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ATERRAMENTO E

EQUIPONTENCIALIZAÇÃO
DE SISTEMA FOTOVOLTAICO
Energia solar
Aterramento
CONCEITOS BÁSICOS
ATERRAMENTO ELÉTRICO:
QUAL OBJETIVO?

1. Proteção da integridade física do homem


2. Facilitar o funcionamento de dispositivos de proteção
3. Descarregar cargas eletrostáticas de carcaças de objetos e equipamentos
ATIVIDADES ATMOSFÉRICAS

Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica


(Elat - Inpe), no Brasil temos uma das maiores
incidências de raios do mundo, sendo que este é também
uma das maiores causas de acidentes em nosso país.

O motivo mais frequente da queima de equipamentos


eletrônicos é a sobre tensão causada por descargas
atmosféricas (raios) ou manobras das concessionárias.
ATIVIDADES ATMOSFÉRICAS

Podemos identificar três famílias de raios:


• Raios entre nuvens: quando a descarga ocorre entre duas nuvens vizinhas
• Raios intranuvem: quando a descarga ocorre dentro da mesma nuvem
• Raios entre nuvem e terra: quando a descarga ocorre entre o solo e a nuvem, independentemente
da origem
ATIVIDADES ATMOSFÉRICAS
Atrito entre partículas de gelo e agua postas em movimento pelas correntes de ar quente
ascendente dentro da nuvem

Origem do raio

“Raio descendente” o raio que


parte da nuvem, e como
“ascendente” o raio que sair do Representação dos valores de amplitude do
solo surto de tensão em função da causa
ATIVIDADES ATMOSFÉRICAS
Com referencia a norma 5419/EN62305, os riscos a considerar, dependendo da utilização prevista
da instalação, são os seguintes:

Impacto direto
sobre um edifício. Impacto direto
sobre um edifício.

Impacto direto sobre uma linha.

Impacto direto sobre uma linha


(acoplamento indutivo).
ATIVIDADES ATMOSFÉRICAS

R1: perda de vidas humanas


R2: perda de serviços (TV, agua, gás,
eletricidade...)
R3: perda do patrimônio cultural (por
exemplo: um museu)
R4: prejuízos econômicos (parada da
produção de eletricidade, etc.) LINHA DE ENERGIA SPD

LINHA DE SINAL SPD


ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

O elétrodo ou terminal principal de terra permite


separar o eletrodo de terra do condutor geral de proteção
de forma a permitir a respectiva medição de resistência
da terra.

Condutor principal de proteção


Condutor de proteção com ou sem derivações, ligado, em
regra, diretamente ao eléctrodo de terra.

Eletrodo de terra
Conjunto de materiais condutores enterrados, destinados
a assegurar boa ligação elétrica com a terra e ligados,
num único ponto ligado de eletrodo ao condutor geral de
proteção.
TIPOS DE ATERRAMENTO

A norma EN 60364, da qual deriva a CEI 64-8, define três tipos de sistemas de distribuição
que diferem de acordo com o aterramento do sistema TN, IT e TT dos condutores ativos e
com o aterramento das massas:
Para a sua classificação, usam-se duas letras que assumem os seguintes significados:

1° letra: T = o neutro é aterrado.


1° letra: I = o neutro não e aterrado, ou aterrado através de uma impedância.
2° letra: T = massas aterradas.
2° letra: N = massas ligadas ao neutro do sistema.
REGIME TN-C

O neutro do transformador do PT é diretamente ligado à terra de serviço e as massa são diretamente ligadas ao
neutro, através de um condutor próprio (PEN ou PE).

T – Ligação direta do neutro a terra de serviço;


N – Massas ligadas diretamente ao neutro.

Vantagens:
• O esquema TN-C representa uma economia para a instalação
porque elimina a necessidade de um condutor;
• Os aparelhos de proteção contra sobre intensidades podem
assegurar a proteção contra contatos indiretos.
REGIME TN-S

O neutro do transformador do PT é
diretamente ligado à terra de serviço e as
massa são diretamente ligadas ao neutro,
através de um condutor próprio (PEN ou
PE).
REGIME TT

Antes de analisarmos as medidas de proteção contra contatos indiretos vamos analisar sucintamente
os regimes de exploração do neutro da instalação, com os quais essas medidas estão relacionadas.

T - Ligação direta do neutro a terra de serviço;


T - Massas ligadas diretamente a terra de proteção.

O regime de neutro TT é caracterizado por ter o


neutro do transformador do PT (Posto de
Transformação) diretamente ligado à terra de
serviço e as massas ligadas à terra de proteção.
REGIME TT

Nas instalações de utilização de energia elétrica em baixa tensão, ligadas à rede pública, o único
regime de neutro permitido é o regime TT.
Vantagens:
• Mais simples no estudo e na concepção;
• Fácil localização dos defeitos.
Desvantagens:
• Corte da instalação ao primeiro defeito
de isolamento.

Nota: Deverá ser efetuado o teste periódico


ao disjuntor ou interruptor diferencial.
TT
REGIME IT

Regime de neutro isolado ou impedante. O neutro do transformador do PT é isolado ou ligado através


de uma impedância à terra de serviço e as massas são diretamente ligadas à terra de proteção.

I – Neutro isolado da terra ou ligado a


terra por impedância de valor elevado;
T – Massas ligadas diretamente a terra de
proteção.
Vantagem:
• Este sistema assegura a melhor
continuidade de serviço em exploração.
Desvantagem:
• E aconselhada uma monitorização
adequada do sistema.

E o sistema mais indicado quando se pretende evitar o corte automático ao primeiro defeito. As salas
de operações nos hospitais são um exemplo de aplicação.
MÉTODOS

QGBT QGBT QGBT

PE PE PE
ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Formas para Aterramento ou Equipotencialização de partes do arranjo


FV (NBR:16690):
• Aterramento funcional de peças metálicas não energizadas
• Aterramento para proteção contra descargas atmosferas
• Barramento de equipotencialização, para evitar diferentes potenciais
MODELO ESQUEMA TT
MODELO
CONDUTOR DE PROTEÇÃO

TABELA 58 - SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO


Seção mínima do condutor de
Seção dos condutores de fase S mm²
proteção correspondente mm²
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2
ÁRVORE DE DECISÕES PARA SISTEMAS FV
A equipotencialização das molduras metálicas do arranjo deve ser feita de
acordo com a arvore de decisões

É necessário aterrar as Não Diâmetro mínimo de 6 mm²


partes condutoras
expostas do arranjo FV
para fins de proteção
contra surtos provocados
por descargas
atmosféricas? Sim Diâmetro mínimo de 16 mm²

Figura 10 – Arvore de decisão para aterramento funcional ou equipotencialização de partes condutoras expostas de arranjos
fotovoltaicos. NBR 16690
TERMINAL E CHAPA DE
ATERRAMENTO/EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

CHAPA DE
ATERRAMENTO

CHAPA DE TERMINAL DE
ATERRAMENTO ATERRAMENTO
CHAPA DE
ATERRAMENTO
PARAFUSO PARA
ATERRAMENTO/EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

ATERRAMENTO/EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
Lembrete
EQUIPOTENCIALIZACÃO E A LIGAÇÃO À
TERRA DOS MÓDULOS FV DEVE SER
GARANTIDA, TANTO NO LADO DC COMO AC.
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO

Sem DPS Com DPS


DPS CA

Porte móvel: Refil


DPS CC

Conexão em Y com o Conexão em Y é feita


centelhador em direção à com três vistores.
terra.
SEGMENTO RESIDENCIAL
SEGMENTO INDUSTRIAL
SEGMENTO INDUSTRIAL
ESQUEMA CA
SPDA
CONCEITOS BÁSICOS
INSTALAÇÃO FV EM EDIFÍCIO

• Se for necessário realizar uma instalação fotovoltaica no


telhado de um edifício, não se deve pressupor que esteja
automaticamente protegido. Deve-se sempre realizar a
analise de risco ou solicita-la ao cliente.
• Se o edifício já tiver um para-raios e for realizada uma
instalação fotovoltaica no telhado, a frequência de impacto
de raios pode aumentar porque, por exemplo, os painéis
inclinados e não-integrados aumentam a altura do edifício,
expondo-o mais a impactos diretos de raios.
INSTALAÇÃO FV EM EDIFÍCIO

• Se o edifício estiver equipado com um para-raios, e


necessário:
Tomar cuidado com a equipotencialidade para evitar
descargas transversais
Conectar o DPS entre captadores e quedas
Evitar que as estruturas metálicas utilizadas para a usina FV
se tornem captadores naturais.
Na pratica: a instalação PV deve ser construída em colaboração
estreita com o projetista do para-raios.
FUNÇÃO DE UM SPDA

• Interceptar uma descarga atmosférica para a


estrutura.
• Conduzir a corrente da descarga atmosférica para
terra de forma segura.
• Dispersar a corrente da descarga atmosférica na
terra.
SPDA PELO MÉTODO DAS MALHAS

• Se o SPDA foi feito utilizando método das malhas e/ou usar a


estrutura onde o painel será instalado como subsistema de
captação, O SPDA PRECISARA SER REPROJETADO.
• Apenas após a readequação do SPDA é que o sistema FV pode ser
instalado.
SPDA AFASTADO DO SISTEMA FV
SPDA PROXIMO DO SISTEMA FV
USINA DE SOLO
CAPTOR JUNTO AS MESAS FV

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