Você está na página 1de 48

REDE E ED.

ADM
Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado
SUINP - SUPERINTÊNDENCIA NACIONAL DE SUPRIMENTO E INFRAESTRUTURA
GEINP - GERÊNCIA NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E PATRIMÔNIO PRÓPRIO
GERÊNCIA EXECUTIVA DE PADRÕES TÉCNICOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

Versão: 02
20 de outubro de 2015
EQUIPE

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


GEINP – Gerência Nacional de Infraestrutura e Patrimônio Próprio

Gerente Nacional de Infraestrutura e


Patrimônio Próprio Sérgio Geraldo Linke

Coordenação:

Gerente Executiva - Padrões Técnicos de


Engenharia e Arquitetura Mônica Maria Santarosa Dalescio
Engenheiro Eletricista Aluisio Cesar dos Santos Junior
Engenheiro Eletricista Evaldo de Rezende Filho

COLABORAÇÃO
Fox Engenharia

2
Versão: 02. Outubro de 2015
Índice

Introdução ____________________________________________________________4
1 Referências Normativas______________________________________________5
2 Siglas_____________________________________________________________7
3 Diretrizes de Projetos – Sistema de Cabeamento Estruturado _______________9
3.1 Projeto do Cabeamento Horizontal _____________________________________ 11
3.2 Projeto de Backbone de Campus ou Edifício______________________________ 13
3.3 Infraestrutura para Instalações de Encaminhamento do Sistema de Cabeamento
Estruturado ______________________________________________________________ 16
3.4 Projeto para as Salas de Equipamentos e de Telecomunicações (Sala Técnica) __ 20
3.5 Rack de Telecomunicações ___________________________________________ 24
3.6 Conectorização _____________________________________________________ 26
3.7 Certificação ________________________________________________________ 32
4 Apresentação de Projetos ___________________________________________35

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


4.1 Representação gráfica _______________________________________________ 35
4.2 Componentes de um projeto de rede estruturada _________________________ 36
4.3 Memorial descritivo _________________________________________________ 38
4.4 Planilha orçamentária _______________________________________________ 38
4.5 Cronograma de execução ____________________________________________ 39
5 Materiais e Equipamentos ___________________________________________40
5.1 Cabo _____________________________________________________________ 40
5.2 Patch panel de 24 posições CAT.6 ______________________________________ 41
5.3 Conector RJ-45 fêmea _______________________________________________ 42
5.4 Espelho plano para conector RJ-45 _____________________________________ 43
5.5 Organizador horizontal de cabos _______________________________________ 43
5.6 Abraçadeira para cabos ______________________________________________ 43
5.7 Rack fechado de 42 U ________________________________________________ 44
5.8 Ícones de identificação ______________________________________________ 44
6 Glossário _________________________________________________________45

3
Introdução
Este Caderno de Diretrizes Técnicas (CDT) consolida as diretrizes a serem
observadas na elaboração de projetos de cabeamento estruturado bem como
à disposição dos elementos de rede no armário de cabeamento. Estas
diretrizes são destinadas à Infraestrutura de unidades patrimoniais da CAIXA,
em imóveis próprios ou de terceiros, como complemento às normas técnicas
aplicáveis e com o propósito de uniformizar as instalações destas edificações
de uso funcional dentro de critérios padronizados.
As orientações aqui contidas devem ser aplicadas tanto para novas
edificações quanto nas reformas/ampliações, neste último caso limitando-se
ao objeto de intervenção, sempre que possível direcionado aos propósitos de
padronização intencionados neste CDT.
Devem também ser observadas, em conjunto com estas diretrizes, instruções
e/ou informações relativas a aplicações específicas, contidas em diversos
Cadernos de Diretrizes Técnicas tais como: Caderno de Diretrizes de
Instalações de Segurança, Caderno de Diretrizes de Instalações Elétricas ou
outros casos afins, para os quais existam orientações pertinentes.

4
1 Referências Normativas

Versão: 02. Outubro de 2015


Todo o trabalho a que se refere este CDT deverá seguir as recomendações
de Normas Brasileiras, salvo restrições maiores determinadas neste
documento. Como toda norma está sujeita a revisões, as edições mais
recentes das normas citadas neste caderno deverão ser utilizadas. São
listadas a seguir normas brasileiras da ABNT (www.abnt.org.br) e normas
internacionais às quais se referencia este texto:
 NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão - 09/2004 – Versão
Corrigida: 2008.
 NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas –
10/2015.
 NBR 14433: Conectores de fibra óptica montados em mídias ópticas e
adaptadores — Especificação – 01/08/2013.
 NBR 14566: Cabo óptico dielétrico para aplicação subterrânea em duto
e aérea espinado – 30/06/2004.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


 NBR 14565: Cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data
centers – 28/11/2013.
 NBR 14589: Cabo óptico com proteção metálica para instalações
subterrâneas - Determinação da capacidade de drenagem de corrente
- Método de ensaio – 30/09/2000.
 NBR 14703: Cabos de telemática de 100 Ω para redes internas
estruturadas — Especificação – 14/08/2012.

Normas Internacionais:
 ANSI/TIA/EIA 568-C:
o ANSI/TIA/EIA 568-C.0: Generic Telecommunications Cabling for
Customer Premises (Cabeamento de telecomunicações genérico
para as dependências do cliente) – 02/02/2009.
o ANSI/TIA/EIA 568-C.1 – Commercial Building Telecommunications
Cabling Standard (Cabeamento de telecomunicações para
edifícios comerciais) – 02/02/2009.
o ANSI/TIA/EIA 568-C.2 – Balanced Twisted-Pair
Telecommunications Cabling and Components Standards
(Cabeamento de telecomunicações em par balanceado e
componentes) – 11/08/2009.

5
o ANSI/TIA/EIA 568-C.3 – Optical Fiber Cabling Components
Standard (Componentes de cabeamento em fibra ótica.) –
18/06/2008.
 ANSI/TIA/EIA 569-C: Telecommunication Pathways and Spaces –
03/2013.
 ANSI/TIA/EIA 607-B: Generic Telecommunications Bonding and
Grounding (Earthing) for Customers Premises (Conexões de
aterramento de telecomunicações genérico para as dependências do
cliente) – 21/08/2013.
 ANSI TIA/EIA 587 - Fiber Optic Graphic Symbols (Símbolos Gráficos
para fibra óptica) – 10/1996;
 BICSI Telecommunications Distribution Methods Manual Vol I e II, 13th
Edition – 05/2014.
 EIA/ECA 310 - Cabinets, Racks, Panels and Associated Equipaments
– 12/2005;
 ISO/IEC 11801 - Information technology – Generic cabling for customer
premises (Tecnologia da Informação – Cabeamento genérico para
instalações nas dependências do cliente) – ed. 2.2 - 30/06/2011.
 ISO/IEC 14763-2 - Information technology -- Implementation and
operation of customer premises cabling - Part 2: Planning and
installation (Tecnologia da Informação – Implantação e operação para
instalações de cabeamento nas dependências do clientes – Parte 2:
Planejamento e Instalação) - 24/02/2012.
 TIA/EIA TSB 72 - Centralized Optical Fiber Cabling Guidelines
(Diretrizes de Cabeamento de Fibra Ótica Centralizada) – 10/1995.
 TIA/EIA TSB 75 - Additional Horizontal Cabling Practices for Open
Offices (Práticas Adicionais para Cabeamento Horizontal em
Escritórios Abertos) – 08/1996.

6
2 Siglas

Versão: 02. Outubro de 2015


Para os efeitos deste Caderno de Diretrizes Técnicas, aplicam-se as
definições seguintes:
 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;
 ACR: Relação de atenuação paradiafonia (Attenuation to Crosstalk
Ratio);
 ANSI: American National Standards Intitute;
 BD: Distribuidor de edifício (Building Distributor);
 CA: Corrente Alternada;
 CC: Corrente Contínua;
 CD: Distribuidor de campus (Campus Distributor);
 CP: Ponto de Consolidação (Consolidation Point);
 EF: Infraestrutura de entrada (Entrance Facility);

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


 EIA: Electronic Industries Alliance;
 ELFEXT: Perda de telediafonia de nível equalizado (Equal Level Far End
Crosstalk);
 EO: Tomada de equipamento (Equipment Outlet);
 ER: Sala de equipamentos (Equipment Room);
 FD: Distribuidor de Piso (Floor Ditributor);
 FEXT: Telediafonia (Far End Crosstalk);
 IEC: International Electrotechnical Comission;
 IL: Perda de inserção (Insertion Loss);
 ISO: International Organization for Standardization;
 LAN: Rede local (Local Area Network);
 NBR: Norma Brasileira Regulamentadora;
 NEXT: Paradiafonia (Near End Crosstalk);
 NVP: Velocidade nominal de propagação;
 PVC: Policloreto de Vinila;
 RL: Perda de Retorno (Return Loss);
 STP: Par trançado blindado (Shielded Twisted Pair);
 TE: Equipamento terminal (Terminal Equipment);
 TI: Tecnologia da informação;

7
 TIA: Telecommunications Industry Association;
 TO: Tomada de Telecomunicações (Telecommunications Outlet);
 TR: Sala de telecomunicações (Telecommunications Room);
 UTP: Par trançado não blindado (Unshielded Twisted Pair);
 WA: Área de trabalho (Work Area).

8
3 Diretrizes de Projetos – Sistema de Cabeamento

Versão: 02. Outubro de 2015


Estruturado
Um sistema de cabeamento estruturado tem como objetivo unificar e
organizar as instalações do cabeamento que suporta o sistema de
telecomunicações (voz e dados) de um local, além de garantir sustentação
para futuras instalações que se façam necessárias, fazendo com que as
necessidades de todos os usuários possam ser atendidas com facilidade e
flexibilidade. A estrutura de um sistema de cabeamento está baseada em dois
componentes: o passivo e o ativo. O componente passivo é representado pelo
conjunto de elementos responsáveis pelo transporte dos dados através de um
meio físico e é composto pelos cabos, acessórios de cabeamento e
tubulações. O componente ativo, por sua vez, compreende os dispositivos
eletrônicos, suas tecnologias e a topologia envolvida na transmissão de dados
entre as estações.
O componente passivo descrito neste caderno é baseado no modelo de
cabeamento estruturado desenvolvido pelas normas internacionais

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


ANSI/EIA/TIA 568-C e ISO 11801, bem como pela norma ABNT NBR 14565,
padrão adotado nas redes da CAIXA.
O sistema de cabeamento estruturado consiste de um conjunto de produtos
de conectividade empregado de acordo com regras específicas de engenharia
cujas características principais são: arquitetura aberta, meios de transmissão
e disposição física padronizados, aderência a padrões nacionais e
internacionais, projeto e instalação sistematizados.
Este sistema integra diversos meios de transmissão (Cabos metálicos, fibra
óptica, rádio, etc.) que suportam múltiplas aplicações, incluindo voz, vídeo,
dados, sinalização e controle. O conjunto de especificações garante uma
implantação modular com capacidade de expansão programada. Os produtos
utilizados asseguram conectividade máxima para os dispositivos existentes e
preparam a infraestrutura para as tecnologias emergentes. A topologia
empregada facilita os diagnósticos e manutenções.
A figura a seguir ilustra estrutura de um sistema de cabeamento estruturado,
conforme a NBR 14565:2013, ilustrando seus elementos funcionais e os
subsistemas de cabeamento:

9
Estrutura de Cabeamento em Edifícios Comerciais

Os elementos funcionais apresentados no diagrama acima são:


a) Distribuidor de Campus (CD): rack de telecomunicações a partir do qual
se inicia o backbone de campus. Responsável pela distribuição do
cabeamento para vários edifícios;
b) Distribuidor de Edifício (BD): rack de telecomunicações localizado na
sala de equipamentos (ou sala técnica principal) de um edifício;
c) Distribuidor de Piso (FD): racks de telecomunicações localizados nas
salas técnicas (salas de telecomunicações) em cada pavimento;
d) Ponto de Consolidação (CP): ponto de conexão opcional do
cabeamento horizontal situado entre o distribuidor de piso e a tomada
de telecomunicações, que permite a flexibilidade de atendimento a este
ponto final;
e) Tomadas de Telecomunicações (TO): terminação do cabeamento
horizontal na área de trabalho;
f) Equipamento Terminal (TE).
A conexão entre estes elementos funcionais é realizada por subsistemas de
cabeamento:
a) Subsistema de cabeamento de backbone de campus;
b) Subsistema de cabeamento de backbone de edifício;
c) Subsistema de cabeamento horizontal.
Para que o projeto de rede estruturada seja feito de uma maneira fácil e lógica,
orienta-se seguir a sequência abaixo:
a) Projeto do subsistema de cabeamento horizontal;
b) Projeto do subsistema de backbone de edifício;

10
c) Projeto do subsistema de backbone de campus (quando houver);

Versão: 02. Outubro de 2015


d) Detalhes construtivos;
e) Simbologia, notas e identificação do cabeamento.
A sequência de atividades acima para a elaboração de projetos é genérica e
se aplica a qualquer tipo de edificação. Entretanto, algumas edificações
poderão exigir soluções particulares.
A CAIXA adota o conceito de cabeamento centralizado com cabos ópticos ou
cabos UTP. Este conceito constitui-se em centralizar os equipamentos ativos
da rede do prédio ou conjunto de prédios anexos em uma única Sala de
Equipamentos (Sala Técnica), sendo este o ponto de origem de todas as fibras
ópticas ou cabos UTP que terão como destino as salas técnicas dos
pavimentos sem passarem por equipamentos ativos intermediários.
Deverão ser previstas sobras técnicas de cabos nos racks de
telecomunicações, obedecendo-se o raio de curvatura mínimo exigido para
cabos ópticos em parede, no entreforro ou no entrepiso.
O projeto de cabeamento estruturado deverá ser concebido de forma que

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


ofereça o máximo de informações possíveis para a equipe de execução, e
ainda permita análises futuras. Todos os componentes do subsistema
deverão ser identificados com clareza e exatidão, permitindo gerenciamento
futuro.

3.1 Projeto do Cabeamento Horizontal


O subsistema de cabeamento horizontal é composto pelos cabos que
conectam o painel de distribuição ao ponto final do cabeamento e, portanto,
estende-se desde o Distribuidor de Piso (FD), que será localizado nas salas
técnicas em cada pavimento, até as tomadas de telecomunicações
localizadas nas áreas de trabalho.
O projeto deste subsistema consiste basicamente em atender a todos os
pontos de telecomunicações com cabos que partem do rack de
telecomunicações.
A topologia do cabeamento horizontal é do tipo estrela, pois o centro está
localizado no rack de Telecomunicações do andar.
Quando se mostrar viável a utilização de telefonia IP pela Filial de TI, deve ser
previsto para cada estação de trabalho o uso de uma única tomada de
telecomunicações padrão RJ45. Para os demais casos devem ser previstas
no mínimo, duas tomadas de telecomunicações. (Mesmo sendo estas
tomadas destinadas a aplicações distintas (dados e voz), elas poderão
compartilhar a mesma caixa e mesmo espelho na Área de Trabalho.). Cada

11
tomada de telecomunicações deverá ser identificada, conforme orientações
constantes no item 3.1.1.
Para garantir uma longa vida operacional, a escolha do cabeamento deve ser
em função dos serviços e demandas futuras. A CAIXA adota a categoria 6
como configuração mínima.
Os racks de telecomunicações dos pavimentos deverão ser posicionados de
forma que o comprimento máximo do canal de cabeamento horizontal seja de
100 m, independente do meio físico utilizado (cabeamento metálico ou óptico).
Respeitando-se este comprimento máximo, admite-se que o comprimento do
cabeamento horizontal contabilizado como enlace permanente, ou seja, o
cabeamento desde o dispositivo de terminação do cabeamento horizontal,
instalado no rack de telecomunicações até a tomada de telecomunicações
instalada na área de trabalho seja de 90 m.
O comprimento total dos patch cords, cordões de equipamento e de áreas de
trabalho não deverão ultrapassar os 10 m restantes. O comprimento dos
cabos de patch cords/jumpers não deve exceder 5 m.
O cabeamento horizontal deverá ser contínuo desde o rack de
telecomunicações localizado na sala técnica do pavimento (distribuidor de
piso) até a tomada de telecomunicações, a não ser que haja ponto de
consolidação.
Quando houver ponto de consolidação, este deverá estar localizado a uma
distância mínima de 15 m do rack de telecomunicações do pavimento e a uma
distância mínima de 5 m da tomada de telecomunicações. Os pontos de
consolidação estarão limitados a atender 12 áreas de trabalho e deverá ser
instalado em locais que possibilitem o acesso para manutenção.
Não são considerados parte do subsistema de cabeamento horizontal os
cordões de equipamentos que venham a ser utilizados para conectá-los a este
subsistema.
O comprimento dos patch cords/jumpers deve ser o menor possível para a
operação. Estes comprimentos estão limitados a 5 m.
3.1.1 Identificação
Todos os componentes do sistema de cabeamento estruturado (ativos e
passivos) da CAIXA deverão obrigatoriamente ser identificados, conforme
orientações abaixo:
 Tomada de telecomunicações: Identificação através de etiqueta
adesiva apropriada, com impressão permanente, fixada na parte frontal
do espelho, conforme padronização adotada pela CAIXA, observada a
correspondência com as portas do patch panel.

12
 Cordões de conexão ou cabos de manobra (Patch cables ou patch

Versão: 02. Outubro de 2015


cords): Identificação de cada cabo, através de etiqueta adesiva
apropriada, com impressão permanente, em ambas as extremidades.
 Cabeamento Horizontal: As terminações (área de trabalho e
gabinete/rack) de cada lance do cabeamento horizontal deverão ser
identificadas de forma única, por meio de etiqueta apropriada, de
impressão permanente, ou através de anilhas plásticas.
No sistema de cabeamento estruturado da CAIXA deverá ser adotado um
padrão de identificação que contém quatro caracteres alfanuméricos, a saber:
YXXX, onde:
Y = L para rede local de dados e T para rede de telefonia;
XXX = número sequencial crescente na rede de 001 a 999.
Estas informações deverão ser indicadas em projeto nas plantas baixas do
sistema de cabeamento estruturado, cabos e patch panels.
Os cordões de conexão fazem parte da rede secundária, porém não serão

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


mostrados nos projetos, em planta baixa. Eles deverão ser indicados nos
detalhes dos racks de telecomunicações.

3.2 Projeto de Backbone de Campus ou Edifício

O subsistema de Backbone de Campus é necessário quando a instalação


envolve mais de um edifício e é responsável pela interligação entre eles. O
backbone de campus trata-se do conjunto de cabos que se estende desde o
Distribuidor de Campus (CD) até os Distribuidores de Edifício (BD).
Cada edificação possui o seu próprio subsistema de backbone, constituído
por um Distribuidor de Edifício (BD) e o cabeamento de backbone que
estende-se deste até os Distribuidores de Piso (FD) localizados nas salas de
telecomunicações (ou salas técnicas) em cada pavimento.
O backbone de edifício também tem topologia estrela, onde o ponto central
será a Sala de Equipamentos do edifício.
Os elementos funcionais dos subsistemas de cabeamento em edifícios
comerciais são, portanto, interconectados para formar uma estrutura
hierárquica, conforme mostrado na figura a seguir:

13
Estrutura hierárquica do cabeamento

Os cabos utilizados nos subsistemas de backbone poderão ser:


a) Cabo UTP, 4 pares, 100 Ω;
b) Cabo multipares (apenas para aplicações de voz);
c) Cabo de fibra óptica multimodo OM3 e OM4;
d) Cabo de fibra óptica monomodo.
O comprimento máximo do canal depende do meio físico aplicado. Estes
comprimentos máximos estão listados na tabela abaixo:

Tipo de Cabo Distância (m) Descrição/Aplicação

Fibras monomodo 2.000 Cabo OS-1

14
Versão: 02. Outubro de 2015
Fibras multimodo 2.000 Cabos de 50/125 ou 62,5/125

Cabos
balanceados 2.000 Voz, PABX (até 100 kHz)
Classe A

Cabos
balanceados 200 RSDI (até 1 MHz)
Classe B

Cabos
balanceados Alta velocidade (até 600
100
MHz)
Classes C, D, E e F

Para a definição do tipo de cabo a ser utilizado em um subsistema de


backbone deverão ser observados alguns aspectos:

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


a) Flexibilidade do meio condutor em relação aos serviços suportados
pelo mesmo;
b) Vida útil requerida para o cabeamento de backbone;
c) Dimensões do edifício e a quantidade de usuários que o ocuparão.
Cabos ópticos deverão ser utilizados para aplicações de backbone com
segmentos superiores a 90 m.
As fibras multimodo deverão ser aplicadas quando o comprimento do
backbone for de até 300 m quando utilizando-se de fibras OM3 e 550 m para
fibras OM4, conforme classificação abaixo. Para distâncias superiores às
citadas acima deverão ser utilizadas fibras ópticas monomodo.
A classificação das fibras multimodo segundo a largura de banda modal
efetiva em canal de 850 nm está descrita na tabela abaixo:

Distância de
Largura de
Classificação Núcleo transmissão a 10
banda (850 nm)
Gb/s

2.000
OM3 50/125 µm 300m
MHz.km

4.700
OM4 50/125 µm 550m
MHz.km

15
Para garantir as aplicações de dados, cabos ópticos deverão ser utilizados
entre dois ou mais edifícios para implementação do backbone de campus. Em
Edifícios Administrativos da CAIXA deverá ser utilizado sempre cabeamento
óptico também no subsistema de backbone de edifício.

3.3 Infraestrutura para Instalações de Encaminhamento do


Sistema de Cabeamento Estruturado
Para o encaminhamento do sistema de cabeamento estruturado, deverão ser
previstas estruturas dedicadas e independentes, levando-se em consideração
as necessidades atuais dos usuários.
A distribuição destes cabos poderá ainda ser realizada com a utilização de
eletrodutos, dutos de piso embutidos, canaletas metálicas e leitos para cabos
(bandejas ou eletrocalhas), conforme a densidade de cabos.
Para grandes densidades de cabos, deverá ser dada preferência à utilização
de eletrocalhas, que deverão ser confeccionadas em chapa de aço SAE
1010/1020 galvanizadas a fogo, com espessura mínima de 2.11 mm (#14
BWG), lisas ou perfuradas e com tampa.
Deverão ser utilizados acessórios adequados (terminações, emendas,
derivações, curvas horizontais e verticais) para conexão e fixação de
eletrocalhas de encaminhamento a fim de se evitar bordas cortantes que
possam danificar os cabos.
O encaminhamento deverá ser realizado por eletrodutos em locais com baixa
densidade de cabos, ou em prumadas verticais. Assim, deverão ser utilizados
para encaminhamento dentro das salas, a partir de uma derivação específica
da eletrocalha, sempre que possível, eletrodutos rígidos de aço galvanizado.
Em situações particulares poderá ser admitido o uso de eletrodutos de PVC
rígido ou eletrodutos metálicos flexíveis (tipo sealtube).
Para as instalações que utilizem eletrodutos deve-se, obrigatoriamente,
utilizar as derivações e seus acessórios tais como curvas, buchas, arruelas,
etc. Para a fixação dos eletrodutos junto às paredes devem-se utilizar
braçadeiras, sendo recomendável as do tipo "D" e manter afastamento
máximo de 1 metro entre as mesmas.
Em todas as situações, deverá ser obedecido o raio de curvatura mínimo
permitido para cada tipo de cabo.
A ocupação inicial dos eletrodutos, deverá ser prevista em até um terço de
sua seção transversal, disponibilizando-se espaço para expansões futuras.
Deverão ser respeitadas em todas as situações, as taxas de ocupação
máxima de 40% para eletrodutos e 50% eletrocalhas.

16
A ocupação máxima de eletrodutos para cabo UTP 4 pares CAT.6 está

Versão: 02. Outubro de 2015


relacionada na tabela abaixo (Eletrodutos em aço carbono tipo médio):

Tamanho nominal
Número de cabos UTP
interno (mm)

20 ¾” 3

25 1” 6

32 1 ¼” 10

40 1 ½” 15

50 2” 20

65 2 ½” 30

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


80 3” 40

A ocupação máxima de eletrodutos apresentada acima está baseada no


diâmetro externo máximo de 6,3 mm para um cabo UTP Cat. 6 e capacidade
máxima permitida pelo norma TIA/EIA 569. Nessa tabela, o segmento de
eletroduto tem comprimento máximo de 30 metros e taxa de ocupação de 40
%.
Os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou
equipamentos, não deverão exceder 15 m de comprimento para os
subsistemas de cabeamento horizontal e backbone de edifício, ou seja,
aqueles internos à edificação.
Um segmento contínuo de eletrodutos poderá ter no máximo 30 metros e duas
curvas de 90º. Para cada curva de 90º utilizada, o diâmetro do eletroduto
empregado no trecho deverá ser aumentado em uma seção em relação ao
originalmente calculado. Por exemplo: em um lance cujo eletroduto
necessário devido ao número de cabos é de 20 mm, caso exista a
necessidade de utilização de uma curva de 90º neste trecho, o eletroduto
deverá ser de 25 mm. Caso sejam necessárias duas curvas deverá ser
utilizado então um eletroduto de 32 mm de diâmetro.
Deverão ser utilizadas curvas de raio longo e estas curvas não deverão ser
acopladas diretamente às caixas de passagem. As terminações dos
eletrodutos deverão ser providas de buchas e arruelas.

17
As caixas de passagem utilizadas em trechos retilíneos deverão ter
comprimento, na direção de puxamento dos cabos, de no mínimo dez vezes
o diâmetro nominal do eletroduto de maior seção transversal que atinge a
caixa. Poderão ser utilizadas caixas metálicas em alumínio ou em ferro
galvanizado, conforme o caso.
Para cabeamento do subsistema de backbone de campus, interligando dois
edifícios de um mesmo sistema de cabeamento estruturado, o comprimento
máximo deve ser de 50 m. Neste caso, as caixas de passagem a cada
cinquenta metros deverão possuir no mínimo as seguintes dimensões
80x80x100 cm (largura x comprimento x profundidade). As caixas de
passagem construídas no piso poderão ser feitas em alvenaria de tijolo
maciço, internamente rebocadas e com tampa de ferro fundido.
Os raios de curvatura mínimos permitidos estão relacionados nas tabelas
abaixo, conforme o tipo de cabo utilizado.

Cabos Ópticos.
Raio mínimo Subsistema de Condição
Cabo Óptico
de curvatura cabeamento mecânica

Multimodo, 2 ou 4 fibras 25 mm Horizontal Em repouso

Multimodo, 2 ou 4 fibras 50 mm Horizontal Sob tensão de 222N

Multimodo ou 10x diâmetro


Backbone Em repouso
monomodo, multipares externo

Sob tensão (Ver


Multimodo ou 15x diâmetro
Backbone especificação do
monomodo, multipares externo
fabricante)

Multimodo ou 20x diâmetro Sob tensão de


Backbone
monomodo, multipares externo 2670N

Cabos Metálicos
Raio mínimo Subsistema de Condição
Cabo Metálico
de curvatura cabeamento mecânica

4x diâmetro Horizontal e
UTP, 4 pares Em repouso
externo backbone

18
Área de

Versão: 02. Outubro de 2015


trabalho e
UTP, patch cord 6 mm espaço de Em repouso
telecomunicaçõ
es

3.3.1 Aterramento
Toda a infraestrutura metálica de encaminhamento do sistema de
cabeamento estruturado deverá ser equipotencializada. Deverá ser garantida
sua continuidade elétrica.
Quando houver pontos de descontinuidade em eletrodutos ou eletrocalhas
metálicas, estes deverão ser interligados através de condutor de cobre com
seção mínima de 6 mm².
Os subsistemas de aterramento dos sistemas elétrico e de cabeamento
estruturado deverão ser interligados com a utilização de barramento de
equipotencialização, em atendimento às normas NBR 5410 e NBR 5419. Toda

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


a infraestrutura deverá ser conectada de forma a garantir a continuidade da
equipotencialização em toda a instalação.
3.3.2 Interferências Eletromagnéticas
O encaminhamento dos subsistemas de cabeamento horizontal e de
backbone deverão ser isentos de fontes de interferência eletromagnética e de
fontes de interferência de radiofrequência.
Quando houver perfeito isolamento entre o encaminhamento do sistema de
cabeamento estruturado e fontes de interferência (eletromagnética e
radiofrequência) e este encaminhamento for livre de riscos por danos
mecânicos, poderá ser utilizado eletroduto de PVC (cloreto de polivinila)
rígido.
Quando o encaminhamento for realizado de forma subterrânea, deverão ser
usados eletrodutos de PVC rígido.
Deverá ser realizada separação física entre as redes de energia e
telecomunicações a fim de se anular efeitos das interferências.
Para evitar interferências eletromagnéticas, a infraestrutura de
encaminhamento do sistema de cabeamento estruturado deverá cruzar
perpendicularmente as lâmpadas e cabos elétricos e deverão estar afastados,
no mínimo de:
 1,20 m de motores elétricos ou transformadores;
 30 cm de condutores e cabos utilizados em distribuição elétrica;
 12 cm de lâmpadas fluorescentes.

19
Os valores acima se referem a circuitos elétricos de potência inferior a 5 KVA.
A tabela abaixo apresenta a distância de separação mínima entre as
infraestruturas de instalações de cabeamento estruturado (comunicação de
dados) e instalações elétricas, conforme Norma Internacional ANSI/TIA 569.

Nº de circuitos Circuito elétrico Separação


mínima

1 - 15 Até 20 A em 110 - 240 V Separação Física


(Monofásico, em conduto metálico
ou não)

16 - 30 Até 20 A em 110 - 240 V 50 mm / 2”


(Monofásico, em conduto metálico)

31 - 60 Até 20 A em 110 - 240 V 100 mm / 4”


(Monofásico, em conduto metálico)

61 - 90 Até 20 A em 110 - 240 V 150 mm / 6”


(Monofásico, em conduto metálico)

91 + Até 20 A em 110 - 240 V 300 mm / 12”


(Monofásico, em conduto metálico)

1+ Até 100 A em até 415 V (Trifásico, 300 mm / 12”


em conduto metálico)

Para encaminhamentos de cabos de energia e de cabeamento estruturados


dispostos em Canaletas ou Dutos Metálicos, será permitido o mesmo
encaminhamento desde que haja separação física entre os cabos e sejam
satisfeitas as seguintes condições:
 As Canaletas ou Dutos Metálicos sejam completamente fechados e
estejam aterrados;
 As Canaletas ou Dutos metálicos possuam espessura mínima de 1 mm
se de aço ou 2 mm se feitas de alumínio.
Neste caso a rede elétrica fica limitada à condução de uma corrente inferior a
20 A em uma tensão monofásica máxima de 240V.

3.4 Projeto para as Salas de Equipamentos e de


Telecomunicações (Sala Técnica)
A Sala de Equipamentos é a área dentro do edifício, destinada às instalações
dos equipamentos de uso comum a todos os usuários da rede, projetada para

20
atender ao edifício ou campus inteiro. Deverá haver uma única sala de

Versão: 02. Outubro de 2015


equipamentos para cada edifício ou campus.
A Sala Telecomunicações ou Sala Técnica é a área dentro do edifício,
localizada em cada um dos pavimentos, onde serão instalados tanto o
distribuidor de piso quanto os equipamentos ativos dedicados a atender os
usuários deste pavimento. As salas de telecomunicações deverão oferecer
todas as facilidades (espaço, alimentação elétrica, climatização, controle
ambiental, etc.) para instalação dos ativos e passivos citados acima.
Cada sala de telecomunicações deverá ter acesso direto ao subsistema de
cabeamento de backbone.
Os espaços e infraestrutura destas salas deverão ser dimensionados
conforme ANSI/TIA/EIA-569.
As funções das salas de equipamentos e de telecomunicações poderão ser
supridas em uma única sala, de acordo com as características da instalação.
Deverá ser prevista a instalação de uma Sala de Telecomunicações (ou Sala
Técnica) em cada pavimento de um edifício para o atendimento às suas áreas

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


de trabalho. O mesmo se aplicará às agências, obedecendo-se sempre o
critério de comprimento máximo de 90 m para um canal de cabeamento
horizontal. Portanto, uma sala de telecomunicações atenderá a uma área no
pavimento equivalente a um círculo de raio noventa metros.
Esta sala deverá estar localizada numa posição central no pavimento, de
modo a atender ao maior número possível de pontos, salvo casos
excepcionais.
As salas técnicas não deverão ser posicionadas em locais onde existam
tubulações de água ou esgoto acima, ou ainda, próximas a locais sujeitos a
infiltrações, poeira, agentes corrosivos ou vapores tóxicos.
As Salas Técnicas não deverão ser posicionadas próximas a fontes de
interferência eletromagnética, como por exemplo, transformadores ou
motores.
3.4.1 Dimensionamento da área de uma Sala Técnica
O dimensionamento da Sala Técnica (ou Sala de Telecomunicações) deverá
ser baseado na área do pavimento ou espaço a ser atendido. Deverão ser
considerados como parte deste os espaços necessários para a instalação dos
distribuidores de piso e subsistemas de backbone e cabeamento horizontal.
A tabela abaixo apresenta os requisitos para dimensionamento de salas de
telecomunicações de acordo com o padrão da norma internacional
ANSI/TIA/EIA 569.

Área Atendida (m²) Sala Técnica: comprimento x largura = área (m²)

21
1000 3 x 3,4 = 10,2

800 3 x 2,8 = 8,4

500 3 x 2,2 = 6,6

Em casos onde as funções das salas de equipamentos e de telecomunicações


forem realizadas por uma mesma sala (como ocorre em grande parte das
agências CAIXA), deverão ainda ser considerados os espaços necessários
para a instalação do Distribuidor Geral e de equipamentos como o PABX na
sala técnica e a área necessária para esta sala poderá ser superior ao
dimensionamento apresentado acima.
3.4.2 Localização
A escolha da localização da Sala Técnica deverá levar em consideração
aspectos como distância máxima de 90 metros da área de trabalho, bem como
discrição – Esta localização deverá ser tal que visitantes não tenham
conhecimento de sua existência.
Caso exista Sala de Segurança na unidade, deverá ser dada preferência à
localização da Sala Técnica próxima a esta. Deverá ser previsto sistema de
controle de acesso, visando permitir o acesso restrito aos funcionários da
unidade.
3.4.3 Aspectos gerais de construção da sala técnica
Paredes, pisos, divisórias, forros e outras instalações estruturais deverão ser
pintadas em cores claras, para melhoria do rendimento da iluminação, bem
como para reduzir a incidência de poeira.
Deverá ser utilizado piso elevado, com placas em dimensões próximas a 0,6
x 0,6 m, com revestimento melamínico, permitindo a flexibilidade das
mudanças necessárias, tanto do cabeamento quando da posição dos
equipamentos.
O cabeamento estruturado sob o piso elevado deverá ser organizado,
disposto sobre eletrocalhas ou leitos. Conjuntos de cabos deverão ser
amarrados com abraçadeiras que não causem deformações mecânicas nos
mesmos. Fibras ópticas deverão ser instaladas em eletrodutos ou separadas
dos cabos metálicos por septos divisores, quando em eletrocalhas.
As paredes deverão ser construídas em alvenaria com pintura acrílica ou
constituídas por divisórias, conforme o padrão da edificação.
Por questões de segurança e garantia das condições ambientais internas,
deverá ser evitada a utilização de janelas em salas técnicas. Caso a existência
de janelas seja inevitável, estas deverão ser inacessíveis pelo lado externo.

22
Deverá ainda ser prevista a instalação de forro modular de material não

Versão: 02. Outubro de 2015


poroso, com perfilados de aço galvanizado tipo “T”.
Deverá ser considerado um pé-direito mínimo de 2,6 m desde o piso acabado
até a mais baixa instalação no teto (forro, luminárias, etc.), podendo este ser
superior a fim de promover uma distância mínima entre a parte superior dos
racks até qualquer instalação no teto de 40 cm.
No interior da Sala Técnica não deverão existir instalações ou passagem de
tubulações de água, gás, esgoto ou quaisquer outros sistemas não
relacionados ao sistema de cabeamento estruturado.
A iluminação deverá ser projetada de forma que se obtenha um iluminamento
medido mínimo de 500 lux em um plano de trabalho a 1 metro do piso
acabado. Deverão ser utilizadas luminárias de embutir, para 2 lâmpadas
fluorescentes tubulares T5 de 28 W, ou conforme o padrão utilizado na
edificação. O acionamento das luminárias deverá ocorrer por interruptor
instalado na sala. O circuito de alimentação do sistema de iluminação deverá
ser exclusivo e independente daqueles destinados à alimentação de
computadores e outros equipamentos.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


Deverá ainda ser prevista iluminação de emergência, composta por no
mínimo, por dois blocos autônomos alimentados por circuito independente.
A alimentação elétrica de computadores e demais equipamentos do sistema
de cabeamento estruturado deverão ser independentes de quaisquer outros
circuitos, derivados de quadro de distribuição contingenciado pelo nobreak da
unidade.
Tomadas independentes deverão ser instaladas na Sala Técnica para outros
usos, tais como, ferramentas, equipamentos para limpeza e outras
conveniências.
Somente será permitido o compartilhamento da sala técnica para instalação
de equipamentos elétricos como Nobreak, caso este tenha uma potência
máxima de 100 kVA e utilize baterias seladas. Caso as baterias não sejam
seladas, o nobreak de qualquer potência deverá ficar em sala distinta.
A Sala deverá ser atendida pelo sistema de climatização central, quando
houver e também por sistema autônomo com possibilidade de funcionamento
24 horas (Equipamento tipo split ou similar). Os sistemas deverão ser
intertravados.
Caso não exista sistema de climatização central, os equipamentos dedicados
à Sala Técnica deverão ser no mínimo dois. Caso haja máquinas
redundantes, deverá ser programado rodízio periódico de utilização a fim de
manter todas as máquinas sempre em condições de operação.
Deverá ainda ser prevista drenagem para água de condensação do sistema e
isolamento térmico para evitar condensação externa nos dutos.
23
É recomendado que a umidade relativa do ambiente seja mantida entre 40%
a 50%, admitindo-se uma umidade relativa máxima de 60%.
O ambiente deverá ser livre de impurezas do ar, incluindo poeira, fumaça,
gases e produtos químicos.
No interior da Sala Técnica deverá ser instalado um barramento de cobre que
será o ponto de aterramento comum para todos os sistemas internos. Este
ponto deverá ser conectado diretamente ao sistema de aterramento da
edificação.
A este ponto de aterramento deverão ser conectadas as estruturas metálicas
do piso elevado, racks, eletrodutos, dutos metálicos ou quaisquer outras
existentes na Sala Técnica. Cada estrutura metálica deverá ser conectada ao
ponto de aterramento de forma direta e individual. Não serão permitidas
conexões em série do cabo de aterramento.
Deverão ser realizadas limpezas periódicas a fim de manter o funcionamento
confiável e eficiente dos equipamentos instalados na Sala Técnica.
Maiores esclarecimentos poderão ser obtidos nos cadernos de diretrizes
técnicas específicos, como por exemplo, os cadernos de arquitetura e
engenharia civil, climatização, luminotécnica, segurança e elétrica.

3.5 Rack de Telecomunicações


O rack de telecomunicações é elemento utilizado para organizar os
equipamentos e distribuir a rede interna ou externamente. Nele serão
instalados os equipamentos ativos e passivos de uma rede.
Os racks são projetados para acomodar servidores, roteadores, switches,
patch panels, modens, servidores, monitores, teclados, bandejas de
distribuição de fibras ópticas e blocos de conexão para telefonia.
Os racks deverão ter, de preferência, uma altura máxima de 2,1 m, permitindo
assim o acesso aos equipamentos e conexões em sua parte superior.
Os racks deverão ainda ser dimensionados de maneira adequada e suficiente
para acomodar os equipamentos planejados, incluindo espaços para o
cabeamento frontal e traseiro, organização do cabeamento, bem como para
permitir a circulação de ar necessária para ventilação e refrigeração.
Guias de cabos horizontais e verticais deverão ser instaladas para acomodar
os cabos fixos e de manobra, facilitando assim a manutenção e evitando que
o peso dos cabos danifique os conectores.
Os racks/gabinetes projetados para instalação nas Salas Técnicas da CAIXA
deverão ter estrutura interna de largura 0,483 m (padrão de 19”). A altura

24
mínima recomendada é de 42 U. Eventualmente para algumas unidades com

Versão: 02. Outubro de 2015


redes locais menores poderão ser utilizados gabinetes de parede (Bracket).
Na área de manutenção das máquinas do autoatendimento deverá ser
prevista a instalação de um Bracket (Rack de parede).
3.5.1 Montagem do rack
As seguir serão apresentadas recomendações para a montagem dos racks de
telecomunicações, principalmente no tocante à distribuição dos
equipamentos, visando a administração dos elementos instalados no rack.
3.5.1.1 Disposição dos componentes do rack
Os equipamentos ativos, tais como modens, roteadores e switches deverão
ser instalados nas posições superiores do rack/gabinete. A ordem de
instalação dos equipamentos será: Roteador no topo do rack, seguido por
modens e switches.
Na sequência deverão ser instalados os patch panels, devendo aqueles que
atenderão à rede local serem instalados primeiro e, por último, na parte inferior
do rack/gabinete, aqueles que atenderão à telefonia.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


Os modens deverão ser instalados em bandejas que permitam uma perfeita
disposição e ventilação.
Deverão ser instalados organizadores de cabos horizontais, com altura de 1
U, entre os equipamentos ativos e também entre os patch panels. Portanto,
na montagem do rack, deverá haver uma alternância entre equipamentos
ativos e organizadores de cabos horizontais e de patch panel e organizadores
de cabos horizontais.
As réguas para alimentação elétrica dos equipamentos deverão ser instaladas
na parte inferior traseira do rack/gabinete.
Os switches e roteadores deverão ser fixados ao rack, através de dispositivos
de fixação próprios que acompanham estes equipamentos.
3.5.2 Codificação de cores da capa externa dos patch cables
Visando promover uma diferenciação visual entre os diversos patch cables
utilizados no sistema de cabeamento estruturado para as várias
funções/conexões, a cor da capa externa destes cordões deverá ser escolhida
conforme codificação abaixo:
 Vermelho – cordões de equipamentos utilizados para conectar
servidores;
 Amarelo – cordões de equipamentos utilizados para conectar
roteadores e switches;
 Azul – cordões da área de trabalho utilizados para conectar estações
de trabalho e impressoras;

25
 Verde – cordões utilizados para conectar equipamentos da telefonia.
3.5.3 Identificação dos patch cables usados na montagem do rack
A identificação dos patch cables deverá ser sequencial por codificação de
cores e realizada em ambas as extremidades do cabo, conforme descrito a
seguir:
 Cabo Vermelho:
L001 – Servidor da rede bancária;
L002 – Servidor da rede de escritório;
L003 – Servidor da rede de penhor.
 Cabo Amarelo:
L001 – Roteador Fast Ethernet 0/1 rede bancária;
L002 – Roteador Fast Ethernet 1/1 rede escritório;
L003 - Primeiro switch da rede bancária;
L004 – Segundo switch da rede bancária;
L005 – Caso não haja mais switches na rede bancária o cabo passará a ser
utilizado pela rede de escritório. A numeração segue sequencialmente para a
quantidade de equipamentos que se faça necessário conectar.
 Cabo Azul:
LXXX – A numeração é sequencial e crescente. Deverá ser identificado na
mesma quantidade de pontos que foram instalados no patch panel.
 Cabo Verde:
TXXX – A exemplo da identificação do cabo azul, é sequencial e crescente.
Deve ser identificado na mesma quantidade de pontos de telefonia que foram
instalados no patch panel correspondente.

3.6 Conectorização
3.6.1 Cabos UTP
Nos subsistemas de cabeamento horizontal, o cabo mais comumente utilizado
é o par trançado, com conector RJ-45 nas pontas dos cabos e nas placas de
comunicação.
Nas placas de comunicação e tomadas os conectores são do tipo “fêmea”,
enquanto nas extremidades dos cabos, são do tipo “macho”.

26
Versão: 02. Outubro de 2015
Conectores RJ 45 – Macho e Fêmea

Segundo a norma internacional ANSI/TIA/EIA 568, existem duas


possibilidades de conectorização, no que se refere à disposição dos pares nos
conectores padrão RJ-45. Estes padrões, denominados 568-A e 568-B, sendo
que, ao optar por um dos padrões, a conectorização em todos os dispositivos
(Patch panel, RJ-45 macho e fêmea) deverá ser realizada da mesma forma.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado

Padrões de Conectorização EIA 568A e 568B

O padrão utilizado no sistema de cabeamento estruturado da CAIXA, tanto


para dados como para telefonia é o 568A, ilustrado na figura acima.

27
Desta forma, a tabela do padrão de codificação de cores T568A será a
seguinte:

Codificação de pares conforme T568A

Pino do conector RJ-45 Cor da capa do fio Par da T568A

1 Branco/verde 3

2 Verde 3

3 Branco/laranja 2

4 Azul 1

5 Branco/azul 1

6 Laranja 2

7 Branco/marrom 4

8 Marrom 4

Para realizar a conectorização dos cabos, é necessária a retirada da capa


externa dos cabos UTP. Para a retirada desta capa externa dos cabos
deverão ser utilizadas ferramentas específicas (Stripping tools) que possuam
seção de corte conforme o diâmetro dos cabos. Sua utilização mantém a
isolação dos pares internos preservada.
Na terminação dos cabos, para assegurar o desempenho de transmissão,
deverá ser mantido os pares trançados. Não mais de 20 mm dos pares
deverão ser destrançados nos pontos de terminação (Painel de conexão,
plugue e tomada de parede). Deverá ser mantido o passo da trança idêntico
ao do fabricante a fim de manter as características originais e, dessa forma,
manter sua compatibilidade elétrica que assegure o desempenho requerido.
As ferramentas utilizadas para conectorização dos cabos metálicos deverão
ser adquiridas em conjunto com os demais produtos adotados na instalação
(mesmo fabricante).

28
Versão: 02. Outubro de 2015
Ferramentas para conectorização de cabos UTP
3.6.2 Cabeamento Óptico
Uma conectorização óptica consiste na junção do cabo de fibra óptica por um
conector óptico. Servem para aumentar o comprimento do cabo óptico,
conexão de um equipamento ativo ou efetuarmos manobras em um sistema
de cabeamento estruturado.
Existem três tipos de emendas ópticas:
 Emenda por Fusão: as fibras são fundidas entre si;
 Emenda Mecânica: as fibras são unidas por meios mecânicos;
 Emenda por Conectorização: são aplicados conectores ópticos.
As emendas ópticas, sejam por fusão ou mecânicas, apresentam uma
atenuação muito menor que um conector óptico.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


Conectorização
Neste processo, duas fibras devem ser alinhadas e não unidas. Entretanto,
em cada fibra é colocado um conector óptico e estes dois conectores são
encaixados em um acoplador óptico de modo a tornar possível o alinhamento
entre as fibras, sem uni-las definitivamente. Isto é conseguido através do uso
de um conector chamado de Adaptador Óptico. Esta emenda é executada de
forma rápida, desde que os conectores já estejam instalados nos cordões.
Ele é também muito usado em acessórios ópticos chamados de Distribuidores
Ópticos, onde fazem a interface entre um cabo vindo de uma sala de
equipamentos e os equipamentos ativos instalados no andar, no Armário de
Telecomunicações.
Há vários tipos de conectores ópticos no mercado, cada um voltado a uma
aplicação. Basicamente, os conectores são constituídos de um ferrolho com
uma face polida, onde é feito o alinhamento da fibra, e de uma carcaça provida
de uma capa plástica. Os diversos tipos de conectores variam nos formatos e
na forma de fixação (encaixe, rosca). Os conectores são todos machos, ou
seja, os ferrolhos são estruturas cilíndricas ou cônicas, dependendo do tipo
de conector, que são inseridos em adaptadores ópticos.
Os requisitos dos conectores são a montagem simples, uma forma construtiva
estável, pequenas atenuações e proteção das faces das fibras e os fatores
que influenciam em sua qualidade são o alinhamento, a montagem e a
características de transmissão das fibras. Lembrando que existem conectores
para fibra única e para várias fibras (múltiplo).

29
Os acopladores de fibra e os conectores dever ser protegidos contra poeira e
outros contaminantes enquanto estiverem em estado ocioso. Recomenda-se
também limpar as faces dos conectores de fibra antes da conexão ao
equipamento ativo. As figuras a seguir ilustram os tipos de conectores mais
comuns encontrados no mercado:

D4 / SC Duplex / SMA

ST / LC / MTP

MTRJ / VOLITION / E2000

ESCON / FC / FDDI

30
Versão: 02. Outubro de 2015
BICONIC / SC

Padrão de cores
A codificação correta dos conectores e acopladores, por exemplo por meio de
cores, deve ser usada para assegurar que o acoplamento de diferentes fibras
não ocorra. Adicionalmente, a polarização e a identificação das posições das
fibras ópticas podem ser usadas para garantir que a polarização correta seja
mantida para enlaces duplex.
Segundo a NBR 14565:2013, o seguinte código de cores aplica-se à IEC
60874-19-1 para conectores SC duplex e à IEC 60874-14 para conectores SC

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


simplex, mas também é usado para outros tipos de conectores:
 Multimodo de 50 mm e 62,5 mm: bege ou preto;
 Monomodo PC: azul;
 Monomodo APC: verde.
A polaridade consistente das conexões de fibras ópticas duplex deve ser
mantida ao longo do sistema de cabeamento.
Para assegurar uma flexibilidade máxima do lado do cabeamento das
tomadas de telecomunicações e dos painéis de distribuição, um conector
simplex é recomendado para a terminação dos cabos ópticos horizontais e de
backbone.
Os conectores e acopladores têm suas polaridades conforme mostrado na
figura abaixo.

31
Configuração de conectividade SC Duplex

Projetos alternativos de conectores (por exemplo, de dimensões reduzidas)


devem empregar esquemas de identificação similares. Conectores com travas
mecânicas já definem o posicionamento da mesma forma que os encaixes
fazem em conectores polarizados.
Conectores de dimensões reduzidas são recomendados quando a alta
densidade é uma consideração importante para a infraestrutura de entrada do
edifício, distribuidor de campus, distribuidor de edifício, distribuidor de piso ou
ponto de consolidação. Estes conectores deverão atender a um padrão de
interface definido pela IEC e satisfazer os requisitos de desempenho da ABNT
NBR 14433.

3.7 Certificação
Após concluída a instalação dos subsistemas de cabeamento horizontal e
backbones, o meio de transmissão deverá ser certificado, ou seja, deverá ser
elaborado relatório contendo uma sequência padronizada de testes que
garantam o desempenho do sistema para transmissão em determinadas
velocidades.
O conjunto de testes necessários para a certificação do cabeamento e seus
acessórios (painéis, tomadas, cordões, etc.) é feito por equipamentos de
testes específicos (hand-held certification tools, cable tests ou cable analyzer),
que indicam determinadas características elétricas do meio físico. Os
parâmetros coletados serão processados e permitirão aferir a qualidade da
instalação e o seu desempenho, mantendo um registro da situação inicial do
meio de transmissão. Os parâmetros de testes em certificações de cabos UTP
são definidos pela norma internacional ANSI/TIA/EIA 568.
3.7.1 Certificação em cabeamento metálico

32
Para o cabeamento em cobre, deverá ser realizado teste em 100% dos

Versão: 02. Outubro de 2015


segmentos de cabos, e os seguintes parâmetros elétricos e mecânicos
deverão ser verificados, de acordo com as normas aplicáveis:
 Wire Map (Mapeamento dos Fios): identifica a integridade e correção
das interligações dos fios do cabo aos pinos correspondentes na
terminação (tomada, bloco ou patch panel); Indica inversões de pares
e falhas de contato; Indica falhas de montagem;
 Comprimento: mede o comprimento do cabo através de meios
elétricos;
 Atenuação (Perda de Inserção): perda ou enfraquecimento do sinal que
percorre um meio físico;
 Near-End (NEXT): acoplamento de um sinal de um par para outro par
ou pares adjacentes;
 PSNEXT: Soma das potências do NEXT;
 ACR: Mede a relação entre a atenuação e o crosstalk em um par de
fios do cabo UTP;

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


 ELFEXT: Diferença entre o FEXT e a atenuação e é crítico quando um
ou mais pares transmitem sinais na mesma direção;
 PSELFEXT: mede o ELFEXT quando se aplica o sinal em 3 pares e
verifica-se a influência no quarto par, na ponta distante;
 Perda de Retorno: Taxa de potência refletida dada uma potência
inserida;
 Atraso de Propagação: Define o tempo de propagação do sinal da
origem ao destino do cabo;
 Delay skew (desvio de atraso de propagação): Atraso de propagação
entre o par mais lento e o par mais rápido no meio físico (UTP).
Na certificação, o cabeamento estruturado deverá ser analisado por
equipamento de medição que atenda o nível de precisão IV, para cada canal,
certificando-se as propriedades citadas acima.
Todos os itens devem atender às exigências estabelecidas pela EIA/TIA para
categoria 6, padrão de conectorização 568-A. Os segmentos de testes
deverão incluir cabos de ligação (patch cables) e painéis de passagem (patch
panels), desde o conector RJ-45 do painel até o conector RJ-45 da estação
de trabalho.
O relatório da certificação deverá ser entregue em meio impresso e digital,
apresentando os resultados detalhados de todos os testes.
3.7.2 Certificação em cabeamento óptico

33
A certificação nos cabos ópticos consiste de procedimentos de inspeção e
testes nestes cabos.
O número de parâmetros de teste nos cabos ópticos é menor do que nos
cabos UTP, porém o procedimento de testes é mais sofisticado,
principalmente em função da imunidade a ruídos externos da fibra óptica (não
existe a ocorrência de Crosstalk, por exemplo).
Os procedimentos para testes em cabos ópticos são definidos pelas normas
internacionais ANSI/TIA/EIA-568-C.3, TIA-562-14-A E TIA 526-7.]
Deverá ser executada, basicamente, a verificação dos seguintes testes em
campo:
 Continuidade;
 Comprimento;
 Atenuação.
O relatório da certificação deverá ser entregue em meio impresso e digital,
apresentando os resultados detalhados de todos os testes.

34
4 Apresentação de Projetos

Versão: 02. Outubro de 2015


O projeto deverá ser composto de: representação gráfica, memorial descritivo
contendo especificações de materiais e serviços, planilha orçamentária e
cronograma de execução.
A representação gráfica deverá ser desenvolvida em software para
computador (plantas, memoriais e relação e quantitativo de materiais),
devendo ser entregues cópias impressas, e mídia digital (CD) em arquivos
com extensão compatível definida pela CAIXA. Plantas baixas e demais
desenhos e detalhes deverão ser entregues em arquivos com extensão DWG.
O memorial descritivo deverá ser entregue impresso e apresentado em mídia
digital em arquivos com extensão do tipo “DOC”, ou outras compatíveis com
Word. Planilhas orçamentárias e cronograma deverão ser apresentados em
arquivos com extensão do tipo “XLS”, ou outras compatíveis com Excel.

4.1 Representação gráfica

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


A representação gráfica será feita por meio de desenho de plantas baixas,
cortes e detalhes que permitam a análise e compreensão de todo o projeto de
cabeamento estruturado.
Os desenhos deverão ser identificados com carimbo padronizado, que deverá
conter:
 Dados completos do Escritório de Engenharia, com exceção da
logomarca;
 Logomarca da CAIXA;
 Identificação da unidade da CAIXA ao qual o projeto se refere;
 Identificação do arquivo (conforme nomenclatura padrão adotada pela
CAIXA);
 Título do desenho;
 Número do desenho;
 Número e data da revisão;
 Sequencial de numeração de plantas;
 Nome dos profissionais responsáveis e campo com assinatura do RT,
sob número de registro no CREA;
 Data de emissão;
 Escalas utilizadas;
 Desenho de referência.

35
As pranchas deverão possuir tamanho máximo A1 expandido. Caso seja
necessário, as pranchas deverão ser divididas em partes para que seja
possível a impressão em papel A1.
Os desenhos deverão seguir as penas e cores padronizadas pela CAIXA,
conforme Contrato de Prestação de Serviços de Arquitetura e Engenharia.
A simbologia a ser adotada nos desenhos deverá estar de acordo com norma
NBR 5444, e ser discriminada em legendas nos documentos apresentados.

4.2 Componentes de um projeto de rede estruturada


O projeto do sistema de cabeamento estruturada constitui-se do detalhamento
da distribuição de uma rede de telecomunicações em uma edificação de uso
comercial, contendo toda a infraestrutura necessária à sua implantação.
Deverão ser conteúdos integrantes do projeto de cabeamento estruturado:
 A localização das Salas de Equipamentos e/ou Telecomunicações
(Sala Técnica), dos Distribuidores (de Campus e/ou Edifício) e
Distribuidores de Piso;
 Planta baixa de todos os pavimentos, indicando a distribuição dos
Pontos de Telecomunicações a serem instalados nas Áreas de
Trabalho, indicando o Rack de Telecomunicações a partir do qual serão
atendidos;
 Determinação do caminho a ser seguido pelos cabos do subsistema de
cabeamento horizontal;
 Definição da prumada do subsistema de backbone;
 Planta baixa indicando a localização da interface de acesso à rede,
bem como a infraestrutura de entrada e sua interligação com o
Distribuidor de Edifício e/ou Distribuidor de Piso;
 Planta baixa indicando a interligação do Distribuidor Geral de Telefonia
ao rack de telecomunicações;
 Planta de situação ou implantação.
Todas as plantas deverão utilizar de simbologia padronizada nos desenhos;
Utilizando-se destas informações, será possível dar prosseguimento ao
projeto, cujas próximas etapas deverão acompanhar a seguinte ordem:
 Elaborar os detalhes das ocupações dos racks de telecomunicações,
da Sala Técnica e do Distribuidor Geral Edifício e/ou Distribuidor de
Piso;

36
 Definir o tipo, a capacidade, a contagem e o comprimento de cada cabo

Versão: 02. Outubro de 2015


que alimentará cada um dos racks de telecomunicações dos
pavimentos;
 Definir o tipo e a capacidade de cada bloco ou painel de conexão que
deverão ser instalados nos Rack de Telecomunicações, da Sala
Técnica e do Distribuidor Geral de Telefonia;
 Elaborar o diagrama unifilar da rede ou corte esquemático.
4.2.1 Definição dos cabos alimentadores
Considerando-se o disposto acima, definem-se o cabeamento dos
subsistemas de cabeamento de backbone e horizontal, conforme suas
aplicações. Tem-se à disposição as seguintes opções de escolha:
a) O cabeamento de acesso à rede será definido pela operadora,
conforme a demanda do usuário;
b) Em edifícios administrativos, os subsistemas de backbone (de campus
e edifício) deverão ser elaborados utilizando-se de cabos ópticos
monomodo.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


c) O subsitema de cabeamento de backbone de edifício deverá, sempre
que aplicável, ser elaborado com a utilização de cabos ópticos.
d) O subsitema de cabeamento horizontal (dados e voz), responsável pelo
atendimento à demanda da edificação, no que diz respeito às estações
de trabalho deverá ser elaborado utilizando-se de cabos metálicos;
e) Utilizar os cabos metálicos UTP de categoria 6;
f) Outros serviços demandados que requeiram alta velocidade de
transmissão deverão ser atendidos com cabeamento óptico;
g) A escolha dos cabos de alimentação deverá ser realizada de acordo
com a necessidade de comunicação de cada usuário e da
determinação dos diversos serviços ou facilidades desejadas.
h) As interligações entre o DG, a central telefônica e o rack de
telecomunicações deverá ser realizada com a utilização de cabo CI 50.
4.2.2 Contagem dos cabos alimentadores
O critério para determinar a contagem de cabos do subsistema de
cabeamento de backbone deverá ser como o exemplo a seguir:
a) A contagem de cabos deverá iniciar-se a partir dos racks mais
afastados do Distribuidor de Edifício.
b) À medida que se aproxima do Distribuidor de Edifício, a contagem do
cabo aumentará.

37
4.2.3 Diagrama unifilar
Consiste em apresentar esquematicamente os meios físicos e os cabos que
partem do primeiro Distribuidor (de Campus ou Edifício, ou ainda do
Distribuidor de Piso - conforme características da instalação) e terminam nos
racks de telecomunicações.
Os cabos que partem do distribuidor de piso até a área de trabalho também
deverão ser representados no diagrama unifilar.

4.3 Memorial descritivo


Deverá apresentar as características principais do sistema de cabeamento
estruturado da edificação, bem como as especificações dos equipamentos e
materiais empregados.
Todos os materiais, equipamentos e serviços deverão ser devidamente
especificados, estipulando-se as condições mínimas aceitáveis de qualidade.
Os materiais e equipamentos especificados deverão ser escolhidos entre os
que não forem de fabricação exclusiva, salvo se justificado tecnicamente.
Deverá conter a descrição completa da execução dos serviços, orientações
pertinentes a montagens especiais, orientações quanto às características
específicas para realização dos serviços envolvendo horários e outros
detalhes, orientações pertinentes a requisitos de segurança, procedimentos
de fiscalização, reaproveitamento de materiais existentes, etc.

4.4 Planilha orçamentária


Os seguintes itens deverão compor a planilha orçamentária detalhada do
projeto de cabeamento estruturado, conforme modelo padrão adotado pela
CAIXA:
 Descrição de cada item e sua respectiva quantidade;
 Custo unitário do material;
 Custo unitário da mão de obra;
 Custo do item do material;
 Custo do item da mão de obra;
 Custo total do item;
 Indicação do BDI adotado para a estimativa;
 Indicação do percentual do item em relação ao valor total;
 Indicação da fonte de pesquisa de preço;

38
 Indicação do código do item na fonte de preço.

Versão: 02. Outubro de 2015


A descrição de cada item na planilha deverá ser a mais completa possível, de
modo a evidenciar com clareza o objeto a que se refere, e, quando
relacionados a marca ou modelo, deverá ser acompanhada da expressão “ou
equivalente com características técnicas iguais ou superiores”. A utilização da
expressão “ou similar” não será admitida.

4.5 Cronograma de execução


O cronograma físico-financeiro de execução deverá ser elaborado conforme
modelo padrão adotado pela CAIXA.
A previsão das etapas de execução será exigível em todos os casos.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado

39
5 Materiais e Equipamentos
Todos os acessórios para conectividade da rede devem estar de acordo com
as normas de Cabeamento Estruturado TIA/EIA/568, 569 e 606, além de
apresentar compatibilidade entre si (Instalação, encaixe, etc.), padronização
de cores, materiais e fabricantes.

5.1 Cabo
5.1.1 Cabo UTP 4P Cat. 6
Aplicação: Tráfego de dados, voz e imagens, em obras de construção e/ou
reforma completa deverá ser utilizado cabo UTP 04 pares categoria 6. As
características dos cabos deverão atender às prescrições abaixo:
 Condutores de cobre rígido com isolação em polietileno de alta densidade, com
características elétricas e mecânicas mínimas compatíveis com os padrões para
categoria 6, descritos pela norma internacional ANSI/TIA/EIA 568-C.1;
 Construção convencional reunindo 4 pares trançados de condutores em capa de
PVC com separadores bisetoriais dos condutores e classificação UL listed como
CMR;
 Condutores com seção 23 AWG;
 Relação entre atenuação e diafonia (attenuation to crosstalk ratio, ACR) positivo
em frequências superiores a 318 MHz;

 Parâmetros de Atenuação, NEXT, PSNEXT, PSELFECT e Return Loss


especificados até 550 MHz;
 Deverá suportar taxas de transmissão de dados até 1.2 Gbps;
 Resistência a tensão de tração de 11 kgf e tensão de ruptura de 41 kgf;
 Deverá possuir diâmetro externo menor ou igual a 6,0 mm;
 Deverá possuir máxima resistência DC de 9,4Ω/100m;
 Possuir impedância de 100 ± 15 ohms, de 1 a 350 MHz;
 Temperatura de operação: -20 a 60ºC.
 Possuir certificação da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações.
5.1.2 Patch cables
Aplicação: Para manobras efetuadas entre os patch panels e os
equipamentos ativos da rede e entre a estação de trabalho e a tomada da
área de trabalho.
Características mínimas:

40
 Conectores modulares de 8 posições do tipo RJ45 em ambas as extremidades.

Versão: 02. Outubro de 2015


Os contatos dos conectores deverão apresentar banho de 50 micropolegadas
de ouro sobre 100 micropolegadas de níquel;
 Conectores com padrão de pinagem T568-A;
 Condutores de cobre rígido com isolação em polietileno de alta densidade, com
características elétricas e mecânicas mínimas compatíveis com os padrões para
categoria 6, descritos pela norma internacional ANSI/TIA/EIA 568-C.1;
 Construção convencional reunindo 4 pares trançados de condutores em capa de
PVC;
 Condutores com seção 23 AWG;
 Deverá suportar taxas de transmissão de dados até 1.2 Gbps;
 Possuir comprimento conforme necessidade de aplicação;
 Possuir impedância de 100 ± 15 ohms, de 1 a 350 MHz;
 Possuir certificação da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações;

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


Deverá ser fornecido conectorizado, testado e certificado em fábrica, nas cores
vermelha, amarela, azul e verde.

5.2 Patch panel de 24 posições CAT.6


Aplicação: Gerenciamento e administração de serviços a serem
disponibilizados às áreas de trabalho. Para instalação no Rack de
Telecomunicações como componente do “Cross-Connection”.
Características mínimas:
 Patch Panel Categoria 6, em conformidade com a norma internacional
ANSI/TIA/EIA 568-C;
 Possuir 24 portas do tipo RJ-45 fêmea de 8 pinos;

 Os contatos dos conectores deverão apresentar banho de 50 micropolegadas


de outro sobre 100 micropolegadas de níquel;
 Largura padrão 19”, conforme requisitos da Norma EIA-310D;

 Painel frontal em aço de 1,5 mm de espessura e bordas de reforço para evitar


empenamentos. Pintura na cor preta;
 Partes plásticas fabricadas em material termoplástico de alto impacto não
propagante à chama (requisitos de flamabilidade UL 94 V-0);
 A parte frontal do Patch Panel deverá ser capaz de receber etiquetas de 9 a 12
mm e proporcionar a estas cobertura de policarbonato transparente não
propagante à chamas;

41
 Etiquetas universais com possibilidade de codificação T568A e T568B;

 Fácil identificação traseira dos conectores modulares RJ-45 através de números


e setas;
 Possuir suporte traseiro para abraçadeiras possibilitando a amarração dos
cabos;
 Deverá ser fornecido com os acessórios para montagem (parafusos, arruelas
etc.).
 Possibilitar o uso de ícone de identificação para codificação por cores;

5.3 Conector RJ-45 fêmea

Aplicação: Ponto de acesso na área de trabalho para tomadas de serviços em


sistema estruturado de cabeamento. Para instalação em espelhos planos ou
angulares e tomadas de sobrepor ou piso.
Características mínimas:
 Tomada modular de 8 posições, com contatos tipo IDC na parte traseira e
conector RJ45 fêmea na parte frontal para conexão dos conectores RJ45
machos;
 Conectores IDC com características elétricas e mecânicas mínimas compatíveis
com os padrões para categoria 6, descritos pela norma internacional
ANSI/TIA/EIA 568-C.1, devendo apresentar pelo menos um trançamento interno
para melhorar o desempenho das conexões.
 Os contatos dos conectores deverão apresentar banho de 50 micropolegadas
de ouro sobre 100 micropolegadas de níquel, e resistência de contato máxima
de 23 mΩ.
 Deverá suportar taxas de transmissão de dados até 1.2 Gbps;

 Deverá permitir o encaixe em espelhos em ângulo reto ou de 45º;


 Deverá possuir identificação para pinagens T568A e T568B por etiquetas
coloridas nos terminais de conexão;

 Possuir corpo em material termoplástico de alto impacto não propagante à


chama (requisitos de flamabilidade UL 94 V-0);
 Possibilitar o uso de ícone de identificação para codificação por cores;

 Temperatura de operação: -10 a 60ºC.


 Deverá ser fornecido na cor bege.

42
5.4 Espelho plano para conector RJ-45

Versão: 02. Outubro de 2015


Aplicação: Instalação em caixas de embutir ou sobrepor padrão 4”x 2” em área
de trabalho, para acomodação de conectores para acesso aos serviços de
telecomunicações.
Características mínimas:
 Espelho plano;
 Ser adaptável em caixa de sobrepor simples 4”x2”;

 Permitir a acomodação de 02 ou 04 conectores RJ-45, conforme necessidade;


 Fabricado em material termoplástico de alto impacto não propagante à chama
(requisitos de flamabilidade);

 Possuir espaço para etiquetas de identificação;


 Deverá ser fornecido com etiquetas de identificação e parafusos para fixação;
 Deverá ser fornecido na cor bege.

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


5.5 Organizador horizontal de cabos
Aplicação: Acomodação e organização de patch cables na parte frontal de
racks ou brackets de 19”.
Características mínimas:
 Organizador horizontal de cabos com fechamento (Tampa removível);
 Produto construído em chapa de aço;

 Pintura epóxi de alta resistência a riscos;


 Ocupação de 1U de altura;
 Largura padrão de 19” conforme requisitos da norma EIA-310D;

 Deverá ser fornecido na cor preta.

5.6 Abraçadeira para cabos


Aplicação: Organização do cabeamento.
Características mínimas:
 Abraçadeira em tecido com velcro;

 Reutilizável;
 Fornecido na cor Preta.

43
5.7 Rack fechado de 42 U
Aplicação: Instalação dos patch panels, equipamentos ativos, etc.
Características mínimas:
 Rack fechado com altura de 42 U, ou conforme necessidade do projeto;
 Deverá ser composto por 04 colunas, base de sustentação e teto em chapa de
aço;
 Estrutura básica soldada com colunas, teto, base de sustentação e pés
reguláveis;
 Largura compatível com padrão IEC de 19” (482,6 mm);
 Deverá possuir furação para fixação de equipamentos e acessórios através de
porcas tipo gaiola;
 Possuir ventilação forçada de teto com no mínimo dois ventiladores;
 Porta frontal em aço acrílico fumê;
 Permitir a retirada das estruturas laterais, facilitando o acoplamento de outros
módulos;
 Deverá ser fornecido com kit de montagem e fixação;
 Deverá ser fornecido com a estrutura na cor grafite e os fechamentos na cor
bege;
 Deverá ser fornecido com 04 organizadores verticais produzidos em chapa de
aço (frente e fundo);
 Deverá possuir 02 réguas de alimentação 2P+T (padrão NBR 14136) com no
mínimo 06 tomadas.

5.8 Ícones de identificação


Aplicação: Plaquetas coloridas de identificação, encaixadas na parte frontal
do conector RJ-45 fêmea ou dos patch panels. Serão utilizadas para codificar
a função de cada conector fêmea (telefonia, dados e imagem), permitindo a
adequação do sistema de cabeamento à norma ANSI/TIA/EIA 606.
Características mínimas:
 Permitir o uso em tomadas;
 Permitir o uso em Patch Panel;
 Ser fornecido nas cores azul (para dados) e verde (para voz).

44
6 Glossário

Versão: 02. Outubro de 2015


Neste capítulo será apresentado um glossário com os termos técnicos mais
importantes relativos ao sistema de cabeamento estruturado, objeto deste
caderno de diretrizes. Este glossário não substitui as definições presentes nas
normas, que deverão ser consultadas para maiores detalhes. Os termos
presentes aqui visam facilitar entendimento do caderno.
Administração: Metodologia que define os requisitos de documentação para
administrar o sistema de cabeamento e seus componentes, a identificação
dos elementos funcionais, subsistemas de cabeamento e os processos que
requerem alterações.
Área de trabalho (WA – Work Area): Espaço do edifício no qual os
ocupantes interagem com os serviços disponibilizados pelo cabeamento
estruturado.
Área útil de escritório: É a área de piso efetivamente utilizada como
escritório em uma edificação. Nota: Áreas como banheiros, escadas,
corredores, hall de circulação, etc., não são computadas como áreas de piso

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


útil de escritório.
Atenuação: Perda de potência de um sinal devido à sua propagação por um
meio físico qualquer.
Backbone de Campus: Cabo que conecta o distribuidor de campus ao(s)
distribuidor(es) de edifício. Também poderão interligar diretamente os
distribuidores de edifício entre si.
Cabeamento: Sistema de cabos, patch cords e hardware de conexão, com
capacidade para suportar um amplo espectro de aplicações de tecnologia da
informação.
Cabeamento centralizado de fibra óptica: Técnica de distribuição de
cabeamento óptico que prevê o atendimento da área de trabalho com fibras
ópticas a partir de um único ponto centralizado no edifício.
Cabo: Conjunto de condutores agrupados, do mesmo tipo e categoria,
protegido por uma capa externa com ou sem blindagem.
Cabo de fibra óptica: Cabo composto por duas ou mais fibras ópticas.
Cabo horizontal: Segmento de cabo que conecta o distribuidor de piso ao
ponto de consolidação ou às tomadas de telecomunicações.
Cabo UTP (Unshielded Twisted Pair): Cabo composto por condutores em
pares trançados não blindados, em configuração que atenua ou auxilia no
cancelamento de ruído em circuitos balanceados. Um cabo de par trançado
não blindado contem usualmente 4 pares de fios conformados em um único
cabo.

45
Campus: Conjunto de edifícios em uma área privada.
Canal: Modelo de ensaio do cabeamento estruturado para efeito de
certificação, que inclui cabo, cordões de equipamentos, cordões da área de
trabalho ou patch cords do distribuidor e o hardware de conexão.
Categoria 6: Classe de componentes usados para possuem largura de banda
para transmissão de sinais de 250 MHz e suportam aplicações 10GBASE-
T Ethernet.
Conector de fibra óptica: Dispositivo mecânico projetado para terminações
de fibras ópticas.
Conexão cruzada: Arranjo que possibilita a manobra entre dois hardwares
de conexão por meio de patch cords ou jumpers.
Cordão: Segmento de cabo com terminação em pelo menos uma de suas
extremidades.
Cordão da área de trabalho: Cordão para conexão da tomada de
telecomunicações ao equipamento do usuário.
Cordão de equipamento: Cordão para conexão do equipamento ativo ao
distribuidor.
Cordão óptico monofibra de manobra: Cabo óptico que contém apenas
uma fibra óptica interna, contendo as seguintes partes: capa ou revestimento
plástico, elemento de proteção mecânica e fibra óptica.
Dispositivos de conexão: Dispositivo que provê terminações mecânicas
entre os meios de transmissão.
Dispositivos de proteção elétrica: Dispositivo cuja função é fornecer
proteção contra surtos, sobrecorrentes e / ou sobretensões.
Distribuidor de campus: Hardware de conexão a partir do qual se origina o
cabeamento de backbone de campus.
Distribuidor de edifício: Hardware de conexão a partir do qual se origina o
cabeamento de backbone de edifício.
Distribuidor de piso: Hardware de conexão a partir do qual se origina o
cabeamento horizontal.
Distribuidor Geral Óptico (DGO): Hardware para uso interno, que pode ser
instalado em racks de distribuição principal de 19”, para cabeamento vertical
ou primário, na função de administração e gerenciamento de backbones
ópticos. Pode ser instalado também para cabeamento horizontal ou
secundário, em salas de telecomunicações (cross-connect), na função de
distribuição de serviços em sistemas ópticos horizontais.

46
Emenda óptica: Junção entre duas fibras ópticas podendo ser de dois tipos:

Versão: 02. Outubro de 2015


emenda mecânica e emenda por fusão.
Emenda óptica mecânica: Processo para emendar fibras ópticas onde as
fibras ópticas são encostadas uma na outra sem serem fundidas. Este tipo de
emenda é conseguido através de dispositivos que são encaixados nas fibras
ópticas e depois encaixados entre si mecanicamente.
Emenda óptica por fusão: Processo para emendar fibras ópticas onde as
fibras ópticas são fundidas uma à outra. Este tipo de emenda é conseguido
através da utilização da máquina de emenda óptica por fusão.
Enlace permanente: segmento de cabo entre a tomada de telecomunicações
e o distribuidor de piso.
Fibra óptica monomodo: oferece um único caminho para propagação da luz
transmitida por seu núcleo.
Fibra óptica multimodo: oferece vários caminhos para propagação da luz
transmitida por seu núcleo.
Infraestrutura de entrada: Local de entrada de todos os serviços elétricos e

Caderno de Dir. Téc.: Cabeamento Estruturado


mecânicos necessários para o ingresso de cabos de telecomunicações no
edifício ou em um complexo de edifícios, em conformidade com as
regulamentações específicas.
Interface: Ponto no qual as conexões são feitas com o cabeamento genérico.
Interferência eletromagnética (EMI): interferência na transmissão ou
recepção de sinais, causada pela irradiação de campos magnéticos e
elétricos. Energia eletromagnética irradiada ou conduzida que produz um
efeito indesejado nos equipamentos eletrônicos ou na transmissão de sinais.
Interferência por radiofrequência (RF): Interferência eletromagnética na
faixa de frequência das transmissões de rádio.
Link permanente: caminho de transmissão entre dois pontos, excluindo
cabos do equipamento e cabos da área de trabalho.
Jumper: Segmento de cabo sem conectores, usado para interligação em uma
conexão cruzada.
Meios físicos para telecomunicações: Fio, cabo ou condutores utilizados
para telecomunicações.
Patch Cable: Cordões em geral do cabeamento estruturado.
Patch Cord (cordão de manobra): Cordão com conectores em ambas
extremidades.
Patch Panel: Painel com hardware de conexão usado para a distribuição dos
subsistemas de cabeamento.

47
Ponto de consolidação: ponto de conexão no subsistema de cabeamento
horizontal situado entre o distribuidor de piso e a tomada de
telecomunicações.
Ponto de transição: Local no cabeamento horizontal, onde poderá ocorrer mudança
no tipo de cabo, por exemplo, um cabo chato (flat) é conectado a um cabo de seção
circular, ou cabos com diferentes números de elementos são unidos.
Rede Interna Estruturada: Rede projetada de modo a prover uma
infraestrutura que permita evolução e flexibilidade para os serviços de
telecomunicações, seja de voz, dados, imagens, sonorização, controle de
iluminação, sensores de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança,
controles ambientais (ar condicionado e ventilação) e outros.
Sala de equipamentos (ER): Espaço centralizado controlado
ambientalmente para equipamentos de telecomunicações, que normalmente
se aloja um cross-connect principal ou intermediário. Uma sala de
equipamentos é considerada distinta da sala de telecomunicações devido à
natureza e complexidade dos equipamentos que abriga. Este espaço é
dedicado aos equipamentos ativos de uso comum a todos os usuários da
rede.
Sala de Telecomunicações: Espaço destinado a abrigar o distribuidor de
piso, podendo conter o distribuidor de edifício e equipamentos da rede.
Tomada de telecomunicações: hardware de conexão no qual o cabo
horizontal é terminado na área de trabalho.
Topologia em estrela: Nesta topologia, cada tomada de telecomunicações
está cabeada diretamente a uma única porta ou ponto de terminação (sem
derivações) ao dispositivo (ou centro) de distribuição de cabeamento.

48

Você também pode gostar