudos da velocidade do
vento, utilizando um fator de redução, considerando a altitude de referência utilizada nas estatísticas
climáticas. Os valores disponíveis são geralmente para altitudes acima da altura da planta de processo,
e pode ser necessário adequá-los ao local sob estudo, como a topografia, edificações, vegetação
e outros obstáculos. Por exemplo, em uma área de processo com muitas estruturas, tubulações e
equipamentos de processo, a velocidade efetiva da ventilação geralmente pode ser tão baixa quanto
1/10 da velocidade de fluxo livre acima da planta. A avaliação pode também ser feita por medição da
velocidade em alguns locais ao redor da planta e comparando com as velocidades das informações
publicadas. A técnica de CFD (Computational Fluid Dynamics) também é recomendada para uma
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planta complexa, onde exista uma grande quantidade de equipamentos que podem afetar o movimento
do ar local.
Gases mais leves que o ar tendem a se mover para cima, onde a ventilação geralmente é melhor,
e a flutuação pode também dispersar o gás. Isto pode ser considerado pelo aumento da velocidade
efetiva da ventilação para tais liberações. Para liberações com densidade relativa menor que 0,8,
é geralmente considerado seguro assumir que a velocidade efetiva da ventilação seja pelo menos
0,5  m/s, em situações de ambientes abertos. A disponibilidade desta ventilação mínima pode ser
considerada boa.
Gases mais pesados que o ar tendem a se mover para baixo, onde a ventilação geralmente é mais
baixa, e existe a possibilidade de acumulação no nível do solo. Isto pode ser levado em consideração
pela redução da velocidade efetiva da ventilação. Um gás pode ser pesado devido ao peso molecular
ou devido à baixa temperatura. Baixa temperatura pode ser causada por uma liberação oriunda de alta
pressão. Para gases com densidade relativa acima de 1,0, é recomendado que a velocidade efetiva
da ventilação seja reduzida por um fator de aproximadamente 2.
Quando dados estatísticos não estiverem disponíveis, a Tabela C.1 apresenta uma abordagem prática
para estabelecer valores de velocidade de ventilação em ambientes abertos.

Tabela C.1 – Velocidades orientativas de ventilação externa (uw)

Tipo de ambientes abertos Áreas não obstruídas Áreas obstruídas


>2 m >2 m
Elevação a partir do nível do solo ≤2 m >5 m ≤2 m >5 m
até 5 m até 5 m
Velocidades de ventilação orientativas
para estimativa da diluição de liberação 0,5 m/s 1 m/s 2 m/s 0,5 m/s 0,5 m/s 1 m/s
de gás/vapor mais leve que o ar
Velocidades de ventilação orientativas
0,15
para estimativa da diluição de liberação 0,3 m/s 0,6 m/s 1 m/s 0,3 m/s 1 m/s
m/s
de gás/vapor mais pesado que o ar
Velocidades de ventilação orientativas
para estimativa de taxa de evaporação
> 0,25 m/s > 0,1 m/s
de superfície de líquido em qualquer
elevação
Geralmente, os valores na tabela podem ser considerados com uma disponibilidade de ventilação satisfatória
(ver D.2).
Para ambientes fechados, é recomendado que as avaliações sejam baseadas em uma velocidade de ar
mínima assumida de 0,05 m/s, a qual está presente a princípio em qualquer lugar. Valores diferentes podem
ser assumidos em situações particulares (por exemplo, próximo das aberturas de entrada/saída de ar). Onde
um arranjo de ventilação pode ser controlado, a mínima velocidade da ventilação pode ser calculada.

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C.3.5 Avaliação do grau de diluição

O grau de diluição pode ser avaliado utilizando o gráfico indicado na Figura C.1.
Ve oc dade da vent ação uw (m/s)

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Diluição
alta
1

Diluição
média
0,1

Diluição
baixa
0,01

0,001
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Característica da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura C.1 – Gráfico para avaliação do grau de diluição


onde

Wg é a característica da liberação em m3/s


ρg k LIE
pa M é a densidade do gás/vapor (kg/m3)
ρg =
R Ta

K é o fator de segurança atribuído ao LIE, geralmente entre 0,5 e 1,0.

A Figura C.1 tem como base uma concentração preexistente inicial igual a zero.

O grau de diluição é obtido por encontrar a interseção dos respectivos valores apresentados nos eixos
horizontal e vertical. A linha dividindo a área do gráfico entre ‘diluição alta’ e ‘diluição média’ representa
o volume inflamável de 0,1 m3; desta forma, qualquer ponto de interseção à esquerda da curva implica
em um volume inflamável ainda menor.

Em ambientes abertos onde não existem restrições significativas para o fluxo de ar, convém que o
grau de diluição seja considerado como “médio”, se a condição para alta diluição não for atingida.
Um grau de diluição “baixo” geralmente não ocorre em situações de ambientes abertos. Convém que

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situações onde existem restrições para o fluxo de ar, por exemplo, em depressões como canaletas ou
poços, sejam consideradas da mesma forma que ambientes fechados.

Para aplicações em ambientes fechados, convém que os usuários também avaliem a concentração
preexistente de acordo com C.3.6.2 e, se a concentração preexistente exceder 25 % do LIE, é reco-
mendado que o grau de diluição seja considerado “baixo”.

C.3.6 Diluição em ambientes fechados


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C.3.6.1 Generalidades

A diluição pode ocorrer pela troca de ar que predomina na liberação do gás ou vapor, assim como por
meio de um volume suficiente de ar para permitir que o gás ou vapor se disperse a uma concentração
baixa, mesmo com uma vazão mínima de ventilação. Neste último caso o volume disponível para a
diluição deve ser alto com relação ao volume esperado da liberação.

Para uma liberação fugitiva de gás, a diluição pode ocorrer mesmo sem qualquer movimento de ar
local, devido ao arraste de ar na expansão da liberação fugitiva. Entretanto, se uma liberação fugitiva
for impedida devido ao impacto com objetos próximos, então a capacidade de autodiluição é muito
reduzida.

O grau de diluição pode também ser avaliado pelo valor médio da concentração preexistente da
substância inflamável (ver C.3.6.2). Quanto mais elevada a taxa de liberação em relação à taxa de
ventilação, maior é a concentração preexistente Xb e menor é o grau de diluição.

Na avaliação da concentração preexistente, a taxa de liberação, a taxa de ventilação e o fator de


eficiência devem ser cuidadosamente especificados para considerar os fatores relevantes, incluindo
uma margem apropriada de segurança. Convém que o fator de eficiência da ventilação considere se
existe uma possibilidade de fluxo de ar recirculado ou impedido em um ambiente, que pode reduzir a
eficiência, em comparação a um padrão de fluxo de ar considerado ‘bom’.

É recomendado que uma concentração preexistente zero seja considerada somente em ambientes
externos ou em regiões com ventilação local de extração, a qual controla o movimento da substância
inflamável próxima da fonte de liberação. Uma concentração preexistente desprezível, descrita como
Xb<< Xcrit, pode ser considerada em ambientes ou edificações altamente ventiladas. Xcrit é um valor
arbitrário abaixo do LIE, por exemplo, o valor no qual um detector de gás é ajustado para alarmar.

Uma baixa concentração preexistente não significa que todo o ambiente seja uma área não classificada.
A maior parte do ambiente pode ser considerada uma área não classificada, mas a área próxima da
fonte de liberação ainda é uma área classificada, até que a liberação seja suficientemente dispersada
(similar como para situações de ambiente aberto).

Convém que as condições de concentração preexistente e extensão das possíveis zonas ao redor das
fontes de liberação sejam corrigidas utilizando fatores práticos, considerando as possíveis variações
nos padrões de dispersão em um ambiente fechado. Muitos ambientes fechados e grandes podem
conter algumas fontes de liberação secundárias, e não é uma boa prática considerar várias pequenas
áreas classificadas dentro deste ambiente, que geralmente é considerado como área não classificada.
Também não é boa prática ter uma área classificada limitada, dentro de um ambiente relativamente
pequeno e, neste caso, convém que todo o ambiente seja considerado área classificada.

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C.3.6.2 Concentração preexistente e liberações em um ambiente ventilado

Para liberações em ambientes fechados, é necessário especificar a concentração preexistente do


ambiente, Xb, a qual incorpora os efeitos da ventilação. A concentração preexistente significa a média
da concentração da substância inflamável dentro do volume sob consideração (do ambiente ou da
edificação) após um período de tempo durante o qual um estado estacionário tenha sido estabelecido
entre a liberação e o fluxo de ar induzido pela ventilação.

A consideração da concentração preexistente então proporciona uma medida para a avaliação da


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ventilação em um ambiente, capaz de remover o gás ou vapor, proporcional à dispersão do gás ou


vapor. Esta taxa então influencia a consideração do grau de diluição.

A concentração preexistente (v/v) pode ser avaliada como:


f × Qg f × Qg
Xb = = (v / v ) (C.1)
Qg + Q1 Q2

e a frequência de troca de ar e a ventilação são relacionadas por:


Q2 = CV0 (m3 / s)

A concentração preexistente média Xb, que é finalmente alcançada, depende da relativa magnitude
da fonte de liberação e do fluxo da ventilação, mas a escala de tempo sobre a qual esta é alcançada
é inversamente proporcional à frequência de troca de ar.

O fator f é a medida do grau para o qual o ar na área fora da zona de liberação é bem misturado e pode
ser considerado como a seguir:

f = 1; a concentração preexistente é essencialmente uniforme e a saída é distante da própria liberação,


de tal forma que a concentração na saída reflita o valor médio da concentração preexistente

f > 1; existe um gradiente de concentração preexistente no ambiente devido a uma mistura ineficiente,
e a saída é distante da própria liberação, de tal forma que a concentração na saída seja menor
do que o valor médio da concentração preexistente. O fator f pode estar entre 1,5 para mistura
moderadamente ineficiente e 5 para mistura muito ineficiente.

Dada a origem dos casos f = 1 ou f > 1, este valor pode ser considerado um fator de segurança rela-
cionado à ineficiência da mistura (na medida em que valores progressivamente maiores refletem em
misturas de ar proporcionalmente menos eficientes dentro do ambiente). Este fator considera imper-
feições dos padrões de fluxo de ar em um espaço real com obstruções e onde aberturas de ventilação
podem não ser adequadamente posicionadas para a máxima ventilação (ver C.5).

NOTA A análise da ventilação de como o ar entra no ambiente não é suficiente para determinar o volume
de risco esperado. Esta análise depende de como o gás ou vapor e o ar são distribuídos dentro do ambiente,
por exemplo, devido à dispersão.

C.3.7 Critérios para avaliação da disponibilidade de ventilação

C.3.7.1 Generalidades

A disponibilidade da ventilação possui influência na presença ou formação de uma atmosfera explosiva


de gás. Portanto, a disponibilidade (assim como o grau) de ventilação precisa ser considerada quando
da determinação do tipo de zona.

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Convém que os três níveis de disponibilidade de ventilação sejam considerados (ver Tabela D.1):

●● boa: a ventilação é contínua ou permanente;

●● satisfatória: é esperado que a ventilação esteja presente durante a operação normal. Interrupções
são permitidas, desde que ocorram de forma não frequente ou por curtos períodos de tempo;

●● pobre: a ventilação que não atende às definições de “boa” ou “satisfatória”, porém não são
esperadas interrupções por longos períodos de tempo.
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Ventilação que não atende ao requisito de disponibilidade “pobre” não pode ser considerada como
contribuinte para ventilação da área, ou seja, é aplicável o conceito de baixa diluição.

Diferentes tipos de ventilação requerem diferentes considerações na avaliação de sua disponibilidade,


por exemplo, a disponibilidade de ventilação natural em ambientes internos não pode ser considerada
“boa”, porque ela depende diretamente das condições ambientais, isto é, temperatura externa e vento
(ver C.5). De fato, a disponibilidade da ventilação natural depende de uma avaliação realista das
condições externas e internas, isto é, se aplicado para o pior cenário. Se este for o caso, então a
disponibilidade pode ser considerada “satisfatória”, mas nunca “boa”. Se a maior diferença entre as
temperaturas interna e externa for considerada nos cálculos, isto resulta na menor disponibilidade
para efeito da diluição de uma atmosfera explosiva.

Por outro lado, a ventilação artificial para ambientes sujeitos à formação de atmosferas explosivas
geralmente possui uma disponibilidade “boa”, porque incorpora mecanismos para assegurar um alto
grau de confiabilidade.

É recomendado avaliar a disponibilidade da ventilação da forma mais realista possível, considerando


todos os fatores importantes. Para liberações externas na forma de liberações fugitivas, a diluição
ocorrerá independentemente do vento e, assim sendo, a dispersão pode ser considerada uma dispo-
nibilidade “boa”, equivalente à de ventilação de ambientes internos.

C.3.7.2 Critérios para a ventilação natural

No caso da ventilação natural, o pior cenário deve ser considerado para determinar o grau de venti-
lação. Tal cenário leva a um grau de disponibilidade mais alto. Geralmente, para qualquer ventilação
natural, um grau menor de ventilação resulta em um maior nível de disponibilidade e vice-versa. Isto
pode compensar suposições muito otimistas realizadas nos procedimentos para estimar o grau de
ventilação.

Existem situações que requerem de abordagens particulares. No caso de ventilação natural de ambien-
tes parcialmente fechados com ventilação restrita, é preciso considerar as condições desfavoráveis,
como frequência e probabilidade da ocorrência de tais cenários. Por exemplo, durante dias de verão
quentes e com ventos, existem dois cenários potenciais. Um dos cenários é a temperatura do ambiente
interno ser ligeiramente superior à temperatura externa, então a ventilação induzida por convecção
produz efeito reduzido e o vento de certa direção pode impedir o fluxo de ar. Neste caso há uma com-
binação com uma ventilação “baixa” e uma disponibilidade “pobre”, podendo resultar em uma classi-
ficação mais severa. Em outro cenário, considerando somente a ventilação induzida por convecção,
mesmo modesta, se permanente, pode resultar em uma disponibilidade “satisfatória” ou até “boa”.

Em ambientes abertos, o grau de diluição é geralmente considerado “médio”, enquanto a disponi-


bilidade de ventilação, com base na presença de vento, pode ser considerada “boa”, a não ser que
existam restrições à ventilação, como valetas, canaletas, diques ou áreas circundadas por estruturas
fechadas altas.

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C.3.7.3 Critérios para a ventilação artificial

Na avaliação da disponibilidade da ventilação artificial, a confiabilidade do equipamento e a disponibili-


dade de, por exemplo, a aplicação de ventiladores redundantes pode ser considerada. Para obter uma
disponibilidade “boa”, geralmente será necessária a partida automática dos ventiladores redundantes
em caso de falha dos principais. Contudo, se for projetado para evitar a liberação de substâncias
inflamáveis quando da falha da ventilação, por exemplo, por desligamento automático do processo,
a classificação determinada com a operação da ventilação não necessita ser modificada, isto é, a
disponibilidade ainda pode ser considerada “boa”.
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C.4 Exemplos de arranjos e avaliação da ventilação

C.4.1 Introdução

Os exemplos a seguir ilustram a interação entre as liberações de substâncias inflamáveis e a ventila-


ção, com base nos princípios das Seções 6 e 7. É importante entender a diluição como um processo
complexo que ocorre na passagem do ar nas circunvizinhanças de uma liberação fugitiva, na mis-
tura com o ar provocada pela ventilação forçada ou condições atmosféricas especiais. Usualmente,
os mecanismos podem ser considerados em uma eventual liberação fugitiva, que pode formar uma
pluma sujeita ao movimento do ar. Misturas com o ar geralmente não ocorrem de forma homogênea
pelo ambiente ventilado, e a concentração preexistente resulta em uma avaliação pouco precisa da
contaminação média do volume considerado.

Em uma situação real, o arranjo de ventilação do ambiente pode não ser adequado para diluir a
substância inflamável de forma homogênea. Na prática, a efetiva dispersão e diluição podem variar
substancialmente dos resultados médios obtidos pelo cálculo. O arranjo da ventilação, isto é, a posição
relativa das aberturas de entradas e saídas entre si e com relação à fonte de liberação, pode eventu-
almente ter maior influência na atmosfera do que a própria capacidade de ventilação.

Os exemplos abaixo ilustram alguns cenários possíveis que podem ajudar a um melhor entendimento
dos arranjos de ventilação aplicáveis em uma situação específica.

C.4.2 Liberação fugitiva no interior de uma edificação de grandes dimensões

Este exemplo (ver Figura C.2) ilustra as condições quando existe um número limitado de fontes de
liberação de gás em um espaço de grandes dimensões, por exemplo, liberação de gás em flanges
e válvulas de uma tubulação.

São esperadas pequenas liberações fugitivas em um acessório de tubulação com alta velocidade, se
a pressão for elevada. A liberação pode se autodiluir e dispersar, mesmo sem movimentos aparentes
de ar na edificação.

Para um ambiente com ventilação normal, por exemplo, aberturas de paredes e portas de bom tama-
nho, a ventilação pela cobertura ou outras previsões de ventilação projetadas, o volume do ambiente
e o movimento natural do ar podem indicar que o grau de diluição é médio e que a disponibilidade de
ventilação é satisfatória.

Para um ambiente com ventilação pobre, por exemplo, um porão não ventilado, a liberação fugitiva
pode inicialmente se autodiluir e dispersar dentro do espaço, porém a falta de movimentação do ar
pode ocasionar uma longa permanência do gás no ambiente. Nesta situação, o gás com baixa diluição
contribui com as novas liberações, resultando no crescimento da concentração preexistente de gás.

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A menos que o projeto de ventilação seja adequado para controlar as concentrações preexistentes
em um ambiente, o grau de diluição é considerado baixo. Contudo, pode ser ainda prático determinar
diferentes classificações de área no ambiente.
Difusão turbulenta nas extremidades Concentração
aproximada de 0 %
ds
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(pw)

Velocidade zero

Concentração na faixa
de inflamabilidade

Perfil da velocidade de liberação

NOTA ds é um raio hipotético da fonte, isto é, o raio da seção transversal do fluxo a jusante da liberação
fugitiva que se torna isobárica (reduzida em relação à pressão atmosférica).

Figura C.2 – Autodifusão de uma liberação fugitiva em alta velocidade e não obstruída

C.4.3 Liberação fugitiva no interior de uma edificação com pequenas dimensões com
ventilação natural
Este exemplo ilustra situações em que podem existir diversas fontes de liberação de gás no interior de
uma pequena sala ou edificação.
Os fatores de dispersão e diluição são os mesmos descritos em 6.5.4.
Quando as edificações incluem projeto de ventilação que assegure a remoção adequada do gás das
liberações fugitivas, então o interior da edificação pode ser considerado com grau de diluição médio.
Quando existe um número limitado de fonte de liberação (ou locais de fontes de liberação), pode ser
prático definir as áreas classificadas por volumes limitados em torno da fonte de liberação. Quando
forem diversas fontes potenciais de liberação, então é uma prática considerar o ambiente como uma
única área classificada. Isto considera os volumes de alto diluição gerados de possíveis dispersões de
liberações fugitivas de gás ou vapor oriundos de pontos ou locais variados.
Quando o grau de diluição é baixo, é uma prática considerar uma única classificação de área para o
ambiente fechado, independentemente do número de fontes de liberação.

C.4.4 Liberação fugitiva em uma edificação de pequenas dimensões com ventilação


artificial
Este exemplo (ver Figura C.3) pode ser aplicado para situações como sala de compressor de gás.

Independentemente da taxa de ventilação ou do arranjo do sistema de ventilação, não é esperado que


uma liberação fugitiva seja diluída abaixo do limite inferior de explosividade (LIE) na área imediata-
mente próxima à fonte de liberação, a menos que a pressão seja muito baixa. Então, o grau de diluição
da fonte de liberação raramente é considerado “alto”.

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O grau de diluição para o restante do ambiente depende diretamente do arranjo e da taxa de ventilação
artificial. O grau de diluição pode também variar significativamente em função destes fatores, como
ilustrado nas Figuras C.3 e C.4.
Ventilador

Entrada de ar
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Fonte de liberação

Saída de ar
Volume de diluição em
torno da fonte de
liberação

Figura C.3 – Ventilação artificial somente com insuflamento de ar


Neste caso, um ambiente fechado é insuflado com ar limpo com um volume igual ao da saída de ar.

Mesmo quando aparentemente existe um número elevado de trocas de ar por hora, o arranjo da ventilação
pode criar um movimento de ar circulatório dentro do ambiente fechado e resultar em uma elevada
concentração preexistente. Desta forma, a recirculação do gás aumenta o volume de diluição da fonte de
liberação. Quando isto acontece, é recomendado que o grau de diluição seja considerado “baixo”.
Exaustão
Ventilador

Fluxo de ar de exaustão
Entrada de ar
Alternativas de localização da
Fonte de liberação extração conforme a
densidade do gás ou vapor
Volume de diluição em
torno da fonte de Fluxo de ar de exaustão
liberação

Figura C.4 – Ventilação artificial com insuflamento e exaustão de ar


Neste caso, o ambiente fechado é projetado com sistemas de insuflamento e exaustão de ar. Assim
como no caso do sistema somente com insuflamento, existe a possibilidade de que o arranjo de ven-
tilação crie um movimento de recirculação do ar e resulte em um reingresso do gás diluído no volume
de diluição, aumentando a concentração preexistente de gás.

Com critério adequado no arranjo de ventilação e posicionamento dos pontos de exaustão, é possível
minimizar quaisquer níveis de recirculação. Neste caso o grau de diluição pode ser definido como
“médio” ou “alto”.

NOTA Geralmente apenas um sistema de exaustão é utilizado, que pode ser geral ou localizado (para
ventilação artificial localizada, ver 6.5.3.3).

C.4.5 Liberação com baixa velocidade

Liberações com baixa velocidade são comuns em muitos processos industriais e incluem aplicações
como evaporação de líquidos inflamáveis por respiros, banhos em tanques de imersão, drenos,
impressão e pintura.

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Uma liberação fugitiva pode também ser considerada uma liberação de baixa velocidade, se a pluma
da liberação encontrar uma superfície ou barreira. A velocidade da liberação pode ser reduzida, trans-
formando-se em uma pluma passiva, sem velocidade.

Para as liberações com baixa velocidade, a dispersão e a diluição são influenciadas consideravelmente
pelo movimento do ar no espaço e pela flutuabilidade do gás ou vapor.

Quanto às liberações fugitivas, o grau de diluição depende das dimensões da edificação ou da sala,
taxa de liberação e condições de controle de qualquer concentração preexistente pela ventilação geral.
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C.4.6 Emissões fugitivas

Emissões fugitivas são pequenas liberações de gases ou vapores de equipamentos pressurizados


(geralmente de magnitude entre 10-7 kg/s e 10-9 kg/s). Embora pequenas, tais liberações fugitivas
podem ainda se acumular em ambientes que não são ventilados.

Estas emissões fugitivas podem se acumular ao longo do tempo, podendo gerar um risco de explosão.
Portanto, considerar cuidados especiais quando do projeto de instalações especiais ou conjuntos
de equipamentos, como casas de analisadores, invólucros selados, painéis ou invólucros abrigados,
invólucros aquecidos e termicamente isolados, ambientes abrigados entre tubulações e isolamento
térmico ou itens similares em linhas de gás com pressão elevada. Convém que tais itens sejam providos
com algum tipo de ventilação ou dispersão de gás, mesmo se somente para períodos críticos. Quando
isto não for aplicável, é recomendado manter as principais fontes de liberação fora do ambiente, por
exemplo, manter as conexões de tubulação fora do ambiente abrigado, bem como qualquer outro
equipamento que possa ser considerado uma fonte potencial de liberação.

Quando são utilizados invólucros fechados (estanque), a efetividade e a disponibilidade da ventilação


por ventilação natural podem ser consideradas “baixa” e “pobre”, respectivamente, em tais invólucros.

C.4.7 Ventilação e exaustão artificial local

A ventilação artificial local é recomendada sempre que possível (ver Figura C.5).

A ventilação artificial local pode melhorar o grau de diluição junto à fonte de liberação. O mais importante
é a recomendação de que a ventilação artificial local limite a concentração de gás ou vapor dentro da
área de influência do sistema de ventilação local. Quando isto for obtido, o grau de diluição ao redor
da fonte de liberação pode ser considerado “médio”.

É recomendado que a ventilação artificial local esteja localizada próxima à fonte de liberação para ser
efetiva. Esta pode ser muito efetiva, quando a fonte de liberação for de velocidade muito baixa. Como
a ventilação artificial local precisa superar a velocidade de liberação, a aplicabilidade da ventilação
artificial local para a liberação fugitiva é grandemente reduzida sobre outras formas de liberação.

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Fluxo de ar de
exaustão

Ventilador

Entrada de ar
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Diluição

Fonte de liberação

Figura C.5 – Ventilação e exaustão artificial local

C.5 Ventilação natural em edificações

C.5.1 Generalidades

As seções a seguir indicam um meio de avaliação da ventilação natural em edificações

Cuidados precisam ser adotados quando as evidências e as características específicas da edificação


não estiverem disponíveis, de forma a prover a ventilação natural. As dimensões e as formas da edi-
ficação podem não ser adequadas para promover a ventilação, e em tais casos é recomendado que
o grau de eficiência da ventilação natural seja considerado “baixo”.

C.5.2 Ventilação induzida por ventos

O grau de movimentação do ar no interior de uma edificação depende do tamanho e da posição das


aberturas em relação à direção do vento, bem com das formas da edificação. Os fluxos de ventilação
podem ser induzidos por portas e janelas não estanques ou fendas e frestas em partes da estrutura,
mesmo que não haja aberturas nas paredes ou nos forros, ou se estas estiverem seladas. As equações
indicadas consideram somente o fluxo pelas aberturas projetadas para a ventilação. Esta filosofia
é também apropriada para definição de classificação de áreas.

A ventilação implica tanto na entrada quanto na saída de ar, e algumas aberturas atuam primariamente
como aberturas de entrada e outras como de saída. As aberturas na direção do vento são consideradas
geralmente como “aberturas de entrada”, e na direção oposta e do forro como “aberturas de saída”.
Isto implica que a ventilação induzida pelo vento possa ser estimada pelo “diagrama da rosa dos
ventos” do local específico.

A resultante da atuação da ventilação induzida por ventos é a diferença de pressão entre a direção de
entrada de vento e a direção de saída dos lados da edificação.

O fluxo de ar do vento pode ser expresso como:

∆Cp
Qa = Cd Aeu w
2
(m3 / s) (C.2)

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2 A12 A22
Ae =
A12 + A22
(m 2 )
(C.3)

É recomendado que os valores para Cd sejam derivados dos códigos de ventilação ou da edificação.

Os valores de A1 e A2 referem-se às áreas efetivas das aberturas de entrada e de saída, respectivamente.

A modelagem por CFD (Computational Fluid Dynamics) ou por ensaio no túnel de vento também pode
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ser utilizada para prover uma avaliação mais confiável do coeficiente de pressão para a edificação.

A direção e a força do vento são variáveis e nem sempre previsíveis. Uma orientação da velocidade do
vento é indicada na Tabela C.1. É recomendado que o vento seja considerado em conjunto com outros
tipos de ventilação, de forma a verificar se o vento complementa ou se opõe a outras ventilações.
O vento pode ter um efeito positivo nas aberturas de entrada e de saída, pela sua ventilação induzida,
como as outras fontes de ventilação, no entanto, um efeito negativo pode ocorrer, se os ventos forem
opostos, por exemplo, vento de qualquer direção pode ter um efeito positivo quando houver uma
ventilação de abertura no topo do forro, mas terá um efeito negativo se as aberturas de saída forem
na direção de saída (sota-vento).

C.5.3 Ventilação induzida por flutuabilidade

A ventilação induzida por flutuabilidade (“Efeito Chaminé”) é obtida pelo movimento do ar devido à
diferença de temperaturas interna e externa. A resultante da atuação da ventilação é a diferença da
densidade do ar devido às diferentes temperaturas. O gradiente de pressão vertical depende da den-
sidade do ar e, portanto, não será o mesmo interno e externo, gerando uma diferença de pressão.

Se a temperatura média interna for maior que a externa, o ar interno terá uma densidade menor.
Quando a edificação tiver aberturas em diferentes alturas, o ar vai entrar pelas aberturas inferiores e sair
pelas aberturas superiores. A taxa de fluxo aumentará na medida em que a diferença de temperatura
aumentar. Portanto, a ventilação induzida por flutuabilidade será mais efetiva em temperaturas mais
baixas no ambiente externo. Nas temperaturas mais altas do ambiente externo, a ventilação induzida
por flutuabilidade se torna menos efetiva e, se a temperatura do ambiente externo aumentar acima da
interna, o fluxo se reverte.

A temperatura interna pode ser maior devido a causas naturais, aquecimento deliberado ou calor
de processo. Correntes térmicas podem também ser induzidas internamente, variando o efeito da
temperatura média interna. Considerando que as temperaturas no interior da edificação são totalmente
misturadas, temperaturas constantes podem ser utilizadas nos ambientes interno e externo.

Para um gradiente de temperatura, assumindo que a temperatura interna na abertura inferior seja a
mesma que a temperatura externa, Tout e a temperatura interna na abertura superior seja Tin, a vazão
volumétrica de ar pode ser calculada pela equação a seguir:
∆T
Qa = Cd Ae g H (m3 / s) (C.4)
Tin + Tout

(C.5)
2 A12 A22
Ae =
A12 + A22
( )
m2

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Os valores para A1 e A2 referem-se às áreas efetivas das aberturas inferiores e superiores,


respectivamente.

Estas equações indicam resultados razoáveis para salas com abertura de entrada e saída posicionadas
nas paredes opostas relativas a elas mesmas (ver Figura C.7), e poucas obstruções ou nenhuma
poderiam impedir o livre fluxo de ar. Também, se a distância vertical entre os pontos médios das
aberturas inferior e superior H for pequena e a distância horizontal for grande, então a ventilação
induzida por flutuabilidade será reduzida e o cálculo pode ser menos preciso. Por exemplo, quando
o H for menor que a largura da sala, então um fator de segurança relacionado à ineficiência da
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ventilação deve ser aplicado (Ver C.3.6.1).

O coeficiente de descarga Cd é um valor empírico que é obtido por uma série de experimentos para
casos específicos de liberação e para tipos de aberturas específicas. Qualquer valor acima de 0,75
precisa de referências especificadas para a aplicação.

A temperatura interna deve ser maior que a temperatura externa, para obter as condições necessárias
para a ventilação induzida por flutuabilidade. Durante períodos de altas temperaturas em ambientes
externos, a temperatura interna pode se tornar menor do que a externa, a menos que existam algumas
fontes internas de calor. O gradiente de temperatura é também afetado pelo material da edificação
e para algumas construções, a temperatura interna pode ser menor que a temperatura externa sob
certas condições. Se a temperatura interna for menor que a temperatura externa, a Equação C.4 não
é aplicável.

Quanto maior for a distância entre os pontos médios das aberturas superiores e inferiores, mais efetiva
é a ventilação natural. Para a ventilação induzida por flutuabilidade, a posição mais adequada para
as aberturas de entrada é pelas aberturas inferiores das paredes opostas e, para as aberturas de
saída, pelas do topo do forro. Entretanto, quando não for possível, é recomendado que as aberturas
de entrada e saída sejam posicionadas nas paredes opostas, para proporcionar o movimento do ar
por todo o ambiente.

Em diversos casos, os requisitos de aquecimento na mais baixa temperatura ambiente podem ser
comprometidos pela ventilação natural, impondo a necessidade de reduzir ou fechar as aberturas de
ventilação. Considerações devem ser adotadas na redução das aberturas, na medida em que possam
comprometer a ventilação natural, de forma a prejudicar a diluição da atmosfera explosiva. Geralmente
todas as aberturas poderiam ser geralmente fechadas, como portas e janelas, e não convém que
aberturas ajustáveis sejam consideradas aberturas de ventilação.

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Cd = 0,75
Vazão específ ca vo umétr ca de entrada de ar Qa/Ae (m3/sm2)

2,5

m
,0
2 10
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1,5 m
5,0

,0 m
H=1

0,5

0
0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30

Fator de Temperatura [∆T/(Tin+Tout)]1/2

Figura C.6 – Vazão volumétrica de entrada de ar por m2 da área de abertura efetiva


equivalente
O gráfico da Figura C.6 tem base na Equação (C.4). Portanto, também são aplicadas as limitações de
utilização destes cálculos conforme indicadas em C.5.2.

C.5.4 Combinação de ventilação natural induzida por ventos e por flutuabilidade

As ventilações induzidas por ventos e por flutuabilidade podem ocorrer separadamente, mas são
prováveis que ocorram ao mesmo tempo. Diferenças de pressão devidas à flutuabilidade térmica
serão tipicamente resultantes da atuação da ventilação em um dia calmo e frio, e praticamente sem
vento, enquanto que pressões diferenciais criadas pelo vento provavelmente serão resultantes da
atuação da ventilação em um dia quente e turbulento. Estas forças podem se opor ou complementar
uma à outra, dependendo das posições das aberturas de entrada e saída (da ventilação induzida por
flutuabilidade) em relação à direção do vento (ver Figura C.7).

Uma avaliação com base em probabilidade deve ser aplicada considerando o clima, o diagrama das
rosas dos ventos para uma determinada localização e as possíveis temperaturas internas.

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Maior em relação ao meio


externo
A2

p 2 = p s pw
Pressão da coluna

de Vento
Pressão
de ar (ps)

(pw)
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H
Menor em relação ao
meio externo

A1

Figura C.7 – Exemplo de origem das forças resultantes de ventilação


O fluxo de ventilação causado por diferença de pressão, devido ao vento, ou diferenças de temperatura
podem também ser calculados. Para aberturas maiores projetadas para ventilação, o fluxo pode ser
obtido pela seguinte equação, utilizando a diferença de pressão em função do vento e a mudança da
densidade do ar pela média da temperatura:
2∆p
Qa = Cd Ae
ρa
(m3 / s) (C.6)

(C.7)
2 A12 A22
Ae =
A12 + A22
( )
m2

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Anexo D
(informativo)

Estimativa da extensão de zonas nas classificação de áreas


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D.1 Generalidades
Este Anexo informativo apresenta um guia para a estimativa do tipo de zona (D.2) e a extensão de
zona (D.3) relacionados com fatores relevantes, dentre os quais:
●● o grau de liberação (Anexo B),
●● a efetividade da ventilação e o grau de diluição (Anexo C), e
●● a disponibilidade de ventilação (Anexo C).

D.2 Estimativa do tipo de zona


A Tabela D.1 pode ser utilizada para a estimativa do tipo de zona para áreas internas e áreas abertas.

Tabela D.1 – Zonas em função do grau de liberação e da efetividade da ventilação

Efetividade da ventilação
Diluição
Diluição alta Diluição média
baixa
Grau da
Disponibilidade da ventilação
liberação
Boa,
Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre Satisfatória
ou Pobre
Não Zona 0 Zona 0
Zona 2 Zona 1
Contínuo classificada Zona 0 + + Zona 0
(Zona 0 ED)a (Zona 0 ED)a
(Zona 0 ED)a Zona 2 Zona 1
Não Zona 1 Zona 1
Zona 2 Zona 2 Zona 1 ou
Primário classificada Zona 1 + +
(Zona 1 ED)a (Zona 1 ED)a zona 0c
(Zona 1 ED)a Zona 2 Zona 2
Não Não Zona 1 e
Secundáriob classificada classificada Zona 2 Zona 2 Zona 2 Zona 2 mesmo
(Zona 2 ED)a (Zona 2 ED)a Zona 0c
a A zona 0 ED, zona 1 ED ou zona 2 ED indicam uma zona teórica que pode possuir uma extensão desprezível (ED)
em condições normais.
b A área de zona 2 gerada por uma liberação de grau secundário pode exceder àquela atribuída pelas liberações de
grau primário ou contínuo. Neste caso convém que a maior distância seja considerada.
c É considerado zona 0 caso a ventilação seja tão pobre e a liberação seja de tal magnitude que, na prática, uma atmosfera
explosiva de gás exista de forma contínua (isto é, se aproximando de uma condição de inexistência de ventilação).
‘+’ significa ‘circundado por’.
A disponibilidade de ventilação em espaços fechados com ventilação natural nunca pode ser considerada como boa.

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D.3 Estimativa da extensão da zona na classificação de área


A extensão da zona na área classificada, ou da região onde um gás inflamável pode ocorrer, depende
da taxa de liberação e de vários outros fatores, como as propriedades do gás e a geometria da
liberação e a geometria das áreas circunvizinhas. A Figura D.1 pode ser utilizada com um guia para a
determinação das extensões das zonas nas áreas classificadas para os diversos tipos de liberação.
Podem também ser utilizadas outras formas de cálculo ou análises adotando como base métodos
reconhecidos, tal como CFD (Computational Fluid Dynamics).
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É recomendado que a linha da liberação fugitiva apropriada seja escolhida no gráfico, adotando como
base o tipo de liberação, de acordo com o seguinte:
 a) uma liberação fugitiva não impedida com alta velocidade;
 b) uma liberação fugitiva difusa com baixa velocidade ou uma liberação fugitiva que perde força
devido à geometria da liberação ou à colisão com superfícies próximas;
 c) gases ou vapores pesados que se dispersam ao longo de superfícies horizontais, como o solo.
Extensão da zona da área c ass f cada (m)

100

Gás pesado

Difuso

Jato

10

1
0,01 0,1 1 10 100
Característica da liberação Wg/(ρg × k × LFL) (m3/s)

Figura D.1 – Gráfico para estimativa das extensões das áreas classificadas
onde
Wg
é a característica da liberação expressa em metros cúbicos por segundo (m3/s);
ρg K LIE
paM é a densidade do gás/vapor expressa em quilogramas por metro cúbico (kg/m3);
ρg =
R Ta

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K é o fator de segurança atribuído ao limite inferior de explosividade (LIE), tipicamente entre


0,5 e 1,0.

É recomendado que este gráfico não seja aplicado para zonas de extensão desprezível (ED).

As curvas são baseadas em um valor inicial de concentração zero e não se aplicam para situações de
baixa diluição em ambientes internos.

NOTA Este gráfico foi desenvolvido com base em equações contínuas e modelos selecionados em
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simulações de CFD (Computational Fluid Dynamics), assumindo uma distância de dispersão proporcional
à raiz quadrada no eixo axial X, e os resultados foram moderados para o propósito desta Norma.

A Figura D.1 não identifica zonas diferentes e convém que estas sejam analisadas com base na
ventilação em torno da fonte da liberação (ver Anexo C) e possíveis variações nas condições de
liberação.

O método de utilização do gráfico da Figura D.1 é demonstrado nos exemplos do Anexo E (ver Figura E.2,
Figura E.5, Figura E.7, Figura E.10 e Figura E.13).

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Anexo E
(informativo)

Exemplos de classificação de áreas


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E.1 Generalidades
A prática de classificação de áreas envolve o conhecimento e o comportamento dos gases e líquidos
inflamáveis, quando estes são liberados a partir de um compartimento, e sólidos critérios de engenharia,
com base em experiências e no desempenho de partes dos equipamentos de processo da planta, sob
condições especificadas. Por estas razões, não é prático a apresentação de exemplos e de figuras
para todas as variações possíveis da planta e das características dos equipamentos de processo.

Os exemplos e as figuras apresentadas não se destinam a ser aplicadas na prática, e são indicadas
somente para ilustrar um modo opcional para avaliação, como indicado nesta Norma.

E.2 Exemplos
Exemplo 1

Uma bomba industrial com selo mecânico (diafragma), instalada ao nível do solo, em ambiente externo,
para bombeamento de líquidos inflamáveis.

Características da liberação:

Substância inflamável Benzeno (CAS nº. 71-43-2)

Massa molar 78,11 kg/kmol

Limite Inferior de Explosividade, LIE 1,2 % vol (0,012 v/v)

Temperatura de autoignição (Tig) 498 °C

Densidade do gás, ρg 3,25 kg/m3 (calculada sob condições ambientes) A


densidade do gás indica a curva que convém que
seja aplicada do gráfico da Figura D.1

Fonte de liberação, SR Selo mecânico

Grau de liberação Secundário (liberação devida ao desgaste do selo)

Taxa de liberação do Líquido, W 0,19  kg/s, determinada considerando um coefi-


ciente de descarga Cd  =  0,75, uma área equiva-
lente a um furo S  = 5 mm2, densidade do líquido
ρ = 876,5 kg/m3 e um diferencial de pressão de
Δp = 15 bar NOTA Informação obtida de um código
industrial.

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Taxa de liberação do gás, Wg 3,85  ×  10–3  kg/s, definida considerando a fração


do líquido vaporizado a partir do ponto de liberação
(2 % de W); o restante do líquido é drenado para o
sistema de águas oleosas
Características de liberação, Wg/(ρg x k × LIE) 0,1 m3/s
Fator de segurança, k 1,0
Características do local:
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Local externo Área não obstruída


Pressão ambiente, pa 101.325 Pa
Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)
Velocidade da ventilação, uw 0,3 m/s
Disponibilidade da ventilação Boa (velocidade do vento sob condições meteoro-
lógicas de calmaria)
Efeitos da liberação:
Grau de diluição (ver Figura E.1) Médio
Tipo de zona Zona 2
Grupo do gás e classe de temperatura IIA, T1
Ve oc dade da vent ação uw (m/s)

10

Diluição
alta
1

Diluição
média

0,1

Diluição
baixa
0,01

0,001
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Característica da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.1 – Grau de diluição (Exemplo n° 1)

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Extensão da área c ass f cada (m)

100

Gás pesado

Difusão
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Jato

10

1
0,01 0,1 1 10 100
Características da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.2 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 1)


Classificação da área:

A Figura E.3 apresenta a vista frontal da instalação. A figura é com base em vapores mais pesados
que o ar; a distância vertical é menor do que a horizontal como indicado na Figura A.5.
3,0 m
Sem escala

Nível de solo
1,5 m

SR

Nível de solo

Fonte de liberação Depressão

Zona 1

Zona 2

NOTA A classificação mais rigorosa da depressão é devida à baixa taxa de diluição

Figura E.3 – Definição das zonas (Exemplo n° 1)

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Exemplo 2

Uma bomba industrial com selo mecânico, instalada ao nível do solo, em ambiente interno, para
bombeamento de líquidos inflamáveis

Característica da liberação:

Substância inflamável Produto líquido à base de benzeno

Massa molar 78,11 kg/kmol


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Limite inferior de explosividade, LIE 1,2 % vol (0,012 v/v)

Temperatura de autoignição (Tig) 498 °C

Densidade do gás, ρg 3,25 kg/m3 (calculada sob condições ambientais) A


densidade do gás indica a curva que convém que seja
aplicada do gráfico da Figura D.1

Fonte de liberação, FL Selo mecânico

Grau de liberação Secundário (liberação devido ao selo)

Taxa de liberação do Líquido, W 0,19 kg/s, determinada considerando um coeficiente de


descarga Cd = 0,75, para uma área equivalente a um
furo S = 5 mm2, densidade do líquido ρ = 876,5 kg/ m3
e um diferencial de pressão de Δp = 15 bar

Taxa de evaporação de líquido, We 3,85  × 10–3 kg/s, definida considerando a fração do


líquido vaporizado a partir do ponto de liberação
(2  %  de  W); o restante do líquido é drenado para
o sistema de águas oleosas

NOTA Informação obtida de um código industrial

Taxa de liberação volumétrica do gás, Qg 1,19 × 10–3 m3/s

Características de liberação, Wg/(ρg × k × LIE) 0,2 m3/s

Fator de segurança, k 0,5 (devido à elevada incerteza relacionada ao LIE)

Características do local:

Local interno Edificação com ventilação natural (por vento)

Pressão atmosférica, pa 101.325 Pa

Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Tamanho do invólucro, C × L × A = V0 6,0 m × 5,0 m × 5,0 m = 150,0 m3

Fluxo de ar, Qa 306 m3/h (0,085 m3/s)

Disponibilidade do fluxo de ar Boa, definida considerando as piores condições


ambientais (velocidade do vento na condição
meteorológica de calmaria)

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Velocidade da ventilação, uw 0,003 m/s, estimado por Qa/(C × A)

Concentração crítica, Xcrit 0,003 v/v, igual a (0,25 × LIE)

Efeitos da liberação:

Fator de (in)eficiência da ventilação, f 5

Concentração preexistente, Xb 0,07 v/v


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Comparação de concentrações Xb > Xcrit

Tempo requerido para atingir Xcrit, td 7,67 h (margem de segurança igual para f)

Grau de diluição (ver Figura E.4) Baixo (também devido a Xb > Xcrit)

Tipo de zona(s) Zona 1

Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA,T1


Ve oc dade de vent ação uw (m/s)

10

Diluição
alta
1

Diluição
média
0,1

Diluição
baixa
0,01

0,001
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Característica da diluição Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.4 – Grau de diluição (Exemplo n° 2)


O procedimento para estimar o grau de diluição pela utilização do gráfico não é necessário neste
caso porque a concentração preexistente dentro do espaço fechado é maior do que a crítica
(Xb > Xcrit). Desta forma, o grau de diluição precisa ser informado como “baixo”. A Figura 4 confirma
esta avaliação.

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Extensão da área c ass f cada (m)

100

Gás pesado

Difusão
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Pluma da
liberação
fugitiva
10

1
0,01 0,1 1 10 100
Características da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.5 – Extensão da área classificada (Exemplo nº 2)


Extensão da zona (ver Figura E.5), com r = 4,0 m (aproximadamente)

Classificação de áreas:

A extensão da área classificada resultante do cálculo incorpora o volume do ambiente interno consi-
derando as comparações entre as concentrações, e o tempo requerido para atingir os valores críticos
após cessar a liberação. Convém que as aberturas, se existirem, sejam consideradas como potenciais
fontes de liberação.

Se o fluxo de ar puder ser aumentado, então o grau de diluição pode ser considerado como “médio” e
a extensão da zona pode ser menor e talvez reduzida de zona 1 para zona 2.

Exemplo 3

Vapores de uma válvula de alívio em ambiente aberto, de um vaso de processo.

Características de liberação:

Substância inflamável Benzeno (CAS no. 71-43-2)

Massa molar 78,11 kg/kmol

Limite inferior de explosividade, LIE 1,2 % vol (0,012 v/v)

Temperatura de autoignição (Tig) 498 °C

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Densidade do gás, ρg 3,25 kg/m3 (calculada sob condições ambientais) A


densidade do gás indica a curva que convém que seja
aplicada do gráfico da Figura D.1

Fonte de liberação, FL Válvula de alívio

Grau de liberação Primário (enchimento de vaso de processo)

Taxa de liberação do gás, Wg 4,50 × 10–3  kg/s (dado técnico do fabricante)


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Características de liberação, Wg /(ρg × k × LIE) 0,12 m3/s (k = 1,0)

Grau de liberação Secundário (falha do dispositivo de vedação)

Taxa de liberação, Wg 4,95 × 10–2 kg/s (dado técnico do fabricante)

Característica de liberação, Wg /(ρg × k × LIE) 1,27 m3/s (k = 1,0)

Características do local:

Local externo Área não obstruída

Pressão atmosférica, pa 101.325 Pa

Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Velocidade da ventilação, uw 1,0 m/s

Disponibilidade da ventilação Boa, definida considerando as piores condições


ambientais (velocidade do vento na condição
meteorológica de calmaria)

Efeitos das liberações:

Grau de diluição (ver Figura E.6) Médio

Tipo de zona(s) Zona 1 + zona 2

Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA, T1

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Ve oc dade de vent ação uw (m/s)

10

Diluição
alta
1
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Diluição
média
0,1

Diluição
baixa
0,01

0,001
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Característica da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.6 – Grau de diluição (Exemplo nº 3)


Extensão da área c ass f cada (m)

100

Gás pesado

Difusão

Pluma da
liberação
fugitiva
10

1
0,01 0,1 1 10 100
Características da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.7 – Extensão da área classificada (Exemplo nº 3)

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Extensão das zonas, (r) grau de liberação primário = 1,5 m; grau de liberação secundário = 5,0 m.

Classificação das áreas:

Considerando os parâmetros utilizados, as áreas classificadas indicadas a seguir são específicas para
as características desta válvula de alívio (ver Figura E.7).
Sem escala
5,0 m
IIA T1
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1,5 m

FL

Nível do solo

Fonte de liberação
Zona 1
Zona 2

Figura E.8 – Classificação de áreas (Exemplo nº 3)


Exemplo 4

Válvula de controle em ambiente congestionado, instalada em um sistema fechado de tubulação de


processo, para transporte de gases inflamáveis.

Características da liberação:

Substância inflamável Mistura de gases com predominância de propano

Massa molar 44,1 kg/kmol

Limite inferior de explosividade, LIE 1,7 % vol (0,017 v/v)

Temperatura de autoignição (Tig) 450 °C

Densidade do gás, ρg 1,83 kg/m3 (calculado sob condições ambientais)


A densidade do gás indica a curva que convém
que seja aplicada do gráfico da Figura D.1

Fonte de liberação, FL Haste de válvula com gaxeta

Grau de liberação Secundário (liberação da vedação)

Taxa de liberação do gás, Wg 5,57 × 10–3 kg/s, determinado considerando uma


pressão de operação p  =  10  bar, temperatura
T = 15 °C, para uma área equivalente a um furo
S = 2,5 mm2, fator de compressibilidade Z = 1 e
índice politrópico γ = 1,1 e coeficiente de descarga
Cd = 0,75

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Fator de segurança, k 0,8 (devido à incerteza relacionada ao LIE)

Características de liberação, Wg /(ρg × k × LIE) 0,22 m3/s

Características do local:

Local externo Área não obstruída

Pressão atmosférica, pa 101 325 Pa


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Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Velocidade da ventilação, uw 0,3 m/s

Disponibilidade da ventilação Boa, definida considerando as piores condições


ambientais (velocidade do vento na condição
meteorológica de calmaria)

Efeitos da liberação:

Grau de diluição (ver Figura E.9) Médio

Tipo de zona(s) Zona 2

Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA, T1


Ve oc dade de vent ação uw (m/s)

10

Diluição Diluição
alta média
1

0,1

Diluição
baixa
0,01

0,001
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Característica da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.9 – Grau de diluição (Exemplo nº 4)

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Extensão da área c ass f cada (m)

100

Gás pesado

Difusão
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Pluma da
liberação
fugitiva
10

1
0,01 0,1 1 10 100
Características da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.10 – Extensão da área classificada (Exemplo nº 4)


Extensão das zonas (ver Figura E.10), (r) extensão da zona de 1,0 m a 2,0 m devido às características
circunvizinhas por exemplo, ser uma liberação de pluma por liberação fugitiva com ou sem obstáculos).

Classificação das áreas:

Considerando os parâmetros utilizados, a área classificada indicada a seguir é específica para as


características desta válvula de controle.
2,0 m Sem escala
[1]
1,0 m
[2]

FL

IIA T1

Nível do solo

Fonte de liberação [1] Difusão

Zona 2 [2] Dispersão por pluma da


liberação fugitiva

Figura E.11 – Classificação de áreas (Exemplo nº 4)

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Exemplo 5

Sistema fechado de tubulação de processo, localizado em ambiente interno, para transporte de gases
inflamáveis.

Características das liberações:

Substância inflamável Condensado de gás natural de poços de petróleo

Massa molar 20 kg/kmol


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Limite inferior de explosividade, LIE 4,0 % vol (0,04 v/v)

Temperatura de autoignição (Tig) 500 °C

Densidade do gás, ρg 0,83 kg/m3 (calculado sob condições ambientais)


A densidade do gás indica a curva que convém
que seja aplicada do gráfico da Figura D.1

Múltiplas fontes de liberação, MFL

 a) grau de liberação Contínuo (emissões fugitivas)

—— tipo Acessórios de dutos (descontinuidades ao longo


da tubulação)

—— taxa de liberação por unidade, Wg 1 × 10–9 kg/s (dados técnicos de laboratório)

—— taxa de liberação volumétrica por unidade, Qg 1,2 × 10–8 m3/s

—— número de liberações 10

 b) grau de liberação Primário

—— tipo Vedação de partes móveis de baixa velocidade


(gaxeta de válvula de controle)

—— taxa de liberação por unidade, Wg 1,5 × 10–6 kg/s (dados técnicos do fabricante)

—— taxa de liberação volumétrica por unidade, Qg 1,8 × 10–6 m3/s

—— número de fontes de liberação 3

 c) grau de liberação Secundário

—— tipo Vedação de partes fixas (flange com junta de fibra)

—— taxa de liberação por unidade, Wg 1,95 × 10–3  kg/s, determinada considerando uma


pressão de operação p = 5 bar, uma temperatura
T = 15 °C, para uma área equivalente a um furo
S  =  2,5  mm2, fator de compressibilidade Z  =  1,
índice politrópico γ = 1,1 e coeficiente de descarga
Cd = 0,75

—— taxa de liberação volumétrica por unidade, Qg 2,35 × 10–3 m3 /s

—— número de fontes de liberação 1, a maior delas

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Características do local:

Locais internos Edificação com ventilação natural (pelo vento)

Pressão atmosférica, pa 101 325 Pa

Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Tamanho da edificação, C × L × A = V0 2,5 m × 2,5 m × 3,5 m = 21,9 m3


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Fluxo de ar, Qa 266,4 m3/h (0,074 m3/s)

Disponibilidade da ventilação Boa, definida considerando as piores condições


ambientais (velocidade do vento na condição
meteorológica de calmaria)

Fator de (in)eficiência da ventilação 3

Velocidade da ventilação uw 0,008 m/s, estimado por Qa / (C × A)

Concentração crítica, Xcrit 0,01 v/v, igual a (0,25 × LIE)

Efeitos de múltiplas fontes de liberação:

Grau de liberação Contínuo

somatória das taxas de liberação, Σ Wg 1,0 × 10–8 kg/s

somatória das taxas de liberação volumétricas, Σ Qg 1,2 × 10–8 m3/s

concentração preexistente, Xb 4,88 × 10–7 v/v

comparação de concentrações Xb << Xcrit

característica de liberação Wg /(ρg × k × LIE) 6,01 × 10–8 m3/s

fator de segurança, k 0,5 (devido à incerteza do LIE)

grau de diluição Alto

tipo de zona (s) Zona 0 ED

Grau de liberação primário e contínuo

somatória das taxas de liberação Σ Wg 4,5 × 10–6 kg/s

somatória das taxas de liberação volumétricas, Σ Qg 5,42 × 10–6 m3/s

concentração preexistente, Xb 2,2 × 10–4 v/v

comparação de concentrações Xb << Xcrit

característica de liberação Wg /(ρg × k × LIE) 9,02 × 10–5 m3/s

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fator de segurança, k 0,5 (devido à incerteza do LIE)


grau de diluição Alto
tipo de zona (s) Zona 1 ED
Grau de liberação secundário, primário e contínuo
somatória das taxas de liberação, Σ Wg 2,18 × 10–3 kg/s
somatória das taxas de liberação volumétricas, Σ Qg 2,63 × 10–3 m3/s
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concentração preexistente, Xb 0,103 v/v


comparação de concentrações Xb > Xcrit
tempo requerido para atingir Xcrit, td 0,57 h (margem de segurança igual para f)
fator de segurança, k 0,5 (devido à incerta do LIE)
característica de liberação Wg /(ρg × k × LIE) 0,13 m3/s
grau de diluição (ver Figura E.12) Baixo (devido a Xb > Xcrit )
tipo(s) de zona Zona 1
Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA, T1
Ve oc dade de vent ação uw (m/s)

10

Diluição
alta
1

Diluição
média
0,1

Diluição
baixa
0,01

0,001
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Característica da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.12 – Grau de diluição (Exemplo nº 5)

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O procedimento para estimar o grau de diluição pela utilização do gráfico não é necessário neste caso
porque a concentração preexistente dentro do espaço fechado é maior do que a concentração crítica
(Xb > Xcrit). Então, o grau de diluição precisa ser informado como “baixo”. A Figura E.4 indica que o
ponto de interseção está dentro da área de “diluição média”, mas próximo da linha divisória. Admitindo
as incertezas do método, isto demonstra que a avaliação acima é adequada.
Extensão da área c ass f cada (m)

100
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Gás pesado

Difusão

Pluma da
liberação
10 fugitiva

1
0,01 0,1 1 10 100
Características da liberação Wg/(ρg × k × LIE) (m3/s)

Figura E.13 – Extensão da área classificada (Exemplo Nº. 5)


Extensão da zona (ver Figura E.13), (r) extensão da zona é 1,5 m devido às características circunvizinhas
(isto é, liberação da pluma da liberação fugitiva com ou sem obstáculos).

Classificação de áreas:

O resultado da classificação de áreas deve englobar o volume completo do ambiente interno, porque
a concentração preexistente excede a concentração crítica, e o tempo para atingir esta concentração
crítica, após cessar a liberação, é significativo.

E.3 Exemplo de estudo de caso de classificação de áreas


O exemplo a seguir tem como objetivo ilustrar o método de classificação de áreas e a forma de
apresentação das zonas. As características das zonas podem variar bastante, dependendo dos detalhes
específicos da instalação ou de procedimentos aplicáveis. Este exemplo foi adotado porque inclui uma
variedade de formas de liberação, que são frequentemente encontrados na prática, separadamente ou
em várias combinações ou em diferentes contextos. A unidade de compressão, neste exemplo, deve
ser considerada apenas como uma orientação para o método estabelecido nesta Norma.

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O exemplo representa uma unidade de compressão que opera com gás natural (ver Figura E.14).
A unidade de compressão é composta por pacotes de conjuntos montados (SKID) que consistem
em uma turbina a gás, compressor, resfriador de ar, tubulações de processo, lavadores de gases de
exaustão, garrafas de pulsação e equipamentos auxiliares.

Neste exemplo, a turbina a gás e o compressor são projetados para serem instalados em um abrigo
com ventilação natural, com o ar entrando através de aberturas na parte inferior e uma frontal e saindo
através de uma abertura na parte superior (ver Tabela E.1).
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A parte externa da instalação é constituída por resfriadores de ar combinados com água de refrigeração
e trocadores de calor do processo de gás, tubulações, válvulas (fechamento de emergência, bloqueio
e controle), lavadores de gases de exaustão etc.

As substâncias inflamáveis que aparecem neste exemplo são indicadas na Tabela E.2:

 1) Gás de processo (gás natural com 80 % vol metano),

 2) Condensado do gás de processo coletado nos lavadores e automaticamente drenado em direção
à caixa de coleta (principalmente hidrocarbonetos pesados, em quantidades que são determinadas
pelo respectivo estado de equilíbrio de cada estágio de compressão),

 3) O combustível da turbina a gás e o gás de partida (gás natural seco com qualidade de gasoduto,
mínimo de 96 % v/v de metano),

 4) Vários produtos químicos aplicados no processo, por exemplo, inibidores de corrosão e aditivos
anticongelamento.

As fontes de liberação que aparecem no exemplo estão indicadas na Tabela E.2;

 1) Alívio do gás de partida (uma fonte esperada que gera uma liberação de grau primário; acontece
a cada partida da máquina),

 2) Alívio de abatimento do compressor (fonte esperada que gera uma liberação de grau primário;
acontece a cada despressurização do compressor em carga),

 3) Alívio da válvula de desligamento da turbina a gás (fonte esperada que gera uma liberação de grau
primário (acontece a cada desligamento do compressor quando a entrada de gás é bloqueada
e o gás contido é enviado para a atmosfera),

 4) Alívio da válvula de pressão (fonte não esperada que tipicamente gera uma liberação de grau
secundário; acontece se a pressão a montante aumenta para um valor superior ao ponto de ajuste
(set point); geralmente um dispositivo de segurança de desligamento é instalado no sistema de
proteção do compressor para desligar antes da válvula de alívio de segurança abrir e, portanto,
geralmente não é recomendado que seja considerado como a fonte que gera uma liberação de
grau primário; ver B.2.2 e B.2.3),

 5) Alívio das hastes dos pistões do compressor (fonte que tipicamente gera uma liberação de grau
primário, contudo, em caso de dúvida sobre monitoramento, controle e qualidade da manuten-
ção, este alívio pode ser considerado como uma fonte que gera liberação de grau contínuo,
ver B.2.2 e B.2.3),

 6) Turbina de gás, compressor e refrigeradores (fonte esperada de liberação que gera uma liberação
de grau secundário),

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 7) Lavadores de gás de processo e drenos (fontes que geram liberação de grau secundário da fase
líquida).

 8) Válvulas internas e externas ao abrigo (fontes que geram liberação de grau secundário).

 9) Conexões de tubulações (fontes que geram liberação de grau secundário).

As taxas de liberação deste exemplo são avaliadas conforme a seguir:


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 1) Para o gás de partida, é a taxa do fluxo de gás como indicado nas listas de dados do fabricante
para partidas pneumáticas,

 2) Para válvula de abatimento, é o gás pressurizado contido nos cilindros dos compressores, lava-
dores, garrafas de pulsação e tubulação de processo,

 3) Para válvulas de alívio de parada da turbina de gás, é o gás contido nas linhas de combustíveis
e cilindros,

 4) Para válvulas de alívio de despressurização, é a taxa do fluxo de gás indicada nas listas de
dados do fabricante para o respectivo ponto de ajuste de pressão, ou das taxas de fluxo de gás
calculado de acordo com B.7.1.2.1, B.7.1.2.2, ou por meio de outras estimativas.

 5) Para todas as outras fontes de liberação, as taxas de fluxo de gás são calculadas de acordo com
B.7.1.2.1, B.7.1.2.2, ou por meio de outras estimativas.

1 - Aberturas de saída do ar de ventilação


2 - Alívio do gás de partida
3 - Alívio de abatimento do compressor (blowdown)
4 - Alívio da válvula de desligamento do gás combustível
2 5 & 5a - Alívio da válvula de despressurização
Saída de ar 1
3 6 - Alívio das hastes dos pistões do compressor
4
5a
5
6
H2

V0
H1
H

Entrada
de ar

Ar Resfriador de ar

Figura E.14 – Compressor de processamento de gás natural abrigado

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Tabela E.1 – Instalação do compressor de processamento de gás natural (continua)

Orientação para classificação de áreas em instalação abrigada


01 Quais são as substâncias Gás de processo, gás condensado coletado dentro dos
inflamáveis envolvidas? lavadores dos interestágios da unidade de compressão,
combustível do compressor e gás de partida.
02 A composição destas É conhecida a composição de processo do combustível e
substâncias é conhecida? gás de partida, mas não é conhecido do gás condensado
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de processo. Pode ser assumido que esta é uma mistura de


hidrocarbonetos pesados, principalmente pentano e hexano
com água.
03 Quais são os valores —— para o gás de processo: LIE = 0,04;
dos limites inferiores
de explosividade (LIE), —— para o combustível e gás de partida: LIE = 0,05;
com grau de certeza
razoável, das substâncias —— para o gás condensado: LIE = 0,013 a 0,08 dependendo do
inflamáveis desta estágio da compressão.
instalação?
04 Quais as fontes de Conexões de tubulação dos acionadores a gás, compressores,
liberação internas ao lavadores e tubulações assim como as conexões dos
abrigo? instrumentos locais.
05 Quais são os graus de Os graus de liberação são todos secundários. É esperado
liberação? que não exista gás na edificação sob condições normais de
operação devido à instalação ser bem monitorada e mantida.
06 Quais seriam as fontes Os compressores alternativos raramente liberam pelos cilindros.
de liberação mais No entanto, eles são máquinas que vibram com a tubulação do
significativas nestas processo exposto a esforços dinâmicos e térmicos. Portanto,
condições? qualquer conexão de tubulações pode ser uma fonte de
liberação.
Outra fonte real de liberação pode ser a válvula de respiro do
cárter do compressor. Quando o invólucro do embolo da haste
desgasta ou quebra, então o gás comprimido pode ser liberado
do bloco do motor (blow-by), entrar no cárter e, em seguida
liberar pela válvula de respiro para a área circundante.
Podem existir outras fontes de liberação que têm que ser analisadas.
Algumas podem não ser evidentes e permanecer ocultas por algum
tempo gerando dúvidas sobre o grau de liberação.
07 Como as liberações Aquela que gerar a maior taxa de liberação, por exemplo, no
das fontes de grau segundo estágio de compressão que gera a maior pressão,
secundárias não são considerar o orifício de 2,5 mm2 (ver Tabela B.1)
somadas, qual delas —— M = 21,6 kg/kmol;
convém que seja
escolhida para esta —— γ = 1,2;
análise?
—— p = 51 bar;

—— T = 422 K (máxima temperatura absoluta de trabalho


permitida).

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Tabela E.1 (continuação)

Orientação para classificação de áreas em instalação abrigada


08 Ao assumir que a maior Desde que a pressão de operação indique uma liberação
liberação ocorre em uma sônica, o resultado deve ser:
gaxeta defeituosa, qual Wg ≈ 1,54 × 10–2 kg/s; com Cd sendo 0,75 e S como 2,5 mm2
é a taxa de liberação (ver Equação B.4)
correspondente?
Qg≈1,85 × 10–2 m3/s
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09 É possível que a Sim, a ventilação natural induzida ascendente será sempre


ventilação natural do possível, mesmo durante os dias quentes de verão, porque
abrigo esteja presente o calor dissipado pelas máquinas e compressores irá manter
para todas as condições constantemente a temperatura interna acima da temperatura do
ambientais ao longo ambiente. A configuração do abrigo também permitirá a entrada
do ano? do vento para melhorar a ventilação não importando a direção
que ele está soprando.
10 Quais são as —— Comprimento do abrigo: L = 12 m
características
geométricas da —— Largura do abrigo: B = 12 m
edificação?
—— Altura total do abrigo: H = 8,0 m

—— Volume total sob análise: V ≈ 1 000 m3

—— Volume sob consideração: V0 ≈ 0,80 = 800 m3; V0 é um volume


menor do que V (volume total sob análise), onde é retirado o
volume dos equipamentos e utilizado como uma aproximação.

—— Área total efetiva das aberturas de entrada de ar: A1 = 30 m2

—— Área total efetiva das aberturas de saída de ar: A2 = 24 m2

—— Distância vertical entre os centros das aberturas de entrada


e saída de ar traseiras: H1 = 7,0 m

—— Distância vertical entre os centros das aberturas de entrada


e saída de ar frontais: H2 = 5,4 m

—— Distância vertical média entre os centros das aberturas:


Ha = 6,2 m
11 Qual é a área equivalente Ae≈ 26,5 m2 (ver C.5.2)
efetiva da abertura
inferior?
12 Quais são as temperaturas —— Temperatura média interna absoluta: Tin = 316 K
nas condições mais
desfavoráveis? —— Temperatura externa absoluta: Tout = 313 K
13 Qual é a vazão Qa ≈ 10, 7 m3 / s ; com Cd sendo 0,75 (ver Equação C.4)
volumétrica de ar limpo?

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Tabela E.1 (continuação)

Orientação para classificação de áreas em instalação abrigada


14 Qual é o número de trocas Q
de ar por hora dentro do C = a ≈ 48 h −1
V0
volume sob consideração?
O número de 48 trocas de ar por hora foi escolhido para a
finalidade deste exemplo, para ilustrar condições com muitas
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correntes de ar, e pode não ser aplicável nas condições de uma


situação real.
15 Qual é a velocidade da É recomendado que a velocidade da ventilação seja calculada
ventilação? pela relação do fluxo de ar com a seção transversal, que é
horizontal:
Qa
uw = ≈ 0, 075 m / s
L×B

16 Qual é a concentração f × Qg
inicial dentro do volume Xb = ≈ 0,18 % ≈ 4, 5 % LFL (Ver Equação C.1)
CV0
sob consideração?
17 Qual é a característica da Wg
liberação? ≈ 0, 5 m3 / s
ρgk LFL
; definindo k igual a 1,0

Desde que a condição do fluxo de ar indique o movimento


ascendente do ar não existe qualquer razão para aplicar um
fator mais restritivo de (in)eficiência da ventilação do que 1,0.
18 Qual é o grau de diluição? Ver o gráfico na Figura C.1 e encontrar a interseção dos valores
dos eixos X e Y. O valor encontrado do grau de diluição é “Média”.
19 A concentração Não, ela é 4,5 % do LIE.
preexistente é maior do Considerando a resposta, o grau de diluição pode ser
que 25 % do LIE? considerado como “Média”.
20 Qual é a disponibilidade É recomendado que a disponibilidade de ventilação natural em
da ventilação? espaços fechados nunca seja considerada como boa devido às
incertezas das variações naturais. Então, temos que considerar
a disponibilidade como “Satisfatória”.
21 Qual será o tipo de zona Considerando os graus de liberação, o grau de diluição e a
dentro do abrigo? disponibilidade da ventilação, o interior do abrigo é considerado
como zona 2 (ver Tabela D.1)
22 Existe alguma abertura Sim, a abertura na cobertura.
que possa ser É uma abertura do tipo A.
considerada como uma
fonte de liberação?

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Tabela E.1 (conclusão)

Orientação para classificação de áreas em instalação abrigada


23 Qual é a taxa mássica de Wg = u2 A2 ρg X b = uw L B ρg X b
liberação do gás através
desta abertura? Wg ≈ 1,54 × 10–2 kg/s;
O resultado é o mesmo que o obtido pela Equação (B.4) que
está em conformidade com a Lei de Conservação de Massas.
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24 Qual é o grau de diluição? Novamente, o grau de diluição é obtido pela utilização do


gráfico da Figura C.1, exceto que a velocidade de ventilação
“uw” é agora a velocidade do vento. Assumimos que 1,0 m/s
é uma aproximação realista considerando a altura da abertura
acima do piso (ver Tabela C.1). O grau de diluição continua
sendo considerado como “Média”.
25 Qual é a área classificada A área classificada deve, aparentemente, ser zona 2
em torno da abertura? (ver Figura E.15)
26 Qual é a extensão da área A extensão da área classificada pode ser estimada pela
classificada em torno da aplicação do método indicado no Anexo D (ver Figura D.1).
abertura? Considerando a posição da fonte de liberação não há qualquer
necessidade para muito conservadorismo e a curva inferior
pode ser uma escolha lógica. As extensões de risco no gráfico
indicam acima de 1,0 m, desta forma, a zona possuirá uma
extensão de 1,5 m (ver Figura E.15).
27 Conclusão Toda a área sob o abrigo é zona 2. Não existe qualquer
necessidade de ampliar a zona na parte superior das paredes
exceto na cobertura onde a mistura de ar e gás pode escapar
como resultado da ventilação natural induzida por flutuabilidade
(ver Figura E.15 e Figura E.16).

Considerações similares podem ser aplicadas para outras fontes potenciais de liberação citadas neste
estudo de caso.

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Tabela E.2 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 1 – Lista de substâncias inflamáveis e suas

86
características

Folha 1 de 3

Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso) F guras
Área: E.2, E.2a

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Substâncias inflamáveis Volatilidade a LIE Características Ex

Nome Composição Massa Densidade Índ ce Ponto Temperatura Ponto Pressão vol (kg/m3) Grupo e Classe de Qualquer
molar relativa politrópico de de ignição de de vapor (%) subgrupo temperatura outra
ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

(kg/kmol) gás/ar de expansão fulgor (°C) ebulição 20 °C informação


adiabática (°C) (°C) ou
(kPa)
γ observação
mportante

80 % v./v.
CH4+
Gás de
1 Hidrocarbonetos 21,6 0,8 1,2 – >400 – – 4,0 0,036 IIA T2
processo
com peso
molecular leve

Gás Iso- e normal 1,3 0,025 Os valores


2 condensado pentano, hexano 46 >3,0 – <30 <300 <50 Desconhecido até até IIA T3 são
de processo e heptano 8,0 0,153 est mados

96 % v./v.
Gás CH4+
3 combustível Hidrocarbonetos 16,8 0,6 1,3 – >500 – – 5,0 0,035 IIA T1
e de part da com peso
molecular leve
a Geralmente, os valores de pressão de vapor são fornecidos, mas em sua ausência, o ponto de ebulição também indica a volatilidade.
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Tabela E.3 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 2 – Lista das fontes de liberação (1 de 2) (continua)

Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso) F guras
Área: E.2, E.2a

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Fonte de liberação Ventilação

Descr ção Loca zação Grau de Taxa de Característ ca Referênc ab Temperatura Estadoc T pod Grau de D spon b dade T po Extensão da zona Referênc af Qua quer
beraçãoa beração de beração e pressão de d u çãoe de (m) outra
(kg/s) 3
(m /s) operação zona nformação
0-1-2 ou
(°C) (kPa) Vert ca Hor zonta observação
mportante

Abertura de 1,54 ×
1 Cobertura S 0,5 1 – 101.325 G N Méd o Boa 2 1,5 1,5
ar externo

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10–2

Vá vu a
9,0 9,0 Informação
de a ív o Ac ma do
2 P 0,5 16 3 25 1 000 G N Méd o Boa 1 da saída da saída do
do gás de teto
do a ív o do a ív o fabr cante
part da

Un dade de 8,0 8,0 L beração


Ac ma do
3 retenção do P 1,75 52 1 35 5 000 G N Méd o Boa 1 da saída da saída de vo ume
teto
compressor do a ív o do a ív o m tado

Vá vu a
6,0 6,0 L beração
de a ív o Ac ma do
4 P 0,25 7,7 3 25 50 G N Méd o Boa 1 da saída da saída de vo ume
do gás teto
do a ív o do a ív o m tado
combustíve

3,0 3,0 Operação


Vá vu a de Ac ma do 1,8 ´
5 S 0,54 1 149 2 800 G N Méd o Boa 2 da saída da saída
segurança teto 10-2
do a ív o do a ív o reduz do

3,0 3,0 Operação


Vá vu a de Lavador de 1,8 ´
5a S 0,54 1 50 5 500 G N Méd o Boa 2 da saída da saída
segurança gases 10-2
do a ív o do a ív o reduz do
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Tabela E.3 (continuação)

88
Folha 2 de 3

Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso) F guras
Área: E.2, E.2a

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Fonte de liberação Ventilação

Descr ção Loca zação Grau de Taxa de Característ ca Referênc ab Temperatura Estadoc T pod Grau de D spon b dade T po Extensão da zona Referênc af Qua quer
beraçãoa beração de beração e pressão de d u çãoe de (m) outra
(kg/s) 3
(m /s) operação zona nformação
ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

0-1-2 ou
(°C) (kPa) Vert ca Hor zonta observação
mportante

A ív o das
1,5 1,5
hastes dos Ac ma do 0 ou
6 P/C 1,0 × 10-2 0,3 1 25 101, 325 G N Méd o Boa da saída da saída
p stões do teto 1
do a ív o do a ív o
compressor

Dentro do Inter or Inter or do


7 Motor a gás S 1,54 × 10-2 0,5 3 25 50 G N Méd o Boa 2
abr go do abr go abr go

Dentro do 200 até Inter or Inter or do


7ª Compressor S 1,54 × 10-2 0,5 1 149 G N Méd o Boa 2
abr go 5 000 do abr go abr go

3,0 3,0
2 500
Vent ador Em frente do do
7b S 1,8 × 10-2 0,54 1 50 até G N Méd o Méd o 2
de ar ao abr go resfr ador resfr ador
5 000
de ar de ar
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Tabela E.3 (2 de 2) (conclusão)

Folha 3 de 3
Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso) F guras
Área: E2, E.2a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Fonte de liberação Ventilação
Temperatura Extensão da zona Qua quer
Taxa de Característ ca e pressão T po outra
Grau de de (m) nformação
Descr ção Loca zação beração de beração Referênc ab de operação Estadoc T pod Grau de D spon b dade
e Referênc af
beraçãoa d u ção zona ou
(kg/s) (m3/s) 0-1-2 observação
(°C) (kPa) Vert ca Hor zonta
mportante
Lavador
Inter or do 0,93 × Inter or do Inter or do
8 de gás de S 0,4 1 50 2 500 L N Méd o Méd o 2
abr go 10-2 abr go abr go
processo

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3,0 3,0
Lavador
Exter or ao 0,93 × dos dos
8a de gás de S 0,4 2 50 5 000 L N Méd o Méd o 2
abr go 10-2 avadores avadores
processo
de gases de gases
2 500
Inter or do 1,8 × até Inter or do Inter or do
9 Vá vu as S 0,54 1/2/3 50 G/L N Méd o Méd o 2
abr go 10-2 abr go abr go
5 000
2 500 3,0 3,0
Exter or ao 1,8 ×
9a Vá vu as S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Méd o Méd o 2 das das
abr go 10-2
5 000 vá vu as vá vu as
Conexões 2 500
Inter or do 1,8 × Inter or do Inter or do
10 de S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Méd o Méd o 2
abr go 10-2 abr go abr go
tubu ação 5 000
3,0 3,0
Conexões 2 500 das das
Exter or ao 1,8 ×
10a de S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Méd o Méd o 2 conexões conexões
abr go 10-2
tubu ação 5 000 das das
tubu ações tubu ações
a C – Contínuo P – Primário S – Secundáriob Citar o número constante da lista da Parte 1
b G – Gás L – Líquido GL – Gás Liquefeito S – Sólido
c
d Ver Anexo C
e ndicar a norma de referência utilizada ou referência de cálculo
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89
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90
Fora de escala

1 – Abertura de saída de ar para ambiente externo


Zona 1
2 – Saída da válvula de alívio do gás de partida

3 – Saída da unidade de retenção do compressor


Zona 2 4 – Saída da válvula de alívio do gás combustível
9,0 5 & 5a – Saída da válvula de segurança

6 – Ventilação da embalagem da haste do pistão do compressor

8,0

1 2
1,5 6,0
3 3,0
3,0
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4 1,5
5a
5

V0 Lavador de
gás
3,0 3,0

Entrada
Motor a gás Compressor de ar

Pressão do
vento na IIA T3
3,0

entrada do ar
(p w ) Ventilador

Figura E.15 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural (planta em corte)
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6,0
3,0
4

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L

3,0

9,0

B
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Figura E.16 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural (planta baixa)
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91
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Anexo F
(informativo)

Fluxograma para elaboração de classificação de áreas


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F.1 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas


A Figura F.1 apresenta um fluxograma para a elaboração de classificação de áreas.

Início

O recipiente contém substâncias inflamáveis

O recipiente contém uma quantidade de substâncias


inflamáveis, que é capaz de produzir um volume Não
significativo de gás na atmosfera sob estudo?

Sim

Existem fontes de liberação? Não

Sim

As fontes de liberação podem ser eliminadas? Sim

Não Área não


classificada
Os graus de liberação de cada fonte de liberação devem ser
determinados

Grau de liberação CONTÍNUO Grau de liberação PRIMÁRIO Grau de liberação SECUNDÁRIO

Ir para F.2 Ir para F.3 Ir para F.4

NOTA Uma fonte de liberação pode gerar mais de um grau de liberação ou uma combinação.

Figura F.1 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas

F.2 Fluxograma para elaboração da classificação de áreas


A Figura F.2 apresenta um fluxograma para a elaboração da classificação de áreas (continuação).

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Continuação de F.1

Grau de liberação CONTÍNUO

Esta fonte de liberação pode ser considerada


como grau de liberação PRIMÁRIO?

Não SIM Ir para F.3


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Parâmetros que afetam o tipo e a extensão de zonas que necessitam ser


avaliados (por exemplo, taxa de liberação, velocidade etc.)

O grau de diluição deve ser determinado


(ambientes internos necessitam de avaliação das concentrações preexistentes)

Alto Médio Baixo

Pode o grau de diluição ser Pode o grau de diluição ser


Sim considerado como “Diluição Sim considerado como “Diluição
alta”? média”?

Não Não

A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação não é


ser determinada ser determinada considerada

Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre

O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado

Zona 0 ED Zona 0 ED Zona 0


Área não Zona 0 +
Zona 1
classificada Zona 1

Zona 0 ED Zona 0
+ Zona 0
Zona 2
Zona 2

Utilizar um código ou padrão Utilizar um código ou padrão Utilizar um código ou padrão


industrial, ou cálculos para determinar industrial, ou cálculos para industrial, ou cálculos para
a extensão da zona determinar a extensão da zona determinar a extensão da zona

NOTA Zonas ED indicam zonas teóricas que podem ser de extensão desprezível sob condições normais.

Figura F.2 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas para graus de liberação
contínuo

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F.3 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas


A Figura F.3 apresenta um fluxograma para a elaboração de classificação de áreas (continuação).
Continuação de F.1 ou F.2

Grau de liberação PRIMÁRIO

Esta fonte de liberação pode ser considerada


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como de grau de liberação SECUNDÁRIO?

Não Sim Ir para F.4

Parâmetros que afetem o tipo e a extensão de zonas devem ser avaliados


(por exemplo, taxa de liberação, velocidade etc.)

O grau de diluição deve ser determinado


(ambientes internos requerem avaliação das concentrações preexistentes)

Alto Médio Baixo

Pode o grau de diluição Pode o grau de diluição


Sim ser considerado como Sim ser considerado como
“Diluição alta”? “Diluição média”?

Não
Não

A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação não é


ser determinada ser determinada considerada

Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre

O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado

Zona 1 ED (1) Zona 1 ED (1) Zona 1


Área não Zona 1 +
Zona 2
classificada Zona 2

Zona 1 NE (1) Zona 1 Zona 1 ou


Zona 2 + Zona 0 (2)
Zona 2

Utilizar um código ou padrão industrial, Utilizar um código ou padrão Utilizar um código ou padrão
ou cálculos para determinar a industrial, ou cálculos para determinar industrial, ou cálculos para
extensão da zona a extensão da zona determinar a extensão da zona

NOTA 1 Zonas ED indicam zonas teóricas que podem ser de extensão desprezível sob condições normais.
NOTA 2 Será zona 0 se a baixa diluição for tão baixa e a liberação for tal que na prática uma atmosfera
explosiva existe praticamente de forma contínua, isto é, uma condição aproximada a de “nenhuma ventilação”
Figura F.3 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para graus de liberação primários

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F.4 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas


A Figura F.4 apresenta um fluxograma para a elaboração de classificação de áreas (continuação).
Continuação de F.1 ou F.3

Grau de liberação SECUNDÁRIO

Pode ser eliminado?


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Não Sim Área não classificada

Parâmetros que afetam o tipo e a extensão de zonas devem ser avaliados


(por exemplo, taxa de liberação, velocidade etc.)

O grau de diluição deve ser determinado


(ambientes internos requerem avaliação das concentrações preexistentes)

Médio Baixo
Alto

Pode o grau de diluição Pode o grau de diluição


Sim ser considerado como ser considerado como
Sim
“Diluição alta”? “Diluição média”?

Não Não

A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação não é


ser determinada ser determinada considerada

Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre

O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado

Zone 2 ED (1)
Zona 2 (3) Zona 2 Zona 2 (3)
Área não
classificada
Zona 1 e
Zona 2 ED (1) eventualmente
Zona 2
Zona 2 Zona 0 (2)

Utilizar um código ou padrão industrial, Utilizar um código ou padrão industrial, Utilizar um código ou padrão industrial,
ou cálculos para determinar a ou cálculos para determinar a ou cálculos para determinar a
extensão da zona extensão da zona extensão da zona

NOTA 1 Zonas ED indicam zonas teóricas que podem ser de extensão desprezível sob condições normais.
NOTA 2 Será zona 0 se a baixa diluição for tão baixa e a liberação for tal que na prática uma atmosfera
explosiva existe praticamente de forma contínua, isto é, uma condição aproximada a de “nenhuma ventilação”
NOTA 3 A zona 2 gerada por uma fonte de grau de liberação secundário pode exceder aquela atribuível a
graus de liberação primário ou contínuo.

Figura F.4 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas para graus de liberação
secundários

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Anexo G
(informativo)

Névoas inflamáveis

G.1 Quando um líquido for manuseado na sua temperatura de ponto de fulgor ou acima, qualquer
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liberação deve ser tratada considerando o processo usual de classificação de áreas descrito nesta
Norma. Se a liberação ocorrer abaixo da temperatura do ponto de fulgor, sob certas condições, esta
pode formar uma nuvem de névoa inflamável. Mesmo os líquidos que podem ser considerados como
não inflamáveis em sua temperatura de processamento, em algumas situações podem formar uma
névoa inflamável, gerando um risco de explosão. Exemplos de líquidos que geralmente podem ser
considerados nesta condição incluem combustíveis líquidos com elevados pontos de fulgor, fluídos
térmicos e óleos de lubrificação.

G.2 Na prática, uma liberação de líquido geralmente compreende uma grande faixa de tamanhos
de gotículas, que tendem a cair imediatamente, deixando somente uma pequena fração da liberação
no ar, na forma de um aerossol. A explosividade das névoas depende da sua concentração no ar
(gotículas e vapor), volatilidade e tamanho das gotículas no interior da nuvem. O tamanho das
gotículas depende da pressão na qual o líquido for liberado, das propriedades do líquido (densidade
primária, tensão superficial e viscosidade), o tamanho e o formato da abertura da fonte de liberação.
Geralmente, quanto maior for a pressão e menor for a abertura, maior será a contribuição para o grau
de atomização da liberação fugitiva, desta forma elevando o risco de uma explosão. Por outro lado,
quanto menor for a abertura da liberação, menor será a taxa de liberação, desta forma reduzindo
o risco de uma explosão.

G.3 É comprovado que gotículas em forma de aerossol representam a porção que podem mais
facilmente causar a ignição da nuvem da névoa. Geralmente estas gotículas representam apenas uma
pequena porção do total da liberação. Esta porção pode aumentar se a liberação fugitiva encontrar
uma barreira nas proximidades.

NOTA 1 Aerossóis são partículas pequenas (desde submicron a 50 microns) em suspensão na atmosfera.

NOTA 2 A massa de gotículas na faixa do aerosol pode ser tão baixa quanto 1 % do total da massa liberada,
dependendo das condições da liberação.

NOTA 3 Nuvens com gotículas de combustível são geralmente difíceis de causar ignição, a menos que haja
a presença de uma massa suficiente de vapor ou partículas muito pequenas.

G.4 É recomendado que a probabilidade de que a liberação de líquidos venha a formar uma névoa
inflamável, durante operação normal e/ou falhas previstas, seja cuidadosamente avaliada, bem como
a probabilidade dos eventos que possam levar a esta liberação. A avaliação pode indicar que a libe-
ração da substância possui probabilidade muito baixa ou que a nuvem da névoa possa ser formada
somente durante falhas raras ou catastróficas. É recomendado que as avaliações sejam baseadas
em referências ou experiências operacionais em plantas similares. Entretanto, devido à complexi-
dade termodinâmica das névoas, da grande quantidade de fatores que influenciam a formação e a
explosividade destas, a referência pode não ser disponível para cada dada situação. Nestes casos, é
recomendado que seja efetuado um julgamento baseado nos dados disponíveis.

G.5 É importante ressaltar que nem toda liberação ocasiona a formação de uma névoa, por
exemplo, as liberações por meio de juntas de vedação desgastadas de flanges ou dispositivos

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de conexões, são as fontes de risco secundárias mais comuns nos casos de gases ou vapores.
As névoas são geralmente desprezíveis em casos de líquidos com elevada viscosidade, os quais, na
maioria das vezes, causam gotejamento em vez de névoa. Isto significa que é baixa a possibilidade de
névoas serem geradas por liberações fugitivas em juntas de tubulação, válvulas etc. É recomendado
considerar as propriedades físicas dos líquidos, as condições nas quais os líquidos são manuseados,
detalhes mecânicos do equipamento por meio do qual os materiais são processados, a condição
operacional do equipamento e as barreiras próximas da fonte de liberação.

NOTA 1 Para liberações de líquidos que estejam bem abaixo do seu ponto de fulgor, são raras as ocorrências
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de explosões nas indústrias de processo. Isto ocorre possivelmente devido à dificuldade na geração de
gotículas de tamanho suficientemente pequeno, a partir de uma liberação acidental, e da dificuldade associada
de ignição.

NOTA 2 Névoas inflamáveis podem sofrer ignição devido a centelhas, de energia similar para a ignição
de vapores, porém geralmente requerem temperaturas de superfície muito mais elevadas para a ignição. A
ignição de névoas por contato com superfícies quentes geralmente requer temperaturas mais elevadas do
que para a ignição de vapor.

G.6 Se a formação de uma névoa inflamável for considerada possível, então é recomendado que a
fonte de liberação, preferencialmente, possua uma contenção ou seja gerenciada de forma a reduzir
o seu risco. Por exemplo, pela utilização de proteções porosas a fim de promover o coalescimento da
névoa, pela utilização de detectores de névoas ou por sistemas de supressão. Quando a contenção
ou sistemas de controle similares não puderem ser assegurados, recomenda-se então que o potencial
de existência de uma área classificada convém que seja considerado. Entretanto, em função dos
mecanismos de dispersão e dos critérios para a explosividade das névoas serem diferentes daqueles
para gases e vapores, não é permitido que o método de classificação de áreas apresentado no
Anexo B seja aplicado.

NOTA 1 As condições que são requeridas para a formação de uma névoa inflamável são tão complexas
que somente uma abordagem qualitativa pode ser apropriada. Isto pode ser útil para identificar os fatores
referentes ao líquido manuseado que contribuem para a formação e para a explosividade da névoa. Estes
fatores, juntamente com a probabilidade dos eventos que poderiam levar à liberação do líquido podem ser
suficientes para avaliar o grau de risco e contribuir para a decisão sobre o estabelecimento de uma área
classificada.

NOTA 2 De forma geral, os únicos elementos aplicáveis para a determinação do tipo de zona é o grau da
fonte de liberação. Na maioria das vezes, este será um grau de liberação secundário. Graus de liberação
contínuos ou primários estão tipicamente associados com equipamentos que são destinados a gerar material
pulverizado, tal como em cabines de pintura.

Se uma área classificada devido a névoas inflamáveis tiver sido estabelecida, esta deve ser diferen-
ciada na documentação de classificação de áreas das outras associadas com gases e vapores, por
exemplo, por meio de legendas ou hachuras adequadas.

G.7 Mesmo as névoas que não estejam sujeitas a sofrerem ignição, de acordo com o critério
do tamanho da gotícula, podem eventualmente sofrer ignição ao entrar em contato com superfícies
quentes, da ordem da temperatura de ignição do vapor, desta forma causando um risco de ignição.
É recomendado que cuidados sejam adotados para conter liberações potenciais e evitar o contato
com superfícies quentes.

G.8 As névoas requerem concentrações mínimas para serem inflamáveis (de forma similar aos
vapores inflamáveis ou poeiras combustíveis). Para líquidos não inflamáveis, isto tipicamente está
associado com uma névoa que pode reduzir a visibilidade.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

As avaliações devem considerar que as névoas são tipicamente visíveis e desta forma, as liberações
podem geralmente ser mitigadas no devido tempo.

NOTA Baixos limites de explosividade para aerossóis combustíveis têm-se mostrado similares ou
menores do que aqueles associados com vapores combustíveis.

G.9 Névoas inflamáveis podem ocorrer no interior de equipamentos devido a sistemas de lubrifica-
ção a óleo, ao banho ou agitação devida a operações do processo. Desta forma, é recomendado que
as partes internas da planta do processo sejam consideradas como sendo áreas classificadas. Sob
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determinadas condições, estas misturas podem também ser liberadas para a atmosfera, por exemplo,
por meio de respiros de reservatórios de óleo, “vents” (respiros) de vasos e de caixa de engrenagens,
levando desta forma ao risco de ignição. É recomendado que a liberação destas névoas seja prefe-
rencialmente eliminada por meio de extratores de névoas.

G.10 É recomendado que avaliações adicionais sejam aplicadas para situações onde os líquidos este-
jam sendo intencionalmente pulverizados, como por exemplo, em cabines de pintura. A classificação
de áreas nestes casos é geralmente sujeita às normas técnicas de instalações industriais específicas.

G.11 A ABNT NBR IEC 60079-14, que abrange as atividades de seleção e de instalação “Ex” não


abrange os requisitos para os riscos de névoas devido a líquidos com um elevado ponto de fulgor,
quando vapores inflamáveis não estão presentes.

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Anexo H
(informativo)

Hidrogênio

H.1 A faixa de explosividade do hidrogênio no ar está entre 4 % e 77 % em volume. O hidrogênio
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é geralmente encontrado em misturas de gases inflamáveis, como em correntes de processo em


refinarias de petróleo. Com relação a misturas de grupo de gás para equipamentos, é recomendado
que os equipamentos sejam especificados como IIC ou IIB+H2, nos casos gerais em que a mistura
de gases inclua 30  % ou mais de hidrogênio em volume, a menos que outros dados específicos
sejam disponíveis. É recomendado que a classe de temperatura seja adotada considerando a menor
temperatura de ignição para qualquer gás que exceda 3 % da mistura.

NOTA A ABNT NBR IEC 60079-20-1 inclui orientações para misturas específicas de gases, incluindo o


hidrogênio, como o gás de coqueria e o metano industrial, para os grupos aplicáveis de gás

H.2 A temperatura de ignição do hidrogênio é de 560 °C. Embora temperaturas muito altas sejam
requeridas para causar a ignição de uma mistura de hidrogênio/ar, é recomendado que cuidados
especiais sejam adotados para assegurar que liberações de hidrogênio não sejam expostas a qualquer
superfície aquecida acima da sua classe de temperatura.

H.3 A taxa de difusão do gás devido à flutuação é proporcional à sua densidade relativa com o ar.
O hidrogênio é um gás muito mais leve que o ar, que se difunde rapidamente, com tendência de ocupar
espaços elevados. Entretanto, à medida que o hidrogênio se difunde, a densidade bruta de um dado
volume de gás inflamável tende a se aproximar da densidade do ar. À medida que a concentração do
hidrogênio se reduz devido à difusão, bem como a densidade do volume bruto de gás inflamável se
aproxima da densidade do gás, a baixa concentração do hidrogênio tende a se mover com o ar.

H.4 Grandes volumes de liberação de hidrogênio são geralmente acumulados em espaços supe-
riores. Uma liberação do hidrogênio pode formar bolsões de gás em espaços fechados, vigas do teto
e forros, espaços estes que tendem a ser pouco ventilados. Por outro lado, aberturas relativamente
pequenas, nesses espaços, permitem que o hidrogênio possa escapar, e podem ser suficientes para
evitar que o hidrogênio se concentre, mesmo devido a liberações de pequenos volumes.

H.5 As liberações de hidrogênio geralmente resultam em uma liberação fugitiva ascendente a partir
do ponto de liberação. À medida que a liberação fugitiva se afasta do ponto de liberação, dilui, torna-se
mais ascendente e dispersa sem maiores riscos, em áreas bem ventiladas.

H.6 Uma liberação de hidrogênio líquido, que comumente possui uma pressão de saturação de
4,0 bar, pode rapidamente expor a formação criogênica do tanque recipiente para a pressão ambiente.
Esta condição pode instantaneamente expandir ou evaporar uma parte significativa do líquido em uma
forma de um vapor criogênico, com a liquefação do restante da liberação. A área da seção transversal
equivalente da liberação do hidrogênio líquido afeta a taxa na qual o conteúdo evapora e se aquece.
No ponto de ebulição do hidrogênio, o vapor frio de hidrogênio é mais pesado que o ar antes do seu
aquecimento. Como os vapores frios do hidrogênio se misturam com o ar, o ar pode ser resfriado
abaixo do seu ponto de orvalho, causando a condensação e formação de uma nuvem visível. Após
a liquefação próxima ao solo estar suficientemente aquecido, a nuvem de vapor visível pode formar
uma pluma enquanto ela sobe.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

H.7 As frentes de chama observadas com misturas do hidrogênio com o ar queimam menos facil-
mente quando contidas em uma queima na direção horizontal, e menos facilmente ainda em direções
para baixo.

A liberação de uma grande quantidade de hidrogênio pode formar uma pluma que apresenta um
aumento de concentração de hidrogênio no sentido ascendente, com relação à linha de centro da
pluma. Regiões de menor concentração de hidrogênio em misturas com o ar requer uma energia de
ignição mais elevada quando comparadas às regiões de maiores concentrações de hidrogênio na
parte superior da pluma. O movimento e o vapor d’água na pluma resultam também em uma maior
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energia de ignição, quando comparada à mesma composição da mistura, no caso de estar seca e sem
movimento.

Desta forma, à medida que a pluma de hidrogênio sobe, as regiões exteriores da pluma (aquelas
regiões que geralmente encontram uma fonte de ignição) são menos prováveis de entrar em ignição
quando comparadas às misturas com composições próximas das estequiométricas. Caso uma ignição
ocorra em uma região exterior da pluma, somente o gás imediatamente vizinho da fonte de ignição
tende a queimar, e o potencial de propagação ou deflagração da chama através da nuvem é reduzido.
Desta forma, a menos de alguns processos de misturas rápidas, a pluma de hidrogênio para formar
uma mistura próxima da estequiométrica com o ar através da nuvem, os fatores que geralmente
influenciam a mistura (difusão, flutuação, vento e turbulência) em uma liberação não resultam em uma
combustão completa da pluma.

H.8 É recomendado que as estratégias de mitigação para as liberações de hidrogênio considerem


que seja proporcionada a rápida dispersão por ascensão do gás liberado para espaços abertos, livres
de estruturas ou obstruções, de forma a evitar um potencial risco de ignição durante a liberação. Em
espaços fechados, uma ventilação artificial adicional ou um espaço adicional para a diluição ou para
a dispersão da liberação pode ser provido. Quando a detecção de gás é utilizada como uma medida
de controle, é recomendado que os sensores sejam instalados acima dos pontos de liberação, ou
próximos ao teto, nos ventiladores de exaustão ou nos dutos de saída. Os sensores requerem um
programa de calibração de rotina e é recomendado que estes sensores sejam calibrados somente
com a utilização de hidrogênio como gás de calibração.

H.9 O gás hidrogênio possui riscos relacionados a diversos requisitos de segurança pessoal e
de saúde ocupacional, os quais é recomendado que sejam considerados durante a montagem das
plantas industriais.

O gás hidrogênio possui o risco potencial de causar a deficiência de presença de oxigênio. Uma condi-
ção de mistura elevada de hidrogênio com o ar pode estar segura para a respiração somente durante
curtos períodos de tempo, embora a atmosfera possa estar acima do limite inferior de explosividade
(LIE), originando uma atmosfera explosiva.

As chamas de hidrogênio, a menos que estejam contaminadas com impurezas, são muito difíceis de
serem vistas durante a luz do dia. Esta característica, combinada com sua baixa emissividade, produz
uma radiação infravermelha muito baixa, tornando a combustão do hidrogênio difícil de ser percebida,
até que seja feito um contato físico com a chama. A combustão do hidrogênio em ar também produz
radiação ultravioleta (UV), capaz de provocar efeitos similares aos da queimadura solar. A exposição
direta às chamas de hidrogênio produz queimaduras imediatas.

A ignição do hidrogênio ocorre facilmente quando de sua liberação em locais onde exista a presença
de uma fonte de ignição ou de chama. Pequenas liberações podem ocorrer e inflamar, mas podem
também permanecer despercebidas até que o pessoal da manutenção ou operação esteja presente
na área. Uma pluma do hidrogênio que entre em ignição, rapidamente se incendeia até a fonte de

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liberação do hidrogênio. Do ponto de vista de controle dos riscos, uma chama de hidrogênio localizada
como uma fonte de liberação é muitas vezes preferível, em relação à existência de uma pluma
crescente de hidrogênio.

Nos casos em que a ocorrência de liberação de hidrogênio gere riscos adicionais, por exemplo, em
sistemas de altas temperaturas e altas pressões, é recomendado que medidas adicionais de segurança
para as fontes de liberação sejam adotadas. Estas medidas adicionais podem incluir:

●● Instalação de anteparos de deflexão para limitar a área da liberação e promover a sua dispersão,
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●● Instalação de pontos de neblina de água ao redor da fonte de liberação para resfriar altas tempe-
raturas de liberações, umidificar o gás e modificar o comportamento da dispersão.

A combustão de uma nuvem de hidrogênio ocorre de uma forma completa em questão de alguns
segundos. Nestes casos não existe uma deposição de energia térmica suficiente para causar a ignição
dos materiais típicos utilizados na construção das edificações. As pessoas que estiverem próximas
às áreas de combustão do hidrogênio podem ser seriamente queimadas e aquelas que estiverem
diretamente expostas a líquidos inflamáveis podem também entrar em ignição.

O hidrogênio armazenado em altas pressões geralmente produz uma pluma, quando de sua liberação.
Se houver uma ignição, esta pode criar um jato com chama quase invisível, que pode representar um
elevado risco para as pessoas ou os equipamentos em seu caminho. Em sistemas de alta pressão com
juntas que sejam suscetíveis a liberações, convém considerar a adoção de controles complementares.

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Anexo I
(informativo)

Misturas híbridas
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I.1 Generalidades
Uma mistura híbrida é uma mistura combinada de um gás ou vapor inflamável com uma poeira ou
fibra combustível. Esta mistura híbrida pode apresentar um comportamento diferente do gás ou vapor
ou poeira ou fibra individualmente. A quantidade de situações que podem ser encontradas na indús-
tria é muito variável e desta forma não é prático apresentar orientações específicas para cada caso.
Entretanto, este Anexo apresenta diretrizes que convém sejam consideradas quando forem encontra-
das misturas híbridas.

I.2 Utilização da ventilação para a classificação de áreas


A utilização de ventilação como uma medida de controle precisa ser cuidadosamente avaliada, uma
vez que esta ventilação pode reduzir o risco dos gases ou vapores, mas pode também aumentar
o risco das poeiras ou possuir outros efeitos sobre os diferentes componentes da mistura híbrida

I.3 Limites da concentração


Uma mistura híbrida pode formar uma atmosfera explosiva fora dos limites de explosividade indivi-
dualmente do gás ou vapor ou das concentrações explosivas da poeira explosiva. É recomendado,
a menos que dados adicionais estejam disponíveis, que uma mistura híbrida seja considerada explosiva
se a concentração de gás ou vapor exceder 25 % do LIE ou se a concentração da poeira combustível
exceder 25 % da sua concentração mínima explosiva (MEC - Minimum Explosive Concentration).

I.4 Reações químicas


Convém considerar as reações químicas que podem ocorrer no interior dos materiais ou gás aprisio-
nado na poeira, que podem resultar na formação do gás no processo.

I.5 Limites de energia e de temperatura


Quando uma mistura híbrida existir, os parâmetros mínimos de ignição, como a energia mínima de
ignição (MIE – Minimum Ignition Energy) e a temperatura de autoignição da mistura gás ou vapor,
ou a temperatura mínima de ignição da nuvem da poeira, podem ser diferentes, até mais baixo das
características dos componentes presentes na mistura híbrida. Na ausência de outras informações,
é recomendado que os parâmetros a serem considerados sejam os casos mais desfavoráveis de
qualquer componente da mistura.

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I.6 Requisitos para a determinação das zonas

Convém considerar, para ambientes de misturas híbridas de gases e poeiras, que seja atribuída a
classificação de áreas de acordo com o caso de risco mais desfavorável, para qualquer um dos
componentes, por exemplo, zona 21 com zona 2, é recomendado que seja considerada como zona 21
com zona 1. É recomendado que as consequências para o caso mais desfavorável sejam consideradas
quando da avaliação de EPL requeridos dos equipamentos “Ex” a serem instalados.
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Anexo J
(informativo)

Equações úteis para auxiliar a classificação de áreas


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J.1 Generalidades
A abordagem para a classificação de áreas requer uma sólida compreensão das propriedades
das substâncias inflamáveis, de forma que seja identificado o seu comportamento após terem sido
liberadas ou quando estiverem sendo liberadas. As seções indicadas a seguir contêm equações úteis
que podem ser utilizadas para calcular alguns parâmetros que influem a dispersão e a diluição de
gases ou vapores inflamáveis no ar, em condições ambientais. Ensaios laboratoriais ou ensaios de
campo são preferíveis, quando apropriados.

J.2 Diluição com ar de uma liberação de uma substância inflamável


A ventilação teórica mínima de vazão de ar para diluir uma dada liberação de uma substância infla-
mável para uma concentração abaixo do seu Limite Inferior de Explosividade (LIE), Qa mín, pode ser
calculada por meio da seguinte equação:

Wg Ta (J.1)
Qa mín = ×
k LIEm 293
onde

Qa mín é a vazão de ventilação mínima teórica de ar limpo requerida para a diluição expressa
em (m3/s);

Wg é a taxa mássica de liberação de gás expressa em (kg/s);

k é o fator de segurança atribuído ao LIEm (≤ 1,0);

LIEm é a massa com base no limite inferior de explosividade expressa em (kg/m3);

Ta é a temperatura absoluta ambiente expressa em (K);

EXEMPLO

Calcular a taxa de liberação de gás teórica mínima de ar limpo requerida para diluir uma taxa de
liberação de Wg = 0,003 kg/s de benzeno, devido à evaporação de uma poça líquida confinada, a uma
temperatura ambiente de 40 °C:
Wg Ta 0, 003 313
Qa mín = × = × = 0,164 m3 / s
k LIEm 293 0, 5 × 0, 039 293

NOTA O limite inferior de explosividade (LIE) é proveniente da ABNT NBR IEC 60079-20-1.

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J.3 Estimativa do tempo requerido o para a diluição de uma substância


inflamável em uma liberação
O tempo teórico td requerido para diluir a concentração da substância inflamável, a partir de um
determinado estado estacionário com uma concentração preexistente Xb, que pode atingir uma
concentração crítica Xcrit, em um dado volume, pode ser estimada pela seguinte equação:

1  Xb  (J.2)
td = ln  
C  X crít 
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onde

t d é o tempo teórico necessário para diluir um valor definido de uma concentração de uma
substância inflamável para uma outra concentração menor que a anterior expresso em (s);

C é o número de trocas de ar por unidade de tempo em um volume específico (s‒1);

Xb é a concentração preexistente da substância inflamável, nas condições de estado


estacionário (v/v);

Xcrít é o valor desejado ou valor crítico da concentração da substância inflamável expresso em (v/v).

EXEMPLO

Calcular o tempo teórico para reduzir a concentração de uma substância inflamável contida no interior
de um invólucro artificialmente ventilado, com um número de trocas de ar por unidade de tempo
de C  =  6  h‒1⋅(0,002 s‒1), a partir do valor inicial de concentração de Xb  =  0,012 para um valor de
concentração de Xcrít = 0,0024.

1  Xb  1  0, 012 
td = ln   = × ln  = 2 347 s = 0, 65 h
C  X crít 0, 002  0, 0024

O tempo teórico td calculado da forma indicada anteriormente é referente a uma diluição ideal da
substância inflamável que é liberada no interior do invólucro. É recomendado que margens e fatores
de segurança sempre sejam considerados.

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Anexo K
(informativo)

Códigos industriais e normas estrangeiras


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K.1 Generalidades
Geralmente, os exemplos de classificação de áreas podem ser aceitos de acordo com os requisitos
indicados em códigos industriais específicos ou normas estrangeiras, quando a aplicação destes
códigos ou normas para a aplicação específica possa ser claramente demonstrada. Convém que
os critérios ou limitações de aplicação indicados nos códigos industriais específicos ou nas normas
estrangeiras sejam adotados.

Nos casos em que é desejado a utilização dos exemplos apresentados como referência nos códigos
industriais na classificação de áreas, devem ser considerados os detalhes específicos de cada caso
individualmente, por exemplo, características do processo industrial e o local da instalação da planta.

Em geral, os exemplos apresentados nos códigos industriais e nas normas estrangeiras são baseados
na premissa de que a planta de processo e seus equipamentos são adequadamente mantidos.

Os códigos industriais e as normas estrangeiras podem não ser totalmente aplicáveis a situações
específicas, como por exemplo, onde:

 a) as quantidades das liberações sejam muito grandes ou muito pequenas;

 b) o projeto de uma planta de processo específico não esteja de acordo com os requisitos do código
industrial ou da norma nacional apropriada; ou

 c) a ventilação, utilização de gases inertes, barreiras de vapor ou outros métodos de proteção são
utilizados para reduzir a extensão da área classificada ou da probabilidade da ocorrência de uma
determinada área classificada.

As figuras de referência de códigos industriais específicos ou de normas estrangeiras, quando


abordam o mesmo exemplo, não convém que sejam referenciadas a partir de diferentes fontes de
consulta. Quando for escolhida uma base de referência para a classificação de áreas de uma planta
de processo ou de uma aplicação específica, não é recomendado que exemplos de outros códigos
industriais ou normas estrangeiras, com menor rigor, sejam escolhidos com o objetivo de reduzir
a classificação de área sem a devida justificativa técnica.

Quando os exemplos e figuras de códigos industriais ou de normas estrangeiras forem utilizados,


então estes exemplos devem ser citados como sendo a base para a classificação de áreas, e não
a ABNT NBR IEC 60079-10-1. Exemplos de diversos códigos industriais e de normas estrangeiras
incluem, mas não são limitados àqueles indicados na Tabela K.1.

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Tabela K.1 – Exemplos de códigos industriais e normas estrangeiras aplicáveis (continua)

País ou Organismo
Código Industrial ou Notas de
região de Título responsável
Norma Nacional aplicação
origem pela publicação

Austrália AS/NZS (IEC) 60079-10-1 Explosive Atmospheres Normas Introduzido na


e Nova Part 10-1: Classification of areas Australianas e AS/NZS 60079-10-1
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Zelândia – Explosive Gas Atmospheres Normas da Nova como um Anexo


Zelândia nacional
Alemanha DGUV-Regel 113-001 ExRL “Explosionsschutz- The Professional
“Explosionsschutz Regeln – Regeln für das Association
-Regeln (Rx-RL)” Vermeiden der Gefahren durch Raw Materials
explosionsfähige Atmosphäre mit and Chemical
Beispielsammlung” Industry
ExRL “Explosion Protection (BG RCI)
Rules – Rules for avoiding
the dangers of explosive
atmospheres with examples
collection”
TRBS 2152 Technischen Regeln fϋr TRBS
Betriebssicherheitsverordnung
Technical Rules for Plant Safety
Provisions
Itália Guide CEI 31-35 & Explosive atmospheres – Guide CEI – Comitato O escopo deste
Guide CEI 31-35/A for classification of hazardous Elettrotecnico guia é a análise
areas for the presence of gas in Italiano detalhada da
application of classificação de
CEI EN 60079-10-1 áreas devido
CEI – Italian
(CEI 31-87) à presença de
Electrotechnical
gases, vapores
Commission
ou névoas
inflamáveis, de
acordo com a
IEC 60079-10-1
Suécia Klassning av Classification of Hazardous Svensk Disponível na
explosionsfarliga Areas Elstandard língua sueca
områden
Suiça SUVA Merkblatt Explosionsschutz Grundsätze – Schweizerische
Nr. 2153 Mindestvorschriften – Zonen Unfall – versicher
Explosion protection Basics – – ungsanstalt
Minimal requirements – Zones

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018

Tabela K.1 (conclusão)

País ou Organismo
Código Industrial ou Notas de
região de Título responsável
Norma Nacional aplicação
origem pela publicação

Países NPR 79-10-1 Netherlands practical Netherlands


Baixos guideline NPR 7910-1, Standardization
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Classification of hazardous Institute, NEN


areas with respect to
explosion hazard – Part 1:
gas explosion hazard, based
on NEN-EN-IEC 60079-10-1
Reino IP15 Model code of safe practice Energy O Código IP15
Unido for the petroleum industry, Institute (EI) é utilizado como
Part 15: Area Classification um código
Code for Petroleum de práticas
Installations Handling industriais
Flammable Liquids na indústria
do petróleo e
petroquímica em
diversos países
IGEM/SR/25 Hazardous area classification Institution of
of natural gas installations Gas Engineers
and Managers
(IGEM)
EUA API RP 505 Recommended Practice for American
Classification of Locations Petroleum
for Electrical Installations at Institute (API)
Petroleum Facilities classified
as Class I, Zone 0, Zone 1
and Zone 2
NFPA 59A Standard for the Production, National Fire
Storage, and Handling of Protection
Liquefied Natural Gas. Association
(NFPA)
NFPA 497 Recommended Practice National Fire
for the Classification of Protection
Flammable Liquids, Gases, Association
or Vapours and of Hazardous (NFPA)
(Classified) Locations for
Electrical Installations in
Chemical Process Areas

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para classificação de gases e vapores – Métodos de ensaios e dados

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