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FAENG – Engenharia Elétrica

Empuxo

Disciplina: Laboratório de Física I


Professor: Dr. Airton Carlos Notari

Acadêmicos: Lailson de Moura Fé, Filipe


Monteiro dos Santos e Mateus Tafuri de
Sousa Paniago.
Campo Grande/MS
Novembro de 2017

Introdução

A análise do experimento “empuxo” compara o peso de um objeto submerso em água


com a força que a água exerce sobre ele, denominada empuxo. A força vertical,
dirigida para cima, é denominada empuxo do líquido sobre o corpo mergulhado.
Quando mergulhamos um corpo qualquer em um líquido, verificamos que este exerce,
sobre o corpo uma força de sustentação, isto é, uma força dirigida para cima, que tende
a impedir que o corpo afunde no líquido. A existência desta força pode ser percebida ao
tentarmos mergulhar na água um pedaço de madeira, por exemplo. É também esta força
que faz com que uma pedra pareça mais leve quando imersa na água ou em outro
líquido qualquer.

Fora utilizado um recipiente com água no qual um cilindro de plástico era


gradualmente submerso para a medição do seu peso aparente.

Teoria

“Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, dentro de


um campo gravitacional, fica sob a ação de uma força de sustentação vertical, com
sentido ascendente, aplicada pelo fluido ao corpo; esta força é denominada empuxo (E,
cuja intensidade é igual à do peso do fluido deslocado pelo corpo) que tende a impedir
que o corpo afunde no líquido.” (HALLIDAY, 2008). A existência desta força pode ser
percebida ao tentarmos mergulhar algum objeto na água ou em outro líquido qualquer,
pois ele parecerá mais leve. Isso porque essa força age empurrando o corpo para cima,
aliviando o peso.

“Um corpo inteira ou parcialmente submerso em um fluido sofre um empuxo


que é igual ao peso do fluido deslocado”. Esse enunciado é conhecido como princípio
de Arquimedes. NUSSENZVEIG afirma que a impulsão existe por conta da diferença
de pressão hidrostática do corpo, visto que esta é proporcional à massa específica do
fluido, à aceleração da gravidade, e à altura de profundidade. Disso temos que:

E=d F V FD g (Eq. 1.)


Fonte: CARVALHO, 1998.

Onde E é o Empuxo em N; d F a Densidade do fluido em kg/m³; V FD o Volume


do fluido deslocado em m³ e g é a Aceleração da gravidade em m/s².

Segundo TIPLER, quando um corpo está totalmente imerso num líquido


qualquer, podemos ter as seguintes condições: Se ele permanece parado no ponto em
que foi colocado, o empuxo é igual à intensidade da força peso; se ele afundar, a
intensidade da força de impulsão é menor que a intensidade da força peso; se ele for
levado para a superfície, a intensidade da força de empuxo é maior do que a intensidade
da força peso.

Figura 1 -. Forças atuantes pelo fluido e pelo corpo.

Fonte: NUSSENZVEIG, 2012.

HALLIDAY relata que a densidade é representada pela massa que ocupa cada
unidade de volume. Ela é igual ao peso do corpo dividido pelo peso de um volume igual
de água

P AR P AR
d= = , sendo d a densidade, P os pesos nos diferentes meios, E o
P Á GUA E
empuxo.

O peso aparente de um objeto submerso em um fluido é igual à diferença entre


seu peso e o empuxo:

E=PFD =mFD g

O Peso aparente é o peso efetivo diante da imersão de um corpo ao fluido. Sua


relação com o empuxo é descrita da seguinte forma:
Pap =P−E=mg−d F V FD g=g (m−d F V FD )

Objetivo
 O intuito desse experimento é verificar o princípio de Arquimedes, bem como
medir a densidade de um líquido.

Procedimento Experimental (Materiais e Métodos)

 Cilindro de plástico com marcação de dez em dez milímetros;


 Cilindro de plástico oco com volume interno igual ao cilindro de plástico;
 Dinamômetro tubular – CIDEPE E1007N;
 Paquímetro;
 Béquer de 1000mL e;
 Suporte universal de laboratório;

O experimento consistiu em duas partes, a primeira etapa é de verificação do


princípio de Arquimedes.

Inicialmente, o peso do cilindro de plástico foi medido com o dinamômetro


preso a uma vareta horizontal com gancho para baixo. Posteriormente, o cilindro foi
completamente imerso em água e foi registrado o peso aparente. Com esses dados,
calculou-se o Empuxo diante da imersão total do cilindro.

Dessa vez separou-se o cilindro oco e foi anotado o seu peso. Após isso, o
cilindro foi cheio de água e seu peso foi medido novamente.

Por fim, o peso do volume do líquido foi comparado ao empuxo produzido no


cilindro no intuito de descrever a relação obtida posteriormente.

Para determinar a densidade do líquido, foi definido o diâmetro do cilindro e


calculada a área da seção transversal e suspendido junto ao dinamômetro.
O béquer foi posicionado com o líquido abaixo do cilindro. Assim, de 10 em
10mm até ser totalmente imerso, anotou-se o peso aparente do cilindro e para cada
valor, foi obtida a força de empuxo relacionada.

Por fim, com a força de Empuxo e a profundidade, construiu-se um gráfico e foi


calculada a densidade do líquido.

Resultados e Discussão

Ao medir o peso do cilindro, com o dinamômetro, foi verificado que seu peso
real é de 0 , 76 ± 0 ,005 N e ao inserir completamente em água, verificou-se que seu peso
era de 0 , 14 ± 0 , 005 N .

Assim como empuxo é o peso real subtraído do peso aparente:

E=P−Pap=0,76 ±0,005−0,14 ± 0,005=0,62± 0,010 N

Com o cilindro oco, foi medido seu peso sem líquido, sendo igual a
1,06 ± 0,005 N e com líquido foi igual a 1,83 ± 0,005 N .

Subtraindo os valores, tem-se que a Força resultante é similar ao Empuxo:

1,83 ± 0,005 N −1,06 ±0,005 N =0,77 ± 0,010 N

Tal valor evidencia o Princípio de Arquimedes, onde há a relação de que o


Empuxo está relacionado ao volume do fluido deslocado. Visto que o volume do
cilindro é igual ao volume interno do cilindro oco.

Com um paquímetro, verificou-se que o diâmetro do cilindro é de 29,6 ± 0,05 mm


. Foi calculada então a área da seção transversal:

d2
A=π =0,78 ×(29,6 ±0,05)2=683,40 ± 2,5 mm2
4
Na tabela abaixo a relação entre o peso aparente e o empuxo calculado diante de
cada centímetro afundado do cilindro desde a eminência de adentrar a água, com
Empuxo igual a 0 até estar totalmente imerso.

Imersão (mm) Peso Aparente (± 0 , 005 N ¿ Empuxo (± 0 , 010 N )


0 0760 0,000
10 0,700 0,060
20 0,640 0,120
30 0,580 0,180
40 0,530 0,230
50 0,460 0,300
60 0,400 0,360
70 0,330 0,430
80 0,270 0,490
90 0,210 0,550
100 0,140 0,620
Tabela 1 – Dados Coletados.
Fonte: Autores
O volume deslocado total do fluido é:

3
V = A × h=683 , 40 ±2,5 × 99,40± 0,05=67 , 93 ±0,3 cm

Calcularemos então a densidade:

E=d F V FD g

0 , 620± 0 , 010 g
df = =0,913 ± 0 , 02 3
679 ±3 cm
Conclusão

A partir das análises do experimento realizado percebeu-se que o princípio de


Arquimedes é respeitado quando o assunto é a hidrostática. O experimento
aparentemente é simples, porém alguns detalhes são importantes para a obtenção uma
conclusão precisa. Foi utilizado equipamentos que concederam medições acuradas e
assim por meio de cálculos obteve-se os resultados dos empuxos para cada altura, de
dez em dez milímetros (de 0mm a 100mm).

Percebeu-se que o Empuxo está relacionado e é proporcional ao volume do


líquido deslocado. Além disso, com os valores do empuxo e as alturas do cilindro
alcançou-se a possibilidade de construção do gráfico (E x h), o qual mostrou tendência
linear e crescente. Com o aumento do volume imerso no fluido, ou seja, a altura que
está imersa, cresce também os valores do empuxo.

Por fim, verificou-se que é possível determinar a densidade do fluido em questão


g
e o valor calculado 0,913 ± 0 , 02 aproxima-se da densidade da água que foi usada
cm3
como fluido no experimento.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D., RESNICK, R. & WALKER J. Fundamentos de Física 1 –


Mecânica. 7ª ed. Rio Janeiro: LTC, 2006.

SEARS, F.W., ZEMANSKY, M.W. e YOUNG, H.D. Física – Vol. I. 12ª Edição.
Addison Wesley, 2009.

TIPLER, P.A & MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. Vol1. 5ª Ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2006.

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