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Serviço Público Federal

Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia
- Engenharia de Produção

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE FÍSICA

TÍTULO: APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Relatório apresentado à disciplina Laboratório de


Física I, no dia 17/10/2017, sob a docência do Prof.
Widinei Alves Fernandes, elaborado pelos
acadêmicos: Elismar Veríssimo Ojeda de Siqueira,
Lucas Estrada e Sandra Joselina de Arruda Aquino.

2017
1. INTRODUÇÃO

A hidrostática aborda todas as propriedades que definem o comportamento estático


do corpo flutuante, resultantes da interação do corpo com o meio fluido que o suporta, ou seja,
o resultado da interação do seu peso e das forças fluidas de pressão oriundas do meio que o
circunda.
A interação destas duas forças, empuxo e peso, determina a condição de flutuabilidade
e estabilidade do corpo. A densidade de um fluido é definida como a razão entre as massas
específicas, em uma certa temperatura. Ou, melhor definindo, é a razão entre a massa e o
volume de determinada substância (d= m/V) (KAZUHITO, et al., 1994, apud VEIGA).
Dado um corpo completamente submerso ou flutuando em meio líquido, recebe uma
força que é aplicada pelos fluidos. Essa é uma força líquida vertical, com sentido para cima,
e é o resultado do gradiente de pressão. A força resultante, gerada pelo fluido e que atua nos
corpos, é denominada empuxo (considerando-se que a pressão aumenta com a profundidade)
(MUNSON et al., 2004, apud VEIGA).
A expressão para a força de empuxo é a dada pela figura abaixo:

(I)

Sendo que, µ = é o peso específico do fluido, e V é o volume submerso do corpo. O


sentido da força de empuxo é a força que age sobre o corpo. Assim, a força de empuxo
apresenta módulo igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo; sua direção é vertical, e seu
sentido é para cima. Esse resultado é conhecido como o Princípio de Arquimedes.
O empuxo faz com que a medida do peso do corpo seja menor do que o peso do corpo
medido fora do líquido. A diferença entre as forças peso e empuxo é denominada peso
aparente, segue que:

(II)
De modo que o Pap é o peso aparente, P representa o peso do corpo e E o módulo do
empuxo.

2. OBJETIVOS

A aula teve como intuito determinar experimentalmente o empuxo e seu efeito sobre o
peso dos corpos quando submersos que conhecendo o peso real do objeto e seu peso
aparente, depois de mergulhado um volume, pode-se obter a densidade do líquido no qual o
objeto está sendo mergulhado. Assim verificando de forma prática o princípio de Arquimedes.
3. DESENVOLVIMENTO

A submersão de sólidos em água para a medição do empuxo, volume deslocado, peso


aparente e densidade do líquido. Os materiais usados no experimento forma:

1.1 – Sólido branco cilíndrico oco (Cilindro I).

1.2 – Sólido listrado cilíndrico (Cilindro II).

1.3 – Sólido branco cilíndrico oco com água (Cilindro I).

1.4 – Dinamômetro.

1.5 – Béquer.

1.6 – Suporte universal.

Inicialmente foram verificadas as massas dos sólidos separadamente e em sequência o


cilindro I com água. Os dados das massas estão apresentados na tabela I.

Tabela I – Dados das massas


Objetos Massas (g)
Cilindro I 117,8 g
Cilindro II 76,6 g
Cilindro I com água 188,3 g
Conjunto Cilindro I + Cilindro II 196,3 g
.

As figuras da verificação das massas estão apresentadas abaixo.

Figura I – Cilindro I com água. Figura II – Cilindro II


Figura III – Cilindro I Figura IV – Conjunto

Posteriormente, foi medido as dimensões do cilindro II para a determinação do volume.


Este apresenta raio da base de 2,25 cm com altura de 10 cm. Consequentemente pela fórmula
de Volume temos que V = Ab X h. Onde Ab é a área da base e h é a altura. Logo temos que o
volume ocupado pelo cilindro é aproximadamente 159,46 cm3.
Em sequência, juntamente com um béquer de capacidade de 1000 ml completamente
cheio de água foi inserido o cilindro II suportado por um dinamômetro como disposto a seguir.

Figura V – Dinamômetro e o cilindro II


Diante do sistema montado foram analisados os itens:

- O volume deslocado de água;


- O peso do cilindro II acusado pelo dinamômetro;
- Medição do Empuxo;
- Determinação da densidade do líquido;

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O objetivo deste experimento foi mostrar que quando um corpo submerso em fluido
parcialmente ou completamente está sujeito a força denominada empuxo. Portanto, pela ação
desta força é possível determinamos a densidade do líquido, volume deslocado e o peso
aparente. Com os dados obtidos pela pesagem dos objetos (Tabela 1) foi realizado os de
empuxo, peso, peso aparente e densidade do liquido.

Tabela 1 – Dados das massas.


Objetos Massas (g)
Cilindro I 117,8 g
Cilindro II 76,6 g
Cilindro I com água 188,3 g
Conjunto Cilindro I + Cilindro II 196,3 g

Dadas as dimensões do cilindro II. Este apresenta raio da base de 2,25 cm com altura
de 10 cm. Utilizando a fórmula de Volume temos que V = Ab X h. Onde Ab é a área da base e
h é a altura. Logo temos que o volume ocupado pelo cilindro é aproximadamente 159,46 cm3.
O mesmo ao ser apoio por um dinamômetro como mostrado a seguir (Imagem 6) e
posteriormente submerso em frações de volume apresentou o seguinte gráfico 1.
O procedimento foi realizado com uma series de submersões do objeto no liquido,
dado que cada uma delas seria de afundar o mesmo em uma altura de 1 cm. O peso do
cilindro é de 0,770 N. Em seguida de cada submersão foi feito a leitura do dinamômetro
apontando o peso aparente e assim calculado o empuxo pela relação P – Pap = E.
Imagem 6 – Cilindro e dinamômetro Imagem 7 – Cilindro e dinamômetro

A tabela II apresenta os dados encontrados. O empuxo foi obtido com a utilização da equação
(II), de forma que fica possível observar a relação entre o peso aparente e o empuxo.

Tabela II – Relação Empuxo e Peso aparente.


Profundidade (cm) Peso aparente (N) Empuxo (N)
0 0,770 0,000
1 0,720 0,050
2 0,640 0,130
3 0,580 0,190
4 0,520 0,250
5 0,460 0,310
6 0,400 0,370
7 0,320 0,450
8 0,260 0,510
9 0,200 0,570
10 0,120 0,650

Explicitando os resultados em gráficos, temos que no gráfico I a linha de tendência é linear e


está definida pela equação

Y = 0,0646x – 0,0068 (III) e R2 = 0,9989 (IV).

Ao comparar a equação (III) com a equação geral da reta observamos que

Y = Ax + B
Logo, A = 0,0646; B = - 0,0068. Portanto temos que por (I)

A = µ x Ab x g

Assim, temos:
µ = E / Ab x h x g (V)

A densidade do líquido é encontrada por (V). Portanto temos que existe uma relação entre o
peso aparente do corpo quando submerso em um fluido e o empuxo. Além de dados o P ap e
o E, podemos determinar a massa específica do material ao qual o corpo está inserido.

Gráfico I – Relação Empuxo X Profundidade

Empuxo X Profundidade y = 0,0646x - 0,0068


R² = 0,9989
0,700
0,600
0,500
0,400
Empuxo

0,300
0,200
0,100
0,000
0 2 4 6 8 10 12
-0,100
Profundidade

Podemos observar pelo gráfico que a relação entre o peso aparente e o empuxo é
inversamente proporcional, ou seja, quanto menor for o Pap maior será E.

Gráfico II – Peso aparente e Empuxo.


y = -0,0646x + 0,8415
Relação Peso aparente X Empuxo R² = 0,9989
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
Força

0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
-0,100 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Profundidade

Peso Aparente Empuxo Linear (Peso Aparente) Linear (Empuxo)


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando os resultados dos experimentos realizados foi possível compreender


melhor a hidrostática e o princípio de Arquimedes. Pois, é possível entender o conceito de
empuxo e suas aplicações, tais como a flutuação de navios ou porque sentimos mais leve
dentro da água. Além de ser observado a relação do volume deslocado quando um corpo é
submerso em um liquido. Assim como o conceito pressão está associada a diversas áreas da
Física e Química, explicando por exemplo a coluna de ar quanto ao nível do mar ou acima de
uma montanha.
Através da nossa definição sobre empuxo podemos analisar que se colocarmos um
bloco de isopor em um balde com água notaremos que o isopor flutuará sobre a água devido
o peso do isopor se igualar a força de empuxo, levando em consideração é claro que a pressão
sobre o corpo mergulhado varia de acordo com a profundidade.

6. REFERÊNCIAS

RESNICK, ROBERT; HALLIDAY, DAVID; KRANE, KENNETH S. Física 1. 5. ed. Rio de


Janeiro: LTC Ed., c2003. 368 p. ISBN 85-216-1352-0.

HALLIDAY, DAVID; RESNICK, ROBERT; WALKER, JEARL. Fundamentos de


física, 1. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC Ed., 1996. ISBN 85-216-1069-6.

VEIGA, Alessandra Dalla Rosa da. EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO, EM


HIDROGINÁSTICA, NA REATIVIDADE VASCULAR DE HOMENS OBESOS. UFGRS -
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, 2018.

MARTINS, Marcelo Ramos. HIDROSTÁTICA E ESTABILIDADE. Departamento de


Engenharia Naval e Oceânica – EPUSP. Pg VI. 2010.

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