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Universidade Federal de Alagoas

Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Civil

Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1


Código: ECIV018
Professor: Wayne Santos de Assis

Forças Distribuídas: Centro de Gravidade,


Centro de Massa e Centroide

Maceió/AL
Generalidades
Quais as formas de interação entre
os corpos?

Contato direto F/L2

Gravitacional ou
eletromagnética F/L3
Generalidades
Mudança dos domínios de
transmissão de forças
Possível: quando dimensão(ões) característica(s)
da região de transmissão de força é pequena
comparada com as dimensões características do
elemento estrutural.
Ex: F/L2  F/L e F/L2  F

Necessária: forçada pela consideração de um


modelo do elemento estrutural onde
dimensão(ões) é(são) simplificada(s).
Ex: F/L3  F/L2; F/L3  F/L e F/L2  F/L
Generalidades
Cargas pontuais existem?
Cargas pontuais são abstrações de cargas distribuídas em
domínios com dimensões características pequenas
comparadas com as do elemento estrutural ao qual estão
aplicadas ou de representação de um sistema resultante
equivalente de forças distribuídas.
Objetivo
Consideração de ações distribuídas
nos problemas de equilíbrio.

Ação do vento

Ação gravitacional

Ação hidrostática
Centro de Gravidade ou
Baricentro
O centro de gravidade ou baricentro de um corpo é a
posição onde pode ser considerada a aplicação da
força de gravidade resultante equivalente de todo o
corpo.

De uma forma geral, quando se considera a não


uniformidade de campos gravitacionais, a determinação
da força de gravidade total e do seu ponto de aplicação
ficam dependentes da posição e orientação do corpo.
Portanto, o centro de gravidade ou baricentro não
pode ser considerada uma característica específica de
um corpo rígido.
Centro de Gravidade ou
Baricentro
Centro de Gravidade ou
Baricentro
Placas planas

Equivalência

Força resultante  P  P
Momento em torno do eixo y  xP  xP
Momento em torno do eixo x  yP  yP
Centro de Gravidade ou
Baricentro
Placas planas
dP

Equivalência

P   dP xP   xdP yP   ydP
Centro de Gravidade ou
Baricentro
Arames planos

Equivalência

Força resultante  P  P
Momento em torno do eixo y  xP  xP
Momento em torno do eixo x  yP  yP
Centro de Gravidade ou
Baricentro
Arames planos
dP

Equivalência

P   dP xP   xdP yP   ydP
Centro de Massa
Placas planas
dP

Equivalência P   dP xP   xdP yP   ydP


Considere a placa imersa em um campo gravitacional
constante. Com isso,
M   dm xM   xdm yM   ydm
onde neste caso fica definido o centro de massa. Vale o
mesmo resultado para os arames planos.
Centroide ou Centro
Geométrico
Placas planas
dP

Equivalência P   dP xP   xdP yP   ydP


Considere a placa apresentando peso específico e
espessura constantes. Com isso,
A   dA xA   xdA yA   ydA
onde neste caso fica definido o centroide da placa.
Centroide ou Centro
Geométrico
Arames planos
dP

Equivalência P   dP xP   xdP yP   ydP


Considere o arame apresentando peso específico e seção
transversal constantes. Com isso,
L   dL xL   xdL yL   ydL
onde neste caso fica definido o centroide do arame.
Centro de Gravidade, Centro
de Massa e Centroide
Campo Gravitacional

Campo Gravitacional

CG=CM=C

C CG=CM
Campo Gravitacional

Madeira

Granito

C CM CG
Momentos de Primeira Ordem
de Superfícies e Curvas
z Momento de 1ª ordem da superfície
em relação ao eixo x
y
Q x   ydA  yA
Momento de 1ª ordem da superfície
em relação ao eixo y

Q y   xdA  xA
x

Momento de 1ª ordem da curva em


z
relação ao eixo x

Q x   ydL  yL
y

Momento de 1ª ordem da curva em


relação ao eixo y
x
Q y   xdL  xL
Momentos de Primeira Ordem
de Superfícies e Curvas

Q x  yA (ou yL) Q y  xA (ou xL)

As coordenadas do centroide de uma superfície ou


curva podem ser obtidas dividindo-se os momentos de
primeira ordem pela área da superfície ou comprimento
da curva, respectivamente.

Se o centroide de uma superfície ou curva


estiver localizado sobre um eixo de
coordenadas, o momento de primeira ordem em
relação a esse eixo será nulo e vice-versa.
Momentos de Primeira Ordem
de Superfícies e Curvas
B’
P

Região simétrica e eixo de simetria

P’
B

Se uma superfície ou curva apresenta um eixo de


simetria, o centroide dessa região está contido
sobre esse eixo de simetria.
y

-x x

dA’ dA
C
x
Momentos de Primeira Ordem
de Superfícies e Curvas
Uma região que apresenta dois eixos de simetria, o
centroide da mesma encontra-se na interseção
desses eixos.

C
Momentos de Primeira Ordem
de Superfícies e Curvas
y
x
Região com centro de simetria

dA
y

x
C
-y
dA’

-x

Se uma superfície ou curva apresenta um


cento de simetria, esse corresponde ao
centroide da região.
Centroides de Superfícies
Planas de Formatos Usuais
Centroides de Superfícies
Planas de Formatos Usuais
Centroides de Superfícies
Planas de Formatos Usuais
Centroides de Curvas Planas
de Formatos Usuais
Placas e Fios Compostos

Quando se estiver interessado na determinação


de propriedades integrais (área, comprimento e
momentos de primeira ordem) de regiões que
não estão tabeladas, mas identifica-se que a
região em questão é formada pela composição
de regiões elementares cujas propriedades
integrais são conhecidas, aplica-se essa
composição na avaliação das integrais referentes
às propriedades de interesse.
Placas e Fios Compostos

A  dA   dA   dA   dA  A
R1  R 2  R 3
R1  AR2  AR3
R1 R2 R3
Qx
Qx   ydA  ...  Q
R1  R 2  R 3
x R1  Qx R2  Qx R3 Y 
A
Qy
Qy   xdA
R1  R 2  R 3
 ...  Q y R  Q y R  Q y R
1 2 3
X
A
Placas e Fios Compostos
Exemplo:
Determine o centroide
da superfície composta
mostrada.
Placas e Fios Compostos
Exemplo (continuação):
1ª composição

2
Placas e Fios Compostos
Exemplo (continuação):
1ª composição 1
2

Ai xi yi Qx i Qy i
Região
(cm2) (cm) (cm) (cm3) (cm3)
1 300 -10 22,5 6750 -3000
2 1200 20 15 18000 24000
Total 1500 - - 24750 21000

Qy 21000 Qx 24750
x   14 cm y   16,5 cm
A 1500 A 1500
Placas e Fios Compostos
Exemplo (continuação):
2ª composição

2
Placas e Fios Compostos
Exemplo (continuação):
2ª composição
1
2

Ai xi yi Qx i Qy i
Região
(cm2) (cm) (cm) (cm3) (cm3)
1 1800 10 15 27000 18000
2 -300 -10 7,5 -2250 3000
Total 1500 - - 24750 21000

Qy 21000 Qx 24750
x   14 cm y   16,5 cm
A 1500 A 1500
Determinação de Centroide
por Integração
Q x  yA   ydA Q y  xA   xdA

Em princípio, para quantificação dos momentos


de 1ª ordem de superfície (ou momentos
estáticos de área), esses são calculados a partir
de integrais duplas no domínio representativo da
região estudada, onde se deve escrever o
elemento infinitesimal de área dA de acordo com
a conveniência das coordenadas de
descrição da região tratada.
Determinação de Centroide
por Integração Dupla
D   x, y  | a  x  b e c  y  d
d b
y dA=dxdy Q x   ydA    ydxdy
c a
d
d d
  xy dy   b  a ydy
b
dy
a
dx
c c
c d
 y  2
a b
x
 b  a  
 2 c


b  a d 2  c 2 
2
Determinação de Centroide
por Integração Dupla
D   x, y  | a  x  b e c  y  d
d b
y dA=dxdy Q y   xdA    xdxdy
c a
d
b
x  b2  a 2
d 2 d
dy     dy   dy
c 
dx 2 a c
2
c
d
x b  a 2 2
a b  y
 2 c


b 2
a 2
d  c
2
Determinação de Centroide
por Integração Dupla
 b 
D   x, y  | 0  x  a e 0  y  x 
 a 
y b
x
dA=dxdy a a
b Q x   ydA    ydydx
0 0
b
x
dy a
y  2 a b2 2
a
dx     dx   2 x dx
0 
x 2 0 0
2a
a
a
b x 
2
ab 2
3
 2  
 2a 3  0 6
Determinação de centroide
por Integração Dupla
 b 
D   x, y  | 0  x  a e 0  y  x 
 a 
y b
x
dA=dxdy a a
b Q y   xdA    xdydx
0 0

a b a
  xy
b 2
dx   x dx
dy x
a
dx 0
x 0 0
a
a
a
b x 3
a 2b
   3
 a 3 0
Determinação de Centroide
por Integração Dupla
 π π
D   rcosθ, rsinθ  | a  r  b e  θ  
 6 2
y π
dA=rdqdr b 2

Q x   ydA   sin θdθdr


b
 r 2

a π
6

 
a b π b
3 2
30º    r cosθ dr  
2 2
π r dr
x
a 6 a
2
b
 3 3
 r  
3 3 3
b a  
 6 a 6
Determinação de Centroide
por Integração Dupla
 π π
D   rcosθ, rsinθ  | a  r  b e  θ  
 6 2
y π
dA=rdqdr b 2

Q y   xdA   cos θdθdr


b
 r 2

a π
6

 
a b π b 2
r
30º  r sinθ dr   dr
2 2
π
x
a 6
a
2
b
r  b3  a 3
3
  
 6 a 6
Determinação de Centroide
por Integração de Fatias
Q x  yA   ydA   dQ elx
Q y  xA   xdA   dQ ely
A idéia desta sistemática é considerar que a
região de interesse é formada pela composição
de infinitas fatias infinitesimais cujas formas
correspondem a regiões cujas propriedades
geométricas já são conhecidas. Sendo
assim, esta sistemática pode ser
entendida como uma aplicação
do método já apresentado para
regiões compostas.
Determinação de Centroide
por Integração de Fatias
y
b

A   dA   dA el   y(x)dx
(x,y(x))

Q x   ydA   dQ elx
x el
b
y el y(x) 2

x   y el dA el   dx
a dx b a
2

dA  y( x )dx
el Q y   xdA   dQ ely
x el  x b

y el 
y( x )   x el dA el   xy(x)dx
2 a
Determinação de Centroide
por Integração de Fatias
y
(r(q)cos(q),r(q)sin(q))
qf
r ( q) 2

A   dA   dA el   dq
x el qi
2
y el Q x   ydA   dQ elx
qf
r ( q) 3
  y el dA el  
x
θi θf sin qdq
3
r q
2 qi
dA el  dq
2 Q y   xdA   dQ ely
x el  r q cos q
2
r q
qf 3
3
  x dA  
el el
cos qdq
y el  r qsin q
2
qi
3
3
Determinação de Centroide
por Integração
Exemplo:
Determine por h
integração o centroide k 3
da superfície mostrada a
em termos de a e h.
a

h
y( x )  kx 3
Determinação de Centroide
por Integração
a h
Exemplo (continuação):
A  dydx
Por integração dupla 0 h x3
a3
a
  y h 3 dx
h
a x
0 a3

 h 3
a

dy    h  3 x dx
0 
a
dx h
a
h  h x  4
y( x )  3 x 3  hx  3 
a  a 4 0
3
 
D   x, y  | 0  x  a e 3 x 3  y  h 
h  ah
 a  4
Determinação de Centroide
por Integração
a h
Exemplo (continuação):
Qx    ydydx
Por integração dupla (cont.) 0 h x3
a3
h
a
y  2
    dx
a 0 
2  h x3
3
a

1  2 h2 6 
a
dy    h  6 x dx
dx h 0
2 a 
a
h
y( x )  3 x 3 1  2 h x 2 7

a    h x  6 
2  a 7  0
  3 2
D   x, y  | 0  x  a e 3 x 3  y  h 
h
 ah
 a  7
Determinação de Centroide
por Integração
a h
Exemplo (continuação):
Qy    xdydx
Por integração dupla (cont.) 0 h x3
a3
a
  xy h 3 dx
h
a x
0 a3

 h 3
a

dy   x  h  3 x dx
0  
a
dx h
a
h  x h x 
2 5
y( x )  3 x 3  h  3 
a
 2 a 5 0
3 2
 
D   x, y  | 0  x  a e 3 x 3  y  h 
h  a h
 a  10
Determinação de Centroide
por Integração
Exemplo (continuação):
Por integração de fatias

 h 3
a

a A    h  3 x dx
0 
a
a
 h x 
4
 hx  3 
h  a 4 0
3
y( x ) 
h 3
3
x  ah
a 4

 
D   x, y  | 0  x  a e 3 x 3  y  h 
h
 a 
Determinação de Centroide
por Integração
Exemplo (continuação):
y dA
Por integração de fatias (cont.)
1  h 3  h 3 h 3
a

Qx     h  x 
 3 
x h  x  dx
0    a  
3 3
2 a a
a
1  h   h 
a
    h  3 x 3    h  3 x 3  dx
0     
2 a a
1  2 h2 6 
a

h    h  6 x  dx
0
2 a 
a
h
y( x )  3 x 3 1  2 h 2 x 7 
a    h x  6 
2  a 7  0

3 2
  
D   x, y  | 0  x  a e 3 x 3  y  h 
h ah
7
 a 
Determinação de Centroide
por Integração
Exemplo (continuação):
Por integração de fatias (cont.)

 h 3
a
Q y   x  h  3 x dx
a 0 
a 
a
 x 2
h x  5
 h  3 
h  2 a 5 0
3 2
y( x ) 
h 3
x  a h
a 3 10

 
D   x, y  | 0  x  a e 3 x 3  y  h 
h
 a 
Determinação de Centroide
por Integração
Exemplo (continuação):

a Qy2
x  a
A 5
C
y h Qx 4
y  h
h 3 A 7
y( x )  3
x
a
x
Determinação de Centroide
por Integração
Exemplo (continuação):
Por integração de fatias
Como tratar o
problema com fatias
horizontais?
a 1
 y 3
h
A   a   dy
0 
h
1
 y 3 1
h x ( y)h a   h
 y 3
h Q x   ya  dy
h
y( x )  3 x 3 0 h
a 2
1   y 
h 1
3
Q y   a    dy
  y  3 
1
2 h 
D   x, y  | 0  y  h e 0  x  a    0 
  h  
Teoremas de Pappus-Guldin
Cálculo de área de superfície de revolução e
volume de sólido de revolução.

Formulados inicialmente
pelo geômetra Pappus
(século III d.C.)

Restabelecidos posteriormente
pelo matemático suíço Guldinus,
ou Guldin (1577-1643).
Teoremas de Pappus-Guldin
Superfície de revolução

Curva geratriz
y
Curva geratriz

y
Eixo de revolução
z

x
x

Superfície de revolução

Eixo de revolução
Teoremas de Pappus-Guldin
1º Teorema de Pappus-Guldin
A área de uma superfície de revolução é dada pelo produto do
comprimento da curva geratriz pela distância percorrida pelo
centroide da mesma durante a geração da superfície em pauta.
L
C

A   dA dA  2ydL A   2ydL
A  2 ydL A  2yL A  dL
Teoremas de Pappus-Guldin
Sólido de revolução y
Superfície geratriz
Superfície geratriz

z
y

Eixo de x
revolução Sólido de revolução
Eixo de revolução
Teoremas de Pappus-Guldin
2º Teorema de Pappus-Guldin
O volume de um sólido de revolução é dado pelo produto da área
da superfície geratriz pela distância percorrida pelo centroide da
mesma durante a geração do sólido em pauta.

C
A y
x

V   dV dV  2ydA V   2ydA
V  2 ydA V  2yA V  dA
Teoremas de Pappus-Guldin
Exemplo:
Determine o volume e
a área superficial do
sólido mostrado.
Teoremas de Pappus-Guldin
Exemplo (continuação):
Cálculo do volume pelo 2º Teorema de Pappus-Guldin

20mm 20mm 50mm


E
B D
C
c 60mm
Eixo de
revolução
A

20mm

Superfície geratriz V SR  cA SG  QSG


ER
Teoremas de Pappus-Guldin
Exemplo (continuação):
Cálculo do volume pelo 2º Teorema de Pappus-Guldin (cont.)
20mm 20mm 50mm
D E B E B D
E
B D
C
_
=

60mm
c
A A A
SG 1 2

A QSG
ER  Q1
ER  Q 2
ER
20mm
70  60  70  20  60  20 
ER 
QSG    20      20 
2  3  2  3 

ER  75000 mm
QSG 3
V SR  75000 mm3
Teoremas de Pappus-Guldin
Exemplo (continuação):
Cálculo da área pelo 1º Teorema de Pappus-Guldin

20mm 20mm 50mm


E
B D
C
c 60mm
Eixo de
revolução
A

20mm A S  A SR  2A  ADE
Curva geratriz
 cLCG  2A  ADE
 ADE
 Q CG
ER  2 A
Teoremas de Pappus-Guldin
Exemplo (continuação):
Cálculo da área pelo 1º Teorema de Pappus-Guldin (cont.)
20mm 20mm 50mm 1
E D E D E
D
B D E
C 3
=

60mm
c
2
A A
CG
A
A Q CG
ER  Q1
ER  Q 2
ER  Q 3
ER
20mm
40  90 90  20 40  20
ER  50 
Q CG  70 2  60 2   20 2  60 2 
2 2 2

ER  10218,1 mm
Q CG 2
A S  10218,1  50  60  35101,2 mm 2

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