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ENG 1016 - MATERIAIS DE ENGENHARIA / Prof.

Marcos Pereira
Lista de Exercícios 4 + 5 / G2 – 2020.1

EXERCÍCIO 1 (2,0)
A Figura 1, em escala, apresenta o comportamento em tração de um corpo de prova de uma
liga de latão, com comprimento e diâmetro iniciais de 250 mm e 12,8 mm, respectivamente. A
região elástica do material acha-se detalhada no interior da referida figura e observe que a
reta passa pela origem. Com base no diagrama tensão versus deformação apresentado,
determine:
A) O módulo de elasticidade da liga de latão.
B) O alongamento do corpo de prova sob tensão de 400 MPa.
C) A carga máxima que pode ser suportada pelo material.
D) As tensões e deformações verdadeiras correspondentes ao limite de escoamento (LE),
ponto A e limite de resistência mecânica (LR).

Figura 1 – Diagrama tensão-deformação de uma liga de latão.

EXERCÍCIO 2 (1,5)
A Tabela 1 apresenta os resultados de um ensaio de tração em uma barra de alumínio com
12,8 mm de diâmetro e 50,8 mm de comprimento. Determine:
A) O limite de escoamento e sua respectiva deformação (%), considerando que ocorre para
um alongamento da barra equivale a 0,1778 mm.
B) A tensão máxima que pode ser suportada pelo material, e sua respectiva deformação.
C) A tensão de fratura e sua respectiva deformação.
Tabela 1- Ensaio de tração em alumínio
Carga (kN) Alongamento (mm)
0 0,000
4,448 0,0254
13,345 0,0762
22,241 0,1270
31,138 0,1778
33,362 0,762
35,141 2,032
35,586 3,048
35,363 4,064
33,806 5,207
(fratura)

EXERCÍCIO 3 (1,5)
Seu colega fez as seguintes afirmativas em relação à Figura 2:
A) As curvas A, B e C podem representar o ensaio na mesma temperatura de corpos de prova
de materiais diferentes.
B) As curvas A, B e C podem representar o ensaio em temperaturas diferentes de corpos de
prova de um material que não sofre encruamento.
C) O material A deve ter fraturado com estricção.
D) Se forem ligas ferrosas, o material B deve possuir a maior quantidade de carbono dentre
os três.
E) O material C é aquele mais indicado para o projeto de uma mola.
Você concorda?

Figura 2 – Curvas tensão-deformação.


EXERCÍCIO 4 (1,0)
Deseja-se planejar um tratamento térmico que confira a um aço carbono um limite de
escoamento (σe) de 250 MPa. Após o recozimento do material, foi obtido limite de escoamento
de 140 MPa e para um tamanho de grão médio (TG) de 50 μm. Depois, optou-se por um
segundo tratamento térmico, normalização em ar forçado, resultando em σe e TG equivalentes
a 320 MPa e 7 μm, respectivamente. Qual deverá ser o TG para atender à exigência do limite
de escoamento do aço?

EXERCÍCIO 5 (1,0)
Em função dos gráficos apresentados na Figura 3, sugira:
A) Uma quantidade de carbono para cada material, sabendo-se que todos foram submetidos
ao mesmo tratamento térmico.
B) Um tratamento térmico para cada material, sabendo-se que todos possuem a mesma
quantidade de carbono.
C) Temperaturas de ensaio para cada material, sabendo-se que todos possuem a mesma
quantidade de carbono e foram submetidos ao mesmo tratamento térmico.

Figura 3 - Curvas de tensão-deformação para diferentes aços.

EXERCÍCIO 6 (1,0)
Os dados apresentados na Tabela 2 foram obtidos a partir de testes de impacto Charpy
realizados em quatro tipos de ferro fundido nodular com diferentes teores de silício. Determine:
A) A temperatura de transição dúctil-frágil, definida pela média das energias absorvidas.
B) A temperatura de transição, definida como sendo uma temperatura correspondente a 10 J
de energia absorvida.
Tabela 2 – Energia ao impacto de diferentes ferros fundidos nodulares

EXERCÍCIO 7 (2,0)
Amostras de um mesmo material foram submetidas a têmpera (A) e têmpera e revenido (B).
Determine a tenacidade em tração para os comportamentos:
A) Linear elástico; módulo de elasticidade de 200 GPa; deformação (absoluta) no escoamento
de 0,0075; fratura do material coincidente com o escoamento.
B) Elasto-plástico; módulo de elasticidade de 200 GPa; o regime elástico até deformação
(absoluta) de 0,0025; valores das constantes plásticas K e n de 6.900 MPa e 0,30,
respectivamente; a deformação plástica ocorre entre as deformações (absolutas) de 0,0025
e 0,75 (deformação na fratura); a fratura do material ocorre sem estricção.

EXERCÍCIO 8 (1,0)
Dois elastômeros, poliisopropeno e polibutadieno, foram primariamente selecionados para
unir um conjunto de barras durante 6 meses. Sabe-se que a relaxação de tensões no
poliisopropeno provoca uma relaxação de 10% no valor da tensão inicial após um mês,
enquanto que no polibutadieno existe uma relaxação de 20% no valor da tensão inicial no
mesmo período de tempo. Qual seria sua indicação, o poliisopropeno ou o polibutadieno?

EXERCÍCIO 9 (2,0)
Um novo tipo de polietileno semicristalino está sendo desenvolvido para uso na manutenção
de dutos offshore de transporte de petróleo que apresentam regiões de corrosão no material.
Para o desenvolvimento do polímero, adotou-se como base outro polietileno totalmente
amorfo (𝜌 = 0,87 𝑔/𝑐𝑚³), que apresenta uma relaxação de tensão de 50% após o primeiro
ano de serviço, mas se deseja que o novo material apresente apenas relaxação de 10% no
mesmo intervalo de tempo. A Figura 4 mostra a unidade repetitiva do polietileno, formada por
átomos de carbono e hidrogênio com massas atômicas equivalentes a 12 g/mol e 1 g/mol,
respectivamente. Sabe-se que existem duas unidades repetitivas de polietileno em cada célula
cristalina, que possui uma estrutura do tipo ortorrômbica, cujos parâmetros estão
representados na Tabela 3.

Figura 4 – Unidade repetitiva do polietileno.


Tabela 3 – Estruturas cristalinas de alguns polímeros
Polímero Estrutura Cristalina Parâmetros da Rede Cristalina (nm)
Polietileno Ortorrômbica a0 = 0,742 b0 = 0,495 c0 = 0,255
Polipropileno Ortorrômbica a0 = 1,450 b0 = 0,569 c0 = 0,740
Policloreto de vinila Ortorrômbica a0 = 1,040 b0 = 0,530 c0 = 0,510
Poliisopropileno Ortorrômbica a0 = 1,246 b0 = 0,886 c0 = 0,810

Sabe-se, também, que a constante de relaxação do novo polímero aumenta linearmente com
a fração volumétrica da fase cristalina na razão de 10:1, isto é, cada 10% de fase cristalina
aumenta em 100% tal constante. A fração volumétrica da fase cristalina é definida por:

𝜌𝑐 (𝜌 − 𝜌𝑎 )
% 𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙𝑖𝑛𝑎 = × 100
𝜌 (𝜌𝑐 − 𝜌𝑎 )
onde 𝜌𝑐 , 𝜌 e 𝜌𝑎 significam densidades do polímero cristalino, polímero semicristalino e
polímero amorfo, respectivamente. Determine:
A) A quantidade de fase cristalina necessária ao polímero semicristalino.
B) A densidade do polímero semicristalino.

EXERCÍCIO 10 (1,5)
Uma tensão de 7 MPa é aplicada numa borracha, que apresenta constante de relaxação de
90 dias quando a 25 °C. Adote:

 𝜂 = 𝜂0 𝑒 𝑄⁄𝑅𝑇 (Pa.s)
 𝜆 = 𝜂 ⁄𝐺
 Q (energia de ativação do processo de relaxação) = 30 KJ/mol

Determine:
A) O tempo necessário para que a tensão relaxe a 1 MPa.
B) A tensão residual presente nessa borracha após 1 ano.
C) O tempo de relaxação da borracha a 60 °C.

EXERCÍCIO 11 (1,0)
Um polímero com constante de relaxação de 30 segundos foi submetido a uma tensão
constante de 10 MPa. Adotando o modelo de Maxwell (isotensão) e considerando G
equivalente a 108 Pa, determinar a deformação quando:
A) t = 0 s
B) t = 3 h
EXERCÍCIO 12 (1,0)
Para o polímero do exercício anterior, adotando o modelo de isodeformação e considerando
uma tensão de 10 MPa, G = 108 Pa e 𝝀 = 30 s, determine a deformação resultante quando:
A) t = 0 s
B) t = 2 h

EXERCÍCIO 13 (1,5)
Um polímero está submetido a uma tensão de 5 MPa e segue o modelo de Maxwell. Após 6h
de aplicação da carga, apresenta deformação de 0,1. Nesse instante, a tensão é removida.
Adote G = 2 GPa e determine:
A) Deformação residual.
B) Viscosidade.
C) Constante de relaxação do polímero.

EXERCÍCIO 14 (1,0)
Uma chapa de polímero foi dobrada com uma tensão de 20 MPa.
A) Determine o tipo de polímero da chapa, se após 100 dias da deformação a tensão equivale
a 25% do seu valor inicial.
B) Se após esse tempo (100 dias) for aplicada uma deformação instantânea de 5%, determine
a tensão na chapa decorridos mais 100 dias após a aplicação da deformação.

Tabela 4 – Propriedades de dois polímeros estruturais

Polímero η (1010 Pa.dia) G (108 Pa)


A 2 2,77
B 4,2 10,63

EXERCÍCIO 15 (1,0)
Um polímero segue o modelo de 3 parâmetros. Imediatamente após a aplicação de uma
tensão de 6 MPa, a deformação equivale a 0,001. Decorridos 100 s e após um tempo muito
longo, as deformações são de 0,004 e 0,008, respectivamente. Determine a constante de
relaxação do polímero.

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